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Educação infantil

Pesquisa indica que as crianças de hoje são mais inteligentes

  • Sexta-feira, 01 de julho de 2005, 15h08
  • Última atualização em Sexta-feira, 11 de maio de 2007, 12h10

A afirmação que costumamos ouvir de que a inteligência das crianças de hoje é superior à das crianças de tempos idos está se confirmando. O que até agora era apenas uma percepção acaba de ganhar respaldo científico em Minas Gerais. A pesquisadora Carmen Mendoza, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), resolveu reaplicar uma pesquisa que determina o grau do Quociente de Inteligência (QI), realizada há mais de 70 anos em crianças belo-horizontinas, na faixa etária entre sete e 11 anos.

A pesquisadora constatou que, atualmente, as crianças da mesma faixa etária possuem um desenvolvimento intelectual, em média, 17 pontos maior que o de meninos e meninas da mesma faixa etária que moravam na capital mineira em 1930.

O estudo anterior foi desenvolvido pela educadora russa Helena Antipoff, que se mudou para o Brasil em 1929. Logo que chegou a Belo Horizonte, Antipoff começou a estudar o desenvolvimento intelectual das crianças mineiras e, em 1931, publicou um livro apresentando os resultados de suas pesquisas. A professora Carmen teve acesso à metodologia utilizada pela educadora russa e resolveu reaplicar a pesquisa. “Com os dados relativos a 2002, obtidos através da mesma metodologia da pesquisa de 1930, foi possível realizar a comparação quantitativa e descobrir o quanto as crianças ficaram mais inteligentes nesses 72 anos”, diz a pesquisadora.

O exame foi aplicado em 449 meninos e meninas, entre sete e 11 anos, estudantes de seis escolas de Belo Horizonte – três localizadas em regiões pobres e três em áreas de classe média. A todas foi pedido que fizessem um desenho do ser humano. Essa técnica, denominada Teste da Figura Humana, é um instrumento psicológico simples e de baixo custo, utilizado internacionalmente para avaliação do desenvolvimento cognitivo infantil.

De acordo com a professora, existe uma série de critérios de avaliação da qualidade das figuras, como proporcionalidade dos traços, presença de olhos, boca, nariz, cabelo e mãos, que orientam os cálculos matemáticos. Ao fim da comparação, constatou-se uma diferença de 17 pontos a favor das crianças da atual geração.

Repórter: Sonia Jacinto, com informações da Assessoria de Imprensa da UFMG

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