ProInfantil está mudando a postura dos professores
Dos mais de 300 mil professores que trabalham com educação infantil no Brasil, 37 mil não têm a formação mínima exigida por lei (nível médio, modalidade normal, antigo magistério). No Sergipe, 232 educadores integram, este ano, a primeira turma do ProInfantil, programa do Ministério da Educação que, em dois anos, vai formá-los para atuar nesse nível de ensino (em creches e pré-escolas, com crianças de zero a seis anos).
A coordenadora do programa no estado, Silvaneide Mota Lima, afirmou que em dois meses e meio de curso, já é possível notar uma mudança na postura dos professores em sala de aula. “Houve um despertar, um descobrimento. Na verdade, eles tinham prática, mas nenhuma competência técnica. E a partir da teoria, dos livros, do curso, eles já têm visto o trabalho deles com a criança de uma forma diferente”.
Neste primeiro momento, quatro estados fazem parte do programa, que vai formar 1,5 mil professores: Sergipe, Ceará, Goiás e Rondônia.
Numa avaliação dos primeiros meses, a coordenadora do programa pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Karina Risek, diz que os professores aprimoraram a prática do ensino, um dos objetivos do ProInfantil. “Temos dois grandes objetivos: o primeiro é garantir essa formação mínima exigida pela lei; o segundo é aprimorar a prática pedagógica na perspectiva da qualidade social da educação infantil”.
Segundo a coordenadora, mais oito estados vão integrar o ProInfantil a partir de janeiro, quando o programa passará a atender 10 mil professores. A meta é atingir 40 mil professores de creches e pré-escolas públicas e privadas sem fins lucrativos. Mas esse número depende da adesão dos estados e municípios.
Repórter: Sonia Jacinto