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Educação básica

Debate: educação do campo e diversidade

  • Quarta-feira, 16 de abril de 2008, 15h48
  • Última atualização em Quinta-feira, 17 de abril de 2008, 10h14

Uma quadrinha ecoou na Conferência de Educação Básica na tarde desta quarta-feira, 16. “Não vou sair do campo pra poder ir para escola. Educação do campo é direito e não esmola”. A música, composta por militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais  Sem Terra (MST), foi cantada pelos educadores presentes ao colóquio sobre educação do campo. A solicitação, aparentemente óbvia, não era apenas pela presença de escolas na zona rural e sim por instituições de ensino que contemplem as especificidades do campo.

“Numa mesma comunidade existem diversos grupos com identidades culturais, hábitos e regionalismos diversos”, explicou a professora Edla da Araújo, especialista em educação do campo. Para os educadores que estiveram presentes ao colóquio, o atendimento das necessidades escolares da zona rural brasileira passa por uma quebra de paradigma. “Eles falam em inclusão como se já não fizéssemos parte dessa sociedade”, reiterou a especialista.

A escola desenvolvida para os moradores da zona rural deve, de acordo com os educadores, seguir um modelo que não tenha a cidade como “paraíso a ser conquistado”, explicou a professora. Uma das propostas defendidas durante a conferência foi a inclusão da educação do campo na pauta dos direitos humanos. A intenção é romper com a descontinuidade das políticas públicas do setor, que ocorre, segundo os educadores, à medida que entram e saem os governantes.

Diversidade – Outro colóquio da conferência abordou a contextualização curricular a partir da diversidade regional. Educadores de todos os estados do país se reuniram para discutir o direito às diferenças. “Falar em diversidade não é romantismo e sim falar em xenofobia, homofobia. É uma pauta desafiadora”, destacou a professora Nilma Lino Gomes.

Para a especialista, a diversidade deve estar presente desde a formação dos professores. “Eles precisam aprender a lidar com alunos diferentes, que têm histórias, culturas e necessidades distintas”, defendeu. Nilma Gomes é a favor de um currículo escolar que contemple arte e cultura de diversas regiões e grupos étnicos brasileiros. “Um currículo que nos dê conta do quão diverso é esse país”, explicou.

As discussões da Conferência Nacional de Educação Básica seguem até a próxima sexta-feira, 18. Mais de dois mil educadores estão reunidos no evento, realizado no Centro de Convenções de Brasília.

Ana Guimarães

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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