Escola comemora chegada dos livros gratuitos de ensino médio
O Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio (Pnlem), que em 2006 destinará à rede pública 15,5 milhões de livros para sete milhões de alunos, já chegou a algumas escolas de Brasília. No Centro de Ensino Médio Elefante Branco, por exemplo, 2.200 estudantes serão beneficiados.
Para o diretor do centro, Francisco de Assis Rocha, os livros didáticos, de português e matemática, são uma conquista prevista na Constituição de 1988. “Gradativamente, o governo está conseguindo fazer com que os livros e a sua gratuidade se tornem uma realidade para o ensino médio, coisa que até então não existia”, avalia. Rocha acredita que os livros, que estão no colégio à espera do começo do ano letivo, em fevereiro, facilitarão a vida do estudante e de sua família. Segundo o diretor, o beneficio vai tirar das famílias um ônus grande, a aquisição do material didático.
Outra vantagem que o diretor vê na distribuição dos livros é a revolução que vai ocasionar na postura do aluno em relação à escola. “Em vez de receber o material explicado pelo professor no quadro-negro, agora ele passa a ter uma fonte de pesquisa guardada consigo”, observa Rocha.
O diretor ressalta a participação efetiva dos professores na seleção do material que compõe os livros. Os docentes, explica, receberão uma grande quantidade de títulos. Antes, eles tiveram que discutir com os demais colegas quais seriam as melhores escolhas para o Distrito Federal. “Isso fez com que houvesse unicidade de conteúdos nas escolas”, afirma.
Aprendizado – A aluna Crislany Soares Ribeiro, 17, que se prepara para cursar o segundo ano do ensino médio no Elefante Branco, elogia a iniciativa. Para ela, que pretende ingressar num curso superior de publicidade e propaganda por meio de uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni), os livros gratuitos, além de amenizar as despesas dos pais, evitam que o aluno fique preso a apostilas e fotocópias.
Isso, na sua opinião, facilita o aprendizado dos conteúdos dados em sala de aula. “Com os livros didáticos, fica muito mais fácil entender as matérias e não se perde a explicação do professor”, afirma a estudante.
Repórter: Cristiano Bastos