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  • Uma maneira mais participativa de descobrir o mundo. Esse é o diferencial da abordagem pedagógica de uma creche em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, idealizada pelas professoras do ensino infantil da instituição, entre elas Rosemeri Pelegrine Polonio, que fala sobre o projeto ao Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC, que vai ao ar nesta sexta-feira, 14.

    As professoras da escola municipal de educação infantil Floresta Encantada perceberam que o espaço dos bebês era pequeno e havia a necessidade de um lugar maior, além de uma maior autonomia das crianças. “Então resolvemos modificar toda a sala pensando que eles pudessem conseguir fazer as coisas sozinhos, escolher onde querem brincar, como querem brincar e também com quem querem brincar”, conta a professora.

    Os cuidados com os bebês passam por uma série de aspectos importantes que colaboram para um crescimento saudável e cheio de descobertas do mundo. E as professoras da escola em Novo Hamburgo resolveram fazer diferente. Por meio de estudos e pesquisas, encontraram na abordagem pedagógica Pikler a chave para maior autonomia dos pequenos.

    Com mais de 70 anos de trabalho, a abordagem surgiu após a Segunda Guerra Mundial, com a pediatra húngara Emmi Pikler, convidada a criar um abrigo para bebês e crianças órfãs da guerra. Ela passou a observar diferentes maneiras de atendê-los, valorizando a saúde física e o respeito à individualidade de cada um em seu espaço de cuidado, sempre com a tônica do brincar livre.

    Na Floresta Encantada, os pequenos de quatro meses a um ano de idade são distribuídos em grupos de dez por turno e duas educadoras permanecem em sala. A nova dinâmica envolve bastante o bebê, ampliando a conexão e estreitando o vínculo. “Temos essa questão do respeito com o bebê. Falamos com o bebê, no momento que tocamos nele, né? Na hora de trocar a fralda, não é uma coisa mecânica. Conversamos, explicamos o que estamos fazendo. Quando damos comida para o bebê, ficamos pertinho, pegamos uma colher, eles tentam colocar na boca. Tu senta para ele poder te enxergar. É uma coisa mais amorosa, com carinho”, destaca Rosemeri.

    As professoras ficam presentes o tempo todo, mas sem interferir nas explorações das crianças. E todo o espaço foi modificado de modo a dar aos bebês uma maior espontaneidade. Em um canto foi instalada uma biblioteca com toquinhos de madeira para elas sentarem, em outro, uma piscina de bolinhas. Em um terceiro setor, latas e colheres de madeira servem para que eles façam barulho e experimentações.

    Liberdade – O novo método também modificou o soninho depois do almoço. “Retiramos os berços porque eles trancam a criança. Um adulto tem que colocar a criança no berço. A gente trocou por colchonetes. Eles são colocados em cima dos tatames da sala, dos tapetes. Quando eles acordam, podem sair sozinhos. Eles têm essa autonomia de sair dos tapetes quando não querem dormir mais.”

    Os pais não só acompanharam a mudança como colaboraram e vibraram com o projeto, mesmo porque os resultados refletiram em casa. “Os pais ficaram encantados. Foram muito participativos. Falaram que em casa eles também começaram a apresentar isso, que eles queriam se alimentar sozinhos, que eles queriam conseguir fazer as coisas sozinhos”, lembra Rosemeri.

    A experiência foi tão positiva que o município apostou no projeto e agora dissemina a prática para outras escolas infantis da rede. Atualmente, oito escolas de Novo Hamburgo aplicam essa abordagem que trabalha o protagonismo do bebê.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assina nesta quarta-feira, 22, às 15h, três decretos destinados a qualificar a gestão dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Em linhas gerais, os documentos legais significam mais autonomia para a contratação, via concurso público, de professores e técnicos administrativos. Decretos com atribuições semelhantes para as universidades federais foram assinados por Lula em 19 de julho último. 

    No que se refere ao ingresso de profissionais, será criado um banco de servidores. Quando ocorrer aposentadoria ou exoneração, será possível convocar um substituto, dispensada a autorização dos ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Educação.

    “Isso facilita o cumprimento das metas da relação professor-aluno, o que é fundamental para a qualidade do ensino”, explica o secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco.

    Entre as mudanças, destaca-se também a garantia de que os recursos ainda disponíveis nas instituições não precisam ser devolvidos à União. Poderão ser aplicados no ano seguinte, desde que na mesma atividade para a qual foram destinados, mediante existência de superávit financeiro da União.

    Recursos— O decreto referente à autonomia define também estratégias de estímulo a políticas de apoio a escolas de educação básica, a programas de extensão e à produção de conhecimento científico. A distribuição dos recursos estará vinculada a esses parâmetros.

    Os decretos decorrem do termo de metas firmado por todos os 38 institutos federais com o MEC.

    Assessoria de Imprensa da Setec

    Leia também: Lula assina decretos que conferem maior autonomia para as universidades


    * Matéria republicada com alterações.

  • O Ministério da Educação instaurou 70 processos de supervisão e suspendeu a autonomia de dez instituições de ensino superior que apresentaram desempenho insatisfatório no índice geral de cursos (IGC) divulgado na semana passada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

    A iniciativa do MEC, por meio de medidas cautelares publicadas nesta terça-feira, atinge sete centros universitários e uma universidade que apresentaram conceito inferior a 3, em uma escala que varia de 1 a 5, nos três últimos anos — um desses resultados foi verificado, necessariamente, em 2010. A determinação também se aplica a outras duas universidades que ministram cursos superiores na modalidade a distância e apresentaram índice inferior a 3.

    A partir da decisão, as instituições ficam impedidas de abrir cursos ou ampliar o número de vagas de ingresso. Outro grupo de instituições atingido com a medida são 60 faculdades — instituições sem autonomia — que também apresentaram resultados insuficientes no índice.

    Durante a vigência da medida, as instituições devem limitar o número de estudantes ingressantes ao total de vagas ocupadas em 2011. Para elas, o processo de regulação, em tramitação na Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC, estará suspenso até a conclusão do processo.

    As medidas têm validade até que seja constatado o saneamento das deficiências apontadas na supervisão ou até as instituições apresentarem conceito satisfatório (mínimo de 3) na próxima edição do IGC. Caso não sejam cumpridas as determinações da Seres, pode ser aberto processo de descredenciamento dos estabelecimentos de ensino.

    Melhora — O MEC também determinou a revogação de medida cautelar de janeiro último que suspendia a autonomia de três instituições que obtiveram índice insatisfatório em 2009. Como apresentaram melhora no desempenho, as unidades de ensino voltam a ter autorização para abrir cursos e ampliar o número de vagas.

    Outras 12 instituições que tinham perdido a autonomia e voltaram a apresentar conceito insuficiente continuam em supervisão, com todos os processos de regulação suspensos temporariamente.

    As medidas cautelares constam dos despachos 235 a 238, publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira, 22, seção 1, páginas 26 a 28.

    Rúbia Baptista
  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira, 19, três decretos e uma medida provisória que conferem maior autonomia às universidades federais. Os atos foram assinados durante reunião do presidente com os reitores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais (Andifes).

    Um dos decretos trata da autonomia orçamentária e administrativa das universidades federais. A medida prevê a abertura de créditos suplementares, pelo Poder Executivo, para as universidades federais e seus hospitais universitários. A partir da nova regra, será permitido que o orçamento não empregado pelas universidades até o final do exercício de cada ano possa ser reutilizado no exercício seguinte. O objetivo é conferir maior eficiência e agilidade à gestão financeira das instituições.

    Também foi assinado pelo presidente Lula o decreto que trata da contratação de servidores pelas universidades federais. As universidades poderão realizar, nos limites fixados pelo decreto, concursos públicos para substituição automática de técnicos administrativos, sem depender de autorização específica dos ministérios da Educação e Planejamento, Orçamento e Gestão. A medida vale para os casos em que houver vacância de cargos a partir de exonerações, aposentadorias e falecimentos, por exemplo, da mesma forma como ocorre para a contratação de professores. O último decreto assinado é sobre assistência estudantil, que até então estava regulamentada por portaria.

    A medida provisória assinada durante a reunião disciplina a relação das universidades federais com as fundações de apoio, especialmente em relação aos convênios para realização de obras de melhorias em infraestrutura. De acordo com a medida, a atuação das fundações limita-se aos projetos de desenvolvimento institucional relacionados às atividades de inovação e pesquisa científica e tecnológica. Os decretos regulamentam o regime da autonomia universitária, previsto na Constituição Federal de 1988.

    Assessoria de Comunicação Social



  • Que tipo de formação devem ter os professores que trabalham na educação infantil, que alimentos oferecer aos bebês na creche, como deve acontecer a adaptação da criança. Orientações para dúvidas como essas são oferecidas pelo Ministério da Educação aos municípios que construíram ou estão construindo creches com recursos do governo federal, através do Proinfância.


    Para a coordenadora-geral de educação infantil da Secretaria de Educação Básica, Rita Coelho, o Proinfância (programa de construção e reforma de creches) foi criado pelo governo federal para fortalecer a política de educação infantil nos municípios e apoiar a sua expansão. De 2007 a 2008, o Proinfância investiu na construção de 973 creches em 939 municípios e a meta de 2009 é construir 500 novas unidades.


    Além de definir três tipos de projetos arquitetônicos para a construção de creches, o MEC orienta a aquisição do mobiliário e dos equipamentos, que devem ser certificados, para atender às particularidades da educação infantil. Segundo Rita Coelho, os municípios têm autonomia para construir o projeto pedagógico, mas também podem solicitar assessoria à Secretaria de Educação Básica (SEB) do ministério.


    Rita Coelho explica que a educação infantil é uma etapa da educação básica, não um curso livre, tem que ter objetivos educacionais e necessita de planejamento. Nesse contexto, os professores devem saber que vivências precisam proporcionar à criança, em cada etapa da vida, para o seu pleno desenvolvimento. A educação infantil vai dos primeiros dias de vida aos cinco anos e 11 meses.


    A coordenadora Rita Coelho diz que a proposta pedagógica deve levar em conta uma série de pontos, entre eles, a estrutura e a organização da escola de educação infantil, as rotinas e as atividades do cotidiano do aluno, a organização dos espaços de alimentação, repouso, lazer, banho. A formação de professores está determinada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB): ensino médio, na modalidade magistério ou pedagogia.


    Atendimento – Em 2008, a Secretaria de Educação Básica realizou encontros em 23 pólos para atender pedidos de informações de municípios sobre a proposta pedagógica da educação infantil. As principais dúvidas diziam respeito à formação de professores, à alimentação das crianças e à autorização de funcionamento de creches e pré-escolas. Quando as dúvidas são comuns, a SEB faz orientação em grupo, mas os municípios também podem solicitar informações diretamente à coordenação de educação infantil da secretaria.


    Ionice Lorenzoni

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