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  • Promover a cidadania é uma das preocupações da Escola Municipal Professora Emília Ramos, no bairro Cidade Nova, na periferia de Natal. A instituição atende cerca de mil alunos do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental e da educação de jovens e adultos. Os estudantes, na maioria, são filhos de trabalhadores com renda abaixo do salário mínimo.

    “A promoção da cidadania na escola tem como meta contribuir para a formação dos alunos, permitir que eles se reconheçam como cidadãos de direitos e deveres e possam se conduzir na sociedade de forma crítica e autônoma”, diz a vice-diretora da escola, Regina Maria da Silva Dantas, 22 anos de magistério, pedagoga com especialização em educação de jovens e adultos.

    Com o programa Emília em Família, a escola desenvolve ações de acordo com os temas de ensino-aprendizagem usados diversos níveis de ensino. “Abordamos temas de relevância para a construção da cidadania, com visão de mundo crítico-reflexiva”, explica a coordenadora pedagógica Tânia Maria Fernandes Oliveira. “Buscamos estimular os alunos a projetar o futuro pelo resgate dos estudos.”

    Mestre em educação, há 26 anos no magistério, Tânia salienta que a principal meta da escola é a aproximação de pais ou responsáveis na proposta curricular e administrativa.

    Um dos projetos do programa é o Encontro com a Família. Nele, são promovidas oficinas para permitir aos pais compreender melhor as atividades realizadas na escola. Há também encontros de formação para funcionários, destinado a melhorar a qualidade do trabalho oferecido à comunidade. Este ano, o tema do encontro com os funcionários foi A Ética Voltada para a Formação do Ser.

    De acordo com Tânia, os encontros com as famílias incluem momentos lúdicos, palestras, estudos de casos e oficinas que sintetizam a vivência dos filhos na sala de aula. Dependência química, inclusão e exclusão social, desenvolvimento infantil, beleza e artesanato estão entre os temas tratados.

    Fátima Schenini

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  • Na escola de Campo Mourão, a dinâmica das aulas torna diferente a abordagem para o estudante, de forma a aumentar sua participação e a disposição de aprender (foto: blog da EM Manoel Bandeira)As disciplinas de português e matemática constituem a base do trabalho das aulas de reforço na Escola Municipal Manoel Bandeira, no município paranaense de Campo Mourão, a 477 quilômetros de Curitiba. Ambas apresentam mais dificuldades para os estudantes da instituição, que tem 560 alunos matriculados, da educação infantil ao ensino fundamental.

    Os estudantes com defasagem no conhecimento ou dificuldades em acompanhar o conteúdo trabalhado em sala de aula são encaminhados a aulas de reforço pela professora regente da turma. “Encaminho os alunos que apresentam baixo rendimento nas disciplinas de português e matemática ou que estejam com conteúdo defasado por dificuldades de assimilação ou por motivo de transferência escolar”, explica a professora Maria Rita Roza da Silva. Graduada em geografia, com pós-graduação em psicopedagogia institucional, ela está no magistério há 11 anos.

    As atividades ocorrem duas vezes por semana, no período do contraturno (turno oposto ao das aulas regulares) escolar. Os estudantes são reunidos em grupos com no máximo 10 componentes, de acordo com a faixa etária. É uma forma de facilitar o trabalho da professora de reforço e de melhorar a convivência entre os alunos.

    “A participação nas aulas de reforço não é obrigatória”, esclarece a professora Ana Aparecida Morsch, diretora da escola desde 2002. Porém, quando os pais são informados sobre a necessidade e a importância dessas aulas para a melhoria do rendimento escolar, os alunos comparecem assiduamente. Segundo ela, os estudantes não veem as atividades extras como castigo ou compensação, mas como uma possibilidade de obter sucesso na aprendizagem.

    De acordo com a diretora, a professora do reforço escolar não é a mesma que leciona na turma regular, embora atue na mesma unidade de ensino. Graduada em geografia, com pós-graduação em educação infantil e séries iniciais, Ana Aparecida tem 25 anos de magistério.

    Dinâmica
    — Professora de reforço, Vera Lúcia Varolo Bello observa que a dinâmica das aulas torna diferente a abordagem para o estudante. “Isso motiva a participação e aumenta a autoestima, gerando responsabilidade e tornando prazeroso o ato de ensinar e consequentemente de aprender”, afirma.

    Outro benefício lembrado por Vera Lúcia é o atendimento individualizado e personalizado aos alunos, o que favorece o esclarecimento de dúvidas e a retomada de ideias e conceitos ainda não dominados. Além disso, a professora cita a manipulação de materiais concretos e a utilização de jogos e materiais pedagógicos que estimulam o pensar. A sala de reforço escolar é equipada com brinquedos e materiais pedagógicos variados, computador e impressora.

    Professora há 20 anos, Vera Lúcia é graduada em pedagogia — orientação educacional —, com pós-graduação em supervisão escolar e formação em tecnologias de informação e comunicação acessível. Ela dá aulas de reforço a alunos do segundo ao quinto ano do ensino fundamental.

    Avaliação — Ao final de cada bimestre, a equipe pedagógica da escola avalia o trabalho docente realizado e verifica o rendimento escolar dos alunos. “Constatamos que o reforço escolar tem colaborado para a melhoria do nível de aprendizagem”, salienta Vera Lúcia.

    Na visão da professora Maria Rita, o reforço escolar contribui para o desenvolvimento da aprendizagem, melhora o rendimento dos alunos e facilita o trabalho da regente de turma quanto à apresentação do conteúdo. Além disso, eleva a autoestima dos estudantes e os torna mais autônomos, participativos e motivados.

    Fátima Schenini

    Confira o blog da escola

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  • Mais de 24 mil escolas públicas já escolheram os livros didáticos que serão usados por alunos dos anos finais do ensino fundamental a partir de 2014. O número representa 48% do total de unidades de ensino com estudantes matriculados em turmas do sexto ao nono ano. O prazo para a indicação das obras vai até segunda-feira, 12.

    O Distrito Federal é a unidade da Federação com maior percentual de escolas com a escolha efetivada (72%). Em seguida, Santa Catarina (64%), Rio Grande do Sul (63%), Espírito Santo (62%) e São Paulo (61%).

    Serão selecionadas obras de português, matemática, história, geografia, ciências e língua estrangeira (inglês ou espanhol). Os responsáveis pela escolha devem fazer duas opções de editoras diferentes. Caso não seja possível negociar os livros com a editora da primeira opção, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) tentará adquirir as obras da segunda.

    Para ajudar na escolha, está disponível o Guia de Livros Didáticos para 2014, com resumos e informações sobre as obras selecionadas para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Ao consultar o guia, os professores podem indicar os livros adequados ao projeto de ensino de cada escola.

    O FNDE prevê a aquisição de quase 90 milhões de exemplares para aproximadamente 13 milhões de estudantes. Os livros serão confeccionados com material resistente para ser usados por três anos consecutivos e servir a mais de um aluno.

    A indicação das obras deve ser feita on-line, na página do FNDE na internet.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do FNDE
  • Cerca de 3,3 milhões de crianças de escolas públicas, que cursam o segundo ano do ensino fundamental, deverão fazer a Provinha Brasil neste semestre. (Foto: Wanderley Pessoa)O Ministério da Educação já enviou a todas as escolas da rede pública os kits da Provinha Brasil, a ser aplicada neste fim de semestre a turmas do segundo ano (alfabetização) do ensino fundamental. No conjunto, são 3,5 milhões de provas de língua portuguesa para avaliar 3,3 milhões de crianças, conforme dados do censo escolar de 2008.


    Pelo cronograma da Coordenação-Geral do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB), a última remessa de provas foi despachada pelos Correios no dia 19 deste mês. Ela se destina a escolas estaduais e municipais do Maranhão, Paraíba, Sergipe, Pernambuco, Santa Catarina e Espírito Santo, além do Distrito Federal. Para as redes dos demais estados, a postagem nos Correios foi feita nos dias 5, 16 e 18 deste mês.


    De acordo com a coordenadora-geral do ensino fundamental da SEB, Edna Martins Borges, as escolas que ainda não receberam o kit devem procurar o material na prefeitura, nas agências ou postos dos Correios. Edna sugere aos professores das classes de alfabetização que apliquem a prova até o fim do ano para permitir a comparação da evolução dos alunos com relação ao exame do primeiro semestre. Recomenda, ainda, que façam um relatório individual sobre o desempenho das crianças para o planejamento pedagógico do professor que trabalhará com elas em 2010.


    Dúvidas — Para que escolas, diretores e professores compreendam a importância e a abrangência da Provinha Brasil no contexto da alfabetização das crianças, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais  (Inep) mantém em seu portal um questionário sobre as dúvidas mais frequentes, as duas provinhas aplicadas em 2008 e a do primeiro semestre deste ano. Podem ser encontrados, também, documentos que abordam o histórico e os objetivos do exame, a legislação, resultados e vídeos.

    Ionice Lorenzoni

  • Professores, diretores e coordenadores pedagógicos têm até segunda-feira, 12, para indicar on-line os livros didáticos para os alunos dos anos finais do ensino fundamental a partir de 2014. Serão selecionadas obras de português, matemática, história, geografia, ciências e língua estrangeira (inglês ou espanhol).

     

    Os responsáveis pela escolha devem fazer duas opções, de editoras diferentes. Caso não seja possível negociar os livros com a editora da primeira opção, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) tentará adquirir as obras da segunda.

     

    Para ajudar na escolha, está disponível o Guia de Livros Didáticos para 2014, com resumos e informações sobre as obras selecionadas para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Ao consultar o guia, os professores podem indicar os livros adequados ao projeto de ensino de cada escola.

     

    O FNDE prevê a aquisição de quase 90 milhões de exemplares para aproximadamente 13 milhões de estudantes. Os livros serão confeccionados com material resistente para ser usados por três anos consecutivos e servir a mais de um aluno.

     

    Mais informações na página do FNDE na internet.


    Assessoria de Comunicação Social, com informações do FNDE

  • Os desafios dos anos finais do ensino fundamental são inúmeros. Para debater o que as escolas podem fazer para engajar e envolver os adolescentes, será realizado, nos dias 27 e 28 de setembro, em Brasília, o Seminário Internacional Desafios e Oportunidades para os Anos Finais do Ensino Fundamental no Brasil. O encontro também abordará as políticas públicas que podem suavizar a transição dos anos finais do ensino fundamental para o ensino médio e como os sistemas educacionais podem garantir uma aprendizagem equitativa.

    O seminário é promovido pelo MEC em parceria com o Banco Mundial, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Instituto Inspirare. Cerca de 150 pessoas de diversas áreas da educação são esperadas, entre secretários estaduais e municipais de educação, órgãos como a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), coordenadores de ensino fundamental, fundações de apoio à qualidade do ensino, jornalistas e diversos especialistas em educação.

    Serão realizadas mesas e rodadas de discussão com compartilhamento de resultados, painéis, palestras e pílulas, que trazem exposições curtas, de 15 minutos, de experiências bem-sucedidas ou inovadoras para motivar e inspirar os debates. De acordo com a coordenadora-geral do Ensino Fundamental do MEC, Aricélia Ribeiro do Nascimento, uma agenda de ações será apresentada por meio das experiências nacionais e internacionais bem-sucedidas.

    “É um seminário com característica de reunião técnica de trabalho. Tem conferências e rodadas para que a gente possa pensar em políticas públicas para os anos finais do ensino fundamental. A expectativa é que a gente saia com a perspectiva de agenda para implementação e que possa auxiliar, inclusive, na implantação da Base Nacional Comum Curricular”, adianta.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Visitas a museus e a outras instituições culturais fazem parte da rotina dos estudantes da Escola Justino Camboim, no interior gaúcho (foto: blog da escola)A cada trimestre letivo, os estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Herbert José de Souza, de Alvorada, Rio Grande do Sul, visitam casas de cultura e museus de arte e de ciências. Eles também saem para assistir a filmes e peças de teatro, além de participar de pesquisas de campo em patrimônios culturais.

    “O objetivo das saídas pedagógicas é agregar conhecimento”, diz a professora Cecília da Silva Camilio. Graduada em artes visuais, com especialização em arte contemporânea e ensino da arte, ela trabalha com alunos do ensino fundamental e da educação de jovens e adultos.

    As saídas são agendadas com pelo menos 15 dias de antecedência. O planejamento das visitas é feito de acordo com o conteúdo desenvolvido nas aulas.

    Segundo a diretora da escola, Cláudia Martins Canabravo, as saídas pedagógicas proporcionam aos alunos lazer, cultura e conhecimento. “Elas promovem a integração entre alunos e professores e complementam o trabalho em sala de aula”, destaca. Com 13 anos de experiência em sala de aula e há cinco na direção da escola, Cláudia é pedagoga, com especialização em supervisão escolar.

    A professora Letícia Beras participa dos passeios pedagógicos sempre que possível. “Acredito que a experiência e a vivência são as grandes responsáveis pelo processo de aprendizagem significativa”, enfatiza Letícia, que tem dez anos de magistério e dá aulas de ciências. “Conhecer, enxergar, ouvir ou tocar o que é explicado em aula é o que fará a diferença entre o conhecimento real, que será levado para a vida, e o teórico, que é, muitas vezes, apenas estudado para a prova.”

    De acordo com o professor Marcelo da Silva Rios, além de contribuírem para ampliar o conhecimento, as saídas pedagógicas colaboram, de forma positiva, para o amadurecimento e a mudança de postura comportamental dos alunos. Com licenciatura plena em história e cursando pós-graduação em pedagogia da arte, ele é professor há quatro anos.

    Na visão de Rios, a educação, no contexto atual, não se restringe ao ambiente escolar. “É preciso perceber que a todo o momento se faz história, e que a história está em todos os espaços produzidos pelos seres humanos”, enfatiza.

    Imagens— Em Sapucaia do Sul, também na região metropolitana de Porto Alegre, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Justino Camboim promove visitas pedagógicas a diferentes locais, como feiras, museus, cinemas, fábricas, jardins botânico e zoológico. De acordo com o diretor da instituição, Cézar Augusto Ramgrab, conhecer os lugares e contemplar as imagens in loco vale mais do que mil palavras.

    Cada saída é precedida de contato dos professores com os responsáveis pelos locais a serem visitados e sempre leva em consideração o conteúdo ministrado em sala de aula. “Procuramos proporcionar aos estudantes experiências que contribuam de forma significativa para seus conhecimentos”, ressalta Ramgrab. Com 27 anos de magistério, formado em educação física, ele está na direção há dois anos.

    Para a professora Rosângela Plentz Giralt, que atua como substituta, as visitas pedagógicas enriquecem o trabalho realizado em sala de aula e ajudam a desenvolver a disciplina e a concentração nos alunos. Há 15 anos no magistério, Rosângela tem experiência tanto na educação infantil quanto nas séries iniciais do ensino fundamental.

    Ana Júlia Silva de Souza

    Confira o blog da Emef Justino Camboim

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  • A proposta de trabalhar de maneira interdisciplinar os temas de ciências do quinto ano do ensino fundamental por meio de jogos de tabuleiro levou a professora Josefa Rosimere Lira da Silva a ser incluída entre os ganhadores da oitava edição do Prêmio Professores do Brasil. Seu projeto, Construindo Ciência: A Experiência da Produção de Jogos com Crianças do Ensino Fundamental, foi distinguida na categoria Temas Específicos, subcategoria Ciências para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

    “A premiação representa o reconhecimento de uma prática pedagógica inovadora realizada em sala de aula”, enfatiza Rosimere, que desenvolveu o projeto de março a outubro de 2013, com 34 estudantes da Escola Municipal Irmã Elisa Maria, em Salvador.

    “Realizar um trabalho desses requer do professor coragem e determinação para não desistir diante das adversidades”, analisa a professora. “Não é fácil assegurar procedimentos dos alunos para se reunirem em grupo, respeitando a opinião do outro, registrar as orientações do passo-a-passo do trabalho e fazer escuta durante as intervenções por grupo e por aluno.”

    Com o projeto, Rosimere idealizou, produziu e divulgou jogos de tabuleiro com temas de ciências como instrumento pedagógico de apoio ao processo de aprendizagem e de desenvolvimento de habilidades. “Dentro desse processo, os estudantes tiveram a oportunidade de desenvolver competências e habilidades na criação e no aperfeiçoamento dos jogos educacionais”, ressalta. Ela explica que o projeto funcionou de maneira interdisciplinar e contextualizada para que os alunos compreendessem como a ciência está presente no cotidiano.

    Os estudantes elaboraram oito jogos didáticos, com instruções e regras, explicações relacionadas ao conteúdo, público-alvo e bibliografia, entre outras informações. Em um primeiro momento, os jogos foram apresentados pelos grupos de estudantes criadores e ficaram em exposição para toda a comunidade escolar. Posteriormente, os demais alunos da escola puderam participar, sob a orientação dos criadores.

    Benefício — De acordo com Rosimere, o projeto teve bons resultados. “É difícil mensurar, mas acredito que o principal benefício para os alunos foi conhecer a metodologia científica e poder ver o pensamento tomando forma até se tornar um material concreto (no caso, um jogo).”

    Em 2013, três jogos foram apresentados no 4º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia, promovido pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), na categoria Ciência Lúdica. Dois deles — Brincando com a Matemática e Os Meteoros — foram premiados. Em novembro de 2014, a revista Jovens Cientistas publicou artigo sobre o Brincando com a Matemática durante a quinta edição do encontro de jovens cientistas do estado.

    Com formação em pedagogia e pós-graduação em psicopedagogia, Rosimere atua como professora do ensino fundamental há cerca de três anos. Sua experiência profissional inclui trabalho como psicopedagoga, no atendimento a crianças e adolescentes em situação de risco, e como coordenadora pedagógica, na área de educação científica, com alunos do ensino médio no Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica Ciência, Arte & Magia da UFBA.

    Fátima Schenini

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  • Adultos ou jovens com mais de 15 anos que não concluíram o ensino fundamental (oitava série) podem fazer uma prova e, se atingirem a pontuação mínima exigida, receber certificação de ensino fundamental. Essa oportunidade é oferecida pelo Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que tem inscrições abertas até o próximo domingo, 10 de outubro. Os interessados devem se inscrever pela internet.

    O exame, que será aplicado no dia 12 de dezembro, é composto por quatro provas. A primeira engloba língua portuguesa, inglês, artes, educação física e redação; outra, matemática; a terceira, história e geografia, e a quarta, de ciências naturais. O candidato pode fazer apenas uma prova (no caso, por exemplo, de depender apenas de uma matéria para ter sua certificação).

    As pessoas que se inscreveram para o Encceja em 2009 deverão renovar seu cadastro para participar do exame. Caso esse procedimento não seja cumprido, a inscrição feita em 2009 será automaticamente cancelada.

    A prova é elaborada, aplicada e corrigida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Já os certificados serão emitidos pelas secretarias estaduais e municipais de educação que firmaram parceria com o Inep. Das 27 secretarias estaduais de educação, 21 firmaram parceria. As que não aderiram são as dos estados de Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Paraná, Rondônia e Roraima.

    Assessoria de Imprensa do Inep

    Página do Encceja na internet, para inscrições    

  • Em novembro, mais de 5,5 milhões de alunos farão a Prova Brasil nos 5.563 municípios. (Foto: Júlio César Paes)A terceira edição da Prova Brasil, que será aplicada entre 9 e 27 de novembro, vai avaliar pela primeira vez estudantes das escolas rurais do ensino fundamental. Participam da aferição alunos da quarta e da oitava séries (quinto ano e nono anos) das escolas públicas urbanas e rurais com 20 ou mais estudantes em cada uma dessas séries.


    Conforme dados do último censo escolar, 5,5 milhões de estudantes do ensino fundamental farão a prova — 2,88 milhões da quarta série e 2,63 milhões da oitava. Esse conjunto de alunos estuda em 57.552 escolas públicas, das quais 46.972 estão na área urbana e 10.580 no campo.


    Os testes abrangem língua portuguesa e matemática. Para a quarta série, são 22 questões de cada disciplina, divididas em blocos de 11 perguntas; para a oitava série, 26 questões por disciplina, em blocos de 13 arguições. O tempo para responder a cada bloco é de 25 minutos para ambas as séries.


    Desde 2005, quando foi criada, a Prova Brasil define o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) por escola, por município, por estado e nacional. Em 2005, a média nacional do Ideb foi de 3,8 pontos, numa escala até dez. Em 2007, subiu para 4,2 pontos. A meta do Brasil é alcançar seis pontos em 2022, ano da comemoração dos 200 anos de independência. Seis pontos é o índice da educação dos países desenvolvidos.


    De acordo com a coordenadora-geral do ensino fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, Edna Martins Borges, como o Ideb orienta a definição, por prefeitos, governadores e Ministério da Educação, de políticas públicas para o ensino fundamental, é importante que as escolas se mobilizem para as provas. “O estudante é parte do retrato da educação brasileira. Se ele faltar à escola no dia do exame, o retrato ficará incompleto”, diz Edna.


    O dia em que cada escola vai realizar os testes, dentro do período de 9 a 27 de novembro, depende de agendamento. A aplicação não tem a participação dos professores. A prova é elaborada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), enquanto a aplicação e a correção cabem ao consórcio Consulplan-Avalia, contratado para a Prova Brasil. Cerca de 14 mil pessoas vão trabalhar nessas duas fases do exame.


    Modelos — Em junho deste ano, foram publicados no portal do MEC modelos de provas das duas disciplinas para conhecimento dos professores. Os testes-modelo de matemática e de língua portuguesa têm a mesma estrutura e características da Prova Brasil. Segundo Edna Borges, a divulgação ajuda os professores a compreender como as questões são estruturadas.

    Ionice Lorenzoni

  • Estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental podem participar da Olimpíada de Matemática Brics, que vai ocorrer entre os dias 16 de outubro e 15 de novembro. A competição reunirá meninas e meninos dos países do Brics – Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul –, com o objetivo de popularizar a matemática, desenvolver o interesse pela disciplina e promover a união de crianças de diferentes partes do planeta.

    A participação na olimpíada é gratuita e as tarefas são on-line. Para realizá-las, pode-se optar por uma das 15 línguas na página eletrônica da competição: inglês, russo, português, hindu, chinês e todos os idiomas oficiais da África do Sul. Os exercícios interativos são realizados em formato de jogos, que visam desenvolver o raciocínio criativo sem exigir um profundo conhecimento do currículo escolar. O formato permite que a criança teste seus conhecimentos independentemente de seu nível escolar, social ou localização geográfica.

    Para participar, os professores devem inscrever os estudantes na página da olimpíada e ter um computador ou qualquer dispositivo com acesso à internet e um navegador atualizado. Mais de 1 milhão de alunos já estão inscritos.

    Etapas – A competição ocorre em duas etapas: navegação de teste (16 a 31 de outubro) e navegação básica (1º a 15 de novembro). A primeira dará oportunidade ao aluno de se motivar e conhecer o sistema. Os resultados dessa etapa não influenciam na próxima.

    Já na segunda etapa, o aluno terá uma hora para resolver os exercícios em qualquer dia do período de sua participação. Todos os estudantes e professores receberão certificados.

    Para fazer o cadastro ou saber mais informações, basta acessar a página eletrônica da Olimpíada.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Arte: Mário Chesini/MECTrabalhar na instituição onde estudou dos 6 aos 14 anos tem sido gratificante para a professora Simone Lessa, diretora da Escola Municipal Narciso Macedo, no município fluminense de Iguaba Grande. “Tenho um sentimento de gratidão por essa escola. Sinto que posso contribuir com a comunidade e com a história da instituição que fez e faz parte da minha vida”, destaca.

    Professora de língua portuguesa e de língua inglesa, há 14 anos no magistério, Simone diz que ser educadora é uma missão, da qual sente muito orgulho. “Lecionar é participar da formação do indivíduo como um todo”, diz. Professora na instituição durante 13 anos, há dois na direção, ela explica que sempre teve vontade de voltar às raízes a fim de retribuir por tudo o que recebeu.

    Nesse período de atuação como diretora, Simone retomou projetos socioculturais e pedagógicos, como a banda marcial, a realização de gincanas e de outros eventos, com a participação da comunidade. Também promoveu melhorias na estrutura física da unidade de ensino e implantou o sistema de exame simulado a fim de preparar e capacitar os estudantes para as provas e para a vida profissional.

    Segundo a educadora, a escola, que completou 80 anos em agosto, passou por várias situações difíceis, a ponto de ser cogitado seu fechamento, em razão do baixo número de alunos. Graças a um grupo de profissionais, que assim como Simone, têm carinho e respeito pela instituição, a escola pôde renascer. “Estou feliz por contribuir para o bom desempenho da instituição”, ressalta.

    Apesar dos problemas, a escola sempre se destacou pelas excelentes realizações durante todos esses anos. “Podemos perceber que sua história aqui na comunidade é muito importante e sua influência, muito forte; praticamente, quase todo o bairro teve a formação básica aqui”, diz Simone. “Por isso, há um sentimento de respeito e gratidão, comum entre alunos, funcionários, ex-alunos, ex-funcionários e comunidade.”

    A escola tem, atualmente, 122 alunos matriculados em turmas do sexto ao nono ano do ensino fundamental, nos turnos da manhã e da tarde.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • A edição deste ano do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) será aplicada em 965 redes municipais e em 12 estaduais de educação, além do Distrito Federal. O período de inscrições vai até o dia 30 deste mês — mais de 250 mil candidatos já se inscreveram. As provas estão marcadas para 29 de novembro.

    O Encceja é uma oportunidade para quem não concluiu o ensino fundamental no período regular adquirir o certificado de conclusão. A participação é voluntária. A idade mínima exigida para a certificação do ensino fundamental é de 15 anos completos até o dia do exame.

    As provas contemplam as áreas básicas do conhecimento. A prova I abrange língua portuguesa, língua estrangeira moderna (inglês), artes, educação física e redação. A prova II, matemática; a III, história e geografia e a IV, ciências naturais. Serão 30 itens de múltipla escolha para cada uma das áreas, além de uma proposta de temas para a redação.

    Além do Distrito Federal, participam do Encceja os estados do Amazonas, Maranhão, Minas Gerais Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Os demais têm a participação dos municípios.

    Mais informações sobre o Encceja na página eletrônica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep)

    Assessoria de Imprensa do Inep
  • No início do ano letivo de 2010, escolas públicas receberão caixa com jogos que ajudam a alfabetização de crianças com idade entre seis e oito anos. (Foto: Wanderley Pessoa)Escolas das redes públicas com turmas do segundo ano (alfabetização) do ensino fundamental receberão em novembro a Provinha Brasil, relativa ao segundo semestre. O período de aplicação sugerido pelo Ministério da Educação vai de 9 a 13do próximo mês.

    Mesmo que seja opcional, a provinha impressa chegará a todas as escolas municipais, estaduais e do Distrito Federal que registraram turmas de alfabetização no último Censo Escolar. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) indicam que 3,5 milhões de crianças estão no segundo ano do ensino fundamental público.

    A provinha de língua portuguesa, com 24 questões de múltipla escolha, é aplicada pelo professor em sua turma. A correção e a análise dos resultados também são tarefas do professor, mas podem ter a participação de outros professores, da coordenação pedagógica e da direção da escola.

    Para a coordenadora-geral do ensino fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, Edna Borges, a provinha permite ao professor, ao analisar os resultados obtidos pelas crianças, identificar as dificuldades da aprendizagem e traçar um plano de trabalho para superar os problemas que aparecem. Segundo Edna, a avaliação do segundo semestre também oferece informações ao professor e à escola sobre a evolução no aprendizado entre a aplicação das duas provas.

    No primeiro semestre deste ano, a provinha foi aplicada entre 9 e 20 de março. O objetivo do exame é constatar se, aos oito anos de idade, a criança está alfabetizada.

    Apoio— Para apoiar o trabalho dos professores do ciclo de alfabetização, que vai dos seis aos oito anos de idade, o Ministério da Educação preparou material a ser enviado às escolas públicas no início do ano letivo de 2010. O primeiro é o caderno Orientações para o Trabalho com a Linguagem Escrita em Turmas de Crianças de Seis anos de Idade, elaborado pelo Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com 122 páginas, o caderno orienta os professores sobre o trabalho com a linguagem escrita e sugere atividades a serem desenvolvidas na sala de aula.

    O segundo é uma caixa com dez jogos sobre alfabetização. Os jogos foram criados pelo Centro de Estudos em Educação e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Escolas com até 70 alunos em classes de alfabetização receberão uma caixa. Aquelas com 80 alunos terão duas caixas e assim sucessivamente, explica Edna. Acompanha o kit de jogos um guia com sugestões aos professores sobre o uso do material em sala de aula.

    Ionice Lorenzoni
  • O Exame Nacional de Certificação de Competências (Encceja) no exterior será realizado neste fim de semana em Bruxelas (Bélgica), Boston e San Francisco (Estados Unidos), Lisboa (Portugal) e Caiena (Guiana Francesa). Os exames para o ensino fundamental serão aplicados neste sábado, 7; para o ensino médio, no domingo, 8. Os resultados garantem a certificação de conclusão do ensino fundamental e médio para brasileiros que moram no exterior.

    Os candidatos devem comparecer aos locais de exame uma hora antes do horário de início das provas. É necessário levar caneta esferográfica de tinta preta, com material transparente, e apresentar passaporte original, com validade vigente.

    As provas para o ensino fundamental, neste sábado, 7, começarão às 8 horas e irão até às 12, pelo horário de cada cidade, para as áreas de história, geografia e ciências naturais. Das 14 às 19 horas, também pelo horário de cada cidade, para as provas de língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física, redação e matemática.

    No domingo, 8, das 8 às 12 horas de cada cidade, serão aplicadas as provas do ensino médio de ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias. Das 14 às 19 horas locais, as de linguagens, códigos e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.

    As normas do Encceja de 2014 no exterior constam do Edital do Inep nº 5/2014, publicado no Diário Oficial da União do dia 6 de março último.

    Eduardo Aiache

    Confira os locais de provas do Encceja no exterior

  • As pessoas que não tiveram a oportunidade de concluir o ensino fundamental poderão fazer uma prova de certificação e, se comprovarem ter conhecimento adequado a esse nível de ensino, poderão ter seus certificados. Para isso, o interessado deve se inscrever ao Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), até esta sexta-feira, 30. Para se inscrever no exame, o participante deve ter, no mínimo, 15 anos de idade completos até o dia da prova.


    As provas contemplarão áreas básicas do conhecimento, como linguagens (língua portuguesa, inglês, artes, educação física), matemática, ciências naturais e ciências humanas (história, geografia). Serão 30 itens de múltipla escolha para cada uma dessas áreas. Há ainda uma redação.


    Se a pessoa, por exemplo, foi reprovada na oitava série em língua portuguesa, ela pode agora fazer apenas a prova que envolve essa disciplina. Se alcançar a nota mínima exigida, terá seu certificado de conclusão do ensino fundamental e poderá retornar aos estudos, já se matriculando no ensino médio. Mesmo que a pessoa nunca tenha freqüentado a escola regular – ou tenha freqüentado, mas não tenha como provar – mas tem domínio dos conhecimentos exigidos para essa etapa de ensino, ela poderá fazer as provas.


    A certificação se dá por área. Por exemplo: se o participante obtiver boas notas em ciências humanas e linguagens, ele terá documento provando que já eliminou essas componentes. Caso o mesmo participante não alcance nota suficiente em matemática, ele ficará devendo apenas essa área – e poderá fazer, no ano que vem, quando for aplicado outro Encceja, apenas a prova de matemática.


    A inscrição é gratuita. Para se inscrever, o candidato tem até o dia 30 de outubro, 23h59min, para acessar a página do exame. Ele deve ter em mãos o documento de identidade e o CPF e preencher todos os campos solicitados. Após o registro, o comprovante de inscrição deverá ser impresso, pois contém o número de acompanhamento de inscrição e a senha de acesso à página. O candidato deve informar o nome do município onde deseja fazer a prova.


    Aqueles que já fizeram cadastro em anos anteriores e desejam ainda eliminar matérias poderão se inscrever novamente, sendo o número de inscrição único e definitivo ao longo dos anos, podendo ser usado em quantos exames o interessado quiser participar.


    A prova será no dia 21 de fevereiro de 2010. O candidato deve chegar com uma hora de antecedência, sendo que os portões abrirão 15 minutos antes. Não será permitida a entrada após o início da prova. No período matutino, a prova será aplicada das 8h30 às 12h30 (ciências naturais, história e geografia) e no período vespertino das 14h30 às 19h30 (língua portuguesa, inglês, artes, educação física, redação e matemática).

    Assessoria de Imprensa do Inep

  • No jardim, com flores agrupadas de A a Z, os alunos da escola catarinense aprendem o conceito de “comunidade de vida” (foto: arquivo da Escola Hermann Müller)Em um pequeno jardim, com flores de A a Z, estudantes entram em contato com a natureza e também com as palavras e as letras. Esse despertar para o aprendizado da leitura e da escrita tem início com o plantio das mudas, pelos próprios alunos da Escola Municipal Hermann Müller, no distrito de Pirabeiraba, área rural de Joinville (SC). No local, plaquinhas de madeira exibem poesias de Roseana Murray, autora de obras infantis.

    “Do A, de alamanda, ao Z, de zínia, para olhar, cheirar, comer e sentir as diferentes texturas, com mudas a partir de sementes trazidas pelas crianças e pais, e uma plaquinha identificando a letra e a espécie.” Assim é o jardim encantado, criado pela pedagoga Silvane Aparecida da Silva. Há oito anos ela dirige a escola, que tem 64 estudantes matriculados em turmas do primeiro ao sexto ano do ensino fundamental.

    Pós-graduada em ecologia e em gestão escolar, Silvane foi a responsável pela revitalização da escola, que encontrou “definhando, triste e desarticulada”, com apenas 26 alunos. Após uma série de medidas, que tiveram início com a retirada do lixo e a colocação de grama e canteiros onde antes havia pedras, ela conseguiu que os alunos passassem a viver, na prática, o conceito de “comunidade de vida”.

    Uma delicada colmeia, bem ao lado da porta principal da escola, pouco acima do chão, serve de exemplo. Os alunos passam todos os dias pelo local, mas sempre guardam distância segura. “Eles observam, admiram, contornam e seguem; em que outro lugar que concentre crianças tal cena duraria?”, avalia a diretora.

    Entre as árvores do bosque de leitura ao ar livre, os alunos podem ler, sentados em bancos sob as árvores frutíferas que eles mesmos plantaram. Ali ficam os chamados restaurantes da canção. São casas com comida para os pássaros, livres. “Tem aluno que vai para casa e solta os passarinhos das gaiolas, ou que sai de um rodeio chorando”, diz Silvane. “Eles sabem que nós somos só um fio da teia.”

    Vantagem — Como a escola é pequena, os alunos são agrupados do primeiro ao terceiro ano e do quarto ao sexto, em turmas multisseriadas. Assim, a professora alfabetizadora Marciane Seefeld Gonçalves atende, além de alunos do primeiro ano, os de segundo e do terceiro. Pedagoga, com pós-graduação em séries iniciais da educação infantil e gestão escolar, ela considera possível conseguir bons índices de aprendizado em turmas que reúnem estudantes de diversas idades e níveis de conhecimento. “Organizando o tempo didático, propondo atividades coletivas, a interação entre alunos de diferentes níveis, antes considerada um obstáculo, transformou-se em vantagem pedagógica”, destaca.

    A escola tem ainda sala de leitura, com livros atualizados, especialmente de poesia, e almofadas para os alunos lerem no chão. Todos os anos, em novembro, a escola promove o evento Café, Flor e Poesia. Em 2010, o encontro teve a participação de Roseana Murray, que pode ver seus poemas espalhados pelo jardim.

    Fátima Schenini

    Confira o blog da Escola Municipal Hermann Müller

    Saiba mais no Jornal do Professor


    DESTAQUE/FOTO

    (atual passa para destaque 4)

    legenda

    No jardim, com flores agrupadas de A a Z, os alunos da escola catarinense aprendem o conceito de “comunidade de vida” (foto: arquivo da Escola Hermann Müller)

    Ensino-aprendizagem

    Flores e poesia são aliadas de
    professora na alfabetização

    Brasília, 20/9/2011 — Em um pequeno jardim, com flores de A a Z, estudantes entram em contato com a natureza e também com as palavras e as letras. Esse despertar para o aprendizado da leitura e da escrita tem início com o plantio das mudas, pelos próprios alunos da Escola Municipal Hermann Müller, no distrito de Pirabeiraba, área rural de Joinville (SC). No local, plaquinhas de madeira exibem poesias de Roseana Murray, autora de obras infantis.

    “Do A, de alamanda, ao Z, de zínia, para olhar, cheirar, comer e sentir as diferentes texturas, com mudas a partir de sementes trazidas pelas crianças e pais, e uma plaquinha identificando a letra e a espécie.” Assim é o jardim encantado, criado pela pedagoga Silvane Aparecida da Silva. Há oito anos ela dirige a escola, que tem 64 estudantes matriculados em turmas do primeiro ao sexto ano do ensino fundamental.

    Pós-graduada em ecologia e em gestão escolar, Silvane foi a responsável pela revitalização da escola, que encontrou “definhando, triste e desarticulada”, com apenas 26 alunos. Após uma série de medidas, que tiveram início com a retirada do lixo e a colocação de grama e canteiros onde antes havia pedras, ela conseguiu que os alunos passassem a viver, na prática, o conceito de “comunidade de vida”.

    Uma delicada colmeia, bem ao lado da porta principal da escola, pouco acima do chão, serve de exemplo. Os alunos passam todos os dias pelo local, mas sempre guardam distância segura. “Eles observam, admiram, contornam e seguem; em que outro lugar que concentre crianças tal cena duraria?”, avalia a diretora.

    Entre as árvores do bosque de leitura ao ar livre, os alunos podem ler, sentados em bancos sob as árvores frutíferas que eles mesmos plantaram. Ali ficam os chamados restaurantes da canção. São casas com comida para os pássaros, livres. “Tem aluno que vai para casa e solta os passarinhos das gaiolas, ou que sai de um rodeio chorando”, diz Silvane. “Eles sabem que nós somos só um fio da teia.”

    Vantagem — Como a escola é pequena, os alunos são agrupados do primeiro ao terceiro ano e do quarto ao sexto, em turmas multisseriadas. Assim, a professora alfabetizadora Marciane Seefeld Gonçalves atende, além de alunos do primeiro ano, os de segundo e do terceiro. Pedagoga, com pós-graduação em séries iniciais da educação infantil e gestão escolar, ela considera possível conseguir bons índices de aprendizado em turmas que reúnem estudantes de diversas idades e níveis de conhecimento. “Organizando o tempo didático, propondo atividades coletivas, a interação entre alunos de diferentes níveis, antes considerada um obstáculo, transformou-se em vantagem pedagógica”, destaca.

    A escola tem ainda sala de leitura, com livros atualizados, especialmente de poesia, e almofadas para os alunos lerem no chão. Todos os anos, em novembro, a escola promove o evento Café, Flor e Poesia. Em 2010, o encontro teve a participação de Roseana Murray, que pode ver seus poemas espalhados pelo jardim. (Fátima Schenini)

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    Palavras-chave: alfabetização, ensino fundamental, poesia

  • Professora na Escola Estadual Carlos Drummond de Andrade, em Presidente Médici, Rondônia, Lucimara Lopes França defende o estudo do folclore durante todo o ano letivo. Para a professora, que está há 19 anos no magistério, o folclore é um dos principais fatores de identificação de um povo. “Quando os estudantes conhecem um pouco mais da história do seu país por meio do folclore têm a oportunidade de compreender o povo e, assim, fazer parte de sua história”, analisa.

    Segundo a professora, lendas, cantigas, ditados populares e trava-línguas (espécie de jogo verbal, que consiste em dizer, com clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar, ou de sílabas formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente) são algumas das formas usadas por povos antigos para compreender o mundo. “Eles usavam a imaginação para resolver os mistérios da natureza e entender as dificuldades da vida e seus próprios temores”, diz.

    Pedagoga, com pós-graduação em psicopedagogia institucional e especialização em mídias na educação, Lucimara foi uma das vencedoras da edição de 2012 do Prêmio Professores do Brasil, com o projeto Gêneros Textuais: Manifestações da Cultura Popular, dentro do tema Folclore Brasileiro. O projeto foi desenvolvido com uma turma do segundo ano do ensino fundamental, composta por 22 alunos de 7 a 9 anos de idade. Dividido em dez etapas, envolveu as disciplinas de língua portuguesa e história, proporcionou o contato com diferentes gêneros textuais e estimulou o uso de mídias na sala de aula. À medida que novos conteúdos eram estudados, passavam a fazer parte de um mural, o que contribuiu para sistematizar o conhecimento. As atividades desenvolvidas eram postadas no blogue da turma.

    Ao elaborar o projeto, Lucimara buscou valorizar a linguagem oral e escrita da cultura popular, com o uso de diferentes formas de mídia. Os alunos tiveram a oportunidade de ler sobre mitos e lendas e conhecer personagens como Saci-Pererê, Mula-sem-Cabeça, Curupira, Iara, Boitatá e Negrinho do Pastoreio. Também aprenderam sobre danças e brincadeiras folclóricas. No laboratório de informática da escola, participaram de jogos, quebra-cabeças e palavras cruzadas on-line e assistiram a vídeos sobre parlendas, cantigas de roda e trava-línguas. Uma das atividades mais apreciadas pelos alunos foi a apresentação de cantigas de roda. A atuação de cada grupo foi gravada em vídeo pela professora e postada no blogue.

    De acordo com Lucimara, durante a execução do projeto, os estudantes tiveram a oportunidade de aprender que o computador é uma ferramenta para a aprendizagem. Ele serve para a diversão e como fonte de pesquisa. “Os estudantes perceberam que ao sentir dificuldade com algum conteúdo podem usar esse recurso e avançar na aprendizagem”, salienta.

    Em 2013, a professora apresentou aos alunos a obra de Monteiro Lobato [1882-1948], com leitura compartilhada e estudos da biografia do autor. As disciplinas envolvidas foram língua portuguesa, história e artes. “Busquei atividades sobre parlendas, trava-línguas, cantigas de roda e ditados populares”, revela.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue da Turma

  • Na escola de Sobradinho (DF), alunos da educação infantil fizeram apresentações de danças típicas durante a Festa das Nações, em alusão à Copa do Mundo (foto: arquivo da Escola-Classe Natureza)No Núcleo Rural Capão da Erva, em Sobradinho, Distrito Federal, a Escola-Classe Natureza homenageou os países que participam da Copa do Mundo 2014 com a Festa das Nações, realizada no dia 11 último. Além de exposição de trabalhos realizados durante o primeiro semestre letivo, os participantes assistiram a apresentações de danças típicas por alunos de turmas da educação infantil ao quinto ano do ensino fundamental.

    “Quisemos dar oportunidade aos alunos de vivenciar coisas diferentes, ter contato com outras culturas, além de envolvê-los com outras línguas e maravilhas do mundo”, diz a diretora, Mônica Clifford.

    Os preparativos para a festa tiveram início em março, com a escolha dos oito países que seriam estudados. Alemanha, Argentina, Camarões, Itália, Japão, México, Portugal e Brasil foram os selecionados por alunos e professores. Ao longo do semestre, os estudantes participaram de atividades interdisciplinares, nas quais foram trabalhados conteúdos como culinária e gastronomia, artes plásticas e cênicas, música, dança e coreografias locais dos países escolhidos. Também participaram de leituras temáticas e estudaram os diferentes hinos, bandeiras, moedas e mapas.

    “O objetivo foi criar nos alunos o hábito da pesquisa”, ressalta a diretora. Segundo Mônica, foi possível também mostrar outros países, seus povos e suas culturas. Os estudantes fizeram visitas a embaixadas e obtiveram bandeiras, roupas, folders, cartazes e objetos para a exposição. “Uma experiência como essa é enriquecedora. Eles se sentiram de fato em outros países”, revela a diretora. Formada em pedagogia, com pós-graduação em educação inclusiva, Mônica atua há 30 anos na área da educação. Há seis meses, exerce a função de diretora da escola.

    No dia anterior à festa, alunos e professores participaram de uma gincana, que teve atividades com temas relacionados à Copa do Mundo.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • No início do próximo ano, serão distribuídos 2.108 novos títulos para o ensino fundamental e o ensino médio. (Foto: João Bittar)O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) encerrou nesta quarta-feira, 17, a negociação para a compra de 162,4 milhões de livros didáticos, a serem utilizados por alunos da rede pública a partir do ano que vem. Cada exemplar para o ensino médio custará, em média, R$ 7,80 e, para o ensino fundamental, R$ 5,45. O investimento total do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para a aquisição das obras de 24 editoras ficará em R$ 1,1 bilhão.

    Os exemplares são negociados com base no valor do caderno tipográfico (cada conjunto de 16 páginas no miolo do livro), que teve preço médio de R$ 0,3561, resultado 1,5% abaixo dos R$ 0,3617 contratados no ano passado. “A economia foi possível devido ao ganho de escala na produção, pois estamos adquirindo quase 20% mais livros que na última compra”, afirma Rafael Torino, diretor de ações educacionais do FNDE.

    Foram adquiridas obras de todas as disciplinas para todos os alunos do ensino médio, num total de 91,7 milhões de exemplares, e outras 70,7 milhões de unidades de reposição e complementação para o ensino fundamental. “Os livros de ensino médio costumam ter mais páginas que os do ensino fundamental, por isso atingimos o recorde de quase 3,1 bilhões de cadernos tipográficos, cerca de 27% acima do volume anterior”, explica Torino. No total, o governo federal comprou 2.108 títulos diferentes para as duas etapas de ensino.

    A partir da assinatura de contrato com o FNDE, as editoras começarão a produzir os livros, que serão entregues nas escolas públicas de todo o país antes do começo do próximo ano letivo. Cada exemplar deve ser aproveitado por três anos, sendo passado de um estudante a outro ao final de cada período letivo. A exceção fica para os livros consumíveis de alfabetização dos anos iniciais do ensino fundamental, mais filosofia e sociologia do ensino médio, e também língua estrangeira dos dois níveis, que não precisam ser devolvidos.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

    Conheça as editoras e os valores negociados

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