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  • Alguém já parou para pensar que a história, para além das páginas dos livros, é parte importante de sua vida e compõe sua trajetória pessoal? Os alunos de Severino Vicente da Silva, professor de história da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), certamente sim. Com 68 anos de idade e 50 de prática docente, ele é conhecido por tornar as ruas do Recife, capital pernambucana, em uma sala de aula viva.

     “A história que nos é contada normalmente é como se fosse algo que não tivesse nada a ver com a vida da gente”, analisa o professor, personagem da série Trilhas da Educação, produzida e transmitida pela Rádio MEC nesta sexta, 27. “Em uma passagem, uma viagem que eu que faço com os alunos, eles descobrem que a história é deles.” É com essa vivência, adquirida desde cedo, quando caminhava pelas ruas de sua cidade observando tudo que o cercava, que ele transforma suas aulas em uma experiência rica.

       “Durante a minha adolescência, eu pegava ônibus todos os dias, voltando para casa da escola, na frente de um edifício muito bonito”, conta Severino. “Tinha um portão de ferro belíssimo. E aí, depois, quando me formei como professor de história, a primeira coisa que eu fiz, com uma coragem muito grande, foi realizar meu sonho – visitar essa casa, que era a casa de um antigo senhor, o barão de Beberibe, e que é hoje o Museu do Estado de Pernambuco. Estava lá aberto para mim, mas eu nunca tinha tido coragem, nunca nenhum professor me levou para conhecer aquele espaço.”

     Experiência – A consciência de pertencimento, de fazer parte daquele lugar que ele tanto sonhava em conhecer, posteriormente, fez o professor apostar nessa didática. As primeiras práticas vieram quando ele ainda atuava como professor da rede municipal do Recife. Agora, no curso de história da UFPE, o desafio dado a jovens e adultos é explorar a cidade e resgatar essa mesma sensação.

    A maioria dos estudantes que participam dessa experiência passa a ter uma visão diferenciada dos livros. “Eles começam a ver os livros, a história, os documentos históricos com maior vivacidade, com outro olhar”, explica. Normalmente, são grupos de dez alunos atentos para as ruas, praças, pontes, monumentos e edificações – como os grandes mercados, os ambientes sacros e tradicionais construídos desde o século 17. Depois de muita anotação, estudo e debate, o professor acompanha o resultado do trabalho.

     “Peço que eles escrevam um artigo em torno da disciplina, envolvendo aquilo que viram. Por exemplo, tem um lugar hoje que é um mercado de produtos estrangeiros, mas que no passado foi um cinema. Para entender o passado, é preciso ver a partir do presente. É isso que a gente trabalha com eles, porque, como professores e bacharéis, cada um deles tem que aprender escrever em cima do que vê e produzir o seu próprio documento. “

    Multiplicadores – Os resultados são animadores. Segundo o professor, há relatos de estudantes que levam essa descoberta adiante. “Um dos alunos ficou muito impressionado com essa experiência e criou uma empresa para ensinar as pessoas a verem o Recife”, ilustra. “Ele me conta essa história e fica muito feliz de dizer que começou a empresa.  Assim, os alunos vão se tornando multiplicadores de diversas maneiras.”

     Tornar-se um bom professor e pesquisador, um profissional que acredita no que faz e dá asas aos mais diferentes sonhos são conquistas que passam pelo conhecimento e pela paixão da história, defende Severino. “A história tem que ser vista como uma coisa viva, não um documento parado; é uma coisa que continua acontecendo. Quando você entra em determinados ambientes, vê que ali está o passado e que ali está também acontecendo o presente. E tem que ver isso com a paixão, porque a história da humanidade é a história da paixão de todos nós, de buscar viver o melhor possível o nosso tempo, nosso período. ”

     Clique aqui para conhecer mais sobre o trabalho do professor Severino Vicente.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Hora do Enem desta semana faz uma viagem histórica pelo Brasil e vai até a Nova Zelândia. O programa mostra ainda mulheres que fazem diferença nas Ciências Exatas e mais uma redação nota mil. Tudo isso para ajudar os alunos a conseguirem um bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2018), que acontece nos dias 4 e 11 de novembro.

    Na terça-feira, 28, é dia de História Negra e o personagem principal é Zumbi dos Palmares. Para contar a trajetória dessa figura brasileira, o historiador Flávio Gomes aborda a biografia que escreveu sobre este ícone da resistência contra a escravidão no Brasil. Para completar, a Professora Jessika Souza, resolve a questão 76 do Caderno Azul do Enem 2017 sobre a história da população negra no país.

    Já na quarta-feira, 29, a língua inglesa aterrissa no Hora do Enem. O Professor Gustavo Gomes resolve a questão 5 do Caderno Azul do Enem 2017 e revisa técnicas de interpretação de texto em inglês. E mais: o educador financeiro Samyr Castro explica como, sem saber uma palavra em inglês, embarcou para a Nova Zelândia e aprendeu o idioma na prática.

    Na quinta-feira, 30, resistores ôhmicos dão o tom da questão 93 do Caderno Azul do Enem 2017, resolvida pelo professor Thiago Higino. Além dele, a convidada Erica Polycarpo, física e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica mais sobre a física das partículas quarks e mésons.

    Para fechar a semana, nada melhor que um exemplo de redação nota mil. Por isso, Land bate um papo com o estudante duas vezes nota mil na redação do Enem, Felipe Bezerra, de Fortaleza, Ceará. Desta vez, ele revela como conseguiu a nota máxima na prova de 2016.

    Hora do Enem é exibido de segunda a sexta-feira, às 7h, 13h e 18h. Todos os episódios estão disponíveis no portal da TV Escola e no aplicativo.

    Assista o programa também no canal da emissora no YouTube.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • A professora de história Manuela Arruda, de Pontes e Lacerda (MT), município na fronteira com a Bolívia e distante 480 quilômetros de Cuiabá, participa da Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB) desde a segunda edição da competição, em 2010. No ano passado, ganhou a primeira medalha: um bronze conquistado com muito orgulho, após ter chegado à final em outras edições. A olimpíada é promovida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

    A professora lembra que havia um sentimento comum entre os estudantes de Pontes e Lacerda de que chegar à faculdade era algo praticamente impossível, por morarem em uma cidade pequena – com 45 mil habitantes. Este era um sonho que muitos sequer alimentavam. Mas, após o início da olimpíada, os jovens começaram a perceber que, se estudarem, podem conseguir. “Ir para Campinas [sede do evento] é apenas um brinde. Os alunos percebem que conseguem estudar com diferentes suportes, desenvolvem capacidade de interpretação e produção textual”, diz.

    Manuela já teve um aluno que andava 10 quilômetros para chegar na escola, outro que não tinha computador para resolver as questões e um que trabalhava em oficina mecânica e chegava todo sujo. “Esse foi um dos que chegaram a uma das finais. Ele nunca tinha saído de Pontes e Lacerda, nunca tinha andado de elevador, escada rolante, nem viajado de avião. Sequer tinha ido a Cuiabá. Talvez quem esteja nos grandes centros não perceba a grandeza desses pequenos gestos. Mas a família vê a transformação desses alunos. Hoje, esse menino faz faculdade de ciência da computação”, conta, orgulhosa. “São alunos que buscam continuar estudando. Não necessariamente serão professores de história, mas serão profissionais muito humanos”.

    Fora o crescimento dos estudantes, a olimpíada tem a intenção de valorizar os professores. São oferecidos cursos de formação pela Unicamp para os docentes que participam e incentivam os alunos na competição. Em um desses cursos, Manuela teve a oportunidade de assistir as aulas do historiador Edgar Salvadori de Decca, referência na área e que faleceu no ano passado. Na avaliação da professora, a experiência foi significativa, já que alguns dos estudos dele faziam parte da bibliografia utilizada na faculdade.

    Inscrições– Os estudantes que queiram participar da 9ª edição da ONHB têm até o dia 26 de março para se inscrever com valor reduzido – R$ 30 por equipe para alunos de escolas públicas e R$ 60 para equipes de escolas particulares. Após esse dia, o valor será de R$ 45 e R$ 90, respectivamente. As inscrições seguem até 28 de abril e podem ser feitas na página eletrônica da olimpíada. Podem participar estudantes de escolas públicas e particulares, dos ensinos fundamental (oitavo e nono anos) e médio. 

    As equipes são formadas por três estudantes e um professor. A competição tem cinco fases online, nas quais os participantes têm que resolver questões de múltipla escolha e desenvolver tarefas. Cada fase dura uma semana e as respostas podem ser resolvidas por meio de debates, pesquisas em livros e na internet e com a orientação do professor. A primeira terá início dia 8 de maio e última termina em 10 de junho. Após as cinco etapas, no mínimo 200 equipes (800 participantes) classificadas para a final seguem para Campinas, nos dias 19 e 20 de agosto, onde farão prova dissertativa.

    Em 2016, a olimpíada reuniu 42,7 mil alunos de cidades de todos os estados brasileiros, com participação expressiva da região Nordeste. Neste ano, a expectativa da organização da ONHB é que o número de inscritos seja ainda maior. “O nosso ponto não é descobrir quem é o aluno que mais sabe história, mas quais são as equipes que mais conseguiram se dedicar e aprender história”, detalha a coordenadora da ONHB, Cristina Meneguello. Para ela, a competição tem uma proposta inovadora ao incentivar o desenvolvimento da análise crítica e discussões sobre os mais variados assuntos, por meio de pesquisa, da busca por informações, textos, imagens e mapas.

    Formação - A olimpíada oferece um curso online de formação para professores, que está em sua quarta edição. O tema deste ano será Imagens em sala de aula e ocorre entre os dias 1º de março e 10 de maio. As aulas são gravadas com especialistas renomados da Unicamp. O objetivo é capacitar o professor para fazer uso de imagens que contribuem com o ensino de história em sala de aula. Ao todo, mais de 560 docentes se inscreveram e vão participar do curso de formação em 2017.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estão abertas a partir desta segunda-feira, 14, as inscrições para o exame de acesso à edição 2018 do mestrado profissional em ensino de história (ProfHistória). No total, são 467 vagas disponíveis para o curso presencial, organizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com oferta simultânea em 27 instituições brasileiras associadas. O prazo para se inscrever vai até o dia 28 de setembro.

    Programa de pós-graduação stricto sensu, o ProfHistória tem como objetivo ofertar formação continuada que contribua para a melhoria da qualidade da docência em história na educação básica. O curso é reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação.

    Podem participar do processo seletivo aqueles que tenham diploma em licenciatura e que atuem como professores de história em qualquer ano da educação básica. As provas para ingresso no ProfHistória ocorrerão em 22 de outubro e a divulgação do resultado está prevista para 30 de novembro. As matrículas deverão ser feitas em 8 de dezembro.

    O edital, a distribuição das vagas em cada instituição, o formulário para inscrição nas provas e mais informações estão disponíveis na página eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

    Assessoria de Comunicação Social

  • A chamada educomunicação – que tem como conceito básico a comunicação de massa e a mídia usadas como elementos educacionais – é um dos destaques da edição desta sexta, 30, do Rede Escola, no ar às 19h, pela TV Escola. O primeiro a falar sobre esse assunto é o professor Ismar de Oliveira Soares, mestre e doutor em ciências da comunicação da Universidade de São Paulo (USP) e, desde os anos 1970, dedicado ao estudo da relação entre mídia, comunicação de massa e educação.

    Na sequência, quem entra em cena é o documentarista Silvio Tendler, que fala sobre a importância educativa do cinema e do audiovisual. A exemplo de alguns dos mais importantes cineastas de sua geração, ele foi formado com base nos cineclubes – que se reinventaram e expandiram as fronteiras para dentro das salas de aula. Também participa dessa entrevista a cineasta Carla Camurati, que conversa sobre o Festival Internacional do Cinema Infantil – este ano, aberto às escolas públicas do Rio de Janeiro.

    Em outro bloco, a repórter Emy Lobo bate um papo com estudantes do ensino médio sobre o cinema na sala de aula. Assim como Silvio Tendler, os entrevistados têm como tema central de seus relatos a importância do audiovisual no auxílio ao ensino tradicional.

    Na coluna Caminhos da educação, o jornalista Antônio Gois analisa um recente estudo lançado nos Estados Unidos, alertando que o incentivo exagerado no aprendizado nas áreas científicas e tecnológicas pode ser improdutivo e estreitar o currículo escolar.

    Ainda nesta edição, o programa desta sexta traz a terceira parte da série Anima Mundi/Anima Escola, dirigida por Aída Queiroz, que vai falar sobre os diferentes tipos de animação. Complementando a reportagem, a professora Andréa Liguori mostra a aplicação desse recurso com os alunos da escola municipal Pires Albuquerque, no Rio de Janeiro.

    História – Diversificado em seus focos, o Rede Escola também apresenta nesta sexta-feira uma reportagem especial sobre o projeto Qual é a graça?, desenvolvido por alunos da escola municipal Herbert Moses, no Rio de Janeiro. Com coordenação do professor Luiz Henrique Rosa, os estudantes dessa instituição criaram o Jardim da Concórdia, povoado por árvores e outras plantas que remetem à vinda dos escravos africanos para o Brasil.

    A ação é inspirada na história de Manoel Congo, que promoveu a maior revolta de escravos do estado do Rio de Janeiro durante o Ciclo do Café – período compreendido entre os anos de 1800 e 1930 e marcado pela expansão da economia brasileira graças ao cultivo desse grão. Sufocado pelas forças de repressão da época, o movimento de libertação escravagista fracassou e Manoel Congo foi sentenciado à morte. Ele passou os últimos dias de sua vida preocupado se sua filha Concórdia, de cinco anos, entenderia que ele não a estava abandonando.

    Rede Escola vai ao ar às sextas-feiras, às 19h, com apresentação de Elaine Benício. O programa tem reprises aos sábados, às 16h, domingos, às 12h; e segundas-feiras, às 12h30.  A atração também está disponível nos endereços da TV Escola no Twitter, no Instagram, no Facebook e no Youtube, bem como no site da emissora.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação lançará o nono volume da coleção História Geral da África. A publicação terá como tema a diáspora africana. Representantes do MEC se reúnem nesta quinta-feira, 21, com pesquisadores do comitê científico de formulação dos livros e membros da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco) para debater o novo volume. Essa é uma das atividades previstas na agenda de comemorações da semana da Consciência Negra

     

    Os oito volumes anteriores têm recorde de acessos no site da Unesco. Já foram mais de um milhão de downloads da coleção. Concluídas em novembro de 2010, as obras são dirigidas aos professores da educação básica e às instituições de educação superior que atuam na formação de docentes. A coleção História Geral da África tem cerca de dez mil páginas, distribuídas nos oito volumes. A iniciativa da aborda desde a pré-história do continente africano até os anos 1980. Cerca de 350 pesquisadores, a maioria deles africanos, trabalhou no levantamento de dados e na produção da obra.



    A coleção História Geral da África também serviu de subsídio à produção de material didático para as escolas da educação básica, integrando uma série de iniciativas do MEC para enriquecer a formação de professores e o currículo dos estudantes, conforme prevê a Lei nº 10.639, que trata das diretrizes curriculares nacionais para a educação etnorracial nas redes públicas de ensino. Este ano, a lei completa 10 anos.

     

    Segundo a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Macaé Evaristo, a formulação da lei ajudou na consolidação de políticas públicas. “A Lei é um marco porque é uma demonstração de que o Estado brasileiro está empenhado em reverter um posicionamento que marcou nosso país durante anos”, ressaltou Macaé.

     

    Entre as ações desenvolvidas pelo MEC para a promoção da igualdade racial, se destacam a defesa da implementação da Lei de cotas, a homologação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, o programa de educação como ponte estratégica Brasil - África, que está estruturado em cooperação com países africanos de Língua Portuguesa, a formação de professores para a Educação das Relações Étnico-Raciais, além do Programa Nacional Biblioteca na Escola - Temático, com obras que compreendem quilombolas e educação para as relações étnico-raciais que serão distribuídas nas escolas públicas do país.

     

    Assessoria de Comunicação Social

     

     

     

     

     

     

     

  • Sociedades científicas e associações profissionais da área de ciências da natureza são as próximas a discutir no Ministério da Educação as contribuições ao texto da Base Nacional Comum Curricular. A reunião com as entidades está marcada para a próxima quarta-feira, 13, com o secretário de educação básica do MEC, Manuel Palacios.

    Confirmaram presença representantes da Associação Brasileira de Ensino de Biologia (Sbenbio), Sociedade Brasileira de Física (SBF), Sociedade Brasileira de Química (SBQ), Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec) e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A coordenação da Base Nacional Comum Curricular e assessores da área de ciências da natureza também participarão do encontro.

    Segundo Palacios, desde o início do ano passado, antes de o texto preliminar na base ser apresentado para consulta pública, o MEC promove reuniões com sociedades científicas e associações profissionais. O portal da base também conta com um canal de contribuições dedicado às entidades, que fazem o cadastramento, indicam representantes e, por meio do portal, apresentam colaborações.

    “Essa foi uma preocupação desde o início”, diz o secretário. “Além disso, convidamos pesquisadores importantes das diferentes áreas do conhecimento para atuar, como leitores críticos, no processo de elaboração do que será a proposta final da base.”

    Os especialistas convidados vão apresentar pareceres sobre a proposta preliminar de cada componente curricular da base até sexta-feira, 15.

    História — Entre os especialistas, o secretário cita a presidente da Associação Nacional de História (Anpuh), Maria Helena Rolim Capelato, que fez a leitura crítica do texto preliminar da Base no primeiro ciclo de consulta pública. Representantes da entidade, uma das mais importantes do país na área de história, reuniram-se com Palacios na quarta-feira, 6.

    “A Associação Nacional de História reúne um grande número de pesquisadores e professores de todo o país”, diz Palacios. “É a principal organização da área de pesquisa e ensino em história das universidades brasileiras; é uma parceria muito importante.”

    Durante o encontro, a Anpuh anunciou que promoverá seminário nacional sobre a Base Nacional Comum Curricular em 29 de fevereiro próximo. O secretário considera fundamental o apoio da entidade à construção da base nesse momento em que se intensifica o debate sobre a proposta preliminar para a área de história. “Diante das controvérsias no debate sobre a proposta do componente curricular de história para a Base Nacional Comum Curricular, a Anpuh certamente vai ser uma mediadora importante para encontrarmos uma solução de entendimento entre as diferentes abordagens possíveis na área do ensino”, afirma.

    Outra iniciativa da Anpuh será convidar pesquisadores de renome, em todas as áreas específicas da história, para uma segunda leitura crítica do documento formulado na base pela comissão de especialistas instituída pelo MEC. Um desses especialistas, o professor Mauro Cezar Coelho, da Universidade Federal do Pará, diz que outra forma de diálogo da equipe da base com as associações tem sido participar de debates sobre o documento preliminar. “Nessas oportunidades, apresentamos os documentos e os pressupostos, principalmente, que nortearam o caminho percorrido para formulação do documento”, diz. Ele avalia como positivo o debate sobre o ensino e o conteúdo escolar.

    De acordo com Manuel Palacios, é importante reafirmar que não há possibilidade de propor ao país uma Base Nacional Comum Curricular que não conte com adesão e apoio expressivos. “De professores, da sociedade de modo geral, das organizações científicas e profissionais”, afirma.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Lagarto (SE) — Os estudantes Marvin Ariel Dias Santos, Jonh Yago Ericson Santos e Marcelo Alessandro, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe, integram a equipe Tecnohistória, classificada para participar da última etapa da 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). Eles estão no segundo ano do curso de eletromecânica do campus de Lagarto.

    Composta por cinco fases on-line e uma presencial, a olimpíada terá a fase final nos dias 23 e 24, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo. Os estudantes sergipanos concorreram com 4.132 equipes de todo o país e ficaram entre os 300 classificados para a final — foram os primeiros colocados no estado.

    “Nossa classificação representa para a instituição uma conquista ímpar”, disse o professor José Rocha Filho, orientador da equipe. “A Equipe Tecnohistória, com certeza, representará com competência e humildade o instituto federal de Sergipe e o estado.”

    Para a fase final, a equipe terá como tarefa ler e interpretar trechos do livro Caminhos e Fronteiras, de Sergio Buarque de Holanda (1902-1982). O professor orienta os alunos durante no estudo, mas não participa da elaboração das respostas.

    A 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil é uma iniciativa do Museu Exploratório de Ciências (MC) da Unicamp, patrocinada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

    Assessoria de Imprensa do instituto federal de Sergipe

  • A receita que misturou aulas de história, sociologia e culinária tornou mais atrativo o aprendizado de alunos do ensino médio de Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife. Quem conduziu todos os ingredientes para um resultado de sucesso foi a professora Daniela Martins de Menezes. A história dessas estudantes é o tema desta semana do programa 
    Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Depois de participar de um curso de formação oferecido pela Fundação Gilberto Freyre, que buscava aproximar educadores das obras desse sociólogo, antropólogo e escritor pernambucano, a professora Daniela aproveitou para incrementar os aprendizados em sala de aula. A docente mobilizou estudantes de cinco turmas da escola estadual Professor Benedito Cunha Melo, na disciplina de história, e lançou uma competição culinária.

    O ponto de partida foi a obra Açúcar: uma Sociologia do Doce, que traz uma análise histórica sobre a sociedade açucareira no período colonial, e que reúne diversas receitas tradicionais de iguarias como bolos e doces da região – presentes nas receitas dos escravos e na cozinha dos senhores de engenho.

    Daniela conta que a escola em que leciona está localizada em um bairro de periferia, com um índice muito grande de evasão e de alunos que são envolvidos com a criminalidade. “Foi um desafio aproximar os meninos da obra de Gilberto Freyre, porque eu tinha uma carência de material, eu tinha uma carência de interesse. Então, apresentei as obras aos meninos e fiz uma competição culinária de doces na escola ”, cita a professora.

    Cerca de 170 alunos foram divididos em equipes. Cada grupo escolheu um doce descrito no livro para preparar as receitas. Durante o processo, os estudantes desempenhavam tarefas que envolviam também outras disciplinas, passando por assuntos diversos e que aparecem na obra do autor. A comunidade também foi convidada a participar.

    Os competidores se organizavam e preparavam as receitas sempre um dia antes das apresentações. Um dia na casa de um, outro dia na casa de outro. Mas para garantir que todos participassem e que realmente colocassem a mão na massa, as equipes tinham que registrar todo o trabalho em pequenos vídeos-tutoriais, posteriormente postados nas redes sociais.

    O resultado do empenho e criatividade dos estudantes surpreendeu a professora.  “As aulas de história após este processo ganharam outro significado. Eles prestam mais atenção nas aulas, eles participam mais, eles leem mais. Eles entenderam a importância do ensino de História na vida deles. ”

    As atividades de culinária foram destaque no ano passado na escola estadual Professor Benedito Cunha Melo, e agora a professora Daniela planeja repetir a iniciativa com outros estudantes da instituição.  Como prêmio, a equipe vencedora visitaria o museu Gilberto Freyre, a Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre, antiga residência do famoso autor, no bairro de Apipucos, na capital pernambucana.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • O cemitério do povo indígena cadiuéu é pequeno. Ali, os corpos são enterrados bem próximos uns dos outros. O motivo é não atrair a morte. Esse mito, o professor Carlos Alberto Panek Júnior conheceu quando foi a uma aldeia daquele povo, em Mato Grosso do Sul. Um dos 39 ganhadores do Prêmio Professores do Brasil deste ano, ele esteve na região para acompanhar pesquisas e aulas práticas de seus alunos.

    Carlos Alberto desenvolveu o projeto Entre o Passado e o Presente: as Experiências do Ensino de História no Curso Normal Médio Indígena Povos do Pantanal, com 80 professores das etnias terena, guató, aticum, ofaié, quiniquinau e cadiuéu. Durante a formação dos professores, feita em serviço, Carlos Alberto propôs uma nova forma para se conhecer a história. Primeiro, foi estudada a dos povos indígenas do Brasil; depois a dos oito povos que habitam Mato Grosso do Sul e, por último, a do estado e a do Brasil.

    Enquanto liam e debatiam, os professores fizeram pesquisas com os mestres tradicionais, que são os sábios das tribos, sobre a história de cada povo, tradições, costumes, mitos e o papel de homens, mulheres e crianças na comunidade. “Posso dizer que aprendi muito com esse projeto”, diz o educador, graduado em história e mestre em arqueologia dos povos indígenas. O mito cadiuéu de assustar a morte, reservando um lugar pequeno no cemitério, é um dos diversos ensinamentos que a cultura indígena transmitiu ao educador.

    Assim como Carlos Alberto, que leciona no Centro Estadual de Formação de Professores Indígenas de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, 38 educadores de 18 estados estiveram em Brasília, nesta quarta-feira, 14, para receber o prêmio individual de R$ 5 mil e troféu. Todos os trabalhos premiados serão divulgados no Portal do Professor do Ministério da Educação.

    Para o ministro Fernando Haddad, a proposta básica do prêmio é não só valorizar o magistério. É, sobretudo, promover o intercâmbio de ideias e a criatividade, além de enriquecer o trabalho em sala de aula. “O papel do MEC é jogar luz sobre essas experiências e procurar disseminá-las por todas as escolas”, disse.

    Prêmio— Nesta quinta edição do Prêmio Professores do Brasil, concorreram 1.616 mil trabalhos. Foram vencedores 39 projetos, desenvolvidos em escolas públicas do Amazonas, Rondônia, Pará, Tocantins, Acre, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

    Ionice Lorenzoni

    Confira a relação dos premiados, escolas e projetos

    Ouça o discurso do ministro Fernando Haddad
  • Professora na Escola Estadual Carlos Drummond de Andrade, em Presidente Médici, Rondônia, Lucimara Lopes França defende o estudo do folclore durante todo o ano letivo. Para a professora, que está há 19 anos no magistério, o folclore é um dos principais fatores de identificação de um povo. “Quando os estudantes conhecem um pouco mais da história do seu país por meio do folclore têm a oportunidade de compreender o povo e, assim, fazer parte de sua história”, analisa.

    Segundo a professora, lendas, cantigas, ditados populares e trava-línguas (espécie de jogo verbal, que consiste em dizer, com clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar, ou de sílabas formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente) são algumas das formas usadas por povos antigos para compreender o mundo. “Eles usavam a imaginação para resolver os mistérios da natureza e entender as dificuldades da vida e seus próprios temores”, diz.

    Pedagoga, com pós-graduação em psicopedagogia institucional e especialização em mídias na educação, Lucimara foi uma das vencedoras da edição de 2012 do Prêmio Professores do Brasil, com o projeto Gêneros Textuais: Manifestações da Cultura Popular, dentro do tema Folclore Brasileiro. O projeto foi desenvolvido com uma turma do segundo ano do ensino fundamental, composta por 22 alunos de 7 a 9 anos de idade. Dividido em dez etapas, envolveu as disciplinas de língua portuguesa e história, proporcionou o contato com diferentes gêneros textuais e estimulou o uso de mídias na sala de aula. À medida que novos conteúdos eram estudados, passavam a fazer parte de um mural, o que contribuiu para sistematizar o conhecimento. As atividades desenvolvidas eram postadas no blogue da turma.

    Ao elaborar o projeto, Lucimara buscou valorizar a linguagem oral e escrita da cultura popular, com o uso de diferentes formas de mídia. Os alunos tiveram a oportunidade de ler sobre mitos e lendas e conhecer personagens como Saci-Pererê, Mula-sem-Cabeça, Curupira, Iara, Boitatá e Negrinho do Pastoreio. Também aprenderam sobre danças e brincadeiras folclóricas. No laboratório de informática da escola, participaram de jogos, quebra-cabeças e palavras cruzadas on-line e assistiram a vídeos sobre parlendas, cantigas de roda e trava-línguas. Uma das atividades mais apreciadas pelos alunos foi a apresentação de cantigas de roda. A atuação de cada grupo foi gravada em vídeo pela professora e postada no blogue.

    De acordo com Lucimara, durante a execução do projeto, os estudantes tiveram a oportunidade de aprender que o computador é uma ferramenta para a aprendizagem. Ele serve para a diversão e como fonte de pesquisa. “Os estudantes perceberam que ao sentir dificuldade com algum conteúdo podem usar esse recurso e avançar na aprendizagem”, salienta.

    Em 2013, a professora apresentou aos alunos a obra de Monteiro Lobato [1882-1948], com leitura compartilhada e estudos da biografia do autor. As disciplinas envolvidas foram língua portuguesa, história e artes. “Busquei atividades sobre parlendas, trava-línguas, cantigas de roda e ditados populares”, revela.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue da Turma

  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) completou 82 anos de fundação neste domingo, 13 de janeiro. Em mais de oito décadas de atuação, o Inep está a serviço do desenvolvimento da educação brasileira por meio das evidências que produz. Vinculada ao Ministério da Educação, a autarquia é uma das maiores e mais especializadas instituições de avaliação educacional do mundo.

    Chamado inicialmente de Instituto Nacional de Pedagogia, o Inep foi criado, por lei, em 13 de janeiro de 1937, no Rio de Janeiro. Foi em 1938, entretanto, que o órgão iniciou, de fato, seus trabalhos. A publicação do Decreto-Lei nº 580 regulamentou a organização e a estrutura da instituição, além de modificar sua denominação para Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos. O primeiro diretor-geral do órgão foi o professor Lourenço Filho.

    Segundo o Decreto-Lei, cabia ao Inep “organizar a documentação relativa à história e ao estado atual das doutrinas e técnicas pedagógicas; manter intercâmbio com instituições do país e do estrangeiro; promover inquéritos e pesquisas; prestar assistência técnica aos serviços estaduais, municipais e particulares de educação, ministrando-lhes, mediante consulta ou independentemente dela, esclarecimentos e soluções sobre problemas pedagógicos; divulgar os seus trabalhos”. Também era sua função participar da orientação e seleção profissional dos funcionários públicos da União.

    Nas décadas anteriores à sua criação, algumas tentativas de sistematizar os conhecimentos educacionais e propor melhorias ao ensino já haviam sido articuladas, sem conseguir, no entanto, alcançar a continuidade desejada. O Inep configurou-se, então, no primeiro órgão nacional a se estabelecer de forma duradoura como “fonte primária de documentação e investigação, com atividades de intercâmbio e assistência técnica”.

    Em 1952, o professor Anísio Teixeira, que hoje dá nome ao instituto, assumiu a direção do Inep, que passou a dar maior ênfase ao trabalho de pesquisa. Seu objetivo era estabelecer centros de pesquisa como um meio de “fundar em bases científicas a reconstrução educacional do Brasil”. O objetivo foi concretizado com a criação do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE), com sede no Rio de Janeiro, e dos centros regionais, em Recife, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre.

    Em 1972, o Inep foi transformado em órgão autônomo, passando a ser denominado Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. O objetivo era realizar levantamentos da situação educacional do país. Esses levantamentos deveriam subsidiar a reforma do ensino em andamento, bem como ajudar na implantação de cursos de pós-graduação. Um ano depois, os centros regionais, que haviam se agregado parcialmente às universidades ou às secretarias de Educação dos estados, foram extintos.

    O ano de 1976 marca a mudança da sede do Inep do Rio de Janeiro para Brasília. No ano seguinte, o CBPE foi extinto, marcando o fim do modelo idealizado por Anísio Teixeira e que deu ao Inep reconhecimento nacional e internacional. Com a Nova República, em 1985, o Inep passou por um novo redesenho institucional. Retirou-se do fomento à pesquisa para retomar sua função básica de suporte e assessoramento aos centros decisórios do Ministério da Educação.

    Após o período de dificuldades pelas quais passou no início do governo Collor, quando quase foi extinto, o Inep iniciou um outro processo de reestruturação e redefinição de sua missão, centrado em dois objetivos: reorientação das políticas de apoio a pesquisas educacionais, buscando melhorar sua performance no cumprimento das funções de suporte à tomada de decisões nesta área e reforço do processo de disseminação de informações educacionais, incorporando novas estratégias de modalidades de produção e difusão de conhecimentos e informações.

    No início dos anos 90, o Inep atuou como um financiador de trabalhos acadêmicos voltados para a educação. A partir de 1995, aconteceu o processo de reestruturação do órgão. Com a reorganização do setor responsável pelos levantamentos estatísticos, pretendia-se que as informações educacionais pudessem, de fato, orientar a formulação de políticas do Ministério da Educação.

    O primeiro passo se deu com a incorporação do Serviço de Estatística da Educação e Cultura (Seec), em 1996, à Secretaria de Avaliação e Informação Educacional (Sediae), do Ministério da Educação. O Seec, criado em 1937, era um órgão do Poder Executivo com longa tradição na realização de levantamentos estatísticos na educação brasileira. Em 1997, a Sediae foi integrada à estrutura do Inep, passando a existir, a partir desta data, um único órgão encarregado das avaliações, pesquisas e levantamentos estatísticos educacionais no âmbito do governo federal.

    Também em 1997, o Inep foi transformado em autarquia federal. Desde então, o instituto reorganizou o sistema de levantamentos estatísticos e teve como eixo central de atividades as avaliações em praticamente todos os níveis educacionais.

    A partir de sua transformação em autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação, foram estabelecidas as seguintes finalidades para o Inep: organizar e manter o sistema de informações e estatísticas educacionais; planejar, orientar e coordenar o desenvolvimento de sistemas e projetos de avaliação educacional para o estabelecimento de indicadores de desempenho das atividades de ensino; apoiar o Distrito Federal, os estados e os municípios no desenvolvimento de sistemas e projetos de avaliação educacional; desenvolver e implementar sistemas de informação e documentação com estatísticas, avaliações educacionais, práticas pedagógicas e gestão das políticas educacionais; subsidiar a formulação de políticas por meio da elaboração de diagnósticos e recomendações decorrentes da avaliação da educação básica e superior; coordenar o processo de avaliação dos cursos de graduação; definir e propor parâmetros, critérios e mecanismos para a realização de exames de acesso ao ensino superior; promover a disseminação de informações sobre a qualidade da educação básica e superior; articular-se com instituições nacionais e internacionais, por meio de ações de cooperação institucional, técnica e financeira bilateral e multilateral; publicar estudos para aferir a evolução no cumprimento das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (2014-2024).

    Hoje – Com a missão de subsidiar a formulação de políticas educacionais dos diferentes níveis de governo, e assim contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país, o Inep produz evidências sobre educação e atua nas seguintes áreas:

    Avaliações, exames e indicadores da educação básica: Sistema Nacional da Educação Básica (Saeb); Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb); Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja); indicadores educacionais.

    Avaliações, exames e indicadores da educação superior: Avaliação in loco: de cursos e instituições de educação superior; Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade); Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida); Indicadores de Qualidade da Educação Superior – Conceito Enade (CE), Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), Conceito Preliminar de Cursos (CPC), Índice Geral de Cursos (IGC); Sistema de Avaliação de Escolas de Governo (Saeg).

    Ações internacionais: Exame de Certificação de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras); Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja Exterior); Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa); Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis); Estudos Regionais Comparativos e Explicartivos (Erce); Programa de Indicadores dos Sistemas Educacionais Nacionais (Ines); Setor Educacional do Mercosul (SEM); Sistema de Acreditação Regional de Cursos de Graduação do Mercosul (Arcu-sul); Redes de Agencias Nacionales de Acreditación de la Educación Superior (Races); Metas Educativas 2021; Agenda 2030; Cooperação Técnica Internacional.

    Estatísticas educacionais: Censo Escolar; Censo da Educação Superior.

    Produção, disseminação e arquivo da educação: estudos e pesquisas educacionais; Monitoramento do Plano Nacional de Educação (PNE); Centro de Informação e Biblioteca em Educação (Cibec); Publicações Científicas – RBEP, Em Aberto, Relatos de Pesquisa, Textos para Discussão, Estado do Conhecimento.

    Assessoria de Comunicação Social


  • Estudiosos do passado da humanidade têm espaço cativo no calendário há oito anos, quando foi instituído o Dia do Historiador. Comemorada em 19 de agosto, a data foi instituída por meio da Lei nº 12.130/2009, em homenagem ao nascimento do diplomata e escritor pernambucano Joaquim Nabuco (1849-1910).

    O professor doutor do departamento de história da Universidade de Brasília (UnB), André de Melo Araújo, é um dos que se propõem ao resgate, preservação e reflexão sobre os vestígios deixados pela sociedade ao longo dos anos. No atual período marcado pelo armazenamento de informações em espaço virtual, André desenvolve pesquisa por meio de materiais impressos, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). O professor analisa traços, origens e características de documentos datados dos séculos 15 e 18.

    André ressalta o valor histórico do papel. “Para nós historiadores, interessa ver como as sociedades se configuraram no passado a partir dos vestígios documentais deixados. Um dos suportes materiais da informação que mais resiste ao tempo é o papel, em seus diversos tipos, sobretudo no século 18”, aponta. O professor explica que os documentos estudados em sua pesquisa foram impressos no continente europeu, e que nesse período da história do Brasil, via de regra, havia a proibição da impressão.

    Na avaliação de André, podem ser feitos paralelos entre aquele momento e o atual, com ressalvas quanto ao perfil da sociedade e, principalmente, o tipo de informação veiculada. “Vivemos em um momento de transformação bastante significativa da informação e de como ela é passada. Essa mesma sensação foi sentida nos séculos 15 e 16, no momento das primeiras percepções das transformações em curso pelo novo tipo de canal de informação da cultura impressa”, afirma. “É sempre bom perceber como o trajeto e tipo de informação se modificam ao longo do tempo”.

    Se por um lado o historiador tem como campo de trabalho o passado, o futuro da profissão é motivo de atenção. André avalia a maneira como a sociedade tem deixados vestígios documentais para as próximas gerações. “É uma preocupação ética do historiador saber como essa massa de informação que temos produzida no século 21 vai ser preservada. Uma tarefa do historiador do presente é aguçar essa dimensão ética da preservação da informação para o futuro.”

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Ao lado do presidente da Capes, Carlos Nobre, o ministro Janine Ribeiro lembrou que os editais estimulam a pesquisa (Foto: Isabelle Araújo/MEC)“É preciso recuperar a história”, disse o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, durante a solenidade de lançamento dos editais de chamada pública para pesquisa e elaboração das obras Memórias Brasileiras – Biografias e Memórias Brasileiras – Conflitos Sociais, realizada na tarde desta quarta-feira, 29.

    Os editais, uma parceria entre o Ministério da Educação e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), têm o objetivo de resgatar e registrar as memórias do período republicano do Brasil.

    Para as duas chamadas, podem submeter propostas pesquisadores de instituições de educação superior e institutos de pesquisa brasileiros, públicos e particulares, que tenham programas de pós-graduação stricto sensu recomendados pela Capes.

    Segundo Janine Ribeiro, os editais são um apoio à pesquisa. “Lançar esses editais pela Capes significa que estes editais se dirigem à pós-graduação brasileira”, disse. “Esta é uma iniciativa que induz a pós-graduação a fazer pesquisa de ponta”, afirmou o ministro.

    Para o presidente da Capes, Carlos Nobre, os editais estão de acordo com o Plano Nacional de Pós-Graduação (2011-2020), que buscam criar e fortalecer centros de excelências em humanidades, além de se refletir na produção de material didático para educação básica. “Além do papel indutivo da Capes, merece destaque a vinculação que se estabelece entre a pesquisa de excelência e a melhoria da educação básica. É exigência dos dois editais que os produtos gerados em cada projeto contribuam para a educação básica”, concluiu.

    As inscrições para as duas chamadas públicasestão abertas até 28 de outubro próximo. O resultado final será divulgado a partir de janeiro de 2016.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

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    1. Propostas de pesquisas podem ser inscritas até 28 de outubro
  • No segundo semestre deste ano, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lançará edital para selecionar candidatos à segunda turma do programa Mestrado Profissional em Ensino de História. Atualmente, 130 professores da educação básica de escolas públicas fazem o curso, em 12 núcleos, em municípios dos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.

    Há ainda a ideia de, no próximo edital, ampliar o número de instituições com oferta do curso. “O mestrado profissional faz a articulação das disciplinas e das atividades acadêmicas com as novas práticas na sala de aula; é um enriquecimento muito grande para a docência”, explica a coordenadora nacional do programa, professora Marieta de Moraes Ferreira, titular da UFRJ.

    O curso tem carga horária de 510 horas. Embora algumas atividades sejam oferecidas a distância, as aulas são ministradas na modalidade presencial.

    Professor da rede pública no Rio de Janeiro, Eric Rodrigues desdobra-se para conciliar as atividades de sala de aula com as do mestrado. Ele reserva duas tardes e uma noite durante a semana para cumprir as disciplinas. “É difícil conciliar; como professor 40 horas, é uma forte demanda”, explica Rodrigues, que cursa três disciplinas, ofertadas em polos de três cidades do estado.

    Para ir de um local a outro, Rodrigues usa o carro. Os custos a mais no orçamento por conta do combustível são pagos pela bolsa de estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação. Todos os professores do mestrado que conciliam os estudos com o trabalho docente têm direito ao benefício.

    Apesar da dupla jornada, Rodrigues não tem dúvidas quanto à importância da qualificação. “Via carência teórica para executar parte do trabalho”, afirma. A ideia dele é pesquisar uma metodologia para o ensino de história que incorpore o uso da tecnologia na escola. “Os estudos no curso reorientam minha visão sobre como pensar métodos avaliativos críticos para a utilização desse recurso, além de como desenvolver uma avaliação capaz de testar a produção do conhecimento do aluno”, explica.

    Esperança — Professora de história do município fluminense de Nova Iguaçu, Cíntia Benak, apesar de média 8 na seleção do programa, não conseguiu a classificação. “Minha opção de polo foi a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), uma das médias mais altas”, diz. “Infelizmente, são poucas vagas, e o processo seletivo por polo nos impede de ter maiores chances.”

    A professora Cíntia cumpre, na condição de aluna especial, disciplina eletiva no polo de Duque de Caxias da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). No fim do ano, ela tentará a classificação no segundo processo seletivo do mestrado profissional em história. Se aprovada, poderá aproveitar as disciplinas já cursadas.

    O Mestrado Profissional em Ensino de História é, segundo Cíntia, a solução e a única esperança para os professores que estão em sala de aula e querem se qualificar. “A bolsa de estudos e o horário do mestrado profissional facilitam a vida do professor que necessita se qualificar, mas precisa trabalhar”, salienta.

    Na sociedade do conhecimento, ela acredita que a qualificação torna os docentes mais críticos, reflexivos e atuantes no processo de ensino e aprendizagem. “A geração de alunos exige uma educação inserida nas novas tecnologias; exige de nós aulas dinâmicas, interessantes, atuais e modernas”, diz. “Despertar a atenção desses jovens em plena era tecnológica é desafiante; logo, um professor qualificado é essencial para o processo educacional, e o mestrado profissional amplia essa visão.”

    Rovênia Amorim

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  • Durante a solenidade, na UnB, o adido cultural da Embaixada de Angola e representante da CPLP, Carlos Lamartine, recebeu um exemplar da coleção, entregue pelo ministro Haddad e pelo representante da Unesco, Vincent Defourny (foto: Wanderley Pessoa)A coleção História Geral da África, em língua portuguesa, foi apresentada nesta quinta-feira, 9, em Brasília, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo representante no Brasil da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Vincent Defourny. O conjunto da obra, que conta a pré-história do continente africano e sua história até a década de 1980, será distribuído pelo Ministério da Educação nas bibliotecas públicas do país, em universidades, conselhos estaduais de educação e ministérios públicos estaduais, em janeiro de 2011. A tiragem será de oito mil exemplares.

    A coleção, formada por oito livros, estará disponível também por meio eletrônico, para leitura e impressão, nas páginas eletrônicas do MEC e da Unesco.

    Participaram da solenidade, na Universidade de Brasília, o ministro da Cultura, Juca Ferreira; o adido cultural da Embaixada de Angola, Carlos Lamartine, e o representante da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República, João Carlos Nogueira, educadores, pesquisadores e representantes do movimento negro.

    A ideia da publicação surgiu na Unesco na década de 1960. Durante 30 anos, aproximadamente 350 pesquisadores, a maioria africanos, levantaram dados e produziram a obra. Em 1980, a Unesco lançou a coleção em língua francesa, depois traduzida para o inglês e o árabe. Agora, em uma iniciativa brasileira, é lançada a versão para uso das oito nações que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

    De acordo com o ministro Fernando Haddad, os livros, que trazem aos brasileiros aproximadamente 350 milhões de anos de história, vão enriquecer a cultura nacional e abrir linhas de pesquisa sobre as relações Brasil–África. O conteúdo dará sustentação à produção de material didático para as escolas de educação básica e para a formação de professores. “Esse material vai mudar a qualidade da educação e promover uma vivência mais fraterna”, disse.

    Na avaliação do ministro, a coleção é um elemento novo no conjunto das políticas públicas iniciadas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre essas iniciativas, Haddad citou a promulgação da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que trata das diretrizes curriculares nacionais para a educação etnorracial; o Programa Universidade para Todos (ProUni); a criação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab); a expansão da Universidade Aberta do Brasil (UAB) para a África.

    Para o representante da Unesco, a coleção História Geral da África é uma das obras-primas produzidas pela entidade e representa um forte compromisso com a promoção das relações interraciais. O conteúdo, segundo Defourny, mostra uma visão de dentro daquele continente.

    Atualização
    — Durante dois anos, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) coordenou a atualização ortográfica de quatro volumes da coleção, já traduzidos para a língua portuguesa pela Unesco — Metodologia e Pré-História da África; África Antiga; África do Século XII a XVI; África sob Dominação Colonial, 1880–1935.

    No mesmo período, também sob a coordenação da UFSCar, foi feita a tradução do francês para o português dos demais livros — África do Século VII ao XI; África do Século XVI ao XVIII; África do Século XIX à Década de 1880; África desde 1935.

    Temática — Em 2008, o Ministério da Educação delegou a 27 universidades federais e estaduais a organização de cursos de formação de professores — aperfeiçoamento, especialização ou extensão — e a produção de material didático-pedagógico sobre a temática étnico-racial. A abordagem do conteúdo, agora enriquecido com a coleção, segue o que determina a Lei nº 10.639/2003. Para a execução das tarefas, as universidades receberam R$ 3,6 milhões do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro). Cada projeto recebeu entre R$ 100 mil e R$ 150 mil.

    Ionice Lorenzoni

  • Uma série em oito episódios que traça o percurso das grandes conquistas espanholas, capitaneadas pelo genovês Cristóvão Colombo, e descreve sua importância para a formação do mundo como ele é hoje. Assim é Conquistadores, que estreia na programação TV Escola no dia 26 de dezembro, às 22h.

    No final dos anos 1400, a Península Ibérica estava livre de qualquer outra religião que não fosse a católica. Era hora de explorar novos lugares. Colombo é o primeiro a desencadear uma série de descobertas importantes para a Coroa Espanhola. Ele não chegou às Índias, como queria, mas descobriu um Novo Mundo, que foi explorado por muitos depois dele.

    Esse é o ponto de partida para diversas descobertas, conquistas, disputas e perdas. Afinal, Colombo não foi o primeiro a chegar ali. Os índios já habitavam aquelas terras há muito tempo e sofreram severas consequências por defenderem suas terras e não saberem se comunicar com os espanhóis. Os conquistadores espanhóis foram essenciais para formação do mundo como ele é hoje.

    Produzido pela Movistar da Espanha, a série Conquistadores será exibida semanalmente na TV Escola, sempre às quartas, às 22h. No primeiro episódio, intitulado As Chaves do Mar, estamos em janeiro de 1492 e a cidade de Granada, última fortaleza mulçumana na Península Ibérica, rende-se aos reis católicos. No mesmo ano, uma viagem patrocinada pelos reis da Espanha – Fernando de Aragão e Isabel de Castela –, e comandada por Colombo tinha a intenção de chegar às Índias utilizando uma rota alternativa pelo Oriente.

    Em agosto, Colombo e sua tripulação partiram em três caravelas: Nina, Pinta e Santa Maria. Depois de mais de 60 dias em alto mar, no dia 12 de outubro, chegam em terras firmes. Mas, depois de conhecer as pessoas que já habitavam aquelas terras, eles passaram a desconfiar que as Índias não eram ali.

    Após a exibição na TV, os episódios de Conquistadores ficarão disponíveis no novo portal da TV Escola.

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    Assessoria de Comunicação Social

     

  • A 10ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil está com inscrições abertas até 20 de março. Este ano a competição terá sete etapas, com provas on-line nas seis primeiras fases. Podem participar alunos do oitavo e nono anos e do ensino médio, além de professores de história. Já a última etapa, apenas com as equipes finalistas, será na forma presencial, em Campinas, interior de São Paulo. Ela acontece nos dias 18 e 19 de agosto.

    Finalista da Olimpíada Nacional em História do Brasil no ano de 2016, Julia Duarte, hoje estudante do curso de História na Universidade de Brasília, afirma que participar dessas competições pode ajudar o aluno na preparação para o vestibular e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “A Olimpíada mostra além do que a gente vê na sala de aula. Por exemplo, o método que eles usam na prova pode ajudar no Enem. Nesse método, não há necessariamente uma resposta errada, você tem que procurar a que mais se encaixa no pedido da questão”, disse.

    Já o professor de História do Colégio Militar de Brasília, Douglas Braga, participa há mais de três anos da competição. Para ele, os alunos que competem em torneios como a olimpíada chegam com uma bagagem maior a momentos decisivos da vida, como a escolha da profissão e a prova de vestibular. “A Olimpíada é muito voltada para ser uma avaliação que preza a interdisciplinaridade, o ensino por habilidade e a competência. E é isso o que se cobra hoje em dia em avaliações”, falou, reforçando que ao contemplar diferentes aspectos da história, a competição contribuí para o despertar vocacional do aluno. “Saber se tem interesse pela área pode ajudar a definir o que ele quer fazer da vida.”

    Cada equipe deverá ser composta por um professor e três alunos. Uma vez que as primeiras fases serão on-line, as respostas, questões de múltipla escolha e realização de tarefas, podem ser elaboradas pelos participantes por meio de debate com os colegas, pesquisa em livros, internet, orientação do professor, além de uma gama de documentos e referências oferecida pela comissão organizadora.

    Formação – A Olimpíada Nacional em História do Brasil prevê também um programa voltado à formação de professores. Neste ano, o 5° Curso de Formação tem como tema Narrativas da América: discursos e dinâmicas locais, que será realizado entre os dias 1º de março e 10 de maio. Esta competição do conhecimento é projeto desenvolvido pelo Departamento de História da Unicamp com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

    Acesse a página da 10ª Olimpíada Nacional em História do Brasil

    Assessoria de Comunicação Social


  • A 11ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), projeto desenvolvido pelo Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), já está com as inscrições abertas para professores e alunos dos ensinos fundamental (oitavo e nono anos) e médio de escolas públicas e particulares. A primeira etapa do processo de inscrição (com desconto) segue até 20 de março. A segunda fase termina em 29 de abril – ou até atingir o limite de interessados.

    De acordo com Cristina Meneguello, professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp e coordenadora da ONHB, a olimpíada tem como principal objetivo incentivar o desenvolvimento da análise crítica e discussões sobre os mais variados assuntos. "Para que isso seja possível, oferecemos nas provas e tarefas informações, textos, imagens e mapas para que embasem a elaboração das respostas”, explicou ela.

    Em 2018, quando completou 10 anos, a ONHB atingiu número recorde de inscritos, com 14,3 mil equipes, um total de 57,5 mil participantes de todos os estados brasileiros.

    Para Frederico de Castro Mayer, de 17 anos, que cursa o terceiro ano do ensino médio, em Pelotas (RS), ter participado da ONHB foi um grande aprendizado.  “Foi incrível. Participar da olimpíada foi uma experiência única, tanto para mim, quanto para meus companheiros do grupo e meu professor. Foi um convite dele, na verdade. Foi bem surpreendente o que essa olimpíada nos trouxe de diferente, de capacidade de interpretação de conhecimento do nosso próprio país, que já tem anos de história” afirmou o estudante, que já se inscreveu novamente para participar da ONHB neste ano.

    Outro aluno de Pelotas que também participou no ano passado e já se inscreveu neste ano é Rafael Esteves, de 18 anos, que faz o segundo ano do ensino médio. Para ele, as questões incentivam uma nova reflexão sobre história. “O modo como as perguntas são formuladas fazem pensar de uma maneira diferente sobre os temas. Te propõe uma ideia nova. Normalmente estamos acostumados a ver história de forma mais objetiva. A gente estuda os acontecimentos, os fatos, as datas. E aí eles propõem que se reflita sobre o tema na sociedade atual. Havia algumas questões que passavam textos da época que tínhamos que transcrever para o português atual. Era bem interessante e te faz refletir sobre temas que normalmente se tem como acontecimentos pontuais”, completou.

    Regras – Até 20 de março, o preço da inscrição por equipe é de R$ 38,00 (alunos de escolas públicas) e R$ 78,00 (alunos de escolas particulares). De 21 de março a 26 de abril, o valor da inscrição por equipe passa a R$ 58,00 (alunos de escolas públicas) e R$ 118,00 (alunos de escolas particulares).

    A competição conta com seis fases on-line, além da final presencial realizada na Unicamp, em Campinas (SP). As provas são realizadas durante as etapas – com duração de uma semana cada – pelas equipes formadas por um professor de história e três alunos. As respostas (questões de múltipla escolha e realização de tarefas) podem ser elaboradas pelos participantes com base em debate com os colegas, pesquisa em livros, internet, orientação do professor, além de uma gama de documentos e referências oferecidas.

    Ao completar as seis fases on-line, as equipes finalistas participam da grande final presencial na Unicamp, nos dias 17 e 18 de agosto. Na final, os grupos realizam uma prova dissertativa no sábado e, no dia seguinte, participam da premiação com entrega de medalhas.

    O principal diferencial da ONHB em relação a outras competições é que ela não exige que os alunos tenham conhecimento do assunto previamente, uma vez que a metodologia permite que a equipe discuta, pesquise e analise as questões entre si, com apoio do professor. Além disso, por meio dos conteúdos e do estudo aprofundado dos temas em História do Brasil, a Olimpíada ajuda a preparar os participantes para vestibulares, concursos e prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), entre outros. “Ao longo desses anos, pudemos perceber que a metodologia contribui de forma bastante significativa com o ensino de história em sala de aula, incentivando o trabalho em equipe e o desenvolvimento da análise crítica”, explicou a coordenadora.

    A primeira fase terá início em 6 de maio, finalizando a sexta etapa em 15 de junho. Após as seis fases, no mínimo 200 equipes (800 participantes) serão classificadas e convocadas para a final presencial. O projeto tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e é desenvolvido pelo Departamento de História, com a participação de docentes, alunos de pós-graduação e graduação.

    Obtenha informações e acesse o regulamento da olimpíada

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Termina na sexta-feira, 29, o prazo de inscrição de professores e alunos dos ensinos fundamental e médio de todo país na oitava edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). Até o momento, mais de 6 mil equipes de todas as unidades da Federação estão inscritas na competição deste ano, desenvolvida pelo Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

    A olimpíada terá cinco fases, cada uma com uma semana de duração, com participação on-line das equipes. Em cada semana serão propostas questões de múltipla escolha e tarefas. As respostas podem ser elaboradas pelos participantes por meio de debate com os colegas, pesquisas em livros, na internet e orientação dos professores. As equipes serão compostas por um professor de história e três estudantes de turmas do oitavo e do nono anos do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio.

    A primeira fase terá início em 9 de maio próximo. A quinta etapa será concluída em 11 de junho. Após as cinco etapas, no mínimo 200 equipes serão classificadas para a final presencial, na Unicamp, em Campinas, São Paulo, em 20 e 21 de agosto. Às equipes será aplicada uma prova dissertativa.

    Para a coordenadora da olimpíada, Cristina Meneguello, o formato adotado pela competição permite o envolvimento de alunos e professores. “A proposta é justamente estimular os alunos a pesquisar e a aprender a buscar conhecimento, informação e dados sobre a história do Brasil por meio de textos, documentos, imagens e mapas”, explicou.

    Formação — Além da competição entre as equipes, a olimpíada contempla um programa voltado para os professores. Nesta edição, o 3° Curso de Formação da ONHB: História dos Índios na Sala de Aula”, iniciado em 1º de março e com encerramento previsto para 8 de maio próximo, apresenta aulas on-line gravadas com especialistas no assunto, material didático e atividades acompanhadas por tutores.

    A formação busca capacitar o professor para tratar de questões relacionadas à cultura e à história indígenas com alunos dos ensinos fundamental e médio.

    As inscrições devem ser feitas na página da ONHB na internet. A taxa de inscrição é de R$ 45 para as equipes de alunos de escolas públicas e R$ 90 para as de escolas particulares.

    Assessoria de Comunicação Social

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