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  • O ministro levou aos deputados os dados apresentados em relatório da OCDE, que mostra o Brasil como um dos países que mais investiram em educação nos últimos anos (Foto: João Neto/MEC)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu a Base Nacional Comum Curricular como garantia do direito à aprendizagem a todas as crianças e jovens brasileiros. Ao participar de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 25, ele lembrou que “os melhores sistemas educacionais já construíram uma base comum”.

    A Base Nacional Comum Curricular é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e do Plano Nacional de Educação (PNE), que determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional dos próximos dez anos. “A Base vai significar que qualquer aluno, em qualquer estado, qualquer município, qualquer escola tenha o mesmo direito de aprendizagem, e se mudar de um estado para outro ele tenha o mesmo currículo”, afirmou o ministro.

    Para Mercadante, a Base é fundamental na estruturação da educação básica, com reflexo não apenas no conteúdo a ser aprendido, mas também para orientar a formação de professores, que demanda um debate com toda a sociedade. “Estamos trabalhando fortemente agora, para no dia 2 de dezembro abrir um grande debate em todas as escolas do país, para os professores, diretores, coordenadores pedagógicos, pais, educadores, para que todos que tenham interesse participem desta discussão”, concluiu.

    Investimentos– Mercadante apresentou na Comissão de Educação os dados do relatório Education at a Glance2015, produzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O documento coloca o Brasil entre os países que mais fizeram investimentos públicos em educação nos últimos anos.

    A publicação compara dados de 38 países e destaca que, em 2012, 17,2% do investimento público total brasileiro foram destinados à educação, enquanto em 2005 esse percentual foi de 13,3%. Apenas México e Nova Zelândia tiveram maior proporção do que o Brasil.

    O investimento percentual do produto interno bruto (PIB) em educação também subiu, passando de 2,4% em 2000 para 4,7% em 2012. O investimento médio dos demais países da OCDE é de 3,7%, enquanto o Brasil tem como meta estabelecida no PNE chegar aos 10% do PIB até 2023.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Na graduação brasileira, a proporção de ingressantes para cada dez mil habitantes, na maioria das áreas do conhecimento, é superior à média dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). É o que revelam dados do Censo da Educação Superior divulgado nesta terça-feira, 17, pelo Ministério da Educação.

     

    De acordo com o Censo, um dos destaques de 2012 foi o número de ingressantes em cursos ligados às áreas de engenharia, produção e construção. No Brasil, havia 18,8 ingressantes para cada dez mil habitantes nesses cursos. Na média de 2010, para os países da OCDE, foram registrados 15,3.

     

    Na área de educação, o número de ingressantes para cada dez mil brasileiros chegou a 24,5, quase três vezes a média da OCDE, que em 2010 registrou 8,7.

     

    Outras áreas, como saúde e bem-estar social (16,2 ingressos), ciências, matemática e computação (nove ingressos), também superaram a média em relação aos países da OCDE, com 13,4 e 8,4, respectivamente.


    Matrículas — Cursos nas áreas de ciências sociais, negócios e direito lideraram em número de matrículas (2.896.863), ingressos (1.175.716) e concluintes (455.662) na educação superior em 2012.

     

    A área de educação veio logo em seguida, com 1.362.235 matrículas, 488.979 ingressantes e 223.392 concluintes. A de saúde e bem-estar foi a terceira em número de matrículas (961.323) e concluintes (161.575). Em quantidade de ingressantes, os cursos das áreas de engenharia, produção e construção, com 373.665 estudantes, foram a terceira maior opção dos brasileiros em 2012.

     

    O curso de administração teve a maior quantidade de matrículas (833.042), de ingressantes (316.641) e de concluintes (134.027) em 2012. Em seguida, vieram direito, com relação a matrículas (737.271) e ingressos (227.770). Pedagogia registrou o segundo maior número de concluintes (112.137).

     

    As sinopses estatísticas, os microdados e o resumo técnico do Censo da Educação Superior de 2012 serão publicados em outubro, na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na internet. Mais informações pelo telefone: (61) 2022-3660 e no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..


    Assessoria de Comunicação Social do Inep

  • O Brasil é destaque em escolarização e mercado de trabalho, investimento por aluno, participação na educação e ambiente escolar, de acordo com a publicação Education at a Glance 2014, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados mostram que, entre 2005 e 2012, as matrículas de crianças de quatro anos de idade no país aumentaram aproximadamente de 24 pontos percentuais, atingindo 61% de cobertura, ultrapassando a Finlândia (59%) e aproximando-se da Polônia (65%).

    Em média, nos países da OCDE, uma criança de cinco anos tem a expectativa de permanecer no sistema educacional mais de 17 anos, antes de atingir os 40 anos de idade. No caso brasileiro, uma criança dessa idade terá estudado 16,3 anos em média ao atingir os 39 anos, patamar semelhante ao do Chile (16,5) e ao do Japão (16,3).

    “Os números do Brasil na pesquisa do OCDE mostram que o país tem feito um esforço significativo no sentido de ampliar investimento”, ressalta o ministro de Educação, Henrique Paim. O gasto público brasileiro total em educação, em 2012, representava 6,4% do Produto Interno Bruno (PIB). O percentual está acima da média do OCDE (5,6%).

    O documento aponta ainda que, no Brasil, cerca de 86% da população que possui ensino superior está empregada. No ensino médio, a proporção de pessoas inseridas no mercado de trabalho é de 77%.

    As informações do Brasil são repassadas à OCDE pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que também participa da construção do estudo, desde a sugestão de quais indicadores devem compor a publicação. Os dados educacionais usados no estudo são referentes ao ano de 2012 e os dados financeiros, a 2011.

    O Education at a Glance é um estudo anual e apresenta dados sobre a estrutura, o financiamento e o desempenho de sistemas educacionais de 34 países membros da organização, além de nações parceiras e integrantes do G20. O objetivo é traçar uma visão geral dos sistemas educacionais desses países e possibilitar aos gestores a comparação internacional de aspectos de políticas nessa área, além de fomentar a reflexão sobre os esforços empreendidos no setor.

    Assessoria de Comunicação Social do Inep

  • O ministro da Educação, Mendonça Filho, recebeu em seu gabinete nesta terça-feira, 18, representantes do Programa Internacional para Avaliação de Estudantes (Pisa). O diretor geral do Pisa e secretário geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Andreas Schleicher, e a diretora da entidade, Gabriela Ramos, reforçaram o apoio da organização para as iniciativas educacionais brasileiras. “A OCDE considera que o Brasil tem um papel importante na educação da América Latina e que o país tem feito um trabalho muito consistente nessa área”, garantiu a secretária executiva do MEC, Maria Helena de Castro, também presente na reunião.

    Mendonça Filho aproveitou a oportunidade para apresentar o projeto do Novo Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “A OCDE entende que o Brasil está no caminho certo. Para eles, a proposta está bem alinhada com tendências mundiais”, afirmou a secretária executiva.

    O grupo está reunido com representantes de 50 países em Brasília desde o último domingo, 16, para a 42ª reunião do Conselho Diretor do Pisa. Estão sendo discutidas prioridades para o desenvolvimento de indicadores, para o estabelecimento dos instrumentos de avaliação e para a disseminação dos resultados. O encontro termina nessa quarta-feira, 19.

    O Pisa é uma metodologia internacional que avalia os sistemas de ensino em todo o mundo, medindo o nível educacional de jovens de 15 anos por meio de provas de leitura, matemática e ciências. O exame é realizado a cada três anos pela OCDE. No Brasil, a aplicação do Pisa é coordenada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O resultado final do programa será divulgado no dia 6 de dezembro em todo o mundo.

    Assessoria de Comunicação Social

  • São Paulo, 20/2/2018 – O ministro da Educação, Mendonça Filho, abriu na manhã desta terça-feira, 20, em São Paulo, os debates sobre o Relatório de Competências na Ibero-América: Análise do Pisa 2015, lançado dentro da programação do segundo dia da Reunião Ministerial Regional Ibero-Americana. O evento é organizado pelo MEC e pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), com apoio da Secretaria Geral Ibero-Americana (Segib) e da Fundação Santillana. Participam representantes de alto nível de governos de 20 países da região ibero-americana e de organizações internacionais, bem como de entidades da sociedade civil que trabalham com o tema da educação.

    O objetivo da reunião é promover o diálogo a respeito dos resultados da edição de 2015 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês) para a elaboração de políticas educacionais. “Trata-se de uma oportunidade valiosa para abordar, por meio de uma análise dos mais recentes resultados do Pisa, temas de políticas públicas educacionais que têm impacto significativo nos sistemas educacionais de nossos países”, afirmou Mendonça Filho.

    O ministro destacou que esse intercâmbio de experiências sobre as políticas públicas de educação, visando ao seu aprimoramento, beneficiará um grande número de estudantes ibero-americanos. “Reitero minha expectativa de que essa reunião possibilite o aprofundamento de nossos debates sobre os resultados do Pisa, programa com o qual o Brasil reforça o seu compromisso”, declarou.

    Ao lado do diretor de Educação e Competências da OCDE, Andreas Schleicher, e da secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, o ministro destacou que a reunião aborda temas de impacto significativo nos sistemas educacionais dos países ibero-americanos (Foto: André Nery/MEC)

    Competências – Responsável por apresentar o relatório, o diretor de Educação e Competências da OCDE, Andreas Schleicher, ressaltou a importância de adequar as competências do novo milênio aos interesses dos novos estudantes: “No século passado, quando se tinha uma dúvida, procurava-se em uma enciclopédia sobre aquele tema e aquela era a resposta certa. Hoje, quando o estudante tem uma dúvida, ele faz uma busca na internet e vai achar inúmeras respostas. Daí, ele precisa construir a sua informação correta”.

    Além da presença de Mendonça Filho e Andreas Schleicher, o debate contou com a participação da secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, como moderadora do tema. Participaram também da mesa o diretor sênior de Educação do Banco Mundial, Jaime Saavedra; a reitora da Universidade Jorge Tadeo Lozano, da Colômbia, Cecilia María Vélez; e o diretor-representante do Uruguai junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), German Ríos.

    Na segunda parte do evento, marcada para o período da tarde, o representante permanente do Brasil junto à OCDE, embaixador Carlos Márcio Cozendey, será o moderador dos debates sobre as Lições de políticas bem-sucedidas de países ibero-americanos, com os ministros de países que apresentaram melhora: Brasil, Colômbia, Peru e Portugal. Nas discussões sobre o tema “O caminho a seguir”, com os ministros de Argentina, Espanha, Guatemala e México, o diretor-geral da Fundação Santillana, Mariano Jabonero, fará a moderação.

    Assessoria de Comunicação Social

  •  Andreas Schleicher, Rossieli Soares e Carlos Márcio Cozendey, embaixador do Brasil junto à OCDE e aos organismos econômicos  (Foto: Divulgação/MEC)

    Paris, 07/09/2018 –Em reunião com Andreas Schleicher, diretor para educação e competências e conselheiro sobre políticas de educação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o ministro da Educação, Rossieli Soares, reforçou a defesa de que o Brasil precisar ter uma interpretação pedagógica própria das avaliações que aplica, agora que já conta com uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da educação infantil e do ensino fundamental. A reunião ocorreu na tarde desta sexta-feira,7, na sede da OCDE, em Paris.

    “As avaliações apontam que o nível de aprendizagem dos estudantes de toda a educação básica do Brasil está muito aquém do mínimo. Não podemos aceitar que os estudantes que estão no 5º ano do ensino fundamental não consigam efetuar as quatro operações fundamentais aritméticas, por exemplo”, enfatizou Rossieli.

    O ministro esclareceu que com a BNCC, o Brasil já tem parâmetros para apontar sobre o que é adequado ao estudante ter como competências de aprendizagem, ao final de cada ano de escolaridade. “A BNCC da educação infantil e do ensino fundamental já está em fase de implementação nos estados e municípios. Desta forma, a equidade do que está sendo sendo ensinado em todo o Brasil fica mais clara. O que nos dá melhores parâmetros para verificar o nível de aprendizagem ao final de cada ano da educação”, disse.

    O ministro solicitou que a OCDE apoie o Brasil para produzir mais evidências aos resultados de aprendizagem dos estudantes nas etapas dos anos finais do ensino fundamental e também do ensino médio, que apresentam os piores resultados no nível de aprendizagem do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). “A etapa da base do ensino médio já foi entregue ao Conselho Nacional de Educação. E é nesta etapa em que os indicadores são os mais desanimadores, apontando que os 12 anos de escolaridade não estão agregando em nada ao estudante que está encerrando a educação básica”, disse Rossieli.

    Classe mundial – Andreas Schleicher entregou o livro de sua autoria, Classe Mundial, recentemente lançado, que apresenta um histórico do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) e os rumos do programa para acompanhar a evolução da educação em âmbito global. “O Brasil é o primeiro pais não membro da OCDE interessado ao aderir programa e foi o que apresentou melhora mais expressiva nos resultados da área de leitura, desde a primeira edição da avaliação, em 2000”, avaliou Schleicher.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) constitui foro composto por 35 países, dedicado à promoção de padrões convergentes em vários temas, como questões econômicas, financeiras, comerciais, sociais e ambientais. Suas reuniões e debates permitem troca de experiências e coordenação de políticas em áreas diversas da atuação governamental.

    O MEC mantém parceria com a OCDE para a promoção de políticas públicas voltadas à melhoria da educação.

    Comitê de Políticas Educacionais

    O Comitê de Políticas Educacionais (Education Policy Committe – EDPC) foi criado em 2007 e é o principal organismo sobre educação da OCDE, coordenando as atividades dessa área. Trabalha para amparar os países-membros e não-membros a alcançar uma educação de alta qualidade e duradoura.

    Ao ajudar membros e não-membros a desenvolver sistemas educacionais eficientes e eficazes e aperfeiçoar os resultados da aprendizagem, o Comitê fornece dados comparativos e análises sobre políticas educacionais e seus processos de implementação. Com enfoque especial em temas relacionados à educação, economia e sociedade, o EDPC aborda políticas que vão desde educação e cuidados na primeira infância até a formação de competências em jovens e adultos.

    Programa Internacional de Avaliação de Estudantes

    Criado em 1997, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) avalia os sistemas educacionais básicos de membros da OCDE e não-membros convidados em uma pesquisa, aplicada a cada três anos, sobre habilidades e conhecimentos de estudantes aos 15 anos.

    O exame avalia conhecimentos das áreas cognitivas – ciência, leitura e matemática –, levando o estudante a interpretar textos, resolver problemas matemáticos e explicar fenômenos científicos. A cada edição, o exame dá enfoque especial em uma das três áreas.

    O Brasil participa do PISA desde a primeira aplicação da avaliação, em 2000. Em 2013 passou a ter status de participante pleno, quando ingressou para o Conselho Diretivo como “associate”. Isso permite ao país votar nas discussões sobre os rumos da avaliação e nas decisões sobre orçamento.

    No âmbito do Conselho Diretivo do PISA (PGB), o Brasil é representado politicamente pela Secretaria Executiva do MEC. Na instância técnica, a Diretoria de Avaliação da Educação Básica do INEP atua como Gerente Nacional do Projeto. No âmbito do Pisa, o Brasil produz estudos que contribuem para a discussão da qualidade da educação no país, a fim de subsidiar políticas de melhoria da educação básica.

    A cada ano, são promovidas ao menos duas reuniões do PGB e duas reuniões de Gerentes Nacionais do Projeto. Nas reuniões do PGB, são discutidas questões mais gerais dos rumos do PISA, as formas de disseminação dos resultados, as questões financeiras e outras questões políticas do Programa. Nas reuniões técnicas, questões operacionais que cada país deve seguir são discutidas, como parâmetros para definição de amostragem de estudantes, tradução e adaptação dos testes, levantamento de dados e análises de resultados.

    Clique aqui  para ter acesso ao Portal do INEP sobre o PISA.

    Centro de Pesquisa em Educação e Inovação

    O Centro de Pesquisa em Educação e Inovação (CERI) é responsável pela realização de abrangente trabalho sobre a aprendizagem em todas as fases de vida, desde o nascimento até a vida adulta, não se limitando apenas aos sistemas de educação formal. Embora tenha uma atenção a tendências e assuntos emergentes, o Centro se preocupa, a longo prazo, com o futuro das instituições de ensino.

    O CERI é referência internacional no pioneirismo das pesquisas educacionais, tendo aberto novos campos de pesquisa. O seu trabalho ganhou destaque ao combinar uma análise rigorosa com inovação de conceitos.

    O Brasil acompanha as reuniões do CERI na condição de convidado (“invitee”).

    A Assessoria Internacional do Gabinete do Ministro participa das reuniões e assessora o Ministro de Estado da Educação nas reuniões no âmbito da OCDE.

    Clique aqui  para acessar o site da OCDE.


  • O objetivo da Reunião Ministerial Regional Competências na Ibero-América  é promover o diálogo sobre os resultados da edição de 2015 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes para a elaboração de políticas educacionais. (Foto: André Nery/MEC)

    Teve início nesta segunda-feira, 19, a Reunião Ministerial Regional Competências na Ibero-América em São Paulo, com a participação do ministro da Educação, Mendonça Filho. O evento é organizado pelo MEC e pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), com apoio da Secretaria Geral Ibero-Americana (Segib) e da Fundação Santillana. Durante a reunião será lançado o relatório da OCDE intitulado Competências na Ibero-América: análise do Pisa 2015.

    Ao falar durante a abertura, Mendonça Filho destacou a importância de uma união social em torno da educação. “Qualquer nação que encontrou o caminho do desenvolvimento, encontrou porque houve consenso social dentro de sua realidade, tendo como base a educação”. Na ocasião, o ministro pontuou a importância de reformas que têm sido postas em prática como o Novo Ensino Médio. “Em um mundo onde a informação anda de maneira cada vez mais intensa, desprezar a autonomia do jovem é desprezar a natureza humana de criar caminhos. Boa parte da evasão no ensino médio ocorre por esse divórcio entre um ensino imposto de forma absoluta para todos e aquilo que os jovens desejam”, acrescentou.

    O objetivo da reunião é promover o diálogo a respeito dos resultados da edição de 2015 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês) para a elaboração de políticas educacionais. Cerca de 100 pessoas são esperadas no evento, que será composto por representantes de alto nível de governos de 20 países da região ibero-americana e de organizações internacionais, bem como de entidades da sociedade civil que trabalham com o tema da educação. Entre as questões que serão debatidas no evento estão os desafios de competências específicas que os países ibero-americanos enfrentam, as semelhanças e diferenças no desempenho educacional e de competências entre os países, o que explica as diferenças de desempenho entre países latino-americanos em comparação com Espanha e Portugal, e como essa lacuna pode ser eliminada. Bem como os principais fatores que influenciam o desempenho do estudante e como esses desafios de competências afetam os resultados do mercado de trabalho.

    Participantes – Também participaram da abertura a secretária-geral da Ibero-América, Rebeca Grynspan, e o diretor de Educação e Competências e assessor especial de Política Educacional do secretário-geral da OCDE, Andreas Schleicher. Nesta terça-feira, 20,  Mendonça Filho fará a introdução dos debates e Andreas Schleicher apresentará o Relatório de Competências na Ibero-América: Análise do Pisa 2015. A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, será a moderadora do tema. Participam da mesa ainda o diretor sênior de Educação do Banco Mundial, Jaime Saavedra; a reitora da Universidade Jorge Tadeo Lozano, da Colômbia, Cecilia María Vélez; o diretor-representante do Uruguai junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), German Ríos.

    Na segunda parte do evento, o representante permanente do Brasil junto à OCDE, embaixador Carlos Márcio Cozendey, será o moderador dos debates sobre as Lições de políticas bem-sucedidas de países ibero-americanos, com os ministros de países que apresentaram melhora: Brasil, Colômbia, Peru e Portugal. Nas discussões sobre O caminho a seguir, com os ministros de Argentina, Espanha, Guatemala e México, o diretor-geral da Fundação Santillana, Mariano Jabonero, será o moderador.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Os índices estão estagnados desde 2009, apesar de os investimentos em educação básica terem dobrado no período

     


    O ministro da Educação, Abraham Weintraub (centro), em coletiva de imprensa sobre o Pisa 2018 (Foto: Luís Fortes/MEC)


    Shismênia Oliveira, do Portal MEC

    O maior estudo sobre educação do mundo, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), apontou que o Brasil tem baixa proficiência em Leitura, Matemática e Ciências, se comparado com outros 78 países que participaram da avaliação. A edição 2018, divulgada mundialmente nesta terça-feira, 3 de dezembro, revela que 68,1% dos estudantes brasileiros, com 15 anos de idade, não possuem nível básico de Matemática, considerado como o mínimo para o exercício pleno da cidadania. Em Ciências, o número chega 55% e em Leitura, 50%. Os índices estão estagnados desde 2009.

    Veja apresentação preparada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC). O trabalho foi demonstrado a jornalistas em coletiva de imprensa na sede do MEC, em Brasília, nesta terça-feira. Participaram o ministro Abraham Weintraub, o secretário de Educação Básica do MEC, Janio Macedo, e o presidente do Inep, Alexandre Lopes.

    Segundo Weintraub, é necessário haver maior qualidade no direcionamento dos recursos. "O Brasil, a despeito dos investimentos que foram feitos, fica atrás [dos outros países sul-americanos]", disse. "Estamos estagnados desde 2009. Estamos com o mesmo desempenho estatisticamente desde 2009, a despeito dos recursos investidos", continuou. 

    Quando comparado com os países da América do Sul analisados pelo Pisa, o Brasil é pior país em Matemática empatado estatisticamente com a Argentina, com 384 e 379 pontos, respectivamente. Uruguai (418), Chile (417), Peru (400) e Colômbia (391) estão na frente.

    Em Ciências, o país também fica em último lugar, junto com os vizinhos Argentina e Peru, com empate de 404 pontos. Estão melhor classificados Chile (444), Uruguai (426) e Colômbia (413). Quando o assunto é Leitura, o Brasil é o segundo pior do ranking sul-americano, com 413 pontos, ao lado da Colômbia (412). Em último lugar, estão Argentina (402) e Peru (401).

    Janio Macedo destacou a necessidade de haver sintonia desde municípios até a União. "Se não tivermos um trabalho conjunto entre secretários municipais, secretários estaduais e MEC, não vamos melhorar. Esse pacto federativo é importante, que os políticos e gestores congreguem suas forças", disse.

    Esse cenário abrange, por exemplo, situações de estudantes incapazes de compreender textos, resolver cálculos e questões científicas simples e rotineiras. Se comparado à média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil apresenta resultados ainda piores nas três áreas avaliadas, conforme a relação abaixo:

    • Leitura: OCDE 487, Brasil 413; faixa do Brasil no ranking: 55º e 59º
    • Matemática: OCDE 489, Brasil 384; faixa do Brasil no ranking: 69º e 72º
    • Ciências: OCDE 489, Brasil 404; faixa do Brasil no ranking: 64º e 67º

    Realizado a cada três anos, o Pisa tem o objetivo de mensurar até que ponto os jovens de 15 anos adquiriram conhecimentos e habilidades essenciais para a vida social e econômica. Em 2018, 79 países e 600 mil estudantes participaram do teste, que ocorre desde 2000. Os dados do Brasil foram comparados com:

    • países da América do Sul participantes do Pisa, pela proximidade territorial e cultural;
    • Espanha e Portugal, pela proximidade cultural;
    • Estados Unidos, por ter um sistema federativo e grande extensão territorial;
    • Canadá, pelo tamanho territorial e por ser exemplo em índices de educação;
    • Coreia e Finlândia, pois apresentam alto desempenho escolar.

    No Brasil, foram envolvidas 597 escolas públicas e privadas com 10.961 alunos, escolhidos de forma amostral de um total aproximado de 2 milhões de estudantes. Cerca de 7 mil professores também responderam questionários. A avaliação foi aplicada eletronicamente, em maio do ano passado, pelo Inep.

    Observando as quatro edições do Pisa, o desempenho escolar não caminhou junto dos altos investimentos do governo federal na educação básica. Em 2009, primeiro ano do período de estagnação dos índices, foram gastos R$ 18 bilhões. Já em 2018, o número saltou para R$ 39 bilhões, um aumento de 116%.

    "O Brasil está andando de lado, não está evoluindo. É difícil piorar, pois já estamos no final da tabela", disse o presidente do Inep, Alexandre Lopes.

    Infográfico preparado pela equipe do MEC com dados do Pisa e da pasta (Arte: ACS/MEC)


    Leitura –
    Cerca de 50% dos brasileiros não atingiram o mínimo de proficiência que todos os jovens devem adquirir até o final do ensino médio. O Pisa 2018 revela que os estudantes brasileiros estão dois anos e meio abaixo dos países da OCDE em relação ao nível de escolarização de proficiência em Leitura.

    Esse resultado representa um grande obstáculo, dificultando ou até mesmo impedindo que estudantes avancem nos estudos, tenham melhores oportunidades no mercado de trabalho e participem plenamente na sociedade. Na Finlândia, no Canadá e na Coreia, o índice é de 15%. O estudo mostra ainda que apenas 0,2% dos 10.961 alunos atingiu o nível máximo de proficiência em Leitura no Brasil.

    As escolas particulares e as federais estão acima da média da OCDE, sendo a pontuação de 510 e 503, respectivamente, contra 487 pontos. Já as escolas públicas estaduais (404) e municipais (330) estão aquém da média nacional (413).

    O desempenho médio das regiões Sul (432) e Sudeste (424) é maior do que o índice nacional. A região Centro-Oeste (425), embora tenha um ponto a mais que a Sudeste, tem média equivalente à nacional devido à estimativa de erro. As regiões Norte (392) e Nordeste (389) são piores que a média Brasil.

    Matemática – 68,1% dos estudantes brasileiros estão no pior nível de proficiência em matemática e não possuem nível básico de Matemática, considerado como o mínimo para o exercício pleno da cidadania. Mais de 40% dos jovens que se encontram no nível básico de conhecimento são incapazes de resolver questões simples e rotineiras. Apenas 0,1% dos 10.961 alunos participantes do Pisa apresentou nível máximo de proficiência na área. 

    Em termos de escolarização, os estudantes brasileiros estão três anos e meio atrás dos países da OCDE (489) quando o assunto é proficiência em Matemática.

    As escolas particulares (473) e federais (469) têm rendimentos bem superiores à média nacional (384), diferentemente das instituições de ensino públicas estaduais (374) e municipais (314), que estão abaixo da média Brasil.

    O desempenho médio da região Sul (401) é significativamente superior ao nacional. O índice das regiões Centro-Oeste (396) e Sudeste (392) são estatisticamente iguais ao nacional. Já o das regiões Norte (366) e Nordeste (363) são inferiores ao Brasil.

    Ciências – Em 2018, nenhum aluno conseguiu chegar ao topo da proficiência científica. 55% não atingiram o nível básico de proficiência em ciências. Outro dado apontado pelo estudo é que o Brasil (404) está três anos atrás da OCDE (489) em termos de escolarização.

    As escolas federais (491) e as particulares (495), considerada a margem de erro, apresentam índices superiores aos do Brasil em Ciências e estão na média dos países da OCDE. Os dois tipos de instituições de ensino também têm média bem acima das públicas estaduais (395) e municipais (330). 

    Em questão territorial, as regiões Sul (419), Centro-Oeste (415) e Sudeste (414) apresentam índices similares. Norte (384) e Nordeste (383) possuem os piores números.

    Fatores associados – Além dos números de proficiência nas três áreas temáticas, o Pisa 2018 também apresenta o contexto em que os jovens estão inseridos e qual o impacto disso nos resultados.

    Uma das situações levantadas é que quanto mais rico social, cultural e economicamente o estudante for, maiores são as oportunidades de acesso à educação e, com isso, tende a ter melhor desempenho escolar. Um em cada 10 estudantes pobres, na faixa etária de 15 anos, acreditam que não vão concluir o ensino superior. Já no caso dos mais ricos, a média é de 1 em cada 25.

    O bullying também é tema do relatório. Enquanto 23% dos estudantes dos países da OCDE declararam que já sofreram esse tipo de violência, no Brasil esse número chegou a 29%. Em relação à disciplina em sala de aula, os próprios alunos (41%) disseram que os professores levam bastante tempo até conseguirem manter a ordem na classe. Nos países membros da OCDE, o índice é de 26%.

    O levantamento mostrou ainda que o índice de estudantes brasileiros que faltaram às aulas pelo menos um dia nas últimas duas semanas antes da aplicação do Pisa foi de 50 pontos percentuais, enquanto os dos países da OCDE, atingiram 21 pontos percentuais. 

    Ações do MEC para mudar a realidade da educação brasileira

    Embora o estudo avalie os dados de 2018 e os compara com as edições anteriores do Pisa, a atual gestão do Ministério da Educação (MEC), em oito meses, já iniciou medidas que impactam diretamente na melhoria dos resultados ao longo dos próximos anos.

    Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares: 54 escolas municipais e estaduais passarão, a partir da volta às aulas de 2020, a ter um novo modelo de gestão, que será compartilhada por professores e militares aposentados. A proposta é melhorar a disciplina em sala de aula, evitando que o docente gaste tempo para começar a aplicar o conteúdo, reduzir a evasão escolar, enfrentar questões ligadas ao bullying e a todo tipo de violência, e, consequentemente, aumentar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Até 2023, serão 216 escolas nesse modelo.

    Ensino Médio em Tempo Integral: a iniciativa vai ampliar a carga horária do ensino médio de 4 para, no mínimo, 7 horas diárias. A ideia é tornar o aprendizado mais atrativo e focar nas áreas de interesse dos alunos, com o chamado itinerário formativo. Isso vai permitir o aumento da oferta de vagas em tempo integral e impactar na redução da evasão escolar e da repetência. 40 mil novas vagas serão criadas em 500 escolas e mais de 263 mil serão mantidas em mais de 1000 escolas.

    Ensino Fundamental em Tempo Integral: a ideia é levar o ensino em tempo integral para ensino fundamental II (6º ao 9º anos). O projeto-piloto contemplará 40 escolas em 2020.

    Novo Ensino Médio: Com carga horária ampliada de 4 para 5 horas diárias e com conteúdos adaptados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o MEC abriu mais 200 mil novas vagas e mais de 1,5 milhão de estudantes continuam a ser beneficiados pelo programa em mais de 3.500 escolas.

    Educação em Prática: programa que incentiva instituições do ensino superior a abrirem suas portas e ofertarem conteúdos, professores e espaços físicos, como laboratórios, para alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio aliarem a educação à prática.

    Educação Conectada: o programa criado para levar internet aos estudantes e a comunidade local vai conectar 100% das escolas urbanas aptas a receber conexão. Outras 8 mil escolas em áreas rurais também serão beneficiadas com a web até o fim do ano. É uma ação importante para inserir os estudantes em uma nova realidade, com mais acesso à informação.


    03/12/2019 - Coletiva de Imprensa –  Pisa 2018  Fotos: Luis Fortes/MEC

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