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  • O profissional que hoje está à margem da atividade formal tem uma nova chance de ser incluído no mercado de trabalho. Instituída pela Portaria Interministerial nº 1.082, de sexta-feira, dia 20, a Rede Nacional de Certificação Profissional e Formação Inicial e Continuada (Rede Certific) oferecerá qualificação e reconhecimento profissional. Quando estiver em amplo atendimento, a rede atingirá 30 milhões de trabalhadores em todo país.

    Quem atua em determinada profissão e pretende obter a certificação desse conhecimento baseado apenas na experiência, pode buscar uma das mais de 200 escolas ligadas à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. O trabalhador será submetido a testes, aplicados por especialistas. “É um programa voltado para pessoas como um pedreiro, que domina o ofício, mas nunca obteve qualificação profissional”, explicou o secretário de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco.

    A certificação será feita em várias etapas. A primeira delas é a entrevista, na qual é traçado o perfil do trabalhador. “Depois, teremos testes práticos, que envolvem também avaliações educacionais”, explica o diretor de políticas de educação profissional do MEC, Luiz Caldas.

    Para que um profissional seja certificado, deve atender a alguns pré-requisitos, que envolvem tanto habilidades práticas quanto educacionais. Caso o trabalhador domine o ofício na prática, mas não saiba ler, por exemplo, será encaminhado a uma escola de educação básica. “Depois disso, receberá a certificação profissional”, diz Caldas. Caso o trabalhador manifeste problemas na área prática, o próprio instituto atuará na qualificação.

    Calendário
    — O programa funcionará, primeiro, nas áreas de pesca, construção civil, turismo e gastronomia. A certificação é da competência dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, a quem cabe estabelecer um calendário próprio para as atividades.

    Todo o processo de certificação é gratuito. Os institutos federais, além de atuar como certificadores, podem indicar outras instituições capacitadas para desenvolver essa atividade. “Podem ser instituições privadas que dominem uma determinada área de trabalho, desde que a certificação seja gratuita”, ressalvou Luiz Caldas.

    Em quatro estados — São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Mato Grosso — é desenvolvido um projeto-piloto. No próximo ano, a atividade deve chegar a toda a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Nos próximos 15 dias, os reitores dos 38 institutos federais definirão a estrutura de gestão e funcionamento da Rede Certific em cada instituição.

    A Portaria nº 1.082/2009, dos ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego foi publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira, dia 23.

    Assessoria de Imprensa da Setec
  • Nesta segunda-feira, 21, teve início na sede do Ministério da Educação, em Brasília, o encontro para cooperação Brasil-França em certificação profissional. Participam da reunião representantes de ministérios dos dois países, além de membros de institutos e universidades federais brasileiras.

    No evento, que segue até a quinta-feira, 24, serão apresentadas à delegação francesa as diretrizes e estratégias que implementaram a Rede Certific, programa brasileiro de certificação profissional, nos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. O mesmo ocorrerá com o modelo de Validação de Experiências Adquiridas, o equivalente francês.

    Ambos os programas certificam saberes, adquiridos com a experiência, de trabalhadores que não tiveram a oportunidade de fazer cursos de qualificação e aprenderam com a prática.

    “A certificação possui o poder de inclusão e é dever do estado reconhecer os saberes adquiridos ao longo da vida do cidadão, o qual não teve condições de acesso ao ensino adequadas”, ressaltou Eliezer Pacheco, secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC.

    Até o final do encontro será formulado um projeto para que futuramente ocorra, por meio de intercâmbio, a oferta de bolsas a pesquisadores brasileiros e franceses que desejem produzir teses de doutorado relacionadas à temática da certificação profissional.

    Danilo Almeida

  • Até o dia 2 de maio, as instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica devem encaminhar propostas para a criação de centros da rede Certific. O programa certificará trabalhadores que, apesar de dominar o ofício, não possuem diploma ou qualquer outro documento que comprove sua empregabilidade.

    Pesquisa recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) constatou a existência de 24,8 milhões de trabalhadores procurando emprego no Brasil. Desses, 22% não têm qualificação profissional.

    “É uma iniciativa que vai ao encontro do trabalhador informal no país”, destacou Luiz Augusto Caldas, diretor de formulações de políticas de educação profissional do MEC. As instituições federais poderão abrir um centro Certific para cada campus que possuem. Hoje são 255 em funcionamento em todo país. Até o final do ano, serão 354.

    Na primeira fase do programa, serão beneficiados trabalhadores das áreas de pesca e aquicultura, turismo e hospitalidade, construção civil, eletroeletrônica e música. Os interessados devem comprovar tanto a escolarização formal quanto a capacitação profissional. Para tanto, serão aplicados testes de excelência. Caso se constate deficiências técnicas, a própria escola qualificará o trabalhador. Em caso de defasagem escolar, ele será encaminhado a uma escola de educação básica. Depois, receberá o diploma.  

    Cada centro Certific poderá receber a quantia máxima de R$ 200 mil para a realização de todas as etapas de certificação. A partir do dia 17 de maio, será divulgada a lista de instituições que obtiveram a seleção de projetos. As provas com os trabalhadores começam em 2011. Entretanto, a iniciativa já funciona como projeto-piloto em quatro estados – São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Mato Grosso.

    A criação da Rede Certific é uma iniciativa dos Ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego. Acesse aqui outras informações e o conteúdo total da chamada pública. 

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • Trabalhadores sem formação específica vão poder receber certificado que valida os conhecimentos obtidos fora da escola (Foto: Divulgação/MEC)Os conhecimentos que uma costureira ou um pedreiro reuniu em anos de trabalho e domínio do ofício, embora sem formação específica, podem ser formalmente reconhecidos. Portaria dos ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego institui a Rede Nacional de Certificação Profissional e Formação Inicial e Continuada (Rede Certific).

    De acordo com a portaria, os institutos federais de educação, ciência e tecnologia passam a atuar como centros certificadores de conhecimentos não formais. Com o reconhecimento da capacidade dos trabalhadores, é feita a elevação da escolaridade.

    Pelo programa, o trabalhador pode procurar uma instituição da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica para fazer exames de avaliação de competências. Se aprovado, vai receber um certificado que valida os conhecimentos construídos fora da escola. “É uma ação que traz a inclusão social de pessoas que hoje são deixadas de fora do mercado formal de trabalho”, esclarece o secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco.

    O programa também atuará na oferta de cursos de formação inicial para os trabalhadores, ao integrar a educação básica com o aprendizado técnico em áreas como construção civil, metal-mecânica, gastronomia e turismo, entre outras.

    Os institutos federais de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Mato Grosso já deram início ao projeto-piloto, ao firmar parcerias com as prefeituras das cidades participantes. Há a expectativa de que todos os 38 institutos ofereçam o programa. A formatação dos cursos e dos exames de avaliação levará em conta as necessidades e as exigências do mercado.

    A Portaria Interministerial nº 1.082/2009, foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 23.

    Assessoria de Imprensa da Setec
  • Saiba quais são os níveis da EPT para os quais as instituições da Rede Certific ofertam a certificação profissional

  • Veja as respostas às principais dúvidas sobre a Rede Nacional de Certificação Profissional e Formação Inicial e Continuada

  • Mais de 280 trabalhadores da pesca de Poconé, no Pantanal mato-grossense, fizeram a inscrição para o programa Rede Certific no campus de Cáceres do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso. A Rede Certific reconhece conhecimentos adquiridos na prática ao longo dos anos. Além de garantir a certificação, ajuda a elevar a escolaridade dos trabalhadores.

    Em Poconé, 90 pescadores inscritos retornarão à educação formal. Eles farão o curso de formação inicial e continuada integrado ao ensino fundamental na área de pesca e aquicultura desenvolvido pelo Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).

    A busca por oportunidade e formação levou a pescadora Rufina Paula Mendes da Silva, 47 anos, a inscrever-se na Rede Certific. Ela pesca desde criança. “Desde muito pequena ia com minha mãe pescar para ajudar na alimentação da casa. Depois, passei a pescar com meu marido para tirarmos nosso sustento”, revela. “Nossa luta é por condições e lugar para vendermos nosso peixe. Só precisamos de oportunidades.”

    Segundo o coordenador da Rede Certific no campus, João Vicente Neto, o curso para os pescadores que ainda não concluíram o ensino fundamental será desenvolvido em regime modular, com acompanhamento dos alunos por professores e pela equipe pedagógica em aulas nos acampamentos. Realizado em parceria com a prefeitura de Poconé, o curso terá o ensino básico ministrado pelos professores da rede municipal e a educação tecnológica e profissional, pelo instituto.

    Entrevistas socioeconômicas são realizadas para identificar o perfil dos trabalhadores. Quem tiver o ensino fundamental concluído e o perfil de pescador artesanal previsto na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego, já será certificado.

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • Conheça a Rede Nacional de Certificação Profissional, que promove o reconhecimento formal de saberes de trabalhadores

  • Quatro trabalhadoras de Florianópolis são as primeiras em todo o país a ter a experiência adquirida ao longo da vida reconhecida pela Rede Certific, desenvolvida pelos ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego. Uma delas é Luciane Aparecida Dias, 37 anos, que recebeu a certificação de auxiliar de cozinha no campus Continente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina.

    Há mais de 15 anos sem estudar — parou para cuidar dos irmãos —, Luciane buscou o reconhecimento adquirido ao longo dos 18 anos de trabalho. “O programa incentiva os alunos a correrem atrás das oportunidades”, afirma. Pouco tempo após a certificação, ela conseguiu vaga em um restaurante em Santa Catarina.

    Marilene da Silva Pontes, Kassiane Aparecida Ramos e Vânia Dias da Rosa também foram certificadas pelo instituto, como camareiras. O processo de validação, feito em aproximadamente três meses, prevê entrevista da candidata como uma equipe composta por pedagogo, psicólogo, assistente social e especialista da área e testes práticos. “É um trabalho lento, em função do grande número de etapas, da interdisciplinariedade que as mesmas exigem e do atendimento individual”, explica Emanoelle Fogaça Marcos, coordenadora da comissão da Rede Certific no campus Continente.

    A rede, que em 2010 recebeu quase cinco mil inscrições, está presente em 37 campi de 19 institutos federais das cinco regiões brasileiras. São validados conhecimentos profissionais nas áreas de música, construção civil, turismo e hospitalidade, eletroeletrônica e pesca.

    Danilo Almeida

  • A Rede Nacional de Certificação Profissional (Rede Certific) vai abrir inscrições para diversos cursos no mês de julho, em pelo menos 17 estados. O programa certificará trabalhadores que, apesar de dominar o ofício, não possuem diploma ou qualquer outro documento que comprove sua empregabilidade. O tema foi debatido nesta terça-feira, 11, em audiência pública na Câmara dos Deputados.

    Na primeira fase do programa, serão beneficiados trabalhadores das áreas de pesca e aquicultura, turismo e hospitalidade, construção civil, eletroeletrônica e música. Os interessados deverão se submeter a testes de excelência e comprovar a sua experiência profissional.

    Caso se constatem deficiências técnicas, a própria escola qualificará o trabalhador. Em caso de defasagem escolar, ele será encaminhado a uma escola de educação básica. Depois, receberá o diploma. Inicialmente serão 38 perfis profissionais aptos à certificação.

    “É papel do Estado reconhecer o que a pessoa aprendeu, seja na vida ou em uma escola. Essa política resgata a cidadania e inclui milhares de pessoas”, disse Eliezer Pacheco, secretário de educação profissional do Ministério da Educação. Estima-se que no próximo semestre 10 mil trabalhadores sejam certificados. As redes estaduais e privadas poderão aderir à rede para ampliar o atendimento. A Rede Certific é uma iniciativa dos Ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego.

    Felipe De Angelis
  • A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) é responsável por formular, planejar, coordenar, implementar, monitorar e avaliar políticas públicas de Educação Profissional e Tecnológica (EPT), desenvolvidas em regime de colaboração com os sistemas de ensino e os agentes sociais parceiros. Entre as suas atribuições, deve promover o fomento à inovação, à expansão e à melhoria da qualidade da educação profissional e tecnológica, especialmente quanto à integração com o ensino médio, à oferta em tempo integral e na modalidade a distância, à certificação profissional de trabalhadores e ao diálogo com os setores produtivos e sociais. Também deve estimular pesquisas e estudos voltados ao desenvolvimento da educação profissional e tecnológica, bem como ampliar a sua atratividade e o seu reconhecimento social junto aos jovens, aos trabalhadores e à sociedade em geral. Nesse sentido, ações de internacionalização devem ser implementadas na rede federal para estimular parcerias com instituições científicas e educacionais. Além de coordenar nacionalmente a política de EPT, a Setec responde pela manutenção, supervisão e fortalecimento das instituições que compõem a Rede Profissional, Científica e Tecnológica.

  • Beneficiários da Rede Nacional de Certificação Profissional e Formação Inicial e Continuada (Rede Certific) são incentivados a continuar os estudos e ingressar em cursos técnicos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília. Em Samambaia, na região administrativa do Distrito Federal, foram atestados neste ano os conhecimentos de 16 trabalhadores em áreas ligadas à construção civil. Desse total, nove profissionais são agora alunos do curso técnico em edificações ofertado pelo campus Samambaia do instituto.

    Eles ingressaram por meio do sistema tradicional de sorteio de vagas em cursos da instituição, que agora reserva vagas para beneficiários da Rede Certific. “Nesse caso não é avaliado mais nada no candidato, pois ele já passou pelo reconhecimento de saberes e só participa do processo seletivo, sorteio dentro das vagas reservadas”, explica Andresa Andrade, coordenadora do programa no campus Samambaia. O instituto federal também certifica conhecimentos de trabalhadores na área de hospitalidade no campus Brasília.

    Andresa lembra que o diferencial desse processo para certificar saberes é levar em consideração o aprendizado adquirido pelo trabalhador ao longo da vida, assim como o incentivo à continuidade dos estudos por parte da instituição. “O programa visa ainda a elevação da escolaridade, coisa que não é obtida em outros processos de certificação. Por isso se torna mais vantajoso. O aluno tem a oportunidade de ingressar em um curso técnico, ir posteriormente para um tecnólogo e continuar os estudos até uma pós-graduação”, complementa.

    O eletricista Adeilton de Souza, 38, atua como autônomo há cerca de 10 anos. Ele teve a experiência profissional certificada pelo Instituto Federal de Brasília em 2011 e, neste ano, ingressou no curso técnico em edificações ofertado pela instituição.

    Adeilton diz que a certificação veio em hora certa, pois prestou concurso no ano passado e agora é servidor público na prefeitura municipal de Santo Antônio do Descoberto, cidade goiana próxima ao Distrito Federal. “Tudo aquilo que eu almejava e precisava estou conseguindo. Foi tudo na hora certa”, afirmou. “Se a gente quer algo hoje em dia tem que correr atrás.”

    Lourival Francisco de Oliveira, 40, já trabalhava há duas décadas como pedreiro no Distrito Federal. “Apesar de trabalhar por conta própria, o mercado exige certificados e é importante estar qualificado”, conta. O pedreiro e ex-aluno da Rede Certific também é aluno do curso técnico em edificações no instituto e lembra que o incentivo do corpo docente durante o processo de certificação foi importante para a continuidade dos estudos, como ressaltou a coordenadora.

    A certificação de saberes adquiridos ao longo da vida é uma realidade nas instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica desde 2009. Instituída pela Portaria Interministerial nº 1.082, dos ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego, a Rede Certific oferece qualificação e reconhecimento profissional a trabalhadores que não tiveram a oportunidade de frequentar um curso regular de formação profissional. As primeiras trabalhadoras foram certificadas em abril de 2010, em Florianópolis, na área de turismo e hospitalidade.

    Danilo Almeida
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