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Bolsistas do ProUni vão mudar realidade do mercado, diz Haddad

Foto: Cláudia MatosAraraquara (SP) — Ao encontrar-se com três bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni), nesta quinta-feira, 26, em Araraquara (SP), o ministro Fernando Haddad, da Educação, disse:  “Vocês vão  mudar o perfil do mercado profissional brasileiro, porque vocês vêm de outra realidade”. Os jovens e o ministro participaram da palestra Educação Brasileira, Mitos e Desafios, no auditório do Centro Universitário de Araraquara (Uniara).

Larissa Caroline Jordão, Lucimeire de Fátima Laurindo e Roberto Campos do Reis (foto) são, respectivamente, alunos de arquitetura, enfermagem e direito em universidades particulares da região. Eles contaram que não conseguiriam cursar uma universidade se não fosse pelo ProUni.

Antes da fala do ministro, a secretária municipal de Educação de Araraquara, Clélia Mara, elogiou a atuação do Ministério da Educação. “Graças ao convênio entre o MEC e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), temos uma escola no lugar onde se projetava um presídio”, disse Clélia. O prefeito da cidade, Edinho Silva, agradeceu a autorização do ministério para o funcionamento do curso de medicina, voltado para a saúde da família: “Antes, só 11% da população de Araraquara era atendida pelo programa Saúde da Família. Agora são 47%”, destacou. Ele explicou que, antes do curso de medicina, não havia médicos em número suficiente e que, agora, o número de médicos satisfaz o atendimento do município.

Na palestra, Haddad afirmou que é preciso superar a falsa divisão entre educação superior e educação básica. “Os níveis são complementares”, disse. O ministro explicou que os professores da educação básica precisam da universidade para formação e reciclagem. Um outro desafio, segundo Haddad, está na falta de motivação para dois milhões de brasileiros entre 15 e 17 anos de idade. Segundo ele, é preciso repensar o ensino médio para atrair estes jovens.

Salário-educação – O ministro afirmou que, em 2002, o montante do salário-educação, que é arrecadado pelo MEC, ficou em R$ 3,8 bilhões, porque as grandes empresas e o sistema financeiro não colaboravam. Em 2006, o salário-educação vai alcançar R$ 6,8 bilhões. “Ninguém sonega e as prefeituras recebem o recurso em suas contas, sem passar pelos cofres do estado”, explicou. O ministro adiantou que, a partir da aprovação da reforma universitária, não haverá possibilidade de sucateamento das universidades federais. Segundo Haddad, a cota-parte de cada instituição vai depender da avaliação de desempenho da própria instituição.

Sobre avaliação, o ministro ainda lembrou que as escolas públicas do País estão recebendo um boletim com a nota obtida no exame Prova Brasil. A idéia é que esta avaliação sirva como mobilizador de pais e professores: “É preciso que a escola seja pública e não municipal ou estadual, e que a comunidade se aproprie da escola”, completou.

Ainda em Araraquara, o ministro revelou que existem negociações para, numa segunda fase da expansão do ensino profissional, abrir uma escola técnica federal na cidade ou na região. O ministro lembrou que o atual governo federalizou e colocou para funcionar em São Paulo sete escolas técnicas que estavam fechadas. Os rumos da educação profissional e tecnológica vão ser discutidos na primeira conferência nacional do setor, de 5 a 8 de novembro, no Centro de Convenções, em Brasília.

Chico Daniel

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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