Educação para combater o desemprego
São Leopoldo (RS) — O investimento do Ministério da Educação no ensino profissional já rende frutos no mercado de trabalho. O ministro Fernando Haddad conferiu de perto, na manhã desta terça-feira, dia 17, em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, o resultado da primeira turma formada no programa Escola de Fábrica. Dos 80 alunos que concluíram o curso, 44 foram contratados pelas empresas nas quais estagiaram. Os demais já têm qualificação para disputar uma vaga de emprego.
Durante a aula inaugural da segunda turma, o ministro da Educação destacou a importância do programa e lembrou o baixo número de jovens que ingressam no ensino superior. Em países desenvolvidos, o índice de estudantes que ingressam em universidades chega a 50%. No Brasil, são 10%. “Portanto, o jovem precisa de oportunidades de profissionalização já no ensino médio”, afirmou Haddad.
Mais tarde, em Novo Hamburgo, o ministro visitou a Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, onde foram concluídas obras de expansão. A escola recebeu R$ 2,8 milhões para a ampliação de 3,3 mil metros quadrados, instalação de 24 laboratórios de informática e capacitação dos professores para atender alunos dos cursos de eletrônica e eletrotécnica.
Formatura — O programa Escola de Fábrica é focado no jovem com idade entre 16 e 24 anos, com renda per capita de 1,5 salário mínimo, matriculado e que freqüente o ensino básico ou a educação de jovens e adultos (EJA) — a partir da quinta série até o terceiro ano do ensino médio.
Ainda na tarde desta terça-feira, o ministro participa da formatura de alunos do programa em São Francisco de Paula, a 130 quilômetros de Porto Alegre.
Repórteres: Rodrigo Dindo e Sandro Santos