Educação indígena
“A Conferência Nacional deve apontar os rumos para a educação escolar indígena”, disse Thiago Garcia, assessor técnico do MEC, durante abertura do evento. “Isso será possível com a colaboração entre o Ministério da Educação, as secretarias estaduais e municipais de educação e demais instituições envolvidas, com a participação efetiva dos povos indígenas.”
Mato Grosso do Sul sediará ainda, na próxima semana, em Campo Grande, a conferência regional com os povos indígenas do Pantanal. Na manhã desta terça-feira, 31, gestores de educação de 14 municípios da região – entre eles Dourados, Amambai, Coronel Sapucaia, Caarapó e Bela Vista – além de representantes da Secretaria Estadual de Educação e da Fundação Nacional do Índio (Funai), reuniram-se pela primeira vez, sob coordenação do MEC, para discutir políticas e ações de educação direcionadas às populações indígenas, além de ouvir suas reivindicações.
“É preciso ressaltar o valor do trabalho articulado entre as comunidades indígenas e as instituições, pois esta conferência é fruto dessa articulação e a partir dela será possível discutir o projeto pedagógico e a educação que as comunidades querem para o seu povo”, afirmou Alfredo Anastácio, gerente de Educação Indígena da Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul.
Línguas indígenas - Muitas das questões foram colocadas na língua guarani, ressaltando a valoração da cultura e dos costumes indígenas. “A questão principal da nossa cultura é a nossa língua, o respeito pelos valores e pela nossa identidade. É ela que nos identifica. É o eixo mais importante para valorização da nossa história, nossas crenças e tradições”, destacou a professora Marcilene Lescano, da etnia guarani kaiowá.
Moradora da aldeia takuaperi, de 3.700 habitantes, no município de Coronel Sapucaí, Marcilene conta que a Escola Indígena Nandereko Arandu e dois anexos atendem 679 alunos do ensino fundamental. Até o segundo ano, os alunos têm aula apenas na língua guarani e, a partir do terceiro ano, o aprendizado é ampliado também para o português.
A professora destacou que a escola takuaperi possui diretor e coordenadores indígenas, o que garante maior autonomia. “Estamos há três anos trabalhando no projeto político pedagógico diferenciado e bilíngüe. Com maior autonomia podemos pensar o tipo de escola indígena que queremos e para que queremos formar nossos alunos”, destacou.
A Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena é uma iniciativa do MEC, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Funai e Secretarias de Educação.
Assessoria de Imprensa da Connei
Encontro discute propostas para a conferência nacional
“A Conferência Nacional deve apontar os rumos para a educação escolar indígena”, disse Thiago Garcia, assessor técnico do MEC, durante abertura do evento. “Isso será possível com a colaboração entre o Ministério da Educação, as secretarias estaduais e municipais de educação e demais instituições envolvidas, com a participação efetiva dos povos indígenas.”
Mato Grosso do Sul sediará ainda, na próxima semana, em Campo Grande, a conferência regional com os povos indígenas do Pantanal. Na manhã desta terça-feira, 31, gestores de educação de 14 municípios da região – entre eles Dourados, Amambai, Coronel Sapucaia, Caarapó e Bela Vista – além de representantes da Secretaria Estadual de Educação e da Fundação Nacional do Índio (Funai), reuniram-se pela primeira vez, sob coordenação do MEC, para discutir políticas e ações de educação direcionadas às populações indígenas, além de ouvir suas reivindicações.
“É preciso ressaltar o valor do trabalho articulado entre as comunidades indígenas e as instituições, pois esta conferência é fruto dessa articulação e a partir dela será possível discutir o projeto pedagógico e a educação que as comunidades querem para o seu povo”, afirmou Alfredo Anastácio, gerente de Educação Indígena da Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul.
Línguas indígenas - Muitas das questões foram colocadas na língua guarani, ressaltando a valoração da cultura e dos costumes indígenas. “A questão principal da nossa cultura é a nossa língua, o respeito pelos valores e pela nossa identidade. É ela que nos identifica. É o eixo mais importante para valorização da nossa história, nossas crenças e tradições”, destacou a professora Marcilene Lescano, da etnia guarani kaiowá.
Moradora da aldeia takuaperi, de 3.700 habitantes, no município de Coronel Sapucaí, Marcilene conta que a Escola Indígena Nandereko Arandu e dois anexos atendem 679 alunos do ensino fundamental. Até o segundo ano, os alunos têm aula apenas na língua guarani e, a partir do terceiro ano, o aprendizado é ampliado também para o português.
A professora destacou que a escola takuaperi possui diretor e coordenadores indígenas, o que garante maior autonomia. “Estamos há três anos trabalhando no projeto político pedagógico diferenciado e bilíngüe. Com maior autonomia podemos pensar o tipo de escola indígena que queremos e para que queremos formar nossos alunos”, destacou.
A Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena é uma iniciativa do MEC, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Funai e Secretarias de Educação.
Assessoria de Imprensa da Connei