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Educação indígena

Cotidiano enriquece material didático de comunidades indígenas

  • Sexta-feira, 15 de setembro de 2006, 11h53
  • Última atualização em Terça-feira, 22 de maio de 2007, 09h13

O parto de uma índia e a primeira menstruação de uma menina são temas que integram o conteúdo do material pedagógico preparado para a comunidade potiguar, da Paraíba. São rituais típicos da tribo, que serão estudados e discutidos pelos alunos nas escolas.

“O material explica todo o procedimento e depois apresenta questões para discussão em sala de aula, atividades práticas e de aplicação junto à comunidade”, explicou a coordenadora de implantação de novos modelos do Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola), Débora de Moraes.

Esse material faz parte de uma estratégia de produção de conteúdos para treinamento de professores das escolas indígenas. Para isso, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) vai produzir uma série de materiais pedagógicos. A iniciativa faz parte do programa Escola Ativa, que também vai oferecer formação continuada aos professores. Este ano, estão sendo produzidos três tipos de materiais, já que o programa vai atender três comunidades indígenas.

Os livros para os índios devem ser adequados às características socioculturais de cada povo, salientou o coordenador de educação escolar indígena do Ministério da Educação, Kleber Gesteira. “É preciso adequar os conteúdos às diferentes línguas, conhecimentos tradicionais, literatura, mitologia, uso do território e outras características próprias de cada comunidade indígena.”

Nesta etapa do programa Escola Ativa, são atendidas as tribos do Alto Solimões, no Amazonas; de três municípios da Paraíba e de dez cidades cearenses. Ao todo, serão formados 461 professores indígenas.

O Brasil tem 220 sociedades indígenas, em 618 áreas. São mais de 440 mil pessoas, espalhadas em 24 estados, e 180 línguas. De acordo com o Censo Escolar de 2005, há 2.324 escolas em terras indígenas e 164 mil estudantes. Cerca de 90% dos 9,1 mil professores que atuam em aldeias são indígenas. Quase 25% deles não têm nível médio. Aproximadamente 40% têm nível médio com habilitação em magistério indígena.

Repórter: Flavia Nery

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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