UNE realiza dia de paralisação em defesa da reforma universitária
A União Nacional dos Estudantes (UNE) realiza manifestações, hoje, 6, em todo o país, no Dia Nacional de Paralisação e Luta em Defesa da Reforma Universitária. A paralisação contará com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra).
Em todo o Brasil, ocorrerão mobilizações nas universidades, manifestações de rua e atos públicos pela democratização e pela melhoria da qualidade do ensino público brasileiro.
As entidades querem a aprovação da proposta do Ministério da Educação, mas também reivindicam avanços em questões pontuais, como a criação do Plano Nacional de Assistência Estudantil e uma nova lei de mensalidades para o ensino privado: "As manifestações visam se contrapor à reação conservadora ao projeto, sobretudo daqueles setores ligados ao ensino privado, que no momento buscam garantir a manutenção de seus privilégios em detrimento do sentido regulatório expresso no anteprojeto de reforma", explica o presidente da UNE, Gustavo Petta.
Na opinião de Petta, o governo avançou na questão das universidades particulares com a proposta de reforma, mas algumas questões importantes ainda carecem de definição. A UNE defende, por exemplo, a expansão de vagas públicas nos períodos noturnos; a criação de um plano nacional de assistência estudantil e de uma nova lei de mensalidades.
A entidade propõe, também, a realização de uma conferência nacional de educação; eleições diretas para reitor, com paridade nos conselhos das universidades, e reserva de 50% de vagas, por curso e por turno, para estudantes oriundos das escolas públicas, com cotas para afrodescendentes e indígenas, de acordo com os índices do IBGE para a região.
Outra reivindicação é a subvinculação de 75% das verbas para as universidades federais. A UNE pede, ainda, que o pagamento dos inativos seja desvinculado dos recursos da educação.
Cristiano Bastos