Professoras inovam para manter os alunos motivados
Por inspiração do marido, carteiro no município de Bariri, São Paulo, a professora Meire Canal criou o projeto De Carta em Carta, Encontrando o Caminho. Os alunos de Meire, professora de língua portuguesa na Escola Estadual Professora Ephigênia Cardoso Machado Fortunato, trocam correspondência com estudantes do país. Com o clube de correspondência, que funciona desde 2005, a professora foi, em 2009, uma das ganhadoras da quarta edição do Prêmio Professores do Brasil.
Meire foi premiada por promover a troca de cartas de seus alunos do oitavo e do nono anos do ensino fundamental com estudantes da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Ela conta, com entusiasmo, que a idéia de trocar cartas com crianças da Apae foi dos próprios alunos, que conheceram os futuros correspondentes durante jogo de futebol organizado pela escola. Segundo Meire, o desenvolvimento do projeto atraiu os alunos para os estudos e os tornou mais sensíveis. “Hoje em dia, eles veem as pessoas com necessidades especiais de outra maneira.”
O assunto abordado na correspondência é livre, o que estimula a curiosidade e o aprendizado. Com base nos textos dos alunos, a professora monta as aulas de português. “Assim, as crianças têm mais vontade de aprender.”
Meire admite ter encontrado dificuldades para desenvolver o projeto e falta de apoio, mas a premiação a motivou. “Essa avaliação significa que estou no caminho certo. É muito bom ter o reconhecimento por aquilo que fazemos.”
Matemática — Com o projeto A Contribuição dos Jogos no Ensino da Matemática, também voltado para alunos que estão terminando o ensino fundamental, a professora Íris Maciel, de Macapá, Amapá, inovou no ensino da matemática na Escola Estadual Ruth de Almeida. “Além de estimular a imaginação e a interação, os jogos facilitam a compreensão da matéria”, justifica.
De acordo com o projeto, os próprios alunos confeccionam os jogos, que abordam conteúdos como números decimais e as quatro operações fundamentais — adição, subtração, multiplicação e divisão. “Desse jeito, eles podem fixar melhor o que aprendem”, destaca Íris.
Assessoria de Imprensa da Seed
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