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  • Cinco universidades federais passam, a partir desta quarta-feira, 22, a constituir os centros colaboradores em alimentação e nutrição escolar, do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Eles vão dar apoio técnico e operacional ao órgão gestor do Pnae, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), aos estados e aos municípios para a consolidação da política de segurança alimentar e nutricional no ambiente escolar. Convênios nesse sentido foram assinados na tarde desta quarta-feira, 22, em Brasília, entre o FNDE e as universidades federais da Bahia (UFBA), do Paraná (UFPR), do Rio Grande do Sul (UFRGS), de São Paulo (Unifesp) e a Universidade de Brasília (UnB).

    As universidades vão realizar pesquisas e desenvolver projetos relacionados à alimentação e à nutrição dos estudantes das redes públicas de ensino. Também ajudarão no desenvolvimento de ações de apoio, melhoria da qualidade de gestão e do controle social do programa, na criação de metodologia didático-pedagógica e na realização de cursos de capacitação de profissionais de saúde e de educação, merendeiras, conselheiros de alimentação escolar e outros profissionais ligados à merenda escolar. As atividades desenvolvidas pelos centros colaboradores deverão, ainda, incluir estágios extracurriculares e de desenvolvimento de projetos de extensão e de iniciação científica vinculadas ao Pnae, envolvendo acadêmicos das diversas áreas de conhecimento. Para realizar essas ações, elas receberão recursos do FNDE.

    “A partir das parcerias hoje oficializadas, o Pn23/11/2006 15h29

    Entre dezembro deste ano e janeiro de 2007 entram no mercado de trabalho 1.500 professores capacitados para lecionar em classes do ensino médio integrado à educação profissional para jovens e adultos (EJA). Esses professores, que são da rede federal de educação profissional, estão terminando o curso de especialização em EJA oferecido por 14 centros federais de educação tecnológica (Cefets) e pela Universidade Tecnológica do Paraná e o Colégio Agrícola Vidal de Negreiros, da Paraíba.

    Com a qualificação, explica a coordenadora-geral de Políticas da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Caetana Rezende Silva, a rede federal de 22 estados está em condições de dobrar a oferta do ensino médio integrado, conforme prevê o Decreto nº 5.478, de 24 de junho de 2005, que criou o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).

    O público principal do ensino médio integrado são os jovens e adultos que concluíram o ensino fundamental, mas que estão fora da escola. O curso para os alunos tem carga horária de 2.400 horas, das quais 1.200 horas destinadas à formação geral. Além desta modalidade de ensino, os professores com especialização em EJA também vão trabalhar em cursos de formação inicial e continuada para jovens e adultos. Os cursos de curta duração têm carga horária máxima de 1.600 horas, sendo, no mínimo, 1.200 horas para formação geral e 200 horas para formação profissional.

    Ampliação — Ao concluir a primeira turma de especialização em EJA, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica e os Cefets estão criando novas turmas que farão curso intensivo de janeiro a março de 2007. Caetana Rezende Silva diz que a expansão permite abrir mais 1.265 vagas para professores. As novas turmas serão oferecidas em seis cidades: o Cefet do Pará vai abrir uma turma em Palmas (TO) para professores da rede federal dos estados de Tocantins e Maranhão e do sistema estadual de ensino de Tocantins; o Cefet Mato Grosso abre uma turma em Cuiabá, que vai reunir professores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia; o Cefet São Paulo abre duas turmas em São Paulo e uma em Sertãozinho; o Cefet de Minas Gerais abre uma turma em Goiânia (GO) e outra em Contagem (MG). Em Contagem, o Cefet fez convênio com a prefeitura para oferecer especialização aos professores da rede municipal.

    A especialização em EJA forma dois tipos de profissionais: o professor para trabalhar na sala de aula ou na capacitação de outros colegas; e o gestor que vai propor projetos, tendo em conta a realidade social, cultural e econômica da região onde a escola atua. A especialização tem duração de 360 horas presenciais, ministradas nas sedes dos Cefets e dos pólos ou fora destes de forma intensiva. Os cursos, que encerram em dezembro deste ano ou janeiro de 2007, têm 1.500 vagas. Participam os Cefets de Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Santa Catarina; Universidade Tecnológica do Paraná; e os consórcios dos Cefets do Rio (Rio de Janeiro, Campos e Química), do Sul (Pelotas, Bento Gonçalves e Universidade Federal do Rio Grande do Sul); e o Colégio Agrícola Vidal de Negreiros (PB).

    Ionice Lorenzoniae fica fortalecido, pois, com os centros colaboradores, poderemos capacitar, pesquisar e realizar uma ampla avaliação do programa, para a correção de rumos, com o aperfeiçoamento do que está funcionando e mudando o que precisa ser melhorado”, diz Daniel Balaban, presidente do FNDE.

    Pesquisas — “A criação do centro colaborador é uma grande mola propulsora para a universidade, já que temos uma vocação voltada para a pesquisa”, afirma o professor Nildo Alves Batista, diretor do campus da Unifesp em Santos, onde ficará sediado o centro. Entre os trabalhos a serem desenvolvidos pela universidade, estão a criação do sistema nacional de monitoramento da execução do Pnae e o desenvolvimento de uma metodologia de educação permanente dos gestores e agentes envolvidos com a merenda escolar nos estados e municípios, além de pesquisa sobre o perfil nutricional dos escolares de educação infantil na Região Sudeste.

    Pelos convênios assinados nesta quarta-feira, a UFPR vai elaborar e desenvolver a metodologia de pesquisa qualitativa para determinar o perfil nutricional e de consumo alimentar dos estudantes brasileiros e realizar capacitações em assentamentos rurais no estado do Paraná. A UFRGS fará uma pesquisa para estabelecer o perfil nutricional dos escolares da educação infantil na Região Sul e uma outra sobre o perfil nutricional dos índios caingangues matriculados nas escolas dessa região, além de capacitar nutricionistas, merendeiras e conselheiros de alimentação escolar e dar apoio às ações de cooperação internacional desenvolvidas pelo FNDE.

    Caberá à UFBA capacitar nutricionistas, merendeiras e conselheiros de alimentação escolar e desenvolver três projetos de pesquisa: sobre o perfil nutricional de adolescentes, sobre saúde, alimentação e nutrição do escolar em Salvador, na Bahia, e sobre educação permanente para os nutricionistas do Pnae. Já a UnB fará pesquisa sobre os sistemas de controle social do programa e se ocupará do desenvolvimento e validação de metodologia de pesquisa de capacitação dos conselheiros, além de apoiar o FNDE no planejamento do Congresso Latino-Americano de Alimentação Escolar da Rede Latino-Americana de Alimentação Escolar, previsto para outubro de 2007, no Brasil.

    Capacitação — “Os centros colaboradores também contribuirão para um controle efetivo e satisfatório do Pnae, ajudando na capacitação das equipes municipais e estaduais envolvidas com a alimentação escolar, com enfoque em noções nutricionais, procedimentos licitatórios, gestão, execução e prestação de contas, ou seja, transferindo-lhes conhecimento para que exerçam, de fato, o controle social”, afirma a nutricionista Albaneide Peixinho, coordenadora-geral do programa. (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)

  • Projetos na área de teatro serão desenvolvidos por 11 universidades federais no próximo ano, com o apoio do Ministério da Educação. As instituições de ensino foram selecionadas pelo programa Jovens Artistas, Ética da Vida e do Poético, da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC). Cada projeto receberá até R$ 30 mil, repassados pelo MEC, para formação e qualificação de profissionais, atividades de extensão e divulgação de resultados de pesquisas de teatro.

    O programa pretende envolver o público universitário e a sociedade em espetáculos teatrais. “É um incentivo para disseminar a arte nas instituições federais de ensino superior”,  disse Cássia Camila de Oliveira, técnica em assuntos educacionais da SESu. Ela considerou excelente a receptividade. “Foi uma surpresa para as universidades a iniciativa do MEC, que dá prioridade à  arte pela arte”, afirmou.

    Cada projeto terá como atividade-fim um espetáculo teatral e atividades relacionadas, como oficinas, mesas-redondas, seminários e debates sobre arte. Os projetos têm compromisso com leitura e cidadania, com o cenário político-social, experimentação estética e poética e inovação de linguagem.

    O programa recebeu inscrições de 70 projetos. Entre os selecionados está o da peça Malassombro, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que vai capacitar jovens universitários na área de teatro e levar experiências artísticas às periferias de Salvador entre março e novembro do próximo ano. Estão previstas oficinas de danças populares, teatro e música para comunidades, debate com o autor de Malassombro, Ronaldo Correia de Brito, sobre as relações entre cultura popular e teatro e a apresentação da peça.

    Outro projeto vitorioso é o PalhaSOS, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), a se realizar entre  março a outubro de 2007. PalhaSOS terá a participação de alunos de graduação da Escola de Teatro da universidade, de atores formados pela UniRio e de outros que participam do programa Enfermaria do Riso. O espetáculo mostrará o cotidiano do palhaço que trabalha em hospitais, seus dilemas, alegrias e a relação com a dor e o sofrimento. O projeto prevê também duas oficinas de técnica cômica para profissionais e estudantes do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle.

    O programa Jovens Artistas deve ter edições anuais, com o desenvolvimento de projetos em outras áreas artísticas. Mais informações na página eletrônica da SESu e pelos telefones (61) 2104-9785, 2104-9221, (71) 3329-3048 e (21) 2537-7842.

    Susan Faria

  • Alfabetização: direto do cidadão brasileiro (Foto: João Bittar)A qualificação de 100 mil alfabetizadores do Programa Brasil Alfabetizado em cursos de extensão oferecidos por instituições de ensino superior públicas e comunitárias, sem fins lucrativos, é o desafio do Ministério da Educação no período de 2008 e 2009. Para executar esta tarefa, o MEC dispõe este ano de R$ 1,4 milhão para custear a criação de projetos pelas universidades. Cada projeto receberá entre R$ 100 mil e R$ 200 mil.

    O diretor de Políticas de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Jorge Teles, explica que, ao entregar às universidades a qualificação dos alfabetizadores, o MEC não busca apenas a qualidade da alfabetização de jovens e adultos, mas reforça a visão de que a alfabetização é um direito. O Edital nº 4/2008, que convoca as instituições a apresentar projetos de extensão, tem como linha central a valorização da diversidade e o respeito às especificidades de jovens, adultos, idosos, populações indígenas, quilombolas e pescadores. O edital diz “não à infantilização do adulto”, informa o diretor.

    Cada instituição de ensino superior pode apresentar ao ministério uma proposta de curso dentro de sua linha pedagógica, desde que respeite a formação plural e seja capaz de dialogar com as necessidades dos alfabetizadores da região onde atua. Além disso, deve estar cadastrada na Rede de Educação para a Diversidade e pertencer a uma destas quatro categorias: instituições públicas de ensino superior, centros federais de educação tecnológica (Cefets), escolas agrotécnicas federais (EAFs) e instituições comunitárias de ensino superior, sem fins lucrativos. O prazo é de 120 dias, a contar de 11 de julho, data da publicação do edital no Diário Oficial da União.

    Indicação — Os projetos das universidades aprovados e financiados pelo MEC farão parte de um catálogo de cursos de extensão que será oferecido aos sistemas de ensino estaduais e municipais. Segundo Jorge Teles, são as redes de ensino que vão contratar as universidades para fazer a formação de seus alfabetizadores e coordenadores de turmas. Os sistemas receberão recursos do programa Brasil Alfabetizado para essa ação.

    A parceria entre universidades e sistemas de ensino é o caminho indicado pelo MEC, explica Teles. Também será responsabilidade das redes de ensino indicar os alfabetizadores para os cursos de extensão, que podem ser professores dos quadros de estados e municípios ou, na falta destes, alfabetizadores populares.

    Recursos — A transferência de recursos aos projetos selecionados será em cota única e descentralizada para as instituições federais; e também em conta única para as universidades estaduais, municipais ou comunitárias, mas com assinatura de convênio.

    Para concorrer aos recursos do MEC, as instituições deverão atender a uma série de critérios, entre eles, comprovar experiência em ensino, pesquisa e extensão nas temáticas de alfabetização e educação de jovens e adultos; oferecer seus professores e espaço para a realização dos cursos; garantir a certificação dos alfabetizadores e coordenadores de turmas; observar o princípio da gratuidade e da igualdade de condições de acesso.

    Cursos — São dois tipos de cursos de extensão: formação inicial de alfabetizadores e coordenadores de turmas com carga horária mínima de 40 horas presenciais, ministradas em grupos. Destas 40 horas, 34 horas devem ser dedicadas ao estudo dos fundamentos, princípios e métodos de alfabetização de jovens e adultos; e as seis horas restantes na capacitação dos cursistas para o exame de triagem sobre acuidade visual dos alunos, conforme as orientações do projeto Olhar Brasil. Já o curso de formação continuada dos coordenadores de turmas terá carga horária mínima de 48 horas presenciais e em grupos. As 48 horas serão divididas em duas etapas: planejamento do trabalho pedagógico de alfabetização e coordenação de turmas do programa Brasil Alfabetizado.

    Ionice Lorenzoni

  • As instituições de educação superior federais, estaduais e municipais e as comunitárias sem fins lucrativos têm prazo até 11 de novembro para apresentar projetos de formação de educadores ao Programa Brasil Alfabetizado. Cada projeto receberá entre R$ 100 mil e R$ 200 mil — o Ministério da Educação vai aplicar R$ 1,4 milhão este ano.

    Para concorrer aos recursos públicos, as instituições precisam estar cadastradas na Rede de Educação para a Diversidade e atender uma série de critérios. Dentre eles, comprovar experiência em ensino, pesquisa e extensão nas temáticas da alfabetização e da educação de jovens e adultos; oferecer  professores e espaços para a realização dos cursos; garantir a certificação dos alfabetizadores e coordenadores de cursos; observar o princípio da gratuidade e da igualdade de condições de acesso.

    A linha central dos projetos é a valorização da diversidade e o respeito às especificidades de jovens, adultos, idosos, populações indígenas, quilombolas e pescadores. As instituições podem propor formação inicial de alfabetizadores e coordenadores de turmas, com carga horária mínima de 40 horas presenciais, ministradas em grupos, e curso de formação continuada para coordenadores de turmas, com carga horária mínima de 48 horas presenciais e em grupos.

    A execução dos cursos, que deve ocorrer este ano e no próximo, prevê parceria entre as universidades e os sistemas de ensino. Caberá a estes indicar os alfabetizadores para os cursos de extensão — podem ser professores das redes estaduais ou municipais ou, na falta destes, alfabetizadores populares e coordenadores de turmas.

    A transferência de recursos será feita em cota única e descentralizada para as universidades federais. Para as instituições estaduais, municipais e comunitárias, também será efetuada em cota única, mas com assinatura de convênio.

    O Edital nº 4/2008, publicado no Diário Oficial da União em 11 de julho, dá prazo de 120 dias para a apresentação de propostas e descreve critérios, tipos de cursos, carga horária e prazos.

    Ionice Lorenzoni

  • Sete universidades públicas brasileiras vão desenvolver a maior pesquisa de saúde pública já realizada na América Latina. Por meio de um consórcio, vão investigar a partir do próximo ano, até 2008, as reais causas da hipertensão e do diabetes, duas das doenças que mais matam no Brasil. O estudo conta com investimento de R$ 22,6 milhões do governo federal.

    O consórcio é formado pela Universidade de São Paulo (USP), pelas universidades federais da Bahia (UFBA), do Espírito Santo (Ufes) e do Rio Grande do Sul (UFRGS), além da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O objetivo é fazer um diagnóstico da população brasileira a partir do monitoramento de aproximadamente 15 mil pessoas pesquisadas. Elas serão recrutadas pelas instituições de pesquisa a partir de janeiro e acompanhadas por 20 ou até 30 anos. A cada ano, serão convocadas para exame.

    Para que se tenha uma idéia da importância desse estudo, a hepatite contamina um número bem maior de pessoas que a aids no Brasil. A Organização Mundial de Saúde estima que 2 milhões de brasileiros sejam portadores do vírus B e 3 milhões, do C – são os dois mais preocupantes. Já o HIV tem 600 mil portadores, segundo o governo federal, e 10,9 mil morreram de aids em 2004.

    “A proposta é conhecer a saúde dos adultos brasileiros e identificar como diferentes fatores na vida dessas pessoas agem na predisposição da hipertensão ou do diabetes”, explicou o secretário de ciência, tecnologia e insumos estratégicos do Ministério da Saúde, Moisés Goldbaum.

    “Esse é o primeiro grande estudo que checará as ‘verdades’ colocadas até o momento sobre diabetes e hipertensão”, afirmou a diretora de ciência e tecnologia do Ministério da Saúde, Suzanne Serruya. “A partir daí, o governo terá mais elementos para melhorar as atuais políticas públicas, formular ações cada vez mais direcionadas, considerando as realidades regionais, e executar medidas de prevenção dessas doenças, o que, na prática, também resultará em menos despesas para a rede pública de saúde.”

    O trabalho, denominado Estudo Multicêntrico Longitudinal em Doenças Cardiovasculares e Diabetes Mellitus (EMLDCD), também é conhecido como Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa–Brasil). O percentual de prevalência da hipertensão chega a 35% da população brasileira com idade igual ou superior a 40 anos. Ou seja, cerca de 12 milhões de pessoas. No caso do diabetes melito, esse índice é de 11%, o que representa quase quatro milhões de brasileiros nessa faixa etária. (Sonia Jacinto, com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde)

  • As instituições públicas de ensino superior têm até sexta-feira, dia 18, para enviar ao Ministério da Educação propostas de cursos previstos no Programa de Formação Continuada de Professores na Educação Especial. O prazo consta do Edital nº 2, de 26 de abril de 2007. De acordo com o edital, os projetos devem contemplar cursos a distância para educadores do ensino básico em exercício na rede pública.

    Os cursos devem atender áreas de deficiência mental, física, sensorial e altas habilidades ou superdotação e ter carga horária mínima de 120 horas. Nas propostas, é necessária a descrição dos recursos, até o limite de R$ 220 mil por projeto. Cada curso atenderá, no mínimo, 20 turmas no mesmo período letivo, com duração entre quatro e seis meses; cada turma terá de 20 a 25 alunos e um tutor.

    As propostas selecionadas receberão apoio financeiro do MEC para a produção de material didático e formação de tutores e professores. Os projetos devem ser encaminhados à Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), com cópia impressa e digital (CD ou DVD) para o Ministério da Educação — Esplanada dos Ministérios, bloco L, sala 600, Brasília, DF. CEP 70047-901.

    Os resultados dessa fase do programa serão divulgados no dia 31, na página eletrônica do MEC e no Diário Oficial da União. Após a publicação do resultado, as secretarias municipais e estaduais de educação podem procurar o ministério para ofertar os cursos nos estados e municípios. Essa etapa do programa será realizada entre 1º e 22 de junho.

    Mais informações no correio eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (61) 2104-9576 e 2104-9116.

    Flavia Nery

  • Começa nesta quarta-feira, 20, em Goiânia, a segunda reunião técnica do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). O encontro, que se estenderá até sexta-feira, 22, visa a treinar técnicos de universidades federais para atuarem no módulo de obras do Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (Simec).

    Outro objetivo da reunião é discutir e expor a experiência das instituições na elaboração de projetos arquitetônicos e complementares, em licitações, na contratação de serviços, construção, fiscalização, gestão e acompanhamento interno e externo.

    Participam do evento, realizado pela Secretaria de Educação Superior (Sesu) e pela Universidade Federal de Goiás (UFG), o secretário-executivo do Ministério da Educação, José Henrique Paim; o secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota; o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Amaro Lins; pró-reitores de planejamento e administração e interlocutores institucionais.

    Assessoria de Imprensa da Sesu

  • Jovens universitários de 11 estados terminaram o treinamento no Ministério da Educação, para participar do 18th Ship for World Youth Program, em janeiro, no Japão. O programa internacional de interação cultural é patrocinado, implementado e custeado pelo governo japonês, há 18 anos. A ação voltada para universitários tem o objetivo de ampliar a visão global da juventude japonesa e promover a amizade e a compreensão mútua entre os japoneses e estrangeiros, além de cultivar o espírito de cooperação em âmbito internacional e a competência para praticá-lo.

    O programa inclui a participação de 13 países, representados por delegações de 12 pessoas (11 estudantes e um líder nacional). Participam da 18ª edição: Austrália, Barein, Brasil, Canadá, Grécia, Índia, Japão, Quênia, Ilhas Maurício, Marrocos, Suécia, Tonga e Emirados Árabes. O evento acontece em cruzeiro marítimo de 45 dias, que sairá do Japão e aportará no Quênia, Índia e Ilhas Maurício, além de passar por Cingapura.

    Os japoneses não revelam o custo do programa, mas estima-se que a despesa de cada estudante brasileiro seja de R$ 70 mil. Esta é a terceira vez que o Brasil participa. Segundo Cláudia Baena, da Assessoria Internacional do MEC, o Ship for World Youth Program é único. “O programa é maravilhoso em todos os sentidos”, disse.

    Programação – É extensa a programação no cronograma previsto para o grupo. Haverá reuniões com representantes dos governos dos países visitados, além de encontro com a família imperial japonesa e o primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi. No navio, os jovens participarão de atividades diversas, de caráter multicultural. Os líderes serão treinados para desenvolver espírito cooperativo e positivo de liderança, visando à preparação de futuros líderes mundiais.

    Seleção – Para selecionar os candidatos, o MEC solicitou currículos de estudantes em diversas áreas, das universidades do país. Reuniu todos e enviou para a embaixada do Japão, que fez a seleção. A líder do grupo é Livia Sganzerla Jappe, assessora da Secretaria Executiva do MEC.

    Os selecionados são: Ricardo Machado, de Porto Alegre, aluno de letras; Bárbara Diniz, de Recife, fisioterapia; Fabrício Carrijo, de Franca (SP), direito e relações internacionais; Lucas Toledo, São Paulo, relações internacionais; Luciana Ivo, Campinas (SP), educação física; Andreia Saffier, Porto Alegre, letras; Leonardo Nardon, Brasília, jornalismo; Leonardo Schmitz, Porto Alegre, informática; Luana Guimbard, Brasília, letras; Carlo Moro, Canoas (RS), química; e Gustavo Guimarães, Paulista (PE), letras. "Será uma experiência única na minha vida", afirma Gustavo.

    Cronograma – Tóquio (Japão): 10 a 19 de janeiro; Cingapura (Cingapura): 26 de janeiro; Chennai (Índia): 30 de janeiro; Mombasa (Quênia): 7 de fevereiro; Port Louis (Ilhas Maurício): 13 de fevereiro; Cingapura (Cingapura): 22 de fevereiro; e Tóquio: 2 de março.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • O município de Santo Antônio de Pádua, no Rio de Janeiro, é o único município do estado a aparecer na pesquisa do Unicef Redes de Aprendizagem — boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender, a ser divulgada nesta terça-feira, 25. A rede de ensino tem parceria estratégica com o Instituto Superior de Educação do município. As escolas da rede foram transformadas em verdadeiras “escolas de aplicação”.

    A pesquisa apresenta práticas educacionais que se refletem nos bons resultados alcançados pelas 37 redes pesquisadas. Santo Antônio de Pádua tem Ideb 4,6 nas séries iniciais, nota superior à média nacional de 3,8. A partir do sexto período, universitários do instituto fazem estágio nas escolas municipais. Os universitários aprendem e colaboram com os professores no desenvolvimento das práticas pedagógicas. O contato com as crianças das escolas é fundamental para garantir o sucesso da ação. Os estagiários ajudam os alunos com dificuldades de aprendizagem, no contraturno das aulas.

    A conclusão da pesquisa diz que este é o típico caso de parceria em que todos saem ganhando. Os universitários aplicam o conhecimento acadêmico na prática; os alunos das redes municipais recebem reforço escolar; e a sociedade, como um todo, ganha educadores e estudantes mais preparados.

    Este tipo de parceria com universidades foi apontado como fator de sucesso por 27% das redes analisadas. No município, a evasão não é significativa: mais de 96% das crianças de 7 a 14 anos estão freqüentando a escola.

    Dirigente na sala de aula – Em Santo Antônio de Pádua, a proximidade do secretário municipal de educação com as escolas também é decisiva para o bom desempenho da rede. A pesquisa mostra que o dirigente é importante na melhoria da qualidade do ensino. Os entrevistados contam que o apoio às iniciativas das escolas se reflete nas ações do dia-a-dia. As parcerias, como a que ocorre com o instituto de educação superior, são sempre incentivadas.

    Redes de sucesso ― A publicação Redes de Aprendizagem — boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender apresenta os resultados de um estudo realizado em 37 redes municipais de ensino de 15 estados, nas cinco regiões do país, selecionadas a partir do Ideb e do contexto socioeconômico dos alunos e de suas famílias. O estudo é um trabalho conjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), elaborado no período de outubro a novembro de 2007.

    As redes foram escolhidas com base no cruzamento de informações socioeconômicas dos alunos, extraídas do questionário que faz parte da Prova Brasil, com informações dos municípios e com o Ideb. Depois de selecionadas, as redes foram visitadas por pesquisadores que entrevistaram todos os envolvidos no processo, do gestor ao aluno. Entre os objetivos principais do MEC e seus parceiros com a pesquisa, estão identificar boas práticas de redes municipais espalhadas pelo Brasil e oferecer os exemplos para as demais.

    Ao analisar as razões apontadas pelos responsáveis pelo sucesso de cada uma das 37 redes, foram identificados dez pontos presentes na maioria delas. Trata-se de um conjunto de ações e práticas articuladas que estão em sintonia com o PDE, lançado pelo MEC em abril de 2007: foco na aprendizagem, consciência e práticas de rede, planejamento, avaliação, perfil do professor, formação do corpo docente, valorização da leitura, atenção individual ao aluno, atividades complementares e parcerias.

    Os pesquisadores perguntaram: o que essa rede faz para garantir o direito de aprender? E as respostas foram dadas por gestores, diretores, professores, funcionários, alunos e pais.

    Participaram da pesquisa redes de municípios com populações que variam de 6.379 a 788.773 habitantes, representativas da diversidade e dos desafios encontrados nos 5.564 municípios brasileiros.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estudantes de universidades públicas e privadas de Natal (RN) implantarão ações em prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em comunidades pobres da capital do Rio Grande do Norte. Divididos em grupos, os universitários vão escolher uma das metas estipuladas pela Organização das Nações Unidas (ONU) – em relação à fome, educação, igualdade de gênero, mortalidade infantil e materna, Aids e outras doenças e sustentabilidade ambiental – e desenvolverão, ao longo do ano, atividades relacionadas ao tema. Ao fim do trabalho, farão um relatório para indicar os resultados alcançados.

    “Os universitários podem contribuir não só para ajudar a alcançar os Objetivos do Milênio nessas comunidades, mas para divulgar a cultura de voluntariado”, diz Elena Carrara, coordenadora do projeto Universitário do Milênio na ONG Natal Voluntários. A instituição desenvolve a atividade em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e com o Programa de Voluntariado das Nações Unidas (UNV).

    Quatro grupos manifestaram interesse no projeto. Um deles, com estudantes de enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), vai desenvolver atividades para combater o HIV, a malária e outras doenças em duas escolas estaduais de ensino médio. Os universitários planejam implementar ações para evitar a gravidez precoce e as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Estão previstas oficinas mensais sobre sexualidade e DSTs e mobilização para que o posto de saúde que atende a comunidade crie um núcleo de referência para orientar os jovens.

    Mutirões – Outro grupo, com alunos de ciências biológicas da UFRN, vai atuar em turmas de 1ª a 4ª série em uma escola estadual com temas relacionados ao sétimo Objetivo do Milênio, ou seja, garantir a sustentabilidade ambiental. Eles vão organizar mutirões de limpeza, incentivar a implementação de coleta seletiva de lixo, organizar campanhas para a compra de produtos recicláveis, plantar mudas de árvores e promover palestras sobre esgoto sanitário, reciclagem de resíduos sólidos, coleta seletiva, preservação do meio ambiente e promoção da qualidade de vida.

    Os estudantes serão supervisionados por professores das universidades. Eles deverão apresentar, a cada três meses, relatório sobre as atividades e, no fim do projeto, texto com resultados obtidos. Os documentos serão analisados por uma comissão formada pelo Pnud, UNV e Natal Voluntários, que entregará certificado aos participantes.

    Flavia Nery, com informações da Assessoria de Imprensa do Pnud

  • Cerca de 200 estudantes de 40 instituições públicas e particulares de ensino superior que participam da retomada do Projeto Rondon, a partir de hoje, 19, em Tabatinga, no extremo oeste do Amazonas, conhecerão a diversidade socioeconômica e cultural de 32 povos indígenas que habitam a área, além da realidade de migrantes, principalmente do Nordeste e Pará.

    Entre os 11 municípios do Amazonas que vão receber os alunos, sete têm população indígena expressiva. Dados do IBGE e da Fundação Nacional de Saúde, relativos a 2003, revelam que dos 173.473 habitantes destes municípios - Atalaia do Norte, Benjamim Constant, Eirunepé, Santa Izabel do Rio Negro, Santo Antônio do Iça, São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga - 52.252, ou seja, 30,1% da população, são indígenas. Além da diversidade da população, os universitários vão encontrar interação e troca comercial com vilas e povoados colombianos e peruanos que fazem divisa por terra ou por água com esses municípios pelos rios Negro, Solimões, Javari e Juruá.

    Segundo o coordenador da Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Kleber Gesteira, os mais de 50 mil indígenas que serão pesquisados pertencem aos povos Matis, Mayoruna, Marubo, Kulina, Kanamari, Tukúna, Yanomami, Baré, Tukano, Baniwa, Maku, Kokama, mas a região tem ainda povos isolados.

    Na região do Alto Rio Negro, convivem 23 povos com idiomas de quatro famílias lingüísticas: Tukano Oriental, Aruák, Maku e Yanomami. A população se distribui em 800 assentamentos ao longo dos rios e na sede dos municípios. São oito terras indígenas reconhecidas e homologadas até 1998, que formam uma área de 106 mil quilômetros quadrados. Ali são falados cerca de 20 idiomas. O complexo cultural do Alto Rio Negro, explica Kleber, se caracteriza pelo sistema de casamentos interétnicos, o que possibilita aos indivíduos a compreensão e a fala de três ou mais línguas.

    Censo - Pelos números do Censo Escolar 2004 colhidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nos sete municípios estudam 22.047 indígenas, dos quais 2.175 na educação infantil; 16.989 no ensino fundamental; 469 no ensino médio; e 2.414 na educação de jovens e adultos. São 650 professores, sendo que 350 são ticunas. A menor oferta escolar entre os municípios está em Santa Izabel do Rio Negro. Lá, mais de 77% da população é indígena, mas apenas 410 estudantes estão matriculados em escolas indígenas.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Foto: Tereza SobreiraNo último domingo, 5, os 178 rondonistas instalados em Manaus (AM) partiram para 18 municípios com a missão de levar conhecimento e capacitar agentes em saúde de família, saúde ambiental e combate de doenças. Supervisionado por professores, o grupo tem o objetivo de incentivar o cooperativismo para a geração de renda, a promoção de ações que desenvolvam o potencial turístico local e a elaboração de projetos nas áreas de saneamento básico e meio ambiente.

    Um grupo de quatro alunos da Universidade Católica de Brasília – Ivan Galhardo Castilho, Ricardo Barros Martins Resende, Alexandre César Alves de Oliveira e Cario Vieira dos Santos – embarcou no navio patrulha fluvial NaPaFlu Raposo Tavares, em Manaus. O navio de guerra da Marinha tem 65 metros de comprimento e dez de largura, com heliporto.

    A navegação começou pelo Rio Negro e o término deve acontecer no dia 16, na cidade de Tabatinga, onde eles devem desembarcar. A tripulação do navio é composta por 70 homens, uma médica e uma dentista que vão supervisionar os trabalhos dos rondonistas.

    A equipe vai navegar 1,8 mil quilômetros, visitando as cidades ribeirinhas e prestando assistência médica e odontológica às comunidades. Segundo o comandante Sérgio Luiz Figueiredo de Assis, a expectativa de atendimento diário é de 70 pessoas. “A maior parte diz respeito a picadas de cobra, desidratação, diarréia, malária, febre amarela e parto, que, embora seja intervenção mais elaborada, temos condições de atender”, relata o comandante.

    Segundo ele, se não fossem os navios da Marinha brasileira chegando a estas populações, dificilmente elas receberiam atendimento. “Não há acesso por via terrestre ou aérea. O único acesso é o fluvial, e são os navios da Marinha que chegam até estes rincões.” Após Tabatinga, o NaPaFlu Raposo Tavares prossegue pelo Rio Javari, fronteira com o Peru, fazendo patrulhas. O navio deve atracar no dia 25, informa o comandante.

    Custo – A um custo de R$ 2 milhões, a edição do Projeto Rondon tem a participação de 1,5 mil pessoas (estudantes, professores, orientadores e pessoal de apoio). A Operação Amazônia 2006 será feita em municípios do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Os municípios que recebem a intervenção dos rondonistas são: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Caapiranga, Careiro da Várzea, Coari, Eirunepé, Fonte Boa, Maturacá, Maués, Santa Isabel do Rio Negro, Santo Antônio do Içá, São Gabriel da Cachoeira, Rio Preto da Eva, Manaquiri, Tabatinga, Tefé e Yauaretê.

    Repórter: Sonia Jacinto

     

  • Criar espaços de autonomia e protagonismo aos estudantes de origem popular nas universidades brasileiras é a meta do programa Conexões de Saberes. As experiências relatadas durante o Seminário Diferentes Diferenças: Caminho de uma Educação de Qualidade para Todos indicam que, além de promover a discussão sobre o acesso e a permanência do estudante de origem popular na universidade pública, as ações promovem o aprendizado e o desenvolvimento de jovens de comunidades populares.

    Na região metropolitana de Vitória, as ações dos bolsistas do programa alcançam 200 jovens em 12 cursos pré-vestibulares gratuitos. O diferencial desses cursos é a inserção da disciplina Direitos Humanos e Cidadania que também oferece formação política.

    O programa Conexões Saúde, desenvolvido por bolsistas da área biomédica consiste em ações preventivas em saúde bucal, doenças degenerativas e combate à dengue. A cada 15 dias, 87 bolsistas e 82 voluntários, entre professores e alunos, atendem 500 pessoas e distribuem cartilhas sobre higiene e saúde bucal, além de kitsodontológicos com pasta, escova e fio dental.

    Universidade na escola - A maior contribuição dos estudantes bolsistas do Conexão de Saberes da Universidade Federal do Espírito Santo está nas ações desenvolvidas em escolas de ensino fundamental e médio das periferias. Por meio de oficinas nos finais de semana, as crianças e adolescentes de escolas públicas entram em contato com a arte do cinema, da fotografia e o encanto da história em quadrinhos.

    Criadas sobre o tema direitos humanos, as histórias abordam a violência, o preconceito racial e a discriminação. Aulas de xadrez, informática, dança e futebol de salão também são ministradas pelos universitários bolsistas, que atuam conforme sua área de formação.

    Segundo a bolsista Simoni de Cássia Christt, o que mais atinge os jovens são as palestras e o primeiro contato com a universidade. “Eu estudei em escolas públicas e ninguém falava sobre universidade e direitos humanos. Hoje, eu retorno para minha comunidade e vejo jovens debatendo sobre esses assuntos”, diz Simoni.

    O programa Conexões de Saberes está presente em 31 universidades e 1.142 alunos bolsistas desenvolvem atividades de inclusão social em comunidades da periferia de centros urbanos.

    Karla Nonato

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  • Foto: Tereza SobreiraO novo anteprojeto de lei da educação superior garante verba específica para alimentação, moradia, transporte e saúde dos estudantes. Caso o texto seja provado pelo Congresso Nacional na forma como foi apresentado pelo Ministério da Educação, na segunda-feira, dia 30, os estudantes de universidades públicas terão solucionado um dos grandes problemas de acesso e permanência no ensino superior.

    O artigo 55 da segunda versão da reforma universitária, apresentada pelo ministro Tarso Genro, determina às instituições federais de ensino superior que destinem 5% da sua verba de custeio à assistência estudantil. Isso significa que as universidades aplicariam, hoje, R$ 40 milhões em restaurante universitário, casa estudantil e auxílio-transporte. “Desde 1996 não há verba específica para a assistência estudantil, o que resulta na evasão no ensino superior”, disse o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta. Ele aponta avanços no anteprojeto. “Logicamente, é preciso ainda mais do que 5%, principalmente diante da reserva de vagas para estudantes de escolas públicas e das cotas para negros, que criarão demanda maior de assistência”, disse Petta. “Mas é um avanço significativo.”

    Gastos — Trabalhar para bancar os estudos faz parte da realidade de muitos universitários em todo o país. É o caso de Camila Carvalho, 19 anos, estudante do terceiro semestre de filosofia da Universidade Federal do Piauí. Ela dá aulas em uma escola de ensino médio de Teresina para arcar com os custos, principalmente, de transporte. “Trabalho para poder me manter. Moro muito longe”, disse a estudante. “Pego duas conduções para ir e duas para voltar e tenho muitos outros gastos.”

    Pagar a alimentação também é tarefa difícil. Pedro Martins, 23 anos, aluno do último semestre de comunicação social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), reclama da falta de um restaurante universitário com preços acessíveis aos estudantes. “Às vezes, falta grana para pagar um almoço quando tenho de ficar o dia inteiro na universidade. Os bandejões foram fechados em 1991”, lamentou.

    Além de custear alimentação, moradia e transporte, as universidades destinarão um terço de suas matrículas em cursos noturnos, além do vestibular gratuito, a candidatos de baixa renda. O texto da reforma deve ser enviado ao Congresso em julho.

    Repórter: Sandro Santos

  • Foto: Wanderley PessoaA Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) promoverá, no período de 2 a 5 de agosto, em Uruguaiana, Rio Grande do Sul, a segunda etapa da formação dos professores do projeto de escolas de fronteira. O projeto é resultado da declaração conjunta firmada em junho de 2004 pelos ministérios da Educação do Brasil e da Argentina com vistas ao fortalecimento das relações bilaterais.

    Lançado em março de 2005, em Dionísio Cerqueira, Santa Catarina, o projeto permite a estudantes brasileiros e argentinos de escolas de fronteira freqüentar aulas de português e de espanhol a partir deste ano. O projeto-piloto tem o propósito de desenvolver atividades conjuntas em duas escolas brasileiras e duas argentinas.

    O Brasil participa com a Escola Estadual de Educação Básica Theodureto Carlos de Faria Souto, em Dionísio Cerqueira, e com a Escola Municipal de Ensino Fundamental do Centro de Atendimento Integral à Criança (Caic), em Uruguaiana. A Argentina, com a Escola de Educação Geral Básica Mayor Juan Carlos Leonetti, em Bernardo de Irigoyen, província de Misiones, e com a Escola de Educação Geral Básica Vicente Eládio Verón, em Paso de los Libres, província de Corrientes. (Assessoria de Imprensa Internacional)

  • A Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), em parceria com a UniRede e a Universidade de Brasília (UnB), promoveu, durante a última semana, o 4º Congresso Brasileiro de Educação Superior a Distância (Esud). Segundo o diretor de Políticas da Seed, Hélio Chaves Filho, o Esud serviu como cenário de um forte e profundo debate sobre os temas mais pertinentes que estão inseridos na educação a distância, como o uso das mídias em educação, tema discutido no último dia do encontro.

    O Esud foi realizado no Hotel Bay Park em Brasília. Começou na terça-feira, 16, com a premiação dos vencedores dos concursos do Programa de Apoio à Pesquisa em Educação a Distância (Paped), da Rede Internacional Virtual de Educação (Rived) e da UniRede para a melhoria de educação a distância. Nos quatro dias de encontro foram realizadas mesas-redondas, palestras, minicursos e apresentação de trabalhos que estão sendo realizados no Brasil e no mundo na modalidade de educação a distância.

    Livro – O evento também contou com o lançamento do livro Desafios da Educação a Distância na Formação de Professores, elaborado pela equipe da Seed. Segundo Hélio Chaves Filho, “o livro promove a divulgação de temas e de pesquisas ligadas à área de tecnologias de informação, comunicação e metodologias educacionais inovadoras”.
    (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • A utilização de novas tecnologias, aliadas a práticas pedagógicas diferenciadas, pode estimular o desenvolvimento educacional do Brasil. A participação da sociedade neste processo é fundamental. Para Ronaldo Mota, secretário de Educação a Distância do MEC, é preciso criar uma consciência coletiva sobre a questão. “Esta é a nossa missão nesta década: trabalharmos por uma melhor educação. Acredito que se isso for um desejo coletivo, alcançaremos os resultados que queremos, assim como já fizemos com o processo democrático, no início da década de 80, e com a estabilização da moeda, na década de 90”, explicou.

    O tema foi discutido na abertura do Encontro Internacional de Inovações Pedagógicas, Tecnológicas e Cidadania (Einiptec), que ocorre no Centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife. O evento busca fortalecer a integração entre o governo federal, os estados e municípios, promovendo a melhoria dos programas pedagógicos.

    A utilização planejada de mídias como rádio, televisão e internet na educação pode tornar as práticas pedagógicas mais eficientes. Com base nisso, foram citados dois programas durante o evento: o Mídias na Educação e o Escola Brasil, desenvolvidos pelo MEC. Na ocasião, Leila Lopes, diretora de produção e capacitação em educação a distância da Seed/MEC, destacou que o importante não é a simples criação de novas tecnologias, mas sim como cada uma pode contribuir para a educação. “Por isso, estes programas aparecem como uma oportunidade de melhoria da qualidade do ensino”, salientou.

    O Mídias na Educação é um programa de formação a distância para profissionais de ensino. O objetivo é incentivar e capacitar o educador para que ele possa inserir diferentes mídias, como TV, vídeo, informática, rádio, jornais e revistas, no processo de ensino e aprendizagem. Com a correta aplicação destes meios, o aluno pode tornar-se um leitor mais crítico e criativo, capaz de produzir e estimular a produção de conhecimento.

    O programa de rádio Escola Brasil é um exemplo do uso de mídias para a educação. Em 30 minutos, apresenta informações sobre educação, saúde, meio ambiente, direitos humanos e combate a todos os tipos de preconceito e discriminação. É produzido pela ONG Escola Brasil, por meio de uma parceria entre a Seed e a Radiobrás. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 20h, pelas rádios Nacional de Brasília, Nacional da Amazônia e pelo satélite da Radiobrás para todo o Brasil.

    Einiptec — O Encontro Internacional de Inovações Pedagógicas, Tecnológicas e Cidadania teve início na última terça-feira, 21, e termina no dia 23 de novembro. É promovido pela Universidade Federal de Pernambuco em parceria com a prefeitura de Recife e apoio das secretarias de Educação a Distância (Seed) e de Educação Básica (SEB) do MEC, com participação do secretário de Educação a Distância, Ronaldo Mota, e do vice-reitor da UFPE, Gilson Gonçalves. Mais informações na página eletrônica do Einiptec. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • As instituições de ensino superior não autorizadas pelo Ministério da Educação como centros universitários ou universidades estão proibidas de incluir em seus nomes expressões como “universidade”, “uni”, “un”, “centro”, “autônomas”, ou qualquer outra que remeta às características, qualidades e especificidades desse tipo de Instituição.

    As faculdades e instituições de ensino superior a elas equiparadas estão recebendo ofício circular da Secretaria de Educação Superior do MEC (Sesu) que alerta para as regras que devem ser seguidas, além de possíveis punições às que não as cumprirem.

    O ofício explica que o único nome a ser utilizado pela instituição é o aprovado no processo autorizativo, e que o não cumprimento dessa norma pode representar afronta às disposições do Código de Defesa do Consumidor.

    As instituições de ensino que insistirem na utilização das expressões indevidas poderão passar por processo de supervisão, ou até mesmo processo administrativo.

    Alunos, professores, pessoal técnico-administrativo, organizações e associações representativas, entre outros, poderão denunciar junto ao MEC as instituições que fazem uso indevido das expressões.

    Assessoria de Imprensa da Sesu

  • O uso de tecnologias como ferramentas educacionais foi um dos temas discutidos nesta terça-feira, 25, no 3º Fórum Nacional Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação, realizado em Brasília. O secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação (SEED/MEC), Carlos Eduardo Bielschowsky, defendeu o fortalecimento da cultura tecnológica nas escolas. Segundo ele, a principal contribuição da tecnologia no ambiente escolar é a mudança da dinâmica na sala de aula, utilizando essa ferramenta para a promoção e transformação educacional.

    “É importante desenvolver no ambiente escolar a cultura da tecnologia, estimulando não só alunos como também promovendo a capacitação de gestores e professores”, disse. A secretaria de Educação a Distância irá oferecer cursos de capacitação para turmas com no mínimo 20 professores a partir de abril. A meta do Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (Proinfo Integrado) é capacitar 100 mil professores e gestores, até o final deste ano. Os interessados já podem fazer sua pré-inscrição nas secretarias de educação de seus estados.

    Além da capacitação, Bielschowsky apresentou a secretários e gestores municipais outras ações do MEC para propiciar a cultura tecnológica. Entre elas, está a oferta de conteúdo educacional. “É necessário levar conteúdos digitais para dentro da sala de aula e não dar acesso ao conteúdo somente no laboratório. Precisamos colocar o aluno dentro do ambiente da internet”, afirma.

    O secretário destacou ainda que, por meio do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), o MEC irá instalar laboratórios de informática em 54.097 escolas. Até 2010, todas as 138.405 escolas públicas com mais de 50 alunos terão laboratório.

    O 3º Fórum Nacional Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação, organizado pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), termina no dia 27.

    Adriane Cunha

  • O Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo iniciará no dia 1º de março o curso de Especialização em Museologia. O programa, criado em 1999, é voltado para a formação de profissionais de nível superior que pretendem atuar na área patrimonial. A pós-graduação já formou 84 especialistas.

    Para participar do processo de seleção da pós-graduação, o candidato deverá se inscrever até o dia 11 de fevereiro. No ato da inscrição deverão ser entregues cópias do diploma de curso superior, carteira de identidade, currículo resumido e atualizado e a proposta temática para a monografia. Nos dias 16 e 18 de fevereiro os candidatos irão participar de duas provas: proficiência em língua estrangeira e sobre bibliografia, o resultado da seleção será divulgado no dia 21.

    Os alunos irão ter contato com disciplinas que discutirão os fundamentos conceituais da museologia. Visitas técnicas e estágios estão no programa da especialização. O curso pretende conciliar a formação e o rigor conceituais com o enfretamento das questões colocadas pela museologia contemporânea.

    Mais informações na coordenação do curso de Especialização em Museologia, pelos telefones  (11) 3091-2891 e 3091-2903 ou no site.(Assessoria de Imprensa da USP)

     

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