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  • Ministro destaca mudanças no Sistema S

     

    A reforma do Sistema S, conjunto de 11 entidades, que inclui Sesc, Senai e Sebrae, permitirá a formação de 1,5 milhão de jovens técnicos por ano. A afirmação foi feita pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em entrevista publicada nesta segunda-feira, 5, no jornal Valor Econômico. À Rádio Jovem Pan, na manhã desta segunda-feira, o ministro assegurou que a proposta pretende apenas alterar a regra de repartição das verbas do Sistema S a fim de assegurar a gratuidade, mas que a gestão dos recursos permanece no âmbito das entidades do sistema.

     

    “O recurso arrecadado da sociedade deve financiar a gratuidade. Se a sociedade está pagando, o aluno deve ter acesso a um curso gratuito”, afirma o ministro. Os recursos do Sistema S vêm do encargo de 2,5% sobre a folha salarial das empresas. O valor é repassado aos consumidores.

     

    A proposta, que ainda é discutida pelo Poder Executivo, prevê a criação do Fundo Nacional de Formação Técnica e Profissional (Funtep), de caráter nacional, para o qual os recursos do sistema seriam destinados antes de chegar às entidades. “Não é um fundo público. É um fundo privado, no qual o saque se dá na medida da ampliação da gratuidade”, disse Haddad à Rádio Jovem Pan.

     

    A proposta de mudança na repartição dos recursos do Sistema S busca ampliar a oferta de cursos de formação profissional gratuitos e presenciais a alunos das escolas públicas e a trabalhadores desempregados que recebem o seguro-desemprego. De acordo com Haddad, a reforma será importante para oferecer ao jovem formação com perspectivas de inserção no mercado de trabalho. “Se nós cumprirmos a meta que prevê a matrícula de 30% dos jovens nas universidades, estamos dizendo que 70% dos jovens não ingressarão no ensino superior”, diz Haddad, referindo-se à meta prevista no Plano Nacional de Educação (PNE) para 2011.  Na visão do ministro, é preciso assegurar que a maioria dos jovens encontre horizontes mais promissores no ensino médio.

     

    Para Haddad, a reforma permitirá qualificação mais sólida do profissional. “A cada alteração do processo produtivo, o trabalhador terá, de novo, que ser qualificado. Mas se obtiver formação geral, associada à educação profissional, os custos de qualificação caem significativamente”, salientou. Hoje, a maior parte dos investimentos é utilizada em cursos curtos de aperfeiçoamento e desvinculada da formação dos alunos do ensino médio.

     

    Com R$ 5 bilhões dos R$ 8 bilhões arrecadados anualmente pelo sistema S, seria possível, segundo Haddad, formar cerca de 1,5 milhão de técnicos, ao custo de R$ 2,5 mil por aluno, em cursos de duração média de um ano e meio. Ainda de acordo com o ministro, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) divulgou dados sobre a formação de 60 mil alunos, 20 mil técnicos de nível médio em ensino gratuito e outros 40 mil com formação paga, com recursos de R$ 1,5 bilhão.

     

    Do total destinado ao sistema S, 1% financia a formação profissional e 1,5% é reservado a serviços sociais. Pela proposta, a origem da arrecadação permanece a mesma (2,5% sobre a folha de pagamento das empresas), mas os percentuais de repartição dos recursos se invertem. Assim, 1,5% seria destinado à formação profissional e 1%, a serviços sociais. Isso significa que 60% dos cerca de R$ 8 bilhões arrecadados podem ir para atividades educativas e 40% para sociais.

     

     Maria Clara Machado

     

    Leia a entrevista do Valor Econômico

    Ouça a entrevista na Rádio Jovem Pan

  • A Lei n° 11.274 determina que o ensino fundamental, antes com oito séries, passe a ter nove – os alunos entram na escola e iniciam sua alfabetização aos seis anos, ao invés de sete. A lei foi publicada em 2006, com prazo até 2010 para os municípios, estados e Distrito Federal implementarem o novo prazo.

    Link: https://portal.mec.gov.br/seb/index.php?option=content&task=view&id=945

  • Está aberto até 1º de maio o período de pré-inscrição de obras didáticas para os anos finais do ensino fundamental referentes ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para 2014. A entrega dos exemplares para avaliação está prevista para o período de 7 a 11 do mesmo mês. As editoras, pela primeira, vez poderão apresentar objetos educacionais digitais complementares aos livros impressos. Esse novo material multimídia, que inclui jogos educativos, simuladores e infográficos animados, será enviado aos alunos com o material impresso.

    Os novos livros didáticos trarão também endereços on-line para que os estudantes tenham acesso a material multimídia que complemente o assunto estudado. “O DVD é um recurso adicional para as escolas que ainda não têm internet, além de tornar as aulas mais modernas e interessantes”, diz a coordenadora-geral do programa do livro didático do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Sonia Schwartz.

    Como estabelece o Edital nº 6/2011, do FNDE, os livros inscritos pelas editoras passarão por uma seleção. As obras aprovadas integrarão o Guia do Livro Didático 2014, que conterá resumo de cada uma para permitir a professores e diretores a indicação daquelas mais adequadas ao processo pedagógico. Pelas previsões do FNDE, serão adquiridos 93 milhões de exemplares.

    O cadastramento das obras pelos detentores de direitos autorais deve ser feito na página do FNDE na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça entrevista com Sonia Schwartz, coordenadora-geral do Programa do Livro Didático do FNDE

  • Termina na sexta-feira, 29, o prazo de inscrição de professores e alunos dos ensinos fundamental e médio de todo país na oitava edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). Até o momento, mais de 6 mil equipes de todas as unidades da Federação estão inscritas na competição deste ano, desenvolvida pelo Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

    A olimpíada terá cinco fases, cada uma com uma semana de duração, com participação on-line das equipes. Em cada semana serão propostas questões de múltipla escolha e tarefas. As respostas podem ser elaboradas pelos participantes por meio de debate com os colegas, pesquisas em livros, na internet e orientação dos professores. As equipes serão compostas por um professor de história e três estudantes de turmas do oitavo e do nono anos do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio.

    A primeira fase terá início em 9 de maio próximo. A quinta etapa será concluída em 11 de junho. Após as cinco etapas, no mínimo 200 equipes serão classificadas para a final presencial, na Unicamp, em Campinas, São Paulo, em 20 e 21 de agosto. Às equipes será aplicada uma prova dissertativa.

    Para a coordenadora da olimpíada, Cristina Meneguello, o formato adotado pela competição permite o envolvimento de alunos e professores. “A proposta é justamente estimular os alunos a pesquisar e a aprender a buscar conhecimento, informação e dados sobre a história do Brasil por meio de textos, documentos, imagens e mapas”, explicou.

    Formação — Além da competição entre as equipes, a olimpíada contempla um programa voltado para os professores. Nesta edição, o 3° Curso de Formação da ONHB: História dos Índios na Sala de Aula”, iniciado em 1º de março e com encerramento previsto para 8 de maio próximo, apresenta aulas on-line gravadas com especialistas no assunto, material didático e atividades acompanhadas por tutores.

    A formação busca capacitar o professor para tratar de questões relacionadas à cultura e à história indígenas com alunos dos ensinos fundamental e médio.

    As inscrições devem ser feitas na página da ONHB na internet. A taxa de inscrição é de R$ 45 para as equipes de alunos de escolas públicas e R$ 90 para as de escolas particulares.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A professora Flaviana, que participa do curso de formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, dá autonomia aos alunos: “Na sala, eles sugerem, perguntam, questionam e mostram muito interesse” (foto: João Neto/MEC)“O que vamos fazer hoje?” Assim a professora Flaviana Lopes Moreira começa a aula com as crianças de 6 e 7 anos de idade que fazem o primeiro ano do ensino fundamental na Escola Municipal Madalena Mendes Nessralla, em Formosa, Goiás. A resposta das crianças é buscar os jogos com figuras, letras e números que estão no armário da sala. Mas a correria maior é na hora de sentar no Cantinho da Leitura, na parte da frente da sala de aula, junto à mesa da professora.

     

    Com essa forma de ouvir os estudantes, Flaviana criou e construiu com eles um ambiente de comunicação na sala e de cuidado com o material escolar. O cantinho é um lugar colorido, no qual as 29 crianças sentam com os livros e os objetos de brincadeiras e estudos. Para traduzir o que essa motivação representa, a professora mostra um fantoche e desenhos criados por eles para contar histórias que leram. “Na sala, eles têm autonomia, sugerem, perguntam, questionam. Eles têm muito interesse”, diz.

     

    Na avaliação da educadora, que é pedagoga e trabalha há três anos com alfabetização no primeiro ano do ensino fundamental, a turma tem bom desempenho. No grupo, três crianças leem para si e para os colegas. Outras 15 usam os jogos para identificar sons, cores e letras. Uma criança tem pouca interação com a turma e as demais estão em diversos estágios de aprendizado.


    Formação — Flaviana Moreira diz que o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa chegou para dar o norte aos educadores, para evitar exageros no desenvolvimento de algumas habilidades e falhas em outras. Ela destaca que o curso de formação mostra aos professores o que deve ser ensinado em cada fase da alfabetização e como preparar os alunos para a etapa seguinte. “Sabemos que a alfabetização é um começo”, salienta.

     

    No convívio com os colegas de curso, Flaviana observa e troca experiências, testa e aprende como aplicar jogos em sala de aula, como conduzir atividades de leitura e interpretação de texto. “A orientadora nos faz refletir sobre a prática pedagógica, e isso é muito rico na alfabetização”. Em Formosa, a formação para os professores das turmas do primeiro ano ocorre a cada 15 dias, no turno da noite, sob a supervisão de professores da Universidade Federal de Goiás (UFG), parceira do Ministério da Educação no pacto.


    Desafios — Com pouco apoio de alguns pais, a professora Alyne George de Souza, que leciona em turma do terceiro ano do ensino fundamental da mesma escola, relata os desafios na alfabetização de 34 crianças. Ela explica que um grupo de oito estudantes não faz as tarefas em casa por falta de apoio da família e não consegue acompanhar as atividades na aula. “Pais muito ausentes dificultam o desempenho escolar dos filhos”, avalia. Com experiência de cinco anos na alfabetização de crianças, Alyne sugere que a única possibilidade de conseguir melhorar a leitura dessas oito crianças, ainda neste semestre, é com reforço escolar, acompanhamento diário, apoio individual. Ela lembra que em 2012 fez um trabalho de reforço com estudantes de outra turma e obteve bons resultados.

     

    Os 34 estudantes têm na sala de aula todo o material enviado para as turmas da alfabetização na idade certa — livros didáticos e paradidáticos, dicionários e jogos — e o Cantinho da Leitura, com títulos para o terceiro ano. As obras foram enviadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

     

    Sobre o curso de formação, Alyne diz que a troca de experiências com colegas é rica e que ajuda na prática em sala de aula. A turma de professores do terceiro ano faz a formação no turno da noite, das 19 às 23 horas, a cada 15 dias. Alyne fez licenciatura curta em ciência e, depois, o curso normal superior e o de pedagogia.


    O Cantinho da Leitura é um dos pontos favoritos das crianças de 6 e 7 anos que cursam o primeiro ano na escola de Formosa (foto: João Neto/MEC) Ideb— A Escola Municipal Madalena Mendes Nessralla aparece com índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) acima da média nacional. Em 2009, alcançou 4,7 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental (média nacional de 4,4). Em 2011, chegou a 5,3 pontos (média nacional de 4,7).


    Ionice Lorenzoni

     

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  • Alfabetizar crianças na idade certa: pacto prevê a formação continuada de 360 mil professores alfabetizadores, com investimento inicial de R$ 2,7 bilhões (foto: João Neto/MEC)O Pacto pela Alfabetização na Idade Certa levou para as salas de aula 318.507 professores alfabetizadores, que lecionam a turmas do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental nas redes públicas do país. Esses educadores iniciaram a formação continuada em 2013 e vão estudar até o fim do próximo ano.

    O pacto, lançado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, em novembro de 2012, é um compromisso para alfabetizar todas as crianças até os oito anos de idade. A adesão de estados, Distrito Federal e municípios é a forma de alcançar o objetivo. O compromisso envolve e mobiliza educadores, universidades e secretarias de educação em todo o território nacional. O investimento inicial é de R$ 2,7 bilhões.

     

    O principal eixo do pacto é a formação continuada de 360 mil professores alfabetizadores. De acordo com o Censo Escolar de 2012, esses educadores estão distribuídos em 108 mil escolas públicas e em 400 mil turmas de alfabetização. Quanto ao número de crianças dos três primeiros anos do ensino fundamental, o Censo informa que são 9,4 milhões.

     

    Dados da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, computados na última terça-feira, 15, mostram que os cursos já começaram em 5.420 municípios dos 26 estados e no Distrito Federal. São cursos presenciais, com duração de dois anos. No primeiro ano de formação, a ênfase é a linguagem; no segundo, matemática.

     

    Tarefas— Os signatários do Pacto pela Alfabetização na Idade Certa dividem responsabilidades e tarefas. Cabem ao Ministério da Educação os encargos das bolsas de estudos de R$ 200 mensais para os alfabetizadores e das demais bolsas — para os educadores das universidades envolvidos na formação, coordenadores do pacto nas unidades federativas e municípios e professores orientadores de cursos nos municípios. Também é atribuição do MEC providenciar, produzir e distribuir o caderno de formação dos professores e enviar material didático, paradidático, dicionários e obras literárias às escolas que tenham turmas de alfabetização. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) promoverá avaliações anuais e universais do desempenho das crianças do terceiro ano do ensino fundamental.

     

    É responsabilidade das instituições públicas de educação superior que aderiram ao pacto — 31 universidades federais e sete estaduais — coordenar, supervisionar e qualificar os professores formadores. Para a execução dessas tarefas, o MEC assegura bolsas mensais de R$ 2 mil para o coordenador-geral da instituição; R$ 1,4 mil para o coordenador-adjunto; R$ 1,2 mil para o supervisor e R$ 1,1 mil para o professor formador.

     

    As tarefas dos estados, Distrito Federal e municípios que firmaram o compromisso são as de criar condições para que os alfabetizadores tenham formação continuada, designar coordenadores das ações do pacto em âmbito estadual e municipal e selecionar alfabetizadores experientes em cada rede para orientar os cursos. O MEC garante bolsa de estudos de R$ 765 para o coordenador das ações do pacto nos estados, no Distrito Federal e nos municípios e do mesmo valor ao professor orientador do curso — esse professor é o alfabetizador mais experiente da rede. Dados da SEB relativos a outubro deste ano mostram que 15.962 professores orientadores estão em atividade no país.

     

    As escolas também têm responsabilidades no Pacto pela Alfabetização na Idade Certa. Elas devem liberar os professores para a formação, presencial, e fazer a avaliação diagnóstica anual das turmas de alfabetização.

     

    Material — Este ano, alfabetizadores e escolas receberam coleções de material didático, paradidático e literário. Para apoiar a formação continuada dos professores, o MEC distribuiu 4,6 milhões de cadernos, elaborados sob a coordenação da Universidade Federal de Pernambuco. As escolas receberam 26,5 milhões de livros didáticos, 4,6 milhões de dicionários e 17,3 milhões de obras paradidáticas. Para o cantinho da leitura, obrigatório em cada sala de alfabetização, foram enviadas 10,7 milhões de obras literárias. A primeira remessa contou com 75 títulos, divididos em três acervos, um para cada ano da alfabetização. Em 2014, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) vai reforçar os cantinhos de leitura com seis novas coleções, cada uma com 35 livros, num total de 210 títulos.

     

    Prêmio — Para incentivar os professores a fazer a formação e a melhorar os índices de alfabetização das crianças, o governo federal prometeu a distribuição de prêmios em dinheiro aos educadores e escolas que mostrarem avanços. Em 2014, serão distribuídos R$ 500 milhões em premiações.

     

    Ionice Lorenzoni

     

     

     

     

     

  • Reuniões, eventos, atividades pedagógicas e socialização de projetos ajudam a aproximar pais de alunos e escola no interior paranaense (foto: arquivo da EM Rocha Pombo) O estímulo à presença da família no ambiente escolar e a participação dos pais na educação dos filhos são objetivos levados a sério em todas as escolas da rede de ensino de Pato Branco. Para tanto, o município do sudoeste do Paraná, a cerca de 430 quilômetros de Curitiba, desenvolve, desde 2009, o projeto Família e Escola.

    Na Escola Municipal Rocha Pombo, a mais antiga da cidade, a aproximação com as famílias dos alunos ocorre por meio de reuniões, eventos, atividades pedagógicas e socialização de projetos. Segundo a diretora da instituição, Rosane Terezinha Fontana Zucco, a escola está aberta, no dia a dia, para receber os pais e responsáveis. “Essa aproximação é importante para que a família conheça o trabalho realizado e possa, assim, participar, traçar metas, contribuir de forma positiva e opinar para uma educação de qualidade”, justifica.

    Na visão da diretora, os estudantes sentem-se valorizados com a participação ativa dos pais e apoiados no processo ensino-aprendizagem. Graduada em pedagogia, com pós-graduação em psicopedagogia, educação especial e inclusiva, Rosane está no magistério há 15 anos. Nesse período, além de ter exercido o cargo de diretora, lecionou em turmas de educação infantil, ensino fundamental (séries iniciais), educação especial e educação de jovens e adultos.

    “A escola deve ser a continuação da família, já que ambas têm um objetivo comum, que é a formação da criança”, diz a professora Giedra Regina Moccelini. Para ela, que está no magistério há 27 anos, pais e escola devem criar um vínculo de confiança. “Os pais entregam na escola seus maiores tesouros, que são os filhos. Por essa razão, é importante que estejam sempre presentes, acompanhando as ações escolares e seus resultados”, analisa.

    Professora de língua portuguesa, matemática, ciências, história e geografia em turmas do terceiro e do quinto anos do ensino fundamental, Giedra costuma elaborar projetos que contem com a participação ativa dos pais e de toda a comunidade escolar. Entre eles, cita o projeto Meio Ambiente, que envolveu as famílias dos estudantes e voluntários em atividades como coleta de lixo, limpeza de terrenos e distribuição de lixeiras especiais para a separação do lixo reciclável. Para desenvolver o projeto, a professora precisou também estabelecer parcerias com empresas, entidades e clubes de serviços.

    Com licenciatura em história e em geografia e especialização em metodologia do ensino de educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, Giedra cursa mestrado em ciências da educação com especialização em novas tecnologias.

    De acordo com a professora Andréia Siqueira Lopes Beato, que leciona arte, português, matemática, história, geografia e ciências em turmas do ensino fundamental, aproximar família e escola é essencial para o desenvolvimento global da criança. Ela desenvolve atividades de socialização entre pais e filhos, jogos, apresentações, conversas, histórias, leitura e atividades extraclasse.

    “Os principais benefícios da aproximação são a troca de experiências entre pais, professores e alunos, levando à compreensão da importância da família na formação dos educandos”, ressalta Andréia. A percepção de que a escola é a continuidade do lar e uma segunda família para a criança e a proximidade entre pais e professores são outros benefícios citados pela professora. Há 10 anos no magistério, ela é formada em pedagogia e educação infantil, com pós-graduação em psicopedagogia e educação infantil.

    Na visão de Silvana Antoniolli, coordenadora pedagógica de turmas do primeiro ao quinto ano, aproximar a escola e a família é importante em razão do comprometimento da família com os filhos. Nesse sentido, ela procura valorizar os pais e mostrar a eles o quanto são importantes para os filhos. Isso é feito por meio de atividades diárias, como participação em apresentações, datas comemorativas, atividades extraclasse e em sala de aula.

    Formada em letras, a professora tem pós-graduação em educação inclusiva, saúde do professor e gestão de instituição de ensino. Ela está no magistério há 17 anos, seis dos quais na coordenação pedagógica.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor
  • O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é uma estratégia para alfabetizar cerca de 8 milhões de crianças nos três primeiros anos do ensino fundamental (foto: arquivo MEC – 13/3/07)Começa na próxima segunda-feira, 6, o 2º Seminário de Integração de Saberes em Linguagem e Matemática no Estado do Pará. Durante dois dias, professores universitários, orientadores de estudo e professores alfabetizadores de 122 municípios paraenses e de outros estados da região Norte vão se reunir em Belém para discutir os desafios e realizações do Pacto Nacional para Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). O encontro ocorrerá no Centro de Convenções Benedito Nunes, no Campus Universitário do Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA).

    Divulgar as experiências e produções em alfabetização e letramento desenvolvidas nas salas de aula nos municípios integrantes do Pnaic no Pará é um dos principais objetivos do seminário. Ele visa, ainda, a dar visibilidade ao trabalho de formação continuada dos orientadores de estudos e professores alfabetizadores do programa e às experiências pedagógicas desenvolvidas em salas de alfabetização. Na ocasião, também serão apresentadas experiências de outros estados da região.

    “Um dos aspectos mais importantes do encontro é a socialização das experiências em sala de aula a partir do processo de formação continuada dos professores”, diz Mirna Araújo, coordenadora de formação continuada de professores da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação e responsável pelo Pnaic. “Desse modo, o professor pode se apropriar de mais estratégicas metodológicas para aplicá-las aos alunos no processo de alfabetização e letramento.”

    Estratégia — O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é uma estratégia para alfabetizar, em português e em matemática, cerca de 8 milhões de alunos, nos três primeiros anos do ensino fundamental, distribuídos em 400 mil turmas de 108 mil escolas da rede pública de educação básica. Implica uma articulação inédita com todos os secretários estaduais e municipais de educação, com o objetivo de ofertar cursos de formação continuada a professores alfabetizadores, com tutoria permanente e auxílio de orientadores de estudo capacitados em 36 universidades públicas.

    Desde que foi implantado, em 2013, o Pnaic já formou mais de 15 mil orientadores de estudos e 313 mil professores alfabetizadores, espalhados por 5.497 municípios.

    Assessoria de Comunicação Social


    Confira a programação do seminário


  • O turismo é uma das principais atividades econômicas dos municípios da Serra Gaúcha: oferta da disciplina na escola de Canela atende demanda da comunidade (foto: divulgação)Da comunidade e para a comunidade. Assim é a Escola Estadual de Educação Básica Neusa Mari Pacheco, na Serra Gaúcha, com 1.150 alunos matriculados em turmas do ensino fundamental e do ensino médio politécnico. Os projetos oferecidos incluem áreas como agricultura, artes, cultura, ecologia, desporto e turismo, além de reforço de conteúdos. Eles foram escolhidos em função das expectativas da comunidade de Canelinha, no município de Canela, a 123 quilômetros de Porto Alegre.

    “A escola trabalha com os anseios dos alunos e da comunidade, de um crescimento na educação”, diz a professora Rosângela Marisa da Silva, que atua na área do projeto cultural. “Ela busca garantir a formação integral com a inserção de atividades que tornam o currículo mais dinâmico, atendendo às expectativas dos alunos e às demandas da sociedade local”, destaca.

    Segundo Rosângela, que está no magistério há dez anos, há uma diferença dos estudantes do período integral em relação à cultura e ao rendimento escolar. “Uma criança que passa a tarde sozinha em casa dificilmente usará o tempo ocioso para estudar”, diz. Os estudantes que permanecem na escola têm horários para fazer as tarefas escolares, recebem acompanhamento pedagógico, de professores especializados, e dispõem de infraestrutura e recursos como quadra de esportes e sala de informática. “Eles têm vivências muito mais ricas”, avalia.

    Com licenciatura em pedagogia e pós-graduação em psicopedagogia e em orientação educacional, Rosângela desenvolve atividades diversificadas em turmas do ensino fundamental. “Todos os alunos participam de maneira exemplar. Eles aprendem e se divertem”, garante.

    Confiança — Na visão do professor de natação Jonas Luís Stange, que atua na área do projeto de esportes, lazer e recreação, os alunos apresentam melhor repertório motor, pois a escola oferece atividades variadas. “As aulas de natação, dança, recreação e educação física auxiliam no desenvolvimento integral dos alunos, para que enfrentem os desafios com autoestima elevada, confiança e disciplina”, diz.

    No magistério há 16 anos, Jonas tem graduação em educação física e pós-graduação em treinamento desportivo. A natação é considerada disciplina obrigatória. Ele dá aulas em turmas dos três anos do ensino médio.

    Valores — “Os alunos são mais engajados e participativos”, afirma a professora Mercí Kurschner, do projeto turístico. “Atribuo isso a todo o histórico de participação comunitária, que vai desde a conquista de espaços como a piscina, o centro agrícola e o centro ecológico à manutenção desses espaços em perfeitas condições de funcionamento.”

    De acordo com a professora, os estudantes apresentam autonomia na realização das atividades propostas e uma peculiar visão de mundo. “A escola mescla os valores de uma comunidade que emergiu de uma situação de extrema pobreza, mas procura se adequar aos novos tempos e à nova realidade”, diz. “A escola passou a ser procurada até por alunos oriundos de segmentos sociais com uma situação mais privilegiada.”

    Professora de turismo no ensino fundamental, Mercí lembra a importância dessa disciplina na região — o turismo é uma das principais atividades econômicas da Serra Gaúcha. “Procuro sempre estabelecer conexões interdisciplinares, principalmente com história e geografia, que também leciono para as mesmas turmas.” Com graduação em história, ela exerce o magistério há oito anos e faz curso de direito.

    Comunidade — A escola oferece aulas em turno integral há 21 anos, quando foi transformada em centro integrado de educação pública (Ciep). “Nesse período, os principais benefícios foram a diminuição da evasão e da repetência, a manutenção dos alunos nove horas por dia na escola (o que possibilita aos familiares trabalhar com tranquilidade), a melhora da autoestima dos alunos e o engajamento da comunidade com a proposta”, explica o professor Márcio Gallas Boelter, diretor da instituição. Para ele, a participação da família é fundamental. “A família precisa acreditar na escola, estar presente nas reuniões e atividades esportivas, sociais e culturais.”

    O diretor acentua, ainda, a necessidade da colaboração. “Em 2014, 44% de todos os recursos investidos na manutenção da instituição foram provenientes da comunidade, apesar de a mesma ser pobre e trabalhadora.”

    Há 17 anos no magistério, Boelter atua na direção há mais de dois anos. Graduado em letras, com pós-graduação em gestão escolar e mestrado em filosofia, já lecionou no ensino fundamental e médio e na educação superior.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Em maio deste ano, mais de 80 países aplicarão as provas do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), maior avaliação internacional em educação. No Brasil, 19 mil alunos de 661 escolas serão submetidos a esse exame, conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação. O público-alvo são estudantes de 15 anos, nascidos em 2002 e matriculados a partir do sétimo ano do ensino fundamental.

    O Pisa avalia a preparação do estudante para a vida adulta. A avaliação, totalmente feita em computador, abrange as áreas de leitura, matemática e ciências. O foco do Pisa 2018 é leitura, área que terá maior número de questões. Também são coletadas informações contextuais por meio de questionários aplicados aos estudantes, professores e diretores de escola. A novidade deste ano é que, pela primeira vez, os pais dos estudantes selecionados deverão responder a um questionário em papel.

    A partir dos resultados, serão produzidos indicadores que contribuem para a discussão da qualidade da educação nos países participantes. Eles também permitem a comparação da atuação dos estudantes e do ambiente de aprendizagem entre diferentes países. A divulgação dos dados ocorre no ano seguinte à aplicação.

    Preparativos – No início de março, diretores das 661 escolas selecionadas em todos os estados e no Distrito Federal receberão a Cartilha do Diretor e serão contatados pela instituição aplicadora. Cada escola terá um coordenador, indicado pelo diretor. Todos receberão o Manual do Coordenador de Escola do Pisa 2018 com explicações sobre a aplicação.

    Pisa – O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, tradução de Programme for International Student Assessment, é uma iniciativa de avaliação comparada, aplicada de forma amostral a estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. O Pisa é coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Há uma coordenação nacional em cada país participante – no caso do Brasil, a responsabilidade cabe ao Inep.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Gestores da educação básica estão reunidos em Brasília, nestas terça e quarta-feiras, 8 e 9, para o segundo encontro do grupo de trabalho Fundamental Brasil. O seminário tem o objetivo de discutir as políticas públicas para o ensino fundamental em todo o país.

    “O desafio número um do ensino fundamental se refere aos jovens de 15 a 17 anos que ainda estão nesta etapa, em distorção idade-série” salientou a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda. Segundo ela, dos cerca de 10 milhões de jovens nessa faixa etária, 4,8 milhões estão no ensino médio; outros 4 milhões, no ensino fundamental e 1,2 milhão não estão na escola.

    A correção de fluxo é um dos pontos a serem debatidos durante o encontro, já que 28% dos alunos do ensino fundamental não estão na série certa, de acordo com sua idade. “É um número alto. Precisamos repensar as formas de avaliação do aluno, a reprovação e o currículo das escolas, para garantir aos estudantes acesso, permanência e conclusão dos estudos, junto com a aprendizagem”, destacou Pilar.

    A emenda constitucional número 59, que foi promulgada no mês passado e pôs fim à Desvinculação de Receitas da União (DRU) sobre os recursos da educação, também está na pauta do encontro. Com a verba adicional para o setor, cerca de R$ 9 bilhões a mais por ano, será possível tornar o ensino obrigatório dos quatro aos 17 anos de idade, ou seja, da educação infantil ao ensino médio.

    Assessoria de Comunicação Social

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    Correção de fluxo escolar terá investimento de R$ 78 milhões
  • Que tipo de formação devem ter os professores que trabalham na educação infantil, que alimentos oferecer aos bebês na creche, como deve acontecer a adaptação da criança. Orientações para dúvidas como essas são oferecidas pelo Ministério da Educação aos municípios que construíram ou estão construindo creches com recursos do governo federal, através do Proinfância.


    Para a coordenadora-geral de educação infantil da Secretaria de Educação Básica, Rita Coelho, o Proinfância (programa de construção e reforma de creches) foi criado pelo governo federal para fortalecer a política de educação infantil nos municípios e apoiar a sua expansão. De 2007 a 2008, o Proinfância investiu na construção de 973 creches em 939 municípios e a meta de 2009 é construir 500 novas unidades.


    Além de definir três tipos de projetos arquitetônicos para a construção de creches, o MEC orienta a aquisição do mobiliário e dos equipamentos, que devem ser certificados, para atender às particularidades da educação infantil. Segundo Rita Coelho, os municípios têm autonomia para construir o projeto pedagógico, mas também podem solicitar assessoria à Secretaria de Educação Básica (SEB) do ministério.


    Rita Coelho explica que a educação infantil é uma etapa da educação básica, não um curso livre, tem que ter objetivos educacionais e necessita de planejamento. Nesse contexto, os professores devem saber que vivências precisam proporcionar à criança, em cada etapa da vida, para o seu pleno desenvolvimento. A educação infantil vai dos primeiros dias de vida aos cinco anos e 11 meses.


    A coordenadora Rita Coelho diz que a proposta pedagógica deve levar em conta uma série de pontos, entre eles, a estrutura e a organização da escola de educação infantil, as rotinas e as atividades do cotidiano do aluno, a organização dos espaços de alimentação, repouso, lazer, banho. A formação de professores está determinada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB): ensino médio, na modalidade magistério ou pedagogia.


    Atendimento – Em 2008, a Secretaria de Educação Básica realizou encontros em 23 pólos para atender pedidos de informações de municípios sobre a proposta pedagógica da educação infantil. As principais dúvidas diziam respeito à formação de professores, à alimentação das crianças e à autorização de funcionamento de creches e pré-escolas. Quando as dúvidas são comuns, a SEB faz orientação em grupo, mas os municípios também podem solicitar informações diretamente à coordenação de educação infantil da secretaria.


    Ionice Lorenzoni

  •  Alunos do segundo ano do ensino fundamental farão este ano, pela primeira vez, a Provinha Brasil de matemática (foto: João Bittar)Em agosto deste ano, escolas da rede pública com turmas de estudantes no segundo ano (alfabetização) do ensino fundamental vão receber a primeira Provinha Brasil de matemática. Desde 2008, o Ministério da Educação produz, imprime e distribui a provinha de língua portuguesa. Em ambas, a aplicação pelas escolas não é obrigatória.

    De acordo com a coordenadora do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Mariana Santos, o desenho da prova de matemática já passou por pré-testes de itens com alunos em novembro e dezembro do ano passado. Agora, o instituto trabalha na elaboração das 20 questões.

    Em 2012, as redes de ensino receberão as duas provas no começo do primeiro semestre e no final do segundo.

    Dados do Censo Escolar de 2010 coletados pelo Inep indicam que 3,3 milhões de crianças estão matriculados no segundo ano do ensino fundamental, distribuídas em 166 mil turmas em todas as unidades da Federação. Esse é o público-alvo da Provinha Brasil de 2011, nas versões língua portuguesa e matemática.

    Para a coordenadora de ensino fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Edna Martins Borges, a Provinha Brasil foi bem aceita pelos sistemas de ensino públicos e hoje está consolidada. Segundo ela, com o surgimento da versão de matemática, o MEC amplia a avaliação do ciclo da alfabetização das crianças.

    A provinha de língua portuguesa deste primeiro semestre estará em todas as escolas até 15 de março. Além das provas para os alunos, as escolas receberão um conjunto de publicações informativas composto de caderno do professor-aplicador, roteiro passo-a-passo com orientações sobre a aplicação da prova, guia de correção e interpretação dos resultados e folder que conta a trajetória da provinha.

    Aos gestores das secretarias de educação, diretores de escolas e professores, a SEB recomenda que a prova de língua portuguesa seja aplicada no início do ano letivo. O exame, com 20 itens de múltipla escolha, é aplicado pelo professor em sala de aula ou por coordenador pedagógico definido pela direção da escola. De acordo com Edna Borges, a provinha permite aferir o aprendizado dos alunos no início e no fim do ano letivo. Com os dois resultados, os sistemas de ensino podem comparar os resultados e refletir sobre a prática pedagógica. Caso apareceram problemas, podem definir estratégias para solucioná-los. O objetivo final é que as crianças estejam alfabetizadas aos oito anos de idade.

    A realização da Provinha Brasil compreende uma série de atividades que envolvem a SEB, o Inep e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), além de parcerias com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). A SEB promove a licitação para a impressão e a distribuição do exame; o Inep elabora, testa e define as questões; o FNDE cuida dos recursos de todas as fases do processo. A Undime e o Consed são responsáveis pela mobilização e orientação das escolas em cada rede de ensino.

    Ionice Lorenzoni

    Confira os conjuntos do material da provinha

    Republicada com correção de informações

  • A preocupação com a ecologia e com o futuro do planeta levou um professor de Sergipe a criar um projeto interdisciplinar com temas de história, ciências, português, geografia e artes, entre outros conteúdos. É o Projeto Plantae, de José Reginaldo dos Santos, um dos vencedores da quarta edição do Prêmio Professores do Brasil.


    “Queremos levar o projeto adiante e sensibilizar as autoridades”, diz José Reginaldo, que leciona para alunos do terceiro ano (segunda série) na Escola de Ensino Fundamental Olga Benário, na periferia de Aracaju. Com 21 anos de magistério, o professor, que está concluindo o curso de pedagogia, sonha alto: “Eu gostaria que o projeto atingisse não só a escola, mas o município e o estado”.


    José Reginaldo ficava assustado ao ver o que ocorria no bairro, com destruição da mata nativa e do manguezal. Segundo ele, houve expansão residencial, com muitas invasões e construções. Hoje, na beira do rio que passa nos fundos da escola, há fábricas e indústrias, em uma região na qual os moradores já sobreviveram da pesca e da coleta de caranguejos. “Isso não acontece mais. Então, achei que deveríamos fazer algo, a começar pela educação.”


    O projeto começou por um levantamento histórico do bairro, feito pelos alunos. Eles se encarregaram de entrevistar pessoas que pudessem contar como era o bairro anos atrás. “A partir do problema local, pensamos em trabalhar a questão do aquecimento global”, destaca José Reginaldo. Aos poucos, o professor conseguiu conscientizar parte dos alunos, a escola e os pais.


    Uma atividade que atraiu o interesse dos estudantes foi a criação de um jardim. “As crianças gostaram muito do trabalho. Demoraram mais tempo para explorar a terra do que para plantar, propriamente”, assinala o professor. A realização de um concurso de plantas ornamentais, aberto aos 1,2 mil alunos da escola, também teve boa repercussão. “Conseguimos deixar a escola verde.”


    De acordo com José Reginaldo, com a adesão de outros professores, foi possível levar mais estudantes para visitar uma parte do rio na qual os moradores costumavam tomar banho. Para que o trabalho ganhasse mais amplitude na comunidade, foram firmadas parcerias com organizações não governamentais.


    “Conseguimos transmitir o que é a cidadania. Foram pequenos passos, que representaram muito para os estudantes”, salienta o professor.

    Fátima Schenini


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  • O trabalho com ferramentas tecnológicas permitiu o avanço dos estudantes da escola cearense na aprendizagem e na obtenção de novos conhecimentos (foto: kamilegirao.com)Professora de escola pública em Quixadá, Ceará, Maria de Nazaré Sousa Freire decidiu aproveitar o interesse dos alunos por novas tecnologias e transformá-las em elementos mediadores da relação entre professor, estudante e conteúdo. Ela tomou a iniciativa ao verificar que os alunos apresentavam déficit de aprendizagem em escrita, leitura e compreensão de textos.

    “Os recursos tecnológicos fazem parte do universo dos alunos. Então, procuramos transformá-los em ferramentas facilitadoras do processo de ensino e aprendizagem para motivar e levar o estudante a aprender a aprender”, destaca a professora.

    Surgia, assim, o projeto Plugado na Informação, Construindo Conhecimento, desenvolvido este ano com turmas do oitavo e do nono anos do ensino fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Jucá. O trabalho, um dos vencedores da oitava edição do Prêmio Professores do Brasil, foi realizado em conjunto. Além de Nazaré, regente do laboratório de informática da escola, participaram as professoras Francinara Maira de Brito Lopes, Fabiana de Holanda Miranda, Patrícia Luzia Pinheiro Fernandes e Francisca Elizangela da Silva Pereira. “O projeto permitiu o avanço gradativo dos alunos na aprendizagem e na construção de novos saberes à medida que iam se envolvendo nas atividades, questionando sua realidade, expressando ideias, interagindo com os outros e tendo contato com a informação”, diz Nazaré.

    De acordo com a professora, o projeto incentivou os estudantes a fazer novas leituras e os ajudou a melhorar na produção de textos. Além disso, passaram a compreender melhor o que liam e o contexto em que vivem. “Eles também desenvolveram o senso crítico, adquiriram habilidade no uso dos recursos tecnológicos e de ferramentas digitais e estão mais responsáveis no uso das redes sociais”, assegura.

    Jornal — Durante a execução do projeto, os alunos participaram de atividades como leitura de obras literárias, apresentação de seminários, debates sobre temas culturais e oficinas sobre gênero textual, com destaque para o texto jornalístico. Também receberam orientações sobre a produção de um jornal escolar, entrevistaram pessoas da comunidade, produziram fotos e vídeos e criaram um site para a divulgação do jornal JJ News – A Nossa Voz.

    Para Nazaré, o Prêmio Professores do Brasil representa o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido em meio a uma série de dificuldades. “Mostra que, com determinação, superamos barreiras e que, na educação, o trabalho em equipe é imprescindível para êxito do processo de ensino-aprendizagem”, ressalta a educadora, que tem licenciatura plena em história e especialização em metodologia do ensino fundamental. Ela está no magistério há 28 anos.

    Fátima Schenini

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  • Estilizada, a professora Ana Luiza narra histórias e contos a crianças do primeiro ano e as ajuda a entender e interpretar textos para fortalecer o gosto pela literatura (foto: João Neto/MEC)“Adivinha quem eu sou? Posso contar uma história? Quem quer ouvir?”

     

    Falando assim e vestida de Dona Baratinha, chega a professora Ana Luiza de Sousa Santos para a aula do conto, dada todas as sextas-feiras à turma do primeiro ano do ensino fundamental da Escola Municipal Pastor Otaídes Alves dos Santos, em Formosa, Goiás. O conto da sexta-feira, 11 de outubro, foi Lilás, uma Menina Diferente, de Mary E. Whitcomb. A obra faz parte da biblioteca da sala de alfabetização do primeiro ano.

     

    A professora se apresenta, e as 23 crianças pulam e correm para o fundo da sala, tiram os chinelinhos, sandálias e tênis e sentam-se em um estrado emborrachado, vermelho. Elas dão respostas às perguntas de Dona Baratinha, mas ficam quietas quando ela afirma: “Todos somos diferentes e também iguais”.

     

    A personagem continua: “Diferentes na altura, na cor da pele, no tipo de cabelo, na forma dos dentes, do dedão do pé, do nariz. Mas no que somos iguais eles não sabem”.

     

    É o livro da menina Lilás, que responde: “Todos temos um coração”.

     

    “Não tinha lembrado”, responde uma criança. E o aplauso é geral.

     

    O conto encanta a turma, e o diálogo sobre as diferenças segue com listas de frutas, biscoitos, cenouras, bolos, salgados, doces. É com essa energia que a jovem professora segue com a turma. Além do conto, todos os dias há leitura de histórias.

     

    Ainda este ano, Ana Luiza vai estrear outra forma de fortalecer o gosto pela literatura. Ela está costurando uma sacolinha de tecido para cada criança. Na sacolinha, uma vez por semana, irá um livro para que a mãe ou o pai leia para o filho. De volta à sala de aula, Ana Luiza sorteará uma criança para contar a história lida em casa.

     

    A professora explica que o projeto vai ajudar a envolver os pais com a leitura e fará a criança prestar atenção na história, além de incentivar o cuidado com o livro, que deve ir e voltar na sacolinha. “Entendo que isso também é educar”, diz Ana Luiza, que tem uma agenda cheia. Ela dá aulas também a uma turma de terceiro ano na mesma escola, faz o curso de formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e ainda cursa a faculdade de pedagogia. O planejamento e a importância do plano de aula são os temas que a professora destaca como importantes na formação continuada. Embora trabalhe com alfabetização há cinco anos, Ana Luiza diz que está começando e que ninguém sabe tudo. Na faculdade, a educadora faz o sexto semestre de pedagogia.


    Escola — A Escola Pastor Otaídes Alves dos Santos fica no bairro Setor Sul de Formosa. Nela estão matriculados 300 estudantes, da educação infantil ao quinto ano do ensino fundamental, dos quais 250 são beneficiários do programa Bolsa-Família. Nas três séries da alfabetização estão matriculadas 155 crianças. A ocupação dos pais se concentra em atividades como pedreiro, diarista, doméstica, agricultor e boia-fria.

     

    O índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola, nos anos iniciais do ensino fundamental, foi de 3,7 pontos na avaliação de 2009 e alcançou 4,9 em 2011, numa escala até seis pontos.


    Professora de duas turmas de alfabetização em escola pública da cidade goiana de Formosa, Ana Luíza encontra tempo para fazer o curso de formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e ainda cursa faculdade de pedagogia (foto: João Neto/MEC)Rede — A rede municipal de Formosa reúne 45 escolas com turmas dos anos iniciais do ensino fundamental. Nos três anos da alfabetização (primeiro ao terceiro) trabalham 144 professores — 133 efetivos e 11 contratados. Os efetivos, que fazem formação pelo pacto, recebem bolsa de R$ 200 por mês. Os contratados assistem às aulas como ouvintes.

     

    De acordo com a coordenadora das atividades do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa na rede pública de Formosa, Janildes Marques de Farias, a secretaria de Educação designou oito professores experientes em alfabetização para orientar os estudos dos cursistas. A Universidade Federal de Goiás (UFG) prepara os formadores, coordena e supervisiona as atividades. Janildes relata que faltam professores nos anos iniciais porque muitos profissionais da rede municipal fazem concursos em outras cidades, especialmente em Brasília, onde os salários são mais altos. Para suprir essa carência, ela diz que município promoverá novo concurso em 2014.

     

    Formosa está a 282 quilômetros de Goiânia e a 75 quilômetros de Brasília. Muitos moradores da cidade goiana trabalham na capital federal e lá buscam, principalmente, serviços de saúde.


    Ionice Lorenzoni

     

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  • Desde que começou a lecionar, há 30 anos, a professora Maria Bernadete Souza da Silva usa a literatura como recurso para desenvolver o aprendizado da leitura e da escrita entre os alunos. Ao observar o gosto das crianças pelas histórias e o fato de que elas já conheciam quase todas, a educadora resolveu inovar nas narrativas.

    A cada ano, com base em cada letra do alfabeto, ela modifica as histórias, inventa outras ou acrescenta fatos, de acordo com o interesse da turma. “É uma prática que tem dado certo, pois as crianças associam as letras às histórias que ouvem; a alfabetização acontece naturalmente”, explica Maria Bernadete, que leciona na Escola Municipal de Ensino Fundamental David Canabarro, em Canoas (RS), na região metropolitana de Porto Alegre.

    Formada em pedagogia, a professora explica que as aulas são organizadas como se fossem um grande livro de histórias, contadas uma a uma. “Dessa forma, os alunos sentem necessidade de saber qual será a próxima, pois são despertados neles a curiosidade e o prazer pela leitura”, ressalta.

    Outro recurso usado é a dramatização. “Como conto histórias dramatizando cada passagem, acabo por transformar a aula em um grande teatro”, destaca Maria Bernadete. “A cada hora, um aluno tem a possibilidade de ser o protagonista de uma história.”

    Esses recursos, salienta a professora, são os melhores para a obtenção de um grande número de alunos alfabetizados no fim de um ano letivo. Por meio deles, Maria Bernadete sempre conseguiu bons resultados. Ela enfatiza, no entanto, que o mais importante é a alegria e o prazer que as crianças demonstram em estar na escola. Os estudantes evitam faltar às aulas para não perder a próxima história.

    Coletânea
    — Quando os alunos começam a dominar a leitura, a ida à biblioteca e a retirada de livros fica mais frequente. “Sendo eu uma contadora de histórias, acabo por plantar neles também o gosto de ouvir e contar”, avalia a educadora. Para o fim do ano, ela prepara uma coletânea das melhores histórias da turma.

    Com 700 alunos em classes do primeiro ao sexto ano do ensino fundamental, a escola Davi Canabarro tem cinco turmas de alfabetização. “Enquanto escola, temos muita preocupação com a alfabetização e o letramento”, salienta a diretora Sílvia Letícia de Senna. “Contamos com profissionais que sempre buscam novidades e mostram disposição de usar o lúdico como ingrediente especial para o processo de construção da escrita e da leitura”, salienta a diretora. Sílvia é formada em pedagogia, com habilitação em supervisão escolar, e tem pós-graduação em informática educativa.

    Cada professora da escola pode usar a metodologia que melhor domina e com a qual se sente mais à vontade. Segundo Sílvia, é possível observar diferenças nos resultados obtidos entre as diferentes turmas. Ela destaca as que adotam práticas lúdicas, com o uso de histórias. “Percebe-se um número maior de alunos que alcançam a alfabetização e também o tempo menor dos estudantes para concluir essa trajetória.”

    Fátima Schenini


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  • Uma forma de poesia sintética, de apenas seis palavras-versos, a aldravia, foi a fórmula encontrada pela professora Viviane Felisberto para estimular o gosto pela leitura e a escrita entre seus alunos na Escola Municipal Marphiza Magalhães Santos, no município mineiro de Santa Bárbara. O projeto Aldravilhando, desenvolvido com estudantes do quinto ano do ensino fundamental, foi um dos finalistas da sétima edição do Prêmio Vivaleitura, na categoria 2, destinada a escolas públicas e particulares.

    “Sou amante da leitura e sempre acreditei na força da educação”, diz Viviane. “Ser finalista do maior prêmio de incentivo à leitura, o Vivaleitura, com o projeto Aldravilhando, mostra que estamos no caminho certo.”

    Segundo a professora, o projeto trabalha o ato de ler com o de escrever, o ato de estudar a obra e a vida do autor com o ato de conhecê-lo e o ato de criar com o ato de divulgar a produção literária na escola, na padaria, na rede virtual. “O projeto trabalha com a tríade escola, família e sociedade, referenciais para disseminar o prazer pela leitura, pelo livro, pela literatura e pela criação poética”, destaca.

    De acordo com Viviane, à medida que os estudantes avançam no ensino fundamental, os textos literários mais estudados são de prosa. “A poesia, joia rara da literatura, perde, aos poucos, espaço para outros textos que trabalham com linguagem direta e de fácil assimilação”, avalia. Por isso, em parceria com a direção e a coordenação pedagógica da escola, ela resolveu desenvolver o projeto, que tem a finalidade de criar o gosto, o prazer e a paixão pela leitura de poesia sintética na escola e na família.

    Aldravia vem de aldrava, argola de metal utilizada para bater as portas dos antigos casarões como os que existem até hoje em cidades mineiras como Mariana, onde surgiu esse movimento poético, no ano 2000.

    Bolsa — Durante a realização do projeto, os alunos também participaram de oficinas de criação poética e tiveram a oportunidade de divulgar a produção nos murais da escola, em jornais e nas redes sociais. A fim de estimular a leitura dos poemas pelas famílias e a criação de novas poesias foi criada a bolsa Aldravilhando, usada para armazenar um pacote literário de aldravias.

    Na visão de Viviane, o projeto possibilitou a ampliação e o aprofundamento da aprendizagem dos alunos por meio da apropriação da leitura e escrita, bem como o desenvolvimento de análise crítica, tanto em relação à própria criação literária quanto à dos colegas. Outros benefícios foram a elevação da autoestima, maior estímulo à criação poética e à produção artística, bem como o compartilhamento de impressões e opiniões sobre passagens preferidas nas obras.

    Ansiosa para dar continuidade ao trabalho este ano, a professora está à procura de parcerias que possam contribuir para a disseminação do projeto. Pedagoga com pós-graduação em psicopedagogia, ela trabalha no magistério há 22 anos.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no facebook da Escola Marphiza Magalhães Santos

  • Atividades virtuais aproximam o aluno do conteúdo ministrado em sala de aula, o que resulta em reforço do aprendizado (foto: arquivo da EM MJCP) Alunos com baixo rendimento, dificuldade de aprendizagem ou necessidades educacionais específicas participam das aulas de reforço oferecidas na Escola Municipal Monsenhor José Carneiro Pinto, em Paraisópolis, no sudoeste de Minas Gerais. Para ser incluído nas atividades de reforço, o estudante precisa demonstrar interesse e comprometimento. As aulas, opcionais, são realizadas no turno oposto (contraturno) ao das aulas regulares.

    Para a professora Priscila Maria de Souza Brito, que leciona matemática em turmas do sexto ao nono ano do ensino fundamental, o reforço escolar contribui para a aprendizagem. “As atividades são planejadas de acordo com o conteúdo ministrado em sala”, diz. Se houver necessidade, os professores usam material da sala de recursos e trabalham com questões do Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (Simave) e da Avaliação Nacional da Educação Básica, a Prova Brasil. Com licenciatura plena em matemática, Priscila está no magistério desde 2009. Ela trabalha também na Escola Estadual João Ribeiro da Silva, em Gonçalves, município vizinho de Paraisópolis.

    Segundo o professor Wilson Rossett, diretor da escola Monsenhor José Carneiro Pinto, as aulas de reforço contam com o apoio voluntário dos professores. São oferecidas todas as disciplinas nas quais os alunos apresentam dificuldades. “Sempre que possível, os estudantes são atendidos individualmente”, destaca.

    Wilson tem licenciatura plena em matemática e pós-graduação em metodologia de ensino de matemática e física. Há nove anos no magistério, está há dois na direção da escola, que tem 160 alunos matriculados na educação infantil e no ensino fundamental.

    Outro professor envolvido é Marcelo Benedito de Souza, que leciona geografia e artes. Ele não trabalha especificamente com aulas de reforço, mas desenvolve atividades virtuais, por meio de imagens e de textos que aproximam o aluno do conteúdo ministrado em sala de aula, o que resulta em reforço do aprendizado.

    Pedagogo, com especialização em gestão de pessoas e projetos sociais, e geógrafo, com especialização em educação ambiental, Marcelo tem 16 anos de magistério. “Deixo as atividades virtuais livres, embora procure incentivar os estudantes a fazê-las”, salienta. “Sempre que o aluno desenvolve as atividades em sala e fica ocioso, deixo que aproveite o tempo, quando há computadores disponíveis, para fazer as atividades.”

    Na visão de Marcelo, ao realizar atividades virtuais, o aluno passa a ter um conhecimento geográfico mais amplo e real. “Pode-se dizer que o conhecimento se torna mais palpável e passível de interação”, diz.

    Ana Júlia Silva de Souza

    Confira o blog da escola

    Confira a página do Simave na internet

    Confira a página da Prova Brasil na internet

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  • Os municípios ainda não atendidos pelo Programa de Formação de Profissionais das Séries Iniciais do Ensino Fundamental (Pró-Letramento) podem aderir a partir desta segunda-feira, 6. O período se estenderá até o dia 17. Até lá, os que já fazem parte do programa devem confirmar a disposição de dar seguimento às ações nos próximos dois anos. O Pró-Letramento oferece formação continuada de professores de língua portuguesa e de matemática da rede pública.


    Para fazer a adesão, o dirigente municipal de educação deve ter acesso ao Plano de Ações Articuladas (PAR) do município no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec). A adesão também pode ser feita pelos municípios que já participam do programa e pretendam atender mais professores.


    Cabe às secretarias de educação coordenar, acompanhar e executar as atividades do Pró-Letramento, que tem o propósito de melhorar a qualidade da aprendizagem de leitura, escrita e matemática de estudantes da primeira à quarta série (primeiro ao quinto ano) do ensino fundamental.


    O programa é desenvolvido em parceria entre o Ministério da Educação e universidades que integram a rede nacional de formação continuada. Os cursos oferecidos têm duração de 120 horas, com encontros presenciais e atividades individuais.


    Mais informações na coordenação-geral de formação de professores da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (61) 2104-8672.

    Letícia Tancredi

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