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  • Na escola de Nova Iguaçu, os alunos vão ler uma obra a cada semana e falarão sobre ela aos estudantes de outras turmas e aos pais (foto: João Bittar–arquivo MEC)A pedagoga Janete Lima Cavalcante, diretora da Escola Municipal Professora Edna Umbelina de Sant’Anna da Silva, no município fluminense de Nova Iguaçu, criou um projeto para incentivar a leitura entre os pais e responsáveis pelos 719 alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental matriculados na instituição. Mas ela pretende atingir também a comunidade. O projeto Pare e Repare o Livro tem início este mês, com o empréstimo de exemplares aos interessados.

     

    O projeto contará com especial atuação dos alunos do quinto ano, que terão a tarefa de ler uma obra a cada semana. Depois, falarão sobre ela aos estudantes das outras turmas e aos pais, por meio de apresentações curtas — dramatizações, músicas e jograis, entre outras atividades — relativas a trechos do conteúdo lido. O objetivo, segundo Janete, é deixar a plateia com “água na boca”, curiosa para saber o restante de cada história.

     

    Para os colegas das outras turmas, as apresentações terão como palco as salas de aula; para os pais, serão realizadas 30 minutos antes do horário de saída. “Um grupo de alunos do quinto ano que já tenha finalizado as tarefas ficará na entrada da escola, em uma mesa com livros, para que os pais possam pegar emprestados os títulos que desejarem”, explica a diretora. As atividades serão realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras.

     

    Participante do projeto, a professora Renata Câmara Mascarenhas, também espera um aumento do interesse pela leitura. Graduada em pedagogia, ela dá aulas a alunos das turmas iniciais do ensino fundamental.

     

    Para a também professora Roberta Dutra, que leciona a turmas de quarto e quinto ano, o projeto é um convite para o reposicionamento social, uma vez que as famílias são cativadas pela leitura por meio dos filhos e da escola. Com 17 anos de magistério, graduada em letras, ela acredita na leitura como meio de reflexão e ação para valorizar a vida. “Os projetos desenvolvidos nas bibliotecas escolares democratizam a leitura e a escrita, favorecem o diálogo e a compreensão no processo de ensino e aprendizagem”, ressalta.

     

    De acordo com Roberta, valorizar a leitura na escola é um excelente caminho para exercitar as ideias a favor de si e do próximo, de diminuir os receios quanto à escrita, a partir da criatividade, da afetividade e da subjetividade. ”Com textos diversificados, canções e jograis, observamos o quanto as atividades desenvolvidas na biblioteca possibilitam o crescimento de todos, no vocabulário, na oralidade e na sensibilidade para compreender e lidar com a diversidade escolar”, enfatiza.

     

    Fátima Schenini

     

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  • O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), em parceria com a Secretaria de Estado da Justiça, sindicatos patronais e o Tribunal de Justiça, realiza um programa de ressocialização para a população carcerária de Viana. O projeto consiste em oferecer cursos de formação inicial para detentos daquela unidade, e possivelmente em outros municípios do estado, nas áreas da construção civil e indústria metalmecânica.

     

    Na unidade de Viana, a Secretaria da Justiça forneceu os equipamentos dos laboratórios e fez as adequações necessárias. Neste local foi construído o Centro de Formação Profissional de Viana (CEFOP) 01, com capacidade de atender até 120 internos diariamente. O Ifes responsabilizou-se pela parte pedagógica, professor, material de consumo e didático. Os sindicatos patronais ficaram com a empregabilidade dos formandos e outros apoios emergenciais que possam surgir durante o processo de formação. O Tribunal de Justiça ficou por conta do acompanhamento sistemático dos detentos na família, na qualificação e postos de trabalho.



    Os cursos do CEFOP 01 foram escolhidos pelos parceiros do programa. A inauguração oficial aconteceu a 15 de dezembro de 2008, mas o centro já funcionava desde 11 de dezembro, capacitando 40 internos com cursos na área da construção civil. Dos 40, 33 receberam os certificados e 20 estão no mercado de trabalho com carteira assinada.



    Com essa política de inclusão social, a meta do instituto é diminuir o retorno do preso às unidades carcerárias do estado, contribuindo para a mudança do quadro social do país e conseqüentemente proporcionar uma vida mais digna a esses cidadãos.



    Para o sucesso do projeto, o Ifes também investe na política da parceria, que propõe, para o ano de 2009, a inauguração do CEFOP 02, no Município de Cachoeiro de Itapemirim, assim como implementar a formação profissional de 300 detentos ainda no primeiro semestre.



    Assessoria de imprensa do Ifes

  • A professora Sandra Modesto, com os alunos-autores:  'O aluno deve enxergar objetivo no que faz. Deve perceber que está se desenvolvendo e enxergar utilidade no seu ensino' (Foto: arquivo pessoal da professora Sandra)O Segredo dos Amuletos é o título de uma série de livros escrita em conjunto por estudantes do ensino fundamental da Escola Estadual Professor Sérgio da Costa, em São Paulo. O primeiro de um total de dez volumes, O Começo, foi lançado este mês. Criado pela professora Sandra Martins Modesto, o projeto envolve os alunos Luan Cardoso de Carvalho, Thais Mariano de Sousa, Matheus Mendes da Silva e Paulo Giordan Oliveira.


    “Reunir quatro mentes, pessoas distintas, com idéias e formas de escrever diferentes. Pareceria difícil conseguir uma história única e coerente. No entanto, essa façanha rendeu um livro com 180 páginas”, conta Sandra. Segundo ela, o processo de confecção do livro compreendeu discussões, desenhos (story board) e encenação. “A partir disso, era construída uma sequência para a história, antes que ela fosse para o papel”, explica a professora. “Então, dividíamos quem ia escrever o quê. Assim eram produzidos mais de dez capítulos de uma vez.”


    Os alunos escreviam os capítulos a mão ou no computador e, depois, supervisionados pela professora, reuniam-se para costurar e revisar a história.


    Graduada em letras (português e inglês), Sandra atua no magistério desde 2005, após ser aprovada em concurso público para a rede pública de ensino do estado de São Paulo. Desde aquela época, trabalha na mesma instituição, em uma comunidade carente do bairro Sobradinho, na capital. “Tenho alunos excelentes e projetos que lá funcionam muito bem, como o jornal mural Construindo o Futuro e esse projeto de escrita”, ressalta.


    O projeto do jornal envolve mais de 300 alunos. “É um trabalho árduo, mas compensador. E foi por meio do jornal que surgiu a série O Segredo dos Amuletos”, explica Sandra, que dá aulas para turmas de sexta e de sétima séries (sétimo e oitavo anos).


    Para ela, o primeiro de todos os resultados obtidos com o projeto é o imediato resgate da fé e da auto-estima das crianças. “Esse é um bem já conquistado e algo que, admiravelmente, podemos dizer que só em ter o livro nas mãos eles já conquistaram”, enfatiza.


    Sandra acredita que a educação não pode ficar restrita às aulas semanais, mas deve ser direcionada a todos os momentos do dia para atender os anseios do educando e possibilitar que ele desenvolva suas principais habilidades. “O aluno deve enxergar objetivo no que faz. Deve perceber que está se desenvolvendo e enxergar utilidade no seu ensino.”

    Fátima Schenini

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  • Nas saídas de campo, os estudantes, ao filmar, fotografar, observar e comparar, estabelecem nova relação com o ambiente (foto: arquivo EcoWeb)Professora de ciências na Escola Municipal de Ensino Fundamental 25 de Julho, em Campo Bom, região metropolitana de Porto Alegre, Margarida Telles da Cruz avalia as tecnologias como ferramentas importantes para sensibilizar os alunos. São mecanismos capazes de “fazer mágicas” quando associados a uma boa pedagogia. “Nossos alunos são nativos digitais e já não podem aprender apenas dentro da sala de aula ou fechados em uma biblioteca ou laboratório de informática, com programas de busca na internet”, diz Margarida.

    Para a professora, que dá aulas a três turmas do sexto ano e a duas do nono, é necessário levar os estudantes a ter contato com diferentes ambientes para conhecer os diversos ecossistemas, aprender sobre a história desses locais, verificar se está ocorrendo depredação e saber como preservá-los.

    De acordo com Margarida, as tecnologias da informação e comunicação (TIC) permitem aos estudantes divulgar fotos, vídeos, relatórios e ações, além de compartilhar com a comunidade questões relacionadas a qualidade e quantidade de água do rio ou à função dos banhados. “Os alunos são desafiados a ir além de respostas simples, a sair dos muros da escola, a desenvolver habilidades de pensar criticamente e a resolver problemas do dia a dia”, destaca.

    “Nas saídas de campo, ao filmar, fotografar, observar e comparar, os estudantes podem ter uma nova relação com o ambiente, fazer mapeamento e minimizar impactos como depósitos de lixo, assoreamento, erosão e falta de matas ciliares”, diz a professora. “Além disso, podem trocar informações, pesquisar, discutir, formular e testar hipóteses e tirar as próprias conclusões.” Margarida salienta que os estudantes, ao se apropriarem desse conhecimento, vão se sentir parte da natureza e descobrir razões para a preservação.

    Prêmio — Há 27 anos no magistério, com licenciatura plena em biologia, licenciatura curta em ciências e pós-graduação em gestão regional de recursos hídricos, Margarida foi uma das vencedoras da sétima edição do Prêmio Professores do Brasil, com o projeto EcoWeb. Premiado na subcategoria Educação Digital Articulada ao Desenvolvimento do Currículo, o projeto usa as TIC como ferramentas para sensibilizar as pessoas sobre a importância de agir de forma sustentável visando à preservação e à conservação dos diferentes ecossistemas.

    Criado em 2011, o trabalho continua. “O projeto está alicerçado em questões como sensibilização, reeducação, comprometimento e mudança de comportamento, o que deve ser retomado constantemente”, justifica a professora.

    Nas atividades do projeto EcoWeb, os estudantes usam ferramentas tecnológicas diversas e postam todo o material produzido nas redes sociais (foto: arquivo EcoWeb)O projeto envolve alunos da escola, do maternal ao nono ano do ensino fundamental, e de outras unidades de ensino do município, além de grupos de professores. Inclui ainda estudantes com deficiência. “Trabalhamos com alunos que apresentam diferentes níveis de aprendizagem. Uns ajudam os outros e todos se sentem valorizados”, relata a professora. “Usando diferentes tecnologias associadas à sustentabilidade, todos aprendem (dentro de suas limitações) e ensinam os colegas.”

    De acordo com Margarida, alunos que muitas vezes não conseguem escrever na sala de aula ou têm dificuldades de acompanhar a turma aprendem com maior facilidade a partir da vivência em práticas de campo. “Com o auxílio de tecnologias, eles podem dar contribuição oral na hora de fazer um relatório, um vídeo, de ajudar na escolha das fotos. Todos se sentem valorizados.”

    Os estudantes usam ferramentas tecnológicas como tablets, smartphones, filmadoras, equipamento de GPS e máquinas digitais. Todo o material produzido é postado nas redes sociais — facebook, blogues e twitter do EcoWeb. “A partir das vivências no EcoWeb, consideramos que não temos alunos com problemas de aprendizagem, mas crianças e adolescentes que aprendem de formas e em ritmos diferentes”, analisa a professora. Ela ainda coordena outros projetos, em parceria com o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos) e com a prefeitura.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor no blogue do projeto Eco Web e no blogue da EEF 25 de Julho

  • O projeto sobre a Copa deixou os estudantes motivados e interessados, a ponto de considerarem divertidos conteúdos que poderiam ser vistos como monótonos (foto: arquivo do CE Dom Alano)O projeto Copa do Nosso Mundo foi muito bem recebido pelos alunos do terceiro ano do ensino fundamental do Colégio Estadual Dom Alano Marie Du Noday, em Palmas, Tocantins. A constatação é da professora Dionita Araújo Amorim, responsável pelo desenvolvimento do trabalho, em parceria com a coordenadora do laboratório de informática, Tereza Gorete, e com a coordenadora de projetos e programas, Fabrícia Neli Johann Martins. O projeto teve início em abril último.

    “Empolgados, os alunos não querem faltar às aulas”, revela Dionita. Durante as atividades escolares, eles competem como se estivessem participando de uma competição escolar. “Não inserimos iniciativas extras ou artificializadas, apenas direcionamos a metodologia para atender conteúdos já previstos para uma ação criativa e lúdica”, explica. “Dessa forma, o projeto não é algo a mais para fazer, mas uma forma diferente de fazer.”

    De acordo com a professora, todas as atividades são vistas como competições. Os alunos, em equipes (seleções) realizam as ações e ganham pontos (gols). Eles mostram estar motivados, curiosos e interessados. “Até mesmo alguns conteúdos que poderiam ser considerados ‘chatos’ passaram a ser vistos, com o projeto, como divertidos”, destaca.

    Leitura de textos e poemas, formação de palavras, montagem de desafios matemáticos, pesquisas na internet sobre temas como a história da Copa do Mundo e as seleções participantes são algumas das atividades realizadas. Há também entrevistas, atividades esportivas e de recreação e a confecção de um minidicionário temático.

    De acordo com Dionita, no decorrer das ações, os “jogadores-alunos” têm demonstrado uma aprendizagem mais colaborativa. Um ajuda o outro, com incentivos para que a “seleção” marque o “gol”. “Alguns alunos, que tinham tendência a deixar as atividades inacabadas ou realizadas de forma rotineira, agora querem fazer melhor. Com isso, o rendimento das atividades aumentou”, observa a professora. Formada em pedagogia, ela está no magistério há mais de 21 anos.

    No fim das competições, será realizada uma festa para premiar a equipe vencedora, os melhores “atletas”, o “jogador” mais dedicado. Será montada, então, uma exposição para apresentar aos pais e à comunidade os registros das atividades realizadas.

    Valorização — “Ao idealizarmos o projeto, pensamos em algo que tivesse a Copa do Mundo como inspiração, mas que valorizasse também a realidade do aluno e as atividades escolares”, salienta Fabrícia Neli. “Por isso, a palavra ‘nosso’, para mostrar que houve uma apropriação do tema com foco na realidade.”

    De acordo com Fabrícia, houve também a preocupação em provocar o pensar sobre o mundo, sobre a vida e as pessoas. Ela é pós-graduada em gestão pública e atua no magistério há 20 anos.

    O Colégio Estadual Dom Alano, com 1.040 alunos, matriculados no ensino fundamental e no médio, desenvolve também o projeto Copa Dom Mundo, realizado em todas as turmas, de forma interdisciplinar. O trabalho envolve todas as áreas do conhecimento.

    “Os principais resultados alcançados pelos projetos são o envolvimento dos alunos e dos professores”, diz a diretora da escola, Amanda Emiliene Arruda Azevedo. Outro fator importante, segundo ela, é o estímulo à produção individual e coletiva. “Isso torna o aluno mais participativo, crítico e, principalmente, protagonista no processo de ensino”, avalia.

    Pedagoga com experiência também em docência e em coordenação pedagógica, a diretora acredita que os projetos devem considerar a faixa etária e o interesse dos estudantes, de forma a criar ações adequadas e a respeitar os alunos como autores de sua aprendizagem. “É importante que os projetos tenham a cara do aluno.”

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue do CE Dom Alano Marie Du Noday

  • Localizada no distrito de Torreões, na área rural de Juiz de Fora, a Escola Municipal Dom Justino José de Sant’Anna oferece educação em tempo integral desde o início de 2007, por iniciativa da Secretaria de Educação do município mineiro. A escola tem cerca de 280 alunos, matriculados em turmas da educação infantil ao nono ano do ensino fundamental. Todos participam de atividades nos dois turnos, de segunda a sexta-feira.

    “Os alunos que atendemos são provenientes das camadas populares e moradores de zona rural; dificilmente teriam acesso a projetos tão diversificados se não existisse a escola de tempo integral”, ressalta a pedagoga Renata Rodrigues Rainho. Professora de português e matemática, Renata explica que a escola aderiu ao programa Mais Educação e oferece aos alunos a oportunidade de escolher os projetos dos quais pretendem participar no decorrer do ano letivo. Esportes, informática, artes, música (flauta e violão), jornal e rádio escolares são algumas das atividades disponíveis. Também são oferecidas oficinas, que servem como suporte para os estudos de forma mais sistemática. Nelas, os estudantes podem rever conteúdos de português e matemática.

    “A educação integral trouxe a oportunidade de vivenciar práticas pedagógicas mais atraentes e significativas para os estudantes, de forma a potencializar a aprendizagem e o prazer de aprender”, analisa Renata. Para ela, a educação integral também possibilitou uma reavaliação das práticas educativas em relação ao currículo e à organização do espaço e do tempo escolar. “Quanto ao currículo, o desafio é realizar trabalhos interdisciplinares na escola. É um grande desafio, diário e coletivo”, diz. “O currículo diversificado proporciona uma visão multifacetada dos conhecimentos de forma geral e com temas específicos, o que enriquece sobremaneira a aprendizagem.” Há 23 anos no magistério, Renata tem mestrado em gestão escolar.

    Qualidade — Professora de apoio à coordenação, Terezinha Cristina Campos de Resende acredita que todas as atividades oferecidas pela escola interferem positivamente na qualidade da educação dos alunos. Seja a oportunidade de estudar em tempo integral, com apoio pedagógico extraclasse, seja participar de iniciativas culturais, esportivas e de lazer gratuitas, sempre com a orientação de profissionais especializados.

    Responsável pela oficina de teatro nos horários matutino e vespertino, Terezinha diz buscar, ao máximo, a valorização do trabalho coletivo, a integração, a socialização e o respeito pelo outro. “Todos participam e colaboram de alguma forma”, afirma.

    Segundo a professora, a maioria dos estudantes adora o palco. Mesmo os mais tímidos podem dar contribuição, em funções como a de ajudante de cena, figurinista, sonoplasta e contrarregra. Formada em letras, com mestrado e doutorado em linguística, Terezinha está no magistério há 25 anos.

    Oportunidades — Entre os benefícios da educação integral, o diretor da instituição, professor Heraldo José Gonçalves Maciel, cita a retirada de crianças e adolescentes das ruas, integração entre os setores da escola e o oferecimento de oportunidades, especialmente com relação a oficinas e atividades. “Ainda falta muita coisa para chegarmos ao que realmente entendemos como educação em tempo integral, mas estamos buscando aperfeiçoar sempre, com o apoio e a dedicação de toda a equipe da escola”, afirma. “Cada dia é um desafio, mas também uma alegria ver que estamos conseguindo implantar ideias a respeito da educação integral em que acreditamos.”

    Com graduação em geografia e em comunicação social (jornalismo) e pós-graduação em cartografia, Maciel está no magistério municipal há 26 anos.

    A Escola Municipal Dom Justino José de Sant’Anna funciona em tempo integral para todos os segmentos, diariamente, de 8h10 às 16h30.

    Fátima Schenini

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  • O Ministério da Educação prorrogou o prazo para que as escolas façam as avaliações dos estudantes inscritos no Novo Mais Educação e lancem os resultados no sistema de monitoramento do programa. O processo, que começou em 29 de setembro, iria até a próxima sexta-feira, 20. Agora, o período vai até 17 de novembro. No total, são cerca de 4 milhões de alunos participantes, em 38 mil escolas de todo o país.

    De acordo com a coordenadora-geral de Ensino Fundamental do MEC, Aricélia Ribeiro do Nascimento, o monitoramento é essencial para o sucesso do Novo Mais Educação. “Essa avaliação é muito importante para que a gente possa repensar e ajustar o programa. Especialmente, para que os professores possam ter um parâmetro de onde os meninos e meninas estão na aprendizagem”, reforça. Ela lembra que também é uma oportunidade para que os professores possam avaliar o resultado de suas práticas pedagógicas em sala de aula. 

    Essa é a segunda avaliação realizada pelo programa. A primeira ocorreu entre abril e julho deste ano. Nela, 35.965 escolas concluíram o cadastro na plataforma de monitoramento. O número representa 93% das escolas projetadas pelo MEC.

    Os estudantes fizeram avaliações de língua portuguesa e matemática extraídas do próprio sistema. Coube a cada escola selecionar o teste mais adequado ao nível de desempenho de cada aluno, entre os três módulos oferecidos: um para alunos dos três primeiros anos do ensino fundamental, outro para estudantes do quarto ao sexto ano, e outro voltado para quem cursa do sétimo ao nono ano.

    Programa – O Novo Mais Educação é uma estratégia do MEC que tem por objetivo melhorar a aprendizagem em língua portuguesa e matemática no ensino fundamental, por meio da ampliação da jornada escolar de crianças e adolescentes, priorizando alunos que tenham mais dificuldades de aprendizagem e escolas com baixos indicadores educacionais.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • A Provinha Brasil avalia, no início e no fim do ano letivo, as competências de alfabetização, leitura e matemática alcançadas pelos estudantes matriculados no segundo ano do ensino fundamental público (foto: 15cre-cepa.blogspot.com)Os 3 milhões de estudantes matriculados no segundo ano do ensino fundamental público podem fazer a Provinha Brasil este mês. O exame avalia as competências de alfabetização, leitura e matemática alcançadas pelas crianças. As redes e escolas têm autonomia para aplicar e avaliar os resultados, mas o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que elabora os testes, recomenda que as provas sejam respondidas em dias diferentes. A provinha não é obrigatória.

    O exame é composto por um conjunto de materiais — cadernos de leitura e de matemática para cada aluno; guia de orientação a escolas, coordenadores pedagógicos e professores sobre a aplicação, a correção e a interpretação dos resultados; matrizes de referência. Esse material foi postado nos Correios entre 7 e 25 de outubro. De acordo com a Coordenação-Geral do Sistema de Avaliação da Educação Básica do Inep, caso as escolas ainda não tenham recebido os conjuntos, devem procurá-los nas secretarias de Educação dos municípios ou nas prefeituras. No caso das redes estaduais, nas secretarias de Educação ou nas regionais de ensino.

    Referência— Para orientar escolas e educadores, o Inep elaborou uma matriz de referência para leitura e outra para matemática. Nelas estão descritas as habilidades que o estudante do segundo ano deve ter adquirido nessa etapa escolar.

    No caso da avaliação de leitura, a matriz indica que a criança deve, por exemplo, ser capaz de reconhecer letras. No teste, que contém letras e outros sinais gráficos, o aluno deve apontar a diferença. A matriz sugere dez passos na avaliação. Entre os quais, reconhecer sílabas, palavras e frases e localizar uma informação em um texto.

    A matriz de alfabetização matemática aborda habilidades do estudante ao associar, comparar, ordenar e identificar figuras geométricas planas e espaciais, comparar e ordenar dimensões. Cada item avalia um tipo de competência alcançada.

    Pacto— Para atender ao artigo 9º da Portaria nº 867, de 4 de julho de 2012, que instituiu o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, o Inep desenvolve um sistema informatizado para coleta e tratamento dos resultados da Provinha Brasil. O artigo 9º diz também que a avaliação do desempenho dos estudantes do segundo ano do ensino fundamental deve ser feita com aplicação da Provinha Brasil, pelas escolas participantes do pacto, no início e no fim de cada ano. O Inep, ainda de acordo com a portaria, prepara uma análise por amostra dos resultados da provinha ao fim do segundo ano e promove uma avaliação externa, universal, do nível de alfabetização ao final do terceiro ano do ensino fundamental.

    A Provinha Brasil de leitura e letramento, anual, começou a ser aplicada em 2008. Em 2011, o Inep criou a provinha de matemática. Desde 2012, as duas provas são aplicadas no início e no fim do ano letivo. A página da Provinha Brasil na internet contém as matrizes de referência de leitura e matemática e conta a trajetória do exame.

    Ionice Lorenzoni
  • Luciano Marques, do Portal MEC

    As escolas cívico-militares são instituições em que se busca excelência no ensino com a presença de militares da reserva das Forças Armadas. Eles atuarão como monitores para auxiliar na gestão educacional. A organização didático-pedagógica, assim como financeira, fica por conta dos civis.

    O Ministério da Educação (MEC) tem o plano de implantar 108 novas escolas cívico-militares no país até 2023. O projeto, que faz parte do Compromisso Nacional pela Edução Básica, visa a um avanço na qualidade educacional com base no sucesso já observado nas escolas militares funcionamento no Brasil — as instituições têm Índice de Desenvolvimento de Educação Básica superior ao das civis — 6,99, ante 4,94.

    A implementação do modelo depende de demanda das secretarias de Educação. Elas devem manifestar o interesse junto ao MEC e apontar quais escolas poderiam receber o modelo de ensino.

    Gestão – Segundo o subsecretário de Fomento às Escolas Cívico-Militares (Secim) Aroldo Ribeiro Cursino, o compromisso de implantar mais escolas cívico-militares está firmado em um tripé de gestão: administrativa, educacional e didático-pedagógica.

    “A educacional é a parte de comportamento e atitude do aluno. Para isso, será criado um corpo de monitores, militares da reserva das Forças Armadas que tenham experiência na área educacional do Exército”, explica. “O trabalho desses monitores não será policial. Eles vão trabalhar com o aluno a questão do comportamento adequado, como a não prática do bullying com o colega, atitudes contrárias a vícios, contrárias à violência, ou seja, permitir que o aluno tenha um ambiente propício, adequado e seguro para poder aprender melhor”, diz.

    Os professores civis são os responsáveis pela gestão da organização didático-pedagógica, assim como a financeira. “O que ocorrerá é um ajuste no processo, quando poderemos trabalhar com o docente ou com o diretor da escola uma melhor maneira ou metodologia para a transmissão do conhecimento”, ressalta Cursino.

    As mudanças de uma escola civil para uma cívico-militar serão sutis, mas suficientes para se alcançar a excelência observada em modelos semelhantes. “Nada mais é do que um colégio limpo, pintado e com uma estrutura para atender às necessidades didático-pedagógicas”, pontua o subsecretário. “A parte do uniforme vamos apenas sugerir as peças de roupa”.

    Orçamento – A estimativa é de que o custo anual, por escola, seja de R$ 1 milhão. O MEC deve repassar parte do orçamento das escolas cívico-militares ao Ministério da Defesa, que vai destacar cerca de 20 militares para cada mil alunos em uma escola.

    Transição  Os militares que serão destacados para atender à demanda da escola com novo modelo precisa se ambientar, assim como os docentes e diretores. Para isso, a subsecretaria vai realizar cursos para adequar o colégio ao projeto.

    Adequação – O Brasil conta hoje com 203 escolas cívico-militares. Esses modelos, no entanto, foram criados por cada estado, a sua maneira. Cursino destaca que o objetivo é padronizá-las ao jeito do MEC.

  • Ampliar espaços, tempos e oportunidades educativas; ofertar novas atividades educacionais e reduzir a evasão, a repetência e distorções de idade-série, por meio de ações culturais, educativas, esportivas, de educação ambiental, de educação em direitos humanos e de lazer. Esses são alguns dos principais objetivos do Programa Mais Educação, que visa qualificar a experiência educativa das crianças e jovens das escolas públicas de ensino fundamental.

    O Mais Educação, coordenado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Trata-se de uma estratégia do governo federal para a ampliação da jornada escolar.

    O programa é composto por sete macrocampos, referentes ao acompanhamento pedagógico; ao meio ambiente; ao esporte e ao lazer; aos direitos humanos e à cidadania; à cultura e às artes, à inclusão digital; à saúde, à alimentação e à prevenção.

    A Secad seleciona as escolas e as secretarias confirmam a escolha, de acordo com critérios pré-estabelecidos. Elas devem estar localizadas em capitais ou cidades de regiões metropolitanas com mais de 200 mil habitantes, além de terem aderido ao Compromisso Todos pela Educação e de possuírem mais de 100 alunos matriculados, conforme o Educacenso. Também devem ter obtido índice inferior a 2,9 no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb).
  • Salvador – As secretárias de educação Audacy Requião e Dilma Lopes eram diretoras de escolas de ensino fundamental em seus municípios até assumirem os novos cargos, em janeiro. Elas já conhecem a realidade das escolas de suas pequenas cidades, mas ainda não sabem muito bem como executar as ações previstas em seus Planos de Ações Articuladas (PAR), elaborados nas gestões anteriores.



    Assim como Audacy e Dilma, vários outros secretários – cerca de 400 – chegam nesta segunda-feira, 9, a Salvador, para conhecer os programas e ações do Ministério da Educação – além de sua própria realidade educacional. O encontro no hotel Pestana, no bairro do Rio Vermelho, será aberto esta noite e encerrado na sexta-feira, dia 13.


    Mirangaba, cidade a 380 quilômetros de Salvador, onde Dilma ocupa o cargo de secretária de educação, só tem uma creche. “Ainda não sei como podemos resolver isso com a ajuda do MEC. Tudo ainda está meio obscuro”, diz. Ela conta que no PAR de seu município há demandas por creches financiadas pelo Proinfância, mas que é preciso mais recursos para a construção novas unidades.



    A colega Audacy é secretária do município de Miguel Calmon, vizinho a Mirangaba. Lá, relata, há oito escolas de educação infantil. “Mas a estrutura física de todas compromete a qualidade do ensino”, afirma. Ela também quer mais recursos federais para a educação infantil de sua cidade.



    O diretor de articulação de programas da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Romeu Caputo, informa que é possível rever as demandas do PAR. “Caso seja uma pequena adaptação, como o aumento do número de creches, basta mandar um e-mail e uma justificativa ao ministério”, explica. O MEC analisa as alegações dos gestores e, caso a demanda seja compatível com a realidade do município, faz a alteração. Para fazer pequenas modificações no PAR, os gestores devem enviar mensagens a Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.



    Se o gestor quiser mudar completamente uma demanda, como incluir ou retirar o pedido por formação de professores, será preciso refazer o diagnóstico local, com apoio das secretarias de educação e de técnicos das universidades públicas. “Nesses casos, precisamos monitorar os municípios”, diz Romeu.



    No encontro desta semana, Dilma e Audacy também querem entender melhor como funciona a Universidade Aberta do Brasil. “Faltam professores formados em matemática em Miguel Calmon”, justifica Audacy. Na palestra de abertura do encontro, a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, vai dar um apanhado geral de todos os programas e falar da importância do trabalho de cooperação entre os gestores locais e o Ministério da Educação. “O papel dos secretários é fundamental para garantir a qualidade da educação, porque eles são 5.563 pessoas. É preciso que conheçam o MEC, as políticas e projetos”, observou a secretária.



    Passo a passo para revisar o PAR



    Maria Clara Machado

  • Márcia Neves é uma das professoras efetivas da rede pública de Formosa participantes do curso de formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (foto: João Neto/MEC)A história de dois meninos que viajam pelos planetas, visitam estrelas, o sol e a lua, contada no livro Estrelas e Planetas, é motivo de encantamento para 31 alunos do segundo ano do ensino fundamental que estudam na turma da professora Márcia Martins Neves, em Formosa, Goiás. Para aumentar a sedução pela leitura, a professora entra na viagem das crianças de oito anos de idade e pede a elas que modifiquem a história. Márcia abre espaço, e a aula não tem hora para terminar.

    Essa experiência com leitura ocorre na Escola Municipal Madalena Mendes Nessralla, no bairro Jardim América, em Formosa, município com 108,5 mil habitantes, a 75 quilômetros de Brasília. Márcia é uma das 133 professoras efetivas da rede municipal participantes do curso de formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, iniciado este ano no país. O pacto é um compromisso formal assumido pelo governo federal, do Distrito Federal, estados e municípios para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade ao fim do terceiro ano do ensino fundamental. Assim, leitura e matemática são o tema central de dois anos de estudos para os professores das classes de alfabetização.

     

    Márcia tem 16 anos de experiência com alfabetização de crianças e há três anos está na rede municipal daquela cidade goiana. Formada em pedagogia há 13 anos, ela salienta que o curso tem módulos ricos, fala a linguagem do professor, mostra experiências desenvolvidas em cidades grandes e pequenas, sugere e faz refletir sobre a prática pedagógica. Além do conteúdo, a professora destaca a troca de experiências entre os educadores do grupo de estudos e a atualização de nomenclaturas e leis da educação. Em Formosa, os professores que lecionam no segundo ano fazem o curso de formação aos sábados. Este ano, estudam a parte de linguagem; em 2014, será a vez da matemática.

     

    Acompanhamento — Quando fala nos alunos da sua turma, Márcia elogia. “É uma turma ótima”. E mostra os resultados: das 31 crianças, 20 leem e interpretam qualquer texto do módulo do segundo ano; oito delas leem, mas têm dificuldade na interpretação; duas leem apenas sílabas; uma, com a ajuda da professora, consegue ler na sala, mas no outro dia esquece tudo. Além de dar atenção especial à criança que tem dificuldade, a professora pediu acompanhamento psicológico à secretaria de Educação e informou o conselho tutelar de Formosa sobre problemas observados com a família da estudante. “Eu não desisto dela”, garante.

     

    A professora Márcia criou um espaço com 50 obras literárias, ilustradas e coloridas. Cada criança deve ler o livro escolhido com atenção e imaginação porque depois contará o que leu aos colegas de turma (foto: João Neto/MEC)O bom desempenho escolar apontado por Márcia vem de sua trajetória pessoal, do apoio do curso de formação que ela frequenta, do material didático de que dispõe na sala de aula e dos desafios que ela faz à turma. No fundo da sala há um armário cheio de cadernos dos alunos e da professora e, na lateral do armário, a biblioteca, frequentada pela turma todos os dias da semana. São 50 obras literárias para estudantes do segundo ano, ilustradas e coloridas. Às 11 horas, cada criança vai à biblioteca, escolhe um livro e o lê. Isso deve ser feito com atenção e imaginação, de acordo com Márcia, porque um dos alunos vai contar aos colegas o que leu.

     

    O livro preferido é Estrelas e Planetas, do escritor Pierre Winters, da coleção Descobrindo o Mundo. A literatura da sala de aula é acompanhada de obras didáticas, jogos coloridos e dicionários para consulta. Todo o material foi enviado pelo Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).

     

    Ideb — A Escola Municipal Madalena Mendes Nessralla aparece com índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) acima da média nacional. Em 2009, alcançou 4,7 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental (média nacional de 4,4). Em 2011, obteve 5,3 (média nacional de 4,7).


    Ionice Lorenzoni

     

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    Pacto leva mais de 318,5 mil professores às salas de aula

  • Exibido pela TV Escola, o programa Salto para o Futuro apresenta a série Aventura de Conhecer nesta semana. O objetivo da edição é discutir, entre outros temas, a falta e o excesso de informações, o conhecimento na escola, o tempo da informação e o do conhecimento.



    Os episódios vão ao ar até sexta-feira, 13, com 60 minutos de duração e tendo início sempre às 19h. Episódios apresentados até quinta-feira, serão reprisados nos dias seguintes às exibições, às 8h e 15h. Já o episódio de sexta-feira, o último da série, será reprisado na segunda-feira, no mesmo horário dos demais.



    Nesta terça-feira,10, será exibido o episódio Tempo da Informação, Tempo do Conhecimento: Velocidade, que reflete sobre as diferenças entre os processos de informação e de conhecimento. Na quarta-feira, 11, a série apresenta o programa Os Múltiplos Conhecimentos. O episódio trata do próprio conhecimento, sua natureza, suas formas e modos de manifestação, sua multiplicidade e valor.



    Quinta-feira,12, é a vez do programa Estações do Conhecimento. O episódio mostra a necessidade de espaços e projetos destinados às aprendizagens informacionais na escola, a necessidade de projetos e de profissionais preparados para atuar nesses espaços.



    Na sexta-feira, 13, finalizando a série, vai ao ar o programa A Busca do Conhecimento na Escola que mostra as diferenças essenciais entre o transmissivismo e o construtivismo pedagógico, tendo em vista situar a importância da pesquisa escolar, ou seja, da busca, seleção, organização e análise das informações nos processos de construção do conhecimento pelos aprendizes.



    A TV Escola pode ser sintonizada via antena parabólica (digital ou analógica) em todo o país. Seu sinal está disponível também nas tevês por assinatura DirecTV (canal 237) e Sky (canal 27).



    Veja a grade de programação da TV Escola.

    Assessoria de Imprensa da Seed

  • Uma carreta adaptada, com cerca de 30 metros de comprimento, mexeu com a curiosidade de alunos e servidores do campus Pelotas do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense. Em seu interior, produtos desenvolvidos pela Parker Hannifin, fabricante líder mundial de tecnologias e sistemas de movimento e controle. Nos dois dias em que ficou na instituição, a unidade móvel recebeu dezenas de visitas, a maioria de alunos e ex-alunos do curso técnico em mecânica.


    Batizada de Parker Road Show, a carreta carrega uma sala de reuniões, frigobar e um show room com o que há de mais moderno entre os 900 mil itens existentes na linha de produção da empresa. De acordo com Ricardo Siqueira, instrutor de treinamento da Parker, a exposição itinerante segue à risca um extenso calendário de visitas, que contempla praticamente todos os estados do país. “Nesses quatro anos de estrada, o caminhão já percorreu quase todo o Brasil diversas vezes, menos os estados do Acre e de Rondônia”, informa.


    Por ano, o instrutor calcula que são realizadas, em média, aproximadamente 100 visitas e mais de 300 palestras. Em Pelotas, por exemplo, foram três, dirigidas a alunos do curso técnico em mecânica oferecido pelo instituto federal. Os temas abordados foram tecnologias hidráulica, pneumática e de controle de fluidos. Também foram distribuídas apostilas de treinamento e dicas de downloads gratuitos de materiais didáticos que podem ser baixados do próprio sítio da Parker.


    “Ficamos satisfeitos com o interesse demonstrado pelos alunos, que acabaram sendo beneficiados com um importante certificado de participação. Além disso, o show room móvel possibilitou que eles se deparassem antecipadamente com componentes industriais existentes hoje no mercado de trabalho”, avalia o professor do curso técnico em mecânica, Aldrovando Gayer, que conheceu a Parker Road Show há seis anos, em São Paulo.


    Para o coordenador do curso técnico em mecânica, Rafael Leitzke, a demonstração de produtos e sistemas, além das palestras, foi extremamente importante, já que, segundo ele, Pelotas e região não são um pólo metalomecânico. “Diante disso, é necessário sair na frente e trazer aos nossos alunos o que há de novo no mercado”, explica.


    O coordenador adiantou que a unidade móvel da Parker foi apenas uma prévia do que virá pela frente. Conforme Leitzke, outras atividades serão realizadas em comemoração aos 55 anos do curso técnico em mecânica este ano.


    De acordo com o reitor do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, Antônio Carlos Barum Brod, a credibilidade da instituição foi um dos fatores responsáveis pela vinda da Parker Road Show a Pelotas. “Com certeza, a parceria é fundamental para o processo de formação de nossos alunos. Faz parte da qualidade educacional que oferecemos em nossos cursos”, afirma.


    Assessoria de Imprensa do Instituto Sul-Rio-Grandense

  • Pelotas – A partir deste mês, a música novamente toma conta dos intervalos no Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, campus Pelotas. Trata-se da 2ª edição do Momento Musical. Na primeira apresentação de 2009, o Grupo Rastrea animou a platéia e mostrou o  talento artístico dos alunos da instituição.


    Foram apenas 15 minutos, mas o suficiente para agradar o público. O local escolhido foi o saguão principal, próximo à cantina e ao espaço cultural, onde também fica localizada a biblioteca campeira. Aluna do curso técnico em eletrônica, Talita Gonçalves, aproveitou o intervalo para ouvir o som do Grupo Rastrea. “Curti muito a banda. É certo que estarei aqui nas próximas apresentações”, elogiou.


    De acordo com o coordenador de atividades extraclasses, professor Rony Soares Jr., as exibições ocorrerão uma vez por semana, sempre às quartas-feiras, em três momentos: das 9h45 às 10h, das 15h45 às 16h e das 18h30 às 19h. “Os alunos que tiverem interesse em se apresentar, basta procurar a Coextra. O espaço está aberto a todos”, comentou.


    O Momento Musical teve início em 2008. Para este ano, a diretora-geral do campus Pelotas, Gisela Loureiro Duarte, espera uma participação ainda maior dos alunos e que o evento se torne um dos destaques do calendário de atividades extraclasses. O reitor Antônio Carlos Barum Brod elogiou a iniciativa. Ele ressaltou que o apoio às atividades extraclasses tem sido uma das preocupações de sua gestão. “Procuramos sempre incentivar a integração da comunidade acadêmica e dar oportunidades para o surgimento de novos talentos”, disse.


    Assessoria de Imprensa do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense

  • Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Isabel Luiza Bittencourt, no município gaúcho de Bom Retiro do Sul, o tema folclore integra o currículo. É uma forma de atrair a atenção dos alunos para uma aprendizagem significativa. “O assunto é permeado de curiosidade e mistério, fatores que atraem o interesse dos alunos da educação infantil e anos iniciais”, justifica a diretora da instituição, Jussara Maria Ribeiro.

    Em agosto de 2013, projeto pedagógico desenvolvido por três professoras dos primeiros anos do ensino fundamental chamou a atenção da comunidade. Rosimeri Fröhlich, Eliane Girelli e Clenir da Silva decidiram levar aos alunos o conhecimento das mais diversas manifestações do folclore brasileiro. O projeto teve como tema a descoberta e a valorização das diferentes culturas do Brasil e envolveu conteúdos de matemática, linguagem e ciências naturais e humanas.

    O trabalho, que incluiu atividades como narração de lendas e histórias e redescobriu brincadeiras e jogos, acabou por envolver as famílias dos estudantes. Por fim, foi realizado um desfile com personagens populares do folclore brasileiro. Mais de 50 estudantes representaram personagens de lendas, como Cuca, Saci, Iara e Negrinho do Pastoreio, com trajes confeccionados pelos familiares. Após o desfile, foram escolhidas as melhores representações. “De mais positivo, pode-se citar o envolvimento das famílias e o prazer das crianças em relatar a parceria com pais, irmãos, padrinhos e vizinhos para a confecção dos bonecos”, destaca Eliane.

    A professora Clenir também destacou o envolvimento das famílias e da comunidade escolar nas atividades, além da aprendizagem proporcionada. “Foi possível trabalhar os mais diversos conteúdos de todas as disciplinas do currículo”, ressalta.

    A repercussão em outros ambientes, como a secretaria de Educação e demais escolas do município, que puderam apreciar uma exposição sobre o projeto no centro administrativo, foi enfatizada pela professora Rosimeri. “O evento teve muito valor para as crianças que participaram e se motivaram para outras realizações parecidas”, avalia a pedagoga, com experiência de 12 anos no magistério.

    Pacto — De acordo com Eliane, o projeto começou como uma das atividades do curso de formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), do Ministério da Educação, do qual as três professoras participavam na época, mas logo tomou proporções e acabou por envolver outras turmas da escola. “O tema folclore é visto de forma muito prazerosa pelos alunos”, diz. “Além disso, aguça a curiosidade e incentiva a aprendizagem de diferentes conteúdos.” Pedagoga com pós-graduação em psicopedagogia, Eliane está no magistério há 10 anos.

    Também há dez anos no magistério, Clenir procura trabalhar o tema folclore com um foco diferente a cada ano. “É um tema que atrai a atenção dos alunos em todas as faixas etárias”, constata a professora, que tem formação em magistério. Segundo ela, a grande maioria dos estudantes ainda escuta de seus familiares histórias e lendas passadas de geração em geração e se diverte com brincadeiras e jogos de tempos atrás.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue da EEF Isabel Luiza Bittencourt

  • Na Escola Rui Barbosa, o aprendizado do xadrez visa a despertar nos alunos o prazer no aprendizado do jogo e o gosto pelo desafio, com reflexos na agilidade de raciocínio, elaboração de estratégias, concentração e desenvolvimento da memória (foto: arquivo da EEF Rui Barbosa)No município gaúcho de Campo Bom, no Vale do Rio dos Sinos, região metropolitana de Porto Alegre, o jogo de xadrez é uma atividade valorizada e incentivada nas escolas, com a participação de estudantes em competições diversas. “O envolvimento com o xadrez iniciou-se por volta de 1994, quando eu exercia a função de coordenadora de educação física, esporte e lazer na Secretaria Municipal de Educação e Cultura”, diz a professora Márcia Korndoerfer Tornin, da Escola de Ensino Fundamental Rui Barbosa.

    Márcia promoveu, na época, um curso de capacitação em xadrez para professores da rede municipal, em parceria com a Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo. “O trabalho, então, começou a frutificar nas escolas e surgiu a ideia de organizarmos o 1º Torneio Aberto de Xadrez em Campo Bom, que já está na 21ª edição.”

    A instalação do Clube de Xadrez na Biblioteca Pública Municipal foi outra medida adotada por Márcia. “Aberto à comunidade, funcionava aos sábados de manhã, com monitoria do aluno Marcelo Konrath, atualmente professor e árbitro internacional de xadrez e editor do portal Xadrez Gaúcho”, diz a professora.

    A partir de 2009, já na Escola Rui Barbosa, Márcia continuou a incentivar a prática do xadrez nas aulas de educação física, com turmas do sexto ao nono ano do ensino fundamental. Os resultados obtidos com a iniciação ao jogo nessa faixa etária a levaram a propor, em 2013, um projeto direcionado a alunos do terceiro ao quinto ano. “O xadrez, agora, é trabalhado semanalmente em sala de aula a partir do terceiro ano”, diz. Além disso, às quintas-feiras, os alunos que se destacam em sala de aula participam do encontro de xadrez, no turno vespertino, destinado ao aprimoramento das estratégias e integração à equipe de competição da escola, composta por 24 alunos.

    Durante as aulas, Márcia procura despertar nos alunos o prazer no aprendizado do xadrez e o gosto pelo desafio. Isso, segundo ela, os leva a desenvolver competências como agilidade de raciocínio, capacidade de visualização espacial, elaboração de estratégias próprias, aumento do tempo de concentração e desenvolvimento da memória. Há 32 anos no magistério, ela tem graduação em educação física e pós-graduação em metodologia do ensino da educação física.

    Estímulo — “O xadrez é um esporte divertido, que estimula o raciocínio lógico, a concentração e a memória”, diz a professora Lizandra Patrícia Gottlieb, diretora da Escola Rui Barbosa. “Também estimula a imaginação, desenvolve a capacidade de planejamento na criação de estratégias e exige paciência e respeito ao colega.”

    De acordo com Lizandra, após certa resistência inicial ao xadrez, principalmente por parte de alguns professores, que o consideravam difícil e complicado para alunos pequenos, a professora Márcia conseguiu desenvolver o gosto pelo jogo na escola, graças ao trabalho lúdico que desenvolveu desde os primeiros anos. “O trabalho foi gradativo, atingindo também o público adolescente”, ressalta. Outra iniciativa foi a participação dos estudantes em campeonatos de xadrez, dentro e fora da cidade.

    Para o professor Eder de Oliveira, da Escola de Ensino Fundamental Princesa Isabel, ao aprender a jogar xadrez, as crianças tendem a aumentar a concentração, a paciência e a perseverança e se tornam mais flexíveis ao resolver problemas e tomar decisões.

    Professor de educação física em turmas da educação infantil ao quinto ano do ensino fundamental, Eder percebeu que poderia aproveitar o jogo como ferramenta pedagógica. Agora, o xadrez faz parte das aulas de educação física e no contraturno. “O xadrez faz e pode fazer ainda mais diferença para nossas crianças no que se refere à elevação da autoestima e confiança”, diz Eder. “Elas passam a se sentir incluídas e valorizadas socialmente, o que contribui para sua formação.”

    De acordo com o professor, a literatura científica especializada destaca que a prática do jogo de xadrez contribui, efetivamente, para o desenvolvimento do raciocínio lógico, da capacidade de análise, síntese e de resolução de problemas, da abstração e objetividade, do autocontrole e autoestima. “Alunos que por vezes são menosprezados ou preteridos pelos colegas por não terem as mesmas habilidades físicas e motoras podem encontrar no xadrez um meio para interagir com os colegas e se sentir incluídos no grupo”, destaca.

    Atitude — Eder salienta a mudança ocorrida nas atitudes dos alunos. “A cada vitória em torneios, eles se sentiam mais confiantes, conduziam a resolução dos seus conflitos com mais paciência e respeito mútuo, e isso, para nossa escola, foi uma grande mudança”, enfatiza o professor, pós-graduado em educação física escolar.

    O xadrez é uma das atividades incluídas no Programa Acolher – Desafios para Além da Jornada Escolar, desenvolvido em Campo Bom desde 2009. O programa atinge em torno de duas mil crianças e adolescentes em todos os bairros do município. Têm prioridade no atendimento aquelas em situação de risco e vulnerabilidade social. “O envolvimento dos alunos com diversas atividades colabora para a prevenção do uso de drogas no meio escolar”, defende Graciela Rosa Soares, coordenadora do esporte escolar da Secretaria de Educação do município.

    Fátima Schenini

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  • Lançamento do PDE 

     

    Excelentíssimo senhor presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, excelentíssimo senhor presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, excelentíssimo senhor presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, excelentíssima ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, em nome de quem cumprimento e homenageio os meus colegas de ministério presentes, sobretudo pela generosidade que tiveram em somar esforços junto ao MEC para o anúncio dessas medidas, uma boa parte das quais interministeriais como vocês puderam constatar, senhores senadores, senadoras, deputados, deputadas, educadores, reitores, diretores de Cefets, de escolas técnicas e agrotécnicas, secretários estaduais e municipais de educação, prefeitos e governadores presentes:

     

    Eu vou tentar em trinta ou quarenta minutos, foi o prazo destinado para essa apresentação, provavelmente fazer aquilo a que vou dedicar toda a minha vida. Que é explicar e ajudar a executar em qualquer circunstância, como professor ou como ministro o PDE. Para facilitar a exposição, eu gostaria de inicialmente fazer referências a uma série de medidas interministeriais que foram tomadas, nas quais eu não vou me deter por muito tempo, ao longo da apresentação, mas sem as quais este plano de desenvolvimento não seria o mesmo. Faço referência, por exemplo, ao esforço do Ministério da Ciência e Tecnologia e ao Ministério das Comunicações. E se somar o Ministério da Educação que põe a tarefa de implantar nas escolas públicas os laboratórios de informática, que sem a conectividade que o Gesac vai propiciar, sem os conteúdos educacionais digitais que essa parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia vai propiciar, não teria a mesma serventia que terão em função desse arranjo de forças. Faço referência às portarias que foram assinadas com o Ministério da Saúde. Se queremos educação de qualidade, precisamos integrar as escolas públicas ao programa Saúde da Família, precisamos deflagrar, como fizemos com o Brasil Sorridente, o programa Olhar Brasil que vai garantir exames oftalmológicos para as crianças das escolas públicas e para os jovens e adultos do Brasil Alfabetizado.

     

    Se queremos a escola pública de tempo integral, temos que somar esforços com o Ministério da Cultura, o Ministério do Esporte, o Ministério do Desenvolvimento Social, para que possamos integrar as ações do governo federal e ajudar os municípios e os estados a integrarem as suas ações no âmbito local, para fazer com que a criança permaneça por mais tempo sob a responsabilidade da escola, em atividades extraclasse.

     

    Se queremos melhorar a infra-estrutura das escolas, precisamos somar esforços com o Ministério do Esporte e elencar critérios objetivos para construção de quadras poliesportivas, sobretudo naquelas localidades onde a infra-estrutura para a prática do desporto deixa muito a desejar.

     

    Se queremos uma educação de qualidade, precisamos contar com o BNDES, que acaba de aprovar créditos no valor de R$ 600 milhões, para, sendo generoso, renovar a frota de veículos escolares do Brasil. Eu digo sendo generoso, porque alguns veículos que estão deslocando as crianças das suas residências para as escolas são absolutamente inapropriados para isso. Nós precisamos e fizemos isso com a ajuda do Ministério das Cidades, com o Ministério do Desenvolvimento Econômico, a quem agradecemos a especificação de um veículo seguro para o transporte de crianças que vai possibilitar, com esses créditos do BNDES, a renovação de toda a frota circulante hoje no país em dez anos. Permitindo que ao final desse período, a frota que estiver sendo comprada agora tenha recursos de financiamento para sua contínua renovação.

     

    Nós não podemos conviver mais com crianças sendo transportadas em carroceria de caminhão, sendo transportadas em veículos sem a menor segurança para transporte de pessoas, quanto mais de crianças. Veículos que deveriam transportar cargas, muitas vezes sendo utilizados para fazer a criança chegar à escola. Isso tem que mudar, e mudar rapidamente no nosso país, se quisermos, como fizeram os países desenvolvidos, estabelecer um novo marco na educação brasileira, que inclui, evidentemente, a questão da locomoção, do acesso e da permanência das crianças na escola.

     

    Se nós pudéssemos sintetizar numa palavra, numa expressão o Plano de Desenvolvimento ora enunciado, eu diria que ele é a tradução legítima daquilo que eu e o ministro Tarso Genro, atual ministro da Justiça, e a nossa equipe que se mantém nos últimos três anos, fez questão, junto com os educadores de todo o país, de secretários municipais a reitores, defender como conceito estrutural do sistema educacional brasileiro, que vem a ser a visão sistêmica da educação.

     

    A visão sistêmica da educação que se traduz no compromisso do poder público, com todo o ciclo educacional, da creche à pós-graduação. E agora, neste dia, até mesmo com o pós-doutoramento nós estamos comprometidos, porque o Brasil perdia talentos para países desenvolvidos, porque formava doutores e não havia um programa de manutenção desses quadros de elevada competência técnica em território nacional. E graças ao ministro Sérgio Resende a ao presidente da Capes, Jorge Guimarães, nós estamos estabelecendo um programa que visa manter, mediante concessão de bolsas, o doutor colaborando com as instituições de ensino superior do país.

     

    Visão sistêmica que também se estabelece quando, pela primeira vez, nós anunciamos um programa para construção e expansão da rede de educação infantil, o Proinfância. No Brasil, nós ajudamos a construir escolas de ensino fundamental, de ensino médio, às vezes escolas técnicas, mas hoje  sabemos por todos os estudos internacionais, que se nós quisermos oferecer eqüidade no sistema de ensino, essa eqüidade se garante com a educação infantil. Essa eqüidade se garante fazendo a criança, sobretudo os filhos das famílias mais pobres do país, ter acesso à educação em tenra idade, para que as oportunidades sejam absolutamente equivalentes, e nós possamos oferecer a todos os brasileiros, rigorosamente, as mesmas condições e as mesmas oportunidades.

     

    Cito o Proinfância e o Programa de Pós-Doutorado da Capes e do NCT, para explicar o conceito de visão sistêmica que deve perpassar níveis, fases, modalidades e níveis de ensino.

     

    Nós também não abdicamos da intervenção do poder público em nenhum eixo que estrutura a educação. Da alfabetização de jovens e adultos, passando pela educação básica, profissional e tecnológica, até a educação superior, nós temos que estruturar o nosso sistema de ensino, de tal maneira a ampliar o horizonte educacional de todo brasileiro e de toda brasileira.

     

    Os pilares de sustentação desse projeto passam por financiamento adequado, passam por avaliação e responsabilização dos agentes públicos que comandam o sistema educacional, passam pela formação de professores e valorização do magistério e pela gestão e mobilização das comunidades.

     

    No campo da educação básica, o decreto mais importante que o presidente da República assina hoje é aquele que estabelece o plano de metas Compromisso Todos pela Educação. O que vem a ser esse plano de metas? Graças ao trabalho técnico elaborado pelo nosso instituto de pesquisas, o Inep, nós conseguimos conjugar dois indicadores que medem a qualidade da educação. O primeiro de fluxo e o segundo de desempenho nos exames nacionais de avaliação.

     

    Sobre fluxo, senhor presidente, eu gostaria de dizer que nós temos que desmontar duas indústrias que se criaram no país. De um lado a indústria da repetência, e de outro, a indústria da progressão automática. Nenhuma das duas nos interessa. Nós temos que criar um sistema desenvolvido de educação, pelo qual todos os alunos progridam, mas progridam aprendendo. Obtendo competências e habilidades compatíveis com a sua idade, para que nós não observemos mais o que tem sido a regra da criança chegar ao quarto ano, à quarta série do ensino fundamental sem aquelas competências mínimas para a sua idade, como saber ler e escrever, saber as operações matemáticas próprias da sua idade. Situação com a qual nós não podemos conviver mais. Queremos a progressão dos alunos, mas aprendendo de acordo com as suas possibilidades. Respeitada a sua idade, respeitado o seu sistema educacional, respeitadas até a cultura e a tradição da sua escola, mas sem perder de vista que o foco da escola é o aprendizado. É lá que se ensina, é lá que se aprende. E o resgate simples desse conceito talvez seja o conceito mais revolucionário desse plano de desenvolvimento da educacional. Fazer da escola o que ela nunca poderia deixar de ter sido, que é a igreja do saber. O local onde as crianças vão aprender, e vão se emancipar como indivíduos. É na escola, com ajuda das famílias, com a ajuda inestimada dos professores e dirigentes educacionais, com apoio dos governos locais e regionais, que essa construção se tornará possível.

     

    Eu gostaria de fazer uma referência à questão do financiamento. Nós estabelecemos um indicador de desenvolvimento da educação básica para todos os sistemas municipais do país. E o que se constata, senhores, é que não se encontra uma única cidade pobre, dentre aquelas com melhores indicadores de qualidade, não se encontra uma única cidade rica, dentre aquelas com os piores indicadores da qualidade. Portanto, àqueles que insistem em dizer que o volume de investimento na área da educação é o suficiente, a eles eu convido: estudem o trabalho e a radiografia feita pelo Ministério da Educação, pelo seu instituto de pesquisa, e vocês vão verificar que os municípios mais pobres desse país dependem, vigorosamente, da ação do governo estadual e do governo federal para promoverem a qualificação dos seus sistemas.

     

    O fato que nos chamou a atenção, é que dos mil municípios com os piores indicadores de qualidade, praticamente nenhum teve acesso a transferências voluntárias do FNDE. O que significa dizer que esses municípios muitas vezes sequer têm a capacidade técnica de responder a uma resolução do Ministério da Educação. E eu tenho dito, presidente, que se esses municípios não vêm a Brasília, se esses municípios não vêm ao MEC, é o MEC que tem que ir a esses municípios.

     

    Graças ao apoio da Unesco, oitenta consultores estão sendo contratados, e serão capacitados pelo Ministério da Educação, e farão uma verdadeira caravana da educação neste país, visitando cada um desses mil municípios, que o ministério quer ver atendidos daqui a doze meses. Nós estamos às vésperas do Dia Nacional da Educação, que é o dia 28 de abril. Nós estamos assumindo um compromisso de que no dia 28 de abril de 2008, daqui a um ano, no Dia Nacional de Educação, nós estaremos comemorando a assinatura de pelo menos mil planos de ação articulada plurianual com os municípios mais pobres deste país.

     

    Além disso, cada escola pública deste país também terá o seu indicador de qualidade. Esse indicador que vai variar de zero a dez, vai estabelecer metas para cada escola e para cada sistema educacional.

     

    Nós sabemos pela experiência que quanto pior a situação é relativamente mais fácil melhorar. Quem sai de um patamar muito elevado precisa fazer um esforço muito grande para conseguir uma melhora adicional. Quem sai de um patamar muito inferior, se contar com apoio técnico e financeiro da União, consegue despertar o seu sistema para a qualidade. Nós queremos, nos valendo do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), premiar as escolas que cumprirem as suas respectivas metas. De maneira que a escola, se tem um indicador de zero a dez em um ponto e a sua meta de um e meio para o ano de 2007, essa escola vai receber um adicional, não é punição, um adicional no seu PDDE, a partir de 2008, de 50% do valor.

     

    E se a escola for rural, não tendo feito a Prova Brasil, que é o exame aplicado em escolas públicas urbanas, todas receberão esse adicional. Porque no caso da educação no campo, antes de cobrar, senhor presidente, nós temos que estender as mãos. Nós temos que fazer chegar a essas escolas, por um bom tempo, os recursos financeiros necessários para equipá-las, para tornar a sua infra-estrutura digna do recebimento de professores e alunos, para garantir as condições mínimas e adequadas para que aquele estabelecimento receba digtitle_aliasnte o nome de escola pública. Nós precisamos garantir isso, independentemente de metas, porque a educação no campo será uma das prioridades do Ministério da Educação. E não é por outra razão que o Proinfo, que é o programa de laboratórios de informática, está sendo modificado e criado o Proinfo Rural. Se estamos falando em inclusão digital, temos que falar de inclusão digital também no campo, e não só na cidade. O transporte escolar com a ajuda do BNDES; o Brasil Alfabetizado, que vai recrutar professores da rede pública para se tornarem professores alfabetizadores, sobretudo no campo, onde está o brasileiro não- alfabetizado; e a parceria com o Ministério das Minas e Energia que se comprometeu a priorizar, no âmbito do programa Luz para Todos, a conexão de todas as escolas públicas à rede elétrica. O que vai ser possível com essa mudança e priorização que foi acatada pelo ministro Silas Rondeau. Nós temos ainda 1,5% das nossas crianças em escolas sem energia elétrica. São 18 mil escolas, o número assusta, mas é 1,5 % da matrícula. Mas nenhum aluno pode permanecer numa escola que não esteja minimamente equipada para receber equipamentos que o Ministério da Educação passa a destinar, como é o caso tanto dos laboratórios como do programa TV Escola e DVD Escola.

     

    Eu já me referi ao programa Mais Educação, que tem a intenção de aumentar a jornada, sob a responsabilidade da escola, das crianças das escolas públicas.

     

    A Provinha Brasil, que já foi discutida na imprensa no último mês. A idéia de que nenhum aluno possa chegar aos oito anos sem saber ler e escrever. Portanto, nós estamos rompendo com o ciclo que não tem solução. Um ciclo que apura as competências adquiridas pelo aluno só aos 10 ou 11 anos de idade, situação em que há pouco a se fazer. Nós temos que acompanhar o processo de alfabetização com todo respeito à idade da criança, mas a partir dos seis anos, para garantir que aos oito todos estejam alfabetizados, e aos dez todos sejam capazes de atender aos requisitos mínimos de qualidade, expressos nas matrizes dos exames de avaliação nacional.

     

    Dentro desse contexto, entra também em parceria com o Centec e o Itaú Cultural uma encomenda do presidente de muito tempo, a olimpíada Escrevendo o Futuro da Língua Portuguesa.

     

    A implantação, já referida pelo presidente, dos mil pólos da Universidade Aberta. Eu gostaria de divulgar, senhor presidente, que o segundo edital foi respondido por nada menos do que 800 municípios. Ou seja, no primeiro edital, nós tivemos 400 propostas, 300 das quais aprovadas e com previsão de início de atividade em 2007. No segundo edital, nós obtivemos a resposta de 800 municipalidades, para selecionar 200 pólos a cada ano. Daqui, até o final do seu mandato, para que nós tenhamos os mil pólos instalados. E cada professor de educação básica deste país filiado a uma universidade pública federal, estadual ou municipal. Garantindo a formação inicial e continuada permanente para o nosso magistério. O que evidentemente se soma à iniciativa de fixação do Piso Nacional do Magistério, que já se encontra no Congresso Nacional, e que certamente será aperfeiçoado pelos deputados e pelos senadores.

     

    O presidente também fez referência às ações no âmbito da educação especial, na construção das salas de equipamentos adequados para recepção desses alunos. Que são as salas de recursos multifuncionais. São 400 salas multifuncionais por ano. A eletrificação das escolas públicas, a que eu já me referi. A Gesac, a que eu já me referi.

     

    Editais de conteúdos digitais. Sobre isso eu gostaria de um breve esclarecimento. Muitas vezes um pesquisador faz um estudo e chega à conclusão de que um computador na escola não ajuda o desempenho, o que muito provavelmente é verdade. Mas nós temos hoje segurança em dizer que a inclusão digital na sua inteireza inclui o laboratório de informática, a conexão com a internet e o acesso a conteúdos digitais educacionais. Nós não temos mais a menor dúvida de que se impacta muito favoravelmente à qualidade da educação básica, como vai ser constatado a partir da divulgação de um estudo, que já está pronto, do Inep, demonstrando essa correlação. O Proinfância, que são as creches financiadas pelo governo federal. O programa A Caminho da Escola, que eu também já falei. O PDDE.

     

    No caso da alfabetização, nós estamos fazendo uma mudança muito significativa no desenho do Brasil Alfabetizado. O que nós queremos daqui para frente é que os professores da rede pública sejam os professores alfabetizadores.

     

    Do nosso magistério na zona rural, 62% estão em regime de 20 horas. É na zona rural que se encontra o público por excelência do Brasil Alfabetizado. Se nós conseguirmos recrutar esses professores da rede pública, e no contraturno formar uma turma de jovens e adultos de alfabetização, nós vamos garantir várias coisas simultaneamente. Pelo menos três. A primeira delas: fazer o Brasil Alfabetizado chegar àquele que mais necessita do programa. Em segundo lugar: remunerar mais adequadamente os professores que vão ser bolsistas da União, a partir da sua adesão ao programa. E em terceiro lugar, nós vamos permitir a capacitação desses professores, não apenas para a alfabetização de jovens, mas também para a alfabetização das crianças. Uma vez que é nessas mesmas localidades que a taxa de analfabetismo de crianças de 10 a 15 anos é superior a de todo o país. São três subprodutos importantes desse redesenho do Brasil Alfabetizado.

     

    A meta do Brasil Alfabetizado é credenciar 100 mil professores bolsistas, que receberão, em conta corrente própria desses professores, a bolsa prevista no programa.

     

    Na hora da educação profissional, presidente, o senhor fez menção a 150 cidades-pólo que serão anunciadas hoje. Eu quero lhe dizer, presidente, com toda a segurança, serão sete ministérios envolvidos na definição dessas cidades. Governadores, secretários estaduais, secretários municipais consultados para definição dessas cidades. O senhor poderá até ser, injustamente, acusado de ter esquecido algum município. Mas eu quero dizer que jamais alguém vai poder dizer que o senhor esqueceu do Brasil na área da educação profissional.

     

    O senhor assume a Presidência da República em 1° de janeiro de 2003, com 140 escolas técnicas instaladas. E eu lembro ao senhor que a primeira foi instalada em 1909 por Nilo Peçanha. De 1909 a 2002, o governo federal instalou 140 escolas técnicas no país. O senhor deixará como legado do seu segundo mandato, contando com o plano de expansão do primeiro, 354 escolas técnicas federais. São 64 escolas técnicas que ficarão prontas até 2007, e de 2008 até 2010, outras 150 escolas técnicas. Não, são 140 mais 214. Não estou tão bom na tabuada.

     

    Ainda no que diz respeito à educação profissional, nós estamos relançando o Proep, o Proep 2, que mantém o nome, mas muda o caráter do Proep 1. Que é o fato de estarmos apoiando as redes estaduais de educação profissional, sobretudo no que diz respeito à integração da educação de ensino médio com a educação profissional.

     

    Nós estamos remetendo para o Congresso Nacional o aperfeiçoamento da LDB. Nós queremos fortalecer o ensino médio propedêutico, mas por outro lado, o ensino médio integrado à educação profissional. Para isso, o Proep vai ajudar, mas o edital, lançado pela Seed, que cria uma espécie de universidade aberta do Brasil de nível médio integrada à educação profissional, vai permitir às escolas de ensino médio das periferias das grandes metrópoles um apoio da União que nunca tiveram. E nós vamos poder, nessas regiões metropolitanas, nas mesmas escolas de ensino regular, nos valermos desse equipamento, para à noite, à tarde, ou de manhã oferecer um complemento aos estudos da juventude, que vão permitir a ela uma formação geral, como é obrigação do ensino médio regular, mas também um acesso a uma profissão.

     

    E nós vamos, com isso, presidente, com toda certeza, verificar que os índices de desemprego dessa faixa etária vão cair drasticamente, porque tudo o que o jovem quer é trabalhar e para isso ele precisa de uma profissão.

     

    Além disso, nós estamos encaminhando, 30 anos depois de criada a Lei de Estágio, que é de 1977, do então ministro Ney Braga, uma reformulação completa das normas regulando o estágio. Gostaria de agradecer ao ministro Marinho, ao ministro Lupi, que assinam o projeto de lei, junto com o Ministério da Educação, encaminhado ao Congresso Nacional.

     

    Estágio é ato educativo. Estágio não é expediente de precarização de mão-de-obra no país, senhor presidente.

     

    Há vários projetos tramitando no Congresso Nacional, já fizemos uma compilação de todos os projetos, agregamos o trabalho feito pela comissão instituída pelo MEC e o Ministério do Trabalho e conseguimos chegar a um projeto de lei consensual para remetermos ao Congresso Nacional. Nós queremos promover o estágio, mas nós não queremos que o estágio seja um expediente de substituição dos trabalhadores. Nós queremos que os estudantes tenham a oportunidade de ingressar numa fábrica, num escritório, num hotel, aprender turismo, aprender contabilidade, aprender gestão, mas nós temos que tratar esses estudantes como tal. E as atividades do estágio têm que estar minimamente integradas aos currículos do ensino médio, se nós quisermos que esses alunos saiam com uma qualificação profissional.

     

    Nós estamos avançando muito na educação profissional ao integrá-la ao ensino médio, ao expandirmos a rede federal de educação profissional e, sobretudo, regulamentando a lei de estágio.

     

    Eu queria, antes de passar para a educação superior, finalizando a minha apresentação, fazer um agradecimento aos três conselhos Concefet - Conselho Nacional dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica, Coneaf - Conselho das Escolas Agrotécnicas e Condetuf - Conselho das Escolas Técnicas vinculadas às universidades federais, que representam todas as escolas técnicas, Cefets e escolas agrotécnicas do país, inclusive aquelas vinculadas às universidades. Nós, a muitas mãos, criamos um novo conceito pedagógico da educação profissional que é o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Nós queremos, senhor presidente, que essas 150 novas escolas tenham um novo perfil acadêmico, um perfil que atenda à educação básica, um perfil que forme professores, sobretudo nas áreas de física, química, biologia e matemática para a rede pública de ensino regular e que tenha um compromisso com a educação tecnológica de nível superior, mas montada para os novos arranjos produtivos locais.

     

    Eu agradeço a participação dos diretores aqui presentes na formatação do decreto que cria um novo modelo de educação profissional que é o Ifet, e que eu tenho certeza que vai ser saudado por especialistas em educação profissional e por cientistas de todo o país que reclamam há muitos anos de um apoio mais enfático do governo federal na área da formação científica e da divulgação científica.

     

    Na área da educação superior, os desafios não são menores, nós, em parceira com a Andifes, eu cumprimento o reitor Paulo Speler, presidente da Andifes aqui presente, resolvemos encarar um desafio enorme, reitor, que é o de reestruturar do ponto de vista acadêmico as nossas instituições para que possamos cumprir esse desafio colocado pelo presidente da República de acolher um número muito maior de jovens brasileiros nas nossas universidades.

     

    Nós estamos criando um colchão orçamentário para cada instituição de 20% de seu orçamento total para financiar esses projetos de reestruturação e expansão, cujos objetivos centrais são flexibilidade curricular, aproveitamento de créditos, mobilidade estudantil, cursos noturnos, assistência estudantil para garantir a permanência dos jovens de baixa renda nas nossas universidades, uma visão mais larga do que é a graduação, evitar a profissionalização precoce dos nossos jovens para que eles possam ter uma formação geral robusta antes de escolher uma profissão.

     

    A Andifes teve um papel destacado na formatação desse decreto e eu tenho a certeza de que nos próximos anos nós vamos poder ampliar e muito o acesso à educação superior pública de qualidade da nossa juventude que vai contar, além da expansão da universidade pública federal, com mais bolsas do programa Universidade para Todos por uma simples modificação da lei do Fies.

     

    Eu quero esclarecer isso com alguma calma. Muitas instituições de ensino superior não aderiam aos inúmeros programas de refinanciamento de dívidas e nós fomos investigar a razão disso, por que instituições devedoras não aderiam a programas de refinanciamento de dívida ativa. E nós encontramos a resposta, é relativamente simples, essas instituições não podiam usar os títulos que recebem do financiamento estudantil para o pagamento de dívida passada, mas apenas de tributo corrente. O que essa lei encaminhada ao Congresso Nacional fará é permitir que as instituições possam usar os títulos que recebem do governo federal do Fundo de Financiamento Estudantil também no pagamento das suas dívidas pregressas que serão consolidadas a partir desse programa.

     

    Então, temos aí dois importantes programas que vão ampliar e muito o acesso à educação superior que será qualificada por esses dois programas como nós podemos verificar no último Enade, que demonstrou que os alunos do ProUni têm desempenho superior em todas as áreas analisadas do que o dos alunos pagantes, o que comprova a regra, clara ao Ministério da Educação, de que é possível, sim, compatibilizar acesso e qualidade na área educacional.

     

    Eu gostaria de dar em primeira mão, e agradeço aos ministros Guido Mantega e Paulo Bernardo por esse ato corajoso de confiança nas universidades federais. A área econômica resolveu reunir esforços junto com o Ministério da Educação para caminharmos um tema que é caro a nossa universidade, que é a questão da autonomia universitária. Presidente, reitor Paulo Speler, assinar um decreto que durante dois anos foi discutido no âmbito do governo, que é um decreto que recebeu a alcunha apropriada de faxina da Andifes, um decreto que remove uma série de penduricalhos que inibia o exercício da autonomia por parte das nossas instituições. E no bojo desse decreto um dado muito importante é de que todas as universidades federais vão contar, a partir de hoje, com um banco de professores, um banco de professores à prova de sucateamento, porque quando um professor se exonera ou quando um professor se aposenta nós criamos os mecanismos necessários para a reposição automática do corpo docente, evitando que as universidades passem pelo constrangimento sofrido no passado.

     

    Senhoras e senhores, é um conjunto de mais de 40 medidas, todos têm uma agenda, a hora do almoço se aproxima. Nós teremos a oportunidade de discutir detalhes pela imprensa, na Comissão de Educação do Senado, na Comissão de Educação da Câmara e no próprio Ministério da Educação de todas as questões que foram levantadas e argüidas por todos vocês que ajudaram na construção desse plano. O MEC, como sempre esteve, continuará aberto a sugestões e se nós pudermos aperfeiçoar o nosso trabalho, nós não relutaremos em admitir eventuais falhas para que esse plano possa ser abraçado por todo o país como um plano de Estado ou um plano de uma geração e não um plano de partido ou um plano de um governo. Muito obrigado, bom dia a todos.

     

  • Volumes de 2011


    Anos iniciais do ensino fundamental



    Ensino médio



    Matemática:


    Volume 1: Parte 1 | Parte 2| Parte 3| Parte 4| Parte 5 | Parte 6
    Volume 2: Parte 1| Parte 2 | Parte 3 | Parte 4
    Volume 3: Parte 1.1| Parte 1.2| Parte 2 | Parte 3 | Parte 4 e 5 | Parte 6

     

    Química: Volume 4| Volume 5

     

    Biologia: Volume 6

     

    Física: Volume 7

     

    Geografia: volume 8: Introdução | Partes 1 e 2 | Partes 3 e 4 | Partes 5 e 6| Partes 7 e 8 | Parte 9

     

    Antártica Volume 9 |

    O Brasil e o meio ambiente antártico: volume 10: parte 1 | parte 2 |

     

    Astronomia: Volume 11

     

    Astronáutica: Volume 12

     

    Mudanças Climáticas: Volume 13

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