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  • Foto: Wanderley PessoaA Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC) lançou nesta quarta-feira, dia 22, o livro Brincar para Todos, destinado a professores e pais de crianças com deficiência visual. O objetivo é auxiliar a aprendizagem por meio de brinquedos coloridos e fáceis de montar.

    “O livro é uma referência para novas práticas pedagógicas e para o sistema de ensino inclusivo. Contribui não só para os que têm necessidades educacionais especiais, mas para a qualidade da educação de todos os alunos”, disse a secretária Cláudia Dutra.

    O livro, produzido em parceria com a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual (Laramara), contém 109 brinquedos, tanto para bebês quanto para crianças em idade escolar. Há chocalhos para ajudar na identificação de sons, encaixe de objetos para desenvolver o tato em texturas e formas e jogos voltados para melhorar a desenvoltura das crianças em casa, como o reconhecimento de utensílios domésticos.

    O MEC distribuirá, ainda este mês, cinco mil exemplares do livro em toda a rede pública de ensino. Pretende, também, elaborar versões em áudio para auxiliar crianças com outros tipos de deficiência.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • A publicação Estatísticas sobre educação escolar indígena no Brasil, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), traz um retrato detalhado da oferta de ensino nas aldeias. “É a primeira vez que o recorte é feito dessa forma. É um mergulho na realidade dessas escolas e um importante instrumento para aprimorar políticas públicas educacionais voltadas a esses povos”, explicou a diretora de Tratamento e Disseminação de Informações Educacionais do Inep, Oroslinda  Goulart. O lançamento do estudo ocorreu durante o debate Um olhar sobre a Educação Escolar Indígena no Brasil, nesta quarta-feira, 18, no auditório do Conselho Nacional de Educação (CNE).

    Os dados estatísticos apresentados são do Censo Escolar do 2005 do Inep e se referem à Educação Básica. Há, também, comparações com o Censo de 1999, ano em que o CNE, interpretando dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e da Constituição Federal, instituiu a categoria escola indígena nos sistemas de ensino do país.

    O detalhamento da estatística contempla a diversidade sociocultural das escolas indígenas, os métodos didático-pedagógicos empregados, etapas de ensino ofertadas, origem dos professores (indígenas e não indígenas) e traça o perfil dos alunos. Mostra, ainda, que houve avanços na oferta de educação escolar indígena no período analisado. Entre eles, destaca-se o número de estudantes, que subiu 50%, saltando de 93 mil para 163,7 mil e o aumento do número de  escolas de ensino médio, de 943 para 4.270.

    Obras — Outras quatro obras que trazem uma renovação na visão dos indígenas do Brasil foram lançadas no encontro: O índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos do Brasil de hoje, de Gersem Baniwa; A presença na formação do Brasil, de João Pacheco Oliveira e Carlos Augusto da Rocha; Povos indígenas e a lei dos “Brancos”: o direito à diferença, de Ana Valéria Araújo; e Manual de Lingüística:subsídios para a formação de professores indígenas na área de linguagem, de Marcus Maia.

    “São livros paradidáticos, feitos para estudantes indígenas que estão no ensino superior. São instrumentos fundamentais na formação de um cidadão indígena universitário brasileiro, para o exercício das suas atividades profissionais e para sua percepção como sujeito de direitos no Brasil”, explica um dos coordenadores da produção, Antônio Carlos de Souza Lima.

    Ele também destaca o manual de lingüística, para professores indígenas, que parte das 130 diferentes línguas indígenas faladas no Brasil, para discutir o uso do português como segunda língua. “Esperamos que esses livros sejam distribuídos e consumidos Brasil afora porque trazem uma renovação total do que seja a visão dos indígenas do Brasil”, concluiu.

    Juliana Meneses

  • Prensa, martelo, cola, papel, papelão, estilete, lixa, trapo e dobradeira de osso é o material usado na oficina de encadernação que o estande do MEC oferece até domingo, 22, sempre às 11h, na 12ª Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro.

    A oficina é direcionada principalmente a professores e alunos do magistério, mas qualquer pessoa pode participar.

    Diante da platéia, um livro antigo sem capa e com folhas soltas ganha cara de novo nas mãos de Antônio Carlos Barreto, dono de uma livraria (sebo) e oficina de encadernação localizada no centro do Rio.

    "Vamos poder ensinar alguma coisa aos nossos alunos para que eles façam pelo menos uma restauração parcial dos livros", comemora o professor de história Maurício Soares dos Santos, do Ciep João Vita, em Santa Cruz (RJ). "É uma forma de mostrar a importância que tem um livro e de ensinar, com a restauração, a diferença entre um livro raro e um livro moderno", explica.

    Repórter: Heloisa d'Arcanchy

  • As entidades operadoras do Programa Diversidade na Universidade, Projetos Inovadores de Cursos (PICs), no Rio de Janeiro, começam a receber nesta quarta, 11, o kit Educação e Diversidade. O material contém 26 títulos de literatura afro-brasileira e de diversidade, 12 vídeos abordando a temática do racismo e diversidade étnico-racial, um mapa do Brasil indígena e um calendário quilombola.

    O programa, comandado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), tem a coordenação de Renata de Melo Rosa. Ela avalia que parte desse material servirá diretamente ao ensino médio, e a outra, à diversidade. "Nós esperamos que esse material possa servir de complemento para a formação anti-racista dos professores dos PICs e, conseqüentemente, dos alunos", disse Renata de Melo Rosa.

    A Secad conseguiu reunir importantes parceiros para articular a diversidade e os conteúdos curriculares. São eles: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Secretaria dos Direitos Humanos (SEDH/MJ), Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Fundação Cultural Palmares, Coordenação de Educação Escolar Indígena da Secad, Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (Ceert), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Centro de Informação e Biblioteca em Educação (Cibec).

    Tradições - O mapa do Brasil indígena destaca a distribuição geográfica da população indígena no território brasileiro. Já o calendário quilombola retrata a história de um rapaz que sai de sua comunidade em busca de novos horizontes. Ele volta culto, com idéias de valorização de seu povo, das tradições e de luta pela igualdade política, especialmente pelo direito à terra.

    "O material dos kits vai fazer com que professores e alunos saiam fortalecidos do PICs", enfatizou Renata. Segundo ela, instituições operadoras dos PICs em outros estados como São Paulo, Maranhão, Minas Gerais e Bahia também vão receber o material.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Mais de sete milhões de alunos das três séries do ensino médio público receberão, até o início do próximo ano letivo, os livros de biologia adquiridos ontem pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Além dos 7,2 milhões de livros de biologia, foram comprados também 1,9 milhão de livros de português e matemática, para reposição.

    A negociação envolveu dez editoras e representou um investimento de R$ 105,1 milhões, sendo R$ 85,8 milhões destinados aos livros de biologia e R$ 19,2 milhões para a reposição de português e matemática.

    Criado em 2004, o Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio (Pnlem) prevê o atendimento aos estudantes das redes públicas de forma progressiva. No ano de sua criação, o programa atendeu, de forma experimental, 1,3 milhão de alunos da primeira série do ensino médio, matriculados em 5.392 escolas das Regiões Norte e Nordeste. Estes alunos receberam, no início do ano letivo de 2005, livros de português e matemática. Para estas duas disciplinas, o atendimento foi universalizado já em 2006, com a compra de livros para sete milhões de alunos matriculados em 13,2 mil escolas de todo o País.

    A partir de 2007, serão 14,7 mil escolas, onde estudam 7,6 milhões de alunos. Com o atendimento ampliado para mais uma disciplina, a expectativa agora é pela distribuição de livros das outras disciplinas, como física e química, já avaliados por especialistas da Secretaria de Educação Básica do MEC. O Pnlem é mantido pelo FNDE com recursos financeiros provenientes do Orçamento Geral da União e do Programa de Melhoria e Expansão do Ensino Médio (Promed). (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)

  • O Ministério da Educação concluiu a distribuição de 105.069 livros – gramáticas e dicionários em língua espanhola – para escolas públicas de ensino médio. O material servirá de apoio para os professores ensinarem a disciplina, que se tornará obrigatória no ensino médio até 2010.

    Para as escolas do Distrito Federal, foram distribuídos 826 livros, 826 gramáticas e 1.649 dicionários. Segundo a diretora do Centro Interescolar de Línguas, que atende o Centro de Ensino Elefante Branco, em Brasília, Denise Camacho, o material é bastante atualizado e será usado pelos professores para pesquisarem temas que serão aplicados em sala de aula. “Temos muitos estagiários que estão concluindo a universidade e dão aulas aqui. Eles vão usar o material como apoio”, explica. O Centro, que recebeu 20 livros, atende atualmente 2.300 alunos em aulas de espanhol, 5.000 em inglês e 1.000 em francês.

    A Lei nº 11.161/2005 prevê a implantação gradativa do ensino do espanhol, no prazo de cinco anos, e determina que a escola é obrigada a oferecer a disciplina, mas ao aluno é facultada a matrícula. Quando trata da oferta nas redes pública e privada, a lei tem distinções. As escolas públicas devem oferecer a língua espanhola em centros de ensino de língua estrangeira; enquanto a rede privada pode ofertar a disciplina de duas formas: nas salas de aula e em horários normais ou em centros de estudos de língua moderna.

    De acordo com a coordenadora do Ensino Médio da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Lúcia Lodi, esta lei especifica o artigo 36, inciso 3º, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), tornando obrigatório o ensino do espanhol na educação média.

    De acordo com o Censo Escolar de 2004, o ensino médio tem 9,1 milhões de matrículas. Deste total, 8 milhões de alunos estão nos sistemas públicos municipal, estadual e federal e 1,1 milhão na rede privada.

    Flavia Nery

  • De acordo com os técnicos da Secad, os profissionais de educação não podem se queixar da falta de material informativo sobre história e cultura afro-brasileira e africana. A Secad disponibilizou para todas as secretarias de educação 11 livros publicados nos últimos três anos. O livro Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais, por exemplo, lançado ano passado pela Secad, busca detalhar uma política educacional que reconheça a diversidade étnico-racial em correlação com a faixa etária e com situações específicas de cada nível de ensino, procurando com isto, fornecer subsídios para o tratamento da diversidade na educação de forma contextualizada.

    Além dessas publicações, em breve serão lançados e distribuídos outros dois livros sobre o acesso e permanência da população negra no ensino superior e sobre a construção de uma política educacional anti-racista.

    Ivonne Ferreira

  • O Ministério da Educação submete o conteúdo das obras destinadas aos alunos do ensino médio a uma avaliação para garantir ensino de qualidade. Já foram avaliados livros de química, física, biologia, português e matemática. Na segunda-feira, dia 17, saiu o resultado da aferição das obras de geografia e história.

    Foram analisados 26 livros de geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), que recomendou 18 deles. A Universidade Federal Fluminense (UFF) avaliou 18 de história e aprovou 14. Uma coleção de ciências humanas também foi aprovada para adoção nas escolas. “O trabalho de avaliação pelo MEC é de fundamental importância porque assegura obras didáticas de qualidade, tanto do ponto de vista conceitual quanto do metodológico”, disse Lúcia Lodi, diretora de políticas públicas do ensino médio do MEC. “Os livros divulgam valores e princípios e devem sempre respeitar a diversidade étnica e cultural brasileira.”

    Desde o ano passado, o MEC distribui publicações de português e matemática para alunos do ensino médio. Inicialmente, foram beneficiados estudantes da primeira série de 5.392 escolas públicas nas regiões Norte e Nordeste. Este ano, o Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM) passou a atender todos os alunos matriculados em escolas públicas de todo o país.

    Estados interessados em distribuir obras das demais disciplinas, com recursos próprios, podem seguir as recomendações da lista do MEC.

    Raquel Maranhão Sá

  • O Ministério da Educação vai avaliar, nos próximos dias, os livros do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) a serem entregues aos estabelecimentos públicos de ensino fundamental até o fim do ano. Serão selecionados 225 títulos de obras literárias para alunos da quinta à oitava série. Eles comporão o acervo das bibliotecas de 46,7 mil escolas. Serão atendidos aproximadamente 14 milhões de alunos.

    O total de livros que cada escola receberá vai depender do número de matriculados. Os estabelecimentos com até 150 alunos receberão 75 títulos; com 151 a 300 estudantes, 150; com mais de 300, 225. As obras terão conteúdo variado, como biografias, poesias, contos, crônicas, teatro, romance, histórias em quadrinhos e, especialmente, adaptações para o público jovem de obras clássicas da literatura universal.

    No ano passado, o MEC adquiriu 300 títulos para alunos da primeira à quarta série e promoveu uma mudança no sistema de entrega. Antes, os livros eram enviados às escolas e repassados diretamente aos alunos. Desde o ano passado, destinam-se ao uso coletivo de estudantes e professores e compõem o acervo bibliográfico das escolas. Em 2005, foram beneficiadas 136.389 instituições públicas que oferecem as séries iniciais do ensino fundamental com, pelo menos, um acervo composto por 20 títulos.

    As escolas cadastradas no Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) puderam escolher, entre 15 acervos, obras de diferentes níveis de dificuldade para dar aos estudantes as opções de acesso a textos com autonomia de leitura e para leitura com a mediação dos professores.

    Estímulo — Desde 1997, o MEC incentiva alunos, professores e comunidade em geral a adquirir e manter o hábito da leitura. Por meio do PNBE, o ministério adquire e distribui obras de literatura brasileira e estrangeira, infanto-juvenis, de pesquisa e de referência, além de materiais de apoio, como atlas, globos e mapas.

    O PNBE é executado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), gerido com recursos do Orçamento da União e da arrecadação do salário-educação. A seleção das obras é feita pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    Susan Faria

  • O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) fechou esta semana negociação com 16 editoras para a compra de 128,4 milhões de livros para os programas Nacional do Livro Didático (PNLD), voltado para o ensino fundamental, e Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (Pnlem), que serão utilizados pelos alunos da rede pública em 2008.

    Para a aquisição dos livros didáticos, o fundo vai investir R$ 746,4 milhões. As obras serão produzidas pelas editoras Moderna, FTD, Ática, Saraiva, Scipione, Positivo, do Brasil, Escala, Ibep, Base, Dimensão, Sarandi, Nova Geração, Casa Publicadora, Educarte e Cia. da Escola. As editoras têm prazo até 10 de janeiro de 2008 para concluir a entrega dos exemplares.

    Os livros que serão produzidos são das disciplinas de história e química para as três séries do ensino médio, para a grade completa do ensino fundamental de 5ª a 8ª série (ou 6ª a 9ª), e livros para a 1ª série do ensino fundamental, adquiridos anualmente por serem classificados como consumíveis. Para o ensino fundamental são livros de língua portuguesa, matemática, ciências, história e geografia.

    Reposição ― Além da aquisição dos livros da grade completa para as séries finais do ensino fundamental e das obras de história e química para o ensino médio, fazem parte do pacote negociado livros para complementação de alunos ingressantes e para reposição do material danificado ou extraviado. São obras de língua portuguesa, matemática e biologia para o ensino médio; e de língua portuguesa, matemática, ciências, história e geografia para as classes de 2ª a 4ª série do ensino fundamental.

    Lucy Cardoso

  • Alunos cegos que cursam o ensino médio em escolas públicas são beneficiados este ano pelo Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (Pnlem). Pela primeira vez, os alunos cegos recebem livros em áudio, de biologia e português, e o livro de matemática em braille. Além disso, a Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC) distribuirá 774 notebooks para escolas públicas que tenham alunos cegos matriculados no ensino médio.

    Nesta terça-feira, 24, às 8h30, o ministro da Educação, Fernando Haddad, e a secretária de Educação Especial, Cláudia Dutra, participam de cerimônia de entrega dos livros didáticos e computadores para alunos cegos. O encontro será no auditório do Centro de Ensino Médio Setor Leste, localizado no SGAS 611/612 Sul, em Brasília (DF). O secretário de Educação do Distrito Federal, José Luiz da Silva Valente, a diretora de Ensino Especial no Distrito Federal, Giselda Jordão de Carvalho, a diretora Regional de Ensino, Leila Pavanelli, e o diretor do Centro de Ensino Médio Setor Leste, Sidney Marinet Guedes de Almeida, estão entre as autoridades educacionais que participarão do evento.

    No Brasil são 784 alunos cegos que cursam o ensino médio em escolas públicas. Cada um deles receberá dois livros em aúdio, de português e biologia, e um livro em braille, de matemática. Para que a distribuição dos livros didáticos em formato acessível alcance o seu objetivo, a Seesp distribuirá, a partir da primeira semana de agosto, 774 notebooks com programas de leitor de textos como o Dosvox. Isso permitirá a leitura dos livros em áudio, além da edição de textos, acesso à internet e à impressão dos trabalhos dos alunos em impressora braille computadorizada.

    Após a entrega de todos os equipamentos eletrônicos, a Seesp enviará para as escolas contempladas um termo de doação, que delega às escolas e às secretarias estaduais de educação a responsabilidade pela manutenção e guarda dos computadores, que poderão ser deslocados para outras escolas, de acordo com o movimento futuro das matrículas de alunos cegos no ensino médio.

    Maria Pereira Filha

  • Até 1999, muitos estudantes brasileiros não tinham acesso a livros didáticos, já que eram raras as obras adaptadas aos portadores de deficiência visual total. Livros didáticos em braile estavam disponíveis apenas em alguns locais do país, como no Instituto Benjamin Constant (IBC/MEC), no Rio de Janeiro. A partir de então, o Ministério da Educação passou a implementar ações para atender esses alunos.

    A experiência começou com a transcrição de vinte títulos de livros didáticos, distribuídos em meio magnético a todos os centros de apoio para atendimento às pessoas com deficiência visual (CAPs) brasileiros.  Em 2000, foram entregues 90 títulos de obras de 1ª a 4ª série, beneficiando 543 alunos de 350 escolas públicas.

    O grande salto foi dado em 2003, quando a Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC) assinou convênio com a Fundação Dorina Nowill para que a instituição produzisse, junto com o IBC, livros em braile. Com a medida, foram transcritos 128 títulos e produzidos 6.924 livros de 1ª a 8ª série, elevando o número de beneficiados para 3.717. Além disso, o programa do livro em braile foi ampliado, com a inclusão de obras paradidáticas da coleção Literatura em Minha Casa, do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), composta por 70 títulos.

    Censo escolar - Outro avanço foi o levantamento, pelo censo escolar de 2004, da localização dos alunos portadores de deficiência visual, realizado pelo Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). "A partir desses dados, poderemos planejar de forma mais eficiente tanto a produção quanto a distribuição dos livros em braile", afirma Daniel Balaban, diretor de Ações Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), responsável pelos programas do livro.

    Os deficientes visuais não foram os únicos portadores de necessidades educacionais especiais beneficiados pelos programas do livro. Em 2004, foi instituído o atendimento aos alunos da educação especial das redes pública e privada definidas pelo censo escolar. Na rede privada, recebem livros os portadores de necessidades educacionais especiais das escolas filantrópicas e comunitárias.

    Beth Almeida

  • O mundo do trabalho é o tema central da coleção Cadernos de EJA (educação de jovens e adultos) que o Ministério da Educação está enviando às escolas e agentes públicos que trabalham na área. A coleção tem 14 volumes para uso do professor do ensino fundamental que leciona em classes da educação de jovens e adultos e 13 cadernos para atividades dos alunos na sala de aula.

    Para a coordenadora de educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Cláudia Veloso, ao abordar o trabalho sob 13 diferentes ângulos – mulher e trabalho, segurança e saúde no trabalho, economia solidária e trabalho, trabalho no campo – a coleção está atenta ao mundo de jovens e adultos que vêm do trabalho para a escola e pela linguagem que eles dominam. Composta de textos atuais de gêneros diferentes, tais como notícia, novela, conto, Cadernos de EJA têm o objetivo despertar nos adultos o interesse pela leitura.

    Com tiragem de 50 mil kits de 27 volumes impressos e seis mil CDs (com o mesmo conteúdo), a coleção permite ao professor estruturar seu trabalho de acordo com a realidade local ou regional. Se o professor, por exemplo, tem uma classe onde predominam trabalhadores rurais, ele poderá começar a atividade com o caderno Trabalho no Campo. Este caderno, explica Cláudia Veloso, traz, entre outros, textos sobre agricultura familiar, biodiesel, o mundo dos canaviais, crimes do latifúndio, demarcação de terras indígenas. Cada publicação é enriquecida com textos literários e ilustrações. No caderno Trabalho no Campo, os alunos poderão ler o poema Falando Sério, de Luis Fernando Veríssimo, e o conto indígena Um Homem que Trabalhou o ano Todo, de Yanahim Mahala Waura.

    A coordenadora de EJA explica que o material oferecido pelo MEC às redes públicas de ensino, não é de uso obrigatório, mas uma alternativa para o professor nas tarefas de planejamento e organização da atividade de formação do aluno. Os 13 cadernos do professor sugerem atividades para todas as disciplinas do ensino fundamental e correspondem aos temas dos cadernos do aluno. O professor recebe também um caderno metodológico que mostra as possibilidades de uso da coleção da 1ª a 8ª série do ensino fundamental. Cláudia Veloso informa que 80% da coleção impressa e em CD já foram para as escolas e redes públicas.

    Quem recebe — A coleção impressa segue para 42.733 escolas que ofereceram ensino fundamental para jovens e adultos em 2006 e para as 26 secretarias estaduais de educação e do Distrito Federal. Recebem uma coleção impressa e um conjunto de CDs: coordenações estaduais de EJA, 3.733 secretarias municipais de educação que tinham classes de jovens e adultos em 2006, núcleos de pesquisas sobre EJA das instituições de ensino superior e os fóruns estaduais e regionais de educação de jovens e adultos. As 1.830 secretarias municipais de educação que não tinham classes de EJA em 2006 recebem um conjunto de CDs.

    Ionice Lorenzoni

     

  • No Dia  Mundial do Livro, da Leitura e do Autor, comemorado nesta quarta-feira, 23, convém listar possibilidades de acesso gratuito à leitura. Apesar do crescimento econômico apresentado pelo Brasil nos últimos anos, estima-se que aproximadamente 10% da população sobreviva com um quarto do salário mínimo. De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), esse grupo representava 19,98% dos brasileiros em 1990 e 11,11% em 2005. Para essas pessoas, um livro de literatura é um artigo de luxo.

    Na escola municipal de educação infantil e fundamental Florestan Fernandes, localizada no município de Campo Mourão (PR), a maior parte dos estudantes é carente. Os quase mil alunos da instituição são filhos de pedreiros, jardineiros e trabalhadoras domésticas. “A renda deles é de no máximo três salários mínimos e as famílias têm, em média, quatro filhos”, relata a diretora da escola, Isabel Dias. A escola acaba de receber um acervo de literatura, enviada por meio do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). São livros de contos, poemas, histórias em quadrinhos e até novelas especialmente desenvolvidas para a faixa etária.

    Além de servir aos alunos da escola, os livros estão disponíveis também para os pais. “Eles, na maior parte, não completaram o ensino fundamental e também gostam dos livros de literatura infantil”, explicou Isabel. Eles têm uma carteirinha especial de pais para locar livros na biblioteca. Assim como na escola Florestan Fernandes, em 2008 todas as instituições de educação infantil e ensino médio passaram a contar com um acervo de literatura em suas escolas.

    Trinta milhões de alunos brasileiros serão beneficiados com os novos acervos literários, graças ao PNBE, antes restrito ao âmbito do ensino fundamental. Os livros foram adquiridos em 2007 e já estão sendo distribuídos desde o começo deste mês. A expectativa é que os novos acervos cheguem a todas as escolas previstas pelo programa até, no máximo, o final de maio deste ano.

    Além dos livros de literatura, o Portal Domínio Público oferece vídeos, fotos e textos, gratuitamente, na internet. É preciso, entretanto, de um computador com acesso à rede para entrar em contato com o acervo. Atualmente, estão sendo adquiridos 29 mil laboratórios de informática para as escolas do ensino fundamental. A meta é que, até 2010, todas as escolas públicas urbanas tenha computadores e conexão gratuita de banda larga à internet. Serão 55 mil escolas, onde estudam 84% dos alunos do ensino fundamental e médio.

    Ana Guimarães

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  • As línguas maternas como fontes de cultura e vínculos com a história e a trajetória dos antepassados estão cada vez mais presentes nas escolas indígenas brasileiras, nos cursos de formação de professores indígenas e na agenda dos programas do livro do Ministério da Educação. De 2005 a 2008, dos 65 livros elaborados por professores e comunidades indígenas e já produzidos e distribuídos pelo MEC, 23 são em línguas maternas e 11 bilíngües (uma língua indígena e o português). Outras 25 obras aprovadas estão em fase de produção.

    Dados da Coordenação Escolar Indígena, órgão da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), mostram que o conjunto de obras deste período nas línguas maternas e bilíngües representa 36 povos das áreas indígenas das regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. As regiões Norte e Centro-Oeste concentram a maior produção de livros em línguas maternas e bilíngües, 29.

    Para o coordenador da Educação Escolar Indígena da Secad, Gersem dos Santos Luciano Baniwa, as obras em língua materna ajudam os povos a “recuperar a auto-estima, valorizam as culturas e ajudam a dar visibilidade à diversidade do país”. Baniwa estima que o Brasil tenha hoje cerca de 180 línguas indígenas, muitas das quais ainda não têm escrita. Sobre a preservação das línguas, ele explica que isso pode acontecer de muitas formas e cita o exemplo do seu povo, o baniua, que habita terras em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas. Para conquistar os baniua no começo do século 20, missões evangélicas e protestantes aprenderam a língua e traduziram a bíblia e os cantos. Hoje, diz Gersem, a língua baniua é uma das mais documentadas em livros e dicionários. Junto com as línguas tucano e neehngatu, o baniua é língua co-oficial do município de São Gabriel da Cachoeira desde 2006.

    Conteúdos — As obras em línguas maternas e bilíngües, com tiragem entre mil e dez mil exemplares, abordam a cultura, a história, calendário de plantio, caça, pesca e festas, conhecimentos matemáticos e de plantas medicinais, culinária, escrita, fala. Muitos conhecimentos que estão nos livros foram recolhidos em trabalhos de pesquisas feitos por professores junto a caciques, pajés e anciãos das aldeias. As pesquisas resgatam desde o vocabulário até cantigas, lendas e histórias.

    Vamos Aprender a Língua dos Antigos Potiguaras, livro elaborado pelos professores indígenas da Paraíba, por exemplo, apresenta um estudo do tupi antigo, língua falada na região até 1750; Pesquisa sobre as Línguas Baré e Uerekena é um livro para alunos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental falantes da língua geral nheengatu. A obra, em modelo de dicionário, apresenta espécies de aves, peixes, animais e objetos de trabalho nas línguas nheengatu e uerekena; já o livro bilíngüe As Palavras Antigas apresenta uma coleção de histórias sobre a origem da mandioca, da roça e de animais como o veado, escrita em tupi-guarani. O livro é fruto de pesquisas dos professores indígenas do Maranhão.

    Os livros em línguas maternas e bilíngües foram elaborados por professores e comunidades dos povos caxinauá, nukini, catukina, shanenaua, jaminaua, huni kui, marubo, matis, baniua, terena, bororo, panará, mebengôcre, tremai, camaiurá, yudja, tapirapé, ikpeng, cadivéu, guarani-caioua, potiguara, maxacali, guarani, ianomâmi, wajápi, baré, uerekena, calapalo, arara, cuicuro e urubu-ka’apor.

    DVD e CD — De 2005, quando a Comissão Nacional de Apoio à Produção de Material Didático Indígena (Capema) começou a avaliar as obras para uso nas escolas indígenas, a 2007, quando a Secad divulgou o último edital, o Ministério da Educação distribuiu também cinco DVDs e cinco CDs. Os DVDs foram criados por cineastas indígenas em oficinas de vídeos realizadas nas aldeias. Já os CDs são compilações de cânticos produzidos por povos indígenas para uso em sala de aula.

    Ionice Lorenzoni

  • Para quem ainda não conseguiu se informar sobre o local de prova do Enem no próximo domingo, 25, às 13h, horário de Brasília, já pode consultar também no site dos Correios. Neste endereço os participantes poderão obter o número de inscrição, a instituição onde realizará o exame e respectivo endereço.

    O conhecimento do local para onde deve se dirigir no domingo já garante ao inscrito a realização da prova, bastando para isso levar sua carteira de identidade e caneta preta. Em relação ao questionário socioeconômico, aqueles que já receberam o Manual do Inscrito devem levá-lo preenchido e devolvê-lo no dia do exame, que terá início às 13h, horário de Brasília.

    A consulta ao número de inscrição e local de prova também pode ser feita pelo página eletrônica do Inep e pelos números do Fala Brasil, 0800 616161. O horário de atendimento do 0800, até a véspera do exame, sábado, dia 24, foi estendido até a meia noite. No domingo, dia da prova, o plantão será das 8 às 13h, horário de Brasília.

    Dica – Para consulta on line, preencha obrigatoriamente o Estado e ano de realização do exame, mas nos campos seguintes opte por preencher apenas uma das informações: nome do inscrito, RG ou nome da mãe. Não use acentuação nem cedilha.

    Para outras dúvidas, entre em contato diretamente com o Enem:
    (0xx61) 2104-9050
    (0xx61) 2104- 9090
    (0xx61) 2104- 9166
    (0xx61) 2104- 9046
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    Assessoria de Imprensa do Inep: (61) 2104-8023 / 8037/9563

     

  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, 3, que, pelo fato de não ter tido a oportunidade de cursar uma universidade, tinha “obrigação política, moral e ética” de fazer com que os seus ministros e autoridades brasileiras compreendessem a necessidade de tratar o dinheiro investido na educação “como um investimento e não como um gasto”.

    A afirmação foi feita pelo presidente ao inaugurar a sede provisória da Unidade Acadêmica de Garanhuns da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em solenidade que contou com a participação do ministro da Educação, Fernando Haddad. Lula lembrou que até o final de seu mandato serão instaladas 32 extensões das universidades federais em todo o país.

    Ao discursar para uma platéia de estudantes em Garanhuns (PE), Lula afirmou que foi preciso um metalúrgico assumir o poder “para resolver o problema da educação no Brasil”. Ele citou como obras promissoras de seu governo o Programa Universidade para Todos (ProUni), que visa facilitar o acesso de estudantes carentes ao ensino superior, e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), destinado a investir na educação infantil e nos ensinos médio e fundamental.

    Sobre a Unidade Acadêmica de Garanhuns, que começa a funcionar em setembro, o presidente destacou que ela ajudará no desenvolvimento do agreste pernambucano e reduzirá “consideravelmente” o processo migratório de jovens de Pernambuco em busca de formação profissional a outras regiões do país.

    Lula disse, ainda, que a inauguração de novas universidades no Nordeste brasileiro representa mais um passo para acabar com o preconceito contra o nordestino. “Eu sonho em criar as possibilidades para que o Nordeste tenha as mesmas condições que os melhores lugares deste país. Precisamos pensar no Brasil globalmente, regionalmente e setorialmente para que a gente tenha a totalidade da necessidade do povo”, finalizou.

    A sede provisória da Unidade Acadêmica de Garanhuns funcionará no Colégio XV de Novembro, localizado no centro de Garanhuns. Serão oferecidos, inicialmente, cursos de agronomia, zootecnia, medicina veterinária e normal superior. Os alunos deverão ser

    transferidos para a sede definitiva em 2007, quando está prevista a conclusão das obras, que iniciam no próximo mês.

    Quando concluído, o novo pólo de Garanhuns atenderá cerca de dois mil estudantes. A implantação do campus foi objeto de convênio entre o Ministério da Educação e a UFRPE e movimentou recursos da ordem de R$ 8 milhões. (Com informações da Agência Brasil)

  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará nesta quarta-feira, 17, em Vitória da Conquista (BA), para anunciar a liberação de R$ 8 milhões para a criação do Campus Avançado Anísio Teixeira, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

    A nova unidade, que iniciará suas atividades no segundo semestre de 2006, vai oferecer cursos de graduação em farmácia, nutrição, enfermagem e saúde coletiva, com 40 vagas cada. No primeiro semestre de 2007, há previsão de inclusão de pelo menos mais três cursos, escolhidos entre medicina, fisioterapia, psicologia, odontologia e educação física, aumentando a oferta de vagas para 280. O Ministério da Educação já autorizou a contratação de 40 professores.

    A expansão das instituições de ensino superior, especialmente em municípios do interior, é uma das principais metas do governo federal, que já determinou a criação de dez universidades federais e 31 campi universitários.

    Em Vitória da Conquista, o presidente Lula vai anunciar também a liberação de mais R$ 1,9 milhão para implantação do curso de engenharia elétrica no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) local. (Assessoria de Imprensa da SESu/MEC)

  • Foto:Wanderley PessoaO presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, autorizou o Ministério da Educação a liberar R$ 500 milhões em recursos para a concessão do aumento dos professores das universidades públicas, a fim de que retornem às suas atividades. A medida foi tomada na tarde desta terça-feira, 11, no Palácio do Planalto, após reunião com o ministro interino da Educação, Jairo Jorge, e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

    A proposta aceita pelo Palácio do Planalto para o pagamento da folha dos professores universitários terá impacto sobre o orçamento do MEC a partir de janeiro de 2006. Para Jairo Jorge, os professores devem retornar ao trabalho em questão de dias. “Acredito que, com esta proposta, a greve deve ser equacionada antes do dia dos professores”, afirmou.

    A proposta anterior oferecia aumento de R$ 395 milhões e 50% sobre os atuais percentuais de titulação, a criação da classe de professores associados e a formação de um grupo de trabalho para formular um plano de carreira voltado para a valorização do trabalho docente e da própria estrutura das universidades. Essas duas medidas propiciariam um aumento médio entre 9 e 11% para toda a categoria.

    O novo índice de aumento salarial dos docentes ainda não foi definido, mas deverá ser apresentado ainda esta semana, após reunião dos ministérios da Educação e do Planejamento.

    Repórteres: Sandro Santos e Susan Faria

  • O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quarta-feira, dia 16, que uma das prioridades de seu governo é o uso da tecnologia para a inclusão social. Lula citou como exemplo a realização da 1a Olimpíada Brasileira das Escolas Públicas (Obmep). A competição contou este ano com a participação de 10,5 milhões de alunos da quinta à oitava série do ensino fundamental e do ensino médio. A lista dos alunos, professores, escolas e municípios premiados será divulgada na próxima terça-feira, dia 22.

    A Obmep tem como objetivo despertar o interesse de crianças e adolescentes por matemática e descobrir talentos para a ciência e a tecnologia. É uma parceria dos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, executada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Participaram da primeira edição estudantes de 31.028 escolas de 5.197 municípios — 93% dos municípios brasileiros.

    Durante a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília, o presidente disse que a idéia de criar uma olimpíada de matemática específica para escolas públicas surgiu durante homenagem aos alunos premiados em competições internacionais semelhantes — o Brasil está entre as 20 nações mais bem classificadas. Na mesma época, Impa e SBM elaboravam projeto semelhante. Houve, então, a confluência de idéias. “Parecia algo impossível porque se criou na nossa consciência a idéia de que o pessoal de escola pública é desmotivado, aprende menos. Mas abrimos as inscrições, 11,5 milhões de crianças se inscreveram e 10,5 milhões participaram”, disse Lula.

    Conhecimento — A meta do governo é dar continuidade ao projeto e elaborar uma olimpíada de português para 2006. Ao longo dos anos, ficou comprovado que participantes de olimpíadas de matemática melhoraram o desempenho em outras áreas.

    “Ao contrário de tempos passados, quando o poder de um país decorria quase exclusivamente de seu poderio militar, de suas riquezas naturais ou de sua extensão territorial, hoje, os países mais poderosos são, sobretudo, aqueles que detêm conhecimento técnico-científico”, ressaltou o presidente.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

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