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  • O Ministério da Educação passa a conferir certificados a estados e municípios com bom desempenho na educação. Nesta quarta-feira, 20, o ministro da Educação, Fernando Haddad, anuncia o Selo de Município Livre do Analfabetismo e dois tipos de certificado de desenvolvimento educacional.

    O selo será conferido pelo Ministério da Educação às cidades que atinjam mais de 96% de alfabetização. O reconhecimento acompanha a lógica do novo modelo do programa Brasil Alfabetizado. O redesenho prevê ações para estimular a redução do analfabetismo, como o aumento do repasse da União por aluno/ano e o envolvimento de professores das redes públicas de ensino na alfabetização de adultos.

    O governo federal cria também dois certificados para estados e municípios: Ótimo Desenvolvimento Educacional para aqueles que tenham Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) igual ou superior a seis; e Bom Desenvolvimento Educacional, para estados e municípios com Ideb superior ou igual a cinco e inferior a seis.

    O objetivo é apresentar os sistemas educacionais de excelência para que sirvam de inspiração para os municípios com baixos índices. Os sistemas terão que atingir metas de qualidade para que nos próximos 15 anos o Brasil alcance nota seis no Ideb. A educação básica brasileira tem hoje uma média aproximada de quatro pontos - numa escala que vai de zero a dez, e leva em conta o rendimento dos alunos, a taxa de repetência e a evasão escolar.

    Manoela Frade

    Conheça todas as novas ações

  • Em entrevista especial, secretário de Educação Básica do MEC, Janio Macedo, avalia as perspectivas

    Bianca Estrella, do Portal MEC

    A educação infantil é uma das prioridades do Ministério da Educação (MEC). Para 2020, o secretário de Educação Básica, Janio Macedo, destaca a continuidade do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância). “Nossa expectativa é reestruturar o programa para atender as necessidades da educação infantil”, disse em entrevista especial ao Portal MEC e à TV MEC.

    O próximo ano também focará na maior participação dos professores para a efetiva implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Eles terão a responsabilidade de serem os multiplicadores da nova base em nos seus estados”, destacou Janio.

    Confira a seguir a íntegra da entrevista especial com o secretário:

    O que a secretaria vai fazer pela educação infantil no ano que vem?

    Para 2020, a Secretaria de Educação Básica tem a expectativa de bons resultados a respeito de tudo aquilo que foi gestado em 2019 e a continuidade de alguns projetos que já existiam. Na educação infantil, nossa grande aposta é a restruturação e manutenção do Proinfância para que possamos efetivamente ter um programa para atender a necessidade da educação infantil.

    [Nota da redação: o Proinfância será reestruturado para atingir melhor sua razão de ser: a construção de creches e pré-escolas e aquisição de mobiliário e equipamentos para as instituições]

    Como vai funcionar o projeto-piloto que permite o funcionamento em tempo integral de escolas do ensino fundamental?

    Para o ensino fundamental, a nossa expectativa é desenvolver um programa de escola em tempo integral do 6º ao 9º ano para que possamos ampliar a matriz curricular e a jornada dessas escolas. Se analisarmos o nosso percurso educacional, vamos verificar que, do 5º ano para o 6º ano do ensino fundamental e do 9º ano para a 1º série do ensino médio, perdemos muitos estudantes. Seja por abandono ou repetência.

    Queremos, ao longo de 2020, desenvolver um piloto em conjunto com Consed [Conselho Nacional de Secretários de Educação] e a Undime [União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação] para desenvolver um programa que será lançado oficialmente em 2021.

    [Nota da redação: o tempo integral nos anos finais do ensino fundamental será aplicado em escolas que já adotam o ensino médio em tempo integral. A ideia é promover um piloto em 40 instituições de ensino].

    E quais são as novas metas para o ensino integral?

    Para o ensino médio, nosso objetivo é ampliar as escolas em tempo integral, passando de 1.027 escolas para 1.527. Com isso, a partir de 2020, serão ofertadas 40 mil novas vagas do Ensino Médio em Tempo Integral e mais 200 mil novas vagas do Novo Ensino Médio, com o objetivo de ofertar pelo menos um itinerário formativo.

    [Nota da redação: os itinerários formativos são um complemento às disciplinas já previstas no projeto pedagógico. As escolas deverão ofertar pelo menos um deles: Linguagens e suas tecnologias; Matemática e suas tecnologias; Ciências da natureza e suas tecnologias; Ciências humanas e sociais aplicadas; e/ou Formação técnica e profissional].

    O MEC tem convicção da importância da experiência prática dentro do ambiente acadêmico. Quais serão as medidas da secretaria para alcançar esse objetivo?

    Em 2020, desenvolveremos o programa Educação em Prática, no qual teremos a participação das universidades privadas, das universidades públicas e dos institutos federais. As instituições parceiras vão abrir suas portas para que alunos do ensino básico ampliem seus conhecimentos. Os estudantes do ensino médio e do 6º ao 9º ano do ensino fundamental terão a oportunidade de colocar o aprendizado da sala de aula em prática.

    Poderemos ampliar a jornada dos nossos alunos para que eles possam ter uma prática educacional voltada aos seus itinerários formativos no ambiente universitário. Temos muitas escolas hoje que não têm condições de oferecer um laboratório, uma quadra de esportes, um teatro para que os estudantes possam desenvolver o itinerário formativos previstos na BNCC.

    O que será feito em prol da educação de Jovens e Adultos (EJA)?

    Para a Educação de Jovens e Adultos em 2020, queremos que todo o conteúdo esteja ligado ao ensino técnico e profissional. O que prende essas pessoas a continuarem seus estudos mesmo fora da idade correta é a oportunidade de desenvolverem um novo ofício.

    O MEC acredita que só é possível melhorar a educação brasileira com capacitação de professores. O que se pode esperar de 2020? Vamos investir muito na formação de professores em conjunto com Consed e Undime para propiciar um trabalho de mentoria. A ideia é ter profissionais no país inteiro voltados para a educação profissional dos professores. Uma educação continuada para os professores que já estão em sala de aula. Para dar a eles confiança para praticar os novos conceitos que estão na Base Nacional Comum Curricular. Os professores são peças-chave para a efetividade da BNCC. Eles terão a responsabilidade de serem os multiplicadores da nova base em nos seus estados.

    Como vão funcionar as escolas cívico-militares?

    Para as escolas cívico-militares, a previsão é de um piloto para 2020, no qual teremos 54 escolas no Brasil trabalhando com esse modelo. Estamos na etapa de formação dos multiplicadores para que, em 2020, eles possam estar presencialmente nas escolas estabelecendo esse novo padrão de ensino.

    Saiba mais sobre a Secretaria de Educação Básica aqui e sobre o currículo de Janio Macedo aqui.

  • Guilherme Pera, do Portal MEC

    Referência no ensino de engenharia e uma das universidades mais renomadas do Brasil, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) quer aderir ao Future-se.

    A intenção foi anunciada em almoço no Ministério da Defesa na segunda-feira, 26 de agosto, pelo comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, e o reitor do ITA, Cláudio Jorge Pinto Alves.

    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, comemorou o posicionamento da instituição. “O ITA é uma grande história de sucesso. Junto à Embraer, é responsável por colocar o Brasil no cenário global aeroespacial. Sem dúvida, ter o ITA junto ao Future-se é um marco para nós”, observou o ministro.

    O reitor destacou que o programa abre a possibilidade de ampliar os recursos para os trabalhos, pesquisas e infraestrutura do ITA. “O Future-se, eu acredito, vai facilitar e vai viabilizar uma série de intenções que pessoas e empresas têm, de colaborar com o ITA, e de ter seu nome associado à instituição”, disse. Criado em 1950, o instituto fica em São José dos Campos (SP) e é vinculado à Defesa. A instituição tem a missão de formar profissionais de nível superior com especializações no campo Aeroespacial, bem como de promover o progresso das ciências e tecnologias relacionadas a atividades aeroespaciais.

    Estar entre as melhores do Brasil é uma constante para o ITA. No último resultado do Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado em dezembro de 2018, o Instituto ficou com nota 4,68 e figurou entre as dez melhores faculdades do País.

    Future-se – O Future-se tem por objetivo dar maior autonomia a universidades e institutos federais por meio do fomento da captação de recursos próprios, do empreendedorismo e inovação. O Ministério da Educação (MEC) lançou o programa em 17 de julho. O projeto está em consulta pública para receber sugestões da população até quinta-feira, 29.

  • Santa Catarina ganhará mais sete escolas técnicas até 2010, na segunda fase da expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica. O estado já tem 12 escolas. As novas instituições serão implantadas nas cidades-pólo de São Miguel D'Oeste, Itajaí, Criciúma, Lages, Gaspar, Canoinhas e Videira.

    As unidades serão vinculadas ao Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica de Santa Catarina (Cefet-SC) e aproveitarão os arranjos produtivos locais de cada região – produção moveleira e agroindústria (Canoinhas); têxtil e agroindústria (Gaspar); cerâmica e polímeros (Criciúma); produção pesqueira e turismo (Itajaí); madeira, turismo e móveis (Lages); metal-mecânica e confecção (São Miguel D'Oeste); e madeira e apicultura (Videira).

    A expansão da rede de educação profissional está prevista no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril pelo Ministério da Educação. A proposta determina a construção de 150 escolas técnicas em todo o país. Os municípios que receberão as instituições foram definidos para atender localidades no interior do Brasil e periferias dos grandes centros urbanos. Foram considerados os arranjos produtivos locais, de forma a reduzir a saída dos alunos em direção às grandes cidades e aproveitar a infra-estrutura da região.

    Educação superior - As universidades federais de Santa Catarina (UFSC) e de Pelotas (UFPel/RS) oferecem cursos de educação a distância em parceria com a Universidade Aberta do Brasil (UAB). Os dois pólos da UAB, que funcionam nos municípios de Treze Tílias e Videira, ambos em Santa Catarina, ofertaram este ano 360 vagas em cinco licenciaturas (biologia, letras-espanhol, letras-português, matemática e filosofia) e em duas especializações (controladoria da gestão pública e formação de professor de tradução). 

    Para apresentar o PDE em Santa Catarina e garantir a participação do estado e dos seus 293 municípios, o ministro Fernando Haddad visita a capital Florianópolis, nesta segunda-feira, 10.

    *Republicada com acréscimo de informações

    Assessoria de Comunicação Social

  • Teresina — O investimento no ensino médio da rede pública promove cada vez mais a inserção de alunos nas universidades. É o caso do Piauí onde, pela primeira vez na história do estado, mais da metade dos alunos aprovados no último vestibular da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) vieram da rede pública.

    Segundo o secretário de educação, José Barros Sobrinho, em 2003 o governo do estado passou a investir em projetos para o ensino médio, uma vez que 47 dos 223 municípios ainda não tinham essa etapa da educação básica. Um programa chamado cursinho popular começou a atender alunos de escolas públicas para dar reforço escolar aos que estavam prestes a ingressar na faculdade. No primeiro ano, o programa atendeu cinco mil adolescentes; em 2006, esse número subiu para 20 mil.

    “Antes, o aluno da escola pública não se sentia motivado sequer para se inscrever no vestibular”, informa Barros. Em 2005, 18 mil alunos do Piauí estavam inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No ano passado, foram 34 mil. Este ano, também pela primeira vez, a Uespi tem alunos vindos das redes públicas em todos os cursos de graduação, até nos mais concorridos como direito e medicina.

    Letícia Tancredi

    Confira outras notícias da Caravana da Educação

  • Foto: Tereza SobreiraA nova versão do anteprojeto da Lei da Educação Superior apresentado nesta segunda-feira, 30, pelo ministro Tarso Genro, estabelece a vinculação de recursos das universidades para assistência estudantil, propõe que um terço das vagas dos cursos de graduação sejam oferecidas no turno noturno e contempla a educação a distância. “O texto é fruto de intenso debate ocorrido no país e compreende o universo da educação como bem público que atende a sua função social por meio das atividades de ensino, pesquisa e extensão”, disse o ministro. Tarso Genro lembrou que a reforma está conectada à proposta de criação do Fundo da Educação Básica (Fundeb) que aumenta a oferta de vagas e qualidade do ensino médio.

    Debatido por 15 meses com a sociedade, o novo texto propõe que as instituições federais de educação superior (Ifes) deverão destinar pelo menos um terço de seus cursos e matrículas de graduação no turno noturno. Também estabelece que deverá ser gratuita a inscrição de candidatos de baixa renda nos processos seletivos para cursos de graduação.

    Serão criadas bolsas de fomento à formação acadêmico-científica e à participação de estudantes em atividades de extensão. As instituições devem destinar 5% do seu orçamento de custeio para medidas de assistência estudantil, que incluem recursos para moradia, restaurantes, programas de inclusão digital, auxílio-transporte e auxílio-saúde.

    O artigo 29 da nova versão trata do aumento da oferta de vagas no ensino superior nos sistemas estadual e municipal, por intermédio de consórcios ou convênios firmados entre as instituições e a União, conforme prevê a Lei 11.107/05, medida que aumentará a oferta de vagas e de qualificação dos cursos e programas. Outra novidade que estimulará o aumento de matrículas é a que estabelece que as instituições credenciadas para a oferta de cursos de graduação ou programas de pós-graduação a distância poderão atuar em estados distintos da sua sede por meio de consórcios, parcerias e convênios. Para isso, as instituições deverão fazer essa previsão no seu Plano de Desenvolvimento Institucional.

    Vagas - Hoje, as instituições de ensino superior federais abrigam 29% das vagas oferecidas. Com a reforma, o MEC pretende que as universidades públicas atinjam 40% das vagas, até 2011, como prevê o Plano Nacional de Educação (PNE). A nova versão reafirma que a União aplicará, anualmente, nas instituições federais, nunca menos de 75% da receita constitucionalmente vinculada à manutenção e desenvolvimento do ensino, excluindo-se do cálculo contábil as despesas que não se caracterizem explicitamente como de manutenção e desenvolvimento do ensino, tais como despesas referentes a ações e serviços de saúde promovidos pelos hospitais universitários vinculados e despesas com inativos e pensionistas.

    As universidades federais, a partir da reforma universitária, terão autonomia orçamentária, pois receberão mensalmente os recursos de forma global. O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, disse que o texto avançou em relação às sugestões apresentadas. “Conseguimos incluir pontos importantes como o que define 5% dos recursos das universidades para a assistência estudantil, a ampliação do prazo do anúncio de aumento das mensalidades para 120 dias e a exigência de que ao menos 1/3 dos cursos sejam realizados no período noturno”, detalhou.

    A representante da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ana Lúcia Gazzola, elogiou o debate promovido pelo ministério acerca do novo texto. “Fiquei surpresa com a compreensão do MEC em incorporar as sugestões apresentadas, foi um debate democrático elaborado de maneira singular.”

    Repórter: Sandro Santos

  • "Hoje, a reforma da educação superior está no centro do debate da União Européia, após sucessivas reuniões de ministros de educação. O diagnóstico que a inspirou partiu da consciência de que o desenvolvimento e a qualidade de vida de uma nação dependerão de seu nível cultural e científico, que depende, fundamentalmente, do valor do seu ensino superior." A afirmação é do presidente da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), Hélgio Trindade, e será um dos tópicos debatidos no Seminário Internacional Reforma e Avaliação da Educação Superior: Tendências na Europa e na América Latina, que ocorre de 25 a 27 deste mês, em São Paulo. O seminário é organizado pela Conaes.

    Conforme explica Trindade, o objetivo do seminário é aprofundar o debate sobre a reforma universitária no Brasil e seu impacto sobre os processos de avaliação da qualidade, levando em conta as tendências de internacionalização da educação e de diversificação institucionais, numa perspectiva comparativa. Outro objetivo do seminário, segundo o presidente da Conaes, é enriquecer a experiência brasileira de avaliação da educação superior para o incremento da qualidade de ensino de graduação e pós-graduação. Tudo isso, afirma, "com base em referenciais conceituais e políticos que privilegiem a qualidade acadêmica e o respeito à diferença, à diversidade, às responsabilidades sociais e aos valores democráticos. Também discutiremos formas de buscar cooperação internacional, estabelecendo protocolos de parceria para o aprimoramento da educação superior".

    O seminário é dirigido a autoridades educacionais, gestores institucionais, profissionais da educação superior, pesquisadores e representantes da sociedade civil organizada, diretamente envolvidos na elaboração do anteprojeto de lei de reforma da educação superior e no desenvolvimento do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Estarão presentes representantes de várias universidades brasileiras e de países como Argentina, México, França, Espanha, Portugal e Bélgica. Para participar é necessário ser representante ou especialista de uma instituição. São apenas 200 vagas.

    Para visualizar a programação do evento, acesse a página eletrônica da conaes

    Repórter:Cristiano Bastos

     

  • Depois de 38 anos da última reforma da educação superior no Brasil, o Ministério da Educação encaminha ao Congresso Nacional projeto de lei para democratizar, garantir o financiamento, ampliar o acesso e qualificar as universidades brasileiras. O texto da reforma foi discutido durante quase dois anos com cerca de 200 instituições, entidades da comunidade acadêmica, organizações empresariais e de trabalhadores e movimentos sociais urbanos e do campo.

    A proposta de reforma está consolidada em 58 artigos que estabelecem as normas gerais, a regulação e a função social da educação superior. As normas se aplicam às instituições públicas de ensino superior mantidas pela União, estados, Distrito Federal e municípios; comunitárias e particulares; de pesquisa científica e tecnológica.

    Marco regulatório – A principal idéia da reforma é consubstanciar um marco regulatório para toda educação superior nacional. A expansão de cursos e instituições verificada nos últimos anos exige a constituição de uma lei que normatize e regule o setor, determinando critérios, exigências e prerrogativas para as universidades, centros universitários e faculdades.

    O marco regulatório implica a manutenção pelo Ministério da Educação da responsabilidade de pré-credenciamento, credenciamento, renovação de credenciamento, alteração de classificação de instituições de ensino, autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos.

    Dentro do marco regulatório, será proposto que pelo menos 70% do capital votante das entidades mantenedoras de instituição de ensino superior, quando constituídas com finalidades lucrativas, deva pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados.

    A participação da comunidade acadêmica e de representantes da sociedade civil será definida por seus colegiados superiores, de acordo com seus estatutos e regimentos, assegurada a participação no colegiado superior de representantes dos docentes, dos estudantes, do pessoal técnico-administrativo e da sociedade civil. Deverá ser observada, entretanto, a participação majoritária de docentes em efetivo exercício na instituição, sendo pelo menos 50% destes mestres ou doutores.

    O projeto de lei prevê a existência de ouvidoria  e de um conselho social de desenvolvimento nas instituições de ensino. Esse conselho, de caráter consultivo e presidido pelo reitor, terá a finalidade de assegurar a participação da sociedade em assuntos relativos ao desenvolvimento institucional da universidade e às suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Além disso, as instituições federais de ensino superior deverão formular e implantar um plano de desenvolvimento institucional.

    Financiamento – A proposta de reforma determina a aplicação, na educação superior, de nunca menos de 75% da receita constitucionalmente vinculada à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, por um prazo de dez anos, tendo em vista as metas do Plano Nacional de Educação.

    Os 75% sairão, portanto, da parte correspondente ao mínimo de 18% da receita de impostos que a União tem que investir na Educação como um todo. No entanto, o MEC, além dos 25% restantes da vinculação constitucional, já conta hoje com outras fontes de impostos (como o salário-educação – atualmente reservado ao ensino fundamental -, recursos do Tesouro correspondentes à metade do orçamento total do MEC, contribuições sociais como o Fundo da Pobreza, receitas próprias das instituições de ensino etc) que podem ser usadas em outros níveis/etapas da educação. 

    O texto vincula a distribuição dos recursos a indicadores de desempenho e qualidade, dentre eles o número de matrículas e de concluintes na graduação e na pós-graduação, a produção institucionalizada de conhecimento, mediante publicações e registro da comercialização de patentes, bem como resultados positivos nas avaliações conduzidas pelo Ministério da Educação.

    A garantia do financiamento assegurará o exercício da autonomia prevista no artigo 207 da Constituição Federal.

    Democratização do acesso – O projeto tem como um dos seus objetivos centrais criar condições para a expansão do ensino superior com qualidade e eqüidade. O nível de acesso no Brasil é um dos mais baixos do continente, haja vista que atualmente apenas 9% dos estudantes na faixa etária dos 18 aos 24 anos freqüentam a universidade.

    Diante disso, o projeto preconiza a ampliação do número de vagas e   programas de assistência estudantil. Segundo o texto, as instituições federais de ensino superior deverão destinar recursos correspondentes a pelo menos 9% de sua verba de custeio, exceto pessoal, para implementar as medidas de assistência estudantil.

    Sistema – O projeto de lei estipula ainda a existência de três tipos de instituições: as universidades, os centros e as faculdades. As universidades deverão ter um terço do corpo docente em regime de tempo integral ou dedicação exclusiva, majoritamente com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado. Além disso, elas precisarão ter metade do corpo docente com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado, sendo pelo menos ¼ de doutores. As universidades oferecerão, no mínimo, 16 cursos de graduação ou de pós-graduação stricto sensu, todos reconhecidos e com avaliação positiva pelas instâncias competentes, sendo pelo menos oito cursos de graduação, três de mestrado e um de doutorado.

    Aos centros universitários, será exigido um quinto do corpo docente em regime de tempo integral ou dedicação exclusiva, majoritariamente com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; e um terço do corpo docente com mestrado ou doutorado, sendo um terço destes, doutores. Os centros funcionarão com pelo menos oito cursos de graduação, todos reconhecidos e com avaliação positiva pelas instâncias competentes.

    As faculdades terão a função de formar pessoal e profissional de garantida qualidade científica, técnica, artística e cultural, e que atendam ao requisito mínimo de um quinto do corpo docente com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado em efetivo exercício docente.

    O reitor e o vice-reitor da universidade federal serão nomeados pelo presidente da República mediante escolha em lista tríplice eleita diretamente pela comunidade acadêmica, de acordo com o estatuto da instituição. (Assessoria de Comunicação Social) 

     

  • O Ministério da Educação está investindo R$ 2,8 milhões na unidade de Planaltina da Escola Técnica Federal (ETF) de Brasília, de forma a ampliar a oferta de educação pública de qualidade. Do total, R$ 2,5 milhões são para a reforma na infra-estrutura física, R$ 200 mil em estrutura de telecomunicações e tecnologia da informação e R$ 160 mil na aquisição de uniformes.

    A escola de Planaltina, criada em 1958, foi transferida para o governo do Distrito Federal, em 1978. Em dezembro de 2007, passou a compor a rede federal de educação profissional e tecnológica. Antes de sua federalização, a unidade tinha pouco mais de 300 alunos. Com a nova gestão, em apenas quatro meses, duplicou o número de discentes, atingindo 654.

    A unidade de Planaltina integra o plano de expansão da rede, que prevê a criação de 214 escolas técnicas no país. No Distrito Federal, o MEC criará, até 2010, unidades de ensino em Samambaia, Taguatinga, Gama e Plano Piloto, num investimento total de R$ 30 milhões.

    Na posse de 27 docentes e 24 técnicos administrativos, realizada nesta terça-feira, 15, na sede do Conselho Nacional de Educação, a professora de artes cênicas Ana Carolina Mendes estava animada. “Espero ver realizada a integração entre as tecnologias, as ciências, as artes e a filosofia”, disse. Graduada em dança pela Universidade Federal da Bahia, ela tem mestrado em arte contemporânea pela Universidade de Brasilia (UnB).

    Também esperançosa estava Dárika Ribeiro Fernandes, recém-formada  em nutrição pela UnB e primeira profissional da área na ETF de  Brasília. “Terei muito o que fazer. É preciso elaborar cardápios, treinar funcionários em questões sanitárias e de higiene e também verificar materiais e utensílios existentes”, declarou.

    Expansão e qualidade – O secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Eliezer Pacheco, lembrou que o governo brasileiro criou mais de 21 mil postos de trabalho para suprir a demanda de pessoal com a ampliação do número de escolas da rede. Ele lembrou que a expansão deve estar acompanhada da qualificação e citou o programa Brasil Profissionalizado, que destinará R$ 900 milhões para que as escolas públicas federais e estaduais estruturem o ensino médio e articulem as unidades de ensino aos  arranjos produtivos locais.

    Além de melhorar a qualidade da educação básica, o Brasil Profissionalizado vai fomentar a expansão de matrículas no ensino médio integrado e incentivar o retorno de jovens e adultos à escola. Também deve aproximar a educação formal do ambiente de trabalho nos períodos de estágio.

    Os novos servidores da ETF de Brasília, aprovados no primeiro concurso da unidade, foram estimulados pelo diretor do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Goiás Paulo César Pereira a ingressar com orgulho na nova carreira. “Os novos professores e técnicos têm que iniciar a carreira com vontade de prestar bons serviços à população”, afirma.

    Desempenho – O coordenador-geral de Supervisão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, Gleisson Cardoso Rubin, também presente à cerimônia de posse, disse que “a rede federal de escolas de formação de trabalhadores é uma referência junto à sociedade brasileira“. Ele citou como exemplos o desempenho de algumas delas, como o Cefet de Goiás e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, nas últimas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    O diretor da ETF de Brasília Francisco Moreira lembrou que a educação profissional cria o vínculo da escola com o mundo do trabalho e com o da produção, estabelece contato entre o conhecimento abstrato e da formação geral com a formação específica, com os ofícios, com as habilidades e competências que vão ajudar o jovem a se inserir no mundo do trabalho com muito mais dignidade.

    As aulas da ETF de Brasília começaram no dia 5 de março, com 654 alunos e três cursos técnicos de nível médio: agropecuária, agroindústria e turismo.

    Rodrigo Farhat

  • Os ministros da Educação, Fernando Haddad, e do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, anunciarão nesta quinta-feira, 27, a criação do Fundo Nacional de Formação Técnica e Profissional (Funtep). Em entrevista coletiva à imprensa, às 16h, os ministros explicarão o novo fundo, que será composto com recursos destinados ao Sistema S.

    O Sistema S é um conjunto de 11 entidades – Senai, Senac, Sebrae, entre outras. A estas entidades são repassados recursos previstos em lei para aperfeiçoamento profissional e melhoria do bem-estar social dos trabalhadores.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Os recursos destinados a financiar a educação básica pública de estados e municípios estão garantidos pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma tributária, que inclui a desoneração da folha de pagamentos, em que uma das medidas é o fim do salário-educação. O ministro da Educação, Fernando Haddad, assegurou nesta sexta-feira, 22, que haverá apenas uma mudança na base de cálculo da arrecadação, que deixará de incidir sobre a folha de pagamento e passará para o faturamento das empresas. A PEC da reforma tributária foi apresentada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na terça-feira, 20, à base aliada.

    “A vinculação para a educação continua rigorosamente a mesma”, enfatizou Haddad. Hoje, a alíquota do salário-educação é de 2,5%, incidente sobre o valor total das remunerações dos trabalhadores com carteira assinada das empresas. Caso a PEC da reforma tributária seja aprovada, a arrecadação passará a incidir sobre o faturamento das empresas, independentemente do número de empregados formalmente contratados.

    O ministro explicou que o recurso virá de uma fração do Imposto Sobre o Valor Agregado Federal (IVA-F) que, de acordo com a PEC, substituirá os atuais PIS, Cofins e Cide. “Uma fração do IVA federal vai ser a fonte do antigo salário-educação. O recurso continuará vinculado à educação, carimbado. O que há nessa etapa final é uma calibragem da alíquota”, afirma o ministro.

    De acordo com Haddad, a parte do IVA-F destinado a financiar a educação básica de estados e municípios será fixada definitivamente apenas em 2009, com base no último ano de arrecadação do salário-educação. A reforma, caso aprovada, entrará em vigor em 2010. “Entendemos que ainda haveria espaço para melhoria da arrecadação acima da evolução natural dos demais tributos pelo crescimento do PIB. Se isso ocorrer, a alíquota de hoje ficaria aquém do potencial de arrecadação”, explica.

    Segundo o ministro, a expectativa é que a arrecadação do salário- educação continue crescendo até 2009, seguindo tendência iniciada em 2002. “A arrecadação foi de R$ 3,7 bilhões em 2002 e a projeção para esse ano é de R$ 8,7 bilhões”, diz. Caso a arrecadação em 2009 comprove o potencial de crescimento da arrecadação, a fixação definitiva da alíquota poderá ficar acima de 2,5%, praticada atualmente. Até lá, vale, preliminarmente, a alíquota de 2,5%, igual à prevista pelo salário-educação.

    O ministro ressaltou, ainda, que a destinação da arrecadação também permanece a mesma. O salário-educação é totalmente destinado a estados e municípios – 60% dos recursos são transferidos automaticamente e outros 40% por transferência voluntária, em que são financiados programas como o transporte escolar ou o livro didático. “No ano passado, transferimos R$ 1,2 bilhão para dois programas novos: o Plano de Ações Articulados e para o ProInfância, em que financiamos a construção de 500 creches nos municípios”, exemplifica.

    Na visão do ministro, a mudança será positiva por, a um só tempo, manter os recursos vinculados da educação e melhorar as condições de formalização do trabalho. “A proposta não afeta a educação, afeta a questão do trabalho formal”, afirma. “Ao propiciar melhores condições de formalização do trabalho, a medida ajuda a previdência e o trabalhador”, acredita.

    Maria Clara Machado

  • "Nunca se discutiu educação como se está discutindo nesse momento histórico pelo qual passa o Brasil." Com essas palavras, o secretário executivo do Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC) e integrante da Comissão Executiva da Reforma da Educação Superior, Ronaldo Mota, iniciou o debate em que participou ontem, 16, no programa Sem Censura, exibido ao vivo pela TVE Brasil, canal 2. O tema principal do debate foi o anteprojeto da lei de educação superior. O programa é apresentado pela jornalista Leda Nagle e foi ao ar das 16h às 18h.

    No debate, do qual participou o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, o secretário enfatizou que a discussão sobre educação é abrangente, e não passa só pela educação superior: "Essa tem sido uma discussão profunda e sistematizada do MEC com um conjunto de entidades que se alastrou por todo o país", afirmou Ronaldo Mota.

    "Segundo Mota reforma do ensino superior é mais importante do que parece, pois não é apenas a discussão da educação superior, mas porque diz respeito a todos os níveis de ensino". Para ele, as universidades ocupam um espaço de desenvolvimento social, cultural e econômico imprescindível. "As universidades, nos últimos anos, sofreram uma redução grande do seu potencial: o orçamento de custeio foi gradativamente reduzido e a gestão tem papel mais importante do que o dos reitores."

    Outro assunto abordado foi o crescimento do setor privado, que levou ao aumento da demanda por cursos superiores e novas instituições. Segundo o secretário, esse espaço foi praticamente ocupado por entidades privadas - algo, porém, legítimo e necessário. Mota disse que a qualidade não foi a regra principal a ser observada, nos últimos dez anos, com a criação de muitas instituições privadas de ensino superior. "Há diversidade e complexidade no setor, frutos de uma quase desregulamentação. A intenção do MEC é criar um marco regulatório sem infligir o que de positivo o setor de ensino superior privado construiu, mas que garanta uma qualidade mínima."

    Degradação - Outro ponto abordado foi o processo de degradação sofrido pelo ensino público. Mota garantiu que esse processo não ocorrerá nas universidades. Ele falou sobre a necessidade de se prestar atenção tanto ao ensino médio e fundamental quanto ao ensino superior. "O governo é interessado em criar um fundo para atingir o ensino infantil e médio", disse.

    O fundo seria para equalizar a defasagem salarial dos professores do ensino básico, para melhorar as condições de trabalho e atrair bons professores. O secretário, disse também que boa parte dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) também será para pagar salários dos professores.

    Cristiano Bastos

  • Foto: Júlio Cesar PaesA reforma da educação superior e a avaliação das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) estão no centro dos debates promovidos durante o Seminário Internacional sobre a Reforma e Avaliação da Educação Superior: Tendências na Europa e na América Latina. O evento será realizado pelo Ministério da Educação nos dias 25, 26 e 27 deste mês, no Grand Hotel Ca d Oro, em São Paulo.

    O ministro da Educação, Tarso Genro, falará sobre A Reforma da Educação Superior no Brasil, na conferência inaugural do seminário, a partir das 9h. Os pesquisadores e especialistas saberão como foi o processo de construção do anteprojeto da lei da educação superior, que teve a participação de mais de 200 entidades acadêmicas e da sociedade em encontros presenciais e pelo sítio da reforma na internet.

    A segunda redação da reforma universitária está em fase de consolidação pelo grupo executivo do MEC encarregado de sistematizar as emendas apresentadas no final de março passado. Em maio próximo, o texto será encaminhado à Casa Civil da Presidência da República para mais uma etapa de consulta pública. O projeto da lei da educação superior será encaminhado ao Congresso Nacional em julho deste ano.

    Sinaes - Os participantes do evento também conhecerão o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes). Instituído em julho do ano passado pela Portaria nº 2.051/2004, o Sinaes substituiu o Provão, que avaliava cursos e Instituições de Ensino Superior (IES) apenas por intermédio do desempenho do aluno.

    De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes) e coordenador do seminário, Hélgio Trindade, o Sinaes representa um avanço em relação ao Provão, porque, além de aferir o rendimento dos alunos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidade e competências, por meio do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), faz uma avaliação objetiva da instituição de ensino.

    "O Sinaes avalia todos os aspectos relativos a ensino, pesquisa, extensão, responsabilidade social, gestão, corpo docente e instalações das IES", esclarece Hélgio Trindade. Por outro lado, o sistema também incentiva a auto-avaliação pelas IES.

    O Sinaes é o maior sistema de avaliação em âmbito mundial pela sua capacidade de avaliar simultaneamente mais de duas mil instituições de ensino superior. "A grande vantagem, para o aluno, é que ele conclui o curso universitário com a segurança de ter recebido uma formação eficiente. Para o país, é a garantia de colocar no mercado de trabalho profissionais em condições de competir com o mercado externo.

    O presidente da Conaes conta que os primeiros registros de avaliação do ensino superior no Brasil datam do começo da década de 60, quando centros acadêmicos afixaram nas paredes das universidades conceitos atribuídos pelos estudantes aos seus professores. Depois, em 1968, em pleno regime militar, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) instituiu uma avaliação dos cursos de pós-graduação. "Mas graduação ficou de fora", explica Trindade.

    Para ter acesso à programação completa do seminário, visite o sítio da Conaes.

    Repórter: Ivone Belem

  • A Universidade Federal de Rondônia (Unir), por meio da Pró-Reitoria de Graduação, Assuntos Comunitários e Estudantis (Prograd), promove até amanhã, 4, a Semana de Integração. O Ministério da Educação participa do debate sobre a reforma do ensino superior, que terá a presença do representante do MEC no Rio de Janeiro, professor William Campos.

    Na ocasião, Campos, que representa o ministro Tarso Genro no evento, falará sobre os principais itens da reforma, com destaque para a questão da autonomia e sistema de cotas. Também participam do debate o reitor da Unir, professor Ene Glória da Silveira, e representantes da Associação de Docentes (Adunir) e do Sindicato dos Técnicos (Sintunir). O encontro é aberto a todos os universitários e à sociedade em geral.

    O debate, que está sendo realizado no campus da Unir, tem como objetivo discutir as propostas do governo federal em relação à reforma universitária e, a partir daí, inserir a universidade neste campo de debate. "Este encontro é muito importante para que a comunidade acadêmica e a sociedade de Rondônia conheçam e compreendam a proposta apresentada pelo governo federal para a reforma do ensino superior", disse William Campos. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, participa hoje, 31, às 9h, no Rio de Janeiro, de um fórum sobre o anteprojeto da reforma do ensino superior. Guimarães representará o ministro da Educação, Tarso Genro, nos debates promovidos pela Academia Brasileira de Educação.

    No encontro, o presidente da Capes fará uma apresentação sobre os principais pontos do anteprojeto da reforma. Entre eles, melhoria da qualidade do ensino, conselhos comunitários, autonomia universitária e plano de desenvolvimento institucional.

    O fórum faz parte de uma série de debates sobre a reforma com a participação de representantes do Ministério da Educação. Já foram recebidas contribuições de 230 entidades em 400 encontros.

    Em abril, a nova versão da proposta de reforma será enviada à Casa Civil da Presidência da República para consulta pública. Em julho, depois de ouvida a sociedade, o texto será enviado ao Congresso Nacional em forma de projeto de lei.

    Adriane Cunha

     

  • O Fórum de Avaliação do Anteprojeto de Lei da Reforma da Educação Superior, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Correio Braziliense, será realizado nesta quarta-feira, 31, a partir das 9h, em Brasília. O ministro da Educação, Fernando Haddad, participa da abertura e o secretário de Educação a Distância do MEC, Ronaldo Mota, fala sobre o anteprojeto da reforma universitária. Também participam do fórum o senador Gerson Camata e o deputado Paulo Delgado, presidentes das comissões de educação do Senado e da Câmara, respectivamente.

    Serão organizados grupos de trabalho sobre engenharias e pesquisa; financiamento das instituições de ensino superior; universalização e regionalização; autonomia, gestão e avaliação.

    O evento será realizado na sede da CNI, na SBN Quadra 01, Bloco C, Edifício Roberto Simonsen, 15º andar, auditório Fábio Motta. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • O Ministério da Educação marcará presença na mesa-redonda sobre reforma universitária que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) promove amanhã, dia 2, em sua 10ª Reunião Regional, em Recife. Membro da comissão executiva da reforma da educação superior e diretor de articulação e desenvolvimento institucional da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), André Lázaro vai representar o MEC e apresentar aos participantes o anteprojeto da lei da educação superior.

    Também integram a mesa-redonda os professores Enio Candotti, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), presidente da SBPC; Soraya Smaili, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); e Luiz Davidovich, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

    Um dos pontos fortes do anteprojeto, colocado em debate há 11 meses, é o reforço no orçamento da educação. O MEC entende que educação é um sistema que vai do ensino básico ao superior e que, por isso, exige uma atuação forte para ampliar seu financiamento geral.

    O anteprojeto reflete esta preocupação ao destinar três quartos do orçamento da educação ao ensino superior. Na mesma linha está sendo criado o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o qual permitirá uma remuneração mínima nacional a todos os professores do ensino básico no país.

    O ministro da Educação, Tarso Genro, tem dito que não haverá reforma universitária sem que ocorra um choque de qualidade, especialmente, no ensino médio. Segundo o ministro, aí está "o principal gargalo do sistema".

    A 10ª Reunião Regional da SBPC começou a debater hoje, dia 1º, com pesquisadores, cientistas e professores dos níveis fundamental e médio, o tema qualidade de ensino e responsabilidade social. A SBPC vem contribuindo para a elaboração do projeto da reforma universitária desde o começo do ano passado. No dia 17 de janeiro, representantes da sociedade e entidades das áreas educacionais e científicas firmaram nota de apoio à continuidade do debate sobre a lei da educação superior. Até o dia 15 próximo, o MEC receberá sugestões para aperfeiçoar o projeto de lei.

    Ivone Belém

  • A Universidade Federal do Tocantins (UFT), em parceria com a Organização Jaime Câmara/TV Globo, realiza na próxima segunda-feira, 21, o seminário Reforma Universitária: Construindo Novos Rumos. O evento, que tem o objetivo de expandir as discussões sobre o tema no Estado e informar a comunidade sobre a reforma será realizado no auditório da Associação Tocantinense dos Municípios (ATM).

    Deputados federais, estaduais, senadores, representantes da sociedade civil organizada, bem como representantes de instituições públicas e particulares foram convidados a participar dos debates. O representante do ministério da Educação será André Lázaro, diretor de articulação e desenvolvimento institucional da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) e membro da Comissão Executiva da Reforma da Educação Superior.

    A programação conta com palestras do reitor da UFT, Alan Barbiero, e de representantes do Centro Educacional Luterano de Palmas da Universidade Luterana do Brasil (Ceulp/Ulbra). Os participantes do seminário devem expor os diferentes posicionamentos e propostas que tramitam na câmara e no senado.

    A expectativa é de que, após os debates, surjam propostas tocantinenses para a reforma. Para o reitor Alan Barbiero, é importante que a sociedade contribua com a construção de uma educação superior em que haja qualidade e espaço para todos. "No debate buscamos defender o fortalecimento das universidades públicas", disse Barbiero. Segundo ele, a UFT está de acordo com a Associação Nacional de Docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) no que diz respeito à Reforma.

    Aposta - "Estamos diante de uma oportunidade histórica. A reforma poderá levar à criação de condições para consolidação e expansão qualificada e inclusiva da educação superior no Brasil", defende Ana Lúcia Almeida Gazzola, presidente do conselho pleno da Andifes. "Não teremos futuro como nação se não tivermos inserção competitiva por meio da agregação dos bens do conhecimento à produção. É necessário que o governo faça uma aposta na educação superior e nas instituições capazes de produzir estes bens do conhecimento", acredita Ana Lúcia Almeida Gazzola.

    Segundo o reitor da UFT, o anteprojeto que tramita no Congresso Nacional avança bem, mesmo com pontos polêmicos. Os interessados podem se inscrever no local ou pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Mais informações pelo telefone (63) 218-8051.(Diretoria de Comunicação da UFT)

  • A Universidade Federal do Tocantins (UFT), em parceria com a Organização Jaime Câmara/TV Globo, realiza na próxima segunda-feira, 21, o seminário Reforma Universitária: Construindo Novos Rumos. O evento, que tem o objetivo de expandir as discussões sobre o tema no Estado e informar a comunidade sobre a reforma será realizado no auditório da Associação Tocantinense dos Municípios (ATM).

    Deputados federais, estaduais, senadores, representantes da sociedade civil organizada, bem como representantes de instituições públicas e particulares foram convidados a participar dos debates. O representante do ministério da Educação será André Lázaro, diretor de articulação e desenvolvimento institucional da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) e membro da Comissão Executiva da Reforma da Educação Superior.

    A programação conta com palestras do reitor da UFT, Alan Barbiero, e de representantes do Centro Educacional Luterano de Palmas da Universidade Luterana do Brasil (Ceulp/Ulbra). Os participantes do seminário devem expor os diferentes posicionamentos e propostas que tramitam na câmara e no senado.

    A expectativa é de que, após os debates, surjam propostas tocantinenses para a reforma. Para o reitor Alan Barbiero, é importante que a sociedade contribua com a construção de uma educação superior em que haja qualidade e espaço para todos. "No debate buscamos defender o fortalecimento das universidades públicas", disse Barbiero. Segundo ele, a UFT está de acordo com a Associação Nacional de Docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) no que diz respeito à Reforma.

    Aposta - "Estamos diante de uma oportunidade histórica. A reforma poderá levar à criação de condições para consolidação e expansão qualificada e inclusiva da educação superior no Brasil", defende Ana Lúcia Almeida Gazzola, presidente do conselho pleno da Andifes. "Não teremos futuro como nação se não tivermos inserção competitiva por meio da agregação dos bens do conhecimento à produção. É necessário que o governo faça uma aposta na educação superior e nas instituições capazes de produzir estes bens do conhecimento", acredita Ana Lúcia Almeida Gazzola.

    Segundo o reitor da UFT, o anteprojeto que tramita no Congresso Nacional avança bem, mesmo com pontos polêmicos. Os interessados podem se inscrever no local ou pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Mais informações pelo telefone (63) 218-8051.(Diretoria de Comunicação da UFT)

  • O anteprojeto da Lei da Educação Superior garante gestão democrática porque o Ministério da Educação entende que as instituições de ensino superior têm importância central para o desenvolvimento econômico e político do país. “O governo está, desde já, estimulando processos democráticos de gestão, por meio da criação de órgãos representativos e de mecanismos de participação nas decisões das instituições”, explica o ministro da Educação, Tarso Genro.

    De acordo com o artigo 31, todas as instituições de ensino superior do sistema federal, públicas ou privadas, deverão contar com uma ouvidoria, responsável por receber críticas e contribuições à ação da universidade. Segundo o MEC, o órgão servirá para dar à comunidade acadêmica a oportunidade de expressar sua opinião. O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, aprova a iniciativa e lembra que a forma de escolha do ouvidor vai assegurar a legitimidade do serviço. “Sendo eleito de maneira direta, poderá receber as reclamações e, com muita tranqüilidade, apontar soluções”.

    Outro dispositivo presente no anteprojeto é o que determina a eleição direta para reitor. A reforma universitária substitui o atual sistema de consulta, por meio de listas tríplices, por eleições diretas para reitor e vice-reitor. Os mandatos serão de cinco anos, sem reeleição. Para a Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a autonomia para eleição é um avanço. “Vai facilitar bastante a gestão da instituição”, diz o presidente da entidade, Oswaldo Baptista Duarte Filho. Apesar de não ser obrigado pela legislação, o governo atual tem respeitado a decisão das comunidades acadêmicas nas eleições para reitor. Invariavelmente, o dirigente escolhido a partir de listra tríplice tem sido avalizado pelo MEC.

    Conselho – A reforma institui o Conselho Social de Desenvolvimento, órgão consultivo que terá a função de apresentar à instituição de ensino as demandas dos mais diversos setores da comunidade em que ela está inserida. “É um instrumento de transparência de relações que já existem e se dão de maneira oculta e não deliberada. Ele vai, na verdade, ser a mesa de negociação e avaliação, onde a sociedade se comunica com a universidade sem intervir na sua administração, na autoridade do reitor e do conselho superior”, diz Tarso Genro.

    Outra novidade é a organização de universidades e centros universitários, que deverá ser definida por um órgão colegiado, com participação de docentes em efetivo exercício da função, estudantes, pessoal técnico e administrativo e até pessoas de fora da instituição. As mantenedoras das instituições privadas só poderão indicar até 20% dos representantes do colegiado superior, para assegurar a autonomia da instituição.

    O anteprojeto prevê também que, a cada quatro anos, pelo menos, o MEC organizará um encontro para discutir os rumos do ensino superior no Brasil: a Conferência Nacional da Educação Superior. Essa proposta garantirá que o debate iniciado com a reforma tenha continuidade depois da aprovação do projeto pelo Congresso Nacional.

    Repórter: Ivone Belem

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