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  • O município amazonense de São Gabriel da Cachoeira, o maior do país, será o primeiro a oficializar a prática das línguas indígenas tucano, nheengatu e baniua nos meios de comunicação, serviços públicos, escolas, placas de sinalização, comércio e serviços bancários. A adoção dos idiomas está na Lei Municipal nº 145, de 2002.

    Para regulamentar a lei, as entidades indígenas do município, Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Lingüística (Ipol), Instituto Socioambiental, Câmara de Vereadores, Secretaria de Educação do Amazonas, Fundação Nacional do Índio (Funai) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam), entre outras instituições, realizarão na cidade o seminário Política Lingüística, Gestão do Conhecimento e Tradução Cultural, na maloca da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), apartir de domingo, dia 23, até quarta-feira, 26.

    De acordo com o diretor do Ipol, Gilvan Müller de Oliveira, a regulamentação da lei determinará como os serviços públicos e privados devem ser oferecidos nas línguas indígenas. Haverá mudanças em todas as áreas, especialmente nos serviços públicos municipais. O cumprimento da lei não será difícil, segundo Müller, uma vez que 97% dos 45 mil habitantes do município são indígenas. A iniciativa de São Gabriel da Cachoeira, na avaliação do diretor do Ipol, indica que no Brasil o caminho da oficialização das línguas indígenas deve se expandir além do âmbito municipal. O país tem cerca de 200 línguas, a maioria falada em um município ou região, nunca na área total do estado.

    Resultados — Com a aprovação da lei, o curso de magistério para 315 professores indígenas de 14 povos, iniciado em 2006, já é ministrado nas três línguas e em português. Em julho próximo, terá início o primeiro curso de graduação da futura Universidade dos Povos Indígenas. O curso de licenciatura em política educacional e desenvolvimento comunitário será oferecido pela Ufam em parceria com o Ipol e a Foirn. Será o primeiro de uma universidade pública, nas aldeias, ministrado em línguas indígenas, com o português como língua auxiliar. As aulas serão ministradas em Cucuí, no Rio Negro; Taracuá, no Rio Uaupés; e Tunuí ou Assunção, no Rio Içana.

    Município com 112 mil quilômetros quadrados, São Gabriel da Cachoeira tem área maior que Portugal. No Brasil, supera estados como Pernambuco, Espírito Santo, Santa Catarina, Alagoas, Sergipe e Paraíba. Faz divisa com Venezuela e Colômbia. Caracteriza-se pelo plurilingüísmo — tem 23 línguas indígenas de cinco troncos. A maioria dos povos fala, além da sua língua materna, o tucano, o nheengatu e o baniua. Dados do Censo Escolar de 2005 indicam que o município tem dez mil alunos indígenas em classes da educação infantil ao ensino médio, 208 escolas e 640 professores, todos indígenas.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Será divulgado na sexta-feira, 23, a lista com os aprovados para a segunda fase da 1ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), que ocorrerá no dia 8 de outubro. Participam da prova discursiva somente 5% dos alunos com melhor classificação na primeira fase, que ocorreu no mês passado. No início de novembro, será publicado o resultado final e os alunos receberão as medalhas em Brasília.

    Cerca de 10,5 milhões de estudantes de 5ª a 8ª série do ensino fundamental e médio estão participando da competição, que mobilizou 31.028 escolas do país, o que representa 52% do total de escolas da rede pública. “A Obmep cria um ambiente mais positivo para o ensino da matemática, que é uma disciplina marcada por muito preconceito. Os alunos já entram na sala de aula achando que não vão aprender. A competição é uma oportunidade para descobrir aptidões e desenvolver o talento na área, com as bolsas para os alunos melhor colocados e o reconhecimento para o trabalho dos professores, que também recebem bolsas para se aperfeiçoar”, afirma Lúcia Lodi, diretora de Políticas do Ensino Médio da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    Serão distribuídas 1.110 medalhas nas categorias ouro (300), prata (405) e bronze (405), além de 30 mil certificados de menção honrosa e 2.001 bolsas de iniciação científica júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os professores dos 100 melhores alunos também serão premiados. Eles ganharão estágio de 15 dias no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). E os municípios com maior número de alunos com medalhas ganharão quadras de esportes, patrocinadas pelo Ministério dos Esportes.

    A olimpíada é uma iniciativa do MEC e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e tem como parceiros executores a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e o Impa. Mais informações sobre a competição na página eletrônica da olimpíada.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Será divulgada na segunda-feira, dia 21, pela internet, a relação dos alunos que receberão o benefício do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Os estudantes selecionados devem procurar o coordenador do Fies na sua universidade. A lista estará afixada também nas instituições de ensino.

    Os beneficiados terão 50% de financiamento das mensalidades, a juros de 9% ao ano. O pagamento será feito pelo aluno depois que se formar, com prazo igual ao do curso, mais 50%. Ou seja, se o estudante levou quatro anos para se formar, terá até seis anos para quitar a dívida. No entanto, a cada trimestre, precisa pagar ao sistema uma taxa de R$ 50,00.

    Criado em 1999, o Fies é dirigido a alunos de universidades particulares que têm dificuldades em pagar os estudos. Pesam na seleção dos beneficiados critérios socioeconômicos, como menor renda bruta total mensal familiar; ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública; não ter curso superior completo; não ter residência própria e ter mais de um membro da família estudando, sem bolsa, em instituições de ensino superior não-gratuitas. Os demais critérios estão descritos na Portaria nº 3.224, publicada no dia 22 de setembro último no Diário Oficial da União.

    Benefício — Mais de 1,8 mil campi, ligados a 1.050 instituições de educação superior, aderiram ao Fies este ano. O fundo já beneficiou 320 mil estudantes de universidades particulares. O maior número de contratos foi registrado 2002 — 62 mil vagas, superadas agora com as 100 mil que estão sendo oferecidas. O programa beneficiará mais de 400 mil estudantes.

    A relação dos beneficiados e das instituições credenciadas estará nas páginas eletrônicas do MEC, ícone Fies — Financiamento Estudantil, e  da Caixa. Para o estudante confirmar se foi selecionado, deve ter o número do CPF e o da inscrição no fundo. A relação dos estudantes inscritos consta das mesmas páginas eletrônicas desde o início do mês.

    Mais informações pelo telefone (61) 0800-6161.

    Repórter: Susan Faria

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulga na terça-feira, 13, à tarde, em sua página eletrônica, a lista das instituições selecionadas para o Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Defesa Nacional (Pró-Defesa). Os vencedores serão comunicados por meio dos Correios. O resultado deveria ser divulgado esta semana, mas foi prorrogado devido à necessidade de mais tempo para julgar os 42 projetos inscritos.

    O Pró-Defesa objetiva implantar redes de cooperação acadêmica na área de defesa nacional para a produção de pesquisas científicas e tecnológicas e a formação de recursos humanos pós-graduados. Lançado pelo ex-ministro da Educação, Tarso Genro, em julho, o programa contribui para desenvolver e consolidar o pensamento brasileiro na área de defesa.

    Os projetos são selecionados por uma comissão de pesquisadores indicados pela Capes e integrantes da Secretaria de Estudos e Cooperação do Ministério da Defesa. Até o dia 16, as instituições receberão os recursos – até R$ 120 mil para cada – para aplicarem em 2006. No total, receberão até R$ 480 mil, parcelados em quatro anos, que poderão ser aplicados em bolsas de mestrado e doutorado, transporte e diárias para missões de pesquisa e docência, despesas de custeio, compra de equipamentos e materiais permanentes para atender às atividades do projeto.

    O Pró-Defesa é financiado pelos ministérios da Educação e da Defesa. Tem assegurado R$ 3,2 milhões para repassar às instituições selecionadas (no máximo, dez). “Há chance de conseguirmos mais recursos e convênios e, por isso, dentre os projetos inscritos, teremos os selecionados e pré-selecionados. Esses últimos também podem participar do Pró-Defesa”, explicou o diretor de Programas da Capes, José Fernandes de Lima.

    Segundo ele, o programa irá permitir a aproximação de pesquisadores com interesse em geopolítica e defesa. “Profissionais de várias áreas entraram no projeto. Engenharia, computação, ciência política, química, direito, ciências agrárias, educação, geografia, sociologia e medicina”, disse.

    Participantes – O Pró-Defesa destina-se a instituições públicas e privadas que possuam, em seus programas de pós-graduação stricto sensu reconhecidos pelo MEC, área de concentração ou linhas de pesquisa em defesa nacional. O edital do Pró-Defesa admitiu a participação de instituições militares de altos estudos sem programas de pós-graduação stricto sensu, mas associados com instituições de ensino superior.

    O presidente da Capes, Jorge Guimarães, avalia que nos últimos 40 anos a instituição deu atenção a áreas clássicas – como ciências agrárias, humanas, biológicas, da saúde – e algumas, como é o caso da defesa nacional, não foram muito desenvolvidas. "Os temas da área militar são inúmeros e oferecem oportunidade de pesquisa e de formatação de conhecimentos permitindo o aperfeiçoamento das decisões governamentais", disse.

    No lançamento do Pró-Defesa, o vice-presidente da República, José Alencar, lembrou que o Brasil precisa enfrentar o desafio de tomar decisões relativas à alocação de recursos para assegurar condições de preservação e defesa de seu patrimônio territorial, populacional, econômico, político e cultural. Lembrou também que é pela pesquisa e ensino que encontraremos alternativas. Mais informações pelo telefone (61) 2104-8806.

    Repórter: Susan Faria

  • A lista das instituições de ensino superior que vão participar ainda neste ano do Programa de Apoio à Extensão Universitária (Proext) da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) já está à disposição dos interessados no endereço eletrônico da secretaria. O Ministério da Educação aprovou 178 projetos e programas, dos quais 111 são de universidades federais e 67 de universidades estaduais.

    No total foram inscritos 298 programas e projetos. Destes, 214 vieram das universidades federais e 84 das estaduais. O montante de recursos destinados ao Proext em 2005 e 2006 é de R$ 6 milhões, sendo R$ 4,5 milhões para as universidades federais e R$ 1,5 milhões para as estaduais.

    Neste ano, cada universidade receberá até R$ 30 mil para cada projeto aprovado e até R$ 80 mil por programa aprovado, verba que poderá ser utilizada em oito meses, a partir da liberação das parcelas. Os recursos serão liberados assim que as universidades assinarem convênios com o MEC e enviarem seus planos de trabalho ao ministério.

    Apoio – O Proext tem o objetivo de apoiar as instituições públicas de ensino superior para desenvolverem programas ou projetos de extensão. Também proporciona melhores condições de gestão de suas atividades acadêmicas de extensão, potencializando a qualidade das ações propostas.

    Os programas e projetos aprovados pelo Proext devem trabalhar com educação de jovens e adultos, formação permanente de pessoal para o sistema de educação básica da rede pública e políticas de direitos humanos e desenvolvimento social, por meio de cursos de educação continuada e produção de material pedagógico. Outras informações pelo telefone (61) 2104-8713.

    Repórter: Susan Faria

  • A lista dos candidatos reclassificados no Programa Universidade para Todos (ProUni) será divulgada pelo Ministério da Educação na próxima quinta-feira, 16. A relação se refere às bolsas que não foram preenchidas, ou pela ausência dos pré-selecionados na apresentação de documentos ou pela falta de comprovação de algum dos dados pessoais informados no momento da inscrição. Os candidatos pré-selecionados tinham até o último dia 10 para confirmar estes dados.

    Caso ainda restem bolsas depois da divulgação dos candidatos reclassificados, estas serão preenchidas pelos concorrentes da lista de espera, formada por estudantes com perfil socioeconômico compatível com o exigido pelo ProUni. As instituições de ensino, por sua vez, tinham até a última segunda-feira, 13, para informarem os dados dos alunos contemplados pelo programa no primeiro semestre.

    O ProUni oferece bolsas de estudos a alunos de baixa renda em instituições particulares de ensino superior. Para participar, o estudante deve preencher alguns requisitos: ter freqüentado o ensino médio em escola pública, ou em escola particular com bolsa integral; ter prestado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); possuir renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, para bolsa integral, ou renda familiar de até três mínimos por pessoa, para bolsa parcial.

    No primeiro semestre de 2006, foram selecionados 90.538 estudantes para participarem do programa. A previsão é de que sejam ofertadas mais 40 mil vagas na segunda metade do ano. Informações adicionais podem ser obtidas na página eletrônica do ProUni.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) sediará, a partir desta quinta-feira, 7, até sábado, 9, o Encontro Regional da Associação Brasileira de Literatura Comparada (Abralic), que terá o tema Sentidos dos Lugares: o Local, o Regional, o Nacional, o Internacional, o Planetário. Além da Uerj, participam da organização do encontro a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

    A diretoria da Abralic é a organizadora do evento, que terá a participação de professores e pesquisadores de todo o Brasil, da América do Norte, da América Latina e da Europa.

    A Abralic é considerada a maior e mais antiga instituição do gênero na América Latina. Congrega professores e pesquisadores de literatura e cultura de todo o país. “A escolha do tema valoriza o significado que temos no espaço e tempo que ocupamos no dia-a-dia”, disse o coordenador do encontro, professor José Luiz Jobim, da Uerj. Segundo ele, as percepções do local, do global e da cidadania em todo o mundo enriquecem reflexões individuais sobre atitudes e comportamentos. “Nosso comportamento, nas mínimas manifestações, contribui para a emergência de um ambiente com qualidade para possibilitar a melhoria dos níveis de qualidade de vida das populações”, disse Jobim.

    Participarão das mesas-redondas os pesquisadores Ana Pizarro (Universidade de Santiago, Chile), Benjamin Abdalla Júnior (USP), George Yudice (Universidade de Nova Iorque), Gilda Bittencourt (UFRGS), Hans Ulrich Gumbrecht (Stanford University), Laura Padilha (UFF), Luiz Costa Lima (Uerj), Marisa Lajolo (Unicamp), Pablo Rocca (Universidad de la República, Uruguai), Pierre Rivas (Universitade de Paris), Regina Zilberman (PUC-RS), Reinaldo Martiniano Marques (UFMG) e Renato Cordeiro Gomes (PUC-RJ), dentre outros.

    O encontro é preparatório do 10º Congresso Nacional da Abralic, a ser realizado em 2006. As sessões serão realizadas das 8h às 18h, no Instituto de Letras da UERJ, no Rio de Janeiro.

    Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2587-7313 e na página eletrônica.

    Repórter: José Leitão

  • É de Pombal, na Paraíba, o poeta cordelista mais procurado pelos leitores do Portal Domínio Público do Governo Federal. Leandro Gomes de Barros, considerado pai da literatura de cordel no país, tem no portal 18 obras que somam 44.232 acessos, o campeão entre os seis autores com textos disponíveis na página. E a obra campeã de Leandro é A Filha do Pescador, com 8.077 acessos.

    Embora tenha vivido apenas 55 anos, Leandro Gomes de Barros tem uma obra vasta que se manifesta em poemas heróicos, novelescos, satíricos que abordam temas sobre o cangaço, a seca, o sofrimento, a mulher, os mundos mágicos do dragão, da lua, das fadas. O poeta nasceu em Pombal (PB) em 1865 e morreu em Recife (PE) em 1918. Entre os poemas dele mais procurados no portal estão Uma Viagem ao Céu, O Valor da Mulher e a Mulher Roubada.

    Mas o cordelista Guaipuan Vieira, de Teresina (PI), que tem hoje 56 anos, também é muito procurado. Dele estão disponíveis no portal quatro obras, com destaque para A Chegada de Lampião no Céu, com 7.104 acessos e A Terrível História da Perna Cabeluda, com 3.282.

    Os outros poetas de cordel presentes no portal são João Melquíades Ferreira da Silva, que viveu entre 1869 e 1933 na Paraíba e foi um dos combatentes da Guerra de Canudos; Silvino Piruá de Lima, que nasceu em 1848 em Patos (PE) e morreu em Bezerros (PE) em 1923.Segundo a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Silvino foi, junto com Leandro Gomes de Barros, criador da literatura de folhetos que se conhece hoje e que é vendida principalmente em feiras. Estão na página também obras de Francisco das Chagas Batista e José Bernardo da Silva.

    Biblioteca digital desenvolvida em software livre, o Portal Domínio Público dispõe de arquivos de imagem, som, texto e vídeo e um caminho para pesquisa que pode ser feita pelo conteúdo, nome do autor, além de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de pessoal de Nível Superior (Capes).

    Ionice Lorenzoni

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    O Guarani pode ser lido no portal
    Histórias do Boca do Inferno
    Acesso gratuito à história indígena
    Portal oferece obra de Fernando Pessoa

  • Os alunos da educação básica das escolas públicas da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) começam em 2006 a estudar a literatura e conhecer os principais escritores dos oito países do grupo. O objetivo é fortalecer os laços culturais, promover o intercâmbio e a integração a partir da leitura.

    Criada em Lisboa, Portugal, em 1986, a CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e, desde 2002, também pelo Timor Leste. A comunidade tem hoje mais de 200 milhões de pessoas, sendo o Brasil o maior país em área e população.

    Livro – A decisão sobre quais escritores e obras vão circular nas escolas será tomada pela Comissão Executiva de Educação da CPLP, entre os dias 25 e 27 deste mês, em Fortaleza (CE). Neste encontro estarão presentes os responsáveis pelo setor de educação de cada país e também um escritor. De acordo com o secretário executivo adjunto do Ministério da Educação, Ronaldo Teixeira da Silva, que preside a comissão, cada país vai apresentar a relação de livros que gostaria de ver divulgados na comunidade e selecionar as obras.

    A sugestão do Brasil, responsável na CPLP pelo tema literatura, é que, no início, seja distribuído um livro com amostra das obras de autores dos oito países. Entre os autores brasileiros que deverão integrar o livro didático estão Carlos Drummond de Andrade, Guimarães Rosa, Olavo Bilac e Machado de Assis.

    Integração – A Comissão Executiva de Educação foi criada em 2004 durante a reunião anual dos ministros da Educação da CPLP. O MEC foi eleito para presidi-la no período 2004/2005. No mesmo ano, em Lisboa, a comissão decidiu trabalhar a integração a partir de alguns temas: o Brasil ficou encarregado de coordenar a parte de literatura; Portugal, as áreas de história, ensino técnico e superior; e Moçambique, os setores de estatísticas e de pesquisas educacionais.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • O Brasil e os demais países de língua portuguesa pretendem estabelecer políticas de formação e difusão da literatura e do idioma. Essa política prevê a formação de professores de português, a elaboração e a avaliação de materiais didáticos sobre o ensino de literatura e o intercâmbio de experiências pedagógicas. Tudo isso será discutido nos dias 11, 12 e 13 de dezembro, no Rio de Janeiro, durante o Seminário Internacional de Literatura.

    Participarão do evento escritores, professores de literatura e de língua portuguesa, dirigentes de institutos do Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Será uma oportunidade para refletir, trocar experiências e informações e definir ações que valorizem a literatura e o idioma.

    Pesquisas — Durante o seminário, serão identificadas e difundidas pesquisas nas áreas de literatura e língua portuguesa e acertados mecanismos para que as universidades ampliem a oferta de cursos de português para estrangeiros. Serão discutidas, também, as formas para viabilizar o acordo ortográfico entre os países lusófonos e a possibilidade de apoio a estudantes de graduação e pós-graduação, professores, pesquisadores, gestores e autores que fazem cursos e pesquisas fora do país de origem.

    Susan Faria

  • Enfim o conto, a novela, a poesia, a crônica vão fazer parte da rotina de milhares de jovens e adultos que participam do programa Brasil Alfabetizado em todo o País. Para eles, 2007 começa com o desafio de desvendar a beleza, a surpresa, o mistério que está dentro de dez livros que começam circular pelas salas de aulas.

    O Ministério da Educação lança, no dia 5 de dezembro, a coleção Literatura para Todos, na abertura do seminário Diferentes Diferenças, na Academia de Tênis, em Brasília. Os livros, dirigidos aos que estão aprendendo a ler e a escrever, vão para as salas de alfabetização no início do próximo ano.

    A primeira edição de Literatura para Todos terá 1,1 milhão de exemplares, sendo 110 mil a tiragem de cada obra. Acompanha a coleção um manual para os alfabetizadores, com textos curtos, informando sobre a importância da leitura, para que serve, o papel do alfabetizador, abordagem sobre os sete gêneros literários constantes na coleção, resenha de cada livro e depoimentos de três escritores sobre como eles aprenderam a ler.

    “É um projeto inovador e inaugural”, diz o coordenador técnico do concurso e coordenador-geral da alfabetização da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Tancredo Maia. Ele explica: inovador porque oferece aos jovens e adultos obras de qualidade escritas especialmente para eles. Inaugural, porque amplia a inclusão do saber para um público que hoje está fora das perspectivas do mercado editorial.

    Tancredo Maia destaca a qualidade dos livros selecionados entre 2.100 obras inscritas no 1º Concurso Literatura para Todos, em 2005. Entre os dez premiados, e que estão nesta coleção, encontra-se Domingos Pellegrini, escritor, jornalista e publicitário com cerca de 40 livros publicados e ganhador do prêmio Jabuti, um dos mais importantes da literatura nacional. Pellegrini está na coleção ao lado de jovens escritores, selecionados pela sua qualidade, explica o coordenador.

    O Ministério da Educação vai distribuir a coleção de duas formas. Cada alfabetizador receberá uma ou duas coleções, dependendo do número de alunos que tenha na sala de aula. Se tiver, por exemplo, 20 a 25 alunos, receberá duas coleções. Será função do educador fazer circular os livros entre os alunos, de forma que todos possam ler todas as obras.

    Os objetivos desta ação escolar, diz Tancredo Maia, são despertar nos alunos o gosto, o hábito e o prazer pela leitura, levá-los a conhecer os gêneros literários, fixar conhecimentos, ampliar a cultura.

    A outra modalidade de distribuição será por meio dos carteiros. O MEC discute um acordo com os Correios, onde cada carteiro terá uma coleção e fará as vezes de agente de leitura na sua área de distribuição de correspondência. Neste caso, o carteiro receberá o cadastro dos alunos que participaram do programa Brasil Alfabetizado nos anos de 2004 e 2005, na sua área de trabalho, e fará circular entre eles os livros, de forma que todos possam ter acesso a todas as obras.

    Coleção – O 1º Concurso Literatura para Todos selecionou e premiou dez obras, de sete gêneros literários, que hoje fazem parte da coleção. Estas são as obras: Família composta (peça de teatro), de Domingos Pellegrini (PR); Madalena (novela), de Cristiane Dantas Costa (RJ); Cabelos molhados (conto), de Luís Pimentel (RJ); Cobras em compota (conto), de Ana Cristina Araújo Ayer de Oliveira/Índigo (SP); Quando o gosto pela leitura (crônica), de Paulo César Dias Rodrigues (RS); Léo, o pardo (biografia), de Rinaldo Santos Teixeira (SP); Batata cozida, mingau de cará (tradição oral), de Eloí Elizabete Bocheco (SC); Caravela (redescobrimento) (poesia), de Gabriel Bicalho (MG); Entre as junturas dos ossos (poesia), de Vera Lúcia de Oliveira; e Abraão e as frutas (poesia), de Luciana de Mendonça (RJ).

    Ionice Lorenzoni

     

  • O Ministério da Educação vai publicar os dez textos vencedores do 2º Concurso Literatura para Todos e distribuí-los a 1,5 milhão de estudantes. A premiação ocorreu na quarta-feira, dia 10, na Semana de Educação de Jovens e Adultos, em Natal. O prêmio é promovido pelo Ministério da Educação para estimular a produção literária destinada a jovens e adultos em processo de alfabetização.

    Serão contempladas com as obras as entidades parceiras do Programa Brasil Alfabetizado, universidades da Rede de Formação de Alfabetização de Jovens e Adultos, presídios e núcleos de educação de jovens e adultos de instituições de educação superior. Os livros também chegarão às escolas públicas de educação básica.

    “Esse não é um concurso para neo-escritores, mas para escritores experientes. Este ano, recebemos menos obras. Porém, com mais qualidade”, disse Jane Paiva, integrante da comissão julgadora. “Apesar de vivermos numa sociedade baseada na linguagem escrita, o acesso às obras literárias não é igualitário. Iniciativas como esse concurso conseguem desfazer esse processo.”

    De acordo com Iacyr Freitas, que recebeu menção honrosa pela obra Via Vária, a soma da tiragem de seus 20 livros publicados não chega ao número de exemplares do que será editado pelo MEC. Dentre os escritores de países africanos língua portuguesa, o vencedor foi José Luís Tavares, com a obra poética Os Secretos Acrobatas.

    No concurso, organizado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), os candidatos concorreram nas categorias prosa (conto, novela ou crônica), poesia, biografia e texto de tradição oral (em prosa ou em verso). Em cada uma delas foram premiados dois autores.

    O MEC recebeu 133 contos, 61 novelas, 30 crônicas, 13 biografias, 29 textos de tradição oral e 249 de poesia. O prêmio teve o patrocínio do Banco do Brasil e o apoio da Organização dos Estados Ibero-Americanos  para Educação, Ciência e Cultura (OEI).

    Assessoria de Imprensa da Secad

  • Uma prosa bem contada, a história de um negro que amava o Brasil e a sensibilidade de usar as palavras certas para compor uma poesia. Talento que dez escritores exibiram nos textos selecionados pelo Ministério da Educação para estimular a produção literária destinada a jovens e adultos em processo de alfabetização. Eles foram os melhores do 2º Concurso Literatura para Todos, promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad).

    Os nomes dos vencedores e do autor da obra que recebeu menção honrosa estão publicados na edição desta quarta-feira, dia 26, do Diário Oficial da União. A premiação está prevista para 10 de dezembro, em Natal, na abertura da Agenda Territorial da Educação de Jovens e Adultos. O secretário de Educação Continuada Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, participará da entrega da premiação, que tem o patrocínio do Banco do Brasil.

    Os escritores vão receber R$ 10 mil, cada um, e as obras serão publicadas e distribuídas às entidades parceiras do Programa Brasil Alfabetizado, universidades da rede de formação de alfabetização de jovens e adultos, unidades prisionais e núcleos de educação de jovens e adultos das universidades. Espera-se que cerca de 1,5 milhão de estudantes tenham acesso aos textos.

    Os candidatos concorreram nas categorias prosa (conto, novela ou crônica), poesia, biografia e texto de tradição oral (em prosa ou em verso). O MEC recebeu 605 obras — 133 de contos, 61 de novelas, 30 de crônicas, 13 de biografias, 29 de textos de tradição oral e 249 de poesias. Na categoria tradição oral, as obras vencedoras foram A Fera do Canavial, de Antônio Almir Mota, e Pela Voz do Cordel, de Maria Augusta de Medeiros e César Tadeu Obeid.

    Entre os que concorreram em biografia e prosa (conto), os vencedores foram B. Léza?! Um Africano que Amava o Brasil, de Gláucia Aparecida Nogueira, e Família Contadeira de Histórias, de Stela Maris de Rezende, respectivamente.

    No Atrito do Corpo com o Ar, de Sandra Jeane de Paula, e Pé de Alguma Coisa Pede Outra, de Viviane Veiga Távora, venceram na categoria poesia. Os escolhidos na categoria prosa (novela) foram Cobrador, de Andréa Fátima dos Santos, e Tem Onça na Casa do Zé, de Isaura Daniel. O livro de poesia Via Vária, de Iacyr Anderson Freitas, recebeu menção honrosa.

    O concurso premiou também um escritor africano, José Luis Tavares, autor de Os Secretos Acrobatas, livro de poesias.

    Assessoria de Comunicação Social

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    Educação de jovens e adultos em debate

  • A coleção Literatura para Todos, formada por dez títulos que vão da crônica à poesia, entre outros gêneros, será distribuída para 4.690 bibliotecas que integram o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, controlado pela Biblioteca Nacional. Cada biblioteca receberá duas coleções. Ao todo, o Ministério da Educação entregará cerca de 9.300 volumes. A distribuição será feita por via postal a partir do dia 15 de janeiro.

    “A ação faz parte da política de levar literatura de qualidade para todos, inclusive aos usuários das bibliotecas públicas”, explica o  coordenador-geral de Alfabetização da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Tancredo Maia Filho.

    Segundo Tancredo, os livros são direcionados para quem está  aprendendo a ler e escrever, especialmente jovens com mais de 15 anos e adultos recém-alfabetizados. A coleção abrange sete gêneros literários: teatro, novela, conto, crônica, biografia, tradição oral e poesia.

    Títulos — Os títulos que compõem a coleção Literatura para Todos são Família composta (peça de teatro), de Domingos Pellegrini (PR);  Madalena (novela), de Cristiane Dantas Costa (RJ); Cabelos molhados (conto), de Luís Pimentel (RJ); Cobras em compota (conto), de Ana Cristina Araújo Ayer de Oliveira/Índigo (SP); Quando o gosto pela leitura (crônica), de Paulo César Dias Rodrigues (RS); Léo, o pardo (biografia), de Rinaldo Santos Teixeira (SP); Batata cozida, mingau de cará (tradição oral), de Eloí Elizabete Bocheco (SC); Caravela (redescobrimento) (poesia), de Gabriel Bicalho (MG); Entre as junturas dos ossos (poesia), de Vera Lúcia de Oliveira; Abraão e as frutas (poesia), de Luciana de Mendonça (RJ).

    Cristiano Bastos

  • A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) divulgou nesta terça-feira, 23, o resultado parcial do primeiro concurso Literatura para Todos. Foram selecionadas para publicação oito obras inéditas. Cada autor receberá R$ 10 mil. O resultado ainda é provisório, já que foi aberto prazo de dez dias para possíveis recursos.

    O concurso foi criado para estimular a produção de livros específicos para jovens e adultos em processo de alfabetização. O número de trabalhos inscritos chegou a 3.387, mas concorreram apenas as 2.095 obras que atenderam as especificações do edital.

    “A participação foi excelente, com mais de três mil obras apresentadas, de todos os gêneros, com representantes de todos os estados, o que demonstrou o interesse dos escritores pelo concurso“, disse Tancredo Maia Filho, coordenador-geral de alfabetização da Secad. “Eles perceberam a importância de produzir literatura para novos leitores.”

    Os concorrentes inscreveram, entre dezembro do ano passado e março último, obras de gêneros literários como conto, novela, crônica, poesia, biografia, relato de viagem, ensaio, reportagem, textos de tradição oral, peça teatral, roteiro de cinema ou vídeo, quadrinhos ou textos com linguagem das tecnologias de informação e comunicação, como e-mails e blogs. Foi escolhida uma obra por modalidade.

    O conjunto será publicado e distribuído nas turmas do programa Brasil Alfabetizado, com tiragem inicial de 300 mil exemplares. A solenidade de premiação, que deve contar com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está prevista para o início de junho.

    A relação das obras premiadas e das menções honrosas está na página eletrônica do concurso.

    Raquel Maranhão Sá

  • As inscrições do concurso Literatura para Todos terminam nesta quinta-feira, 16. Até a véspera, o MEC já tinha registrado a inscrição de mais de 600 obras, superando a expectativa, que era de 500 ao todo. Serão selecionados livros de oito gêneros literários que receberão um prêmio de R$ 10 mil cada. A tiragem inicial será de 300 mil exemplares.

    Lançado pelo Ministério da Educação (MEC), o concurso é inovador para os escritores brasileiros, profissionais ou amadores, por criar um segmento específico, voltado a jovens e adultos em processo de alfabetização ou recém-alfabetizados. Com a distribuição dos livros, o objetivo é desenvolver o gosto deste público pela leitura e incentivá-lo a continuar os estudos em classes de educação de jovens e adultos (EJA).

     “Não há nada do gênero para esse segmento. A produção editorial brasileira ficou exclusivamente voltada para o leitor, aquele que já sabe ler, ou o neoleitor infantil”, explica o professor Tancredo Maia, coordenador-geral de Alfabetização da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).

    As categorias são: conto ou novela, crônica, poesia, biografia ou relato de viagem, ensaio ou reportagem, textos da tradição oral, esquetes, scripts, peças teatrais, roteiros de vídeo ou cinema, quadrinhos e texto utilizando linguagem das tecnologias de informação e comunicação (e-mail, blog, comunidades virtuais, grupos de discussão etc).

    Para concorrer, a obra deverá ser inédita. O edital recomenda que os autores priorizem a leveza e a invenção poética, diferente dos textos didáticos utilizados em sala de aula. Entre 17 de março e 5 de abril, uma comissão de nove especialistas e escritores vai avaliar os livros e selecionar os oito melhores. A relação dos vencedores será divulgada em 5 de maio.

    Os interessados devem levar suas obras pessoalmente ao MEC ou enviá-las pelos Correios: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, Coordenação-geral de Alfabetização – Esplanada dos Ministérios, Bloco L, 6º andar, CEP 70047-900, Brasília (DF).

    Reporteres: Ionice Lorenzoni e Sonia Jacinto

  • ejaOs interessados em participar da segunda edição do concurso Literatura para Todos já podem inscrever seus trabalhos. A iniciativa da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) pretende estimular a produção literária de autores que escrevem para jovens e adultos em processo de alfabetização. O concurso vai premiar nove escritores, com R$ 10 mil cada um, e elaborar uma publicação com os trabalhos vencedores. A obra será distribuída nas escolas e bibliotecas públicas.

    Os candidatos podem competir nas categorias prosa (conto, novela ou crônica), poesia, biografia e texto de tradição oral (em prosa ou em verso).  Em cada uma delas serão premiados dois autores.

    A novidade da competição este ano é a premiação de um escritor africano natural de um dos países de língua portuguesa  — Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. O autor africano ganhará o mesmo prêmio de R$ 10 mil, independentemente da categoria literária do texto. Os títulos vencedores estarão disponíveis também no portal Domínio Público, do Ministério da Educação.

    As obras devem ser enviadas até 21 de novembro à Secad — Esplanada dos Ministérios, bloco L, sala 710, CEP 70047-900, Brasília, DF. Segundo os organizadores do concurso, o prazo estabelecido no edital foi definido para que os autores tenham tempo de produzir seus trabalhos, os quais serão avaliados por uma comissão julgadora formada pelo titular da Secad, André Lázaro, e por professores com experiência em educação de jovens e adultos. A divulgação dos resultados e a premiação estão previstas para março do próximo ano.

    Em 2006, concorreram 2.095 obras na primeira edição do Literatura para Todos.

    Mais informações no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone 0800 616161.

    Flavia Nery

  • Escritores brasileiros poderão concorrer a prêmios com obras direcionadas aos jovens e adultos do Brasil Alfabetizado. (Júlio César Paes)Escritores brasileiros têm um desafio em 2007: escrever para jovens e adultos que estão aprendendo a ler e a escrever em salas de aula em todo o país. Os novos leitores são pessoas com mais de 15 anos que participam de ações do Ministério da Educação dentro do programa Brasil Alfabetizado. As obras literárias são para um público que não é criança, mas também não é leitor experimentado.

    A segunda edição do concurso Literatura para Todos vai distribuir R$ 90 mil para oito escritores brasileiros e para um escritor de país africano de língua portuguesa — Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Cada autor selecionado receberá um prêmio de R$ 10 mil e terá sua obra reproduzida pelo Ministério da Educação e distribuída a milhares de jovens e adultos que iniciaram a alfabetização no período 2006-2007. As inscrições estão abertas até 21 de novembro.

    Com mínimo de 30 e máximo de 40 páginas, as obras devem ser inéditas e específicas para neoleitores jovens e adultos. Podem concorrer textos nas modalidades: prosa (conto, novela ou crônica), poesia, biografia, textos da tradição oral (em prosa ou em verso). Serão selecionadas duas obras de autores brasileiros para cada modalidade e uma obra de autor africano, esta em qualquer modalidade definida no edital.

    Os textos devem considerar o público-alvo do concurso: jovens e adultos em processo de alfabetização ou recém-alfabetizados. Para esses novos leitores, o MEC quer oferecer livros com narrativa atraente e que não se confundam com tarefas escolares; textos que façam uma leitura do mundo, que favoreçam o envolvimento afetivo do leitor e que possibilitem a comunicação, compreensão, entendimento e crítica. Entre os critérios de análise, o edital destaca a linguagem expressiva que estimule a imaginação e a reflexão; e narrativas que contribuam para a construção da consciência individual, social e ética.

    Em 2006, o concurso recebeu 2.095 obras das quais selecionou estas oito: Cobras em compota (Conto); Entre as junturas dos ossos (poesia); Família composta (peça de teatro); Léo, o pardo (biografia); Madalena (novela); Tubarão com faca nas costas (crônica); Caravela (poesia); Batata cozida, mingau de cará (tradição oral). Receberam menção honrosa: Cabelos molhados (conto); Abraão e as frutas (poesia).

    A inscrição em 2007 será feita com o envio da obra literária em seis vias, formato A4, pseudônimo para: 2º Concurso Literatura para Todos – Ministério da Educação, Esplanada dos Ministérios, bloco L, sala 710, CEP 70047-900 – Brasília (DF). Informações no Edital nº 2/2007/Secad/MEC ou pelo correioeletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Ionice Lorenzoni

  • A Diretoria de Políticas de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) avisa que a divulgação do resultado do 2º Concurso Literatura para Todos, prevista para 20 de março de 2008, segundo o edital publicado no Diário Oficial da União do dia 26 de junho de 2007, teve sua data adiada por motivo de ordem técnica. A diretoria esclarece que todo o processo relativo à segunda edição do concurso está em andamento. A data de divulgação dos vencedores será retificada em edital e informada em breve.

    Assessoria de Imprensa da Secad

  • Acervo literário para mais de 700 mil alunos com necessidades educacionais especiais (Foto: João Bittar)Mais de 700 mil alunos com necessidades educacionais especiais — com deficiência ou superdotação — terão acesso a acervos literários no segundo semestre deste ano. Cada uma das 54.412 escolas públicas com matrículas em classes comuns do ensino regular público  e escolas especializadas sem fins lucrativos receberá obras de literatura distribuídas pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola – Educação Especial (PNBE/Esp). São três coleções com até 60 títulos para escolas com matrículas na educação infantil, ensinos fundamental e médio.

    Além de qualificar os acervos das bibliotecas escolares para uso dos estudantes, o PNBE/Esp também vai apoiar com obras de orientação pedagógica os 54.625 professores que trabalham nessas escolas. De acordo com a diretora de políticas da educação especial da Secretaria de Educação Especial, Cláudia Griboski, os livros de orientação serão instrumentos de leitura, informação, pesquisa e reunião pedagógica dos docentes. A iniciativa tem o objetivo de fortalecer as políticas de inclusão e contribuir para melhorar a qualidade do ensino.

    Para executar o programa, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) está recebendo inscrição de obras de orientação pedagógica e de literatura até 17 de março. Os autores podem inscrever de livro digital em Língua Brasileira de Sinais (Libras) a livro em braille, em áudio, impresso, em CD, de forma a atender todos os tipos de necessidades especiais. O edital descreve as peculiaridades das obras e o tamanho dos acervos a serem selecionados: até 60 livros para a educação infantil e a mesma quantidade para os ensinos fundamental e médio. Segundo Cláudia Griboski, as escolas que aparecem no censo escolar com matrículas de alunos com necessidades especiais receberão os três acervos.

    No formato de coleção, esta é a primeira iniciativa do Ministério da Educação, mas desde 2005 são enviados às escolas livros para uso de professores e alunos. Em 2005 e 2006, as escolas com matrículas de alunos surdos receberam uma coleção com dez títulos de literatura digital em Libras; e as com matrículas de cegos, títulos paradidáticos em braille.

    Atribuições — No edital, o FNDE tem entre suas atribuições receber a pré-inscrição das obras, adquiri-las e enviá-las às escolas. Caberá à comissão de avaliação e seleção da Secretaria de Educação Especial fazer a avaliação pedagógica e a seleção dos livros a serem adquiridos pelo MEC. A previsão é que as coleções cheguem às escolas entre agosto e outubro deste ano.

    Dados do Censo Escolar de 2006 indicam que estão matriculados na educação básica 700.624 estudantes da educação especial, atendidos em 54.412 escolas públicas ou especializadas sem fins lucrativos. Por nível de ensino, o censo escolar aponta 466.155 matrículas na educação infantil e no ensino fundamental; 14.150 no ensino médio; 48.911 na educação profissional; e 58.420 na educação de jovens e adultos.

    Ionice Lorenzoni

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