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  • O ministro da Educação, Mendonça Filho, reafirmou nesta quarta-feira, 7, o compromisso do MEC com o desenvolvimento dos projetos liderados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Ele participou, em Brasília, da abertura do seminário Lei do Bem – Como Ampliar Parcerias Público-Privadas para Investimento em Ciência, Tecnologia e Inovação.

    “Quero revelar, em nome do MEC, nossa ação em prol do fortalecimento de instituições como a Capes naquilo que diz respeito a sua missão mais nobre, de apoio à pesquisa no nosso país”, afirmou. “Que jovens e profissionais ligados à ciência e à tecnologia possam agregar conhecimento, e esse conhecimento possa ser desenvolvido dentro do território nacional ou em cooperação com outras instituições de ensino e pesquisa mundo afora.”

    Mendonça Filho destacou que o trabalho de instituições como a Capes está diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico e social do país. “Não há nação próspera no mundo que tenha conseguido alcançar patamares elevados de desenvolvimento e de justiça social se porventura não tiver a educação como base e a ciência, tecnologia e inovação como fatores de alavancagem do lançamento de novos produtos e de inserção econômica no contexto interno e internacional”, afirmou.

    Recuperação — O presidente da Capes, Abílio Baeta, salientou os avanços da autarquia no último semestre. “A Capes passou por uma recuperação muito importante da sua capacidade de investimento e de ações neste segundo semestre, com o apoio do ministro Mendonça Filho”, afirmou. “Entendemos que estava na hora de mostrar essa nova preocupação e esse novo engajamento da Capes na questão da inovação.”

    De acordo com Baeta, a Capes sempre foi vista como uma grande agência de fomento da universidade e da pós-graduação brasileira. “Reconhecemos que a inovação precisa entrar também nessa agenda”, disse.

    Seminário — O evento reúne representantes do governo, agências de fomento, especialistas nacionais, gestores da área de ciência, tecnologia e inovação, representantes da área universitária e do setor privado. Os temas estão debate em três mesas-redondas:

    • O Marco Regulatório de Incentivos Fiscais para Investimento na Inovação Científica e Tecnológica.
    • Experiências de Projetos Universidades–Empresas em CT&I com Financiamento Público e Privado.
    • A Visão do Setor Privado sobre o Modelo Atual de Investimento Privado em CT&I.

    Lei — A Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, conhecida como Lei do Bem, estabeleceu incentivos fiscais a pessoas jurídicas que realizarem ou contratarem pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica. Inclui ainda incentivos fiscais específicos a empresas relacionados a dispêndios efetivados em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação tecnológica a ser executado por instituições científicas e tecnológicas, desde que previamente aprovados por comitê constituído por representantes dos ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Educação.

    Em 2007, as três pastas lançaram chamada pública conjunta para incentivar investimentos em inovação por parte do setor privado e aproximar as empresas das universidades e institutos de pesquisa, de forma a potencializar os resultados em pesquisa e o desenvolvimento de serviços, processos e produtos inovadores no país.

    Marco — O seminário sobre a Lei do Bem é uma oportunidade para melhor compreender o marco regulatório atual da ciência, tecnologia e inovação, debater oportunidades, desafios e perspectivas para aplicação de incentivos fiscais na área e desenvolver parcerias entre universidades, institutos e empresas.

    Mais informações na página do seminário na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira:

  • Campinas (SP), 12/7/2018 – Em visita ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), de Campinas (SP), o ministro da Educação, Rossieli Soares, destacou a importância da educação no apoio à ciência e à pesquisa no Brasil. “Não existe como você dissociar o papel do Ministério da Educação, junto com a Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] e com outras instituições, daquilo que deve ser o caminho do desenvolvimento do Brasil”, declarou. “Para o MEC, estar próximo do CNPEM e de instituições como essa é fundamental.”

    O CNPEM é uma organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e voltada à pesquisa em tecnologia nas áreas de nanociências, materiais, ciências da vida, física e química.

    O ministro visitou os quatro laboratórios nacionais operados pelo CNPEM – Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Bioetanol (CTBE) e Nanotecnologia (LNNano). Os espaços são referências mundiais e estão disponíveis para uso externo por parte de pesquisadores e empresas nacionais e de outros países. “Para o MEC, olhar essa infraestrutura e o potencial disso nos dá cada vez mais vontade de investir, especialmente na possibilidade de ter mais pessoas acessando o CNPEM no processo educacional deles, na graduação, na pós-graduação e quiçá em uma parceria para trazer alunos de destaque no ensino médio para ter aqui pequenas experiências, bem como incentivá-los a ser futuros cientistas, futuros físicos, químicos e biólogos.”

    A instituição também conta com grupos de pesquisadores responsáveis por dar suporte a diversos projetos e ainda operar parcerias em programas de pesquisa nas áreas de biomassa, química verde, desenvolvimento de drogas e cosméticos, caracterização de materiais avançados, catálises etc.

    Parceria – O MEC tem uma parceria com o CNPEM para apoiar a ampliação do trabalho desenvolvido na instituição. “Estou tendo a oportunidade de ouvir algumas necessidades importantes para a pesquisa brasileira”, declarou Rossieli. “Aqui nós temos muitas questões de vanguarda, onde a pesquisa brasileira precisa ser incentivada. Assim, melhorar a parceria com o CNPEM, na distribuição de bolsas para a graduação e pós-graduação, é fundamental para o país, além de desenvolver aqui um programa de cursos de verão, com apoio do MEC”. 

    Recentemente, lembrou o ministro, o MEC assinou um termo para que o CNPEM possa se tornar, no futuro, uma instituição formadora, como uma universidade, com apoio e recursos do ministério – inicialmente, na ordem de R$ 15 milhões. ”Estamos nos trâmites finais e o recurso já está disponível para a utilização”, informou Rossieli Soares.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Disponível nas plataformas Android e Windows Phone, o aplicativo mostra as vagas disponíveis por curso e instituição, simula a nota final e atualiza as notas de corte diariamente (foto: Isabelle Araújo/MEC)Estudantes que buscam vaga em instituições públicas de educação superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) têm à disposição mais uma ferramenta para encontrar o curso que pretendem fazer. O Ministério da Educação lançou o aplicativo para dispositivos móveis do Sisu.

    Criada pela Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI), a ferramenta, disponível nas plataformas Android e Windows Phone, mostra as vagas disponíveis por curso e instituição, simula a nota final com base nas notas do estudante no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e, quando o sistema estiver aberto, fará a atualização diária das notas de corte. Esta é a segunda versão do programa, que na primeira edição de 2015 do Sisu teve 206 mil downloads.

    As inscrições para a edição do Sisu do segundo semestre deste ano começam na segunda-feira, 8, e vão até quarta-feira, 10. Os candidatos já podem fazer a consulta a vagas e cursos pela internet.

    De acordo com o coordenador de projetos de tecnologia da informação para a educação superior do MEC, Thiago Curinga, o aplicativo cria mais um canal de comunicação com a população. “Queremos aproveitar a tecnologia e tornar os dispositivos móveis mais um recurso de acesso à política pública”, disse. A estratégia inicial é seguir uma sequência mais conservadora de atualizações, mas que já ofereça ao cidadão serviços relevantes. “Neste primeiro momento, estamos fazendo o lançamento de aplicativos em versões sem muita dependência da infraestrutura de rede do MEC, mas que já forneçam o serviço de consulta ao cidadão”, explicou Thiago. “A cada processo seletivo, vamos lançar um novo recurso, até chegar ao objetivo, que é o candidato fazer a inscrição pelo aplicativo.”

    A ideia de criação do aplicativo decorre do crescente uso de tecnologias móveis para acesso à internet. Cerca de 30% das visitas às páginas dos programas de acesso à educação superior são feitas por tablets e celulares.

    Além do Sisu, o MEC espera lançar, ainda em 2015, aplicativos de consultas de vagas para o Programa Universidade para Todos (ProUni) e para o Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec).

    O aplicativo pode ser baixado gratuitamente nas lojas do Android e do WindowsPhone ou pela página de dispositivos móveis do Sisu.

    As inscrições e a consulta a vagas e cursos devem ser feitas na página do sistema na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Professor da Universidade de Stanford, Paulo Blikstein defende que novas tecnologias podem oferecer novos pontos de entrada para o mundo do conhecimento (Foto: João Neto/MEC) A utilização de tecnologias com foco na melhoria da educação no país foi um dos temas abordados durante o Seminário Internacional: Redução das desigualdades educacionais a partir de pesquisas de ponta, realizado nesta quinta-feira, 7, no auditório do Ministério da Educação.

    “Estamos num momento histórico, em que cada vez mais os países têm sido pressionados a dar soluções rápidas, e é urgente criarmos perguntas novas para respostas novas”, afirmou o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Paulo Gandin. “E isso se aplica fundamentalmente na medição da qualidade da educação.”

    O encontro fez parte da série Diálogos Internacionais, criado pela Assessoria Internacional do MEC, em parceria com a Fundação Lemann, uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo contribuir para a melhora da qualidade da educação pública no Brasil.

    A secretária de Educação Básica do MEC, Maria Beatriz Luce, reforçou a importância dos estudos sobre desigualdades. “Na educação básica estamos trabalhando com a universalização do atendimento a crianças de quatro e cinco anos, nos anos iniciais da educação, e ainda temos um desafio muito grande no ensino médio. Não só de qualidade, mas de manutenção dos jovens na escola, questão enfrentada também pelos Estados Unidos.”

    O professor da Escola de Educação e do Departamento de Ciências da Computação da Universidade de Stanford, Paulo Blikstein, ressaltou que é preciso revisar a maneira de se medir o conhecimento para se compreender como a tecnologia contribui para a educação. “A natureza do processo de aprendizagem se altera com novos elementos na sala de aula”, explicou.

    O professor afirmou ainda que é preciso definir com clareza as habilidades esperadas nos jovens do século 21, e para quais dessas habilidades a tecnologia é imprescindível. “As novas tecnologias podem oferecer novos pontos de entrada para o mundo do conhecimento”, concluiu.

    O evento contou também com a participação do secretário executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, do diretor executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, além de de outros especialistas em educação brasileira do Centro Lemann.

    Mylene Brum Oliveira

  • No site do Inep encontra-se uma lista com todos os cursos credenciados pelo Ministério da Educação. Sendo assim, faça uma consulta mais detalhada no site a seguir, de acordo com sua localidade: https://emec.mec.gov.br/

  • A melhor forma de assimilar conteúdo em um dia de estudos é abordado pelo aplicativo gratuito Approvado, que pretende apontar ao estudante a melhor técnica para atingir um alto nível de aprendizado. O aplicativo foi desenvolvido pela professora Roberta Ekuni de Souza, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), aluna de doutorado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

    O aplicativo Approvado auxilia candidatos participantes de exames no estudo de biologia com técnicas de aprendizagem baseadas em pesquisas da área de neurociência cognitiva. A plataforma também faz parte da tese de doutorado de Roberta. Segundo ela, a eficácia da técnica do efeito do espaçamento e da prática de lembrar (retrieval practice) está comprovada na literatura científica. “Nosso trabalho visa a estudar o melhor esquema de repetição e de espaçamento via m-learning, ou seja, aprendizagem móvel (quantas vezes o conteúdo deve ser revisto e com que regularidade)”.

    Roberta salienta que a prática de lembrar fortalece as conexões cerebrais envolvidas na aprendizagem — no caso do aplicativo, os conteúdos de biologia. Associado a essa prática, o aplicativo distribui as repetições ao longo de uma semana.

    Outra técnica testada pelo aplicativo é a repetição, com o uso contínuo e repetido de exercícios sobre um mesmo tema. “Alunos que estudam em véspera de prova podem até tirar boas notas”, diz. “No entanto, já foi constatado que após uma semana, parte dos estudos cai no esquecimento.”

    A pesquisadora afirma que tem colaborado com divulgação científica dessas técnicas na plataforma Retrieval Practice, dos Estados Unidos. Nela estão disponíveis outros estudos sobre práticas de memorização. Para os próximos meses, está previsto o lançamento de uma nova versão em português da plataforma, voltada para os brasileiros que tenham interesse no tema.

    Instale o aplicativo APProvado

    Conheça a plataforma Retrieval Practice

    Assessoria de Comunicação Social 

    Matéria republicada com correção de informações

  • Menos de 15 dias após o lançamento da Política de Inovação Educação Conectada, programa do Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) que busca universalizar o acesso à internet de alta velocidade nas escolas, a formação de professores para práticas pedagógicas mediadas pelas novas tecnologias e o uso de conteúdos educacionais digitais em sala de aula, mais de 50% dos municípios brasileiros já aderiram à política.

    “Para nós é uma grata surpresa, pois, desde que abrimos a plataforma para a adesão, mais de 50% dos municípios já aderiram e mais de 70% das redes dos estados também”, explica o ministro da Educação, Mendonça Filho. “Isso demonstra o entendimento da importância dessa política para melhoria da inclusão digital, tanto dos professores, quanto dos alunos”.

    Até a última terça-feira, 5.270 (60%) municípios da região Norte tinham aderido. No Nordeste, foram 1.317 (73,41%); na região Sudeste, 789 (47,30%); no Sul, 400 (33,59%); e, no Centro-Oeste, 204 (43,68%). No total, isso representa 53,50% dos municípios do país. Participaram da adesão Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Tocantins, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

    Indução – Durante a fase de indução da ação, até o fim de 2018, o MEC deve investir R$ 271 milhões. Desse montante, R$ 255,5 milhões serão para melhoria da infraestrutura e conexão das escolas, o que inclui a ampliação da rede terrestre de banda larga, serviços de conectividade, infraestrutura de wi-fi, compra de dispositivos e aquisição de um satélite que vai levar internet de no mínimo 10 Mb a escolas da zona rural, locais em que a estrutura terrestre não é viável ou é dispendiosa. O satélite de monitoramento, orçado em R$ 120 milhões, a serem pagos com recursos do MEC, será contratado em parceria com o MCTIC.

    Os outros R$ 15,5 milhões da fase de indução serão utilizados no financiamento da formação de articuladores locais, construção de plataforma para cursos on-line e produção de conteúdos específicos. A meta é que, até o fim do próximo ano, 22,4 mil escolas, urbanas e rurais, recebam conexão de alta velocidade. O processo será concluído em todas as demais escolas públicas até 2024.

    A diretora de Apoio às Redes de Educação Básica do MEC, Renilda Peres de Lima, ressalta que o ministério vai iniciar o atendimento da fase de indução em janeiro de 2018 e, por isso, haverá um recorte com as adesões até 31 de dezembro. “A partir de 1º de janeiro de 2018, todas as redes continuarão com o sistema aberto para a adesão, passarão pelo processo de formação dos articuladores e receberão o apoio técnico do MEC para a elaboração dos planos de inovação, mas algumas ações para essas redes ficarão para a fase de expansão e universalização”, afirmou.

    Formação – Também dentro da Política de Inovação Educação Conectada, está previsto um plano de formação continuada para professores e gestores com cursos específicos sobre práticas pedagógicas mediadas por tecnologia, cultura digital e outros recursos educacionais, como robótica. Paralelamente, serão preparados articuladores locais. Entre 2017 e 2018, o MEC vai oferecer bolsas de três meses para 6,2 mil articuladores que vão atuar, em nível local, no processo de construção e implementação das ações na rede.

    As adesões seguem abertas e são feitas pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec). Por meio desse sistema, as secretarias de educação estaduais e municipais indicarão, a partir de critérios, as escolas que desejam compartilhar a nova política e que, posteriormente, deverão apresentar um plano de inovação e tecnologia na educação, conforme cronograma a ser lançado. O MEC vai auxiliar na formulação deste plano ao longo do próximo ano.

    Assessoria de Comunicação Social 

     

  • O presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Educação, Mendonça Filho, lançaram nesta quinta-feira, 23, em cerimônia no Palácio do Planalto, a Política de Inovação Educação Conectada, programa que prevê a maior ação de conectividade na rede de ensino brasileira das últimas duas décadas. A nova política, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), tem o objetivo de universalizar o acesso à internet de alta velocidade nas escolas, a formação de professores para práticas pedagógicas mediadas pelas novas tecnologias e o uso de conteúdos educacionais digitais em sala. 

    “Vamos trazer de vez o mundo digital para as nossas escolas. Não se trata apenas de entregar equipamentos e de promover acesso à educação. Mas, trata-se, mais do que tudo, de preparar nossos jovens para interagir com uma realidade que se renova a cada dia”, frisou o presidente Michel Temer.

    Mendonça Filho destacou que esta é mais uma importante contribuição na direção da modernização da educação. “Para termos qualidade, precisamos ter uma base comum bem definida, professores bem formados, preparados e valorizados, e tecnologia que proporcione aquilo que o mundo desenvolvido já alcançou. É justamente o intento desse projeto: queremos que a infraestrutura avance, garantindo conectividade com a internet que vem de fora e com a distribuição dos sinais dentro da escola”, enfatizou.

    Na fase de indução da ação, até o final de 2018, o MEC deve investir R$ 271 milhões. Desse montante, R$ 255,5 milhões serão para melhoria da infraestrutura e conexão das escolas, o que inclui a ampliação da rede terrestre de banda larga, serviços de conectividade, infraestrutura de wi-fi, compra de dispositivos e aquisição de um satélite que vai levar internet de no mínimo 10 Mb a escolas da zona rural, locais em que a estrutura terrestre não é viável ou é dispendiosa. O satélite de monitoramento, orçado em R$ 120 milhões, a serem pagos com recursos do MEC, será contratado em parceria com o MCTIC.

    Para o ministro Mendonça Filho, a ação representa uma modernização da educação (Foto: André Nery/MEC)

    Os outros R$ 15,5 milhões da fase de indução irão financiar a formação de articuladores locais, construção de plataforma para cursos on-line e produção de conteúdos específicos. A intenção é que, até o final do próximo ano, 22,4 mil escolas, urbanas e rurais, recebam conexão de alta velocidade. O processo será concluído em todas as demais escolas públicas até 2024.

    Atualização – O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares, lembra que o último grande plano de conectividade ofertado para o Brasil, o Proinfo, é de 1997. “Apesar de ainda estar em vigor, o Proinfo precisa de atualização”, ressalta. “Ele era muito focado em equipamentos e não cuidava de outras dimensões. Depois, surgiram políticas fragmentadas, ora pensando em conexão, ora em recursos. Pela primeira vez, estamos falando de todas as dimensões em conjunto e isso é muito importante para que a tecnologia possa realmente auxiliar a educação. A tecnologia tem que ter um fim pedagógico”, completa.

    A Política de Inovação Educação Conectada é resultado de uma articulação horizontal e colaborativa, que envolveu o MCTIC, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Comitê Gestor da Internet (CGI). O BNDES irá apoiar o financiamento da política e o CGI atuará no monitoramento da velocidade da internet a ser ofertada às escolas.

    Essa política reúne um conjunto de diretrizes nacionais que visa garantir a todos os estados e municípios, por meio da tecnologia, a implementação de ações inovadoras em sala de aula. Ela se articula com políticas públicas já existentes ou em fase de implementação, como o Plano Nacional de Educação (PNE), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a reforma do ensino médio, ofertando recursos de alta qualidade e novas opções de aprendizado e ensino a estudantes e professores, independentemente da região onde residam.

    Também dentro da Política de Inovação Educação Conectada, está previsto um plano de formação continuada para professores e gestores com cursos específicos sobre práticas pedagógicas mediadas por tecnologia, cultura digital e outros recursos educacionais, como robótica. Paralelamente, serão preparados articuladores locais. Entre 2017 e 2018, o MEC vai oferecer bolsas de três meses para 6,2 mil articuladores que irão atuar, localmente, no processo de construção e implementação das ações na rede.

    Compartilhamento – Outro eixo importante é a Plataforma Integrada de Recursos Educacionais Digitais, cujo portal foi desenvolvido com base no conceito de rede social e busca estimular a criação e compartilhamento de recursos digitais entre alunos e professores. Esta plataforma integrará os diversos materiais digitais educacionais já desenvolvidos pelo próprio MEC e por institutos e fundações parceiras, como Lemman, Roberto Marinho, Crescer, Inspirare, Telefônica, Natura e Educadigital, além da Associação Nacional das Fábricas de Instrumentos Musicais e Áudio (Anafima) e da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.

    A adesão, já a partir desta quinta-feira, se dará pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec). Por meio do Simec, as secretarias de educação estaduais e municipais indicarão, a partir de critérios, as escolas que desejam compartilhar a nova política e que, posteriormente, deverão apresentar um plano de inovação e tecnologia na educação, conforme cronograma a ser lançado. O MEC vai auxiliar na formulação deste plano ao longo do próximo ano.

    Acesse a plataforma.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Os estudantes do curso de tecnólogo em mineração, quando formados, poderão executar e gerenciar processos de prospecção, extração e tratamento de minérios (foto: arquivo Setec)A produção mineral brasileira cresceu 67% entre 2009 e 2010, com a marca de US$ 40 bilhões gerados. Nos últimos dez anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o crescimento do setor foi de 400%. Com o objetivo de atender a demanda por profissionais qualificados, foi criado o curso de tecnologia em mineração, cuja portaria de inclusão no Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia foi assinada pelo secretário de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, na tarde desta quinta-feira, 5, em Brasília.

    “Hoje é quase impossível imaginar a regulação e supervisão sem o catálogo. O que nos surpreendeu foi a legitimidade que o catálogo adquiriu”, destacou Eliezer Pacheco.

    O catálogo, que tem o objetivo de normatizar e orientar a oferta de cursos tecnológicos no país, agora possui 113 denominações. Luís Massonetto, secretário de educação a distância do MEC, lembra a importância do guia. “É uma oportunidade relembrar e sinalizar o sucesso de uma experiência que já começou há algum tempo e foi fundamental para correção de alguns rumos da regulação no Brasil”, afirmou.

    Mineração– O total de mão de obra empregada no setor mineral em 2010 foi de 160 mil trabalhadores. Estudos realizados pelo Ministério de Minas e Energia estimam que, para cada posto de trabalho, são geradas 13 vagas ao longo da cadeia produtiva, o que representaria 2 milhões de profissionais em atuação no ano passado, em mais de 7.800 empresas mineradoras. Os maiores produtores de minérios no Brasil são, nesta ordem, Minas Gerais, Pará, Goiás, São Paulo, Bahia, Mato Grosso do Sul e Sergipe.

    “Esta foi uma área extremamente importante na história brasileira em diferentes momentos e, hoje, retoma a potencialidade com os projetos de desenvolvimento econômico do país”, ressaltou a reitora da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Maria Beatriz Luce, que representou na solenidade as instituições que já ofertam o curso. Além do Rio Grande do Sul, o curso também é ofertado nos estados do Goiás, Tocantins e Minas Gerais.

    Danilo Almeida

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  • Os alunos da escola paulista usaram ferramentas digitais para localizar a comunidade indígena paraense no mapa e conhecer o cotidiano das crianças daquela localidade (foto: arquivo da professora Josane Silva)A partir da exploração de temas como moradia, alimentação, transporte e brincadeiras, uma professora de Valinhos, no interior paulista, desenvolveu projeto para comparar o modo de vida dos alunos de uma escola da rede particular de ensino com os de uma escola indígena do Pará. “Queríamos promover uma leitura intercultural”, diz Josane Batalha Sobreira da Silva, professora polivalente no Colégio Visconde de Porto Seguro.

    Seu projeto, Aproximando Culturas por Meio da Tecnologia, confrontou semelhanças e diferenças entre estudantes do quarto ano do ensino fundamental do colégio paulista e da Escola Professor Antônio de Sousa Pedroso (Escola Borari), em uma comunidade indígena da vila Alter do Chão, distrito paraense, a 30 quilômetros de Santarém.

    Alunos de seis turmas formularam perguntas relacionadas à escola, moradia, alimentação, meios de transporte, brincadeiras e festas típicas. “Ficamos três semanas trocando perguntas e respostas”, diz Josane. As perguntas, elaboradas em sala de aula, eram postadas no portal educacional Faceduc, durante as atividades realizadas no laboratório de informática. Além de postar e responder perguntas enviadas pelos alunos da comunidade indígena, os estudantes paulistas tinham de refletir e escrever sobre o que acharam de mais interessante nos comentários postados a cada semana.

    Além disso, os professores postaram vídeos e fotos de diferentes locais para permitir a comparação de pontos geográficos, modos de vida e cultura. Foi possível, assim, analisar a situação dos alunos de uma comunidade indígena nos dias atuais e perceber aquela comunidade como “um outro diferente, mas não inferior”, enfatiza a professora.

    Os estudantes pesquisaram sobre a vila Alter do Chão para conhecer um pouco mais sobre o lugar, localizaram a comunidade indígena no mapa, conheceram o cotidiano das crianças e compararam a forma de vida dos indígenas de antigamente com a de hoje. “Os alunos puderam perceber o cuidado que as crianças indígenas têm com a natureza, tirando dela apenas o que necessitam para seu sustento”, ressalta a professora. Os estudantes paulistas também aprenderam sobre o nheengatu, língua da família linguística do tupi-guarani, falada pela comunidade de Alter do Chão.

    Livro —As reflexões sobre o que cada um aprendeu a respeito dos temas trabalhados foram registradas em um livro, criado no Faceduc. “Ao ler os relatos, percebemos que essa troca pode estabelecer correlações entre o conteúdo estudado em história e geografia e a realidade”, analisa a professora.

    O trabalho foi finalizado com uma videoconferência. Por meio do skype, os alunos puderam se conhecer em tempo real, conversar e finalizar o trabalho. “Foi um momento mais que especial”, diz Josane.

    Prêmio —A inclusão do projeto entre os finalistas da sétima edição do Prêmio Vivaleitura, na categoria 2, voltada para escolas públicas e particulares, deixou Josane emocionada. “Sempre acreditei na tecnologia como algo que oferece ao aluno um espaço de interação e conhecimento, que possibilita uma diversidade de caminhos para a melhoria do ensino-aprendizagem”, ressalta. Ela pretende dar continuidade ao projeto este ano, com mudanças e ampliação. “Estamos trabalhando nas adaptações, desenhando as mudanças e acrescentando ideias.”

    Professora há 18 anos, Josane é graduada em pedagogia e em psicopedagogia, com pós-graduação em relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral. Tem ainda especialização em ética, valores e saúde na escola.

    Fátima Schenini

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  • Professora do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) Celso Suckow da Fonseca, no Rio de Janeiro, há 14 anos, Sílvia Rufino leciona informática no curso de técnico em administração. Formada em informática e em administração, ela aborda, como tema principal, o uso da informação para a educação, com a tecnologia como facilitadora.

    Sílvia leva aos alunos do ensino técnico os conhecimentos que adquire em aulas de mestrado e discute a validade das informações disponíveis na internet. “Como é possível saber se uma determinada informação é realmente confiável?”, questiona a professora, que faz curso de mestrado em ciência da informação, oferecido em parceria pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nas aulas que ministra, ela aborda essas questões com os estudantes. Para Sílvia, é importante que eles tenham isso presente para toda a vida.

     

    Professora também de direito empresarial, ela usa a internet para fazer simulação com os alunos. “Criei um jogo no qual os estudantes podem ser empresários ou funcionários, e tudo é registrado de modo virtual”, explica. Dessa forma, os alunos aprendem a conviver com situações da vida real, como a necessidade de um trabalhador ausentar-se doserviço para ir ao médico, por exemplo. “Os estudantes divertem-se e aprendem, pois têm que pesquisar sobre o que deve ser feito em cada situação.”

     

    Segundo Sílvia, cada estudante assume um personagem diferente. O movimento do jogo ocorre na sala de aula. Quando é necessário assinar a carteira de trabalho, eles têm de reproduzir carteira semelhante à original, com foto, e postar documentos como certidões de nascimento de filhos fictícios e atestados médicos.

     

    O projeto de Sílvia já está na terceira edição.


    Fátima Schenini

     

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    Confira a página do Cefet-RJ na internet

     

     

     

     

  • Crianças exibem seus tablets, na escola Professor Álvaro Gonçalves (Foto: Tião Martins/Prefeitura de São José dos Campos)Há pouco mais de um ano, alunos e professores da Escola Municipal Professor Álvaro Gonçalves, em São José dos Campos, São Paulo, têm outro jeito de lidar com a aprendizagem. Com a chegada do programa Escola Interativa, que levou para a sala de aula diversos recursos tecnológicos, o processo de construção do conhecimento mudou. Essa experiência foi conferida de perto pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na manhã desta sexta-feira, 13, em visita ao município paulista.

    Criado em 2013, o projeto foi implantado no ano passado em 17 das 44 escolas de ensino fundamental da cidade, com especial atenção para as unidades da periferia. Segundo o porta-voz do programa, Álvaro Xavier Duque Filho, o desafio era melhorar a aprendizagem com o uso da tecnologia. E, para isso, foi preciso envolver alunos e professores.

    Assim, 16,5 mil estudantes de turmas do primeiro ao nono ano receberam tablets pedagógicos para uso dentro e fora da escola, de forma a aumentar o potencial educativo da ferramenta, e 4 mil professores foram contemplados com notebooks. As 200 salas de aula ganharam projetores interativos, ligados aos demais equipamentos e ao conteúdo virtual por meio do acesso à internet, via wi-fi.

    “Quando o programa está plenamente disponível na escola, o interesse (dos alunos) pela tecnologia vem associado ao interesse em aprender”, afirma Álvaro. Esse interesse, segundo ele, gera oportunidades, mas também desafios, especialmente para os professores. Por isso, desde o início do projeto, a formação continuada é oferecida aos profissionais para que saibam usar as tecnologias a favor do ensino.

    “Os professores são levados a repensar certas práticas, certos hábitos de gestão de sala de aula, e por meio da ferramenta tecnológica os estudantes têm a possibilidade de interagir muito mais na construção do próprio conhecimento”, observa o porta-voz.

    A diretora da escola, Jucimara Amaral Barbosa, diz que o trabalho foi enriquecido com os novos recursos. “A gente trabalhava mais com um datashow, um vídeo, um programa de Power Point; não era tão enriquecedor”, admite. “Hoje, com a sala interativa, a gente tem acesso à internet, a aplicativos, que favorecem a aprendizagem dos meninos.” Para ela, até a concentração dos alunos aumentou.

    Além de professores e estudantes, a comunidade se beneficia do programa Escola Interativa. Em agosto deste ano, foi criado o Laboratório de Educação Digital e Interativa (Ledi), que oferece formação aos professores e a qualquer cidadão de São José dos Campos. Passados pouco mais de três meses, cerca de 2,3 mil pessoas já foram atendidas com oficinas de inclusão digital até cursos de programação, pacote de edição de texto, de vídeo, planilhas e uso do projetor interativo.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Trinta pessoas participarão do Hackaton Dados da Educação Básica, organizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em parceria com a Fundação Lemann. O evento será realizado de sexta-feira, 12, até domingo, 14. A iniciativa é uma maratona com programadores, desenvolvedores e inventores para promover o desenvolvimento de projetos que visem a transparência de informações públicas, por meio de tecnologias digitais.

    O grupo selecionado, entre 70 propostas inscritas, apresentou projetos para o desenvolvimento de softwares, portais, aplicativos de celular, gráficos interativos, programas de visualização de dados que utilizam como base informações e resultados de avaliações do Inep, como os microdados da Prova Brasil 2011. A intenção é que essas atividades disseminem informações educacionais, a fim de promover a mobilização da sociedade com foco na melhoria educacional do país.

    Estas equipes foram escolhidas com base nos critérios de originalidade e impacto da ideia apresentada, considerada a relevância do trabalho para a realidade educacional brasileira.

    É a primeira vez que o governo federal organiza um evento como este. Não há nenhum tipo de repasse financeiro por parte da União. Desde 2012, o Inep vem estudando maneiras inovadoras de divulgação dos dados e resultados, incluindo as articuladas com o uso das redes sociais.

    Os vencedores do Hackathon Dados da Educação Básica-Inep 2013 receberão bolsas oferecidas pela Fundação Lemann para a implementação dos projetos. O primeiro lugar receberá bolsa no valor de R$5.000; o segundo lugar, R$3.000; o terceiro lugar, R$2.000.

    Assessoria de Comunicação Social
  • O projeto Meninas na Computação da UnB incentiva projetos de programação em escolas do ensino médio e mostra que a escolha da profissão independe de gênero (foto: Fátima Schenini)O século 21 inaugurou uma mudança no mundo das brincadeiras e do desenvolvimento da criatividade. Meninos e meninas descobriram possibilidades de diversão e de criação acessíveis em telefones celulares, tablets e computadores. Porém, na fase adulta, o mundo virtual e a curiosidade em explorar uma série de recursos tecnológicos parecem menos atrativos para as meninas. Por consequência, no momento de decidir a carreira profissional, elas pouco se interessam pelos cursos relacionados à área da computação.

    Essa constatação levou três professores do Departamento da Ciência da Computação da Universidade de Brasília (UnB) a criar um projeto, em parceria com escolas públicas do Distrito Federal, destinado a atrair as mulheres para esse campo de conhecimento. Desde 2010, o projeto Meninas na Computação (meninas.comp) incentiva projetos de programação e desenvolvimento de softwares em escolas do ensino médio e mostra que a escolha da profissão independe de gênero. Professores e alunas do projeto apresentaram a questão ao público na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada em Brasília, de 19 a 25 de outubro último.

    “Nosso objetivo é ampliar o número de mulheres na graduação”, explica a professora Maristela Terto de Holanda, uma das coordenadoras do projeto da UnB. Por isso, o slogan reforça a ideia de que “computação também é coisa de meninas”. Estudo de 2014, da UnB, orientado pelo professor Jan Mendonça Correa, apontou, com base em dados do Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe), que apenas 10% do total de alunos que ingressaram nos cursos de ciência da computação, licenciatura em computação e engenharia da computação são do gênero feminino.

    Desigualdade — Essa desigualdade de gêneros é verificada na prática pela professora Aletéia Patrícia Favacho de Araújo, também coordenadora do projeto. “Na minha turma deste segundo semestre, dos 55 alunos, há apenas uma mulher”, diz. Ela acredita em influência cultural para a representatividade menor de mulheres no campo da computação, realidade do Brasil e de outros países. Por isso, projetos como o da UnB também são desenvolvidos por universidades brasileiras e estrangeiras e contam com o incentivo das grandes empresas de informática, interessadas em profissionais mulheres na criação de softwares para o público feminino.

    As professoras explicam que não há motivo para essa diferença de gênero, uma vez que as mulheres podem ser tão boas quanto os homens no campo da computação. No período pós-Segunda Guerra Mundial, elas já ocupavam posições de destaque na indústria computacional. Entre as mulheres de sucesso nessa área, são exemplos Ada Lovelace, considerada a primeira programadora da história, reconhecida por ter escrito o primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina, e Grace Hopper, conhecida como a Mãe do Cobol [Common Business Oriented Language], a primeira programadora da Harvard Mark I — primeira e maior calculadora digital automática de larga escala, desenvolvida nos Estados Unidos. Ou seja, de uma linguagem de programação para o processamento de banco de dados comerciais.

    Robôs — O projeto Meninas na Computação apoia atualmente oficinas de programação, criação de softwares e robótica no Centro de Ensino Médio Paulo Freire, em Brasília. O professor de matemática Carlos Alberto Jesus de Oliveira é o responsável pelas atividades do projeto na escola, com aulas duas vezes por semana, em turno e contraturno. Sete alunas participam. “São as melhores alunas de matemática”, afirma. “Nosso objetivo é trabalhar a linguagem de programação, que engloba raciocínio lógico, e estruturação de dados.” De acordo com o professor, as alunas devem criar um software capaz de controlar os movimentos de um robô.

    Um dos trabalhos desenvolvido pelas estudantes é a Casa Inteligente, que usa sensores para controle de luz e emissão de gás. Sem movimento de pessoas nos cômodos da casa, as luzes são automaticamente desligadas. Em caso de vazamento de gás, o sistema também é desligado, e o dono da residência, avisado por mensagem. Todo esse sistema é alimentado por uma placa solar construída com lâmpadas de led, que consomem menos energia. Tudo feito pelas alunas. “Com esse projeto de automação residencial é possível reduzir o gasto com energia elétrica e aumentar a segurança”, diz Carlos Alberto.

    Os materiais usados pelas alunas são comprados com recursos obtidos pelo projeto da UnB. As estudantes também são convidadas a visitar os laboratórios de computação, de bioinformática e de engenharia da universidade.

    Desafio — Ana Júlia Luziano Briceño, 15 anos, aluna do primeiro ano do ensino médio, pensava em cursar ciência política, mas depois de participar do projeto está decidida a disputar vaga em mecatrônica. “Comecei a mexer com os robôs e agora quero continuar”, diz. “É um campo bastante desafiador, que exige esforço e várias tentativas para dar certo.”

    Annelise Schulz dos Santos, 20 anos, decidiu pela área da ciência da computação depois de conhecer o projeto e participar de oficina durante a Semana Universitária na UnB, em 2013. A paixão pela computação vem desde que ela era pequena, mas o interesse pendia mais para os recursos do que pelas brincadeiras. “Eu gostava de escrever livros usando programas como o PowerPoint”, revela. “Organizava minha agenda no Excel, fazia amigos em chats on-line, assistia a vídeos de receita, fazia atividades em websites dos meus programas de TV preferidos, várias coisas além de só entretenimento.”

    No momento, a estudante é bolsista do programa Ciência sem Fronteiras na City University of New York. Ela está otimista em relação às perspectivas de trabalho. “Não só há espaço, como há necessidade; precisamos de mentes criativas e inteligentes, que não são privilégios só masculinos”, comenta. Segundo Annelise, muitas meninas não sabem o que um cientista da computação faz. “E desconhecem o grande leque de oportunidades que essa profissão oferece”, afirma. “Então, pela falta de conhecimento e pela intimidante quantidade de homens, acabam seguindo carreiras mais conhecidas e misturadas.”

    Rovênia Amorim

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  • Promover inovação e estimular a geração de negócios. Esses foram os principais objetivos da primeira Olímpiada de Inovação do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), encerrada este mês. A equipe vencedora – Equifuturo – recebeu R$ 15 mil pela criação de um sistema eletrônico para a aplicação de agrotóxicos. Já a equipe Os Integrados, que desenvolveu um alimentador eletrônico com acesso remoto para cães, recebeu R$ 9 mil.

    O projeto vencedor consiste em controlar a quantidade de agrotóxicos de acordo com o volume da planta. O sistema foi implantado utilizando um pulverizador adaptado e gerou uma economia de 80% na quantidade de agrotóxico utilizada em plantas de pequeno porte e de 54% nas de porte médio.

    De acordo com o coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica do IFMG e coordenador da Olimpíada, Edilson Nolaço, os institutos federais têm um grande potencial de desenvolver tecnologia e um potencial de fazer com que essas tecnologias cheguem ao mercado. “E a olimpíada teve esse papel de fazer com que os alunos já vislumbrem a produção de tecnologia e inovação para que possam chegar ao mercado”, explica.

    No final do ano passado, foram selecionadas, além da Equifuturo e da Os Integrados, mais quatro equipes. Cada uma recebeu R$ 4 mil para desenvolverem seus projetos. Os principais quesitos para aprovação dos projetos foram a interdisciplinaridade, além da inovação e o potencial de mercado.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A edição de 2010 do Enade vai avaliar estudantes de 14 cursos de bacharelado e de cinco cursos superiores de tecnologia (Foto: Arquivo/Setec)Neste domingo, 21, 650.066 estudantes de 14 cursos de bacharelado e de cinco cursos superiores de tecnologia participarão do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Considerado componente curricular, o exame é obrigatório para os alunos ingressantes e concluintes dos cursos a serem avaliados. Além deles, devem fazer a prova aqueles que faltaram a edições anteriores e ainda não regularizaram a situação.

    A prova será aplicada às 13h (horário de Brasília) em todos os municípios-sede dos cursos avaliados — todos os estudantes farão a prova na cidade na qual estudam.

    Participarão da prova de domingo os matriculados no primeiro e no último ano dos cursos de bacharelado em agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional e zootecnia. Na mesma situação, os alunos dos cursos superiores de tecnologia em agroindústria, agronegócio, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia.

    Os participantes receberam, pelos Correios, o Cartão de Informação, enviado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pelo exame. Quem não o recebeu, deve consultar o local de prova na página eletrônica do instituto ou na coordenação do curso.

    A falta do Cartão de Informação, no entanto, não impedirá o acesso do estudante ao local de prova. Ele pode fazer o exame com a apresentação de documento oficial de identificação.

    Estatísticas— Farão o Enade neste domingo 261.745 alunos ingressantes, 161.151 concluintes e 227.170 estudantes selecionados em edições anteriores. Entre as áreas avaliadas, a que apresenta o maior número de inscritos é a de bacharelado em enfermagem, com 86.856 estudantes. O número mais reduzido está na área de tecnologia em agroindústria: 387.


    Inscrições por área

    Agronomia

    18.824

    Biomedicina

    12.781

    Educação Física

    33.056

    Enfermagem

    86.856

    Farmácia

    35.471

    Fisioterapia

    38.303

    Fonoaudiologia

    3.496

    Medicina

    30.004

    Medicina veterinária

    16.684

    Nutrição

    24.042

    Odontologia

    20.099

    Serviço social

    65.359

    Tecnologia em agroindústria

    387

    Tecnologia em agronegócio

    2.311

    Tecnologia em gestão ambiental

    18.506

    Tecnologia em gestão hospitalar

    2.975

    Tecnologia em radiologia

    5.872

    Terapia ocupacional

    2.054

    Zootecnia

    5.816




    Entre as regiões geográficas, o Sudeste terá o maior número de participantes (178.199). O menor está no Centro-Oeste (43.545)


    Inscritos por região

    Centro-Oeste

    43.545

    Nordeste

    76.826

    Norte

    45.620

    Sudeste

    178.199

    Sul

    78.706




    São Paulo é o estado com o maior número de participantes (90.796 inscritos). O Acre tem o mais reduzido (1.568).


    Inscritos por unidade federativa

    AC

    1.568

    AL

    4.956

    AM

    9.617

    AP

    1.378

    BA

    21.986

    CE

    9.231

    DF

    7.838

    ES

    6.079

    GO

    14.998

    MA

    6.427

    MG

    47.764

    MS

    12.919

    MT

    7.790

    PA

    6.574

    PB

    7.091

    PE

    9.892

    PI

    6.821

    PR

    39.546

    RJ

    33.560

    RN

    6.323

    RO

    3.502

    RR

    1.576

    RS

    2.407

    SC

    15.153

    SE

    4.099

    SP

    90.796

    TO

    21.405

    Total

    422.896




    Mais informações na página eletrônica do exame.

    Assessoria de Imprensa do Inep

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    Resultados
    do exame de 2009 são liberados para instituições
  • Estão abertas as inscrições para o seminário internacional Cursos Superiores de Tecnologia: Educação e o Mundo do Trabalho. O encontro, no dia 31 próximo, em Brasília, reunirá delegações de várias partes do mundo. As do Uruguai, Argentina, Canadá, França e Chile já confirmaram participação. O seminário também marcará o lançamento da edição de 2010 do Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia.

    No Brasil, o número de matrículas nesses cursos saltou de 81,3 mil em 2002 para 421 mil, de acordo com o Censo da Educação Superior divulgado no ano passado. Apesar do crescimento na oferta e na procura, grande parte da população e dos educadores ainda tem dúvidas, que vão da validade do diploma de nível superior à duração dos cursos.

    O seminário, além de permitir a troca de experiências entre países, pretende ampliar a divulgação dos cursos tecnológicos. “O país cresce e o setor produtivo pede mão de obra qualificada. Os cursos superiores de tecnologia permitem a qualificação voltada para o mercado de trabalho em menor tempo”, afirma Ariane Chagas Leitão, coordenadora-geral de supervisão da educação profissional, científica e tecnológica.

    Catálogo — A nova edição do Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia inclui dez novos cursos, divididos nos eixos tecnológico-militar (seis cursos), segurança (três) e apoio educacional (um). O Catálogo orienta instituições e estudantes sobre o teor e a infra-estrutura de cada formação.

    As inscrições para o seminário internacional devem ser feitas na página eletrônica do Ministério da Educação.

    Assessoria de Imprensa da Setec
  • Educação é o tema do quinto seminário preparatório para a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (4ª CNCTI). O encontro, intitulado Educação e CT&I, será realizado na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), na terça-feira, dia 13.

    O seminário está organizado em quatro sessões: desafios da educação brasileira; renovação da universidade brasileira; educação básica de qualidade; ensino de ciências; ensino médio, profissional, formação de professores e ensino à distância. A conferência nacional ocorre de 26 a 28 de maio, em Brasília.

    As sessões contarão com a presença de representantes de diversas instituições, como Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), universidades federais da Bahia (UFBA), do Ceará (UFC), de Minas Gerais (UFMG) e Tecnológica do Paraná (UTFPR), além de representantes do Ministério da Educação, do Conselho Nacional de Educação (CNE), entre outros.

    Os temas discutidos nos quatro seminários anteriores foram Ciência Básica; CT&I, Democratização e Cidadania; Investimento e Inovação; Desenvolvimento Sustentável e o Brasil e o Mundo. Além desses encontros, quatro conferências regionais foram realizadas no mês de março, em Belém (PA), Cuiabá (MT); Porto Alegre (RS) e Vitória (ES). O evento da região Nordeste será realizado nos dias 15 e 16 deste mês, em Maceió (AL).

    A 4ª CNCTI, intitulada política de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação com vista ao Desenvolvimento Sustentável, terá suas discussões norteadas pelas linhas do Plano de Ação 42007/2010: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional, do governo federal e coordenado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Veja a programação completa do seminário.

    Histórico - Realizada desde 1985, a Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia foi instituída para discutir com a sociedade as políticas para a área. No mesmo ano, foi criado o MCT. Em 2001, a 2ª CNCT foi marcada pela incorporação da inovação nas políticas públicas do setor. No terceiro evento, realizado em 2005, a palavra inovação, já incorporada ao nome da conferência, pautou as discussões em temas voltados para as questões regionais, como Amazônia e Semiárido, além de analisar o andamento dos novos mecanismos de apoio ao setor, como a Lei de Inovação e a Lei do Bem.

    Assessoria de Imprensa da Capes

    Confira a página do evento.

  • Recife sedia nesta sexta-feira, 4, o primeiro seminário sobre o projeto de conexão do arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco. O objetivo é compartilhar informações e consolidar dados para estabelecer uma estrutura de referência para a implementação de um cabo submarino híbrido – energia e telecomunicações – para acelerar a integração digital da ilha ao continente.

    A secretária de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eline Nascimento, explicou que, atualmente, a ilha funciona com energia movida a diesel e que a proposta é levar um cabo que gere energia e conectividade. “Esses dois elementos são fundamentais porque, para fazer o trabalho de educação, é preciso ter um bom acesso à internet”, disse.

    Eline também destacou os ganhos que a qualificação profissional terá com a instalação do cabo. “Nós tivemos contato com algumas pessoas do setor produtivo da ilha, principalmente na área de hotelaria e turismo, e eles têm uma demanda muito grande de investimento nessa qualificação”, afirmou.

    De acordo com a secretária, a proposta do MEC é montar um núcleo sobre o tema no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE). “A intenção é que esse núcleo possa auxiliar professores periodicamente, por educação a distância, a desenvolver ações tanto de qualificação quanto de extensão na área social – de educação ambiental, educação em saúde”.

    De acordo com a secretária de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eline Nascimento, a intenção é levar um cabo que traga energia e conectividade (Foto: Gil Vicente)

    O diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Industrial do Ministério da Defesa, general Decílio de Medeiros Sales, abordou os desafios da implantação do cabo. “Nossa grande dificuldade é construir um cabo em baixo custo. Para isso, estamos convidando empresas e fabricantes, e colocando esse desafio, para que possamos adequar a solução ao orçamento, que está em recessão”, ressaltou.

    O projeto está sendo desenvolvido em parceria com os Ministérios da Defesa e de Minas e Energia, além do governo do estado de Pernambuco, da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf). Diversos benefícios estão atrelados à construção do cabo, incluindo ambientais, como a redução da emissão de poluentes no arquipélago.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Seminário Lei do BemNa próxima quarta-feira, 7, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) promove em sua sede, em Brasília, o seminário Lei do Bem – como Ampliar Parcerias Público-Privadas para Investimento em Ciência, Tecnologia e Inovação. O evento reunirá representantes do governo, agências de fomento, especialistas nacionais, gestores da área de ciência, tecnologia e inovação, representantes de universidades e do setor privado.

    Previsto para ser realizado das 8h às 18h30, o encontro terá três mesas-redondas: O Marco Regulatório de Incentivos Fiscais para Investimento na Inovação Científica e Tecnológica; Experiências de Projetos Universidades–Empresas em CT&I com Financiamento Público e Privado; e A Visão do Setor Privado sobre o Modelo Atual de Investimento Privado em CT&I.

    O seminário sobre a Lei do Bem é uma oportunidade para melhor compreender o marco regulatório atual da ciência, tecnologia e inovação, debater oportunidades, desafios e perspectivas para aplicação de incentivos fiscais na área e desenvolver parcerias entre universidades, institutos e empresas.

    Lei — A Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, conhecida como Lei do Bem, criou, no Capítulo III, o uso de incentivos fiscais a pessoas jurídicas que realizarem ou contratarem pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica. No artigo 19-A, a lei inclui incentivo fiscal específico, a empresas, relacionado a dispêndios efetivados em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação tecnológica a ser executado por instituições científicas e tecnológicas, desde que previamente aprovados por comitê constituído por representantes dos ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Educação.

    Em 2007, as três pastas lançaram chamada pública conjunta para incentivar investimentos em inovação por parte do setor privado e aproximar as empresas das universidades e institutos de pesquisa, de forma a potencializar os resultados em pesquisa e o desenvolvimento de serviços, processos e produtos inovadores no país.

    Mais informações sobre o evento e inscrições na página do seminário na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira:
    Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005

     

     

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