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  • Francielly Rodrigues Barbosa, estudante do ensino médio da rede pública do Pará, aproveitou a feira de ciências da escola para dar início a um projeto social e sustentável. Ela utilizou açaí, um dos frutos mais populares da região, para fabricar tijolos e oferecer fundações seguras nas casas da região.

    Francielly tem 17 anos e estuda na Escola Estadual Ernestina Pereira Maia, em Moju, cidade que fica a 120 km da capital Belém. A estudante buscava temas para a feira de ciências da escola e se deparou com questões importantes envolvendo o saneamento básico e a estrutura das casas. A estudante descobriu que o mau cheiro e a fragilidade de algumas residências de bairros periféricos tinham relação com o fato de o aterro ter sido realizado por cima das várzeas de um igarapé, chamado Sucupira, que corta a cidade com enormes quantidades de lixo.

    “Então, eu me perguntei: que material de baixo custo que não agrida o meio ambiente eu posso reutilizar para fazer as fundações de casa de forma mais segura? Quais aqueles materiais eram mais desperdiçados? E eu acabei descobrindo o caroço do açaí”, contou.

    A pesquisa da jovem estudante já conquistou dezenas de prêmios e permitiu que Francielly viajasse para fora do país. Agora, a ideia é que a continuidade dos estudos gere ainda mais resultados positivos, fazendo com que a pesquisa entre uma nova etapa - partindo para a fabricação dos tijolos.

    Saiba mais - O projeto da estudante Francielly é o tema da edição desta sexta-feira, 7 de junho, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Um grupo de estudantes do ensino técnico integrado ao médio e o objetivo de ajudar a vida das pessoas. Foi assim que alunas do Instituto Federal de Santa Catarina decidiram criar um aplicativo para um tema sensível que chamou a atenção: o suicídio, que tem um índice preocupante na região.

    O aplicativo de prevenção ao suicídio recebeu o nome de “Safe Tears”, que em português, significa "lágrimas seguras". Cada usuário do aplicativo recebe um tipo de pontuação de acordo com informações pessoais. A plataforma envia mensagens motivacionais e, dependendo do caso, alerta para a necessidade de se procurar ajuda médica.

    Ana Júlia Giacomeli é uma das jovens de Xanxerê, no Oeste Catarinense, que participou da criação do app. Segundo ela, motivação veio durante a aula do professor de informática, Alex Weber, que passou para a turma um documentário sobre uma competição internacional de tecnologia só para meninas.

    “Nós fizemos um plano de negócios para a competição e colocamos todos os dados, índices de suicídio e acontecimentos. Na nossa região, se não me engano, é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos”, afirmou a estudante.

    Para tirar o projeto do papel e transformar o aplicativo em realidade, as estudantes precisaram elaborar um planejamento. E perceberam que o índice de suicídio na região é preocupante.  O professor de informática, Alex Weber, explica que as alunas contaram com o apoio de uma equipe interdisciplinar.

    Tanto esforço e dedicação foram reconhecidos. E “Safe Tears” foi um dos finalistas da “Technovation Challenge”, competição que ocorreu em agosto na Califórnia, Estados Unidos. O aplicativo para combate ao suicídio não ganhou o prêmio. Mas, trouxe conquistas bem mais valiosas.

    Saiba mais – O aplicativo para ajudar no combate ao suicídio é o tema da edição desta sexta-feira, 6 de setembro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio do MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Quatro estudantes brasileiras vão representar o país na Olimpíada Europeia de Matemática para Meninas (EGMO), prevista para ocorrer em abril na cidade de Zurique, na Suíça (arte: ACS/MEC)Mulheres cada vez mais novas têm conseguido romper as barreiras de gênero e conquistam espaço em todas as áreas. É o caso das estudantes Juliana de Souza, Jamile Rebouças, Mariana Groff e Júlia Saltiel, campeãs em importantes competições nacionais, como as olimpíadas Brasileira de Matemática (OBM) e Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). As garotas têm entre 14 e 16 anos e se preparam para representar o país na Olimpíada Europeia de Matemática para Meninas (EGMO, na sigla em inglês), que vai ocorrer em Zurique, na Suíça, no mês de abril, e terá participantes do Brasil pela primeira vez.

    Com apenas 16 anos, Juliana está no segundo ano do curso técnico em informática no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), em Belo Horizonte, distante 38 quilômetros de sua terra natal, Igarapé (MG). A estudante já participou das principais competições brasileiras de conhecimento e acumula medalhas desde o sexto ano do ensino fundamental.

    Apesar de reconhecer que a maior parte dos competidores são homens, Juliana nunca se deixou intimidar. “As meninas têm capacidade de ganhar os mesmos prêmios que os meninos. Têm a mesma capacidade intelectual”, ressalta. “Mas, mesmo assim, acho que é bem desestimulada a participação das meninas nessas coisas de exatas desde criança. A menina, geralmente, fica brincando de casinha e os meninos já são mais estimulados a brincar com coisas que exigem mais lógica”, reitera. A jovem conta que prefere encarar esse fato como um desafio e resolver mais este “problema”.

    A mais nova integrante do grupo que irá representar o Brasil na Suíça é Jamile Rebouças. A estudante tem 14 anos e cursa o nono ano do ensino fundamental no Colégio Farias Brito, em Fortaleza. Filha de professora de matemática, Jamile conta que o interesse pela disciplina foi despertado naturalmente em casa.

    A jovem acredita que uma competição voltada apenas para mulheres pode atrair outras estudantes. “Eu acho fantástico existir uma olimpíada só para meninas porque é como se fosse um convite claro, direto, assim: ‘garotas venham para a matemática. Aqui é o seu lugar também’”, aponta. Jamile diz que, embora nunca tenha sofrido preconceito, principalmente, por sua família não cultivar as diferenças de gênero, ela vê o que muitas garotas passam. “Então, com a EGMO vai ficar mais claro que a matemática é algo tanto para meninas quanto para meninos”.

    Mariana Groff mora em São Paulo e também vai representar o Brasil na Suíça. A gaúcha de 15 anos estudou em escola pública até o ano passado. Agora, está no segundo ano do ensino médio de uma escola particular. A adolescente, veterana em competições de matemática, contou que já foi a única representante feminina em algumas disputas. Mas entende que as vitórias têm estimulado cada vez mais outras estudantes. “Elas se uniram mais, começaram a criar um grupo para chamar mais meninas para competir. Há um movimento para que esse número aumente”, destaca.  

    Assessoria de Comunicação Social


  • Um projeto de um estudante que não decidiu que carreira seguir após o ensino médio chamou a atenção do Instituto Federal do Ceará, no Campus Caucaia. O adolescente Hemerson de Souza, aluno do segundo ano do ensino médio, desenvolveu um projeto de orientação profissional especialmente dedicado a jovens que estão indecisos sobre a própria formação profissional.

    O projeto Metamorfose Juvenil nasceu das conversas entre o jovem e sua professora, hoje orientadora, Cristina Carlos Ferro, sobre a possibilidade de Hermeson participar do Parlamento Juvenil do Mercosul, uma iniciativa do setor educacional do Mercosul, que proporciona aos jovens estudantes de nível médio público dos países membros e associados do bloco um espaço de encontro e diálogo que incentive o protagonismo juvenil para geração de propostas sobre temáticas de interesse comum.

    “Eu noto que a questão da orientação profissional não é tão visada nas escolas. E isso é muito importante. Eu sei que isso também é dúvida de outros colegas, pessoas de outras turmas, pessoas que na vivência você acaba conhecendo. Por isso que eu criei esse interesse na temática de jovens e trabalho ”, explica Hemerson.

    Aluno do curso técnico-integrado em Petroquímica, Hemerson também gosta de matérias como português, geografia e história. Segundo ele, o Metamorfose Juvenil pode ajudar alunos indecisos por meio de conversas e palestras com estudantes oriundos de diversas áreas sobre o desenvolvimento de carreiras distintas. “A orientação profissional é muito importante. Trazer alunos egressos lá do campus, está entre as ações que a gente pensa em fazer, para falar como foi decidir uma área após o ensino médio”, argumenta.

    Com o projeto, Hermeson conseguiu vencer a etapa estadual e agora vai representar o Ceará no Parlamento Juvenil. Foi escolhido um representante para cada estado da federação, mediante votação. O candidato com melhor projeto venceu. Além do projeto inscrito, os jovens passaram por um curso de formação para desenvolver a ideia apresentada e se engajar em outras atividades que possam solucionar questões de toda comunidade. A expectativa, segundo Hemerson, é colocar o projeto em prática o quanto antes. “A nossa expectativa é que para o próximo semestre a gente já vai começar a aplicá-lo. Que esse projeto não fique algo somente lá no IFCE, Campus Caucaia, mas que a gente possa levar as ações, exemplos de projetos, para que outros alunos venham conhecer e venham a ser ajudados por ele”, pondera o estudante.

    Segundo ele, quanto mais jovens tiverem acesso à orientação profissional a tendência é que haja menos profissionais frustrados também. “Considerando que muitos jovens não têm certeza e às vezes escolhem um mercado que não conhece, se frustram e gera uma qualificação a menos”, finaliza.

    A seleção para o Parlamento Juvenil do Mercosul ocorre a cada dois anos. Podem participar estudantes de escolas públicas que estejam matriculados e frequentando regularmente o 1º ou 2º ano do ensino médio regular ou ensino técnico integrado ao ensino médio em escolas públicas da rede estadual ou federal.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Organizar a rotina estudantil pode ser uma tarefa bem complicada. Para ajudar os estudantes a administrar datas de entrega de trabalhos e provas, Vinícius Assis Neves, de 17 anos, desenvolveu o aplicativo ClassMatch. Essa é a história desta semana do programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC, que vai ao ar nesta sexta-feira, 12.

    O estudante teve a ideia de desenvolver o programa no primeiro ano do curso de técnico integrado em informática do Campus Ouro Branco, do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG). O ClassMatch é utilizado como aplicativo de celular pelos alunos e como plataforma web pela escola. Com o projeto, o estudante conquistou o primeiro lugar no 3º Congresso Brasileiro sobre Tecnologias na Educação, realizado em junho deste ano, em Fortaleza.

    Vinícius Neves conta que o projeto foi colocado em prática logo depois de ser premiado. “Eu já tinha apresentado a ideia ao gerente de ensino do IFMG, e um pouco depois ele foi implementado. Nem todas as turmas se adequaram, mas já estamos usando. Das nove turmas, umas quatro já estão usando e muitos professores já estão adicionando eventos e mandando avisos”, comemora Vinícius.

    Conforme explica Vinícius, um aluno administrador ou um professor acessa o aplicativo ou o site e cadastra o trabalho, a prova, ou o dever com todas as informações necessárias. Logo após, todos os alunos envolvidos recebem uma notificação. Além disso, o aplicativo também conta com outros recursos, como fazer tabela de horário para o aluno acompanhar o que tem no dia seguinte, lista de disciplinas, lista de alunos, e outras informações relevantes.

    Vinícius ainda explica que a proposta permite a integração entre todos no ambiente escolar. “A escola envia um aviso urgente para todos os alunos da escola de uma vez”, diz o estudante. O aplicativo criado pelo estudante está disponível gratuitamente na PlayStore do Android, mas ainda não há versão para o sistema IOS.

    Assessoria de Comunicação Social


  • Com boa classificação em todos os exames, Risomário Williams optou por um programa de mestrado na Universidade Federal de Pernambuco (Arte: ACS/MEC)

    Um jovem estudante do agreste pernambucano, formado em economia, obteve classificação para seis programas de mestrado em cinco universidades públicas. A história de Risomário Williams, de 24 anos, começa em Bezeiros, a cerca de 100 quilômetros de Recife, quando, ainda garoto, frequentou a escola pública de Referência em Ensino Médio da cidade. Lá ele estudou em regime integral.

    “A escola de referência apresenta uma série de possibilidades. Ela permite que você sonhe com alguma coisa, que você tenha algum tipo de ideal e, a partir disso, você passa a traçar um objetivo na sua vida”, lembra. O estudante teve ao seu favor o movimento de interiorização das instituições federais, quando um campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi instalado a cerca de 30 quilômetros de sua casa e ele conseguiu terminar sua graduação em economia sem ter que se deslocar até a capital.

    “Antes dessa interiorização, acredito que as dificuldades eram maiores porque para fazer um curso superior você teria que pagar uma universidade ou teria que se deslocar para o Recife. A própria interiorização das universidades federais amenizou essas dificuldades que existiam. Eu acho que agora é mais fácil entrar no ensino superior e começar a traçar um objetivo de vida”, afirma.

    Ele foi aprovado nos programas de mestrado da UFPE, para Recife e Caruaru, e nas universidades Federal da Paraíba (UFPB), Federal do Rio Grande Norte (UFRN), Estadual do Rio Grande do Norte (Uern) e Federal de Alagoas (Ufal).

    Avaliação – A aprovação veio depois que Risomário se submeteu ao Exame da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (Anpec). O objetivo do exame é avaliar a qualificação acadêmica dos candidatos e fornecer aos centros os resultados da avaliação.

    Não é um vestibular – não aprova, nem reprova. Apenas classifica os candidatos. Também, não há uma única classificação, já que cada centro usa seu próprio sistema de pesos para calcular a nota média. A média e a classificação obtidas por Risomário lhe deram a opção de escolha e ele optou pelo programa de mestrado da UFPE em Recife.

     “Primeiro porque é um dos mais bem avaliados pela Capes aqui na região Norte e Nordeste. É o único que tem nota cinco. Segundo, porque eles me ofereceram bolsa de estudo. E, terceiro, porque fica aqui no estado mesmo. É mais próximo e sempre tem a possibilidade de visitar meus familiares, pelo menos, uma ou duas vezes por mês”, detalha.

    Futuro – As aulas começam entre fevereiro e março do ano que vem. Risomário pretende aprofundar suas pesquisas na área de macroeconomia e finanças. O próximo objetivo dele é chegar ao doutorado e depois realizar outro sonho: dar aulas. E ele já sabe como fazer isso.

    “Levar a ciência de uma maneira mais dinâmica, mais intuitiva e fazer com que aquilo não fique limitado a artigos que só pessoas do mais alto nível do ensino superior consigam acessar. Eu quero tentar trazer a ciência para a realidade do povo para ficar mais perto das pessoas, uma forma de facilitar a vida das pessoas”, planeja.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Paixão pelo firmamento e vontade de ensinar. Essa é a história de Douglas Vieira Leite, professor do Instituto Federal de Sergipe (IFS) que criou um Clube de Astronomia para que alunos e pessoas da comunidade de Lagarto pudessem se inspirar nas estrelas como o docente. Essa “aventura espacial” é contada em detalhes no Trilhas da Educação desta semana.

    “É difícil até dizer, mas desde a infância, eu tenho essa curiosidade sobre os astros”, conta Douglas, docente de eletromecânica. “Eu me encantava muito com a possibilidade de entender o que estava no céu. ”

    A paixão pela astronomia era enorme, mas ela ficou dormente por um tempo, já que Douglas acabou estudando engenharia mecânica. Isso até 2013, quando ingressou como professor do IFS, no campus de Lagarto, e um achado reacendeu o amor pelas estrelas: um telescópio.

    Douglas viu no equipamento a possibilidade de ir além das aulas. “Minha formação é em engenharia mecânica, mas me apeguei à paixão pelas estrelas e quis incentivar o uso do equipamento por mais pessoas. Por isso criei o projeto de um clube de astronomia”, destaca o professor.

    Olhando longe – Hoje o clube tem 15 alunos do ensino médio integrado e de curso superior. Além das reuniões quinzenais, estudos e observações, o grupo promove eventos com a comunidade do sertão sergipano.

    Para Sérgio Scarano, professor de astrofísica da Universidade de Sergipe, a criação do Clube de Astronomia tem forte impacto social. “O clube aproxima, de forma lúdica, a comunidade da Academia, por meio de um tema que faz parte da vida de todo mundo, seja nas fases da lua, no nascer e no pôr do sol, ou no simples ato de observar o brilho das estrelas”, relata.

    A iniciativa de Douglas Leite já não se limita ao Clube de Astronomia. A decisão do Ministério da Educação (MEC) de levar telescópios para escolas do país inteiro ampliou os horizontes de muitos alunos. “Estamos agora com projeto de extensão ativa, com bolsas de estudo. O projeto é fazer exatamente a divulgação da astronomia em escolas da região Centro-Sul aqui de Sergipe. É importante esse tipo de incentivo, principalmente para direcionar as crianças e os jovens para essa parte da ciência exata”, aponta.

    Saiba mais – O clube de astronomia do IFS é o tema da edição desta sexta-feira, 13 de setembro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio do MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Quem diria que um chiclete de pimenta poderia ajudar astronautas a sentirem o gosto da comida e o cheiro das coisas no espaço? Essa é a criação dos estudantes do SESI Vila Canaã, em Goiânia. A equipe Gametech Canaã, formada por alunos do ensino médio, venceu um torneio de robótica na Universidade da Nasa, nos Estados Unidos, depois de apresentar o projeto.

    Estudantes da instituição goiana têm se dedicado, no turno contrário das aulas, aos desafios da robótica. Foi assim que sete alunos acabaram, recentemente, premiados em um torneio na Universidade da Nasa, nos Estados Unidos. Ao se preparem para o concurso fora do país, o grupo se dedicou a estudar o tema proposto.

    O professor Flamarion Moreira explicou que, com as pesquisas, os alunos descobriram que os astronautas deixam de sentir o sabor dos alimentos após três semanas em viagem. “Imagina, por exemplo, você sentir uma vontade de comer uma lasanha, você vai comer, e não sente o sabor da lasanha? Então, isso tocou mais nos meninos. Então eles decidiram que, eles iam atacar esse problema”, contou.

    Foi quando os estudantes criaram o “chilliclete”, depois que descobriram uma substância presente na pimenta que ajuda a devolver o sabor para o alimento. O chiclete veio depois, como uma forma de facilitar o processo antes mesmo do astronauta começar a refeição.

    “Os meninos foram fazendo testes, descobrindo qual seria a melhor pimenta até chegar nessa versão atual. É uma pimenta mexicana que é vendida aqui no Brasil. Ela é conhecida nas feiras, como ‘saco de velho’”, explicou o docente.

    Na prática, funciona assim: ao mascar o chiclete, a capsaicina, substância encontrada nas pimentas, entra contato com o organismo e assim o usuário passa a ter uma maior percepção de sabores.

    “Dez minutos antes da refeição, ele vai mascando o chiclete. Então, a goma que é utilizada, ela também é comestível. Quando ele termina de mascar o chiclete, ele pode engolir a goma, porque daí não vai gerar lixo lá em cima, né? Aí, é a hora que ele vai se alimentando e já sente o sabor. Segundo a pesquisa, durante o prazo de uma hora a capsaicina vai fazer efeito”, disse Flamarion.

    O estudante Felipe Caetano Valverde, de 17 anos, explicou a experiência no tratamento da pimenta até o resultado final. A pesquisa foi feita em um laboratório de um instituto SENAI de Tecnologia e a goma de mascar, fornecida por uma empresa de São Paulo.

    “A gente pega essa pimenta, faz toda a limpeza dela. Depois aquece em uma estufa a 80 graus. Quando ela fica ressecada, nós pegamos e colocamos em um triturador. Uma empresa lá de São Paulo nos enviou uma goma base para fazer o chiclete. Então, a gente colocou a goma base misturada com a pimenta e fez, assim, a produção. E tivemos a ideia de criar dois sabores, que são menta com pimenta e barbecue com pimenta para dar a sensação de algo salgado”, disse.

    A equipe conquistou a categoria principal de um prêmio da Nasa, a Agência Espacial Americana. A competição ocorreu no estado americano da Virgínia Ocidental, onde fica a universidade da Nasa. Foi lá que os alunos foram premiados e puderam ouvir a fala do astronauta Marcos Pontes, hoje ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil, sobre o assunto.

    Saiba mais – O projeto com chiclete de pimenta, que venceu um torneio de robótica na Universidade da Nasa, nos Estados Unidos, é o tema da edição desta sexta-feira, 9 de agosto, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.Assessoria de Comunicação Social


  • Foi depois de uma visita a um projeto na Lagoa do Peri, em Florianópolis, que alunos do curso técnico de saneamento do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) foram instigados a realizar uma ação de sustentabilidade voltada à comunidade. O que seria mais uma atividade curricular se tornou uma nova ação social e o grupo criou uma brinquedoteca com materiais reciclados e reaproveitados em uma escola municipal catarinense. Essa história você conhece na edição deste sexta-feira, 24, do
    Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    O reaproveitamento de matérias primas descartadas foi o ponto de partida para toda a ideia. Como seria não só falar sobre questões como recuperação e conservação de plantas, animais e microrganismos, mas motivar para ações conjuntas e que ainda tivessem um retorno para a comunidade local? Foi esse debate que acabou ganhando força entre os estudantes, com o acompanhamento do professor de ensino técnico do Campus Florianópolis do IFSC, Ricardo Clemente de Lima.

    Clemente se surpreendeu com o envolvimento dos estudantes. “Me surpreendi bastante justamente por conta dessa iniciativa deles. Porque, como foi algo informal, eles não tinham obrigação nenhuma de fazer, foi só um compromisso que eles assumiram verbalmente. E alguns alunos são muito dedicados e tomaram a frente, mas a participação de todos foi bem intensa. Eles mesmos foram lá alguns dias por conta própria e isso foi o que mais me chamou a atenção, a vontade deles de fazer algo útil, de retribuir de certa forma o bem para os demais”, revelou.

    Interessados em desbravar a região, os estudantes foram em busca de uma escola para colocar em prática as ações que valorizassem o ambiente natural e já bonito por natureza. Foi na praia da Armação, no sul da Ilha de Santa Catarina, que localizaram a Escola Municipal Dilma Lúcia dos Santos, como contou Mariana de Souza, uma das estudantes a frente do projeto.

    “Como ficamos em dúvida em qual escola de Florianópolis trabalhar, entramos em contato com o Projeto Lontras e eles comentaram que tinha uma escola na Armação onde trabalham muito com reciclagem. Então, pensamos em unir isso, já que eles já têm esse contato. Aí eu fiz contato com o diretor e propus a ele modificar um ambiente de convívio das crianças. E ele falou que tinha uma sala que estava um pouco abandonada”, disse Mariana.

    Depois, de acordo com a estudante, a equipe pensou em criar um ambiente de lazer, uma vez que a escola em que as crianças estudam tem a proposta de período integral. Mariana também esclareceu que elas não tinham um lugar com aquelas características para brincar, razão pela qual o grupo pensou em construir uma brinquedoteca cujo espaço seria dividido entre brinquedos e livros.

    A iniciativa recebeu apoio de outros alunos, a exemplo do grupo que cursa a oitava fase do curso técnico de saneamento, no Instituto Federal catarinense, que se dedicou a explorar o espaço e a arrecadar material para a criação da brinquedoteca. “Conhecemos o espaço, os materiais que eles já tinham, como um sofá velho, aqueles de criança, já tinham mesas e alguns livros, uma estante também, mas todo esse material era do depósito. Então, era o que estava quebrado. Daí pensamos o que poderíamos construir com o que temos em casa, com o que produzimos de lixo, e juntar tudo isso”, declarou Mariana.

    Resultado – Todo o movimento despertou a curiosidade das crianças da escola. Os pequenos acabaram botando a mão na massa, auxiliando na criação de cada novo item que ia surgindo a partir de garrafas pet, palitos de madeira e outros materiais recicláveis. Mariana lembrou que quando estavam criando os produtos as crianças quiseram participar porque sentiram que aquilo era para elas e queriam fazer parte daquela mudança.

    “Daí elas viram que o pneu virou um pufe, que a gente fez brinquedo com garrafas pet, com caixas de sapato e foi bem legal. Teve até uma menina que falou ‘Ah, esse brinquedo aí é o que a menina do YouTube mostra de um personagem do filme que estava tendo’ e a gente fez ele todo em garrafa pet, em palito de churrasco, com tampinha. Então, pegar o que a gente tem em casa e transformar, para ela foi incrível poder vivenciar aquilo”, disse a estudante.

    Hoje, o espaço é utilizado pelos alunos e professores do primeiro ao nono ano do curso regular e também pelo projeto de apoio pedagógico da escola, que ensina de forma lúdica crianças que têm dificuldades de aprendizagem. Para o professor Ricardo Clemente de Lima, que orientou os alunos durante todo o processo, o resultado foi excepcional. “Foi muito bacana, eles tiveram um dia lá com as crianças mesmo. E as crianças, claro, adoraram o espaço novo delas. E acho que a sensação, principalmente para eles, foi muito gratificante, eles verem o fruto do trabalho deles sendo reconhecido como algo útil para a sociedade o que eles estavam fazendo, para aquelas crianças e para aquela escola lá”, pontuou.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • A amazonense Carla Penha, 40 anos, viu no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) uma oportunidade de mudar de vida. Depois de passar 20 anos longe dos estudos, ela foi uma das candidatas da prova em 2018 e realizou o sonho de chegar a uma universidade.

    Carla cursou todo o ensino médio em escola pública de Manaus, capital do Amazonas.

    Há pouco tempo, com a morte da mãe, deixou a cidade natal para morar do outro lado do país. Foi pro Sul, em Santa Catarina, no município de Jaraguá do Sul. Na cidade, a estudante encontrou dificuldades para conseguir emprego e percebeu a necessidade de melhorar o currículo. Assim, Carla resolveu se inscrever na maior no Enem, que reúne milhões de candidatos a cada edição.

    “Eu consegui a isenção da taxa de inscrição e fiquei feliz”, conta. A amazonense apostou em vídeoaulas, na internet, e em aulões gratuitos. Também correu atrás e conquistou uma bolsa integral no curso de Contabilidade de uma instituição de ensino superior privada, de Jaraguá do Sul, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni). “Eu subi um degrau do ensino médio 20 anos atrás e agora eu estou no segundo degrau, do ensino superior, e eu quero mais”, deseja. A estudante agora comemora a conquista de uma vaga de estágio em uma empresa da cidade.

    Saiba mais – A história da estudante Carla Penha é o tema da edição desta sexta-feira, 14 de junho, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Notas, agendamentos e informações acadêmicas que podem ajudar os estudantes no ambiente escolar são alguns dos dados reunidos no aplicativo Central do Aluno, um projeto de Filipe Melo da Silva, de 16 anos. Ele é estudante da Escola Técnica Estadual Advogado José David Gil Rodrigues, de Jaboatão dos Guararapes (PE), e conta essa história na edição desta sexta-feira, 2 de novembro, do programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Filipe conta que teve a ideia de desenvolver o aplicativo ao observar outro, da Secretaria de Educação, que dá aos professores acesso a anotações de frequência, upload de notas, entre outras informações de estudantes. “Achei interessante. E já que tinha um para eles, pensei em fazer também para os alunos”, afirma.

    O aplicativo funciona sem internet, mas quando o estudante se conecta à rede, as informações são atualizadas junto ao sistema estadual. Assim ele pode acessar notas, frequência, calendário com as aulas da semana e ainda uma central de agendamento de trabalhos. “Eu não tinha computador e fiz o aplicativo pelo celular sem muito conhecimento”, conta o estudante.

    Cerca de 13 mil estudantes da rede estadual pernambucana baixaram e comentaram sobre o Central do Aluno, o que surpreendeu Filipe. “Eles disseram que era exatamente o que estavam precisando. Foi um feedback ótimo, porque eu pude corrigir erros e problemas e melhorar como programador. Já estamos na versão 5”. O sucesso do projeto também o levou a ser convidado para apresentar o aplicativo à Secretaria de Educação de Pernambuco. 

    Assessoria de Comunicação Social


  • O projeto dos pesquisadores da UFSCar consiste em substituir 30% da areia convencional retirada da natureza pela areia extraída do bagaço da cana (arte: ACS/MEC)O estado de São Paulo é o maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil. Da cana se produz o açúcar e o álcool. No entanto, o bagaço, um dos principais resíduos desse processo de produção, torna-se um poluente ambiental quando descartado de modo inadequado, na terra ou próximo aos rios. Uma das maneiras mais comuns de reúso desse material é a queima em caldeiras, de forma a gerar energia para a própria usina. Porém, essa queima gera outro resíduo, conhecido como areia da cinza do bagaço.

    Preocupados com o risco ambiental que envolve o processo, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) conseguiram simplificar o processo de transformação do bagaço em areia e ainda desenvolveram estudo para aplicar o material na construção civil. O projeto consiste em substituir 30% da areia convencional retirada da natureza pela areia extraída do bagaço da cana.

    Mestre em estruturas e construção civil pela UFSCar, o professor Fernando do Couto Rosa Almeida, doutorando na Universidade de Caledônia, em Glasgow, Escócia, país integrante do Reino Unido, escreveu artigo no qual aborda a substituição de materiais obtidos na natureza por outros capazes de resultar em benefícios ambientais. O artigo foi premiado no ano passado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação.

    Fernando salienta que o descarte do bagaço gera um problema ambiental. “Jogam isso na lavoura porque não sabem o que fazer com esse material, que por ano gera cerca de 4 milhões de toneladas”, afirma.

    Padronização — Como a base do concreto para construções é preparada com areia, cimento, água e brita, em diferentes proporções, os cientistas experimentaram substituir parte da areia retirada da natureza por cinzas de bagaço de cana. “Em laboratório, fazemos uma simples padronização para poder usar isso em material de construção”, diz o professor.

    Com a mistura, o concreto de cinza pode ser usado na infraestrutura urbana, na construção de calçadas e bancos de praças. Como os grãos da areia de cinzas são mais finos, outra vantagem do produto é de fechar os pequenos poros que aparecem no concreto depois de seco. Isso diminui a porosidade em comparação com o concreto convencional e resulta em mais durabilidade do produto. “Se comparada, a porosidade com cinza é menor do que a do concreto convencional. Com menos poros, menos vazios, é mais difícil de o material se degradar”, diz Fernando.

    A pesquisa de mestrado que serviu como base para o artigo premiado pela Capes foi orientada pelo professor Almir Sales, do Departamento de Engenharia Civil da UFSCar, e realizada no âmbito do Grupo de Estudos em Sustentabilidade e Ecoeficiência em Construção Civil e Urbana, liderado por Sales, que estuda essa temática há 10 anos.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Despertar nos jovens o desejo pela ciência tem sido a meta da professora Deyse Cristina Gomes da Silva Almeida, de Jaboatão dos Guararapes (PE). Ela iniciou o projeto Desvendando o Céu Austral, que leva alunos da rede pública para conhecer a astronomia. É esse o tema que o Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC, apresenta nesta semana.

    Formada em pedagogia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Deyse é professora da rede estadual há dez anos e coordenadora de apoio do ensino médio da Escola de Referência em Ensino Médio Professor Epitácio André Dias, em Jaboatão, função que permitiu que ela tivesse a ideia de usar a astronomia para despertar maior interesse dos alunos pela área de ciências. “Fiz a proposta de montarmos um clube de astronomia na escola, no qual os alunos seriam os protagonistas. Intitulamos o clube Odissey”, comenta a professora.

    O projeto tem a participação de 30 alunos, entre estudantes da primeira e segunda turma do ensino médio e da educação de jovens e adultos. Entre as atividades desenvolvidas está a organização de excursões ao observatório astronômico da cidade de Itacuruba, no sertão pernambucano. “Lá a gente consegue analisar e fazer as observações a olho nu de constelações, identificar a localização de alguns planetas. É uma experiência extraordinária para nossos alunos”, afirma Deyse.

    Para a professora, a oportunidade de percorrer estes caminhos permite que os alunos se aproximem da pesquisa, campo ainda pouco explorado no ensino regular. “A iniciação científica é pouco trabalhada na prática. Existem algumas propostas, mas o nosso currículo lamentavelmente não permite que sejam aplicadas muitas atividades relacionadas.”

    O projeto também levou a turma de 30 alunos para assistir a uma aula no curso de introdução à astronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que firmou uma parceria com o projeto.

    Assessoria de Comunicação Social

     

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    Atraídos pelas aulas de robótica, os alunos da escola paranaense passaram a se dedicar mais à leitura e à compreensão da matemática (foto: arquivo da Escola Aloys João Mann)No contraturno escolar, alunos de 9 a 11 anos de uma escola pública de Cascavel, município paranaense de 316,2 mil habitantes, aprendem programação e montagem nas aulas de robótica. A proposta da Escola Municipal Aloys João Mann é relacionar o conteúdo ao aprendizado em sala de aula.

    As aulas de reforço vão além da revisão do conteúdo visto em sala. Nelas, os alunos aprendem robótica como complemento ao ensino de ciências, matemática e até de português. Isso é possível e tem agradado aos estudantes, entre eles, Kauã Holzbach, 10 anos de idade. Depois das aulas, ele costumava ir para casa e ficar frente para a televisão. Há mais de um ano, Kauã integra o projeto de robótica educacional da escola. Ele considera as aulas desafiantes e tem aprendido a programar, montar e desenvolver robôs. “Por exemplo, eu quero que um carrinho ande na sombra, mas no sol fique parado”, explica. “Achei que era mais fácil, que era só escrever: faça isso, mas com a robótica descobri que é mais difícil, que há comandos.”

    Curioso, o estudante diz que a profissão do pai, eletricista, já chamava sua atenção e despertava interesse pela área da tecnologia. “Eu sempre quis conhecer, sempre quis saber as coisas do futuro, saber como seria melhor, moderno.”

    A experiência com robótica começou há quase dois anos na escola. Atualmente, conta com a participação de mais de 60 alunos. Gabrielli Dressel, também de 10 anos, diz gostar de programar e montar, quando está inspirada. Ela cita exemplos do que tem aprendido sobre matemática, aplicada na prática, graças às aulas no laboratório de robótica. “Eu já fiz um robô — um carro já também um robozinho”, afirma. “E também uma cancela, tipo um pedágio. Daí, programava quantos graus ela ia para cima ou para baixo, quando ela abria, se o sinal estava vermelho ou verde.”

    O projeto funciona em sala equipada com computadores, projetor multimídia, conjuntos para robótica educacional e impressora 3D. Com recursos federais do programa Mais Educação, o município investiu no material para o laboratório de robótica.

    Prática — De acordo com o professor Thiago Sodré, instrutor de robótica educacional, as aulas no laboratório aplicam na prática o conteúdo passado em sala de aula. “O conteúdo de ciências, como produção de energia, seja eólica, hidráulica, a vapor, tem um ponto em comum: uma turbina movida por algum fluido que vai converter esse movimento cinético em energia”, diz. “Então, podemos, com peças de robótica, simular um moinho de vento, acionar o motor, movimentar a roda e, depois, usar essa energia produzida em algum item, seja iluminação e funcionamento de um pilão, algo do gênero, conforme o direcionamento de cada aula.”

    Ainda segundo Thiago, os resultados na aprendizagem das crianças são visíveis. “Com a robótica, eles passaram a se dedicar mais à leitura, à compreensão da matemática”, afirma. “Foi significante a melhora porque o aluno, para programar qualquer construção robótica, tem de ler e escrever bem. Então, ele se esforça na leitura e na escrita dos códigos, a começar pelo básico — português e matemática —, e já começa a melhorar.”

    Em Cascavel, três escolas da rede municipal já oferecem aulas do projeto de robótica educacional. O pedagogo Jocemar do Nascimento coordena a iniciativa no município. “Com a robótica, é possível perceber que os alunos querem construir coisas e ver aquilo que fazem no papel e na teoria ganhando vida no computador ou no meio físico”, diz. “Então, eles têm aprendizado melhor, faltam menos às aulas.”

    Para o professor, nas aulas de robótica os alunos estudam com mais empenho. “São espaços de experimentação muito bons e ambientes nos quais os alunos têm se desenvolvido bastante.” Ele espera que cada vez mais escolas possibilitem aos alunos a alfabetização digital, considerada essencial para as novas gerações. “A alfabetização digital, da qual tem se falado muito pouco, tem de começar cedo. A faixa etária ideal para começar a trabalhar esses conceitos básicos de tecnologia com as crianças é a da alfabetização, entre os 8 e os 11 anos”, afirma.

    O projeto de robótica educacional de Cascavel capacita professores e instrutores, pois a prefeitura pretende ampliar a iniciativa e levá-la a outras escolas da rede de ensino.

    Saiba mais sobre o programa Mais Educação do MEC

    Assessoria de Comunicação Social

  • Programa destaca iniciativas que levam à celebração da data em 21 de outubro

    Uma alimentação saudável, com horários regulares, ajuda o estudante a ter melhor rendimento dentro e fora da sala de aula. É com essa visão, que o governo federal trabalha para garantir que estudantes da rede pública de ensino tenham boas refeições. Há muito o que se comemorar nesse mês em que é celebrado o Dia Nacional da Alimentação na Escola.

    Foi em 1950 que o governo começou a se preocupar efetivamente com o que as crianças comiam nas escolas. E surgiu então o programa chamado Conjuntura Alimentar – a primeira iniciativa nacional, dirigida à alimentação nas escolas públicas brasileiras. Hoje, o país conta com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), popularmente conhecido como merenda escolar.

    Diariamente, são 50 milhões de refeições para estudantes da educação infantil, ensinos fundamental e médio de escolas públicas além de instituições filantrópicas e comunitárias. “O Pnae atende a todas as escolas públicas brasileiras, mais de 150 mil escolas, repassa recursos para o atendimento a mais de 40 milhões de estudantes”, destaca o coordenador do programa, Valmo Xavier da Silva.

    O programa funciona por meio do repasse de recursos às prefeituras e aos estados para reforçar as refeições nas escolas públicas. É considerado um dos maiores programas do mundo de alimentação escolar e é o único com atendimento universalizado. E sabe quanto o governo federal está investindo na merenda escolar este ano? R$ 4 bilhões.

    O Pnae, gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), instituição ligada ao Ministério da Educação (MEC), mostra que a importância da alimentação escolar vai muito além dos recursos investidos e dos cardápios produzidos com ajuda da agricultura familiar. Os alimentos complementam as refeições de crianças no dia a dia.

    Saiba mais – A alimentação escolar é o tema da edição desta sexta-feira, 25 de outubro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC. Confira!

  • Pesquisador Vinícius Boldrini busca entender o comportamento do sistema imunológico do portador da doença

    Tudo começou ainda na graduação. O estudante Vinícius Boldrini participava de um projeto de extensão na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas e teve a oportunidade de trabalhar em um laboratório de neuroimunologias. Foi lá que ele se interessou pelo estudo da doença esclerose múltipla. Pelo trabalho que vem desenvolvendo, Boldrini foi premiado no 19º Congresso Brasileiro de Esclerose Múltipla.

    Vinícius se formou em 2013, mas a curiosidade pelo tema persistiu. Hoje ele estuda a doença em seu pós-doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O estudante deve fechar 2019 com mais dois prêmios pelas pesquisas sobre sistema imunológico de pacientes com esclerose.O projeto de pesquisa de Vinícius busca entender como o sistema imunológico do paciente se comporta.

    O experimento abre novas perspectivas para se estudar a doença. “É uma doença autoimune, então as células de defesa do nosso organismo passam a atacar as nossas próprias estruturas, no caso, o sistema nervoso. Na pesquisa verificamos que algumas células do sistema imunológico parecem copiar a função de outras células que já haviam sido destruídas anteriormente”, explica.

    Atualmente o pesquisador Vinícius Boldrini trabalha em quatro artigos sobre o tema e pretende alcançar reconhecimento internacional. “Espero desenvolver terapias que sejam mais eficazes no tratamento da doença e que se baseiam nesses alvos que a gente conseguiu descrever agora nessas novas funções que até então eram desconhecidas”.

    Saiba mais – A história do pesquisador Vinícius Boldrini é o tema da edição desta sexta-feira, 6 de dezembro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

  • Já pensou em aprender a costurar ou fazer pães dentro de uma carreta? O projeto Carretas do Conhecimento é uma sala de aula itinerante com cursos profissionalizantes na área de panificação, costura e até mesmo mecânica industrial que tem levado esses cursos gratuitos a diferentes municípios do estado do Paraná.

    Ana Carolina de Jesus Batista, de 22 anos, está desempregada há três meses e vive com o filho de um ano em Curitiba (PR). Depois da experiência de trabalhar na área de produção industrial, ela buscava por uma oportunidade de ampliar os estudos. Foi quando conheceu o projeto Carretas do Conhecimento, iniciativa do governo paranaense em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e empresas privadas que atuam na região.

    “Nunca tinha imaginado estudar dentro de uma carreta. Todo o material é incluso. Bem próximo de casa, não tenho gasto com passagem nem nada. Esse curso foi maravilhoso para mim e para minha família”, contou.

    Funcionamento –São oito carretas, equipadas de acordo com cada curso: Instalações Elétricas, Manutenção de Motocicletas, Confecção, Elétrica Automotiva, Mecânica Automotiva, Mecânica Industrial Básica, Panificação e Refrigeração.

    Um dos coordenadores do projeto, Eder Colaço, chefe do Departamento do Trabalho do Paraná, explica que a ideia é direcionar os participantes para o mercado de trabalho. “Essas oito carretas atenderão 105 municípios, além da capital do estado. Aqui terá atendimento a três bairros. É uma sala de aula móvel, então tem toda a estrutura, mesa, enfim, sala normal e além disso toda a parte prática”, disse.

    “A gente está trabalhando também para ter empregabilidade para esses alunos. Então a gente está conversando com as empresas das regiões onde esses cursos estão sendo oferecidos para que a gente possa ter empregabilidade a medida em que eles se formem nos cursos profissionais que eles estão tendo dentro desse programa”, completou Eder Colaço.

    Na prática, funciona assim: o veículo fica estacionado por 30 dias em cada município, período que dura cada curso oferecido. As aulas acontecem na carroceria mesmo, do caminhão, e do lado de dentro é uma sala de aula que atende cerca de 20 alunos.

    Público – O público participante tem idade entre 16 e 25 anos, a maior parte jovens em situação de vulnerabilidade já assistido por programas do estado. A proposta leva em conta esses aspectos, conforme esclarecei Eder Colaço, e atende aos participantes de maneira que eles concluam os cursos e tenham de fato um resultado.

    “O que eu percebo desse projeto é que ele consegue levar qualificação profissional nas regiões de maior vulnerabilidade, então a gente escolheu os municípios com o menor IDH do estado. Como ele tem essa mobilidade a gente consegue chegar muito próximo realmente das pessoas, das famílias”, afirmou.

    Erika Sabrina Moreira é garçonete. Depois de tentar a sorte em Goiás e Mato Grosso, ela voltou para Curitiba em busca de qualificação profissional. Agora, pretende investir na área a fim de conquistar novas e melhores oportunidades.

    “Vou tentar focar na área. Até estava conversando com o professorque achei legal. É uma área que tem bastante emprego. Se a pessoa focar nesse curso e querer trabalhar na área e querer se aperfeiçoar mais aprender mais coisas”, disse.

    Saiba mais – O projeto Carretas do Conhecimento é o tema da edição desta sexta-feira, 2 de agosto, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Professora da UnB radicada na Alemanha, Jaqueline já ganhou prêmio na área

    Jaqueline já ganhou prêmio por pesquisa com equações diferenciais A ciência dos números sempre foi coisa de mulher para a doutora Jaqueline Godoy Mesquita, de 34 anos. Ainda adolescente, ela teve que convencer os pais de que a Matemática é uma carreira que pode contribuir para o progresso da humanidade. Hoje, ela integra o grupo de pesquisadores da Academia Mundial de Ciências, é bolsista na secular Universidade Humboldt, na Alemanha, e já ganhou prêmio por suas pesquisas.

    É uma luta diária para as mulheres brasileiras se destacarem nas ciências exatas, mas a cientista Jaqueline Godoy Mesquita compreendeu desde cedo que, muito mais do que se dedicar aos números e equações, ela teria que decifrar o problema do preconceito e da discriminação contra a mulher na Ciência.

    “Não é raro ver mulheres em reuniões, por exemplo, tendo dificuldades de fazer suas falas”, disse.

    Jaqueline é professora do Departamento de Matemática da Universidade de Brasília (UnB), mas atualmente mora na Alemanha, onde é bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Fundação Alexander Von Humboldt, fazendo o seu terceiro pós-doutorado.

    Até chegar lá, foi uma longa trilha de estudo, dedicação e luta. Ainda pequena, Jaqueline aprendeu a lidar com as adversidades. Para estudar o que ela queria, foi preciso primeiro convencer a família. “Meus pais queriam muito que eu fizesse Medicina, o sonho deles é ter uma filha médica”, relatou.

    Os pais, Gilson e Aparecida, achavam que depois de cursar o bacharelado em matemática, Jaqueline faria outro curso. E ela fez, mas foi o mestrado, novamente em matemática. Em seguida, veio o doutorado. E não parou mais. A cientista ganhou prêmio por uma complexa pesquisa na área das equações diferenciais funcionais.

    “Essas equações são muito importantes para descrever fenômenos que não acontecem instantaneamente. Por exemplo, temos modelos de doenças que possuem períodos de incubação que podem ser bem descritos por essas equações, como é o caso do vírus Zika. Sabemos que quando a pessoa é infectada com o vírus, os sintomas não aparecem instantaneamente, mas decorre um certo tempo entre a pessoa ser infectada e os sintomas aparecerem”, explicou.

    Foi por causa dos resultados dessa pesquisa que Jaqueline recebeu o prêmio do programa “Para Mulheres na Ciência”, oferecido pela Loreal, em parceria com a Unesco e a Academia Brasileira de Ciências.

    Programa  Há 14 anos, o programa “Para mulheres na Ciência” contempla cientistas para estimular o equilíbrio dos gêneros no cenário brasileiro e incentivar a entrada de jovens mulheres no universo científico.

    Para Jaqueline, que se orgulha de ser um modelo de determinação e talento para suas alunas da graduação e pós-graduação, o machismo está presente nos meios acadêmicos e científicos, especialmente da Matemática, em que a representatividade feminina é baixa. E esse cenário começa a ser construído bem cedo, segundo a professora.

    “Se a gente for numa loja de brinquedos e a gente for na seção de brinquedos para meninas e brinquedos para meninos, vemos que já há uma segregação muito forte. Então, vemos que os brinquedos para meninas estão mais ligados para o cuidar, então são bonecas, são carrinhos de bebê, enquanto que os brinquedos mais voltados para os meninos são mais ligados à liderança, independência, a raciocínio lógico dedutivo”, enfatizou.

    Saiba mais – A história da cientista premiada brasileira que defende que a matemática deve ser estimulada entre mulheres desde cedo é o tema da edição desta sexta-feira, 1° de novembro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social


  • A mestre e doutora em Física Marcelle Soares-Santos, professora assistente na Universidade Brandeis, nos Estados Unidos, formou-se no Instituto Federal do Espírito Santo para tornar-se a única brasileira entre as lideranças de um projeto internacional de pesquisadores sobre o desenvolvimento do universo. Observando as galáxias, a equipe comandada por Marcelle chegou a uma descoberta que atualiza a teoria do Big Bang. Essa história é contada no programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela rádio do MEC, nesta sexta-feira.

    Marcelle Soares-Santos, de 37 anos, é natural de Vitória, no Espírito Santo. Ela conta que o interesse em ciência apareceu ainda na escola, num ambiente que despertava para a descoberta de muitas coisas, inclusive para a pesquisa.

    “No meu caso, o interesse pela ciência começou muito cedo porque eu sempre fui aquela pessoa que queria conhecer, aprender as coisas, o mundo à minha volta. E aos poucos foi ficando claro que a física era uma área de pesquisa ou uma área do conhecimento, que me permitiria um leque grande de possibilidades de linhas de pesquisa.”

    Marcelle estava certa. E foi o que a fez chegar ao Projeto Pesquisa em Energia Escura: um consórcio internacional com mais de 400 cientistas de 25 instituições em sete países. Sua equipe, que integra o projeto, conseguiu captar, pela primeira vez, um tipo de onda gravitacional gerada a partir das colisões entre estrelas de nêutrons. O que isso significa: a descoberta de um novo tipo de energia que pode estar causando a aceleração da expansão do universo, atualizando a teoria do Big Bang – segundo a qual uma explosão, ocorrida há milhões de anos, teria dado origem ao universo e mantido sua expansão lenta e gradativa até os dias de hoje.

    Investigação - Utilizando tecnologia de ponta no estudo da astronomia, Marcelle investiga se essa energia tem sido o combustível para a aceleração da expansão do universo. "É maravilhoso! Não tem outra palavra mesmo. Às vezes você trabalha a vida inteira e não chega a ter uma descoberta desse nível. E o fato de que o meu grupo de pesquisa está participando dessa descoberta é maravilhosa, é muito bom”, afirmou.

    A captação de ondas gravitacionais e a descoberta dessa possível nova fonte de energia é a maior inovação no estudo da cosmologia. “Então a pergunta é – qual é a fonte de energia que serve de combustível para essa aceleração? Não tem nenhuma explicação na física tradicional, então o que precisamos fazer para entender isso e descobrir essa nova forma de energia, que por enquanto chamamos de energia escura, essa é a área em que eu estou trabalhando, e agora que conseguimos combinar as observações, com astronomia tradicional, com as observações feitas com ondas gravitacionais, essa combinação vai ser chave desvendar esse mistério”, disse Marcelle.

    Além de pesquisadora, Marcelle é professora assistente e sabe o valor e a importância do incentivo para a pesquisa. Ela defende investimentos para a área e – mesmo longe do Brasil há alguns anos – refere o potencial que há em território nacional para futuros talentos. “Eu acho que temos um talento muito grande no Brasil inteiro e que eu espero que no futuro consigamos dar mais apoio, na educação, em todos os níveis, desde o ensino básico até o ensino superior, vale a pena a tentar tirar o máximo possível das oportunidades que temos.”

    Por sua dedicação à pesquisa em energia escura, Marcelle vai receber uma bolsa da Fundação Alfred P. Sloan, uma organização sem fins lucrativos, que há mais de 60 anos premia jovens cientistas considerados promissores e apoia projetos relacionados a ciências, tecnologia e economia.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • O Trilhas da Educação desta semana conta a história do estudante Cesar Pinheiro, que com 19 anos já é diretor de planejamento em uma empresa júnior

    Entrar para uma universidade é o sonho de muitos jovens, principalmente, pelas oportunidades no mercado de trabalho. A vontade de trabalhar é tanta que vários acabam conciliando a vida acadêmica com empresas juniores. É o caso de Cesar Sanchez Pinheiro, 19 anos, um dos universitários brasileiros que colocou a “mão na massa” antes mesmo de pegar o diploma.

    Ele ingressou em uma empresa júnior da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB). O estudante cursa o terceiro semestre de Comunicação Organizacional e já assume o papel de diretor de planejamento da agência Dois Nove Meia. “O meu desempenho acadêmico acabou andando colado com o desempenho da empresa júnior onde a gente acaba aprendendo muito com a prática”, conta o jovem.

    Segundo Tomas Dias Sant’Ana, coordenador-geral de Expansão, Gestão e Planejamento acadêmico do Ministro da Educação (MEC), o objetivo de uma empresa júnior é dar ao estudante a oportunidade de praticar o que ele aprende em sala de aula em situações reais e com clientes reais.

    “Participar de uma empresa júnior oportuniza esse contato com o dia a dia de uma empresa real. Os empresários juniores podem ocupar cargos que dificilmente eles teriam a chance nessa fase da carreira. Quando eles entram no mercado de trabalho ou resolvem empreender estão mais preparados e mais qualificados”, explica Tomas.

    Hoje, existem mais de 900 empresas juniores no país, de acordo com a Brasil Junior, organização que reúne empresas desse tipo. Elas estão presentes em todos os estados e no Distrito Federal e desenvolvem mais de 17 mil projetos e são tocadas por mais de 20 mil empresários juniores.

    Os resultados devem ser ainda maiores com a implementação do Future-se, programa lançado pelo ministério para impulsionar o empreendedorismo nas universidades federais. “O MEC vem criando mecanismos para aproximar estudantes e as empresas juniores é um dos caminhos importantes definidos no Future-se. O programa visa impulsionar o crescimento dos alunos, da sociedade e das universidades”, pontua Tomas.

    Saiba mais – O estudante empenhado no trabalho de empresas juniores é o tema da edição desta sexta-feira, 27 de setembro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio do MEC.

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