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  • Um dos projetos vencedores no Prêmio Professores do Brasil foi o “Robótica com Sucata, promovendo a sustentabilidade”, da professora Débora Garofalo. Ela foi premiada em 2018 por ensinar alunos a utilizar o lixo coletado nas ruas para transformar em soluções para problemas da comunidade.

    “Quando eles (alunos) começaram a entender a importância de reutilizar, reciclar, dar novo destino aos lixos, colocando em prática diversas áreas do conhecimento, começaram a valorizar os estudos na vida deles”, afirma a professora da Escola Municipal de Educação Fundamental Almirante Ary Parreiras, em São Paulo.

    A docente venceu o Prêmio Professores do Brasil em 2018, na categoria Ensino Fundamental: Anos Finais, que abrange do sexto ao nono ano dessa fase. Garofalo ensina matérias de tecnologia em uma área cercada por quatro favelas conhecidas pela violência. É a primeira mulher sul-americana entre os 10 melhores professores do mundo. Ficou entre os finalistas ao prêmio Global Teacher Prize, considerado o Nobel da educação.

    A escola Ary Parreiras fica na Cidade Leonor, comunidade carente da Grande São Paulo. Sofre pela ausência de saneamento básico e alagamentos constantes causados pelo descarte de lixo em locais impróprios.

    “Durante aulas públicas, percebemos o lixo como grande problema da localidade. A partir dessa questão, resolvemos trazer alguns desses materiais para a sala de aula e desenvolvemos nosso primeiro protótipo, que foi um carrinho movido a balão de ar”, conta a professora.

    A intenção do projeto é dar a oportunidade ao aluno de intervir no lugar onde vive, por meio da reflexão para o descarte, reciclagem e reutilização, ao transformar o lixo em robótica com sucata.

    Inscrições – Os professores de escolas públicas da educação básica têm prazo até 31 de maio para se inscrever no prêmio, que está na 12ª edição. É necessário enviar um relatório de alguma prática pedagógica desenvolvida com os alunos.

    Registrar um processo vivido entre alunos e professores é uma forma de sistematizar o conhecimento do docente, o que garante o aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem.

    Acesse a página de inscrições do prêmio 

    Veja o relato de Débora Garofalo na íntegra  

    Assista à série Professor Presente, com relatos semanais de professores vencedores do prêmio em 2018. Toda as quartas-feiras às 20h50 

     

    Assessoria de Comunicação Social

     

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    Atraídos pelas aulas de robótica, os alunos da escola paranaense passaram a se dedicar mais à leitura e à compreensão da matemática (foto: arquivo da Escola Aloys João Mann)No contraturno escolar, alunos de 9 a 11 anos de uma escola pública de Cascavel, município paranaense de 316,2 mil habitantes, aprendem programação e montagem nas aulas de robótica. A proposta da Escola Municipal Aloys João Mann é relacionar o conteúdo ao aprendizado em sala de aula.

    As aulas de reforço vão além da revisão do conteúdo visto em sala. Nelas, os alunos aprendem robótica como complemento ao ensino de ciências, matemática e até de português. Isso é possível e tem agradado aos estudantes, entre eles, Kauã Holzbach, 10 anos de idade. Depois das aulas, ele costumava ir para casa e ficar frente para a televisão. Há mais de um ano, Kauã integra o projeto de robótica educacional da escola. Ele considera as aulas desafiantes e tem aprendido a programar, montar e desenvolver robôs. “Por exemplo, eu quero que um carrinho ande na sombra, mas no sol fique parado”, explica. “Achei que era mais fácil, que era só escrever: faça isso, mas com a robótica descobri que é mais difícil, que há comandos.”

    Curioso, o estudante diz que a profissão do pai, eletricista, já chamava sua atenção e despertava interesse pela área da tecnologia. “Eu sempre quis conhecer, sempre quis saber as coisas do futuro, saber como seria melhor, moderno.”

    A experiência com robótica começou há quase dois anos na escola. Atualmente, conta com a participação de mais de 60 alunos. Gabrielli Dressel, também de 10 anos, diz gostar de programar e montar, quando está inspirada. Ela cita exemplos do que tem aprendido sobre matemática, aplicada na prática, graças às aulas no laboratório de robótica. “Eu já fiz um robô — um carro já também um robozinho”, afirma. “E também uma cancela, tipo um pedágio. Daí, programava quantos graus ela ia para cima ou para baixo, quando ela abria, se o sinal estava vermelho ou verde.”

    O projeto funciona em sala equipada com computadores, projetor multimídia, conjuntos para robótica educacional e impressora 3D. Com recursos federais do programa Mais Educação, o município investiu no material para o laboratório de robótica.

    Prática — De acordo com o professor Thiago Sodré, instrutor de robótica educacional, as aulas no laboratório aplicam na prática o conteúdo passado em sala de aula. “O conteúdo de ciências, como produção de energia, seja eólica, hidráulica, a vapor, tem um ponto em comum: uma turbina movida por algum fluido que vai converter esse movimento cinético em energia”, diz. “Então, podemos, com peças de robótica, simular um moinho de vento, acionar o motor, movimentar a roda e, depois, usar essa energia produzida em algum item, seja iluminação e funcionamento de um pilão, algo do gênero, conforme o direcionamento de cada aula.”

    Ainda segundo Thiago, os resultados na aprendizagem das crianças são visíveis. “Com a robótica, eles passaram a se dedicar mais à leitura, à compreensão da matemática”, afirma. “Foi significante a melhora porque o aluno, para programar qualquer construção robótica, tem de ler e escrever bem. Então, ele se esforça na leitura e na escrita dos códigos, a começar pelo básico — português e matemática —, e já começa a melhorar.”

    Em Cascavel, três escolas da rede municipal já oferecem aulas do projeto de robótica educacional. O pedagogo Jocemar do Nascimento coordena a iniciativa no município. “Com a robótica, é possível perceber que os alunos querem construir coisas e ver aquilo que fazem no papel e na teoria ganhando vida no computador ou no meio físico”, diz. “Então, eles têm aprendizado melhor, faltam menos às aulas.”

    Para o professor, nas aulas de robótica os alunos estudam com mais empenho. “São espaços de experimentação muito bons e ambientes nos quais os alunos têm se desenvolvido bastante.” Ele espera que cada vez mais escolas possibilitem aos alunos a alfabetização digital, considerada essencial para as novas gerações. “A alfabetização digital, da qual tem se falado muito pouco, tem de começar cedo. A faixa etária ideal para começar a trabalhar esses conceitos básicos de tecnologia com as crianças é a da alfabetização, entre os 8 e os 11 anos”, afirma.

    O projeto de robótica educacional de Cascavel capacita professores e instrutores, pois a prefeitura pretende ampliar a iniciativa e levá-la a outras escolas da rede de ensino.

    Saiba mais sobre o programa Mais Educação do MEC

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estudantes do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) representaram o Brasil no Fórum Internacional de Robótica para Alunos do Ensino Médio (IRH), realizado nos dias 4 e 5 últimos, em Tóquio. A equipe, multidisciplinar, ficou entre as quatro certificadas por excelência, com duas equipes japonesas e uma coreana.

    Beatriz de Carvalho Amaral, Flávia Machado Vilar, Giovanna Lúcia Delgado, Letícia de Lima Ishi e Victor Aquino Assis Soares são alunos de cursos da Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura (Fiec), de São Paulo. “Apesar de oriundos de áreas diferentes, todos trabalharam juntos, em equipe”, disse a professora Erika Guerra, coordenadora do projeto.

    Considerado o maior evento de robótica do mundo, o fórum atraiu 14 equipes de jovens de ensino médio, com o desafio de criar um projeto de robô que solucione problemas reais. “Desenvolvemos um projeto relacionado ao serviço de tratamento médico infantil”, afirmou Beatriz, aluna do curso de informática. “Sabemos que as crianças sofrem muito no processo de exames e internações, e propusemos soluções para que esse processo fosse facilitado e menos doloroso.”

    A estudante salienta a oportunidade e o crescimento que a competição proporcionou a sua vida e à instituição. “Competimos com 300 expositores de todo o mundo, a equipe deu o seu melhor”, disse. “A Fiec é a primeira instituição do Brasil a contar com a certificação da Sociedade de Robótica do Japão.”

    Em junho último, a instituição participou, na Inglaterra, do Desafio Land Rover 4x4 nas Escolas. A missão era a de criar um carro com tração nas quatro rodas que percorresse um circuito determinado. A equipe conquistou o sexto lugar.

    Adesão — A robótica vem ganhando adeptos e competidores nos institutos federais de educação profissional, científica e tecnológica. Com cunho educacional, as escolas investem cada vez mais no curso e nas competições, não apenas para criar ou desenvolver competências, mas para incluir a tecnologia no dia a dia do aluno, em busca de soluções e de relacionamento com outras áreas profissionais.

    Em competições de robótica, destacam-se os institutos federais da Paraíba (FPB), do Rio de Janeiro (IFRJ), de Rondônia (IFRO), do Rio Grande do Norte (IFRN) e de Mato Grosso do Sul (IFMS).

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec


  • Estudantes de escolas públicas e particulares de todo o país que quiserem participar da Olímpiada Brasileira de Robótica (OBR) têm até o próximo dia 26 para se inscrever.

    A OBR tem duas modalidades independentes: teórica e prática. A teórica não exige do aluno o conhecimento específico de robótica. Na primeira fase, as provas serão feitas na escola de cada estudante inscrito e as questões vão envolver problemas práticos do dia a dia a partir da robótica. No ano passado, mais de 110 mil alunos se inscreveram nesta modalidade.

    Já a prática traz um desafio: equipes de até quatro alunos terão que construir um robô totalmente autônomo, ou seja, sem controle remoto, e que seja capaz de navegar por um terreno acidentado, localizar vítimas e resgatá-las. Os inscritos nessa modalidade terão que participar de eventos regionais e, de acordo com sua pontuação, se classificarão às etapas estaduais e à final nacional, que ocorrerá em Curitiba em novembro deste ano.

    O coordenador-geral da OBR, Rafael Aroca, afirma que participar da olimpíada tem mudado a vida de muitos estudantes. Ele conta que recebe depoimentos de vários de alunos que não pensavam em concluir os estudos além do ensino médio e que mudaram de ideia após participar da competição. “A gente vê que melhoram muitos aspectos pessoais dos participantes, como a autoestima, a capacidade trabalhar em equipe, a persistência”, ressalta.

    Serão premiados os estudantes que alcançarem as maiores notas nas etapas regionais e na nacional e aqueles que se destacarem por aspectos como melhor improvisação ou melhor apoio às equipes. Também haverá desafios surpresas, com tarefas especiais sorteadas na hora dos eventos, exigindo que os grupos façam adaptações em seus robôs.

    A Olímpiada é coordenada pela Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) também participa da organização.

    As inscrições podem ser feitas na página eletrônica da Olimpíada Brasileira de Robótica.

    Assessoria de Comunicação Social

  • As inscrições para a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) de 2019 já estão abertas e vão até 17 de maio. Neste período, alunos matriculados em escolas públicas e particulares do ensino fundamental, médio e técnico podem pleitear uma vaga na competição, que definirá os representantes brasileiros no evento mundial, a RoboCup, cuja edição de 2020 ocorre em Bordeaux, na França.

    A inscrição gratuita é feita pelo professor na página do evento na internet e são duas as modalidades de disputa: prática e teórica. A disputa teórica, em que é preciso mostrar conhecimentos específicos de robótica em prova realizada diretamente na escola do estudante, terá a primeira fase realizada em 7 de junho e a segunda em 23 de agosto. As provas incluem conteúdo do ensino fundamental e médio na resolução de problemas práticos do dia a dia, a partir da robótica, e são elaboradas por uma comissão de professores.

    Há também a modalidade prática, que exige cumprir um desafio. Os grupos de até quatro alunos devem considerar a simulação de um desastre natural e construir um robô completamente autônomo, ou seja, sem controle remoto, capaz de navegar por um terreno acidentado, localizar vítimas (representadas por bolinhas) e resgatá-las. A cada ano a organização prepara novas pistas e trajetos. As etapas regionais e estaduais ocorrem entre junho e setembro, quando serão selecionadas equipes de nível 1 e 2 para o nacional, que este ano acontece em Rio Grande (RS) entre os dias 22 e 26 de outubro.

    Na edição de 2018, cuja final foi realizada em João Pessoa, mais de 4.300 equipes participaram da disputa prática, construindo robôs para cumprir o desafio do desastre natural simulado. Já a modalidade teórica contou com a participação de aproximadamente 145 mil alunos.

    A robótica tem um caráter multidisciplinar que beneficia diversas áreas do conhecimento, além de naturalmente promover o trabalho em equipe e a cooperação. A ideia da OBR é convidar os estudantes a se aproximar da arte de desenvolver tecnologia, ao invés de apenas ser usuários dela. O evento tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de diversas instituições de todo o Brasil, como universidades e órgãos públicos.

    Ciência – As olimpíadas científicas são uma iniciativa utilizada em praticamente todo o mundo para popularizar e difundir a ciência e a tecnologia junto aos jovens. Além da difusão, as olimpíadas realizam muitas outras atividades, e, em muitos casos, são também atores no processo de atualização dos professores e escolas. Duas das atividades mais importantes são a Science Olympiad, realizada nos EUA desde 1983, e a European Union Science Olympiad, realizada em toda a União Europeia desde 2003. A própria RoboCup, que existe desde 1997, e é considerada a copa do mundo de robótica, já levou diversos estudantes brasileiros a países como Alemanha, China e Holanda (últimas três edições, sem contar a de 2014, que foi no Brasil).

    As olimpíadas científicas tiveram seu início no Brasil em 1978. Desde 2002, no entanto, o poder público passou a apoiar oficialmente essas iniciativas por meio de edital público. A Olimpíada Brasileira de Robótica é apoiada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Educação, em parceria com a Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculada ao MEC. Nos últimos anos, diversas olimpíadas são apoiadas pelo CNPq, dentre elas as olimpíadas científicas de física, robótica, história e astronomia.

    OBR - A Olimpíada Brasileira de Robótica está estruturada de modo a permitir sua difusão pelos estados brasileiros. É constituída por professores, cientistas e doutores na área de robótica e tecnologia das maiores e melhores universidades públicas e particulares do Brasil, que atuam voluntariamente com objetivo de estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, identificar jovens talentosos e promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem brasileiro, além de promover a difundir conhecimentos básicos sobre robótica de forma lúdica e cooperativa.

    Acesse a página da OBR e faça sua inscrição

    Assessoria de Comunicação Social

  • Belém — O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará vai investir em robótica, no campus de Belém. Não apenas para criar ou desenvolver produtos, mas para demonstrar como essa tecnologia está presente no dia a dia e como ela pode se relacionar com educação, meio ambiente e responsabilidade social. Equipe do instituto paraense desenvolve projeto de extensão para levar conhecimentos práticos sobre robótica e cooperativismo a alunos do ensino fundamental e médio da rede pública.

    “A ideia de trabalhar com esse tipo de tecnologia foi dos próprios alunos, e a instituição a comprou”, diz o professor Agesandro Corrêa, um dos coordenadores do projeto. A iniciativa foi inspirada, em parte, pelo desastre ambiental de abril último, nos Estados Unidos, após a explosão de uma plataforma de petróleo em alto-mar. Depois de várias tentativas para conter o vazamento de óleo, o uso de robôs revelou-se como a melhor opção.

    No instituto paraense, os estudos ainda estão em desenvolvimento para permitir aos estudantes, que já contam com os equipamentos necessários, construir e manusear os robôs. Os pesquisadores preparam metodologia própria para ministrar o curso e mostrar como a tecnologia é capaz de abranger diversos aspectos.

    Aulas — Nas primeiras aulas, os alunos conhecerão os conceitos básicos da robótica e começarão a se familiarizar com o tema. Depois, terão contato com os equipamentos e passarão por um breve curso sobre o software usado para a programação dos robôs. Em seguida, obterão conhecimentos sobre lógica e tomada de decisões. Por fim, terão de desenvolver projetos, de forma orientada.

    “Teremos a oportunidade de encarar os problemas e resolvê-los”, afirma o estudante Roberto Kauê, aluno do curso de engenharia de controle e automação. “É uma forma de despertar o espírito empreendedor e o interesse pela robótica.”

    Assessoria de Imprensa do instituto federal do Pará

  • Equipe do Instituto Federal do Paraná no Desafio de Tecnologia e Inovação é composta por estudantes do sexo feminino (foto: Makfferismar Santos/Setec) Os visitantes da arena do Desafio de Tecnologia e Inovação dos Institutos Federais surpreendem-se com o número de mulheres que participam da competição, que vai até quarta-feira, 1° de junho, em Porto Velho, Rondônia. É cada vez maior o interesse delas pela área, antes território dominado pelos homens. A equipe do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR), por exemplo, é formada inteiramente por mulheres. Elas estão entre os quase 200 competidores do evento, organizado pelo Instituto Federal de Rondônia (IFRO), com o apoio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação.

    “As meninas, agora, se interessam por temas de alta tecnologia, como a robótica”, diz a estudante Maiara Silva, integrante da equipe Hakuna Matata, do campus de Curitiba do IFPR, com as amigas Júlia Christina e Eleonora Avello. O interesse pela robótica fez as jovens mudarem de curso. Até 2015, Maiara e Júlia eram alunas do curso técnico integrado em contabilidade. Eleonora fazia o de informática. Em 2016, para ficar mais próximas da área, as jovens fizeram a opção pela transferência. Hoje, são alunas do curso técnico integrado em mecânica.

    Dispostas a participar do Desafio, Maiara, Júlia e Eleonora chegaram a promover atividades de arrecadação de recursos para as despesas com passagens, hospedagem e alimentação. “Chegamos a um momento em que os recursos não eram suficientes para financiar a presença de nós três, mesmo tendo apoio do instituto”, diz Maiara. “Conversamos com uma professora de empreendedorismo, que nos sugeriu promover atividades. Assim, realizamos palestras cujo tema era a robótica.”

    De acordo com a estudante, quem ingressava na palestra adquiria um tíquete e concorria ao sorteio de brindes. A meta era arrecadar R$ 2,3 mil. “No fim de uma semana, arrecadamos R$ 2,7 mil”, destaca.

    Olimpíada — Maiara afirma ainda que o objetivo é usar o dinheiro excedente para financiar a participação de equipes do IFPR na disputa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), em outubro, em Recife. “Vamos continuar promovendo atividades para arrecadar recursos e destinar todo o montante para a equipe do IFPR que se classificar para a fase nacional da OBR, independentemente de ser ou não a nossa equipe.”

    Na primeira edição do Desafio de Tecnologia e Inovação, as integrantes da equipe Hakuna Matata vão competir na modalidade Seguidor de Linha, cuja missão é programar um robô para que ele siga um trajeto demarcado em um circuito com obstáculos.

    Financiamento — Orientador da equipe, o professor Marlon Oliveira destaca a importância do investimento para a formação e participação de equipes em competições de educação profissional e tecnológica. A equipe do IFPR, por exemplo, foi financiada com recursos da Chamada Setec–Cnpq N° 17/2014, que destinou R$ 40 milhões em recursos para projetos de pesquisa aplicada, inovação e extensão tecnológica. O financiamento à equipe possibilitou o investimento em compras de equipamentos e o custeio de bolsas, num total de R$ 45 mil.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

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  • No sertão da Paraíba, alunos do curso superior de automação industrial e do curso técnico em eletromecânica do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia campus Cajazeiras, desenvolvem pesquisas sobre automação robótica e inteligência artificial. De olho em competições nacionais e internacionais, eles se prepararam para um mercado promissor. Este é o tema do programa de hoje da série Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Criador do Grupo de Pesquisa em Controle, Automação e Robótica (GPCAR), o professor Raphaell Maciel é quem coordena esses trabalhos. A dinâmica consiste em construir uma cultura de aproximação com a robótica, aplicando o que há de mais avançado na ciência e buscando parcerias e reconhecimento internacional. É assim que a equipe, formada por alunos e professores dos dois cursos, vence obstáculos a partir da crença no potencial de cada um, sem distinções.

    Os dois grupos de estudantes desenvolvem juntos essas atividades há quatro anos. A troca de experiência enriquece os diferentes níveis de aprendizado e valoriza a descoberta do talento para cada área, bem como o aprimoramento nos anos finais da formação. Atualmente, a equipe desenvolve um minicarro autônomo. A máquina é equipada com um sistema que, após o treinamento por meio de câmeras, consegue desviar de obstáculos e, sozinha, tomar decisões sobre rotas e sentidos.

    “Esses alunos são estimulados a resolver problemas que às vezes não têm soluções a priori”, explica Raphaell. “Muitas vezes a gente planeja, programa, organiza e, quando chega a hora, alguma coisa dá errado e eles têm que desenvolver também um potencial de soluções de problemas não previstos”. O professor investe no estímulo à criatividade para enfrentar desafios.

    Reconhedimento – A metodologia utilizada revela uma determinação de colocar os estudantes no patamar mundial na pesquisa e desenvolvimento da robótica. Ao garimpar novas técnicas, a equipe otimiza as perspectivas para atuar nessa área. “Para isso é preciso ter mão de obra qualificada”, lembra Raphaell, que avalia como ”tímida” a maneira como a robótica ainda caminha no Brasil. “Mas a gente, apesar de estar no interior da Paraíba, está investindo nisso e fazendo o possível para ter contato com essas tecnologias”, destaca.

    A pesquisa com o veículo autônomo conta com reconhecimento internacional. Recentemente, uma marca líder em computação de inteligência artificial e gigante no comércio de placas de processamento de vídeo para computadores doou dois dispositivos de última geração para o processamento de informações do protótipo e o treinamento das chamadas redes neurais nos estudos da inteligência artificial. O equipamento, que compõe a Unidade de Processamento Gráfico (GPU), tem apresentado resultados surpreendentes.

     “Para fazer o treinamento das redes neurais, você precisa ter um poder de computação razoável”, explica o professor. “A GPU acelera esse processo de treinamento. Em vez de esperar um dia rodando a simulação no computador, a gente espera uma hora na GPU. Aí, acaba acelerando o processo de desenvolvimento”.

    O GPCAR também participa de eventos no Brasil e no exterior. Em 2015, a equipe ficou em segundo lugar na Mercury Robotic Challenge, evento da Universidade de Oklahoma (Estados Unidos) que tem por objetivo desafiar os competidores a construir um robô e fazê-lo cumprir tarefas. Foi uma boa oportunidade de estar entre pesquisadores das maiores instituições de ensino do mundo.  Atualmente, a equipe está se preparando para a Olimpíada Brasileira de Robótica, que acontece de 6 a 9 de novembro, em João Pessoa. O grupo tem tudo para se destacar.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O projeto Meninas na Computação da UnB incentiva projetos de programação em escolas do ensino médio e mostra que a escolha da profissão independe de gênero (foto: Fátima Schenini)O século 21 inaugurou uma mudança no mundo das brincadeiras e do desenvolvimento da criatividade. Meninos e meninas descobriram possibilidades de diversão e de criação acessíveis em telefones celulares, tablets e computadores. Porém, na fase adulta, o mundo virtual e a curiosidade em explorar uma série de recursos tecnológicos parecem menos atrativos para as meninas. Por consequência, no momento de decidir a carreira profissional, elas pouco se interessam pelos cursos relacionados à área da computação.

    Essa constatação levou três professores do Departamento da Ciência da Computação da Universidade de Brasília (UnB) a criar um projeto, em parceria com escolas públicas do Distrito Federal, destinado a atrair as mulheres para esse campo de conhecimento. Desde 2010, o projeto Meninas na Computação (meninas.comp) incentiva projetos de programação e desenvolvimento de softwares em escolas do ensino médio e mostra que a escolha da profissão independe de gênero. Professores e alunas do projeto apresentaram a questão ao público na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada em Brasília, de 19 a 25 de outubro último.

    “Nosso objetivo é ampliar o número de mulheres na graduação”, explica a professora Maristela Terto de Holanda, uma das coordenadoras do projeto da UnB. Por isso, o slogan reforça a ideia de que “computação também é coisa de meninas”. Estudo de 2014, da UnB, orientado pelo professor Jan Mendonça Correa, apontou, com base em dados do Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe), que apenas 10% do total de alunos que ingressaram nos cursos de ciência da computação, licenciatura em computação e engenharia da computação são do gênero feminino.

    Desigualdade — Essa desigualdade de gêneros é verificada na prática pela professora Aletéia Patrícia Favacho de Araújo, também coordenadora do projeto. “Na minha turma deste segundo semestre, dos 55 alunos, há apenas uma mulher”, diz. Ela acredita em influência cultural para a representatividade menor de mulheres no campo da computação, realidade do Brasil e de outros países. Por isso, projetos como o da UnB também são desenvolvidos por universidades brasileiras e estrangeiras e contam com o incentivo das grandes empresas de informática, interessadas em profissionais mulheres na criação de softwares para o público feminino.

    As professoras explicam que não há motivo para essa diferença de gênero, uma vez que as mulheres podem ser tão boas quanto os homens no campo da computação. No período pós-Segunda Guerra Mundial, elas já ocupavam posições de destaque na indústria computacional. Entre as mulheres de sucesso nessa área, são exemplos Ada Lovelace, considerada a primeira programadora da história, reconhecida por ter escrito o primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina, e Grace Hopper, conhecida como a Mãe do Cobol [Common Business Oriented Language], a primeira programadora da Harvard Mark I — primeira e maior calculadora digital automática de larga escala, desenvolvida nos Estados Unidos. Ou seja, de uma linguagem de programação para o processamento de banco de dados comerciais.

    Robôs — O projeto Meninas na Computação apoia atualmente oficinas de programação, criação de softwares e robótica no Centro de Ensino Médio Paulo Freire, em Brasília. O professor de matemática Carlos Alberto Jesus de Oliveira é o responsável pelas atividades do projeto na escola, com aulas duas vezes por semana, em turno e contraturno. Sete alunas participam. “São as melhores alunas de matemática”, afirma. “Nosso objetivo é trabalhar a linguagem de programação, que engloba raciocínio lógico, e estruturação de dados.” De acordo com o professor, as alunas devem criar um software capaz de controlar os movimentos de um robô.

    Um dos trabalhos desenvolvido pelas estudantes é a Casa Inteligente, que usa sensores para controle de luz e emissão de gás. Sem movimento de pessoas nos cômodos da casa, as luzes são automaticamente desligadas. Em caso de vazamento de gás, o sistema também é desligado, e o dono da residência, avisado por mensagem. Todo esse sistema é alimentado por uma placa solar construída com lâmpadas de led, que consomem menos energia. Tudo feito pelas alunas. “Com esse projeto de automação residencial é possível reduzir o gasto com energia elétrica e aumentar a segurança”, diz Carlos Alberto.

    Os materiais usados pelas alunas são comprados com recursos obtidos pelo projeto da UnB. As estudantes também são convidadas a visitar os laboratórios de computação, de bioinformática e de engenharia da universidade.

    Desafio — Ana Júlia Luziano Briceño, 15 anos, aluna do primeiro ano do ensino médio, pensava em cursar ciência política, mas depois de participar do projeto está decidida a disputar vaga em mecatrônica. “Comecei a mexer com os robôs e agora quero continuar”, diz. “É um campo bastante desafiador, que exige esforço e várias tentativas para dar certo.”

    Annelise Schulz dos Santos, 20 anos, decidiu pela área da ciência da computação depois de conhecer o projeto e participar de oficina durante a Semana Universitária na UnB, em 2013. A paixão pela computação vem desde que ela era pequena, mas o interesse pendia mais para os recursos do que pelas brincadeiras. “Eu gostava de escrever livros usando programas como o PowerPoint”, revela. “Organizava minha agenda no Excel, fazia amigos em chats on-line, assistia a vídeos de receita, fazia atividades em websites dos meus programas de TV preferidos, várias coisas além de só entretenimento.”

    No momento, a estudante é bolsista do programa Ciência sem Fronteiras na City University of New York. Ela está otimista em relação às perspectivas de trabalho. “Não só há espaço, como há necessidade; precisamos de mentes criativas e inteligentes, que não são privilégios só masculinos”, comenta. Segundo Annelise, muitas meninas não sabem o que um cientista da computação faz. “E desconhecem o grande leque de oportunidades que essa profissão oferece”, afirma. “Então, pela falta de conhecimento e pela intimidante quantidade de homens, acabam seguindo carreiras mais conhecidas e misturadas.”

    Rovênia Amorim

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Projetos resultantes de pesquisas desenvolvidas por professores e alunos bolsistas das instituições da Rede Federal serão expostos no estande do MEC (foto: leandronegro.com.br)Projetos de inovação e aprimoramento tecnológico desenvolvidos em instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica de todo o país estarão em exposição no estande do Ministério da Educação na 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entre 3 e 9 de julho próximo, na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Porto Seguro, Bahia. Além dos projetos, o estande do MEC será palco de torneio de robótica.

    Os projetos resultam de pesquisas desenvolvidas por professores e alunos bolsistas das instituições. Todos os trabalhos foram financiados com recursos públicos, de acordo com as chamadas públicas nº 94/2013 e nº 17/2014, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No total, R$ 60 milhões foram destinados às chamadas para o apoio a projetos cooperativos de pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e da inovação no país.

    O torneio de robótica será disputado na modalidade Robotino, com a participação de equipes dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia da Paraíba (IFPB), do Rio de Janeiro (IFRJ), do Rio Grande do Norte (IFRN), de Rondônia (IFRO) e de Tocantins (IFTO). Robotino é um robô didático, projetado para o aprendizado prático em ambientes industriais automatizados a partir de uma tecnologia de movimento omnidirecional e com um corpo em forma de disco, com sensores no perímetro. Todos os comandos são elaborados e programados pelos usuários.

    Preparação — A competição servirá como fase preparatória das equipes dos institutos federais para a seletiva nacional da WorldSkills Competition 2017, na área de robótica móvel, em agosto, em Vila Velha, Espírito Santo.

    Mais informações, inscrições e programação estão disponíveis na página da 68ª Reunião da SBPC  na internet.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

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    Equipes para WorldSkills 2017 são definidas em competição

  • O cubo mágico, ou cubo de Rubyk, quebra-cabeças tridimensional criado pelo professor húngaro Erno Rubyk em 1974, é um desafio enorme para quem tenta resolvê-lo. O número de combinações possíveis é inimaginável – chega a mais de 43 quintilhões. Mas agora um robô criado por três alunas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) tem conseguido realizar a façanha em todos os testes.

    O robô está entre os 198 projetos que brigam pelo título da 11ª etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), marcada para os dias 19 e 20 de agosto, em Natal. As duas melhores equipes de escolas públicas e privadas, uma de ensino médio e outra de ensino fundamental, representarão o estado potiguar na etapa nacional, em novembro, em Curitiba.

    Caçula da turma, a aluna de ciência e tecnologia da IFRN, Samara Revoredo da Silva, de 19 anos, é a líder da equipe feminina, que conta ainda com Helora Dana Cruz Monteiro, 23, e Camila Jordana Ribeiro Teixeira, 25. Samara conta que as três levaram praticamente um ano para desenvolver o robô e estão otimistas quanto a participação na OBR.

    O robô do IFRN concorre com outros 198 projetos pelo título da etapa estadual da olimpíada (Foto: Plácido Neto/IFRN)

    “Nosso primeiro protótipo era feito com palitos de picolé e tivemos muito trabalho para chegar ao formato que temos hoje”, explica Samara. “Estamos satisfeitas com o resultado e acredito que temos boas chances na competição. O robô tem acertado o cubo mágico em todos os testes”, disse a estudante que, por conta do interesse em robótica, agora quer estudar engenharia mecatrônica.

    Coordenadora da etapa estadual no RN e integrante da comissão da OBR na etapa nacional, a professora Sarah Sá lembra que as equipes do nível médio competirão no dia 19 e as do fundamental, no dia 20. “Temos as modalidades prática e teórica. A olimpíada foi fundamentada para divulgação da ciência da robótica. É uma competição em que os alunos têm que construir e programar um robô para realizar um determinado desafio”, conta a professora da IFRN. “Além dos competidores, a OBR busca difundir a robótica para a sociedade em geral e atrair crianças, adolescentes e adultos para esse universo”, finaliza Sarah.

    Além da etapa estadual da OBR, o IFRN promoverá, nas mesmas datas, a 1ª Competição de Robótica para nível superior do estado e a 1ª Mostra Nacional de Robótica – regional RN –, que terá 21 projetos de alunos da educação infantil ao ensino superior das mais diversas áreas: desde cordéis com a temática da robótica à projetos na área de automação residencial.

    História – As olimpíadas científicas tiveram seu início no Brasil em 1978. Desde 2002, no entanto, o poder público passou a apoiar oficialmente essas iniciativas através de edital público. Trata-se de uma iniciativa apoiada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Educação, em parceria com a Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Nos últimos anos, diversas olimpíadas são apoiadas pelo CNPq, dentre elas as Olimpíadas Científicas de Física, Robótica, História e Astronomia.

    Assessoria de Comunicação Social

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