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  • Está aberto até o dia 3 de outubro o prazo para submissão de projetos de feiras, mostras e olimpíadas científicas nos âmbitos municipal, estadual ou nacional a serem realizadas no próximo ano. As duas chamadas públicas foram propostas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o Ministério da Educação, e irão destinar um total de R$ 7 milhões para execução dos trabalhos aprovados.

    A chamada para feiras de ciências e mostras científicas é voltada a propostas com objetivo de popularizar a ciência e a melhoria do ensino nos níveis fundamental e médio, estimular pesquisas e possibilitar a identificação de jovens talentos da área. Podem participar instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICT) e instituições públicas municipais, estaduais ou federais de educação ciência e tecnologia, bem como entidades administrativas responsáveis pela execução de políticas públicas, como secretarias municipais, estaduais ou distrital.

    Já o edital para olimpíadas científicas tem o intuito de apoiar projetos que visem contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico e de inovação no país, utilizando o conhecimento científico como mecanismo de transformação social. São objetos dessa chamada olimpíadas no âmbito nacional e internacional, a serem realizadas no Brasil.

    O resultado preliminar de ambas as chamadas será divulgado no dia 3 de novembro e a contratação das propostas está prevista para o dia 8 de dezembro.

    Acesse as chamadas nº 25/2017, para feiras de ciências e mostras científicas, e nº 15/2017, para olimpíadas científicas.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Os ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) assinaram acordo de cooperação técnica com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Será uma organização social (OS) voltada ao fomento da cooperação entre empresas nacionais e instituições tecnológicas ou instituições privadas sem fins lucrativos voltadas a pesquisa e desenvolvimento.

    Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o desenvolvimento deve ser fundado em investimentos pesados em educação, ciência, tecnologia e inovação. “A Embrapii será uma instituição enxuta e ágil, que terá o papel de certificar instituições e laboratórios focados na inovação que estejam voltados para atender a demanda da indústria”, afirmou.

    Para o ministro, é necessário mudar a forma como governo e empresas privadas investem em inovação. “O Estado investe muito acima da média, o setor privado brasileiro não investe em inovação”, concluiu.

    O acordo foi assinado na manhã desta quinta-feira, 14, em cerimônia no Palácio do Planalto, quando também foi lançado o Plano Inova Empresa, que investirá R$ 32,9 bilhões em pesquisa e inovação até 2014. O anúncio do novo plano se deu durante a reunião da presidenta Dilma Rousseff com o Comitê de Líderes Empresariais, que contou com a presença dos ministros da Educação, Aloizio Mercadante, da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

    Ao encerrar o evento, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que a inovação é uma questão de importância para o desenvolvimento do país. “Inovar, para o Brasil, é uma questão de estar à altura do seu potencial”, disse.

    A presidenta também destacou o papel da educação para a pesquisa e inovação. “Não vamos fazer uma nação desenvolvida sem educação de qualidade”, disse, ao defender novamente que todos os recursos dos royalties do petróleo sejam investidos em educação.

    Diego Rocha

    Ouça discurso do ministro Aloizio Mercadante
  • Uma equipe de seis estudantes e uma professora do campus de Goiânia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) recebeu o prêmio de melhor apresentação em competição de inovação, o I2P Latin America (Idea to Product Latin America), em São Paulo, na última semana. A equipe desenvolveu um processador de resíduos orgânicos domésticos (Prod), que tritura, compacta e drena líquidos residuais. A competição é realizada pela Fundação Getúlio Vargas.

    O objetivo da máquina é reduzir o lixo orgânico doméstico, a partir da compactação e diminuição do volume. “Sabemos que 60% do lixo doméstico é composto de resíduos orgânicos, inadequados para o aterro sanitário”, salientou a professora Sandra Regina Longhin. “Com o equipamento, o que resta dos resíduos vai diretamente para a compostagem.”

    Os benefícios, segundo Sandra, professora de química, atingem também o transporte do material inaproveitável, que passa a ter custo mais baixo pela redução do volume do lixo dispensado.

    A equipe vencedora é formada pelos estudantes Nadine de Paula Santos e Bruno Alves Rocha, do curso técnico em controle ambiental; Rafael Sforni Mota, engenharia mecânica; Victor Carrijo Guimarães, técnico em mineração; Augusto Sérgio Patrocínio, técnico em edificações, e Wesley Rosa de Mesquita, engenharia ambiental. Eles competiram entre as seis melhores equipes da América Latina, na categoria Ciências da Vida, e admitem que não esperavam repercussão tão positiva do projeto, desenvolvido desde o início do ano. “Não pensávamos que ficaria tão sério e, num espaço de tempo tão curto, que tomaria essa proporção”, disse Nadine. “Ainda mais sabendo que competimos com projetos de mestrado e doutorado.”

    O projeto será aplicado também em turmas do curso técnico em alimentação do campus de Goiânia, para ser testado e se tornar conhecido por maior número de pessoas. De acordo com a professora Sandra Regina, o grupo pretende desenvolver planos de gestão de resíduos para residências em condomínios horizontais e verticais da cidade. “A ideia é criar protótipos para fazer testes em espaços”, afirmou.

    O Instituto Federal de Goiás teve outra equipe participante do I2P Latin America, a do campus de Inhumas, que desenvolveu o projeto de chocolates naturais à base de hortaliças com baixos teores calóricos. “Os estudantes elaboraram trufas com hortaliças e chocolate para um público infantil, de modo a associar diversão, nutrição e reeducação alimentar, criando assim uma ideia inovadora: brincando de ser saudável”, explicou a professora Elisângela Cardoso de Lima Borges, tutora do grupo, composto pelos estudantes Gustavo Henrique Amaral Monteiro Rocha, Ana Caroline Teixeira Santos, Beatriz Alves Carvalhais, Gabriel Gonçalves Ribeiro, Gleyciene Oliveira Silva e Higor Luiz Oliveira Ribeiro.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do IFG

  • Estudantes do Ifal utilizaram componentes orgânicos derivados de produtos como amido e batata para criar um plástico de rápida decomposição (Foto: Arquivo Ifal)Amido de milho, batata-inglesa, ácidos derivados de limão e laranja, farinha de trigo, vinagre e açúcar. Um grupo de estudantes de química e biologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (Ifal) adota esses compostos, mais usados em culinária, como matérias-primas de um bioplástico inovador.

    Destinado a reforçar os conceitos de desenvolvimento sustentável e mudar o futuro da indústria de plásticos e derivados, o material, idealizado em 2013 pelos alunos do campus de Maceió, foi desenvolvido como alternativa ecológica — e mais conveniente —, aos plásticos convencionais.

    O termoplástico é normalmente encontrado no mercado, usado em embalagens, garrafas, CDs, brinquedos, peças e outros materiais. Mas o equivalente desenvolvido pelos estudantes do Ifal é mais resistente, durável e capaz de se decompor na natureza em um período de dois a três anos. Devido à simplicidade da matéria-prima, decompõe-se rapidamente na natureza, em comparação com o convencional, que chega a passar dos 100 anos para degradação.

    “O objetivo da pesquisa era criar um plástico que tivesse resistência e usabilidade, baixo custo em sua fabricação e que se decompusesse em no mínimo 45 dias”, diz a estudante Hyngrid Assíria, aluna do quinto período do curso superior de biologia. “São usados componentes orgânicos derivados de produtos simples e de baixo custo, como amido, batata e açúcar.”

    Inspiração — A pesquisa inicial dos estudantes foi impulsionada por um experimento desenvolvido anteriormente no Peru: químicos usaram cana, batata, água e glicerina para obter o plástico. Embora considerado orgânico e sustentável, o produto era quebradiço, frágil e sem resistência, o que tornou inviável o uso industrial. “Procuramos aperfeiçoar o experimento, reunindo resistência, espessura e textura em um plástico biodegradável e que pudesse ser usado pelas indústrias e rapidamente voltar à natureza”, afirma Laís Vanessa, aluna do quarto ano do curso técnico de química.

    A invenção dos jovens aguarda o registro de patente, encaminhado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação do Ifal. Segundo a orientadora do projeto, Vânia Nascimento, o instituto tem competência para registrar a patente após certificar-se de que a pesquisa é inédita.

    O projeto também ganhou repercussão nacional, no Congresso Norte e Nordeste de Pesquisa e Inovação (Connepi) de 2015, e foi indicado para participar da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace), a ser realizada de 14 a 18 de março próximo, na Universidade de São Paulo (USP). A Febrace reúne anualmente as melhores inovações na área de ciências, química, tecnologia e engenharia da América Latina. É considerada como evento referência para instituições de pesquisa e inovação.

    Assessoria de Comunicação do Instituto Federal de Alagoas - Campus Maceió

     



  • A Rede Federal de Educação Profissional passa a contar com quatro novos polos de inovação em institutos federais. O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, nesta quarta-feira, 6. Esses polos são voltados ao desenvolvimento de pesquisas avançadas que atendem demandas reais do setor produtivo, construindo uma ponte entre a academia e o mercado. “Este é um marco que estamos estabelecendo no que diz respeito à questão da inovação e apoio à inovação de forma articulada”, disse Mendonça.

    O ministro ressaltou, ainda, o papel dos institutos federais no que diz respeito à aproximação entre os setores educacional e produtivo: “Durante muito tempo, a gente caminhou de forma dissociada entre as áreas de inovação, educação e, sobretudo, produção. Havia um verdadeiro preconceito em relação à atividade produtiva e o setor industrial. Nesse aspecto, os institutos federais contribuíram de forma decisiva para aproximar a área educacional de formação técnica e profissional do setor produtivo”.

    Os polos de inovação estão vinculados à Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), organização social que credencia unidades de pesquisa e desenvolvimento em todo Brasil. Além do MEC, financiam tais ações o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), cujo titular, Gilberto Kassab, também esteve presente ao evento desta quarta. “Não há país que consiga graus de crescimento sem investir em pesquisa, ciência e tecnologia”, destacou. “São instituições de relevância que irão contribuir para que a gente possa avançar no desenvolvimento nacional. “

    Com a implantação destes centros, a Rede Federal de Ensino praticamente dobra o número de laboratórios de pesquisa focados no setor produtivo dentro dos moldes da Embrapii, passando de cinco para nove polos de inovação. As novas unidades vão funcionar junto aos seguintes institutos: IFSC (campus Florianópolis), com foco em sistemas inteligentes de energia; IFPB (campus João Pessoa), sistemas para manufatura; IF Sul de Minas (campus Machado), agroindústria do café; e o IF Goiano (campus Rio Verde), que tem como áreas de competência as tecnologias agroindustriais.

    Ao lado de Mendonça Filho, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, lembrou: “Não há país que consiga graus de crescimento sem investir em pesquisa, ciência e tecnologia” (Foto: Mariana Leal/MEC)

    “A partir de agora, os polos que começam a ter recursos da Embrapii vão atrás dos clientes, que são empresas com problemas de tecnologia e que precisam aperfeiçoar processos produtivo para serem mais competitivas ou que precisam de produtos novos para atenderem ao mercado”, explicou o presidente do Conselho de Administração da Embrapii, Pedro Wongtschowski. De acordo com ele, todas as unidades entram em operação este mês e a expectativa é de que, no início do próximo ano, estejam aprovados os primeiros projetos.

    Atuação – O foco de cada polo de inovação foi determinado pelo potencial econômico da região, pela capacidade de gestão da inovação nos institutos. Os polos destacam locais de grande adensamento tecnológico e demandas relevantes de desenvolvimento, inclusive para a agroindústria. Já a seleção dos institutos federais para credenciamento como polos se deu pela chamada pública Embrapii 01/2017. Entre as 14 cartas de interesse e 12 propostas de credenciamento recebidas, nove foram submetidas à análise especializada e cinco visitadas durante o processo.

    Reitor do IFPB, Cícero Nícácio Lopes comentou que a instalação do polo de desenvolvimento na Paraíba será um divisor de águas para o instituto. “Vamos implementar políticas públicas focadas em pesquisa, desenvolvimento e inovação”, declarou. “É preciso estabelecer uma interface com o mundo produtivo e isso é um indutor do desenvolvimento”.

    A secretária de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, Eline Nascimento, destacou a importância da ampliação dos polos de inovação: “Eles têm papel estratégico para as ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação dos institutos federais. O objetivo da Setec nessa ação é fomentar a cultura de inovação nas unidades da Rede Federal”.

    Já o coordenador-geral de planejamento, orçamento e gestão da Rede Federal do MEC, Paulo Leão, reforçou a diferença entre os polos de inovação e o ensino tradicional. “Os polos não são locais para aula, mas laboratórios onde pesquisadores doutores e alunos irão resolver problemas de setores produtivos como o industrial e o empresarial”, explicou. “Com isso, o custo fica mais baixo, a produção mais rápida e mais gente passa a ter acesso aos benefícios. ”

    Senai – Ainda durante o evento, foram divulgados cinco novos institutos Senai de Inovação, conforme a chamada pública 02/2017. Estes funcionam nos mesmos moldes dos polos de inovação dos institutos federais, e estarão, igualmente, em instituições vinculadas à Embrapii, sendo, porém, vinculados ao MCTIC. No caso desses polos, os temas de pesquisa serão centrados materiais metálicos, biomassa, mineração, manufatura e sistemas ciberfísicos.

    As unidades da Embrapii são constituídas a partir de competências tecnológicas específicas de instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas sem fins lucrativos, com experiência comprovada no desenvolvimento de projetos de inovação em parceria com empresas do setor industrial. A expectativa é que as empresas sejam atraídas pela forte base de conhecimento existente nestas instituições de ensino, bem como por sua capacidade de apresentar soluções tecnológicas, potencializadas pelo mecanismo de compartilhamento de custos e riscos oferecido pela Embrapii para gerar inovação industrial no país.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Santa Catarina (IFSC), campus de Criciúma, criaram um aparelho inteligente, que promove economia de energia gasta com ar-condicionado. O sistema mede a temperatura e o histórico da sala antes de ligar o equipamento. Também permite desligar via internet outros aparelhos.

    Os alunos do curso de mecatrônica pesquisaram e trabalharam durante dois anos no projeto. O aparelho calcula a temperatura ideal para cada ambiente. Além disso, pode ser programado para que o ar-condicionado seja ligado minutos antes de uma sala ser usada.

    “Às vezes, os usuários querem o conforto rápido do ar-condicionado e o colocam, por exemplo, em 16 ou 17 graus centígrados, quando o aparelho nunca chega a tanto”, explica o professor Adilson Jair Cardoso. “Na verdade, isso acaba gerando excesso de consumo.”

    Outro diferencial é o formato. Não é necessário desmontar o aparelho para fazer a instalação. “O nosso sistema foi feito justamente para ser um adicional no aparelho de ar-condicionado; não tem nenhum contato físico com o aparelho”, afirma o aluno Felipe Bez Fontana. “Tem um sistema que é plugado externamente ao aparelho e funciona como um adicional, sem perder a garantia.”

    Economia – O protótipo foi instalado em dez aparelhos do instituto, em Criciúma, e ainda passa por testes. A expectativa é de que a conta de energia diminua em até 10%. No campus, a economia pode chegar a R$ 2 mil por mês, no verão.

    O aparelho também pode ser desligado à noite ou em fins de semana. “Às vezes, o usuário esquece, quando sai rapidamente para resolver algum problema pessoal”, diz o professor. “O controlador desse processo pode ir à internet, verificar se o aparelho está em funcionamento e desligá-lo.”

    Como o sistema foi criado em uma instituição federal, a tecnologia está disponível gratuitamente para quem tiver interesse. “Se tiver um empreendedor, alguém que queira desenvolver a ideia, podemos fornecer essa solução e ajudar no possível desenvolvimento futuro dessa mesma ideia”, diz o professor.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

  • Há 12 anos, a prefeitura de Barra Mansa adotou o projeto de música nas escolas, que hoje atende 22 mil estudantes em 72 unidades de ensino (foto: bandabm.blogspot.com)O município de Barra Mansa (RJ) é hoje conhecido no cenário musical brasileiro por ter uma das mais conceituadas orquestras sinfônicas do país. Além disso, grupos, bandas e corais da cidade participam de diversas apresentações e campeonatos, tanto nacionais quanto internacionais, e ganham prêmios com frequência. Isso porque, há 12 anos, a prefeitura decidiu investir em um projeto de música nas escolas, que atualmente atende a 22 mil estudantes em 72 unidades de ensino municipais e cinco estaduais.

    O projeto foi concebido por Vantoil de Souza Júnior, maestro da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa. Em 2003, o regente percebeu que educação e cultura eram dissociadas na cidade. Decidiu então ajudar a mudar esse quadro. Com a experiência de ter atuado como controlador municipal, ele analisou o orçamento da educação e propôs uma melhor utilização dos recursos, de modo a destinar uma parte ao programa de formação musical nas escolas.

    Vantoil lembra que os recursos iniciais do projeto, naquele ano, foram de R$ 70 mil, para compra de equipamentos e capacitação de professores em duas escolas, com 300 alunos. Hoje, o orçamento do programa está em R$ 7 milhões, incluídos patrocínio e parceria de diversas empresas, órgãos e entidades. O atendimento é de 100% da rede municipal, que abrange educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos. A maior parte das escolas (87%) está localizada na periferia da cidade. Localizada no Sul Fluminense, Barra Mansa tem 177,8 mil habitantes, de acordo com o Censo de 2010 do IBGE.

    Carreira — As crianças e jovens atendidos pelo projeto acabam seguindo carreira na música após completar a educação básica. Vários deles, segundo Vantoil, fazem graduação e pós-graduação na área. Outros tornam-se profissionais dos grupos da cidade e de fora. “Sei que não vou ter 22 mil músicos, mas certamente terei 22 mil pessoas educadas, atentas, concentradas e disciplinadas, em boa parte por causa da música”, afirma.

    O regente considera a experiência bem-sucedida, em especial por ter reduzido a ociosidade dos estudantes de baixa renda. “Conseguimos diminuir a delinquência infanto-juvenil, melhorar o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) das nossas escolas, dar visibilidade ao município no cenário musical, aumentar o turismo e gerar renda”, afirma.

    O caso de Barra Mansa será apresentado no 1º Congresso Internacional de Gestão da Inovação no Setor Público (Cigisp), de 15 a 17 de abril, em Brasília. O evento tem por objetivo compartilhar experiências práticas de sucesso relacionadas à educação e à administração pública. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas na páginado Cigisp na internet.

    Letícia Tancredi

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    Evento internacional vai expor práticas inovadoras de sucesso

  • 19/03/2009 -Promovido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o 13º Concurso Inovação na Gestão Pública Federal divulgará a classificação dos vencedores no dia 15 de abril, no auditório do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Executado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o programa Caminho da Escola está entre os dez premiados do concurso, que seleciona iniciativas inovadoras que promoveram melhorias na administração governamental. O Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (Simec) também integra o grupo dos agraciados


    Criado em 2007, o Caminho da Escola tem por objetivo renovar a frota de veículos escolares em todo o país, garantir segurança e qualidade ao transporte dos estudantes e contribuir para a redução da evasão escolar. Também visa à padronização desses veículos, a redução dos preços e o aumento da transparência nessas aquisições.


    O programa consiste na aquisição, por meio de pregão eletrônico para registro de preços realizado pelo FNDE, de veículos padronizados para o transporte escolar. Existem três formas para estados e municípios participarem do Caminho da Escola: com recursos próprios, bastando aderir ao pregão; via convênio firmado com o FNDE; ou por meio de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que disponibiliza linha de crédito especial para a aquisição de ônibus zero quilômetro e de embarcações novas.


    Desde seu lançamento, 1.300 municípios aderiram ao programa e efetuaram a compra de 2.487 ônibus escolares – 1.150 veículos via financiamento do BNDES; 740 por meio de convênios com o FNDE; e 597 com recursos próprios. A estimativa é de que 200 mil alunos serão beneficiados diretamente quando todos os veículos forem entregues pelas montadoras.


    Concurso – Realizado desde 1996, o Concurso Inovação na Gestão Pública Federal já premiou 281 experiências entre as 1.030 inscritas em 12 edições. O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e o Sistema de Controle de Remanejamento e Reserva Técnica (Siscort) estão entre as práticas de gestão do FNDE que foram premiadas em anos anteriores.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE


  • Dois brasileiros estão entre os quatro ganhadores das categorias estudante e professor do concurso
    Educação Profissional e Tecnológica na Comunidade de Países de Língua Portuguesa, promovido pela Secretaria deEducação Profissional e Tecnológica do MEC, em parceria com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif). A premiação ocorrerá na noite desta segunda-feira, 10, durante a abertura oficial da 42ª Reunião Anual dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec 2018), em Búzios (RJ).

    Esta é a primeira edição do concurso, que traz como tema Ideias Inovadoras em Educação e Trabalho. No total, quatro projetos serão premiados. Os brasileiros vitoriosos são Vitor Emanuel Gonçalves, aluno do Campus Macaé do Instituto Federal Fluminense (IFFluminense), com o projeto Protótipo para Monitoramento de Temperatura e Umidade em Atividades Agrícolas de Pequeno e Médio Porte; e Neil Sérgio Queiroz dos Santos, da Escola Técnica da Marinha (ETAM), com o projeto Do Ensino Básico à Educação Profissional: Tensões e Perspectivas.

    Os outros dois vencedores das categorias são Luquénio Morais João Pederneiro, do Instituto de Telecomunicações (Itel) de Luanda, Angola, com o projeto Ar-Condicionado de Baixo Custo; e António Henrique Ramos Tavares Silva, da Escola Técnica da Praia – Escola Secundária Polivalente Cesaltina Ramos de Achada de Santo António, de Cabo Verde, com o projeto Análise do Ensino Técnico e Profissional na CPLP: Caso de Estudo Cabo Verde.

    Além de troféus e certificados, os vencedores também participarão de visitas técnicas às instituições da Rede Federal no Rio de Janeiro. A programação contemplará todas as instituições sediadas no Rio de Janeiro, onde os vencedores apresentarão os trabalhos premiados. Estão no roteiro o Instituto Federal Fluminense (IFFluminense), no dia 11; o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ), no dia 12; o Colégio Pedro II, no dia 13, e, no dia 14, o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ).

    CPLP – A Comunidade de Países de Língua Portuguesa foi criada em 1996, reunindo Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Anos mais tarde, Timor-Leste e Guiné Equatorial tornaram-se membros da Comunidade, um foro multilateral que privilegia o aprofundamento da amizade mútua e da cooperação entre os membros nas áreas: educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, administração pública, justiça, segurança pública, cultura, desporto e comunicação social.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Servidores públicos federais que aplicam práticas inovadoras em gestão podem inscrever ações e projetos, com mais de um ano de implementação, na 18ª edição do concurso Inovação na Gestão Pública Federal. As inscrições, on-line, vão até 2 de agosto.

    O prêmio é um incentivo a iniciativas de organizações do governo federal que contribuam para a melhoria dos serviços públicos, para disseminar soluções que inspirem ou sirvam de referência a outras iniciativas, além de colaborar para o avanço da capacidade de governo, e para valorizar servidores públicos que atuem de forma criativa e proativa pelo interesse público.

    Serão premiadas dez iniciativas, que receberão uma assinatura de um ano da Revista do Serviço Público (RSP); uma seleção de publicações da Escola Nacional de Administração Pública (Enap); certificados para os integrantes das equipes vencedoras; um livro publicado pela Enap com o relato das iniciativas e o Selo Inovação. Terão ainda a divulgação do trabalho no Banco de Soluções.

    O concurso, promovido pela Enap, em parceria com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, tem o apoio do Ministério das Relações Exteriores, das embaixadas da França e da Noruega e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC). Ao longo de 17 anos, das 1.611 inscrições recebidas, o Ministério da Educação apresentou 272 iniciativas. Das 331 experiências premiadas, 61 foram desenvolvidas por servidores do MEC ou de entidades vinculadas.

    Mais informações, inscrições e regulamento do concurso são encontrados na página da Enap na internet.

    Diego Rocha
  • Indígenas Huni-quin, da aldeia Pinoia, de Tarauacá (AC) fazem apresentação na abertura do congresso (Foto: Keyla Gama/Ifac)Rio Branco -As metas do Plano Nacional de Educação (PNE) e a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, na última década, foram temas de destaque durante a cerimônia de abertura do 10º Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação (Connepi), na noite desta segunda-feira, 30, em Rio Branco, no Acre.
    A solenidade contou com a presença da reitora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac), Rosana Cavalcante dos Santos, do governador do Acre, Sebastião Viana, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  

    Rosana Cavalcante destacou a importância da agenda de governo, que, a partir de 2003, promoveu a valorização do ensino com a criação dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia no ano de 2008. “A expansão foi o que possibilitou ao estado do Acre a implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre. Além de formar profissionais, temos a missão de promover o diálogo das atividades de ensino e pesquisa com o setor produtivo. É um projeto estruturante para o Brasil”.

    Para Marcelo Feres, secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, a capilaridade dos institutos federais, presentes em quase 80% das microrregiões brasileiras, possibilitou a inserção de jovens e trabalhadores em um universo que antes era restrito. “Essa ação possibilitou ao jovem mudar a capacidade de sonhar. Hoje, muitos estudantes têm acesso à formação em nível técnico ou superior em sua localidade.” Para Feres, o Connepi é uma rica oportunidade para a integração e o intercâmbio de ideais entre professores, pesquisadores e estudantes.

    Para o ex-presidente Lula, a educação é o vetor capaz de promover o “salto de qualidade” brasileiro. “Nossas pesquisas devem focar na resolução de problemas que reflitam na melhoria de qualidade de vida das pessoas, no aumento da produtividade e da competitividade do país. Esse é o caminho para o desenvolvimento”, disse.

    O ex-presidente destaca que iniciativas como a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) possibilitaram a ampliação das vagas gratuitas em cursos técnicos de nível médio e superior, promovendo desenvolvimento social e econômico.

    Connepi -Iniciado em 2006, o Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação (Connepi) é um evento voltado à divulgação, promoção e fortalecimento das atividades de pesquisa, inovação, desenvolvimento e extensão tecnológica, realizado no âmbito das instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. O evento é uma iniciativa das instituições que integram a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Também participam pesquisadores de instituições de ensino, pesquisa e extensão, empresas e indústrias.

    Este ano, o Ifac é a instituição organizadora do congresso, que tem periodicidade anual. Já sediaram o evento os institutos federais do Rio Grande do Norte (2006), da Paraíba (2007), do Ceará (2008), do Pará (2009), de Alagoas (2010), do Rio Grande do Norte e Sergipe (2011), de Tocantins (2012), da Bahia e Baiano (2013) e do Maranhão (2014).

    Acesse a programação na página do Congresso

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

  • No encerramento do Cigisp, o secretário Wagner Vilas Boas destacou que várias instituições da área de ensino federal já implementam experiências inovadoras: “O próximo passo é avaliarmos e medirmos a implantação das ideias apresentadas na coletânea” (foto: Isabelle Araújo/MEC)O Congresso Internacional de Gestão de Inovação da Educação no Setor Público (Cigisp), que terminou na manhã desta sexta-feira, 17, reuniu mais de 600 pessoas em três dias. No evento foram discutidas 19 experiências inovadoras em gestão na educação de instituições brasileiras, americanas e europeias.

    O Cigisp surgiu como consequência do sucesso do Prêmio Ideia – Desafio da Sustentabilidade, organizado no ano passado pelo Ministério da Educação. A iniciativa teve a participação de mais 13 mil pessoas. Durante o congresso, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, lançou uma coletânea com as 120 melhores ideias oriundas do Desafio Sustentabilidade, para redução dos gastos das instituições com água e energia elétrica.

    Para o secretário-executivo adjunto do Ministério da Educação, Wagner Vilas Boas, coordenador do congresso, o Cigisp procurou influenciar a percepção sobre a gestão pública. “A administração pública está evoluindo, nós temos muito espaço para inovação”, disse.

    Vilas Boas destacou que várias instituições das redes federais de ensino já estão implementando experiências inovadoras para o uso mais racional dos recursos. “O próximo passo é avaliarmos e medirmos a implantação das ideias apresentadas na coletânea”, disse. “Precisamos verificar a efetividade dessas ideias, o quanto elas trazem de redução de gastos para que, como o ministro disse, possamos investir na qualidade da educação.”

    Segundo o professor da Universidade Federal de Lavras (Ufla) Paulo Henrique Bermejo, palestrante no congresso, há o desejo de buscar novas maneiras de fazer a gestão e fazer a educação e o ensino básico, técnico e superior no Brasil. “Nossa ideia é continuar fomentando o desejo do setor público em todos os níveis — federal, estadual e municipal —, de buscar novas formas de governar apresentando casos de sucesso e buscando a maior profissionalização dos gestores por meio de iniciativas de formação”,  disse.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Foi divulgado nesta quarta-feira, 4, o resultado preliminar da chamada pública para a implantação de polos de inovação nos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. No total, 13 propostas foram recebidas e cinco foram selecionadas. O resultado pode ser conferido na página da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), organização social ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, parceira da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação na condução dessa ação. O resultado final será publicado até 19 de março.

    A implantação de polos de inovação tem o objetivo de promover o aumento da competitividade e da produtividade do parque industrial nacional pelo desenvolvimento da pesquisa aplicada. Foram selecionadas propostas dos institutos federais da Bahia, na área de equipamentos médicos; do Ceará, de sistemas embarcados e mobilidade digital; do Espírito Santo, de metalurgia; Fluminense, de monitoramento e instrumentação para o ambiente, e Minas Gerais, de sistemas automotivos inteligentes.

    Polos de inovação – Os polos serão unidades compostas por laboratórios de pesquisa aplicada, atuando em uma área de competência específica e serão implantados nos campi dos institutos federais selecionados. Alunos e professores do próprio instituto, profissionais das indústrias e pesquisadores do Brasil e até do exterior serão responsáveis pela execução dos projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).

    Para o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Marcelo Feres, trata-se de uma importante agenda do Governo Federal para o fomento à inovação e aprimoramento da indústria nacional. “Os polos vão atuar na captação de projetos de inovação, incremento tecnológico, desenvolvimento de projetos com potencial de mercado e na qualificação de recursos humanos para as indústrias e instituições de ciência e tecnologia. Tenho certeza que representarão um salto de qualidade no desenvolvimento de novos produtos e na oferta de mão de obra qualificada”, observa Marcelo Feres.

    O campus Formiga é a unidade do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) que receberá o polo de inovação. Localizada no interior do estado, Formiga, sede do campus, fica distante cerca de 150 quilômetros da cidade de Betim, parque produtivo de uma importante multinacional do setor automobilístico que já possuí convênio com o IFMG.

    Responsável técnico pela proposta do IFMG, Washington Santos Silva, destaca as possibilidades que a implantação de um polo de inovação pode gerar para o desenvolvimento da região e da própria instituição. “Nossa perspectiva é atuar na captação de indústrias do setor automobilístico, de telefonia e agrícola; temos capacidade técnica e um corpo de pesquisadores qualificado. Vamos aproveitar a oportunidade até para repensar o nosso processo de ensino-aprendizagem”, disse.

    Assessoria de Comunicação Social

    Acesse o resultado da consulta pública na página da Embrapii

  • Foi inaugurada nesta terça-feira, 1º de abril, a primeira creche com metodologia inovadora do país. A unidade está localizada em Aparecida de Goiânia, em Goiás. O ministro da Educação, Henrique Paim, participou da cerimônia.

    A unidade em Aparecida de Goiânia é uma parceria da prefeitura com o governo federal. Outras 16 creches serão construídas na cidade com este mesmo método. O modelo inaugurado nesta terça-feira comporta cerca de 120 crianças no turno integral e 240 em dois turnos.

    O novo modelo foi instituído no ano passado. As creches podem ser construídas com metodologias inovadoras mediante a adesão das entidades beneficiadas pelo programa às atas de registro de preços do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Tal procedimento permite a redução do prazo de execução e do custo das obras, garantindo elevado padrão de qualidade.

    O ministro da Educação elogiou a tecnologia usada no processo. “A construção tem uma metodologia inovadora que teve a supervisão do Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ), uma das mais bem conceituadas instituições certificadoras do país, que possui um dos maiores portfólios de acreditações concedidas pelo Inmetro”, afirmou. “O acesso à educação infantil é um passo fundamental para a redução de desigualdades na sociedade brasileira”, finalizou.

    O método empregado é seguro, durável, térmico e acusticamente confortável, seguindo uma tecnologia empregada hoje em países desenvolvidos. O projeto do Ministério da Educação, que culminou no registro de preços para a construção de creches em todo o território nacional, levou dois anos para ser concretizado. Exigiu pesquisa, estudos e audiências públicas, que contaram com ampla participação do setor da construção civil.


    Assessoria de Comunicação Social

  • Estão abertas as inscrições para o concurso Ideias Inovadoras em Educação e Trabalho, que tem como foco o estímulo à criatividade, à geração de ideias e à inovação na educação profissional. Estudantes e professores do ensino técnico de nível médio dos países falantes da língua portuguesa poderão se inscrever até 22 de dezembro.

    A competição tem o objetivo de fortalecer a integração de estudantes e professores de instituições de ensino profissional dos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). É a forma pela qual os participantes poderão dar visibilidade ao seu trabalho.

    Os estudantes inscritos, após a escolha de um dos temas propostos, devem desenvolver um produto inédito no formato de protótipo, software, jogos e outros similares, que atendam aos critérios de classificação e pontuação descritos no edital. Já os professores devem apresentar um artigo.

    Serão premiados seis trabalhos – três artigos e três produtos, um por tema – com placas honoríficas e diplomas de reconhecimento. O concurso é organizado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, com apoio do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e da CPLP.

    Confira aqui mais informações da Chamada Pública nº/2017, publicada na página da Setec/MEC.

    Assessoria de Comunicação Social 


  • Em Fortaleza (CE), Rossieli Soares sobre a importância do uso da tecnologia para o desenvolvimento do país. (Foto: André Nery/MEC)

    Começou nesta segunda-feira, 29, o VII Congresso Brasileiro de Informática da Educação (CBIE) com o tema Educação e Empreendedorismo. O evento acontece até o dia 1º de novembro, em Fortaleza (CE), e é promovido pela Sociedade Brasileira de Computação.  São 600 participantes interessados em discutir, compartilhar e divulgar suas atividades e experiências no âmbito das tecnologias na educação.

    O ministro da Educação, Rossieli Soares, participou da abertura do Congresso e destacou que o MEC tem apostado na inovação, tecnologia e no desenvolvimento. “Não tem como disputar com o que está acontecendo no mundo afora se não nos aproximarmos cada vez mais do uso da tecnologia. Temos alta capacidade de criação. Se tivermos ferramentas, certamente vamos desenvolver muito mais do que outros países”, ressaltou.

    De acordo com a organização do evento, apesar de o Brasil ocupar boas colocações em índices de pesquisas, os números de inovação e empreendedorismo ainda estão abaixo do desejado. “É um tema de relevância, embora o Brasil tenha avançado muito na pesquisa, nós ainda estamos engatinhando. A nossa área, informática na educação, é propícia e de fundamental importância para a inovação e empreendedorismo”, discursou o coordenador do CBIE, José Aires.

    Concomitante ao Congresso, está sendo realizado em parceria com o MEC o III Seminário Nacional de Educação Conectada, e que que conta com a presença de 145 coordenadores de tecnologia educacional de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Aléssio Costa Lima, disse que é preciso investir em tecnologia para melhorar a educação no país. “Para que a gente possa, de fato, retomar investimentos para garantir que cada escola no Brasil tenha acesso a internet e acesso com velocidade”, frisou Aléssio.

    CBIE - O Congresso Brasileiro de Informática da Educação (CBIE) é um evento anual da SBC, de caráter internacional, que busca promover e incentivar as trocas de experiências entre as comunidades científica, profissional, governamental e empresarial na área de Informática na Educação. A programação conta com palestras, minicursos, mostra de softwares e objetos de aprendizagem, apresentações orais e pôsteres.   

    A Sociedade Brasileira de Computação é uma sociedade científica sem fins lucrativos com 38 anos de atuação, que reúne estudantes, professores, profissionais, pesquisadores e entusiastas da área de computação e informática de todo o Brasil. A SBC tem como função fomentar o acesso à informação e cultura por meio da informática, promover a inclusão digital, incentivar a pesquisa e o ensino em computação no Brasil, além de contribuir para a formação do profissional da computação com responsabilidade social.

    Assessoria de Comunicação Social


  • São Paulo, 3/10/2017 - O ministro Mendonça Filho participou na manhã desta terça-feira, 3, do 4º Fórum Nacional de Educação e Inovação, em São Paulo. Organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), o evento busca o debate sobre políticas públicas de incentivo à educação com a utilização da inovação como ferramenta para alavancar a promoção e melhoria da formação profissional.

    O encontro reuniu lideranças empresariais, políticas e educacionais com o objetivo de traçar rumos para a mobilização pela educação, inovação, seus valores cívicos e competitivos. Ao longo de todo o dia será discutido o avanço das tecnologias, as interações multiculturais e as tendências do mercado de trabalho.

    Responsável pela palestra do painel Educação e inovação, Mendonça Filho falou sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Novo Ensino Médio. “Dentro dessa agenda sobre educação, nós temos a conclusão da BNCC e da educação infantil até o ensino médio”, disse o ministro, lembrando que, do infantil até o nono ano do ensino fundamental, a base já se encontra no Conselho Nacional de Educação (CNE). “Espero homologar isso até o início do próximo ano. Já o ensino médio, creio que cumpriremos o objetivo de ter a base iniciando o debate no início do próximo ano”.

    O ministro Mendonça Filho destacou que discutir a educação é uma necessidade que deve motivar as agendas sociais (Foto: Diego Rocha/MEC)

    Mendonça Filho falou também sobre a formação de professores. “É algo chave nesse processo. Esperamos agora, no mês de outubro, lançar uma agenda de mudanças na questão da formação desses professores, que visa à valorização e qualificação, além de uma política nacional de formação integrada com a BNCC, que deve estar cada vez mais conectada com os estados e municípios”, completou.

    Mobilidade – A Berlitz foi uma empresa pioneira ao desenvolver – desde 1878 – uma exclusiva metodologia de ensino de idiomas com foco em conversação. Para Arthur Bezerra, presidente da empresa e também participante do painel Educação e inovação, ainda é preciso avançar na questão da inovação e de tecnologias na área educacional. "Quando pensamos no nosso segmento, queremos trazer mais inovação, mais mobilidade e portabilidade, mas a maioria dos nossos alunos ainda prefere o material impresso”, afirmou Bezerra. “Por isso tentamos trazer novidades, para que isso tudo se traduza não só em mais informação, mas em mais sabedoria e transformação da nossa sociedade”.

    Desafios – O ministro aproveitou para reafirmar que o maior desafio da educação brasileira é a qualidade. “Conseguimos avançar de forma até razoável em termos de inclusão e universalização, mas, em termos de qualidade, nós temos um enorme desafio pela frente, principalmente na educação básica, na evasão no ensino médio e no desempenho geral do ensino fundamental, que é bem aquém daquilo que seria considerado razoável”, explicou.

    Para finalizar, Mendonça Filho pediu também o engajamento da sociedade na área da educação: “Ou a educação vira uma agenda da sociedade, ou não vamos conseguir mudar. Há que se ter uma mobilização da sociedade. Infelizmente, educação é algo no Brasil que só se discute em fóruns como esse. Não é um tema que empolga a sociedade brasileira. Aqui, o nível de compromisso da população é muito diferente da maior parte dos países europeus”.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estudantes dos institutos federais vão competir em seis modalidades durante três dias (Foto: Makfferismar Santos/MEC)Jovens competidores de todo o Brasil já estão em Porto Velho para a disputa do 1° Desafio de Tecnologia e Inovação dos Institutos Federais. Na manhã desta segunda-feira, 30, foram feitos os últimos ajustes nos robôs para o início das provas às 16h. No total, mais de 200 alunos-competidores de 16 institutos federais, instituições de ensino estaduais e privadas estão inscritos no evento, realizado no Porto Velho Shopping até a próxima quarta-feira, 1° de junho. A abertura oficial está prevista para as 19h30 desta segunda, no campus Porto Velho Calama do Instituto Federal de Rondônia (IFRO).

    A equipe Jaguar do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) foi uma das primeiras a chegar à capital rondoniense, ainda na véspera, no domingo, 29.  Eles vão competir na modalidade robotino, uma das seis em disputa no Desafio. Na competição, a equipe estará representada pelos competidores Ana Júlia e Lucas Silva, estudantes do curso técnico integrado em automação do campus Volta Redonda do IFRJ.

    A equipe Jaguar já representou o Brasil em competições internacionais e, atualmente, é detentora do título da Copa do Mundo de Robôs na categoria dança, competição realizada em 2014 em João Pessoa, na Paraíba. A equipe participa de competições de robótica em várias modalidades.

    Já a equipe do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) estreia em competições de educação profissional. A equipe é formada pelos jovens Victor Daniel, Lucas Kauan e Danilo Rodrigues, todos alunos do curso técnico integrado em mecatrônica do campus Palmas do IFTO. Orientados pelos professores Maxwell Moura e Wendell Moura, eles vão competir na modalidade seguidor de faixa.

    Ansiosos, os representantes do Tocantins estão confiantes em um bom resultado. “Temos duas metas, terminar a nossa prova e ganhar experiência para outras competições. Não vamos parar por aqui”, comenta Victor Daniel.

    Robótica – Seis modalidades estarão em disputa durante os três dias de competição. Resgate, categoria da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR); viagem ao centro da terra (labirinto); seguidor de linha (categoria iniciante); cospace (categoria virtual); sumô (categoria iniciante) e robotino, esta última valendo como pré-seletiva para a seletiva nacional que indicará o representante do Brasil na WorldSkills 2017 – maior competição de educação profissional do mundo.

    Oficinas – O Desafio também proporcionará ao público em geral, por meio do ensino da robótica educacional, oficinas gratuitas para a programação de robôs. As oficinas terão duração média de 3 horas, compostas por até 20 pessoas, sendo aberta ao público com idade superior a 13 anos, que poderão se inscrever no próprio local do evento.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec 

  • A escola do Distrito Federal é a única unidade de ensino pública do país a criar metodologia adequada para crianças e adolescentes surdos que têm como língua materna a libras (foto: João Neto /MEC)A inovação e a criatividade estão em toda a escola. Por salas de aula e corredores silenciosos flui o conhecimento que poucos ouvintes conseguem entender e apreender. Com gestos rápidos e uma infinidade de sinais, que traduzem palavras, frases e conceitos, professores e alunos interagem e avançam nos conteúdos obrigatórios da educação básica. A Escola Bilíngue Libras e Português Escrito, em Taguatinga, uma das regiões administrativas mais populosas do Distrito Federal, é a única da rede pública do Brasil a criar metodologia adequada para crianças e adolescentes surdos que têm como língua materna a libras (língua brasileira de sinais).

    Criada em 2013, por lei local, a escola nasce, portanto, sob um projeto político inovador e se revela inclusiva também no sentido reverso. “O que é bom para o aluno surdo é bom para o aluno ouvinte”, explica a diretora, Maristela Batista de Oliveira Bento, pedagoga com 20 anos de experiência na educação de alunos surdos. Por isso, por escolha das famílias, nas salas de aulas há alunos ouvintes, que aprendem a língua de sinais para se comunicar com parentes e amigos surdos. O bilinguismo na língua de sinais e no português escrito configura-se, portanto, numa espécie de chave para aproximar pessoas de dois mundos que não se integram por não dominarem os códigos da comunicação.

    “As pessoas ouvintes geralmente não sabem, mas para os alunos surdos, o português é a segunda língua, e isso implica uma metodologia apropriada para que possam ter maior fluência no entendimento da escrita”, explica Gisele Morisson Feltrini, supervisora pedagógica da escola. Thalya da Silva, 18 anos, aluna do segundo ano do ensino médio, conta que a escola tem permitido a ela se aprofundar nos conhecimentos cobrados nas provas de seleção para ingresso nas universidades. Com talento para desenhar, Thalya pensa em seguir uma profissão nessa área. Porém, entender o conteúdo das provas é ainda um problema e, por isso, os alunos surdos precisam de intérprete na realização dos exames.

    “O português é muito pesado e seria importante ter uma prova adequada, com tradução na íntegra para libras por meio de vídeos”, sugere a aluna, que ficou surda antes dos dois anos em decorrência de uma meningite. A dificuldade com a língua portuguesa ocorre também no contexto social e familiar, uma vez que são poucas as pessoas que dominam a língua de sinais. Em casa, por exemplo, Thalya não consegue se comunicar com o irmão, apenas com a mãe. Ela não é exceção. Outros alunos da escola relataram a mesma dificuldade.

    Acesso — Luana de Jesus, 17 anos, aluna do primeiro ano do ensino médio, diz que pretende estudar direito para lutar pelos direitos dos surdos. “Existe uma pressão da sociedade ouvinte sobre os surdos porque não sabem das suas habilidades e potencial. É preciso dar acesso aos ouvintes à cultura surda”, observa.

    Em razão de todas essas dificuldades, Hudson Gonçalves, 20 anos, aluno do segundo ano do ensino médio, fala da importância da escola bilíngue de Taguatinga. “Eu consigo não apenas aprender, como tirar dúvidas e me aprofundar no conhecimento de biologia, química, física, português e matemática para ingressar num curso superior”, explica. “As traduções feitas pelos intérpretes em libras nas escolas onde estudei são rápidas demais. Não dá para absorver tudo.”

    Nas escolas regulares em que há inclusão, de acordo com a diretora, o aluno surdo muitas vezes sente-se isolado por estar numa turma de ouvintes. “Ele se sente intimidado em expressar dúvidas e acaba acumulando defasagem de aprendizagem.”

    A professora de biologia Thatiane do Prado, que prepara os alunos surdos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília (UnB), salienta que a metodologia adotada pela escola possibilita um aprendizado mais ativo. “Os alunos são sujeitos ativos no processo do conhecimento, opinam o tempo todo e não ficam apáticos”, afirma.

    A escola bilíngue atende alunos da educação infantil ao ensino médio, com limite de dez alunos por turma, em razão da especificidade do ensino. O sistema bilíngue adotado pela escola atrai estudantes de outras regiões do Distrito Federal e Entorno. “A primeira língua da escola é a libras, mas o português escrito não é ensinado da mesma forma que os alunos ouvintes aprendem”, diz a diretora. “Usamos muito o visual para que eles possam adquirir vocabulário. Os surdos precisam muito do visual para interiorizar o conteúdo.”

    Chamada — A Escola Bilíngue Libras e Português Escrito foi uma das 178 instituições de ensino selecionadas pela chamada pública aberta pelo Ministério da Educação, em 2015, para divulgar experiências de inovação e criatividade nas escolas de educação básica no Brasil.

    Para participar da chamada, a direção decidiu enviar o projeto político-pedagógico da própria escola, que já nasceu dentro de uma proposta de inovação na gestão e na metodologia de ensino. O objetivo é divulgar e mostrar os resultados positivos e emocionantes que os 53 professores surdos e ouvintes, com proficiência em libras, têm alcançado. “Se não fosse essa escola, muitos alunos surdos já teriam se evadido e desistido de avançar nos estudos, simplesmente porque não conseguem ser entendidos”, ressalta Maristela.

    Com a metodologia empregada pela escola, as crianças matriculadas adquirem fluência em libras e português escrito e, assim, podem ser entendidas dentro e fora dos limites do contexto escolar.

    Filha de pais surdos, a professora da educação infantil Andréa Beatriz Messias Belém Moreira conta que conviveu em meio a ouvintes e surdos, habitantes de dois mundos que têm dificuldades em se comunicar e se compreender. “Numa sociedade em que a maioria das pessoas é de ouvintes, os surdos têm muito a nos ensinar”, afirma. “Eles são sempre considerados inferiores, mas não têm dificuldade para aprender, só não encontram facilidades para desenvolver suas habilidades.”

    A professora relata que desde cedo teve de aprender a superar o sofrimento pessoal por sentir a rejeição e o preconceito de professores que não chamavam seus pais na escola para saber do seu desempenho em sala de aula. “Ouvia-os dizer que meus pais eram aqueles mudinhos, mas eu não aceitava isso, e dizia que eles falavam, sim, e que eu os entendia muito bem porque sabia a língua deles.”

    Libras — A língua brasileira de sinais foi instituída pela Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, e reconhecida como sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, para a transmissão de ideias e fatos. É a língua natural usada pelas comunidades surdas brasileiras. Estudos sobre a libras foram iniciados no Brasil em 1981.

    Libras e português carregam estruturas diferenciadas. Documento publicado pelo Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos do Ministério da Educação, em 2004, sobre a língua brasileira de sinais e a língua portuguesa, evidencia que, como em qualquer língua falada, “a fonologia é organizada baseada em um número restringido de sons que podem ser combinados em sucessões para formar uma unidade maior, ou seja, a palavra. Nas línguas de sinais, as configurações de mãos, juntamente com as localizações em que os sinais são produzidos, os movimentos e as direções, são as unidades menores que formam as palavras”.

    Exemplos — O Ministério da Educação selecionou 178 instituições entre as 683 que participaram, de setembro a novembro de 2015, de chamada pública destinada a identificar, reconhecer e mapear iniciativas educacionais inovadoras na educação básica desenvolvidas em escolas públicas e particulares e em organizações não governamentais de todo o país. A seleção abrangeu instituições escolares e não escolares, escolas indígenas, quilombolas, do campo e urbanas, da educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e da educação de jovens e adultos.

    As informações relacionadas ao trabalho desenvolvido pelas 178 instituições selecionadas estão disponíveis no Mapa da Inovação e Criatividade na Educação Básica. Mais informações na página do Programa de Estímulo à Criatividade na Educação Básica na internet.

    Rovênia Amorim

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Na escola de Blumenau, todos os espaços sustentáveis foram construídos em sistema de mutirão, com professores, estudantes e comunidade trabalhando juntos (foto: vtsustentavel.blogspot.com.br/)No município catarinense de Blumenau, a 130 quilômetros de Florianópolis, uma instituição tem se destacado pela criatividade na realização de ações de sustentabilidade. É a Escola Básica Municipal Visconde de Taunay, que atende alunos da educação infantil ao nono ano do ensino fundamental.

    Tudo começou quando a diretora, Roseli de Andrade, conheceu uma experiência de fazenda sustentável no Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (Ipec), no município goiano de Pirenópolis. Interessada em desenvolver um projeto de escola sustentável, ela compartilhou o que viu com a equipe de professores. A partir de nova visita dos educadores ao Ipec, algumas ideias passaram a ser postas em prática, com a criação coletiva do projeto Escola Sustentável, fundamentado no plano político-pedagógico da escola.

    Roseli explica que vários espaços foram então criados por professores e alunos. Ela cita como exemplos a horta mandala, a espiral de ervas, o jardim biodiverso, a composteira, a revitalização do pátio de britas, com o plantio de árvores frutíferas, o isolamento térmico de uma sala de aula, com o uso de embalagens vazias de caixas de leite, e a construção da casamática, uma casinha feita com garrafas plásticas.

    Para a diretora, as iniciativas provocaram mudanças positivas, tanto na escola quanto na comunidade. “A redução da quantidade de lixo no pátio da escola e nas salas de aula foi surpreendente”, afirma. “O reaproveitamento de materiais passou a fazer parte da rotina escolar.”

    De acordo com Roseli, pesquisa realizada em 2015 comprovou que as famílias de 84% dos alunos do terceiro ano do ensino fundamental, que estavam na pré-escola em 2012, quando teve o início o projeto Escola Sustentável, passaram a ter horta em casa. “Tanto os alunos quanto seus familiares aprenderam o real significado de sustentabilidade”, avalia.

    Mutirão — Encarregada da articulação do projeto Escola Sustentável entre estudantes, professores e comunidade, a professora Jeane Pitz Pukall diz que procurou, desde o início, envolver a todos no processo de mudanças. “Todos os espaços sustentáveis foram construídos em sistema de mutirão, com professores, estudantes e comunidade trabalhando juntos”, revela. Segundo ela, o projeto teve ótima aceitação por parte de todos, e a escola passou a ser referência em sustentabilidade e criatividade. “Os estudantes passaram a levar para casa as experiências vividas na escola e a incentivar seus pais a tomarem atitudes sustentáveis”, diz Jeane.

    Com a divulgação dos trabalhos desenvolvidos na escola, os estudantes sentiram-se mais valorizados. “Houve um empoderamento com relação à escola”, diz a professora. “Hoje, os estudantes falam ‘a nossa horta’, ‘o nosso jardim’ e se preocupam que tudo esteja sempre lindo, limpo e bem cuidado.”

    Professora da rede municipal de Blumenau há 26 anos, 16 deles na Escola Visconde de Taunay, Jeane é pedagoga, com habilitação em orientação educacional, especialização em psicopedagogia clínica e institucional e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências Naturais e Matemática da Fundação Universidade Regional de Blumenau. Sua pesquisa de mestrado aborda a formação continuada de professores, na escola, a partir de projetos criativos ecoformadores.

    A Escola Visconde de Taunay é a primeira instituição de ensino de Blumenau a se tornar campo de pesquisa da Rede Internacional de Escolas Criativas (Riec). A pesquisa foi baseada em critérios do Instrumento de Avaliação do Desenvolvimento de Instituições Criativas (Vadecrie), criado pelo professor Saturnino de la Torre, da Universidade de Barcelona.

    Em maio de 2013, a unidade de ensino recebeu o Certificado de Escola Criativa, pela riqueza e inovação de suas experiências. “A escola alcançou a média 8,5. Ou seja, 85 dos 100 critérios avaliados são cumpridos pela escola”, salienta a diretora.

    Professora de ciências para os anos finais do ensino fundamental e de ciências agrícolas para o ensino médio, Roseli tem pós-graduação em gestão, supervisão e orientação educacional e inovação tecnológica. Ela está no magistério há 32 anos, 15 dos quais na função de diretora.

    Exemplos — O Ministério da Educação selecionou 178 instituições entre as 683 que participaram, de setembro a novembro de 2015, de chamada pública destinada a identificar, reconhecer e mapear iniciativas educacionais inovadoras na educação básica desenvolvidas em escolas públicas e particulares e em organizações não governamentais de todo o país. A seleção abrangeu instituições escolares e não escolares, escolas indígenas, quilombolas, do campo e urbanas, da educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e da educação de jovens e adultos.

    As informações relacionadas ao trabalho desenvolvido pelas 178 instituições selecionadas estão disponíveis no Mapa da Inovação e Criatividade na Educação Básica. Mais informações na página do Programa de Estímulo à Criatividade na Educação Básica na internet.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

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