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  • Será publicado nesta quinta-feira, 28, o novo instrumento de autorização dos cursos de pedagogia. A característica principal é a exigência de 70% da carga horária do curso ser dedicada à formação de professores - tanto do ponto de vista teórico quanto prático.

    De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, a intenção é dar mais cautela à autorização de novos cursos de pedagogia. “Embora a maioria dos professores sejam formados em cursos de pedagogia, esses cursos, regra geral, não estão estruturados para formar professores, já que têm baixa carga horária destinada a esse fim”, afirma.

    Além do aumento da carga horária, o MEC vai checar se a bibliografia utilizada nos cursos está voltada para a formação do magistério. “Isso é fruto do trabalho de supervisão dos cursos de pedagogia”, lembra Haddad.

    Concurso – Entre as medidas de valorização do magistério também está o ingresso na carreira, depois que o profissional se forma. No segundo semestre deste ano, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) vai lançar uma matriz para uma prova nacional de concurso para professores, que será aplicada em sua primeira edição no primeiro semestre de 2010.

    O objetivo é constituir um banco de professores formados que tenham passado por essa prova, cuja nota seja utilizada pelos sistemas estaduais e municipais para a contratação. “Não há um padrão nacional hoje”, afirma o ministro. “Municípios, especialmente os mais pobres, têm muita dificuldade em elaborar um concurso para o magistério. Há uma demanda antiga de apoio técnico do MEC para auxiliar os municípios a selecionar seus professores”, explica. Para participar do concurso nacional, os entes federados devem manifestar interesse.

    “Quando há um banco de professores que passaram por uma prova nacional de concurso, governadores e prefeitos que quiserem melhorar seus sistemas de ensino vão ter que oferecer condições de trabalho mais adequadas para atrair os melhores profissionais, o que inclui também a remuneração”, ressalta Haddad. Na visão do ministro, o que proporciona a valorização do magistério é o conjunto de todas as medidas, desde o piso salarial, passando pela formação, até o ingresso na carreira.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Alessandro considera a educação um processo dinâmico, com ativa interação entre professor e aluno: “Na medida do possível, respeitando as normas e seguindo o currículo vigente, minhas aulas são divertidas e participativas” (foto: arquivo do professor Alessandro Reis)Há 20 anos no magistério, com atuação em duas escolas do Distrito Federal, o professor Alessandro Santana Reis diz que trabalhar com educação é sua vocação e sua vida. “Não há nada que eu faça melhor e com mais satisfação do que ensinar. É o poder de transformar, de construir, de modificar positivamente as pessoas e a sociedade”, afirma.

    Professor de biologia e de ciências naturais, ele explica que o gosto pela profissão começou cedo. Com muita facilidade para ensinar, costumava dar aulas aos primos e aos colegas de escola. O interesse pela biologia surgiu no primeiro ano do ensino médio, quando precisou estudar as matérias sozinho, por não ter bom professor. A paixão pela biologia aliou-se, então, à paixão pela docência. Teve, então, a certeza da escolha: “Seria um professor, com grande orgulho do papel que teria de desempenhar”, destaca.

    Para ele, a educação é um processo dinâmico, no qual o professor e o aluno precisam interagir ativamente. “Devem ser momentos agradáveis, prazerosos, para os alunos e para mim”, diz. “Na medida do possível, respeitando as normas e seguindo o currículo vigente, minhas aulas são divertidas e participativas.”

    Segundo Alessandro, a empolgação renova-se a cada aula, pois um assunto que não interessa a alguns pode ser extremamente atraente para outros. “Ao longo de uma manhã ou mesmo da semana, são feitos os vários ajustes necessários para compatibilizar disciplina, aprendizagem, conteúdo e satisfação”, analisa. “O desejo de aprender dos alunos é um propulsor superpotente.”

    O professor costuma trabalhar com projetos nas duas instituições. “Na escola pública, o espaço curricular, denominado Parte Diversificada, permite que a escola selecione bons projetos e os execute”, salienta. Atualmente, ele trabalha com um projeto de educação sexual, que abrange todo o ano letivo e tem o objetivo de reduzir o número de jovens contaminados com doenças sexualmente transmissíveis (DST) e de adolescentes grávidas.

    Realidades — Com graduação em ciências biológicas e especialização em educação, Alessandro trabalha nos três turnos. De manhã, leciona biologia no Centro Educacional Sigma, unidades Sul e Norte do Plano Piloto de Brasília. Nessa instituição também é coordenador de cadeira. Ele trabalha com alunos do terceiro ano do ensino médio que se preparam para o Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília (UnB), para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e para os vestibulares tradicionais. À tarde, dá aulas de ciências naturais a alunos da sétima série (oitavo ano) no Centro Educacional 4, do Guará, escola da rede pública do Distrito Federal, da qual é professor concursado. Nessa mesma escola, à noite, ocupa o cargo de supervisor pedagógico da educação de jovens e adultos (EJA).

    Embora vivencie realidades distintas nas duas instituições, Alessandro considera o professor como o elemento mais importante no processo de ensino-aprendizagem. “A ausência de alguns recursos não impede o trabalho do professor, mas, exige muito mais dele”, avalia. O segredo para ser um bom professor, ressalta, é acreditar no poder transformador da educação e no potencial dos alunos, estudar, dedicar-se à profissão e trabalhar com amor. “Esses fatores, somados, são os eixos fundamentais para que um professor possa ser considerado um bom profissional.”

    Fátima Schenini

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  • Professor há 36 anos, o capixaba Pedro Antonio Galli diz que o magistério é uma das atividades mais apaixonantes e gratificantes que existem. “Árdua, sem dúvida, mas indiscutivelmente bela”, ressalta Galli, que dá aulas de artes, matemática e estatística a estudantes do ensino médio na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Eurico Salles, em Itaguaçu (ES).

    “Ser professor é um papel insubstituível no processo da transformação social. Além de ensinar, é saber viver, conviver, respeitar o próximo e aprender com ele”, analisa Galli. Ele explica que sua relação com o magistério começou cedo, pois suas irmãs eram professoras. “Para minha família, ser professor, mais do que uma tradição, é uma vocação.”

    Contemplado quatro vezes com o Prêmio Sedu: Boas Práticas na Educação, iniciativa da Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo para valorizar os profissionais da educação pública estadual, Galli diz que procura desenvolver metodologias que despertem o interesse dos estudantes. “Busco sempre adequá-las para tornar a aprendizagem significante e satisfatória, melhorando minha prática, oferecendo o que há de melhor aos meus alunos para formar cidadãos mais conscientes na comunidade na qual estão inseridos.”

    Em seu trabalho, o professor desenvolve projetos que agreguem várias disciplinas. “Amplio minha visão de conteúdo para além dos conceitos, inserindo procedimentos, atitudes, valores e recursos didáticos que visem a desenvolver a ligação dos conceitos teóricos com a realidade vivenciada no dia a dia, constituindo fator de motivação e de facilidade de assimilação”, ressalta.

    Com licenciatura em matemática e ciências e vários cursos de especialização, Galli leciona na mesma instituição desde 1982. “Fui professor de 75% dos professores que trabalham atualmente na escola Eurico Salles”, revela. “Procuro interagir com os colegas de profissão, com uma atitude mais atenta e receptiva, de forma a trocar informações e experiências para enriquecer as aulas.”

    Para os novos professores, Galli tem um recado: “A tarefa de ensinar é difícil, porém gratificante, e exige muitas leituras”. Além disso, enfatiza, é preciso quebrar uma série de paradigmas, pois a docência vai além de somente dar aulas. “Ela oferece oportunidades aos alunos para construir e reconstruir conhecimentos.”

    Fátima Schenini

    Conheça o Prêmio Sedu: Boas Práticas na Educação

     

  • A professora Ruth promove sessões de leitura com os alunos, na biblioteca da escola: “Cada criança deve ser conquistada, com carinho e paciência” (foto: arquivo da professora Ruth Santos)Há 23 anos no magistério, Ruth Julio dos Santos sempre desejou ser professora. Quando criança, brincava de dar aulas. Graduada em pedagogia, desenvolve atividades na biblioteca da Escola Municipal Santa Catarina, no município de Imbé, litoral gaúcho, com turmas que abrangem desde a educação infantil até o quinto ano do ensino fundamental.

    O carinho com os alunos é considerado por Ruth um fator importante para a aprendizagem. “A professora tem de conquistar cada criança, com carinho e paciência”, ressalta. Na biblioteca, ela promove A Hora do Conto, com fantoches ou livros, de acordo com a faixa etária dos estudantes.

    Nesse período de mais de 20 anos no magistério, Ruth tem acompanhado a trajetória de muitos estudantes. Muitos a convidam para participar de festas de aniversários, batizados, formaturas e casamentos. “Os alunos cresceram e hoje têm filhos. Já dei aulas também para filhos de ex-alunos”, destaca.

    Carinho é fator importante também para Rosana Severo Spreckelsen da Cunha, professora de educação física em turmas da pré-escola até nono ano do ensino fundamental na Escola Municipal Antonio Gonçalves do Amaral, no município de Santa Maria, também no Rio Grande do Sul. “As crianças geralmente são carentes, pois ficam pouco tempo com os pais e costumam ser carinhosas com as professoras. Às vezes, me chamam de mãe”, revela. Ela observa que os adolescentes costumam ser mais reservados.

    A educação física sempre fez parte da vida de Rosana. Filha de professores e casada com um professor da disciplina, ela acredita que o segredo para ser um bom profissional é fazer o que gosta. “É fundamental passar entusiasmo aos estudantes porque eles percebem quando o professor está realmente fazendo aquilo que gosta e em que acredita”, observa. Rosana está no magistério há 25 anos.

    Interação — Para a pedagoga Maria Ivone Alves Serpa, de Porto Alegre, o vínculo que o professor estabelece com o aluno é importante para o processo ensino-aprendizagem. “Se o aluno tem uma dificuldade, procuro entendê-lo”, diz.

    Há 39 anos no magistério, com experiência como professora em todos os níveis, como orientadora educacional e como supervisora escolar, Maria Ivone não esquece uma turma de segundo ano do ensino fundamental para a qual que deu aulas anos atrás. “Eram alunos considerados difíceis, mas eu sempre dizia a eles que eram muito inteligentes”, explica. Embora tenham mudado de escola, aqueles estudantes fizeram questão de convidar a antiga professora para a formatura.

    De acordo com Maria Ivone, hoje na Secretaria de Educação do estado, as aulas eram tranquilas. “Eu sempre dava um tempo para eles conversarem. Isso é entender a fase em que estão”, avalia. “Nunca facilitei nada. Sou exigente, mas sem maltratar e sem humilhar.”

    Fátima Schenini

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  • 18/03/2009 - A criação de uma lei de responsabilidade educacional foi um dos temas discutidos pelo ministro Fernando Haddad com os parlamentares que integram a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira, 18, no Ministério da Educação.

    Segundo o ministro, este é um dos temas prioritários do ministério para 2009 e 2010, assim como a revinculação dos recursos previstos na Constituição Federal para a educação, a discussão do próximo Plano Nacional de Educação (PNE) e a valorização do magistério. Para Haddad, esses itens são fundamentais para consolidar uma política pública focada na qualidade da educação.

    “Precisamos criar um instrumento legal mais ativo para que os gestores observem as metas pactuadas, a fim de garantir o direito ao aprendizado”, defendeu Haddad, referindo-se ao que chamou de lei de responsabilidade educacional.

    “A revinculação dos recursos vai permitir ao próximo ministro, em 2011, contar com um orçamento no mínimo igual ao que temos hoje, que é recorde”, disse Haddad, referindo-se à Proposta de Emenda Constitucional nº 277/2008, que prevê o fim gradual da Desvinculação das Receitas da União (DRU) para a educação. A proposta deve ser votada na Comissão de Educação da Câmara na terça-feira, 24. Caso aprovada, irá a plenário.

    De acordo com Haddad, com o fim da DRU, a pasta voltará a receber cerca de R$ 9 bilhões anuais em valores atuais. Os recursos financiarão a ampliação da obrigatoriedade da matrícula da educação básica dos quatro aos 17 anos. Hoje, os sistemas de ensino devem assegurar matrícula aos estudantes de seis a 14 anos.

    Em relação ao próximo PNE, com metas de 2011 a 2021, o ministro propôs que seja discutida a inclusão de um patamar mínimo do Produto Interno Bruto (PIB) para financiar as ações educacionais, além de especificar as maneiras pelas quais as metas de qualidade, a serem previstas, deverão ser alcançadas.

    Quanto à valorização do magistério, o ministro destacou a lei que estabelece um piso nacional para os trabalhadores da área e os programas de formação inicial e continuada voltados aos professores da educação básica. “A Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] conta com R$ 1 bilhão para a formação de professores e mais de 70 instituições de ensino superior mobilizadas”, afirmou.

    Além das ações da Capes, o ministro destacou outras medidas que estimulam a formação de professores, como a expansão das universidades federais; a reserva de 20% das vagas dos institutos federais para cursos de licenciaturas; os programas de formação da Universidade Aberta do Brasil e as bolsas de estudo destinadas a estudantes de baixa renda pelo Programa Universidade Para Todos (ProUni). “Este é um arranjo institucional inédito em prol da valorização do magistério”, ressaltou.

    Maria Clara Machado
  • Estão abertas até 31 de outubro as inscrições para o processo seletivo do programa de mestrado profissional em práticas de educação básica do Colégio Pedro II. O objetivo do curso é integrar a construção de conhecimentos pedagógicos e saberes disciplinares, de modo a produzir resultados mais efetivos nas salas de aula dos diversos sistemas escolares. O programa pretende unir o aprofundamento teórico com a experiência didática em sala de aula.

    De acordo com o edital, poderá se inscrever para o mestrado profissional em práticas de educação básica o candidato que possua diploma, certificado ou declaração de conclusão de licenciatura plena em instituições de ensino devidamente reconhecidas pelo MEC; seja professor da educação básica, em regência de turma; e possua experiência de, no mínimo, dois anos no magistério. O edital prevê o oferecimento de 10 vagas.

    O processo de seleção dos candidatos será constituído em três etapas: exame escrito, de caráter eliminatório e classificatório, exame de proficiência em inglês, de caráter eliminatório, e por fim, exame oral, de caráter eliminatório e classificatório.

    O edital com maiores informações sobre inscrição, seleção e matrícula do concurso está disponível na página do Colégio Pedro II na internet. O material contém todas as informações necessárias aos candidatos. No entanto, esclarecimentos mais específicos sobre grade curricular, linhas de pesquisa, docentes, datas do curso, fluxograma, entre outros, podem ser encontrados na página específica do mestrado. A instituição recomenda que os interessados verifiquem as informações nesse endereço antes de efetuarem sua inscrição.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Arte: Mário Chesini/MECTrabalhar na instituição onde estudou dos 6 aos 14 anos tem sido gratificante para a professora Simone Lessa, diretora da Escola Municipal Narciso Macedo, no município fluminense de Iguaba Grande. “Tenho um sentimento de gratidão por essa escola. Sinto que posso contribuir com a comunidade e com a história da instituição que fez e faz parte da minha vida”, destaca.

    Professora de língua portuguesa e de língua inglesa, há 14 anos no magistério, Simone diz que ser educadora é uma missão, da qual sente muito orgulho. “Lecionar é participar da formação do indivíduo como um todo”, diz. Professora na instituição durante 13 anos, há dois na direção, ela explica que sempre teve vontade de voltar às raízes a fim de retribuir por tudo o que recebeu.

    Nesse período de atuação como diretora, Simone retomou projetos socioculturais e pedagógicos, como a banda marcial, a realização de gincanas e de outros eventos, com a participação da comunidade. Também promoveu melhorias na estrutura física da unidade de ensino e implantou o sistema de exame simulado a fim de preparar e capacitar os estudantes para as provas e para a vida profissional.

    Segundo a educadora, a escola, que completou 80 anos em agosto, passou por várias situações difíceis, a ponto de ser cogitado seu fechamento, em razão do baixo número de alunos. Graças a um grupo de profissionais, que assim como Simone, têm carinho e respeito pela instituição, a escola pôde renascer. “Estou feliz por contribuir para o bom desempenho da instituição”, ressalta.

    Apesar dos problemas, a escola sempre se destacou pelas excelentes realizações durante todos esses anos. “Podemos perceber que sua história aqui na comunidade é muito importante e sua influência, muito forte; praticamente, quase todo o bairro teve a formação básica aqui”, diz Simone. “Por isso, há um sentimento de respeito e gratidão, comum entre alunos, funcionários, ex-alunos, ex-funcionários e comunidade.”

    A escola tem, atualmente, 122 alunos matriculados em turmas do sexto ao nono ano do ensino fundamental, nos turnos da manhã e da tarde.

    Fátima Schenini

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  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) selecionou 28 instituições de educação superior para desenvolver projetos de formação inicial de professores para o exercício do magistério em escolas indígenas e do campo, aí incluídas unidades quilombolas, extrativistas e ribeirinhas. Para apoiar o desenvolvimento do projetos, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência para a Diversidade (Pibid–Diversidade) vai distribuir três mil bolsas de estudos a estudantes, orientadores e supervisores.

     

    Cada instituição receberá recursos anuais de R$ 4 mil por aluno de licenciatura participante do projeto, durante 48 meses. A verba destina-se ao pagamento de despesas com material didático, pedagógico, científico e tecnológico, passagens, hospedagem e alimentação. Pelo cronograma descrito em edital, as instituições de educação superior devem iniciar as atividades até de março de 2014.

     

    Integram o Pibid Diversidade dez instituições da região Nordeste, seis do Sul, cinco do Centro-Oeste, quatro do Norte, e três do Sudeste.  As bolsas mensais têm valores de R$ 400 para o estudante; R$ 765 para o supervisor; R$ 1,4 mil para o coordenador de área (orientador dos alunos); R$ 1,4 mil para o coordenador de gestão do curso na instituição e R$ 1,5 mil para o professor que coordena o projeto institucional.


    Ionice Lorenzoni


    Confira as instituições que tiveram projetos aprovados

  • Um “chamado da sociedade” fez o engenheiro José Thiago da Silva Muniz, 46 anos, tornar-se professor de física e matemática. Há 11 anos, a Secretaria de Educação de Pernambuco convocou profissionais com bacharelado em cursos da área de exatas para suprir a carência de professores. “Os alunos estavam sem aula. Senti a responsabilidade de repassar algum aprendizado para aquelas pessoas tão carentes, que tinham todo o direito ao conhecimento, como eu tive um dia”, lembra Muniz.


    Assim como ele, milhares de professores atuam na área por talento e vontade de fazer a diferença. Entretanto, uma parcela não tem formação adequada. Para tornar-se professor, é necessário ter diploma de licenciatura nas áreas específicas ou em pedagogia, para as séries iniciais.


    Doutora em educação e pesquisadora na área de formação de professores, Kátia Augusta Cordeiro da Silva, da Universidade de Brasília, diz que não apenas dom e técnica formam um professor. “Um professor precisa ter um conhecimento específico da sua área e saber como repassá-lo. Sua formação é a de um profissional capaz de mediar o saber”, afirma.


    De acordo com Kátia, os cursos de licenciatura consistem em um conhecimento teórico e prático relacionado à construção do profissional no processo de ensino e aprendizagem. Entre as disciplinas básicas do curso estão a ética, a estética e as políticas para a educação. “É estudar a formação do sujeito, compreender as técnicas do processo pedagógico, adquirir competência técnica do seu campo de formação e proporcionar um prazer pelo conhecimento”, explica.


    O engenheiro José Thiago, que leciona em uma escola pública de Recife, sabe dessa diferença e pretende ingressar em um curso de licenciatura. “Sempre gostei de dar aulas. Reunia os colegas para ensinar no colégio e na universidade. Sei que tenho o dom, mas minha preocupação é apenas levar conhecimento e cidadania a essas crianças e adolescentes.”


    José Thiago só precisa de tempo para se dedicar a um curso de licenciatura, pois ainda se divide entre a sala de aula e o escritório de engenharia.


    Visão — Coordenadora de pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ângela Soligo diz que não basta conhecimento específico de matemática, física ou língua portuguesa para se tornar um professor, como nos cursos de bacharelado. “Para se tornar um professor, é preciso ter conhecimento da história da educação, das políticas da área, como elas interferem na vida de cada um”, destaca. “É preciso saber psicologia, sociologia, filosofia para entender como o conhecimento específico se relacionada com a sociedade com a organização do sistema educativo. Essa é uma formação que o bacharelado não dá.”


    No passado, o bacharelado era considerado um curso de formação de pesquisadores e a licenciatura, de professores. Ângela entende que a história mudou. “Hoje, o professor também é um pesquisador da educação. A diferença é que ele também é um formador”, avalia.


    Segundo Ângela, o professor com formação adequada tem uma visão mais ampla da escola e da sociedade. “Ele conhece a relação entre professor e aluno, entre o aluno e a vida da comunidade. Compreender tudo isso torna o profissional mais sensível às necessidades do aluno e mais engajado nas políticas educacionais.”

    Rafania Almeida

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  • Para Úrsula, o professor deve, além de ensinar, atuar com base na realidade da sociedade em que vive: “Temos de saber entender o mundo da criança de hoje, o que ensinar e como ensinar” (Foto: Divulgação)De etnia caiouá, Úrsula Velasques sempre morou na aldeia Taquaperi, a 15 quilômetros do município de Coronel Sapucaia, em Mato Grosso do Sul. Desde pequena, ela manifestava a vocação para o magistério, pois gostava de brincar de professora com os irmãos. Quando completou 18 anos, foi convidada a lecionar a alunos do primeiro ano do ensino fundamental. “Fiquei muito feliz e, desde então, nunca mais deixei de trabalhar”, diz Úrsula, há nove anos no magistério.

    Com licenciatura em ciências sociais, Úrsula trabalha na coordenação pedagógica da Escola Municipal Indígena Ñande Reko Arandu, no atendimento a estudantes do primeiro ao nono ano do ensino fundamental. A escola, dentro da aldeia, tem 768 alunos, 34 professores indígenas e seis não indígenas, residentes em fazendas próximas. A instituição conta com computador, acesso à internet e outros equipamentos audiovisuais.

    A escola oferece, além das disciplinas obrigatórias do currículo, aulas sobre a cultura e o modo de vida indígena (ava reko), com encontros semanais fora da sala de aula. “Nosso objetivo é fundamentar o ava reko e complementar a educação familiar, incentivando os alunos a estarem bem, além de fortalecer nossa cultura e, principalmente, nossa língua”, explica Úrsula.

    Para ela, o principal papel do professor é ensinar. Faz a ressalva, porém, de que o profissional deve também saber atuar com base na realidade da sociedade em que vive. “Cada lugar é diferente”, observa. “Temos de saber entender o mundo da criança de hoje, o que ensinar e como ensinar.”

    Úrsula acredita que o educador precisa estar sempre atualizado, estudar e se aprofundar para ter firmeza em sala de aula. “Nada é mais prazeroso quando gostamos daquilo que estamos fazendo”, ressalta. Ela diz gostar da vida na aldeia, pela liberdade, pelos espaços e pelo canto dos pássaros. “É um lugar melhor do que qualquer outro”, avalia.

    Fátima Schenini

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  • O ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou nesta terça-feira, 27, que o governo federal vai quitar os valores referentes ao repasse de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) para complementar o piso salarial dos professores, nos estados e municípios, referente a 2016, quatro meses antes do prazo previsto. O pagamento de R$ 1,25 bilhão será liberado na próxima quinta-feira, 29. Nos últimos anos, esse repasse era realizado apenas no mês de abril, em parcela única, quatro meses após o exercício fiscal. O ministro anunciou ainda que, a 

    partir de 2017, esse pagamento será feito mensalmente. Antes, portanto, da data limite para pagamento dos salários dos professores.

    “Pela primeira vez na história estamos quitando dentro do mesmo ano de exercício orçamentário e financeiro o compromisso do Fundeb para a integralização dos salários do magistério”, disse Mendonça Filho. “E quanto ao repasse parcelado em 12 vezes, no fim de cada mês, além de assegurar o pagamento do piso nacional, será um componente importante para evitar atrasos nos contracheques, especialmente nos estados com maior dificuldade financeira.”

    A iniciativa consta da Portaria Interministerial nº 8/2016, dos ministérios da Educação e da Fazenda, publicada nesta terça-feira, 27. O texto estabelece os parâmetros operacionais para o Fundeb. O MEC negociou com o Ministério da Fazenda a liberação de limite financeiro de R$ 1,25 bilhão para o pagamento dessa complementação do piso de 2016. Para o próximo ano, o valor estimado é de R$ 1,29 bilhão.

    A portaria prevê ainda o repasse federal de R$ 13 bilhões ao Fundeb no exercício de 2017. Serão R$ 900 milhões a mais do que o previsto no projeto de lei orçamentária. Em 2016, foram R$ 12,6 bilhões.

    A contribuição dos estados, DF e municípios, por sua vez, passou de R$ 125,6 bilhões para R$ 129,7 bilhões. Somados esses valores com a complementação da União, a estimativa de repasse para o Fundeb de 2017 aumentou em R$ 4,5 bilhões — aproximadamente 3,3% a mais em relação a 2016. A portaria interministerial prevê ainda alteração do valor mínimo anual por aluno de R$ 2.739,77 para R$ 2.875,03. O aumento é de 4,94%.

    Mendonça Filho destacou a importância das mudanças: “Pela primeira vez na história estamos quitando, dentro do mesmo ano de exercício orçamentário e financeiro, o compromisso do Fundeb para a integralização dos salários do magistério” (foto: Luís Fortes/MEC)Desde 2012, quando a Comissão Intergovernamental de Financiamento para a Educação Básica de Qualidade definiu que os recursos destinados à complementação do piso salarial do professor deveriam ser distribuídos com base nos mesmos mecanismos adotados para distribuição dos recursos do Fundeb, o repasse a estados e municípios tem ocorrido somente no ano seguinte àquele de competência, mais precisamente no mês de abril, por ocasião do ajuste de contas anual do Fundeb. E era usado para compensar ajustes negativos no âmbito dos respectivos fundos.

    A comissão é composta por um representante do MEC, cinco do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e cinco da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

    Fundeb — Criado em 2006, por emenda constitucional, o Fundeb é um fundo especial de natureza contábil e de âmbito estadual (um por unidade da Federação, num total de 27), formado, na quase totalidade, por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, Distrito Federal e municípios vinculados à educação.

    O aporte de recursos do governo federal ao Fundeb, a partir de 2010, passou a corresponder a 10% da contribuição total dos estados e municípios. Os investimentos realizados por eles e o cumprimento dos limites legais da aplicação dos recursos do Fundeb são monitorados por meio das informações declaradas no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope).

    A Portaria Interministerial nº 8/2016, dos ministérios da Educação e da Fazenda, que estabelece parâmetros operacionais para o Fundeb em 2017, foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 27.

    Assessoria de Comunicação Social

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    O ministro da Educação, Mendonça Filho, assinou nesta quinta-feira, 28, portaria com aumento de 6,81% para o piso salarial dos professores para 2018. O percentual anunciado pelo Ministério da Educação está 4,01% acima da inflação prevista para este ano, que é de 2,8%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), divulgado na última semana pelo Banco Central (BC). Com isso, o piso nacional do magistério tem um ganho real de 3,90% e um salário de R$ 2.455,35, para jornada de 40 horas semanais.

    “Este é o segundo ano consecutivo em que o piso é reajustado com valor real acima da inflação, o que é muito bom para os professores”, afirmou Mendonça Filho. Nos últimos dois anos, os professores tiveram um ganho real de 5,22%, o que corresponde a R$ 124,96.

    Mendonça Filho assina portaria com aumento de 6,81% para o piso salarial dos professores para 2018 (Foto: Luis Fortes/MEC)

    O reajuste anunciado segue os termos do art. 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que estabelece a atualização anual do piso nacional do magistério, sempre a partir de janeiro. “Isso é importante, pois estamos cumprindo a lei que determina esse reajuste”, destacou o ministro.

    Na última semana, o MEC realizou uma reunião com os membros do Fórum Permanente de Acompanhamento da Atualização Progressiva do Valor do Piso Salarial para Profissionais do Magistério Público da Educação Básica. Na ocasião, foi aberto diálogo com representantes da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) – que representam os estados – e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

    Critério – O critério adotado para o reajuste, desde 2009, tem como referência o índice de crescimento do valor mínimo por aluno ao ano do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que toma como base o último valor mínimo nacional por aluno (vigente no exercício que finda) em relação ao penúltimo exercício. No caso do reajuste deste ano, é considerado o crescimento do valor mínimo do Fundeb de 2016 em relação a 2015.

    Clique aqui e acesse a portaria.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O piso salarial dos professores terá aumento de 7,64% em 2017. O índice, anunciado pelo Ministério da Educação nesta quinta-feira, 12, representa incremento de 1,35% acima da inflação acumulada de 2016, que foi de 6,29%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), divulgado na quarta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O ministro da Educação, Mendonça Filho, também reafirmou o compromisso do governo federal de antecipar o repasse de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) para complementar o piso salarial dos professores, nos estados e municípios, referente a 2017. Conforme anunciado em dezembro, o pagamento, este ano, será feito mensalmente, já a partir de janeiro. Para este ano, o valor estimado é de R$ 1,29 bilhão.

    “Esse reajuste no piso é algo importante porque significa, na prática, a valorização do papel do professor, que é central na garantia de uma boa qualidade da educação”, declarou Mendonça Filho. “Não podemos ter uma educação de qualidade se não tivermos professores bem remunerados e motivados.”

    Lei — De acordo com o ministro, o reajuste anunciado segue os termos do art. 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que estabelece a atualização anual do piso nacional do magistério, sempre a partir de janeiro. “Para este ano, o piso nacional do magistério é de R$ 2.298,80”, disse. “O professor que tem carga horária mínima de 40 horas semanais e formação em nível médio (modalidade curso normal) não pode receber menos do que esse valor.”

    Durante entrevista coletiva no MEC, o ministro salientou a importância do aumento: “Esse reajuste no piso é algo importante porque significa, na prática, a valorização do papel do professor, que é central na garantia de uma boa qualidade da educação” (foto: Mariana Leal/MEC)

    O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima, explicou que a lei estabelece o piso nacional do professor, não o percentual. “O piso nacional de R$ 2.298,80 é o valor sobre o qual nenhum professor do país inteiro pode ganhar menos”, disse. “No entanto, temos diversas situações de municípios e estados que já pagam os salários dos seus professores acima desse valor.”

    No caso desses estados, segundo Costa Lima, não há a necessidade de aplicar o percentual de 7,64%. “O que tem de ser assegurado na Lei do Piso é que nenhum estado pague menos que o valor de R$ 2.298,80.”

    Critério — O critério adotado para o reajuste, desde 2009, tem como referência o índice de crescimento do valor mínimo por aluno ao ano do Fundeb, que toma como base o último valor mínimo nacional por aluno (vigente no exercício que finda) em relação ao penúltimo exercício. No caso do reajuste deste ano, é considerado o crescimento do valor mínimo do Fundeb de 2016 em relação a 2015.

    Os estados e municípios que, por dificuldades financeiras, não possam arcar com o piso, devem contar com a complementação orçamentária da União, como determina a Lei 11.738/2008, no art. 4º.

    Durante entrevista coletiva realizada no Ministério da Educação nesta quinta-feira, 12, o ministro também anunciou a nova composição do fórum permanente para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. A Portaria nº 1/2017, da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase) do MEC, com a nova composição do fórum, foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 12, seção 2, página 25.

    Fórum — Designado pela Sase, o fórum permanente tem como objetivo acompanhar a atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. O fórum será integrado por representantes da Sase, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep); do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), do Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).    

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira:

  • O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta quinta-feira, 1º de março, que o piso salarial do magistério deve ser “sustentável e progressivo”. Ele foi entrevistado no programa de rádio Bom Dia, Ministro, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) e da EBC Serviços.

    Sobre a dificuldade alegada por prefeitos e governadores de pagar o novo valor, de R$ 1.451, Mercadante reconheceu que o reajuste é “forte, elevado”, mas ressaltou que retroceder é a pior solução. O reajuste de 22,22% do piso do magistério foi o principal tema abordado por radialistas de todo o país durante a entrevista. “Não teremos uma educação nos padrões dos países desenvolvidos enquanto não tivermos uma educação universal e de qualidade”, afirmou Mercadante.

    De acordo com o ministro, os estados precisam promover a reforma do plano de carreira e equacionar outros problemas. “Para 2012, a lei é essa e é para ser cumprida”, disse. “Para o futuro, o Congresso Nacional pode ouvir governadores, prefeitos e professores e buscar uma solução sustentável e progressiva; o que não podemos é congelar o piso.”

    O ministro salientou que o novo valor está ainda muito longe do patamar capaz de atrair profissionais. “Estamos falando de pouco mais de dois salários mínimos; é pouco para o Brasil”, afirmou.

    Entre as iniciativas destinadas a valorizar o professor, Mercadante citou também o programa Escola sem Fronteira, a ser lançado. Professores receberão bolsas para viajar pelo Brasil e conhecer as melhores experiências educacionais. “Não haverá educação de qualidade sem a valorização dos professores”, destacou.

    Modernização— Mercadante ressaltou também a necessidade de modernizar a escola pública brasileira e destacou a distribuição de 600 mil tablets — pequeno computador portátil, com tela de toque ou caneta especial, que dispensa mouse ou teclado — a professores do ensino médio de escolas públicas a partir do segundo semestre deste ano. “Faltam professores de matemática, química e física, e a maior evasão escolar no Brasil está no ensino médio”, lembrou. “Precisamos modernizar a escola, levar a internet para a sala de aula. A escola precisa preparar o aluno para o futuro.”

    Segundo o ministro, as 15 mil aulas digitais disponíveis no Portal do Professor podem servir de material de apoio para as aulas. “E o tablet é um grande recurso para isso.”

    A vinculação de pelo menos um terço dos recursos do pré-sal, na próxima década, à educação, ciência e tecnologia também foi sugerida pelo ministro. “Não podemos repetir os erros de países ricos em petróleo e pobres em educação”, disse.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça o ministro Aloizio Mercadante no programa Bom Dia, Ministro


  • O piso salarial do magistério será reajustado para R$ 2.557,74, a partir de 1º de janeiro de 2019. O Ministério da Educação anunciou nesta quarta-feira, 9, o reajuste de 4,17%, conforme determinação do artigo 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. O valor corresponde ao vencimento inicial dos profissionais do magistério público da educação básica, com formação de nível médio, modalidade normal, jornada de 40 horas semanais.

    O piso salarial foi estabelecido pela Lei nº 11.738 em cumprimento ao que determina a Constituição Federal, no artigo 60, inciso III, alínea “e”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Pelo dispositivo, o piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica é atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir de 2009. No parágrafo único do artigo, é definido que essa atualização será calculada utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do Valor Anual Mínimo por Aluno (VAA) referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente, nos termos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007.

    Conforme a legislação vigente, a atualização reflete a variação ocorrida no VAA definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2018, em relação ao valor de 2017. Dessa forma, o cálculo é feito com a variação entre a Portaria Interministerial MEC/MF nº 6, de 26 de dezembro de 2018, com VAA de R$ 3.048,73, e a Portaria Interministerial MEC/MF nº 08, de 29 de novembro de 2017, com VAA de R$ 2.926,56. Com o cômputo, o MEC chegou à variação de 4,17%, que deve ser aplicada ao valor do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) do ano anterior, neste caso em 2018, de R$ 2.455,35.

    Professores terão reajuste em seu piso salarial de acordo com a determinação da lei (Foto: Arquivo MEC) A metodologia proposta é a de utilizar o percentual de crescimento do VAA, tendo como referência os dois exercícios imediatamente anteriores à data em que a atualização deve ocorrer. A Nota Técnica nº 36/2009, da Advocacia Geral da União, acompanhou esse entendimento.

    De acordo com o MEC, esse formato para correção do piso salarial é utilizado desde o ano de 2010. Como até o presente momento não houve alterações expressas na Lei, bem como na forma de cálculo, compreende-se que a metodologia para a constituição do percentual de variação do PSPN está mantida.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O piso salarial do magistério foi atualizado em 11,36%, conforme determina o artigo 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. O novo valor é de R$ 2.135,64 e passa a valer a partir deste mês.

    O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica (PSPN) é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das carreiras do magistério público da educação básica para a formação em nível médio, na modalidade Normal, com jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais.

    A atualização teve como base de cálculo a variação do valor anual mínimo nacional por aluno (VAA) referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente, na Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007. A metodologia para o cálculo da variação do VAA considera os dois exercícios imediatamente anteriores ao ano em que a atualização deve ocorrer.

    Com a instalação do Fórum Permanente para o Acompanhamento da Atualização Progressiva do Valor do Piso Salarial Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação Básica pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, definiu-se o espaço institucional onde representações dos gestores da educação básica pública e dos trabalhadores em educação irão discutir e propor políticas públicas relacionadas a implementação do que preceitua a Lei 11.738/2008, pelos entes federativos.

    O Fórum tem a participação de representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e do Ministério da Educação.

  • O piso salarial do magistério será reajustado em 13,01%, conforme determina o artigo 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. O novo valor será de R$ 1.917,78 e passa a valer a partir deste mês. Nos últimos dias, o ministro da Educação, Cid Gomes, reuniu-se com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

    O piso salarial do magistério foi criado em cumprimento ao que estabelece a Constituição Federal, no artigo 60, inciso III, alínea e, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias:

    “Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta emenda constitucional, os estados, o Distrito Federal e os municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições:

    (...)

    III — observadas as garantias estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caput do art. 208 da Constituição Federal e as metas de universalização da educação básica estabelecidas no Plano Nacional de Educação, a lei disporá sobre:

    (...)

    e) prazo para fixar, em lei específica, piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica; (...).”

    Esse dispositivo constitucional foi regulamentado pela Lei nº 11.738/2008. Conforme a legislação vigente, a correção do piso reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

    Assessoria de Comunicação Social

  • O que é?

    Em 16 de julho de 2008 foi sancionada a Lei n° 11.738, que instituiu o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, regulamentando disposição constitucional (alínea ‘e’ do inciso III do caput do artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias).

    1) Resolução define critérios de repasse de recursos do Fundeb para complementação do Piso Salarial Profissional Nacional.
    A Resolução nº 7, de 26 de abril de 2012 do Ministério da Educação traz os novos critérios de complementação do Piso Salarial aprovados pela  Comissão Intergovernamental para Financiamento da Educação de Qualidade, composta por membros do MEC, do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
    Essa resolução trata do uso de parcela dos recursos da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para o pagamento integral do piso salarial dos profissionais da educação básica pública.
    Confira a resolução de 07 de abril de 2012.

    2) Decisão do STF sobre a validade da Lei do Piso
    No dia 27/02/2013, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a Lei 11.738/2008, que regula o piso salarial nacional dos profissionais do magistério público da educação básica, passou a ter validade a partir de 27 de abril de 2011, quando o STF reconheceu sua constitucionalidade. A decisão tem efeito erga omnes,   isto é, obriga a todos os entes federativos ao cumprimento da Lei.

    Piso salarial dos professores é atualizado em 11,36% e passa a valer R$ 2.135,64

    Piso salarial do magistério é de R$ 1.917,78. O reajuste em janeiro deste ano foi de 13,01%

    Piso salarial do magistério é de R$ 1.697,00. O reajuste em janeiro deste ano foi de 8,32%

    Piso do magistério deve ser reajustado em 22,22% e passar para R$ 1.451,00

    Portaria define critérios para que secretarias peçam recursos para piso

    Piso salarial do magistério é constitucional, diz o STF

    Confira a lei sobre o Piso Nacional do Professor

  • Estimular profissionais que estavam desmotivados com a escola pública é o objetivo do primeiro Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica. Foi o que afirmou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira, 28, durante a cerimônia de lançamento do plano, em Brasília.

    A medida pretende alcançar 330 mil professores que atuam na educação básica e ainda não são graduados, por meio de um regime de colaboração entre União, estados e municípios. Já são 21 estados com demandas de formação especificadas em um plano estratégico, que assinaram na solenidade um acordo de cooperação técnica com o governo federal.

    “Com os pactos entre os entes, estamos fazendo em sete anos o que não foi feito em 30 ou 40 anos”, ressaltou o presidente. Na visão de Lula, educação de qualidade é o único objetivo unânime no Brasil. “Isso porque todos sabem que a única coisa que pode garantir a oportunidade de igualdade é a educação.”

    Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, assim como o Estado tem que assegurar a matrícula de um estudante da educação básica na escola pública, todo professor também deve ter direito à formação inicial e continuada em universidades públicas. “Com isso, queremos atrair a juventude para o magistério”, destacou.

    A formação inicial será para professores que ainda não têm formação superior (primeira licenciatura), professores já formados, mas que lecionam em área diferente daquela em que se formaram (segunda licenciatura), e bacharéis sem licenciatura, que necessitam de estudos complementares que os habilitem ao exercício do magistério.

    Já são 90 instituições de educação superior – entre universidades federais, universidades estaduais e institutos federais – envolvidas na oferta de cursos. Serão oferecidos cursos tanto na modalidade presencial como a distância, pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), e alguns já devem começar no segundo semestre deste ano. Outros têm início previsto para 2010 e 2011.

    Além do plano nacional, o governo federal lançou outras medidas de apoio à carreira do magistério nesta quinta-feira, como a mudança no Fies para os cursos de licenciatura e a complementação da União para o piso salarial do professor.

    Letícia Tancredi

    Veja outras medidas anunciadas
  • Clique nos links abaixo para acessar os documentos emanados do CNE sobre  Planos de Carreira e Remuneração do Magistério dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

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