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  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) reuniu todos os dados relativos à pós-graduação stricto sensu e à formação de professores para a educação básica em um único dispositivo, chamado de GeoCapes. O novo programa começou a operar na sexta-feira, 31.

    O Geocapes é um aplicativo gráfico que exibe num cartograma informações quantitativas com precisão geográfica. O sistema acessa nove bases de dados. Apresentado nos modos geográfico e de planilha, o programa oferece informações sobre o número de bolsas de mestrado e doutorado no país, bolsistas no exterior, quantidade de programas da Capes, professores e alunos.

    As informações relativas ao País estão consolidadas por unidade da federação. O detalhamento das informações permite ainda acessar dados por município e do exterior, agregadas por país.

    Também estão disponíveis na página do Geocapes, o número de acessos ao Portal de Periódicos e o volume de investimentos da Capes em bolsas e fomento. Dados sobre a distribuição de cursos e polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB) também podem ser pesquisados pelo dispositivo, assim como o próprio Geocapes.

    Assessoria de Comunicação da Capes
  • Estão abertas as inscrições para a especialização em políticas educacionais e inovação, promovida pela Escola de Inovação e Políticas Públicas da Fundação Joaquim Nabuco (Eipp/Fundaj). Gratuito, o curso de pós-graduação possui metodologia inovadora e aplicada. O objetivo é que os alunos desenvolvam projetos de intervenção na área da educação, construindo coletivamente o aprendizado direcionado para desafios enfrentados na educação pública brasileira.

    Lançada durante a 1ª Conferência de Inovação e Políticas Públicas, que ocorreu em 29 de setembro, a especialização conta com professores formados nas melhores universidades do Brasil e do mundo, como Harvard e Oxford. As inscrições tiveram início em 11 de outubro e seguem até 10 de novembro.

    Para o diretor da Eipp/Fundaj, Felipe Oirá, a ideia veio junto com o surgimento da escola. “Como a gente constrói uma escola que serve às pessoas que estão trabalhando, na ponta, com política pública, surge a especialização a partir da demanda dos próprios gestores”, explicou. “Muitas vezes, quando falamos de política pública, no Brasil, principalmente, pensamos muito no planejamento, no desenho. Pensa-se pouco na implementação, como é que isso vai acontecer no dia-a-dia. E o que a gente faz nessa especialização é trazer esse paradigma de foco na implementação para o centro do curso. ”

    O curso terá a duração aproximada de um ano, com início previsto para março de 2018, contando com aulas à noite e aos finais de semana. As atividades serão realizadas na futura sede da Eipp, no campus da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife. Como parte da metodologia inovadora, as salas de aula seguem o modelo invertido utilizado nas principais universidades internacionais, a exemplo de Harvard, MIT, Yale e Stanford. Tudo planejado para que o aluno se torne o centro do processo, aprendendo na prática os diversos aspectos da implementação efetiva de políticas públicas.

    Processo – A inscrição para a especialização em políticas educacionais e inovação divide-se em três etapas. As duas primeiras, análise curricular e análise do pré-projeto, são de caráter eliminatório. Já a terceira etapa, uma entrevista presencial, tem caráter classificatório. Após a primeira etapa, serão selecionados até 150 candidatos para a fase de análise do pré-projeto, conforme os critérios de avaliação elencados no edital. Para a terceira etapa, serão selecionados até 60 candidatos que tiverem os pré-projetos aprovados conforme os critérios de avaliação.

    As entrevistas presenciais serão realizadas entre 22 e 24 de novembro, em horários estabelecidos e previamente divulgados no site da Eipp. Ao todo, são oferecidas 30 vagas para a pós-graduação em políticas educacionais e inovação. Para acessar o formulário de inscrição e verificar o edital, clique aqui. Já as informações detalhadas sobre o curso podem ser obtidas na página da Eipp/Fundaj. Demais dúvidas podem ser encaminhadas para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., ou pelos telefones (81) 3073-6634 e (81) 3073-6635.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Fundaj 

     

  • São Paulo — O programa Ciência sem Fronteiras tem dois novos parceiros. Nesta sexta-feira, 21, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, assinou em São Paulo termo de cooperação com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) que prevê a doação, pela entidade e suas associadas, de 6,5 mil bolsas de estudo à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação, no valor de aproximadamente US$ 180 milhões. O acordo envolve também o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Um outro acordo foi firmado com a Eletrobras. Por meio de memorando de entendimento, a estatal do setor elétrico compromete-se a financiar 2,5 mil bolsas do Ciência sem Fronteiras. Serão 1.250 pela Capes e 1.250 pelo CNPq.

    Ao falar sobre a crise econômica global, o ministro afirmou que o país tem as ferramentas para a geração de emprego e o fortalecimento do mercado interno. Segundo ele, o governo brasileiro aposta na sustentabilidade do eixo educação, ciência e tecnologia para tornar o país mais competitivo. “É o jeito Dilma de ser Keynes.”

    O presidente da Capes, Jorge Guimarães, presente à solenidade, reiterou a importância da parceria do governo com o setor privado. Ele lembrou o impacto positivo que os investimentos em recursos humanos têm no desenvolvimento da economia. “Estados que reúnem jovens com maior nível de formação atraem naturalmente maior número de empresas estrangeiras e de investimentos e fortalecem o progresso”, afirmou.

    Meta— Lançado em dezembro de 2011, o programa Ciência sem Fronteiras já concedeu 16.788 bolsas de estudos — 8.762 da Capes e 8.036 do CNPq. A meta do programa é oferecer 101 mil bolsas até 2015. Serão 75 mil por parte do governo federal e o restante com ajuda da iniciativa privada. A expectativa até o fim deste ano é chegar a 20 mil bolsas, com investimento aproximado de R$ 1,12 bilhão. Os editais lançados até o momento selecionaram bolsistas para intercâmbio nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda, Espanha, Portugal, Austrália e Coréia do Sul.

    O programa promove a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras por meio do intercâmbio e da mobilidade internacionais de estudantes, professores e pesquisadores. A oferta de bolsas prevê as modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação — doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado.

    Pelo programa, estudantes de graduação e de pós-graduação podem fazer estágio no exterior para manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, o Ciência sem Fronteiras tenta atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar, por tempo determinado, no Brasil.

    Assessoria de Comunicação Social

    Republicada com correção de informações
  • O acordo de cooperação foi assinado pelo ministro Mercadante, o presidente da Capes, Carlos Nobre, o representante do governo europeu, Sir Mark Walport, e o embaixador do Reino Unido, Alexander Ellis (Foto: Isabelle Araújo/MEC)O Ministério da Educação e o governo do Reino Unido criaram nesta quarta-feira, 13, uma comissão técnica bilateral para discutir os processos de diplomação de mestrado e doutorado dos dois países e estudar formas de ampliar o reconhecimento mútuo de diplomas de pós-graduação. O acordo é inédito para o Brasil.

    O protocolo de intenções foi firmado entre o ministro Aloizio Mercadante e o embaixador do Reino Unido no Brasil, Alexander Ellis. O documento também foi assinado pelo assessor sênior governamental para assuntos científicos do Governo Britânico, Sir Mark Walport, e o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Carlos Nobre.

    “Considerando que a Capes tem um sistema que avalia a qualidade de todos os programas de pós-graduação no Brasil e o Reino Unido tem um sistema equivalente, o diploma será automaticamente aceito”, afirma o presidente da Capes. No caso do Brasil, esta é uma das tarefas da Capes, que avalia 4,3 mil programas de pós-graduação “O Reino Unido reconhece a qualidade desse sistema e é isso que vai possibilitar todos os títulos brasileiros serem reconhecidos e vice-versa”, diz.

    A proposta já estava em discussão há mais de um ano. As primeiras reuniões do grupo ocorrem em maio, nos dois países. A perspectiva é de que o sistema mútuo de reconhecimento esteja em funcionamento no início do próximo semestre.

    A comissão vai trocar informações, consultar e solicitar orientação sobre a legislação educacional vigente nos respectivos países. A intenção é chegar a um acordo comum de compreensão dos sistemas de ensino e graus acadêmicos, além de garantia de qualidade do ensino. A iniciativa deve ser discutida também com outros países que tenham sistemas de avaliações semelhantes ao do Brasil.

    Reconhecimento – Atualmente, no Brasil, as instituições de ensino superior estabelecem acordos bilaterais com instituições no exterior para reconhecimento de títulos. A pessoa interessada em ter seu diploma de mestrado ou doutorado no exterior reconhecido no Brasil precisa buscar uma universidade que tenha curso equivalente e que seja recomendado pela Capes com nota igual ou superior a 3.

    Para o aluno dar entrada no processo, precisa apresentar uma série de documentos, além da dissertação ou tese. Tudo precisa ser registrado no consulado do país de origem para o reconhecimento oficial. O diploma precisa também ser traduzido. “A universidade brasileira identifica qual curso e departamento têm curso equivalente e uma banca constituída avalia e atesta ou não a equivalência da dissertação ou tese”, observa Carlos Nobre.

    Graduação – A iniciativa começa com pós-graduação e a perspectiva é que sirva de parâmetro para o estudo do reconhecimento de graduação. De acordo com o presidente da Capes, os cursos de graduação têm diferenças complexas de conteúdos que demandam mais tempo para uma possível análise de equivalência e reconhecimento. “No Brasil, medicina requer seis anos de estudo. Em alguns países, primeiro o aluno faz quatro anos de graduação para depois se inscrever na escola de medicina”, explica.

    Instituições que compõem a comissão:

    BRASIL

    • Ministério da Educação – Secretaria de Educação Superior (Sesu);
    • Ministério da Educação – Assessoria Internacional;
    • Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes);
    • Conselho Nacional de Educação (CNE);
    • Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes);
    • Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem);
    • Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc);
    • Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap);
    • Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop).

    REINO UNIDO

    • Departamento de Negócios, Inovação e Habilidades (BIS);
    • Representantes de universidades;
    • Departamento de Educação e Aprendizagem ao Longo da Vida, Escócia;
    • Departamento de Emprego e Aprendizagem, Irlanda do Norte;
    • Departamento de Educação e Habilidades, País de Gales;
    • Agência de Garantia de Qualidade (AGQ);
    • British Council (BC);
    • Universities UK (UUK);
    • Centro Nacional de Informação sobre Reconhecimento de Títulos e Graus Acadêmicos do Reino Unido (NARIC).

     

    Saiba mais sobre o processo de reconhecimento de diplomas no Brasil e sobre os cursos recomendados pela Capes.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

     


  • Arte: ACS/MEC
    Apaixonada por livros, Natália Francisca Frazão, de 32 anos, tinha como meta estudar na Universidade de São Paulo (USP). Surda desde que nasceu, a jovem viu o sonho se tornar realidade ao encarar uma pós-graduação e receber, no último dia 4 de setembro, o título de mestre em educação pela USP, em Ribeirão Preto (SP). O feito, inédito na universidade, foi registrado em uma banca totalmente traduzida em libras (língua brasileira de sinais).

    Formada em administração de empresas por uma faculdade particular da capital paulista, Natália escolheu a área de educação para ajudar na inclusão e acessibilidade de surdos no ambiente acadêmico. “Esse é o meu maior objetivo”, disse a jovem, em conversa que sua mãe, Nilza Neto Frazão, traduziu para a reportagem a partir da linguagem de libras, que pratica com a filha. “Quero ajudar outros surdos a trilhar um caminho de sucesso, de prosperidade e fazer com que eles tenham acesso ao mundo como qualquer outra pessoa”, explica a jovem, reforçando seus planos para o futuro. “Quero ser professora universitária e me preparar para o doutorado. ”

            Nilza teve rubéola durante a gravidez e suspeitou que isso traria consequências para o bebê . Hoje, orgulhosa, lembra as dificuldades enfrentadas pela filha até alcançar esse objetivo: “Você não imagina para mim, como mãe, a vitória que é. Quando ela dizia que queria ser professora, eu falava: ‘Mas como ser professora se você não consegue falar’. Ela continuava: ‘Eu vou ser professora’. E hoje esse objetivo dela está aí, ela conseguiu. Então, aquele momento da banca examinadora foi quando conseguimos realizar esse sonho”.

    A descoberta da doença não foi fácil, conta: “Quando Natália tinha seis meses, eu descobri que ela era surda. A surdez dela é profunda e ela não escuta nada. No começo é um desespero até você imaginar aonde vai buscar ajuda e como que você vai alfabetizar”.

    Luta – O tempo passou e, mesmo após experiências que preocuparam a mãe, não só na fase da alfabetização, como na passagem pelo ensino médio, Natália chegou até a universidade, ultrapassando dificuldades que iam desde a falta de intérpretes até a busca de recursos que a permitissem interagir e avançar como os demais estudantes. “Ela sempre gostou de estudar, de ler, sempre visou a USP”, relata Nilza. “Ela falava para mim: ‘Eu vou estudar na USP e vou fazer pós-graduação voltada a educação’. ”

    Assim, Natália conquistou uma vaga na USP. Lá, buscou o campus de Ribeirão Preto e localizou a professora Ana Cláudia Lodi – fonoaudióloga, ligada aos processos de aprendizagem e linguística, nos quais se inclui o estudo de libras. Desse momento até a fase final da pesquisa, o trabalho entre as duas foi marcado por grande parceria. “A Natália lia bem, me falava em libras, ela discorria sobre conceitos, me contava sobre o que estava acontecendo, o estudo dela, eu passava para o português e voltava pra ela, pra garantir que eu tinha aprendido a ideia, para, então, a gente dar seguimento no texto”, explica a orientadora.

    Nesse processo, ainda foi preciso que a instituição regularizasse a contratação de um intérprete para que Natália pudesse assistir às aulas. Ela mesma conta que foi necessário acionar a justiça para ter seu direito garantido. “É importante mostrar que a Natália é a primeira da USP, mas já temos surdos e doutores desde 1998”, atenta Ana Cláudia. “Sempre que tem um surdo na pós-graduação, um surdo na graduação, ele terá um tradutor de libras fazendo exatamente esse papel. Então, eu acho que as federais estão muito mais à frente do que as estaduais paulistas neste sentido. ”

    Banca – A avaliação da banca examinadora ao trabalho de Natália foi complexa. Durante mais de quatro horas e com auxílio de duas intérpretes, os sinais da estudante foram traduzidos para que a banca e a plateia entendessem, pois havia no local amigos e convidados da jovem que também eram surdos. Da mesma forma, a fala dos professores era transformada em libras para que Natália pudesse argumentar.

    A dissertação do trabalho de Natália aborda as lutas sociais estabelecidas pela Associação de Surdos de São Paulo (ASSP) e contou com entrevistas feitas com fundadores e membros da instituição – todos surdos. O material colhido em campo, em libras, juntamente às referências bibliográficas, foi finalizado em texto escrito.

    Para a mãe da jovem, todos esses marcos legais representaram, na prática, a oportunidade para que a filha não desistisse de seguir com seus planos. “Lá trás, quando descobri que ela era surda, a minha preocupação era de ela conseguir aprender a ler”, lembra. “Eu nem imaginava uma faculdade naquele momento, mas ela foi descobrindo o mundo dela. ”

    Assessoria de Comunicação Social

  • Coordenadores de programas de pós-graduação da área de enfermagem têm até quinta-feira, 19, para apresentar propostas para a obtenção de recursos de custeio. A retificação e consequente prorrogação do prazo de inscrições para o que estabelece o Edital Capes–Cofen n° 27/2016 foi publicada na segunda-feira, 16.

    O apoio a programas de pós-graduação da área de enfermagem é uma parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, fundação vinculada ao Ministério da Educação, com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) destinada a apoiar cursos de mestrado profissional, com nota da Capes igual ou superior a 3. O cursos devem estar vinculados a instituições de educação superior públicas ou particulares sem fins lucrativos.

    Os recursos chegam a R$ 3,5 milhões, provenientes do orçamento do Cofen, conforme o acordo de cooperação. Serão selecionadas propostas para receber R$ 25 mil por aluno — metade estimada para 2017 e outra para 2018, mediante a comprovação de conclusão dos alunos, para uso em despesas de custeio. Entre os itens financiáveis estão aquisição de material de consumo, passagens aéreas para mobilidade de professores e contratos de manutenção e prestação de serviços técnicos. A publicação do resultado está prevista para março próximo.

    As propostas devem ser submetidas on-line, na página da Capes, opção Apoio a Programas de Pós-Graduação da Área de Enfermagem, modalidade mestrado profissional, conforme estabelece o Edital nº 27/2016, cuja retificação foi publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira, 16, seção 3, página 22.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Um dos maiores desafios da educação superior brasileira é mudar o mapa da pós-graduação para superar as desigualdes regionais. Essa é uma das diretrizes para o avanço do setor apontadas na abertura do seminário Preparando a Avaliação, na quarta-feira, dia 25, em Brasília.


    De acordo com o diretor de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Lívio Amaral, enquanto São Paulo conta com 650 programas de pós-graduação, estados das regiões Norte e Nordeste não chegam a ter dez cursos. Isso influi diretamente na produção técnico-científica brasileira. “Mais cursos significam mais produção de conhecimento e de ciência e tecnologia”, afirmou.


    Em uma exposição sobre o sistema nacional de pós-graduação, Amaral mostrou como o Poder Público ainda é o principal responsável pela pós-graduação no país. As instituições federais e estaduais são responsáveis por mais de 80% da oferta de cursos de mestrado e doutorado.


    Avaliação — “A avaliação tem apenas um critério: desempenho máximo. Curso bom tem autocobrança”, afirma o presidente da Capes, Jorge Guimarães, ao definir o processo de aferição. “O curso deve formar bem os estudantes. Não adianta apenas um excelente grupo de pesquisa.”


    Para Guimarães, do encontro devem ser extraídos dados e informações que fundamentem um novo plano nacional de pós-graduação.


    O seminário, que se estenderá até esta sexta-feira, 27, é composto por apresentações sobre áreas como ciências exatas, linguística, letras e artes. Em cada uma das apresentações é feita uma síntese da área, com o número de programas e a expectativa de crescimento para os próximos anos. Participam do encontro os coordenadores de todas as 46 áreas do conhecimento.


    O encontro é visto por Lívio Amaral como uma oportunidade para debater e atualizar vários aspectos da avaliação trienal no próximo ano. “A avaliação só continuará sendo esse patrimônio construído coletivamente se tivermos a capacidade de realizá-lo com transparência”, disse.


    A cada três anos, a Capes avalia todos os cursos de pós-graduação stricto sensu do país. Em 2010, serão aferidos mais de quatro mil cursos de mestrado e doutorado. A avaliação abrange termos de proposta, corpos docente e discente, inserção social, teses, dissertações e produção intelectual.


    Saiba mais sobre a avaliação trienal na página eletrônica da Capes.

    Assessoria de Imprensa da Capes

  • Profissionais com graduação na área de biologia, ciências biomédicas e da saúde fazem parte do público-alvo do programa de mestrado profissional nos EUA (foto: imagens.usp.br)Profissionais que pretendem obter bolsas de mestrado profissional nos Estados Unidos têm prazo até o dia 31 deste mês para fazer a inscrição. Para concorrer, é necessário ser graduado em 17 áreas do conhecimento, entre as quais engenharias, biotecnologia, energias renováveis e produção agrícola sustentável. Estão previstas mil bolsas de estudos para 21 meses de atividades acadêmicas em tempo integral, com início das aulas em agosto e setembro deste ano.

    Ao fazer a inscrição, o candidato pode indicar até três cursos de mestrado profissional de seu interesse em instituições de ensino norte-americanas, sem ordem de preferência. Para facilitar a escolha, a Chamada Pública nº 1/2013, do programa Ciência sem Fronteiras, relaciona os programas de mestrado oferecidos por 52 instituições.

    Os profissionais que forem selecionados receberão bolsa de US$ 1.150 [R$ 2.733,8] durante 21 meses, terão custeadas as taxas escolares e benefícios como:

    • Auxílio-deslocamento, de US$ 1.604 [R$ 3.813], ou passagem aérea de ida e volta, em classe econômica promocional de acordo com as normas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)
    • Auxílio-instalação de US$ 1,3 mil [R$ 3.090], em cota única
    • Auxílio adicional mensal de manutenção de US$ 400 [R$ 950] para estada em cidades de alto custo
    • Seguro-saúde, a ser pago diretamente à instituição de destino do bolsista, que providenciará a aquisição do benefício


    Todos os pagamentos serão feitos pela Capes.


    Áreas— O candidato precisa ser brasileiro, ter concluído a graduação depois de 1998 ou ter previsão de terminar o curso antes de agosto próximo, apresentar teste de proficiência em língua inglesa, com a pontuação mínima indicada e relacionada na chamada pública. Devem ter ainda graduação em uma das áreas:

    • Engenharias e demais áreas tecnológicas
    • Ciências exatas e da terra
    • Biologia, ciências biomédicas e da saúde
    • Computação e tecnologias da informação
    • Tecnologia aeroespacial
    • Fármacos
    • Produção agrícola sustentável
    • Petróleo, gás e carvão mineral
    • Energias renováveis
    • Tecnologia mineral
    • Biotecnologia
    • Nanotecnologia e novos materiais
    • Tecnologias de prevenção e mitigação de desastres naturais
    • Biodiversidade e bioprospecção
    • Ciências do mar
    • Indústria criativa, com ênfase em produtos e processos para desenvolvimento tecnológico e inovação
    • Novas tecnologias de engenharia criativa.

    O programa de mestrado profissional nos Estados Unidos integra o Ciência sem Fronteiras, programa do Ministério da Educação, criado há três anos, que concede bolsas de estudos para períodos da graduação e pós-graduação no exterior. Até o final de 2013 foram concedidas 60 mil bolsas, das quais 48 mil para cursos de graduação em instituições de educação superior de 40 países de todos os continentes. A meta do Ciência sem Fronteiras é fechar 2014 com 101 mil bolsas. Serão 75 mil garantidas pelo governo federal e 26 mil por empresas particulares.

    Ionice Lorenzoni
  • Após quase um ano à frente da agência, presidente da Coordenação voltará a ser reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica


    Anderson Correia (centro) em coletiva de imprensa sobre anúncio de abertura de bolsas da Capes (Foto: Gaby Faria/MEC - 12/12/2019)


    Guilherme Pera, do Portal MEC

    Aliar o funcionamento da concessão de bolsas às restrições orçamentárias vividas em 2019 não foi um dos trabalhos mais fáceis. Prestes a deixar a presidência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Correia trabalhou durante o ano para assegurar a continuidade dos trabalhos da autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC). E conseguiu: a Coordenação finaliza o ano com orçamento de R$ 4,19 bilhões, valor 9% superior aos R$ 3,84 bilhões de 2018.

    Confira uma entrevista feita pelo Portal MEC com o já nomeado reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) — cargo que Anderson Correia ocupava até janeiro deste ano e no qual voltará a atuar em 2020.

    Portal MEC: Quantas bolsas a Capes mantém atualmente? Quem são os maiores beneficiados?
    Anderson Correia: Atualmente, a Capes mantém 99.495 bolsas de pós-graduação no país e no exterior e cerca de 100 mil bolsas para formação de professores da educação básica, ou seja, aproximadamente 200 mil bolsas. Os beneficiados são alunos de cursos de pós-graduação nas diversas áreas do conhecimento, alunos das licenciaturas e professores da educação básica que participam dos programas ofertadas pela Capes.

    A Capes fecha o ano com execução orçamentária na casa dos R$ 4 bilhões, maior que 2018. A que se deve esse valor? Deve-se aos esforços do corpo da Capes em executar os programas já existentes e lançar novos, que visem a suprir as demandas da sociedade brasileira e contribuir para a superação dos desafios apresentados em 2019.

    Houve o lançamento dos Programas de Cooperação Acadêmica em Defesa Nacional (PROCAD-Defesa), Programa de Apoio aos programas de pós-graduação da Amazônia Legal, edital Capes Entre-Mares, programa Forma Brasil Docente, Programa de Incentivo à Excelência Docente, entre outros, além das parcerias nacionais, como entre Capes e o Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesqusa (Confap), e as internacionais, com os Estados Unidos, Alemanha e China.

    Vale dizer, ainda, que metade do orçamento do Capes vai para o pagamento de bolsas de pós-graduação no país e o restante é distribuído entre bolsas de educação básica, Portal de Periódicos, fomento, avaliação da pós-graduação e despesas administrativas da entidade.

    Quais foram as principais dificuldades neste ano? Como aliar políticas públicas e restrições fiscais?
    Um dos principais desafios enfrentados neste ano diz respeito ao orçamento. Como é sabido, no início do ano a Capes [assim como o MEC e as mais diversas pastas do governo federal] teve parte do seu orçamento contingenciado. Dessa forma, a agência empregou uma série de ações a fim de minimizar os efeitos do contingenciamento e manter o sistema em funcionamento e também para otimizar suas ações, com o objetivo de aliar suas políticas à sua realidade orçamentária.

    Uma dessas ações envolve a criação de modelos de alocação de recursos com base em critérios técnicos. Foi elaborado um modelo de redistribuição de bolas de pós-graduação no país, no qual se considera o mérito acadêmico e com foco em áreas consideradas estratégicas a fim de reduzir os desequilíbrios existentes hoje no Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), de alinhar o fomento à Avaliação do SNPG realizada pela Capes e de priorizar cursos de doutorado.

    Outra ação desafiadora é o avanço na implantação do modelo de avaliação multidimensional. Durante o ano, a Capes trabalhou na estruturação desse novo modelo, de suas dimensões e no desenvolvimento de indicadores que possam refletir cada dimensão.

    Destacam-se ainda ações voltadas para a formação inicial e continuada de professores para a educação básica, como o lançamento do Ciência é 10, do Forma Brasil Docente, da formação das escolas cívico-militares e também ações internacionais, como estabelecimento de novas parcerias com instituições de excelência e assinatura de acordos com outros países, como a China.

    O Brasil atingiu em 2019 um dos melhores índices de impacto científico dos últimos 30 anos. O que isso tem a ver com a Capes?
    A Capes é um órgão que essencialmente fomenta a formação de recursos humanos de excelência. Assim, ao contribuir diretamente para formação de pesquisadores do país, por meio de bolsas ou outras formas de fomento, a Capes tem uma relação indireta com o aumento do impacto científico, pois muitas pesquisas que resultam em grande impacto foram desenvolvidas com o auxílio da agência.

    Qual o principal legado de Anderson Correia à frente da Capes?

    • Recuperação do orçamento de 2019, com negociações junto ao Ministério da Economia e ao Congresso Nacional;
    • Reestruturação do modelo de avaliação da Capes, avançando na implementação de um novo modelo multidimensional;
    • Criação de um modelo de redistribuição de bolsas que contribua para a diminuição das assimetrias nas diferentes regiões do país;
    • Mesmo com o contingenciamento do orçamento, todas as bolsas ativas foram pagas, tanto no país como no exterior;
    • Implementação do Programa de Internacionalização (PrInt).
  • A pesquisadora brasileira Bianca Vieira publicou artigo na revista Ibis, the International Journal of Avian Science, que destaca trabalhos inovadores de ornitologia (estudo das aves) ligados a conservação, ecologia, comportamento e sistemática. O trabalho, Using Field Photography to Study Avian Moult, aborda o uso da fotografia de campo no estudo da troca de penas das aves.

    Bolsista de doutorado pleno no exterior pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação, Bianca desenvolve o curso no Instituto de Biodiversidade, Saúde Animal e Medicina Comparada da Universidade de Glasgow, Escócia, no Reino Unido, pelo programa Ciência sem Fronteiras.

    O estudo avaliou o uso da fotografia em análises de troca de penas (muda). Periodicamente, as aves trocam as penas, que se desgastam com os voos e a exposição ao sol. “O estudo da muda, historicamente, sempre foi realizado com aves capturadas ou depositadas em museus”, explica Bianca. “Essa limitação tornou o conhecimento sobre o assunto restrito a pesquisadores com acesso a museus ou àqueles com financiamento para a logística de captura das aves, incluídos equipamentos e licenças.”

    Com a confirmação da fotografia como método válido de estudo, a técnica pode agora ser amplamente aplicada por pesquisadores. O estudo das aves por meio das fotos também torna a ciência mais participativa, pois permite a inclusão de mais pessoas nos grupos de estudo.

    De acordo com Bianca, a estrutura oferecida pela Universidade de Glasgow, com o apoio da Capes, permite o avanço em diversos campos das ciências biológicas. “Aves sempre foram usadas como modelos de estudos para o desenvolvimento de teorias importantes que sustentam nossa sociedade”, afirma. “O método de uso sistemático da fotografia para verificar a muda nas aves pode trazer grandes avanços, por ser mais fácil e barato de executar.”

    Com as informações das fotos, a pesquisadora salienta que será possível fazer a estimativa de idade das aves e avaliar fatores como o efeito do estresse sobre o animal durante períodos vulneráveis, padrões de ecologia espacial, critérios de seleção de habitat, evolução, migração e estrutura de voo.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Durante os quatro anos que passou na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, como bolsista de doutorado pleno da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o pesquisador Leonardo Maestri Teixeira fundou uma empresa de biotecnologia. O projeto deu origem à GeneWeave Biosciences, que acaba de ser vendida a uma multinacional suíça com atuação no Brasil.

    A empresa, voltada para o desenvolvimento de um conjunto de rápido diagnóstico bacteriano e de susceptibilidade antimicrobiana, iniciou as atividades durante o segundo ano de doutorado de Leonardo. “Buscamos uma solução para a erradicação da tuberculose, focando no diagnóstico”, diz o pesquisador. “Daí surgiu o conceito da tecnologia, que posteriormente patenteamos, e aprovamos um projeto para o desenvolvimento da prova de conceito da ideia.”

    De acordo com Leonardo, empresas de base tecnológica normalmente têm como objetivo ser vendidas, ou fazer uma oferta pública de ações. “Nosso objetivo é realmente ver o produto em todos os hospitais, salvando milhares de vidas por ano, já que essa foi a proposta inicial”, ressalta. O valor da aquisição não é integralmente recebido por Leonardo e seus sócios. “Os investidores ficam com a maior parte do retorno da venda, o que é normal, já que o risco de capital é todo deles”, afirma.

    Leonardo fez curso de doutorado de 2004 a 2008, no Departamento de Microbiologia da Universidade de Cornell, no estado de Nova York. “Tínhamos mais de 30 pesquisadores, das mais diversas áreas, trabalhando em conjunto”, afirma. “Fiz a tese de doutorado em nanobiotecnologia, trabalhando com engenharia e uso de proteínas de superfície de bactérias como moldes em nanofabricação.”

    O apoio da Capes e de agências de fomento brasileiras acompanham a trajetória de Leonardo. “Sem o apoio da Capes não teria feito o que fiz”, destaca.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • A bolsa-sanduíche em Portugal rendeu ao brasileiro Bruno Araújo o livro Diálogos Lusófonos em Comunicação e Política. A publicação, em parceria com os professores Liziane Guazina, da Universidade de Brasília (UnB), e Hélder Prior, da Universidade da Beira Interior, de Portugal, tem como objetivo afirmar os estudos em comunicação e política no âmbito do espaço regional lusófono.

    Araújo é bolsista em curso de doutorado na UnB pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação. “Apesar de já termos dado muitos passos nesse sentido, ainda são reduzidos os projetos científicos que apostam nesse tipo de aproximação”, explica Araújo. “Por outro lado, a obra é também uma oportunidade de projeção de vozes críticas que podem estimular espaços de pensamento alternativos aos tradicionais círculos anglo-saxônicos que têm dominado a pesquisa em ambas as áreas. É, por isso, também, um esforço de luta contra-hegemônica e de criação de alternativas.”

    O bolsista da Capes destacou a abordagem interdisciplinar como um dos pontos fortes do trabalho, ao privilegiar pesquisas de natureza comparativa e saberes múltiplos provenientes de diferentes domínios das ciências sociais e humanas. “Compartilho da ideia de que não será possível compreendermos o desempenho dos meios de comunicação e seus impactos sobre a vida social e política sem considerarmos conhecimentos formulados em outras esferas do saber”, diz.

    Estudos — Na UnB, em sua pesquisa de doutorado, Araújo pretende compreender o processo de “mediatização” da corrupção política no Brasil e em Portugal por meio da análise de uma cobertura jornalística específica. Sobre a oportunidade no exterior, o bolsista a analisa como riquíssima, tanto do ponto de vista acadêmico e profissional quanto sob o prisma cultural.

    Nos meses em que esteve em fora, além do trabalho de pesquisa quotidiano, o bolsista também estabeleceu contatos importantes para fortalecer laços em torno de novos projetos de pesquisa que envolvam Brasil e Portugal. “Isso vai diretamente ao encontro dos esforços de internacionalização do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UnB”, afirmou.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O estudante brasileiro Clelton Santos, bolsista de pós-doutorado no exterior pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), participou de uma pesquisa na Irlanda, na área de bicombustíveis, que poderá causar impacto nas biorrefinarias. A equipe da qual Clelton fez parte publicou o estudo no jornal inglês Microbial Cell Factories, de grande prestígio na área científica.

    Durante a estadia na Irlanda, Clelton teve a oportunidade de trabalhar em um centro de excelência na área de bioquímica industrial e bioenergia, o que lhe permitiu desenvolver sua pesquisa usando enzimas recombinantes para melhorar a eficiência da degradação enzimática de biomassa, conforme ele explicou.

    Clelton Santos finalizou em maio deste ano o estágio pós-doutoral, que promoveu colaboração bilateral entre Brasil e Irlanda, por meio das Universidade de Campinas (Unicamp) e a National University of Ireland Galway (NUIG). “Meu pós-doutorado teve por objetivo buscar novas alternativas para melhorar a hidrólise enzimática de biomassa vegetal para a produção de bioetanol, com o uso de fungos”, explicou. Segundo ele, os fungos são excelentes produtores de enzimas (celulases) capazes de converter substratos celulósicos em açúcares livres, que por sua vez podem ser fermentados visando à geração de etanol. “O nosso estudo acrescenta novos conhecimentos à utilização de proteínas acessórias na degradação de biomassa vegetal”, explicou.

    Nesse sentido, o pesquisador destaca a elevação da qualidade da pesquisa e ciência brasileiras nos últimos anos. “O Brasil está passando por uma transição muito promissora, no que se refere à qualidade da pesquisa científica feita aqui em nosso país”, afirmou. “Diferente do que acontecia há poucos anos, atualmente já estamos executando projetos de pesquisa semelhantes aos que são realizados em universidades renomadas da Europa e Estados Unidos.

    Clelton considera a colaboração com grupos estrangeiros um fator extremamente importante para a consolidação de grupos de pesquisa fortes no Brasil. “O nosso trabalho, por exemplo, graças à colaboração com o grupo irlandês, adiciona novas informações com relação à produção e aplicação biotecnológica de proteínas recombinantes para a degradação de biomassa vegetal, nos permitindo vislumbrar novas abordagens e futuros projetos na área de biocombustíveis.”

    Clelton também posiciona a pesquisa no horizonte do conhecimento ligado à produção ambientalmente sustentável. “O Brasil, além de ser líder mundial na produção de etanol, tem se destacado no desenvolvimento de bioetanol de segunda geração, produzido a partir de biomassa residual da indústria de celulose, com especial atenção ao bagaço de cana-de-açúcar. Os nossos esforços se somam a outros grupos brasileiros, que têm trabalhado para que a indústria de biocombustíveis seja uma realidade certa no futuro do Brasil. O mundo pede um novo olhar sustentável com respeito ao meio ambiente e nós estamos tentando acrescentar nesse sentido.”

    Exterior – O bolsista define a possibilidade de viver fora do Brasil e realizar uma pesquisa em colaboração com um grupo no exterior como indescritível. “Você pode ler a respeito de uma cultura, pode conhecer a fundo a história de um povo, porém tudo é diferente quando você está lá vivendo o dia a dia com eles. Mais que acrescentar novas experiências à bagagem profissional, a experiência no exterior traz também profundas transformações pessoais”, comenta.

    Clelton também destaca o papel do fomento do Governo Federal em sua pesquisa. “A Capes teve um papel definitivo para que meu projeto de pós-doutoramento pudesse ser realizado na National University of Ireland Galway (NUIG). O referido projeto é também ligado a um projeto de biologia computacional coordenado pela professora Anete P. Souza, da Unicamp, também financiado pela Capes, que permitiu que meu projeto fosse inicialmente formulado e a colaboração com o grupo Irlandês fosse estabelecida. Sem o apoio da Capes nós não teríamos conseguido desenvolver com rapidez e sucesso tal projeto”, ressalta.

    Confira outras informações sobre o bolsista

    Acesse o estudo Production of a recombinant swollenin from Trichoderma harzianum in Escherichia coli and its potential synergistic role in biomass degradation.

    Saiba mais sobre o Programa de Pós-doutorado no Exterior

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes  

  • Julia Pereira Postigo, bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP), desenvolveu uma plataforma de baixo custo para detecção de cinomose – doença provocada por um vírus – em cães. Trata-se de um dispositivo de papel com determinadas proteínas que interagem com os anticorpos presentes no sangue do animal, o que permite identificar o vírus por meio de linhas vermelhas bem definidas e detectáveis a olho nu, em qualquer estágio da doença.

    A pesquisa foi desenvolvida durante a dissertação de mestrado da estudante, sob orientação do professor Emanuel Carrilho, do grupo Bioanalítica, Microfabricação e Separações (BioMicS). “A cinomose é a segunda doença que mais mata cães em todo o mundo, perdendo apenas para a raiva. Seus sintomas iniciais são comuns a outras doenças do sistema nervoso, o que dificulta muito o diagnóstico clínico. Quando os sintomas característicos aparecem, a chance de cura diminui consideravelmente, visto que o animal já está muito debilitado para responder ao tratamento”, explica Julia. Assim, o dispositivo tem grande importância para auxiliar no diagnóstico precoce e na cura de animais de pequeno porte.

    O aparelho tem custo menor que os importados e fornece o resultado em poucos minutos. Sendo assim, pode ser utilizado sempre que o animal passar por consulta preventiva, aumentando sua expectativa de vida. Com a indicação de que o cão está doente, pode-se iniciar o tratamento de imediato, mesmo que não apresente os sintomas característicos.

    Parceria – O estudo foi feito em parceria com a empresa ParteCurae, especializada no desenvolvimento de testes para a detecção de doenças de animais de pequeno e grande porte, assim como testes diagnósticos para infecções virais em plantas. “A ParteCurae viu uma necessidade de mercado, visto que no país não existe diagnóstico rápido e barato para a cinomose canina”, ressalta Julia. “Como a empresa é parceira do grupo BioMicS desde sua fundação, me foi oferecida a oportunidade de desenvolvimento do projeto, que resultou na dissertação. O grupo já é famoso pelo uso de papéis na fabricação de dispositivos de baixo custo, então a plataforma foi desenvolvida em papel de filtro, bem como nos moldes das plataformas convencionais”.

    A ParteCurae foi fundada por ex-alunos do professor Emanuel Carrilho, egressos do grupo BioMicS, o que permite a realização de pesquisas aplicadas. Para a bolsista, esse tipo de cooperação rende frutos positivos a todos os envolvidos. “A parceria entre empresas e a pós-graduação é muito bem-vinda, visto que direciona muito bem a pesquisa, pela união de conhecimentos vindos da universidade com os conhecimentos da iniciativa privada, em que sempre se visa maximizar os resultados com a diminuição dos custos”, destaca. Nesse tipo de parceria, a propriedade intelectual é compartilhada entre as instituições envolvidas, considerando a extensão do envolvimento de cada participante.

    Fomento – Julia foi financiada como bolsista da Capes e a ParteCurae recebeu recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “Esse trabalho mostra o quão importante é o financiamento do governo à pesquisa, em todos os aspectos. No Brasil, a pesquisa de ponta, dentro das universidades é feita pelos alunos de mestrado, doutorado e pesquisadores pós-doutorandos que, por meio das bolsas, conseguem se sustentar e se dedicar com exclusividade ao trabalho, objetivando o crescimento e desenvolvimento do país. Sem o financiamento pela Capes, a pesquisa seria inviável por falta de mão de obra para a sua realização”, avalia a bolsista.

    O próximo passo é levar o produto à comercialização. “O projeto atual continua em desenvolvimento pela empresa, nas etapas de validação da plataforma com amostras reais para, posteriormente, realizar o desenvolvimento comercial – marketing, escala de produção e venda. Como pesquisadora, vou focar na publicação desse trabalho e encontrar novas oportunidades de projetos que estabeleçam parcerias similares a fim de ampliar o meu conhecimento”, conclui Julia, que defendeu a dissertação de mestrado no último dia 24.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Ex-bolsista de doutorado pleno no exterior, a brasileira Aline Beltrame de Moura recebeu, em junho último, o prêmio Riccardo Monaco, concedido à melhor tese de doutorado defendida na Itália na área de direito internacional. Aline é a primeira estrangeira a receber o prêmio naquele país.

    O trabalho da pesquisadora, defendido em Milão, em fevereiro de 2014, contém uma análise da cidadania sob a perspectiva do direito internacional da União Europeia e do Mercosul. “O objetivo principal do trabalho é analisar a possibilidade de estabelecimento de uma cidadania regional no âmbito do Mercosul inspirada no modelo europeu, haja vista a assinatura do Plano de Ação para a Criação da Cidadania do Mercosul até 2021”, explica.

    Aline destaca a importância de ter realizado o trabalho no exterior. “Teria sido impossível realizar a pesquisa sem ter o acesso à bibliografia estrangeira, encontrada com facilidade nas bibliotecas europeias, e sem o contato com renomados professores da área, que em muito enriqueceram a pesquisa”, diz. “A Università degli Studi di Milano tem um excelente acervo e é uma referência na área do direito internacional.”

    O prêmio Riccardo Monaco é entregue anualmente pela Sociedade Italiana de Direto Internacional. “Realmente, não imaginava que poderia ganhar o prêmio, ainda mais por ter escrito a tese em italiano e ser estrangeira”, diz Aline. “É um reconhecimento de todo o trabalho que desenvolvi nos últimos anos, antes mesmo do doutorado.”

    De acordo com Aline, o tema da pesquisa foi amadurecendo com ela desde a época da graduação na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e, depois, durante o mestrado, na mesma instituição, período em que foi orientada pelo professor Arno Dal Ri Júnior e no qual teve o auxílio da bolsa de estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação. “Teria sido impossível realizar o doutorado na Itália sem o apoio financeiro da Capes”, afirma. “Agradeço pela oportunidade de ter sido bolsista de doutorado pleno do exterior de 2010 a 2014.”

    Retorno — De volta ao Brasil, a pesquisadora salienta que o investimento realizado pelo governo na sua formação é agora repassado à educação do país. “Além de poder transmitir o conhecimento da matéria em forma de conteúdo em sala de aula, acredito ser muito importante que o magistério seja, na medida do possível, um referencial positivo para os alunos, no sentido de que um trabalho feito com dedicação e perseverança acabe refletindo seu esforço, mesmo que de modo inesperado, como foi este prêmio”, diz.

    Aline trabalha como professora na UFSC e na Faculdade Cesusc, em Florianópolis. “Voltar à UFSC, agora como professora, é ao mesmo tempo uma grande responsabilidade e alegria, pois tenho a possibilidade de contribuir e agradecer pelos anos de formação que tive nesta instituição, que sempre será a minha casa”, destaca.

    O programa de doutorado pleno no exterior da Capes contempla diversas áreas do conhecimento e destina-se a candidatos de elevado desempenho acadêmico. A oferta de bolsas é uma alternativa complementar às possibilidades abertas pelo conjunto dos programas de pós-graduação no Brasil e permite ampliar o nível de colaboração e de publicações conjuntas entre pesquisadores que atuam no Brasil e no exterior para dar visibilidade internacional à produção científica, tecnológica e cultural brasileira e ampliar o acesso de pesquisadores brasileiros a centros internacionais de excelência.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • A estudante brasileira Marcela Magalhães de Paula ministrou conferência, como representante da língua portuguesa, na Jornada Europeia das Línguas, na Universidade La Tuscia, em Viterbo, Itália, em setembro de 2015. Bolsista de pós-doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Marcela foi indicada pelo Departamento de Promoção da Língua Portuguesa (DPLP) do Ministério das Relações Exteriores.

    O evento é realizado desde 2001, quando a União Europeia declarou a data de 26 de setembro como Dia Europeu das Línguas. “Trata-se de um dia para celebrar a diversidade linguística, o multilinguismo e a aprendizagem de línguas ao longo da vida dos estudantes e cidadãos europeus”, diz Marcela. “É uma iniciativa do Conselho Europeu e da União Europeia destinada a jovens e idosos, que são convidados a descobrir uma nova língua ou a aprender as competências linguísticas já adquiridas, como também para os professores e educadores, que são, assim, estimulados a elaborar estratégias para facilitar a aprendizagem de línguas e apoiar programas destinados a promover a língua.”

    O tema proposto na conferência foi o Tropicalismo e o Modernismo Brasileiro. “Fui chamada para representar a língua portuguesa, vertente brasileira, por meio de uma conferência, A Língua Portuguesa, o Modernismo Brasileiro e o Tropicalismo”, afirma. “A participação foi muito importante, pois rendeu um convite formal de intercâmbio direto entre os professores, alunos do mestrado na Unilab e o Departamento de Letras da Universidade La Tuscia.”

    A partir da conferência, surgiu convite da Embaixada do Brasil em Roma para Marcela desenvolver projeto-piloto, para o Departamento de Promoção da Língua Portuguesa (DPLP) do Ministério das Relações Exteriores, de elaboração e desenvolvimento de cursos on-line de português como língua estrangeira. “Em futuro próximo, pode beneficiar quem pretende aprender ou aperfeiçoar o idioma português em todas as partes do mundo”, diz a bolsista. “Inclusive alunos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).”

    Marcela foi convidada também a compor equipe de investigadores do projeto A Nona Ilha, em Portugal. “A proposta tem como objetivo coletar histórias de vida de imigrantes de Portugal e descendentes para a constituição de um corpus oral e publicação de obras teóricas em ciências sociais e humanas relacionadas ao tema”, diz a bolsista.

    Fórum — A Unilab integrará a comissão para a organização do próximo Fórum Internacional Interdisciplinar sobre As Novas Formas de Escravidão, a ser realizado em Bolonha, Itália, em 13 de maio próximo. “Vale lembrar que Redenção, uma das sedes da Unilab, foi a primeira cidade brasileira a libertar os escravos”, diz Marcela. “Coincidentemente, em 1256, Bolonha foi a primeira cidade do mundo a abolir a escravidão, ao promulgar o Liber Paradisus, texto legislativo que libertou então todos os servos.”

    A bolsista acredita que o trabalho realizado pode ter repercussão na realidade brasileira. “Minha pesquisa ajuda a pensar de que forma a violência racial se manifesta nos indivíduos, em dois aspectos ligados à linguística: cognitivo e social”, afirma. “É um tema atual e sempre em debate, principalmente na Unilab.”

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • São R$ 300 milhões para a educação básica e R$ 300 milhões para a pós-graduação

    A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou mais R$ 600 milhões para o orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em 2020. O dinheiro vai assegurar 135 mil vagas para os programas de formação de professores da autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), bem como a criação de 6 mil bolsas de pós-graduação e pesquisa.

    Duas emendas foram analisadas durante a sessão desta quarta-feira, 16 de outubro. A primeira, proposta pelo MEC, é voltada para a educação básica, no valor de R$ 300 milhões. A iniciativa viabiliza a manutenção de todos os editais dos programas:

    • de Mestrado Profissional para Qualificação de Professores da Rede Pública de Educação Básica (ProEB);
    • Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid); • Residência Pedagógica;
    • Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), além da criação de novos programas.

    Segundo o presidente da Capes, Anderson Correia, as emendas trazem tranquilidade para o orçamento em 2020. “Estaremos muito bem no próximo ano, atendendo a todos os bolsistas, programas e lançando novas iniciativas”, disse.

    A segunda proposta garante mais R$ 300 milhões para a pós-graduação. A emenda vai assegurar novas bolsas de pesquisa, sendo 2 mil de mestrado, 3,5 mil de doutorado e 500 de pós-doutorado no Brasil e no exterior.

    As duas emendas seguem agora para a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional, composta por deputados e senadores.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Estão abertas as inscrições para candidatos a bolsas de doutorado integral, doutorado-sanduíche e dupla titulação (no Brasil e no exterior) na Alemanha. Para concorrer, os candidatos devem apresentar propostas, sob a forma de projeto, e encaminhá-las pela internet, no formulário disponível na Plataforma Carlos Chagas, até as 18 horas (de Brasília) de 15 de março próximo. O resultado será divulgado até julho, e as bolsas serão implementadas a partir de abril de 2013.

     

    O candidato precisa atualizar o Currículo Lattes antes do preenchimento do formulário. A documentação a ser anexada ao formulário e aquela a ser enviada pelos Correios está especificada no Edital da Capes n° 7/2010. Após o envio do projeto, um recibo eletrônico de protocolo da proposta servirá como comprovante da transmissão.

     

    Desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (Daad), o programa de oferta das bolsas prevê a formação de professores e pesquisadores de alto nível e a consolidação da cooperação científica entre os dois países.

     

    As bolsas serão concedidas a candidatos com excelente qualificação científica e acadêmica, em todas as áreas de conhecimento. A seleção caberá a uma comissão de consultores e representantes da Capes, do CNPq e do Daad.

     

    O programa prevê a oferta de cursos de alemão para os selecionados. A duração pode variar, de acordo com o conhecimento do idioma pelo candidato, área da pesquisa na Alemanha, condições e pré-requisitos da universidade anfitriã naquele país. Para bolsistas que necessitem de seis meses de curso, as aulas terão início em outubro; quatro meses, em dezembro; dois meses, em fevereiro de 2013. Os candidatos a doutorado-sanduíche terão direito ao curso de alemão caso a permanência no país seja de no mínimo dez meses.

    Mais informações no Edital nº 7/2012.


    Assessoria de Imprensa da Capes

     

    Confira a Plataforma Carlos Chagas

     

    Confira a Plataforma Lattes

  • R$ 200 milhões serão investidos em cursos de mestrado e doutorado


    O presidente da Capes, Anderson Correia (centro), anunciou mais bolsas para 2020 (Foto: Gabriel Jabur/MEC)


    Os interessados em conquistar bolsas de pós-graduação terão 1.800 novas oportunidades em 2020. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) assinou nesta terça-feira, 26 de novembro, um protocolo de intenções para investir R$ 200 milhões nas novas bolsas nos próximos quatro anos. Serão beneficiados cursos de mestrado e doutorado considerados estratégicos e de relevância para o desenvolvimento regional.

    A definição dos cursos a serem atendidos será responsabilidade de cada estado brasileiro, que deve elencar as áreas que querem priorizar, como, por exemplo, energia, mobilidade urbana, saúde, meio ambiente e gestão. A partir dessa escolha, serão apontados pela Capes os programas de pós-graduação beneficiados.

    Durante a coletiva de imprensa sobre o protocolo, o presidente da Capes, Anderson Correia, destacou que as medidas foram possíveis com a liberação de recursos do Ministério da Educação (MEC) neste ano e ampliação do orçamento da Coordenação em 2020. “Vamos fechar o ano com chave de ouro: não apenas descontingenciando recursos, mas também reinvestindo na pós-graduação com foco nas diferenças regionais”, afirmou.

    O termo foi assinado em parceria com Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), que tem o objetivo de promover uma melhor articulação dos interesses das agências estaduais de fomento à pesquisa científica, tecnológica e de inovação no Brasil. A organização representa 26 fundações de amparo à pesquisa.

    A iniciativa soma esforços para a elaboração de um programa de desenvolvimento estratégico da pós-graduação nos estados. Para isso, serão atendidos cursos considerados emergentes e em fase inicial de implantação, com notas 3 ou 4 na avaliação da Capes. A nota máxima dada pela coordenação é 7.

    Para o presidente da Confap, Evaldo Vilela, a iniciativa é uma chance para que os programas melhorem e mudem de patamar. “A pós-graduação na CAPES evoluiu muito, viramos referência mundial. Mas, as necessidades de hoje são diferentes das do início do século. Então, nós temos que nos atualizar através de parcerias”, afirmou Vilela.

    Pelo documento, as duas instituições assumem o compromisso de atuar de maneira articulada para a definição de um programa no prazo máximo de dois meses. Além do aporte de recursos, a Capes coordenará os trabalhos. Caberá ao Confap ajustar as ações a serem planejadas com os reitores, pró-reitores de pesquisa e pós-graduação, Fundações de Amparo à Pesquisa Estaduais e outros órgãos do Sistema Estadual de Pós-Graduação e do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação.

    A expectativa é de que as Fundações de Amparo à Pesquisa Estaduais atuem, em conjunto com a CAPES, na seleção das áreas estratégicas dos estados e dos cursos a serem apoiados, além de aportarem recursos de contrapartida – que podem variar de 20% a 50% – com custeio, capital ou bolsas.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

    26/11/2019 - CAPES abre 1800 novas bolsas de pós-graduação - Fotos: Gabriel Jabur/MEC



  • Pesquisadores têm até as 17 horas de 30 de abril para participar

     

    Os programas de pós-graduação que estudam epidemiologia, infectologia, microbiologia, imunologia, bioengenharia e bioinformática já podem realizar as inscrições de projetos no Programa de Combate às Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os pesquisadores têm até as 17 horas de 30 de abril para participar.

    Serão financiadas até 30 propostas e concedidas 900 bolsas de doutorado e pós-doutorado, com investimento de até R$ 70 milhões. Os projetos selecionados receberão até 18 bolsas de pós-doutorado e 12 de doutorado, além de receber R$ 345 mil em custeio e verba de capital. As propostas devem ser submetidas, exclusivamente, por meio do endereço eletrônico: https://inscricao.capes.gov.br/individual.

    Para o presidente da Capes, Benedito Aguiar, as universidades brasileiras têm um grande potencial, que precisa ser aproveitado e valorizado. "Neste momento de grande apreensão na sociedade brasileira, a Capes intensifica o seu apoio aos programas de pós-graduação”, disse.

    De acordo com Julival Ribeiro, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, o investimento em pesquisas como as apoiadas pela Capes neste edital é fundamental. Para ele, o mundo não estava preparado para enfrentar a pandemia de coronavírus. “Não sabemos quando teremos outra pandemia de gripe, mas ela virá”, afirmou.

    A iniciativa prevê o apoio a grupos de pesquisadores que estudem sobre surtos, endemias, epidemias e pandemias. A medida vai auxiliar tanto no entendimento e enfrentamento da atual crise de coronavírus, como no preparo do país para novos surtos. 

    Para ele, investir agora em projetos de pesquisa sobre inquérito epidemiológico, desenvolvimento de diagnósticos e formas de tratamentos ajudará a academia a estar mais bem preparada para dar respostas às futuras pandemias. 

    Conheça mais sobre o programa aqui: https://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=87291

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

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