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  •  Alunos, professores, diretores e familiares participam do estudo em 18 países

    Giulliano Fernandes, do Portal MEC

    Avaliar a qualidade da educação no Brasil e na América Latina é o objetivo da quarta edição do Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Erce), que será aplicado no Brasil na primeira quinzena de novembro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A avaliação internacional, feita pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), contará com a participação de estudantes do 4º e 7º ano do ensino fundamental, professores, diretores e famílias.

    Neste ano, 18 países participam do Erce: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.

    "O Inep participou da aplicação das provas e questionários nas três edições anteriores do Erce. É uma parceria com Unesco. Nós colaboramos com o fornecimento de insumos, com as análises curriculares, a elaboração de itens para as provas e também com o planejamento logístico e a capacitação de quem aplica as provas no Brasil", explicou Carlos Roberto Pinto de Souza, diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep.

    No Erce, são aplicadas provas de Leitura, Escrita, Matemática e, para o 7º ano, Ciências da Natureza. Há ainda questionários para professores, diretores e famílias responsáveis pelos estudantes.

    De acordo com Clara Machado, pesquisadora tecnológica do Inep, apesar de existirem outras avaliações do tipo, o Erce abrange países que não necessariamente participam do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). “O Erce contempla países diferentes que compartilham de um contexto mais próximo do nosso. É também uma etapa diferente. Enquanto o Pisa avalia estudantes de 15 anos, o Erce é focado em séries escolares, no caso, 4º e 7º anos", explicou.

    As provas são aplicadas sempre no final do ano letivo de cada país. A análise final dos dados é feita pela Unesco. “O objetivo do Erce é retroalimentar políticas públicas de educação. Com o resultado do Erce, você tem todo o contexto escolar do aluno, da família, dos professores. Os dados fornecidos ajudam a entender todo esse contexto", afirmou Clara Machado.

    Contatos - Nesta semana, começaram os contatos com as escolas para confirmar a participação. A adesão das instituições selecionadas para compor a amostra é fundamental para a consolidação de informações de qualidade sobre a educação.

    Erce - O Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Erce) é uma importante avaliação internacional que a Unesco aplica regularmente, em parceria com o Inep, estudantes da região da América Latina e Caribe desde 1997. O Erce fornece informações sobre o que os estudantes aprendem nos países dessa região.

    Realizações do Erce na América Latina:

    1997 - 11 países

    2006 - 16 países

    2013 - 15 países

    2019 - 18 países

    Saiba mais sobre o Erce no portal do Inep

    Com informações do Inep

  • Estudo publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) mostra que o Brasil pode ser considerado país de alto desenvolvimento educacional em três dos quatro itens utilizados para construir o ranking do Índice de Desenvolvimento Educação para Todos. O relatório Educação para Todos 2010: Alcançando os marginalizados mostra que o Brasil tem altos índices de atendimento universal no ensino fundamental, alfabetização e igualdade de acesso à escola entre alunos e alunas.

    O estudo cita o Brasil como destaque na área de alfabetização, com o programa Brasil Alfabetizado, iniciado em 2003, que contava com oito milhões de atendidos, segundo o relatório, que utiliza dados de 2007. Até 2008, o programa formou 9.856.916 alfabetizandos. Há hoje, cadastrados em turmas ativas e em alfabetização, 2.135.495 alunos. Para 2010, a meta será atender 2,5 milhões de pessoas.

    Ações governamentais como o Bolsa-Família, o Fundeb e o programa Fome Zero são também elogiados como medidas eficientes para reduzir os déficits de financiamento da educação e os problemas de aprendizagem causados pela desnutrição dos alunos. O relatório menciona o Brasil também como bom exemplo na criação de programas orientados especificamente para escolas em comunidades desfavorecidas.

    PDE– Outro ponto positivo para o Brasil diz respeito à criação de ferramentas para elevar os padrões de qualidade do ensino, detectando cedo os problemas e realizando ações continuadas e avaliações de aprendizagem e de condições de leitura desde os primeiros anos do ensino fundamental. É exatamente o que faz o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), criado em 2007 com políticas concretas e objetivas para combater de frente os grandes problemas da educação brasileira, da creche à pós-graduação.

    Na área de avaliação, o Brasil teve um grande crescimento a partir de 2007, que pode ser acompanhado a partir da criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que permitiu ao país estabelecer metas até 2021 para todos os estados, municípios e escolas do país. Entre 2005 e 2007, o Ideb cresceu de 3,8 para 4,2, superando a meta estabelecida em 3,9. Além do Ideb, houve o fortalecimento da Prova Brasil e foi criada também a Provinha Brasil, para acompanhar, avaliar e melhorar a qualidade da alfabetização e do letramento inicial de crianças até oito anos.

    A educação básica foi reforçada com a entrada da educação infantil, do ensino médio e da educação de jovens e adultos (EJA) em programas de distribuição de livros didáticos, alimentação e transporte escolar, além da transformação do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que garante financiamento suplementar também para aqueles níveis de ensino.

    O Programa Brasil Alfabetizado, voltado para a alfabetização de adultos, também teve uma grande reformulação. A responsabilidade pelo programa passou a ser solidária entre a União, estados e municípios. Cabe às secretarias estaduais e municipais mobilizar os analfabetos, selecionar e capacitar os professores. A União custeia as bolsas dos professores e destina recursos para material didático, merenda e transporte escolar dos estudantes, para aquisição de óculos e supervisão das aulas.

    Base de dados – O relatório da Unesco foi elaborado com dados de 2006 e 2007 que, segundo a organização, são os últimos dados consolidados entre os países avaliados. Nesse período, o Brasil passou por mudanças substanciais em algumas políticas de educação ignoradas na construção dos indicadores do relatório. É o caso da aprovação da lei que mudou o ensino fundamental para nove anos e da criação do Educacenso, sistema informatizado de contagem individualizada de alunos.

    Com o Educacenso, a unidade aferida no censo escolar deixou de ser a escola, para ser o aluno, diminuindo drasticamente e por completo a dupla contagem de estudantes. Com isso, entre 2006 e 2007, observou-se uma queda no número oficial de alunos matriculados – de 55,9 milhões para 52,3 milhões – mas que reflete com muito mais precisão a realidade do país.

    De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad/IBGE), a taxa de frequência líquida a estabelecimento de ensino das pessoas de sete a dez anos no Brasil era de 91,2% em 2006, cresceu para 93,09% em 2007 e foi a 94,64% em 2008, o que demonstra um crescimento contínuo.

    Luciana Yonekawa

    Veja a íntegra do relatório da Unesco.
  • Representantes de 195 países membros da ONU redigirão documento com orientações para a política de educação para os próximos anos (Foto: Unesco)Representantes de 195 países participam, ao longo desta semana, em Paris, da 38ª Reunião da Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Durante o encontro acontecerá ainda a reunião de alto nível para aprovação do Marco de Ação de Educação 2030. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, chefiará a delegação brasileira presente na conferência, que levará aos demais participantes as experiências que vêm sendo adotadas em educação no Brasil.

    O Marco de Ação de Educação 2030 pretende estabelecer nos níveis nacional, regional e global as prioridades para a educação até 2030, de forma a colocar em prática os compromissos assumidos na Conferência Mundial de Educação, que aconteceu em maio na cidade de Incheon, na República da Coreia. A reunião será realizada nesta quarta-feira, 4, com a presença de representantes dos 195 estados membros das Nações Unidas.

    A meta central do Marco é promover uma educação de qualidade, inclusiva e igualitária ao longo de toda a vida para todos. Os enfoques estratégicos preveem o fortalecimento de políticas, planos, legislações e sistemas que enfatizem a promoção da educação como meio de inclusão e igualdade de gênero. O grande objetivo é que até 2030 os países membros ofereçam educação com qualidade de aprendizado a todos, mesmo àqueles que estejam em situação de emergência.

    Dentro dos objetivos globais se buscará resguardar a todos os meninos e meninas, até 2030, uma educação primária e secundária completa, gratuita, justa e de qualidade. O objetivo é preparar todas as crianças, já na primeira infância, para a educação primária e, portanto, para a educação ao longo de toda sua vida.

    O Marco de Ações para Educação 2030 também estabelecerá garantias de que até aquela data todos os jovens, e uma porção substancial de adultos, homens e mulheres, possam alcançar a alfabetização, bem como habilidades em matemática, formação técnica profissional para o emprego, trabalho decente e o empreendedorismo, incluindo também a educação universitária.

    Para os professores, o Marco de Ações para Educação 2030 preverá maior qualificação, incluindo a possibilidade de cooperação internacional entre os países membros para a formação de docentes nos países em desenvolvimento, especialmente para os menos desenvolvidos. O documento abordará a necessidade de eliminação da disparidade entre os gêneros, o acesso a condições de qualidade para pessoas vulneráveis, portadores de necessidades especiais, populações indígenas, crianças em situações de risco, para que possam ser preservados em todos os níveis de educação.

    Conferência – A Conferência Geral acontece a cada dois anos com a participação de estados membros e associados. São convidados a participar observadores de países não membros, organizações intergovernamentais, organizações não governamentais e fundações. Cada estado membro possui voz e voto, não importando seu tamanho ou sua contribuição orçamentária. A reunião determina ainda a orientação e a linha de conduta geral da Unesco. A Conferência deste ano também marca o 70º aniversário da Unesco, que acolherá, nos dias 16 e 17 de novembro, um Fórum de Dirigentes, do qual participarão chefes de estados e governo dos países membros da organização.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Em Paris (França), a secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, reuniu-se com o ministro da Educação português, Tiago Brandão Rodrigues, para um balanço sobre a educação em Portugal e no Brasil. O encontro foi realizado durante a 39ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), evento do qual a secretária participa, junto a representantes de todos os 195 países membros da organização.

    No encontro, a secretária-executiva e o ministro português destacaram a importância de programas como a residência pedagógica na formação inicial de professores, iniciativa que Portugal já vem realizando. Outro tema abordado foi a flexibilização do currículo do ensino médio com a oferta de cursos técnicos profissionalizantes em Portugal, permitindo que alunos terminem essa etapa do ensino com dupla certificação.

    Maria Helena de Castro também se reuniu com o ministro da Educação da Argentina, Alejandro Oscar Finochiaro. Durante o encontro, eles abordaram o futuro da educação, as prioridades de cada país e a importância de incrementar os temas educacionais no G-20 (Grupo dos 20, formado por ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo, incluída a União Europeia).

    “Estamos numa agenda que converge, a agenda do G-20, que prevê as competências globais do século 21 para atingir as metas da agenda 2030 e a do financiamento da educação”, resumiu a secretária-executiva do MEC.

    As discussões realizadas durante a 39ª Conferência Geral da Unesco visam ajudar governos a desenharem políticas públicas que oferecem apoio a professores e gestores públicos no preparo dos estudantes para os desafios deste século. Dentre as deliberações, ficou acertado que, em 2018, Brasil, Argentina e México vão participar da coordenação regional do G-20, em Buenos Aires.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Do grupo de nove países em desenvolvimento mais populosos do mundo (E-9), o Brasil alcançou o melhor índice de alfabetização de mulheres em relação ao de homens. Segundo dados de 2008 da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o país alfabetizou 90,22% das pessoas do sexo feminino matriculadas em alguma instituição de ensino, desde a educação infantil até a faixa de adultos que não passaram pelo ensino regular. O total de homens nessa situação ficou em 89,9%.

    O total de brasileiros alfabetizados nesse período atingiu 90,04%. Em patamar próximo estão a China, com 93,23% (95,98% dos homens e 88,48% das mulheres) e México, com 91,6% (93,2% dos homens e 90,2% das mulheres). Em outras nações do E-9, os índices de alfabetização de mulheres são muito baixos. Exemplos dessa situação são a Índia, com 66% da população alfabetizada (76,7% dos homens e 54,9% das mulheres) e o Paquistão, com 56% (78% dos homens e 44% das mulheres).

    Os dados da Unesco foram apresentados no oitavo encontro do E-9, em Abuja, Nigéria, em junho. Segundo o diretor de políticas de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Jorge Teles, representante do Ministério da Educação no evento, o encontro em Abuja avaliou o andamento do Pacto pela Aceleração da Alfabetização, firmado em 2000 pelos nove países — Bangladesh, Brasil, China, Egito, Índia, Indonésia, México, Nigéria e Paquistão. O acordo propõe reduzir em 50%, até 2015, a taxa de analfabetismo de jovens e adultos.

    Teles prevê que a meta será alcançada pelo Brasil. Em 2000, o país tinha 14% de analfabetos com idade acima de 15 anos. Em 2010, esse índice está em 9,9%. Em 2015, deve cair para 7%, o que significa redução de 50%, conforme pactuado.

    Os resultados obtidos pelo país, de acordo com Teles, devem-se à criação, em 2003, do Programa Brasil Alfabetizado, hoje política de Estado. Financiamento da educação de jovens e adultos, criação e distribuição de livros didáticos e de literatura apropriados para as faixas etárias, oferta de merenda e de transporte escolar são iniciativas dessa política nacional.

    Complementa o modelo a criação de um sistema de parceria com estados, Distrito Federal e municípios, que recebem recursos e apoio técnico da União para o trabalho de alfabetização. Tanto o programa quanto a aprendizagem dos alunos estão sujeitos a avaliação. O programa de alfabetização oferece ainda incentivos financeiros para a matrícula de jovens e adultos nas redes de ensino, de forma a permitir que completem a educação básica.

    Teles salienta que o Brasil, ao abandonar o sistema de campanhas e adotar a política de Estado, alcançou índices de alfabetização que hoje permitem assegurar a possibilidade de cumprimento da meta do E-9. O país também se destaca por levar a educação de jovens e adultos ao meio rural, problema comum às nações do E-9. Desde 2005, estados e municípios que comprovem matrícula de jovens e adultos residentes no campo recebem mais recursos para a alfabetização.

    Experiências — Além de apresentar dados no encontro de Abuja, o representante brasileiro conheceu experiências desenvolvidas em outros países. De Bangladesh, o Brasil tem interesse na alfabetização a distância com inclusão digital; da Indonésia, na alfabetização bilíngue, que pode ser usada com povos indígenas; da Índia, no trabalho de alfabetização de mulheres com base em direitos humanos.

    Dados da Unesco relativos a 2007 apresentados no encontro de Abuja mostram que o México é o país do grupo que apresenta o menor número absoluto de analfabetos (5,3 milhões), seguido da Indonésia (13,2 milhões) e do Brasil (13,8 milhões). Na sequência vêm Egito (16,8 milhões); Nigéria (23,2 milhões); Paquistão (47 milhões); Bangladesh (48,5 milhões); China (70,5 milhões) e Índia (269,8 milhões).

    Ionice Lorenzoni
  • Paris— Teve início no domingo, dia 5, em Paris, a Conferência Mundial de Educação Superior, iniciativa da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O encontro abre o debate e a troca de informações sobre o cenário global da educação superior e da área de pesquisa acadêmica em busca de acordos para garantir a produção de conhecimentos e, consequentemente, um futuro sustentável e orientado para o desenvolvimento.


    Na quarta-feira, dia 8, o ministro da Educação, Fernando Haddad, fará a palestra Além da Conversa: quais Ações Precisam Ser Tomadas para a Educação Superior e a Pesquisa Acadêmica”.


    Realizada pela primeira vez em 1998, a conferência porá em discussão temas como a equidade de acesso à educação superior para todos os cidadãos, a modernização de sistemas e instituições e a promoção da relevância social e da ligação com o mundo do trabalho. A edição deste ano tenta reafirmar a importância da educação superior e da pesquisa acadêmica tanto para enfrentar os desafios globais da atualidade quanto para construir uma sociedade justa, inclusiva e sustentável.


    Dois temas principais guiarão os debates em sessões plenárias: o papel da educação superior na solução dos grandes desafios globais — desenvolvimento sustentável, educação para todos e erradicação da pobreza — e o compromisso e a responsabilidade social com a educação superior.


    A conferência será encerrada na quarta-feira, com a participação de mais de mil convidados de todas as regiões do mundo.


    Confira a programação do evento.

    Luciana Yonekawa

  • A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, é um dos três representantes do Grupo América Latina e Caribe (Foto: Rafael Carvalho/MEC)
    Em Paris, na França, a secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, reforçou o compromisso do Brasil com a educação durante a 39ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O evento, que começou em 30 de outubro e vai até o dia 14 deste mês, reúne todos os 195 Estados membros da Unesco.

    “Temos um posicionamento firme em favor da qualidade e da equidade da educação no Brasil”, declarou a secretária, que é um dos três representantes do Grupo América Latina e Caribe (Grulac) no comitê diretivo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2030. Maria Helena destacou que o Brasil participa da força-tarefa do ODS-4 e utiliza referenciais de avaliação que permitem a comparação entre os demais países.

    O pronunciamento foi feito durante a reunião do Grulac e do comitê diretivo do ODS-4, na manhã desta quarta, 1º de novembro. O encontro tem como objetivo debater o fortalecimento da implementação do ODS 4 – Educação 2030. Outros temas da conferência são os mecanismos para promover a responsabilização com vistas a beneficiar o financiamento da educação e, também, como avançar com a agenda Educação 2030.

    A Conferência Geral da Unesco determinará o orçamento da organização e a direção de seus programas e atividades para os próximos dois anos. Cerca de 200 ministros de governo, particularmente das áreas de educação e cultura, participam de um rico programa planejado para o evento, com apresentações e debates sobre assuntos-chave em cada uma das áreas de mandato da Unesco: educação, ciências naturais, ciências humanas e sociais, cultura e comunicação e informação.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Cooperação para o desenvolvimento da educação é o enfoque da Reunião Regional de Ministros de Educação da América Latina e do Caribe, promovida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e encerrada nesta terça-feira, 24, em Buenos Aires, Argentina. Com o tema E2030: Educação e Habilidades para o Século XXI, o encontro reúne delegações de 32 países da região para debater os caminhos para uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade, além de oferecer oportunidades de aprendizado ao longo da vida.

    O Brasil representa, ao lado de Argentina e Bolívia, a região no comitê diretivo da Educação 2030, a agenda para educação dentro dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas. “O Brasil tem uma relevância importante para os países da América Latina e do Caribe e tem a responsabilidade de colaborar para que nossa região ponha em prática políticas públicas que enfatizem a qualidade, que valorizem a formação dos professores, que fortaleçam a base de uma alfabetização de qualidade e que, ao mesmo tempo, aprimorem a educação como um todo”, afirmou o ministro da Educação, Mendonça Filho, que participou da reunião.

    O ministro também apresentou um panorama da educação brasileira. O país conseguiu, nos últimos 12 anos, triplicar os recursos destinados para a educação, porém não vê este investimento refletido em qualidade. “A Unesco valoriza a necessidade de você ampliar cada vez mais o investimento na área da educação, especialmente com a proporção do Produto Interno Bruto superando os 6%, o que é algo que o Brasil já alcançou” disse o ministro. “O que precisamos é investir com qualidade para proporcionar qualidade e equidade na educação de jovens do nosso país.”

    Mendonça reforçou que “a meta até 2030 é global e o Brasil vai colaborar junto aos países latino-americanos e do Caribe em políticas públicas voltadas à qualidade e a valorização dos professores.”

    Delegações de 32 países da América Latina e Caribe estão em Buenos Aires para debater os caminhos para uma educação de qualidade (Foto: Rafael Carvalho/MEC)Objetivos – Esta foi a primeira reunião voltada para debater o objetivo 4, que prevê educação inclusiva, equitativa e de qualidade, além de oportunidades de aprendizado ao longo da vida. Ao todo são 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável: (1) acabar com a miséria, (2) acabar com a fome, (3) garantir saúde e bem estar da população, (5) igualdade de gênero, (6) água potável e saneamento, (7) energia acessível e limpa, (8) trabalho decente e crescimento econômico, (9) indústria, inovação e infraestrutura, (10) redução das desigualdades, (11) cidades e comunidades sustentáveis, (12) produção e consumo responsável, (13) ações pelo clima, (14) vida submarina, (15) vida de ecossistemas terrestres, (16) paz, justiça e instituições sólidas e (17) alianças para alcançar os objetivos.      

    A Unesco reconhece as melhoras nas taxas de alfabetismo e o aumento do acesso à educação primária e secundária na região, assim como a expansão do ensino superior. Mas, apesar dos esforços, avalia que ainda há áreas de preocupação e afirma ser necessário acelerar o acesso universal à educação básica e secundária.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Participar e mobilizar. É esse o pedido que o Ministério da Educação fez em carta dirigida a mais de 5 mil gestores do Programa Brasil Alfabetizado de estados e municípios em atenção à Semana de Ação Mundial de Educação para Todos, promovida pela Unesco em todo o mundo. A semana de mobilização acontece de 20 a 26 de abril. Os focos de 2009 são a alfabetização de jovens e adultos e o aprendizado ao longo da vida.

    Dados divulgados no portal da Unesco na internet informam que o mundo tem cerca de 776 milhões de adultos analfabetos, que 75 milhões de crianças estão fora da escola e outros tantos milhões delas abandonam a escola sem se alfabetizar e sem adquirir noções básicas de matemática.

    No Brasil, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007 revela que o país tinha naquele ano 14 milhões de analfabetos jovens ou adultos e que aproximadamente 70% deles informaram que, em algum momento da vida, estiveram na escola.

    Na carta que enviou aos gestores de estados e municípios, Mauro Silva, coordenador geral de alfabetização da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), pede que eles aproveitem essa semana para mobilizar jovens e adultos e cadastrá-los nas ações de alfabetização patrocinadas com recursos do Ministério.

    A solicitação da Secad faz sentido. Afinal, a meta das secretarias estaduais, municipais e distrital de educação informada ao MEC é colocar nas salas de alfabetização este ano 2,1 milhões de jovens e adultos. O prazo de adesão ao programa Brasil Alfabetizado começou no dia 7 deste mês e vai até o começo de julho.

    Na Semana de Ação Mundial de Educação para Todos 2009, a Unesco pede que as nações assumam mais compromisso político, efetivem mais programas de alfabetização e façam maiores investimentos. O objetivo é garantir a alfabetização como um direito fundamental. “Saber ler e escrever é uma condição básica para fazer parte das sociedades do conhecimento”, diz o texto da Unesco. A instituição internacional também explica que “a alfabetização é uma das chaves para reduzir a pobreza, aumentar as oportunidades econômicas, melhorar a saúde infantil e materna, prevenir o HIV e a Aids e para encorajar a participação política”.

    Ionice Lorenzoni
  • Paris – “A educação superior, sendo um bem público, é responsabilidade de todos os protagonistas do setor, em especial os governos de cada país”. Essa é uma das conclusões do documento final da Conferência Mundial da Educação Superior, promovida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Tecnologia (Unesco), na sede da entidade, em Paris. O documento foi aprovado na tarde desta quarta-feira, 8, por aclamação e unanimidade.


    Durante três dias, quase mil representantes de órgãos governamentais, universidades, sociedade civil e entidades privadas de 148 países discutiram as novas dinâmicas da educação superior e da área da pesquisa para mudanças e desenvolvimento da sociedade. Os debates giravam em torno de pontos-chave como a responsabilidade social da educação superior; acesso, igualdade e qualidade; internacionalização, regionalização e globalização; e estudos de pesquisa e inovação.


    A conferência teve início com polêmicas em torno do documento inicial. “Os grupos começaram a trabalhar sobre uma redação preocupante, voltada demais para a crise econômica mundial e a falta de recursos para o setor em função da crise, além de pontos polêmicos sobre a intervenção de instituições privadas e a questão da internacionalização, mas conseguimos chegar a um texto final com idéias bastante interessantes, que refletem mais a realidade dos países participantes”, avaliou o ministro da Educação, Fernando Haddad.


    Dentre os pontos abordados no documento final, o ministro destacou o reconhecimento da importância dos Estados nacionais à frente da criação de marcos regulatórios robustos, para impedir a ação de instituições oportunistas. Em seu “chamado à ação para os países-membros”, o documento cita a importância da “criação e reforço de sistemas apropriados de garantia de qualidade e marcos regulatórios que envolvam todos os protagonistas da educação superior”.


    As polêmicas em torno da internacionalização e da globalização foram sanadas pontuando-se que “as redes de universidades internacionais são uma parte da solução”, e ainda que “a globalização reafirmou a necessidade do estabelecimento de sistemas de acreditação nacionais e de garantia de qualidade, para promover a troca de contatos”.


    A principal conclusão do documento fica na idéia da educação superior como “bem público e estratégia imperativa para todos os níveis da educação. A base para pesquisa, inovação e criatividade deve ser uma questão de responsabilidade e suporte econômico de todos os governos. (...) Em nenhum momento na história foi mais importante investir em educação superior como uma força decisiva na construção de uma sociedade inclusiva e de conhecimentos diversos, e para avançar na pesquisa, inovação e criatividade”.


    A íntegra do documento final da Conferência Mundial da Educação Superior estará disponível na página do evento, na internet.

    Luciana Yonekawa

  • Paris – Se o papel do Estado como órgão regulador não for reforçado, as discussões sobre avaliação e internacionalização perderão seu poder de ação concreta. Foi esse o pressuposto que o ministro da Educação, Fernando Haddad, usou para embasar o discurso proferido nesta quarta-feira, 8, na Conferência Mundial da Educação Superior da Unesco, na sede da entidade, em Paris.  


    Haddad destacou a importância da gratuidade na oferta de ensino superior em países subdesenvolvidos. E falou também na importância de combater dois grandes obstáculos do setor: o corporativismo, que engessa a expansão e o desenvolvimento de instituições públicas de ensino superior, e a ação das “fábricas de diploma”, que prejudicam os alunos com cursos de baixíssima qualidade. 


    “Devemos sim tratar a educação como bem público. O acesso deve ser, tanto quanto possível, gratuito. É isso que dá consequência maior ao conceito de bem público. Muitos recursos públicos vêm sendo despendidos pelo mundo em armamentos e agora, na crise financeira mundial, trilhões de dólares foram dados a bancos para valorizar papéis sem valor. Temos que nos preocupar com outros papéis sem valor negociável: diplomas de instituições de ensino superior de má qualidade são tão maléficos quanto hipotecas falidas.”  


    Sobre a questão da internacionalização, regionalização, ou globalização da educação superior, o ministro brasileiro afirmou: “Esse processo ficaria extremamente comprometido se não tivéssemos criado um sistema robusto de educação superior, que deve partir do Estado, por delegação ou não. Os estados nacionais precisam estabelecer sistemas de avaliação nacionais. Sem eles, a globalização do ensino pode ser considerada uma ameaça às soberanias nacionais, porque é na universidade que se criam as idéias para desenvolver o país. Poderíamos aprofundar a cooperação internacional, sem o medo de mercantilizarmos o ensino superior em escala global. O propósito da cooperação solidária com outros países é muito bem visto dentro do grupo de países da América do Sul e do Caribe, que partilham interesses comuns, em um sistema em que todos contribuem e todos se beneficiam.” 


    Gratuidade – Para Haddad, a estratégia para aumentar a oferta e a equidade nas universidades deve contar com investimento público e políticas de oferta de bolsa e ampliação da rede pública. Ele enfatizou que, no caso brasileiro, de acordo com a Constituição Federal, isso implica gratuidade – nenhuma instituição pública pode cobrar pelos estudos.  


    No caso do setor privado, o ministro apresentou as bases do ProUni, programa no qual há um sistema de troca de impostos por bolsas de estudo. Para ilustrar, o ministro informou: “Apesar de ser uma iniciativa jovem, já atende a meio milhão de estudantes brasileiros.” Durante o discurso ele enfatizou a importância da criação e fortalecimento de sistemas de avaliação e, principalmente, de acreditação das instituições.


    “Temos que combater as degree mills, que disseminam cursos de má qualidade, quando não são apenas fraude, clara e simples. Mas não nos parece suficiente avaliar e divulgar: a nossa experiência revelou que as forças de mercado não são suficientes para que se atinja um ponto ótico de equilíbrio. Mesmo com a divulgação, a ação predatória de instituições de ensino superior sem compromisso tem reflexos terríveis na qualidade do ensino oferecido.” 


    Para ilustrar como isso é  possível, o ministro falou sobre as bases do Sinaes, Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior. “Estamos aprofundando o sistema de avaliação criado há 10 anos. Não avaliamos apenas as instituições, mas os cursos e programas de pós-graduação, a cada três anos. Todos são rigorosamente avaliados, usando critérios rígidos e especialistas que fazem visitas in loco. Os resultados são publicados mas, sem ações efetivas, para atingir equilíbrio, sem a ação incisiva do Estado, inclusive descredenciando cursos e instituições, a qualidade fica comprometida. Instituições que receberam penalidades passaram a levar bem mais a sério o marco regulatório e se adaptar aos quesitos de qualidade previstos nele.” 


    Responsabilidade social – O ministro enfatizou também a importância de aliar a oferta e o acesso à responsabilização social. “Alguns dos termos ajustados com instituições de ensino superior brasileiras passam pelo compromisso da educação superior pública, com a formação de professores da educação básica. O compromisso com a formação de professores, e o combate ao déficit e à escassez desses profissionais me parece um compromisso com os destinos da Educação sobre o todo.”


    Haddad mencionou também ações ligadas ao Reuni, programa de expansão e reestruturação das universidades federais. Ele contou que no compromisso proposto às instituições federais de ensino superior para expansão foram colocados pontos como número mínimo de alunos por professor, obrigatoriedade de oferta de cursos noturnos e adoção de cotas sociais.


    “Para nossa surpresa, 100% das instituições firmaram esse compromisso com a educação, um compromisso com o Estado, mais que com o governo”, disse o ministro.


    Haddad apresentou ainda dois formatos possíveis para a educação superior, amplamente disseminados no Brasil, e que podem servir de exemplo para diversos países do mundo. “É necessário fazer repercutir também outras formas de organização da educação superior, como a oferta de cursos de curta duração, como os comunity colleges americanos, e a educação a distância, que passa por um momento de ampliação de oferta no Brasil.” 

    Luciana Yonekawa

    Ouça aqui o discurso do ministro Fernando Haddad, na íntegra.

  • “Aí por volta de 1910, não havia rádio nem televisão, e o cinema chegava ao interior do Brasil uma vez por semana, aos domingos. As notícias do mundo vinham pelo jornal (...).” Assim começa a crônica Como Comecei a Escrever, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), um dos 12 textos literários que fazem parte da publicação O Pequeno Livro das Grandes Emoções, editado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em parceria com o Ministério da Educação.

    Na crônica, Drummond, que nasceu em Itabira do Mato Dentro, Minas Gerais, conta o início de sua trajetória pelo mundo das letras. Ele relata como aprendeu, na escola, a fazer redação, a escrever cartas, a narrar passeios e como tomou gosto pela literatura.

    Em O Pequeno Livro das Grandes Emoções, os leitores jovens e adultos em processo de formação vão encontrar textos de diversos gêneros, de alta qualidade, interessantes, escritos por autores consagrados. “A obra foi organizada para agradar, incentivar e divertir os novos leitores”, diz o educador Timothy Ireland, especialista em educação da Unesco e um dos organizadores da publicação.

    Contemporâneos de Drummond, os compositores Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira estão no livro, com a letra da música Légua Tirana: “Oh, que estrada mais comprida/Oh, que légua tão tirana/Ai, se eu tivesse asa/Inda hoje eu via a Ana (...)”. Luiz Gonzaga nasceu em Exu (Pernambuco), em 1912, e viveu até 1989; Humberto Teixeira nasceu em Iguatu (Ceará), em 1915, e morreu em 1979.

    Poemas, contos, crônicas e letras de músicas compõem a coletânea de textos que reúne Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Paulo Mendes Campos, Clarice Lispector, Cora Rónai, Victor Giudice, Humberto Teixeira, Luiz Gonzaga, Lygia Fagundes Telles, Chico Buarque, Marina Colasanti e Cora Coralina. A obra também apresenta um pequeno perfil de cada escritor.

    Com tiragem de cinco mil exemplares, o livro foi lançado durante a 6ª Conferência Internacional de Educação de Jovens e Adultos, realizada em Belém, no início deste mês. Como a obra deve integrar o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) em 2010, a edição será ampliada, segundo Jorge Teles, diretor de políticas da educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação. A proposta do MEC, diz Teles, é que O Pequeno Livro das Grandes Emoçõesintegre e fortaleça o acervo literário dirigido ao público da educação de jovens e adultos por meio do Biblioteca da Escola.

    Ionice Lorenzoni

  • O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa nesta quarta-feira, dia 8, do Encontro Nacional de Comunicadores MEC-Abert-Unesco, no Hotel Grand Bittar, em Brasília. O encontro reúne cerca de 200 comunicadores de rádio de todo o país, interessados em saber mais sobre as políticas educacionais em andamento. O evento será transmistido ao vivo pela TV MEC, a partir das 9h.

    A reunião nacional foi precedida de oito encontros regionais, realizados em cada uma das cinco regiões do país ao longo de 2007 para divulgar a Rede de Comunicadores de Educação e as iniciativas do Ministério da Educação. A intenção é ajudar os comunicadores a conhecer melhor as políticas educacionais para que eles mobilizem as comunidades onde atuam na luta por um ensino de qualidade.

    A Rede de Comunicadores é um ambiente virtual que permite a interação do MEC com os profissionais. Estão disponíveis gratuitamente textos de notícias, entrevistas com autoridades e técnicos do ministério, além de spots de rádio, entre outras ferramentas.

    O Encontro Nacional de Comunicadores é resultado de parceria entre o Ministério da Educação, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).


    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) vão selecionar cinco consultores para desenvolver atividades nas áreas da educação profissional, infraestrutura e planos de ações articuladas (PAR). Os contratos de consultoria variam de dois a 12 meses.


    Nível superior completo, experiência profissional na área que vai trabalhar e disponibilidade para viajar estão entre as exigências. A seleção será simplificada em duas etapas: análise de currículo e entrevista.


    Os editais, com as especificações correspondentes podem ser acompanhamos na sequência.


    O Edital nº 3/2009 - Seleção de candidato com licenciatura completa na área de linguagens, códigos e suas tecnologias e pós-graduação na área ou em educação. Comprovação de mais de dez anos de experiência em consultoria em educação profissional, na elaboração de programas de formação de docentes e publicações em educação de nível médio. A duração do contrato será de 12 meses, as atividades serão desenvolvidas na residência do consultor. O projeto tem uma vaga e os currículos devem ser enviados até dia 14.


    Edital nº 8/2009 – O projeto oferece duas vagas para profissionais de engenharia ou arquitetura com graduação e registro no conselho de classe. Exige experiência profissional mínima de quatro anos em acompanhamento de programas, projetos e convênios que envolvem licitação, contrato e fiscalização de obras e prestação de contas. São duas vagas e os contratos serão de oito meses. Brasília é o local de trabalho, mas os profissionais deverão ter disponibilidade para viajar. O projeto recebe currículos até dia 10.


    Edital nº 9/2009 – Profissionais com graduação e pós-graduação em qualquer área do conhecimento poderão se candidatar a duas vagas de consultoria para sistematização e avaliação dos planos de ações articuladas (PAR) de estados, Distrito Federal e municípios. São exigidas experiência mínima de 15 anos em educação e disponibilidade para viajar pelo país. O contrato é de dois meses e os currículos devem ser enviados até dia 10.

    Ionice Lorenzoni

  • Durante a solenidade, na UnB, o adido cultural da Embaixada de Angola e representante da CPLP, Carlos Lamartine, recebeu um exemplar da coleção, entregue pelo ministro Haddad e pelo representante da Unesco, Vincent Defourny (foto: Wanderley Pessoa)A coleção História Geral da África, em língua portuguesa, foi apresentada nesta quinta-feira, 9, em Brasília, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo representante no Brasil da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Vincent Defourny. O conjunto da obra, que conta a pré-história do continente africano e sua história até a década de 1980, será distribuído pelo Ministério da Educação nas bibliotecas públicas do país, em universidades, conselhos estaduais de educação e ministérios públicos estaduais, em janeiro de 2011. A tiragem será de oito mil exemplares.

    A coleção, formada por oito livros, estará disponível também por meio eletrônico, para leitura e impressão, nas páginas eletrônicas do MEC e da Unesco.

    Participaram da solenidade, na Universidade de Brasília, o ministro da Cultura, Juca Ferreira; o adido cultural da Embaixada de Angola, Carlos Lamartine, e o representante da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República, João Carlos Nogueira, educadores, pesquisadores e representantes do movimento negro.

    A ideia da publicação surgiu na Unesco na década de 1960. Durante 30 anos, aproximadamente 350 pesquisadores, a maioria africanos, levantaram dados e produziram a obra. Em 1980, a Unesco lançou a coleção em língua francesa, depois traduzida para o inglês e o árabe. Agora, em uma iniciativa brasileira, é lançada a versão para uso das oito nações que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

    De acordo com o ministro Fernando Haddad, os livros, que trazem aos brasileiros aproximadamente 350 milhões de anos de história, vão enriquecer a cultura nacional e abrir linhas de pesquisa sobre as relações Brasil–África. O conteúdo dará sustentação à produção de material didático para as escolas de educação básica e para a formação de professores. “Esse material vai mudar a qualidade da educação e promover uma vivência mais fraterna”, disse.

    Na avaliação do ministro, a coleção é um elemento novo no conjunto das políticas públicas iniciadas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre essas iniciativas, Haddad citou a promulgação da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que trata das diretrizes curriculares nacionais para a educação etnorracial; o Programa Universidade para Todos (ProUni); a criação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab); a expansão da Universidade Aberta do Brasil (UAB) para a África.

    Para o representante da Unesco, a coleção História Geral da África é uma das obras-primas produzidas pela entidade e representa um forte compromisso com a promoção das relações interraciais. O conteúdo, segundo Defourny, mostra uma visão de dentro daquele continente.

    Atualização
    — Durante dois anos, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) coordenou a atualização ortográfica de quatro volumes da coleção, já traduzidos para a língua portuguesa pela Unesco — Metodologia e Pré-História da África; África Antiga; África do Século XII a XVI; África sob Dominação Colonial, 1880–1935.

    No mesmo período, também sob a coordenação da UFSCar, foi feita a tradução do francês para o português dos demais livros — África do Século VII ao XI; África do Século XVI ao XVIII; África do Século XIX à Década de 1880; África desde 1935.

    Temática — Em 2008, o Ministério da Educação delegou a 27 universidades federais e estaduais a organização de cursos de formação de professores — aperfeiçoamento, especialização ou extensão — e a produção de material didático-pedagógico sobre a temática étnico-racial. A abordagem do conteúdo, agora enriquecido com a coleção, segue o que determina a Lei nº 10.639/2003. Para a execução das tarefas, as universidades receberam R$ 3,6 milhões do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro). Cada projeto recebeu entre R$ 100 mil e R$ 150 mil.

    Ionice Lorenzoni

  • Mercadante em Paris, no plenário da Unesco: “A internet é um patrimônio da humanidade, um instrumento de integração entre os povos” (foto: divulgação)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou na quinta-feira, 7, que a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) tem papel fundamental para criar um marco regulatório que preserve a liberdade da internet e ao mesmo tempo evite abusos. O ministro discursou no plenário da Conferência-Geral da Unesco, em Paris, França.

     

    Mercadante defendeu a liberdade no uso da internet e afirmou que ela funciona como uma importante ferramenta na educação. “A alma da internet é a liberdade”, disse. “A internet é um patrimônio da humanidade, um instrumento de integração entre os povos.”

     

    O ministro cumpre agenda na capital francesa desde terça-feira, 5. Além de reuniões oficiais com ministros da educação de outros países e com representantes dos Brics — grupo político de cooperação, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, Mercadante participou de encontro na Sorbonne, a mais tradicional universidade francesa, com estudantes bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras. Também na instituição, ele fez palestra sobre a evolução da educação nos últimos dez anos e as perspectivas para os próximos anos. A França ocupa a terceira posição na escolha dos universitários que participam do Ciências Sem Fronteiras.

     

    A programação do ministro termina nesta sexta-feira, 8, com uma palestra sobre o panorama econômico brasileiro na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).


    Assessoria de Comunicação Social

  • Em seu discurso, em Paris, Mercadante destacou a evolução do sistema educacional: “Em 1991, o Brasil tinha apenas 43 municípios com índice de desenvolvimento humano alto ou muito alto; em 2012, 4.166 de nossas cidades estavam nessas faixas” (foto: Unesco/Agenda 2030)“Iniciamos um longo processo de redução das desigualdades e de inclusão social, que permitiu tirar o nosso país do Mapa da Fome”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em seu discurso de encerramento na 38ª Reunião da Conferência-Geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Mercadante enumerou as ações bem-sucedidas em educação que contribuíram para o Brasil chegar a esse resultado, alicerçado no discurso de posse da presidenta da República, Dilma Rousseff, que classificava a educação como a “prioridade das prioridades”.

    O Mapa da Fome é elaborado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Os avanços destacados pelo ministro permitiram que o país atingisse antecipadamente as Metas do Milênio de redução da pobreza e da pobreza extrema, definidas pela ONU. Como exemplo, Mercadante citou a transformação educacional pela qual o país passou nos últimos anos, decorrente da universalização da educação básica. “Em 1991, o Brasil possuía apenas 43 municípios, 1% do total, com índice de desenvolvimento humano alto ou muito alto; em 2010, 4.166 de nossas cidades, 74,8%, estavam nessas faixas”, explicou. “O fator determinante neste processo foi a ampliação da cobertura de nosso sistema educacional.”

    Para a próxima década, o Brasil já tem uma direção estratégica, definida com o Plano Nacional de Educação (PNE). A meta número 1 prevê, até o final de 2016, que todas as crianças de 4 e 5 anos de idade estejam matriculadas na pré-escola. Ao falar sobre a aplicação do plano, o ministro citou iniciativas como o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, com ênfase para a capacitação de professores alfabetizadores, e a criação da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), com caráter censitário. Mercadante ressaltou ainda a convergência de programas como o da escola em tempo integral, o estágio em escolas públicas dos estudantes de licenciatura e pedagogia e a construção da Base Nacional Comum Curricular, fundamental para a reorientação dos cursos de pedagogia e formação de professores.

    Exemplo — Outra iniciativa que mereceu destaque do ministro foi o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que já efetivou mais de 9 milhões de matrículas nos últimos três anos. “O Brasil tirou o primeiro lugar na World Skills, que é a Olimpíada Mundial do Ensino Técnico Profissionalizante disputada por 69 países em 2015". Quanto ao acesso à educação superior, o ministro deu destaque ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na edição deste ano, o Enem teve cerca de 7 milhões de participantes, que poderão disputar uma vaga em qualquer universidade pública federal, concorrer a bolsas de estudos em universidade privadas, com o Programa Universidade para Todos (ProUni), ou entrar para o programa de financiamento subsidiado, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

    Ainda de acordo com Mercadante, ProUni e Fies, juntos, são responsáveis por mais de 40% das matrículas da rede particular de educação superior. Ele lembrou que a criação de 422 novas unidades dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia permitiu o crescimento das matrículas na educação superior, nos últimos 14 anos, em mais de 170%. Na pós-graduação, citou a expansão dos cursos de mestrado e doutorado. “Hoje, temos 6443 cursos de mestrado e doutorado, que formam cerca de 95 mil doutores e 132 mil mestres por ano”. Ele lembrou ainda do programa Ciência sem Fronteiras, “Nosso programa Ciência sem Fronteiras, que dá bolsas de estudo no exterior, mantém, hoje, 35 mil estudantes brasileiros nas melhores Universidades do Mundo”.

    Para a próxima década, segundo o ministro, haverá aumento do investimento em educação, com a transferência dos royalties do petróleo e do Fundo do Fundo Social do Pré-Sal. Ao concluir, ele reforçou a importância da aprovação do Marco de Ação da Educação 2030 da Unesco e o compromisso total do Brasil com sua plena implementação.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Mercadante tratou de políticas e sistemas de Educação com colegas presentes à conferência (Foto: Unesco/Agenda 2030) O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participou nesta quinta-feira, 5, de reuniões bilaterais com ministros de países que participam da 38ª Reunião da Conferência-Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Paris. As reuniões tiveram como ponto comum o fortalecimento das relações entre o Brasil e os demais países, a fim de promover diálogo sobre políticas, planos, legislações e sistemas de educação.

    Mercadante se encontrou com os ministros da educação do Peru, Jaime Saavedra Chanduví; da Suécia, Gustav Fridolin; de Cuba, Rodolfo Alarcón Ortiz; da Costa Rica, Sonia Marta Mora Escalante, e o de Moçambique, Luis Jorge Manuel António Ferrão. O ministro esteve ainda com a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.

    Com o ministro sueco, Gustav Fridolin, Mercadante conversou sobre uma possível cooperação em ensino profissionalizante. A incorporação dos indicadores educacionais às discussões que estão sendo feitas durante a conferência foi tema tratado com o relator especial do conselho de direitos humanos da ONU sobre direitos à educação, o indiano Kishore Singh. Ele considera o Brasil um modelo a ser seguido nessa área.

    Na sexta-feira, 6, o ministro será o terceiro a discursar na plenária que encerra a 38ª Reunião da Conferência-Geral da Unesco.  

    Assessoria de Comunicação Social

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  • O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, participa a partir desta terça-feira, 19, do Fórum Mundial de Educação, em Incheon, Coreia do Sul. Ele integrará grupos de debate e de trabalho sobre temas como a Educação Superior: Preparando Jovens e Adultos para o Trabalho e o Aprendizado Durante a Vida; Transformando Sistemas de Educação por meio de Parcerias e Como a Educação Contribui para o Desenvolvimento Sustentável.

    O fórum, promovido pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), se estenderá até quinta-feira, 21. O ministro manterá reuniões com líderes sul-coreanos da área de educação e fará visitas a escolas, universidades e institutos daquele país da Ásia Oriental. Está previsto ainda encontro com o ministro da Educação do Peru, Jaime Saavedra.

    Janine Ribeiro chegará à Coreia do Sul na segunda-feira, 18, para cumprir compromissos prévios à participação no fórum. Ele estará acompanhado do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, (Inep), Chico Soares; do secretário de educação básica do Ministério da Educação, Manuel Palacios; do coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara; da presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, e do presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Mercadante, na conferência em Paris: “A educação é, em poucas palavras, o principal instrumento da construção de uma cultura de tolerância e paz, valores fundamentais da democracia” (foto: Unesco/Agenda 2030)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira, 4, em Paris, que a educação é o instrumento mais efetivo para a redução das desigualdades. Ele falou durante a abertura da cerimônia de adoção do Marco de Ação da Agenda 2030, aprovado por ministros da área de educação dos países membros da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

    De acordo com o ministro, a educação é o vetor da consolidação do cidadão no exercício de seus direitos, a partir da ampliação das oportunidades de acesso a emprego e renda. Mercadante ressaltou que a educação favorece os processos de inovação tecnológicos que ampliam os meios de produtividade e competitividade. “A educação é, em poucas palavras, o principal instrumento da construção de uma cultura de tolerância e paz, valores fundamentais da democracia”, disse.

    Mercadante também salientou o total comprometimento do Brasil com o objetivo de desenvolvimento sustentável número 4 do Marco de Ação da Agenda 2030, que garante educação inclusiva, equitativa e de qualidade e promove oportunidades de aprendizagem por toda a vida. Ele citou o Plano Nacional de Educação (PNE) do Brasil, com macrometas para a próxima década que vão orientar todo o sistema educacional brasileiro.

    Para o ministro, o PNE, assim como o Marco de Ação da Agenda 2030, aborda metas quantitativas e qualitativas, da creche à pós-graduação.

    Metas — Ao exemplificar as iniciativas previstas no PNE, o ministro citou a meta número 7, relativa à qualidade da educação básica, com objetivos estabelecidos para cada biênio, e a implantação da Base Nacional Comum Curricular. Mercadante falou também sobre a meta número 1, segundo a qual todas as crianças devem estar na pré-escola já em 2016, e sobre o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, compromisso assumido pelo governo federal, Distrito Federal, estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do terceiro ano do ensino fundamental.

    Entre outros temas abordados pelo ministro estão o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), com mais de oito milhões de matriculas nos últimos três anos; a implementação do sistema de cotas nas universidades públicas para populações de baixa renda, indígenas e afrodescendentes; o Programa Universidade para Todos (ProUni), que garante bolsas de estudos em faculdades particulares para estudantes de baixa renda, e o programa Ciência sem Fronteira, com oferta de bolsas no exterior a estudantes de graduação e de pós-graduação.

    Ao concluir sua fala, o ministro destacou os grandes avanços pelos quais passou o Brasil na última década no combate à pobreza, na redução das desigualdades e na inclusão educacional. “Por tudo isso, com determinação e convicção, o Brasil apoia e felicita o Marco de Ação da Educação 2030”, disse. “Estamos todos totalmente envolvidos e empenhados em sua plena implantação.”

    Marco — A reunião que aprovou o Marco de Ação da Agenda 2030 foi realizada durante a 38ª Conferência-Geral da Unesco. Participaram ministros da área de educação dos 195 países membros da entidade, que este ano completa o 70º aniversário e acolherá, nos dias 16 e 17 próximos, o Fórum de Dirigentes. Participarão do encontro os chefes de estado e governo dos países integrantes da organização.

    A agenda de trabalho do ministro nesta quarta-feira, 4, incluiu ainda reuniões bilaterais com ministros da Educação da Noruega, Finlândia e Angola.

    Assessoria de Comunicação Social

    Conheça a íntegra do documento assinado pelos ministros (versão em espanhol)

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