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  • Medida é parte do Plano de Transformação Digital do governo federal

    Os estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2019 devem ficar atentos aos próximos passos do cronograma. Para acessar o espelho da redação, que será divulgado no dia 17 de março, os alunos terão que realizar o cadastro no portal gov.br, que reúne, em um só lugar, diversos serviços para o cidadão e informações sobre a atuação de todas as áreas do governo.

    O cadastro no portal único também será necessário para que os treineiros, isto é, jovens que não concluíram o ensino médio, mas realizaram as provas como treinamento para os próximos anos. O resultado para esses candidatos também será divulgado no dia 17 de março.

    Para fazer o cadastro no gov.br, é preciso entrar no endereço acesso.gov.br. É um botão dentro do portal. Além disso, o participante pode ir na página do participante do Enem 2019, plataforma em que o estudante pode acompanhar todo o processo de inscrição até o resultado do exame. É só clicar no botão “GOV.BR”, localizado no canto superior do site. O participante terá que informar CPF, nome completo, e-mail e telefone, além de cadastrar login e senha.

    A migração da página para o site gov.br é mais um passo para simplificar a vida do cidadão brasileiro. Até dezembro de 2020, os sites do governo federal estarão integrados, tornando o portal gov.br a entrada única para as páginas institucionais da administração federal, oferecendo ao cidadão um canal direto e rápido de relacionamento com os órgãos federais. A transformação digital está sendo feita de maneira gradativa.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado para avaliar os alunos que estão concluindo o ensino médio ou que já concluíram em anos anteriores. Não importa a idade nem o ano do término do curso, basta que o interessado faça sua inscrição na página eletrônica do Enem. Estudantes que concluíram o ensino médio — que já recebeu as denominações de segundo grau, clássico e científico — e os alunos do supletivo (atual educação de jovens e adultos) também podem participar do exame.

     Confira as informações em áudio

    O estudante não é obrigado a fazer a prova, mas o número de inscrições cresce a cada ano. Em 2006, foram mais de 3,7 milhões de inscritos, e em 2007 o número deve ultrapassar os quatro milhões. A principal motivação do estudante é a utilização da nota do exame para concorrer à bolsa do Programa Universidade Para Todos (ProUni) ou para entrar em universidades que utilizam o Enem como parte do processo seletivo.

    A chance de comparar o desempenho individual com o de estudantes de todo o Brasil também atrai alunos da 1ª e 2ª série do ensino médio. Entretanto, o coordenador-geral do exame, Dorivan Ferreira, alerta para a importância de fazer a prova apenas ao concluir a 3ª série do ensino médio. “Nós não recomendamos que os alunos de 1º e 2º ano façam o Enem. Eles ainda não receberam todos os conteúdos, a nota que obtiverem não vai medir os conhecimentos e ela não servirá para ingresso em instituições de ensino superior e, muito menos, no ProUni.”

    Detentos — Os jovens que concluíram ou estão concluindo o ensino médio em presídios também podem participar do Enem. As provas podem ser realizadas dentro da unidade prisional onde funciona a escola, mas para isso o dirigente local precisa fazer solicitação ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), diretamente na página eletrônica. No último ano, o exame foi aplicado em 123 presídios de todo o Brasil.

    Cíntia Caldas

  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) divulgou nesta terça-feira, dia 30, mais dados sobre as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2005. A prova será realizada no dia 25 de setembro, das 13 às 18 horas (horário de Brasília), em 727 municípios.

    As novas informações mostram como os estudantes de cada estado vão se dedicar ao exame. São Paulo tem o maior número de inscritos: 906.106. A seguir vêm Minas Gerais (330.047), Bahia (315.100), Rio de Janeiro (200.953) e Rio Grande do Sul (147.633). O Acre tem o menor número: 7.095.

    Há estados que registraram aumentos percentuais significativos, como o Rio Grande do Sul: 194%. No Distrito Federal, o acréscimo foi de 164%, em Rondônia, de 154%, em Minas Gerais, de 131%, e em Sergipe, de 121%.

    O Enem recebeu 2.998.083 inscrições em todo o País para sua oitava edição, um aumento de 93% em relação ao ano passado. O principal motivo do crescimento é o Programa Universidade Para Todos (ProUni), do Ministério da Educação, que utiliza os resultados do Enem como critério para seleção dos inscritos a serem contemplados com bolsas de estudo. O ProUni tem o objetivo de garantir vagas em cursos de graduação da rede privada para estudantes de baixa renda e professores da rede pública. Neste ano, beneficiou mais de 100 mil pessoas.

    Além disso, cerca de 470 instituições de ensino superior utilizam, de alguma forma, os resultados do Enem em seus processos seletivos.

    A prova – Composto por 63 questões de múltipla escolha e uma redação, o Enem é um exame interdisciplinar e contextualizado, que avalia o desempenho do aluno ao término da escolaridade básica em cinco competências: domínio de linguagens, compreensão de fenômenos, enfrentamento de situações-problema, construção de argumentações e elaboração de propostas de intervenção na realidade.

    Clique aqui para ver a tabela completa de inscritos, por estados e municípios. (Assessoria de Imprensa do Inep)

  • O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Química, de Nilópolis, Rio de Janeiro, abriu esta semana, no Centro de Ciência e Cultura, a exposição Energia Brasil. A mostra, cedida pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins, enfatiza o uso da energia nuclear para a geração de eletricidade.

    A exposição abrange desde a descoberta da radioatividade do urânio à utilização da tecnologia no Brasil. Ao apresentar todas as etapas do ciclo do combustível nuclear, permite à população da Baixada Fluminense entender como se produz a energia e estar atenta aos cuidados com os rejeitos radioativos.

    A exposição fica aberta até fevereiro de 2008, no Centro de Ciência e Cultura, na Nova Cidade, em Nilópolis. Durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que vai até sexta-feira,5, as visitas podem ser feitas das 9h às 17h. Após esse período, das 10h às 16h, às segundas e quartas-feiras.

    A marcação de visitas orientadas pode ser feita pelo telefone (21) 2691-9804 ou pelos endereços eletrônicos Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Rodrigo Farhat, com informações do Cefet Química

  • O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Amazonas, em parceria com as empresas Eletronorte e Manaus Energia, promove nesta sexta-feira, dia 5, às 15h, a primeira formatura do programa Escola de Fábrica voltada para o uso da energia solar.

    Durante seis meses, 19 estudantes de baixa renda freqüentaram o curso de iniciação profissional em instalações elétricas e painéis fotovoltaicos, equipamentos que captam e acumulam energia solar e fazem a conversão para energia elétrica. As aulas teóricas foram ministradas no Cefet-AM e as práticas, na hidrelétrica Balbina, no município de Presidente Figueiredo; na usina termelétrica de Aparecida, em Manaus; e no núcleo de energia fotovoltaica da Universidade Federal do Amazonas.

    De acordo com a coordenadora pedagógica do programa no Cefet-AM, Rita das Graças Moraes, o curso foi criado para atenuar a carência de profissionais capacitados na instalação e manutenção de painéis solares na região. Segundo ela, os painéis são muito utilizados no estado, principalmente em localidades que não contam com fornecimento de energia elétrica convencional, como as comunidades ribeirinhas. “O curso é direcionado para a nossa realidade local. Por isso, acreditamos que os alunos terão, em curto espaço de tempo, uma perspectiva positiva de trabalho, renda e qualidade de vida”, afirma.

    Segundo o diretor de distribuição da Manaus Energia, Wenceslau Abtibol, serão instalados, ainda este ano, seis mil painéis fotovoltaicos em comunidades do interior do estado. “Nossa empresa precisará de profissionais qualificados para atuar neste setor”, destaca.

    Ao ser selecionado, o estudante Raymisson Furtado Mota, da rede estadual de ensino médio, não imaginava que, além da capacitação técnica, o curso lhe daria uma visão de mundo bem diferente daquela vivenciada na escola. “Entrei em contato com assuntos que nem imaginava aprender. Noções de segurança no trabalho, imagem pessoal, relações humanas, ética e meio ambiente são temas que hoje fazem parte do meu cotidiano e que me ajudaram a ter uma visão mais crítica do mundo em que vivo”, diz Mota.

    Mais informações pelo telefone (92) 3621-6779.

    Marco Aurélio Fraga

  • Doutorandos e pós-doutorandos das áreas de engenharia e arquitetura podem participar de intercâmbio, pelo período de seis a 12 meses, no Instituto Politécnico de Turim, referência em estudos nas duas áreas e, principalmente, em design. As inscrições estarão abertas até 30 de julho.

    Essa é a primeira seleção do acordo de cooperação firmado em outubro de 2005 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e o instituto. O objetivo é incentivar o intercâmbio de estudantes de excelência nas duas habilitações.

    O candidato, que deve ser apresentado por programa de doutorado recomendado pela Capes, precisa estar regularmente matriculado e dedicar-se em regime integral às atividades acadêmicas. É necessário, também, apresentar a concordância do orientador brasileiro em participar e acompanhar as atividades, bem como em dividir a orientação com o colega italiano.

    A avaliação das candidaturas e a seleção dos aprovados serão feitas em conjunto pela Capes e pelo instituto italiano. Os selecionados terão direito a auxílio-instalação, seguro-saúde, bolsas mensais de 1,1 mil euros (cerca de R$ 3 mil) e passagens aéreas de ida e volta em classe econômica promocional. Os resultados serão divulgados em agosto. O início das atividades está previsto para setembro.

    Mais informações no edital.

    Repórter: Fátima Schenini

  • Levantamento de 2005 indica que a  educação a distância chegou a mais de 1,2 milhão de estudantes, segundo o presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), Fredric Litto. “Este crescimento teve forte impulso nos últimos quatro anos, pois até então a educação a distância sofria enorme preconceito”, afirmou, durante as comemorações do Dia Nacional de Educação a Distância, em São Paulo. “De 2000 a 2004 os cursos ofertados aumentaram, isso mostra a importância que essa modalidade vem ocupando no espaço nacional”, concluiu.

    Para o secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação, Ronaldo Mota, o sucesso que o ensino a distância conquistou no País se deve, principalmente, à enorme simpatia que o brasileiro tem pelas novas tecnologias. “Essas compatibilidades já permitem a incorporação das novas tecnologias no processo educativo, o que fortalece a educação a distância.”

    Para a estudante da Universidade Anhembi Morumbi, Luiza Rocha, a educação a distância possibilita maior flexibilidade ao aluno na organização do tempo de estudo, o que reflete na qualidade do ensino e da aprendizagem. “Numa pesquisa realizada em minha universidade, mais de 80% dos estudantes apóiam e freqüentam alguma disciplina a distância”, informa. “Isso é uma demonstração de que o ensino a distância não sofre o mesmo preconceito de antes e é uma boa possibilidade para a formação de profissionais em educação continuada.”

    O dia Nacional de Educação a Distância, comemorado na segunda-feira, 27, foi marcado pelo entusiasmo de professores, alunos e pesquisadores dessa modalidade de ensino durante o 1º Encontro Ciee-Abed de Educação a Distância, que ocorreu na sede do Ciee em São Paulo. O encontro  tratou de temas como formação do jovem, educação a distância e transdisciplinariedade; a educação a distância e a eficácia de aprendizagem; e a educação a distância e as diferentes mídias. (Assessoria de Imprensa Seed)

  • A cerimônia de formatura da turma de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), realizada na terça-feira, 11, representou um marco na história da instituição. Mais do que uma colação de grau, a solenidade celebrou a graduação da primeira turma a distância da universidade.

    O curso integra o consórcio Cederj e também o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), ambos programas que têm como objetivo ofertar cursos superiores a distância, para atender não somente a população afastada dos grandes centros urbanos como também priorizar a formação de professores.

    Presente na cerimônia, realizada no auditório Rodolpho Paulo Rocco, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, lembrou que foi o professor Darcy Ribeiro quem propôs esse formato de ensino no país. “Ele foi um dos maiores pensadores do Sistema Universidade Aberta no Brasil. Hoje, aqui, se constrói uma história”, disse.

    Bielschowsky ressaltou ainda que, por meio da educação a distância, o aluno constrói sua autonomia e chega ao final do curso com capacidade para mudar a realidade em que vive. “Prova disso são as notas dos alunos desta modalidade no ENADE, que são superiores às dos presenciais”, acrescentou.

    Assessoria de Imprensa da SEED

  • O Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará (Cefet-PA) implantou o sistema de educação a distância há dois anos. Essa modalidade de ensino hoje é veiculada pelo Núcleo de Educação Aberta e a Distância do Cefet-PA e passou a atender as necessidades da Universidade Aberta do Brasil (UAB), levando o ensino superior público aos municípios sem cursos superiores.

    O Cefet atende 11 pólos da UAB no Pará, com 1.850 vagas, além de outros pólos em Roraima. Além da graduação, forma tutores para os cursos de aperfeiçoamento em educação especial, que serão desenvolvidos nas cidades de Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Blumenau (SC), Governador Celso Ramos (SC), Araçariguama (SP) e Taboão da Serra (SP).

    As tecnologias de informação e comunicação criam condições para o aumento da eficácia e da eficiência na educação. Por isso, os participantes dos cursos do Cefet-PA têm a sua disposição os serviços da Plataforma Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment). Trata-se do ambiente de aprendizagem mais utilizado no mundo inteiro, funcionando como a sala de aula dos alunos, com espaço para dúvidas, informes, questionamentos, tarefas, fóruns de discussão, bate-papo, correio eletrônico, exercícios e lições.

    Outra plataforma para o ensino a distância é o Skype, programa que realiza ligações telefônicas, videoconferências e bate-papo sincronizados, por meio da internet. O Call Center (0800-7271307) oferece informações, esclarecimentos e tira as dúvidas dos alunos.

    Protocolo – Em 30 de outubro de 2007, o Cefet assumiu a coordenação do Protocolo das Instituições de Ensino Superior do Pará, composto por universidades públicas e privadas do estado. O protocolo visa estabelecer ações comuns de cooperação para melhoria da qualidade do ensino, desenvolvimento e aprimoramento da pesquisa no Pará e na região amazônica.

    Entre 26 e 28 de novembro, a nova coordenação realizará o 1º Encontro Paraense de Educação a Distância, em Belém, dirigido a prefeituras, educadores, alunos, profissionais, empresários e interessados. O encontro vai abrir um diálogo com a sociedade para ampliação e melhoria dos serviços de educação a distância e disseminar conhecimentos sobre novas tecnologias de informação e comunicação.

    (Assessoria de Imprensa do Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará)

  • Coordenadores das instituições de educação superior que fazem parte do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) se reúnem em Brasília terça e quarta-feira, 16 e 17. O objetivo é a troca de experiências e o debate sobre aspectos técnicos da implementação de pólos e cursos. A abertura do encontro, nesta terça-feira, 16, terá a participação do ministro da Educação, Fernando Haddad, e será transmitida ao vivo pelo portal do MEC, a partir das 9h.

    De acordo com o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos  Eduardo Bielschowsky, o encontro vai permitir que os coordenadores mostrem soluções encontradas na implementação dos cursos de graduação e especialização da UAB dentro das suas universidades. “Muitas vezes, uma instituição encontra um caminho, uma metodologia. Ao transmitir a experiência para outras, pode facilitar os trabalhos e possibilitar avanços enormes”, afirma.

    No momento, a Universidade Aberta do Brasil é composta por 71 instituições, entre universidades federais, estaduais e centros federais de educação tecnológica (Cefet). No total, são 500 pólos e cerca de 300 cursos de graduação e especialização em todo o país.

    A partir do Plano de Ações Articuladas (PAR), abriu-se a oportunidade para a entrada de outras instituições no sistema, em locais que apresentavam carência de formação de professores. Bielschowsky acredita que mais dez universidades devem fazer parte da UAB no próximo ano, chegando a 80 instituições e 800 pólos de apoio presencial.

    No encontro também será debatida a implementação do sistema UAB dentro das universidades e aspectos como a criação de conselhos de cursos, concursos para docentes e financiamento. “O propósito disso é fazer com que, ao longo dos próximos dois anos, a UAB se consolide de maneira irreversível, para que possa durar por muito tempo”, destaca o secretário.

    A previsão é de que o primeiro semestre de 2009 comece com cerca de 100 mil alunos na Universidade Aberta do Brasil. Ao longo do ano, segundo Bielschowsky, o número deve aumentar para 200 mil e atingir o dobro disso em 2010. A UAB visa, principalmente, a formação inicial e continuada de professores.

    Durante o encontro, será apresentado aos cerca de 140 coordenadores o panorama atual da UAB e debatida a contribuição da UAB na formação continuada de professores. Os coordenadores também se reunirão em grupos para discutir assuntos como a instituição de fóruns nacionais das áreas e conselhos de pólos. 

    Letícia Tancredi

  • Santos (SP) — A educação a distância como forma de democratizar a graduação e a preocupação do Ministério da Educação com a qualidade dos cursos que oferece essa modalidade de ensino foram temas abordados na abertura do Congresso Internacional da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), no domingo, dia 14, em Santos. O encontro reúne cerca de 1,3 mil participantes e vai se estender até quarta-feira, 17.

    O Congresso Internacional da Associação Brasileira de Educação a Distância foi aberto no domingo, em Santos (Foto: Gaby VArgas)Para apresentar experiências de outros países, participam do evento 12 conferencistas internacionais vindos dos Estados Unidos, Alemanha, Noruega, Espanha e Reino Unido.

    “Há boas experiências de educação a distância no Brasil, difundidas e utilizadas. Mas a comunidade tem de discutir os problemas para evoluir e corrigir as deficiências”, disse o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, na abertura do encontro. O secretário, que representou o ministro Fernando Haddad, enfatizou que o ensino a distância é um instrumento importante para democratizar a educação superior. “Estamos em um momento muito importante. O número de alunos cresce, a produção de publicações aumenta, e o MEC está supervisionando a qualidade desses cursos”, disse.

    O secretário destacou ainda a Universidade Aberta do Brasil, iniciativa do MEC voltada para capacitação de professores da rede pública, que oferece cursos a distância de graduação, especialização e educação continuada. “Só na UAB, 36,5 mil alunos são qualificados e inseridos no ambiente tecnológico a serviço de um processo pedagógico.”

    Para o presidente da Abed, Fredic Litto, o encontro vai facilitar a troca de experiências sistematizadas. “As instituições de educação a distância nacionais têm de aprender a medir o sucesso de seus alunos para a melhoria do processo pedagógico e o alcance da excelência”, afirmou. Para ele, o Brasil avança, mas ainda está distante de experiências internacionais importantes.  “Faltam pesquisas qualitativas direcionadas para o desempenho dos alunos na modalidade, estudos de impacto da aprendizagem e dos cursos. Isso é fundamental para alcançarmos a qualidade desejada.”  

    De acordo com o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância de 2007, o Brasil tem 970 mil alunos de graduação na educação a distância, um crescimento de 24,9% comparado ao ano anterior. 

    Assessoria de Imprensa da Seed

  • Em 11 e 12 de agosto, o município de Rio do Sul (Santa Catarina) será cenário da discussão sobre os rumos do ensino agrícola no país, na última etapa dos seminários regionais, iniciados em abril. Desde então, foram realizados debates em Manaus (Amazonas), Urutaí (Goiás), Rio Pomba (Minas Gerais) e Vitória de Santo Antão (Pernambuco). Em 7 e 8 de outubro, educadores de todo o Brasil vão discutir a elaboração de novas políticas educacionais para o setor no encontro nacional, em Brasília.

    Em passado recente, o conceito de formação agrícola se traduzia na transmissão ordenada e sistemática de conhecimentos, destinada à difusão de tecnologias, especialmente para uma agricultura com alta entrada de insumos externos. Hoje, esse conceito deve ser redimensionado, pois a formação agrícola precisa estar associada a uma nova cultura do trabalho e da organização social, assim como à preservação da natureza, às tecnologias da produção orgânica e à agricultura familiar.

    Para os representantes do grupo de trabalho sobre o ensino agrícola, criado em 2006 na Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec),  é necessário buscar um modelo educativo que leve em conta as novas tecnologias e formas de agir e produzir, além da estruturação social. “A proposta é aumentar a produtividade com menor impacto ambiental, prática compatível com os movimentos sociais e a agricultura familiar”, explica a coordenadora técnica do grupo de trabalho, Mariângela Póvoas Pereira.

    Os seminários contam com a participação de professores das escolas agrotécnicas federais, diretores de ensino e coordenadores pedagógicos.

    Ana Júlia Silva de Souza

  • O ensino da língua portuguesa na educação fundamental é o destaque desta quarta-feira, 27, na TV Escola. O próximo episódio da série Programa de Palavra vai esclarecer dúvidas sobre o idioma, comentará a origem, revelará o significado de palavras e orientará sobre como evitar os erros gramaticais mais freqüentes no cotidiano. A primeira exibição será das 7h às 8h40 e abordará as expressões ambular, café-com-leite, taciturno e construção. A série será apresentada em mais quatro horários: de 9h às 10h40; de 13h às 14h40; de 17h às 18h40; e de 21h às 22h40.

    Já a série Salto para o Futuro desta quarta-feira terá duas exibições. Às 11h, com reprise às 15h, O desafio dos profissionais da educação, da série Escola e Sociedade Civil, discutirá algumas alternativas e parcerias que vêm obtendo êxito, permitindo aos professores o contato com projetos e programas da sociedade civil voltados para a escola pública. Às 19h, da mesma série, será exibido o episódio A Parceria com Empresas, Fundações e ONGs.

    O ensino médio será contemplado em vários horários. A série Com Ciência, com exibição às 12h e 23h, apresenta o programa Uma Estação de Vida, aula sobre algas marinhas que trata da experiência vivida por alunos de uma escola de São Luís. O programa revela o que esses estudantes puderam aprender num laboratório a céu aberto.

    Na mesma faixa de ensino médio, às 16h, será exibido O Papel dos Colegiados na Gestão Escolar, programa da série Fazendo Escola que aborda o assunto sob a visão de uma gestão democrática. O tema é discutido a partir da experiência de um colégio de Goiás.

    Aids - Às 20h, para o ensino médio, será apresentada a série Acervo, com o programa 6.000 por Dia – O Relato de uma Catástrofe Anunciada. O documentário trata dos aspectos sociais e econômicos que envolvem a epidemia mundial de Aids e critica a incapacidade dos governos e instituições em conter a propagação do vírus nos primórdios da infecção. É comentado por professores de biologia, sociologia e história.

    A TV Escola pode ser acessada nos canais 26 (Sky), 237 (Direct TV) e 4 (Tecsat). As grades de programação estão disponíveis na página eletrônica da Seed. (Assessoria de Imprensa da Seed)

     

  • Ensino de nove anos: mais crianças na escola (Foto: João Bittar)Em dois anos, de 2005 a 2007, o número de alunos matriculados no ensino fundamental de nove anos, com ingresso aos seis anos, passou de 8,1 milhões para 14,2 milhões. Com isso, as escolas públicas de ensino fundamental receberam, no ano, passado cerca de 500 mil crianças de seis anos de idade. Os números, levantados pelo Educacenso 2007, foram divulgados nesta quinta-feira, 24, pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    O importante, segundo a secretária Maria do Pilar Lacerda, é o censo revelar que meio milhão de crianças chegaram à escola um ano mais cedo, privilégio, até então, dos filhos da classe média. Segundo a secretária, o acréscimo no ensino fundamental não significou redução de matrículas na educação infantil. “Na prática, representa que mais crianças estão na escola”, disse. Para Pilar, as crianças que ouvem histórias despertam para a leitura e as que lêem aprendem matemática.

    De acordo com o Educacenso, sistema que capta informações detalhadas sobre cada estudante, professor, turma e escola, os 14,2 milhões de alunos no ensino fundamental de nove anos representam 44,3% das matrículas das redes públicas. Entre as regiões, o Centro-Oeste apresenta o maior percentual, de 73,5%, seguido do Sudeste, com 51,6%. Entre os estados, destacam-se o Rio Grande do Norte, com 99,4%; Ceará, 98,4%; Mato Grosso do Sul, 96,5%; Rio de Janeiro, 95,9%, e Minas Gerais, 95,2%.

    Estados como o Acre (6,4%) e o Amapá (3,1%) estão entre os que têm os menores percentuais de matrículas. Os principais motivos, diz a secretária, estão na dificuldade dos meios de transporte, geralmente barcos, e nas distâncias a serem percorridas pelas crianças.

    Recursos — Entre os programas do governo federal que vão auxiliar as prefeituras a melhorar os índices de matrículas aos seis anos destacam-se o Fundo da Educação Básica (Fundeb), que remunera as prefeituras com base nas matrículas registradas no censo escolar, e o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), que apóia o município na construção, reestruturação, melhoria e equipamento de creches e pré-escolas.

    Este ano, segundo Maria do Pilar, serão construídas 500 escolas de educação infantil em 470 municípios. Os recursos foram empenhados em dezembro de 2007.

    Além de recursos, o Ministério da Educação ajuda os municípios com assistência técnica, pedagógica e equipamentos. A SEB enviou aos sistemas de ensino orientações pedagógicas sobre a inclusão da criança de seis anos de idade, programas sobre alfabetização e letramento na infância, jogos coletivos, DVDs, livros do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). Oferece, ainda, uma equipe técnica que orienta os sistemas e as instituições de ensino.

    O ensino fundamental de nove anos, previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), transformado em meta no Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação de 2001, tornou-se obrigatório pela Lei nº 11.114, de 16 de maio de 2005. No ano seguinte, foi consolidado, com a matrícula aos seis anos. Os sistemas de ensino têm prazo para implantá-lo até 2010.

    As matrículas por estados e por regiões estão no mapa do Censo Escolar de 2007 da educação básica.

    Ionice Lorenzoni

  • O ensino de cinema e audiovisual no país estará em debate nesta sexta-feira, dia 7, a partir das 14h30, no 3º Congresso Forcine (Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual), que será encerrado sábado, 8, na Universidade de São Paulo (USP). Projetando o Futuro: Aplicação da Proposta de Novas Diretrizes Curriculares para o Ensino de Cinema e Audiovisual é o tema do debate.

    Serão discutidas formas de aplicação das diretrizes curriculares para curso superior de cinema e audiovisual, em compasso com a necessidade de ordenamento e de atualização da área de estudos e de conhecimentos como campo específico de pesquisa e de produção em consonância com as políticas educacionais.

    No congresso, foram exibidos os destaques do 16º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo e discutidos temas como avaliação do programa de realização de trabalhos de conclusão de curso e o lugar dos estudos e pesquisas do cinema e audiovisual no sistema nacional de pós-graduação. Para sábado, está previsto debate sobre as relações entre o cinema, a televisão e as mídias digitais. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • Parlamentares e educadores participaram nesta segunda-feira, 25, de um seminário, no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal, para discutir as ações necessárias para a efetivação do ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas do DF. A iniciativa foi da deputada Arlete Sampaio (PT/DF), presidente da Comissão de Educação e Saúde e autora da lei que propõe a regulamentação do ensino dessa temática no DF.

    Segundo a deputada, o objetivo do seminário foi ajustar o debate sobre o assunto nas escolas do DF. "A história afro-brasileira é pouquíssimo conhecida e hoje ainda assistimos no Brasil a lamentáveis episódios de discriminação racial. E no dia-a-dia das escolas esta discriminação é sempre presente. Nós queremos dar um passo à frente, no sentido de construirmos uma cultura de respeito à diversidade", enfatizou Arlete Sampaio.

    A professora Denise Botelho, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), elogiou a iniciativa do evento e ressaltou as várias ações desenvolvidas pelo ministério para a implementação da Lei nº 10.639/03, que estabelece o ensino de história e cultura afro-brasileira nas instituições de ensinos fundamental e médio no Brasil. "As ações da coordenação estão atreladas principalmente ao estabelecimento dos fóruns estaduais, que procura levar ao conhecimento de todos as propostas contidas na nova lei", disse a professora. Apesar de sancionada pelo presidente da República, cada estado tem que regulamentar a lei federal, a exemplo do que fez o Distrito Federal.

    Jacira da Silva, coordenadora do Movimento Negro Unificado do DF, lembrou que é importante a articulação entre passado, presente e futuro no âmbito das experiências e que pensamentos produzidos em diferentes circunstâncias é a realidade do povo negro.

    O seminário também contou com a participação de aproximadamente 80 crianças e adolescentes dos centros de ensino médio do Distrito Federal.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Até 2010, os quase dez milhões de alunos do ensino médio estudarão espanhol. Conhecer na língua original clássicos como Dom Quixote ou se encantar com o mundo contemporâneo de Mafalda, a instigante personagem de quadrinhos da Argentina, é só uma das vantagens de aprender o idioma que reina em todo o universo latino-americano. A língua espanhola é falada na Espanha, e em quase toda a América, da região meridional da América do Norte até o cabo Hornos, no extremo sul da América do Sul, passando pela América Central e pelo Caribe.

    O ensino do espanhol no Brasil — idioma que deve ser obrigatoriamente oferecido nas escolas públicas e particulares em função da Lei n° 11.161/05 — foi tema de destaque durante o 4º Congresso Internacional da Língua Espanhola, ocorrido em Cartagena, na Colômbia, entre os dias 26 a 29 de março.

    Tradicionalmente aberto pelos reis da Espanha e pelo presidente do país anfitrião, o congresso — realizado a cada três anos — é o evento cultural mais importante do mundo hispânico, na avaliação do chefe da Assessoria Internacional do MEC, Alessandro Candeas, que representou o ministério no encontro. Artistas, escritores, intelectuais, acadêmicos, políticos e demais interessados reúnem-se, a cada edição, para discutir a cultura espanhola e sua disseminação pelo mundo.

    Para Candeas, estimular o ensino do espanhol nas escolas permite, a um só tempo, estreitar laços culturais e promover um reencontro com as raízes ibéricas do Brasil. Responsável por apresentar um painel sobre o ensino da língua espanhola no país, Candeas recorreu à Lei nº 11.161/05, que demonstra o comprometimento das políticas de educação em relação ao tema. 

    Pela lei, as escolas têm até 2010 para adaptar seus currículos à inclusão da língua espanhola. A lei obriga o oferecimento do idioma pelas instituições de ensino como disciplina optativa para jovens do ensino médio de escolas públicas e privadas. É facultativa a inclusão da matéria nos currículos dos quatro últimos anos do ensino fundamental, a partir da 5ª série.

    Hoje, há cerca de 14 mil professores nas redes pública e privada, sendo a maioria, 12.800, da rede pública. Para atender às cobranças da lei e garantir o ensino da língua espanhola até 2010, será necessário agregar mais de 29 mil profissionais à rede de ensino privada e aproximadamente 26 mil professores à rede pública.

    “O governo brasileiro tem investido na formação de professores, com a abertura de mais vagas nas licenciaturas e de concursos públicos para docentes, entre outras medidas, além da capacitação daqueles que já dão aula”, disse Candeas. Ele adiantou que os representantes dos países latino-americanos e da Espanha, presentes no encontro, se comprometeram  a ajudar o Brasil na implementação da lei do espanhol, como foi apelidada a Lei nº 11.161/05, especialmente no tocante ao intercâmbio de alunos e professores e à concessão de bolsas, além de programas conjuntos de formação de professores de espanhol.

    Entre os participantes do congresso estavam o rei Juan Carlos e a rainha Sofia, da Espanha, o presidente Alvaro Uribe (Colômbia), os ex-presidentes Bill Clinton (Estados Unidos ), Belisario Betancur (Colômbia) e Julio Sanguinetti (Uruguai), os escritores Gabriel García Marquez e Carlos Fuentes, e a ministra da Educação da Colômbia, Cecilia Velez.

    Maria Clara Machado

  • Discutir o ensino de filosofia e sociologia nas escolas de ensino médio foi o propósito da reunião com representantes da comunidade acadêmica realizada na quarta-feira, dia 2, no Ministério da Educação. A escolha do material didático, a elaboração do currículo e a formação dos professores foram alguns dos temas abordados no encontro.

    A Resolução nº 4, de 16 de agosto de 2006, do Conselho Nacional de Educação (CNE), determina a obrigatoriedade do ensino de filosofia e sociologia para o ensino médio. A resolução também estabelece que os sistemas de ensino terão até agosto deste ano para fixar as medidas necessárias para a inclusão das disciplinas no currículo.

    O encontro foi o primeiro a reunir membros da comunidade acadêmica para discutir o assunto. Estiveram reunidos a diretora de políticas do ensino médio da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Lucia Lodi; o presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia, Tom Dwyer; o presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (Anpof), Álvaro Valls; o ex-presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs) Gabriel Cohn e o ex-presidente da Anpof João Carlos Salles.

    Dwyer explicou que a sociologia ganhou força durante a Revolução Industrial (Inglaterra, século XVIII) e ajudou na compreensão das tensões daquele período. “O momento atual também é marcado por grandes mudanças. Além disso, a sociologia permite que os estudantes tenham maior inteligibilidade em relação a aspectos como a família, a escola e a música”, disse.

    Patrícia Mesquita

  • Todas as escolas públicas e particulares do Brasil terão de acrescentar, no prazo de três anos, mais uma disciplina na grade curricular obrigatória. A Lei nº 11.769, publicada no Diário Oficial da União no dia 19, altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) — nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 — e torna obrigatório o ensino de música no ensino fundamental e médio. A música é conteúdo optativo na rede de ensino, a cargo do planejamento pedagógico das secretarias estaduais e municipais de educação. No ensino geral de artes, a escola pode oferecer artes visuais, música, teatro e dança.

    Com a alteração da LDB, a música passa a ser o único conteúdo obrigatório, mas não exclusivo. Ou seja, o planejamento pedagógico deve contemplar as demais áreas artísticas. Até 2011, uma nova política definirá em quais séries da educação básica a música será incluída e em que freqüência.

    “A lei não torna obrigatório o ensino em todos os anos, e é isso que será articulado com os sistemas de ensino estaduais e municipais”, explica Helena de Freitas, coordenadora-geral de Programas de Apoio à Formação e Capacitação Docente de Educação Básica no Ministério da Educação. “O objetivo não é formar músicos, mas oferecer uma formação integral para as crianças e a juventude. O ideal é articular a música com as outras dimensões da formação artística e estética.”

    O MEC recomenda que, além das noções básicas de música, dos cantos cívicos nacionais e dos sons de intrumentos de orquestra, os alunos aprendam cantos, ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos para, assim, conhecer a diversidade cultural do Brasil.

    O desafio que surge com a nova lei é a formação de professores. Segundo os dados mais recentes do Censo da Educação Superior, de 2006, o Brasil tem 42 cursos de licenciatura em música, que oferecem 1.641 vagas. Em 2006, 327 alunos formaram-se em música no Brasil.

    História — O ensino de música nas escolas brasileiras iniciou-se no século 19. A aprendizagem era baseada nos elementos técnico-musicais e realizada, por exemplo, por meio do solfejo. No fim da década de 1930, no entanto, Antônio Sá Pereira e Liddy Chiaffarelli Mignone buscaram inovações. Sá Pereira defendia a aprendizagem pela própria experiência com a música; Chiaffarelli propunha jogos musicais e corporais e o uso de instrumentos de percussão.

    Naquela época, Heitor Villa-Lobos (1887-1959) ganhava destaque. Em 1927, três anos depois de conviver com o meio artístico parisiense, ele voltou ao país e apresentou, em São Paulo, um plano de educação musical. Em 1931, o maestro organizou uma concentração orfeônica chamada Exortação Cívica, com 12 mil vozes. Após dois anos, assumiu a direção da Superintendência de Educação Musical e Artística, quando a maioria de suas composições se voltou para a educação musical. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas tornou obrigatório o ensino de canto nas escolas e criou o curso de pedagogia de música e canto.

    Em 1960, projeto de Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro para a Universidade de Brasília (UnB) deu novo impulso ao ensino da música, com a valorização da experimentação. A idéia era preservar “a inocência criativa das crianças.” Duas décadas depois, a criação da Associação Brasileira de Educação Musical e da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas (Abrace) contribuiu para a formação de professores no ensino das linguagens artísticas em várias universidades. No ensino de música, a experiência direta e a criação são enfatizadas no processo pedagógico.

    Na década de 1990, o ensino de artes passou a contemplar as diferenças de raça, etnia, religião, classe social, gênero, opções sexuais e o olhar mais sistemático sobre outras culturas. O ensino passou a ter valores estéticos mais democráticos.

    Atualmente, a aprendizagem musical deve fazer sentido para o aluno. O ensino deve se dar a partir do contexto musical e da região na qual a escola está situada, não a partir de estruturas isoladas. Assim, busca-se compreender o motivo da criação e do consumo das diferentes expressões musicais.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A duração mínima de nove anos do ensino fundamental e a matrícula obrigatória aos seis anos de idade – medidas previstas na Lei 11.274/2006 aprovada no Senado e sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira, 6 – não devem alterar a rotina de alunos que já estão no ensino fundamental. A única alteração será para os que começarão a cursá-lo, a partir de agora, aos seis anos, com a adesão das escolas do país.

    “Estamos dando oportunidade a que todos alunos possam ser matriculados com seis anos e que tenham nove anos de estudo garantidos, aumentando a escolaridade. Isso só ocorria com alunos da classe média e média alta, que iam para a escola ou pré-escola mais cedo”, relata a diretora de Política de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Jeanete Beauchamp. Segundo ela, o ministério está trabalhando para oferecer orientação pedagógica aos estados e municípios para a implementação do aprendizado a partir dos seis anos.

    Jeanete cita a necessidade de unificação do sistema no país como fator importante da nova medida. Em todo o Brasil, 8,1 milhões de alunos em 25 mil escolas de 12 estados mais o Distrito Federal – o que equivale a 24% do total de matriculados no ensino fundamental – já freqüentam as aulas dentro do currículo de nove anos. Em 2003, eram 3,9 milhões alunos em 11,5 mil escolas. Dados do Censo 2000 apontavam que 81,7% das crianças já estavam na escola aos seis anos de idade.

    Desempenho – Outro fator favorável à medida é o desempenho: o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) aponta que, em uma escala em que 200 pontos é o número ideal, crianças que freqüentaram a pré-escola têm uma média de 171 pontos em leitura e matemática no quarto ano do ensino fundamental. Quem entrou direto na primeira série, aos sete anos de idade, apresenta uma média de 151. A nomenclatura que será dada ao primeiro ano a partir de agora não é o mais importante. “É necessário que os anos iniciais – 1ª a 5ª séries – incorporem os conteúdos apropriados, todas as dimensões da criança”, explica Jeanete.

    A diretora da SEB encara como natural o período de transição em que um grupo de alunos estará no fundamental de oito anos e outro no de nove. Ela não vê dificuldades na implantação da medida, nem a necessidade das escolas mudarem de forma artificial o número do ano em que estão os estudantes. “Se uma escola implementar o ensino de nove anos, deve começar pelas turmas de primeiro ano. Quem está no sexto ano, por exemplo, continua no sexto ano do fundamental de oito anos. Não vai passar para o sétimo ano do ensino de nove anos.” Segundo ela, isso foi feito de forma tranqüila nos mais de 1.200 municípios que já implementaram a medida.

    A Lei dá prazo até 2010 para que todos os municípios, estados e Distrito Federal, além das escolas particulares, tenham adotado o novo currículo. Também dentro deste prazo será feita a adaptação ao novo modelo das pré-escolas, que passarão a atender crianças de quatro e cinco anos de idade.

    Repórter: Rodrigo Dindo

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