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  • A proposta de educação infantil na Base Curricular prevê o foco em campos de experiência, entre eles os da interação e da ludicidade (Foto: Isabelle Araújo/MEC)Quando se começa a aprender? Na opinião de muitos pais e até de alguns profissionais do ensino, apenas na alfabetização. Até lá, para quem pensa assim, os filhos vão à creche para brincar e passar o tempo. Mas para os pesquisadores envolvidos na proposta de educação infantil na Base Nacional Comum Curricular (BNC), o aprendizado dos pequenos começa muito antes. E brincar não é mero momento de distração.  

    “A gente está dizendo que bebê aprende. Não é porque bebê não fala que ele não tem um conjunto muito interessante de explorações, de brincadeiras, de olhares pro outro, que são seu jeito de falar”, defende Zilma de Moraes Ramos de Oliveira, professora da Universidade de São Paulo (USP) e uma das assessoras da educação infantil no documento.

    Para fortalecer essa ideia e levá-la à prática nas escolinhas Brasil afora, a proposta da BNC para educação infantil vem recebendo atenção especial. Etapa fundamental e diferenciada da educação básica, ela não é organizada, por exemplo, em áreas do conhecimento, como o ensino fundamental e o médio.

    “Em primeiro lugar pela própria faixa etária das crianças. Isso vai demandar uma forma muito diferente dessa criança se relacionar com o conhecimento, com o mundo. Na educação infantil, as experiências vividas na instituição são tratadas de forma mais global”, explica Hilda Micarello, coordenadora da equipe de redação da Base. 

    Experiência – Por esse motivo, a educação infantil no documento está dividida por campos de experiência, que têm como eixos centrais a ludicidade e as interações – dois aspectos que já aparecem nas diretrizes curriculares nacionais e são especificadas na Base. Essa perspectiva se diferencia do que é visto nas escolas de hoje, diz Hilda.

    Segundo ela, “há muitas vezes uma interpretação equivocada de que a educação infantil é para fazer uma versão adaptada daquilo que se faz no ensino fundamental”. Ela explica que “muitas vezes as crianças ficas muitas horas sentadas, realizando tarefas repetitivas e confunde-se o incentivo à leitura e à escrita com passar exercícios de cópia, cobrir traçados. E são práticas muito equivocadas”, diz Hilda.

    Um dos norteadores dos campos de experiência, a ideia de interação é inovadora ao considerar que o ato pedagógico acontece não só do professor para a criança, mas da criança para o professor e, também, entre as crianças. “É um foco que coloca um outro olhar sobre o processo de aprendizagem”, defende Zilma. A ludicidade também ganha importância no texto sobre educação infantil, segundo a assessora, porque é de 0 a 5 anos que acontece a maior e mais importante transformação no jeito da criança agir.

    “Quando pequenininha, a criança vai reconhecendo os objetos pela sua função imediata. Um copo é um copo, para ter água. Mas em seguida ela pode pegar o mesmo copo vazio e usar como chapéu. Pode parecer uma bobagem, mas é uma total inversão da maneira habitual de se tratar o copo”, diz Zilma. “E desse fazer de conta que é um chapéu, e no fazer de conta de várias outras coisas, vai aparecendo a capacidade de lidar com imagens. Se a gente não dá bastante apoio para esse processo, nós não aproveitamos todo o potencial de desenvolvimento da criança.”

    São propostos cinco campos de experiência na Base. Um deles trabalha o eu, tu e nós, onde devem ser colocadas as noções de identidade. Outro trata da escuta e da fala, com estímulo das linguagens oral e escrita, mas também do diálogo entre os pequenos. Um terceiro aborda as cores, os sons e as imagens, incluindo linguagens variadas como a musical, a visual, a cenográfica etc.

    Há, ainda, o campo dos gestos e movimentos, que se refere às habilidades do corpo, e por último há o que toca nas noções de quantidade, medida, tempo e espaço. “Dessa forma, o professor tem cinco focos que ele pode selecionar pro seu trabalho. Em vez de trabalhar com matemática, pode escolher a área de ‘eu e outro’, porque as crianças precisam discutir sobre suas amizades, suas preferências. E essa discussão não tem área pra ele na educação básica”, explica Zilma.

    Brincar –Grande preocupação dos pais, o aprender a ler e escrever também passa pelo brincar e o interagir na proposta de educação infantil. Mas, diferente do que se vê hoje, preocupa-se em não atropelar o momento por que passa o aluno dessa fase. “A escrita não pode ocupar uma relevância e um protagonismo muito diferente das demais linguagens”, lembra Mônica Correia Baptista, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e consultora da Base sobre leitura e escrita na educação infantil.

    O trabalho segue a concepção de que a criança tem o direito de se apropriar de todas as linguagens, não apenas a escrita, mas também a oral e a corporal. Sempre partindo das brincadeiras e das interações, essenciais para a comunicação na primeira infância.

    “A criança brinca que escreve, brinca que lê, lê imagens, levanta hipóteses. Porque é um sujeito ativo, inteligente, competente, a gente trabalha na ideia de que é um direito dela passar por um processo de aprendizagem ativo com um mediador capaz”, observa a professora. 

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

     

     

  • Recursos de R$ 77,9 milhões estão à disposição de 210 municípios de 21 estados, a partir desta quarta-feira, 3, para a construção de unidades de educação infantil. O repasse é responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Às prefeituras são oferecidos dois projetos de escolas de educação infantil. O tipo B tem capacidade para 240 crianças até cinco anos de idade, em dois turnos. São oito salas pedagógicas, sala de informática, cozinha, refeitório, pátio coberto, secretaria e sanitário para pessoas com deficiência, entre outros ambientes. O tipo C, que atende até 120 crianças, também em dois turnos, tem quatro salas pedagógicas e os mesmos espaços previstos no tipo B.

     

    O FNDE também repassa recursos para projetos desenvolvidos pelo próprio município, desde que atendam os padrões de qualidade exigidos.

     

    Os beneficiados e os respectivos repasses podem ser conferidos na página do FNDE na internet.


    Assessoria de Comunicação Social

     

     

     

  • O ministro Fernando Haddad anuncia nova fase do plano de expansão da rede de educação infantil (Foto: Wanderley Pessoa) Nova fase do plano de expansão da rede de educação infantil do Ministério da Educação, lançada nesta quinta-feira, 15, oferece a municípios selecionados os recursos e o projeto arquitetônico para construção de unidades de educação infantil, as supercreches, e quadras esportivas, assim como a cobertura de quadras já existentes. O anúncio foi feito pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em solenidade no Palácio do Planalto, que contou com a presença de ministros, parlamentares e prefeitos. Os projetos integram as ações do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2) do Governo Federal.

    Na nova etapa do programa de construção de creches e pré-escolas, o MEC oferece aos prefeitos 4.943 novas unidades em 1.466 municípios. Somadas às 1.484 já aprovadas em 1.040 municípios, será superada a meta de 6 mil unidades previstas. A construção das unidades de educação infantil está entre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) — a de atender 100% das crianças de quatro e cinco anos até 2016 e 50% das crianças até três anos, estabelecida para 2020.

    As creches construídas pelo programa terão subsídios do Governo Federal por um período inicial de até 18 meses, quando funcionam sem direito aos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Só passam a ter direito a esses recursos quando participam do censo escolar.

    O anúncio inverte a lógica tradicional dos convênios. “Ao invés de aguardar a evolução da demanda de cada município, vamos dizer a quanto cada município tem direito, tanto no Proinfância, que é a supercreche, quanto na cobertura e construção de quadras poliesportivas”, explicou Haddad.

    Seleção– A seleção dos municípios foi feita a partir de dados do Censo 2010, tais como a população entre zero e cinco anos e o déficit de atendimento atual – baseado no número de matrículas em cada município – e os acordos já assinados pelo programa. Os municípios foram divididos em três grupos: o grupo 1 inclui capitais, regiões metropolitanas e cidades com mais de 70 mil habitantes no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e com mais de 100 mil habitantes no Sul e Sudeste; no grupo 2 estão as cidades entre 50 mil e 70 mil habitantes no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e entre 50 mil e 100 mil habitantes no Sul e Sudeste; o grupo 3 reúne municípios com menos de 50 mil habitantes. Os grupos receberão, respectivamente, 59,58%, 7,26% e 33,16% das obras previstas. As prefeituras deverão confirmar interesse, preenchendo cadastro via internet.  

    O PAC 2 prevê também a cobertura de quadras esportivas em escolas públicas. Pelas previsões, serão construídas 6.116 quadras e cobertas outras cinco mil até 2014. Este ano, foi aprovada a construção de 750 quadras em escolas municipais de todo o Brasil. Foram selecionadas escolas com mais de 500 alunos matriculados na educação básica e que declararam no Censo Escolar 2010 não possuir quadras.

    “Para garantir que as crianças utilizem as quadras durante todo o ano letivo, precisamos que elas sejam cobertas”, observou Dilma Rousseff. “Nós queremos dar, ao ensino médio e ao ensino fundamental, tempo integral de educação e uma parte desse tempo será a capacitação dos nossos estudantes para as atividades esportivas. Esse é um processo que tem a ver com o esforço que MEC faz para garantir educação de qualidade, da creche à pós-graduação”, disse a presidenta.

    Projetos– O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) oferece dois projetos de unidades de educação infantil. O do tipo B tem capacidade para 240 crianças até cinco anos de idade, com atendimento em dois turnos. São oito salas pedagógicas, sala de informática, cozinha, refeitório, pátio coberto, secretaria e sanitário para pessoas com deficiência, entre outros ambientes. O do tipo C atende 120 crianças, também em dois turnos, com quatro salas pedagógicas e os mesmos espaços previstos no tipo B. O do tipo A é elaborado pelas prefeituras, de acordo com padrões de qualidade exigidos pelo FNDE. No caso da quadra de esportes, o projeto é único. Os recursos destinados à construção de unidades de educação profissional é de R$ 7 bilhões.

    Diego Rocha

    Confira os mapas de expansão de creches, quadras e coberturas de quadras

  • Em entrevista especial, secretário de Educação Básica do MEC, Janio Macedo, avalia as perspectivas

    Bianca Estrella, do Portal MEC

    A educação infantil é uma das prioridades do Ministério da Educação (MEC). Para 2020, o secretário de Educação Básica, Janio Macedo, destaca a continuidade do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância). “Nossa expectativa é reestruturar o programa para atender as necessidades da educação infantil”, disse em entrevista especial ao Portal MEC e à TV MEC.

    O próximo ano também focará na maior participação dos professores para a efetiva implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Eles terão a responsabilidade de serem os multiplicadores da nova base em nos seus estados”, destacou Janio.

    Confira a seguir a íntegra da entrevista especial com o secretário:

    O que a secretaria vai fazer pela educação infantil no ano que vem?

    Para 2020, a Secretaria de Educação Básica tem a expectativa de bons resultados a respeito de tudo aquilo que foi gestado em 2019 e a continuidade de alguns projetos que já existiam. Na educação infantil, nossa grande aposta é a restruturação e manutenção do Proinfância para que possamos efetivamente ter um programa para atender a necessidade da educação infantil.

    [Nota da redação: o Proinfância será reestruturado para atingir melhor sua razão de ser: a construção de creches e pré-escolas e aquisição de mobiliário e equipamentos para as instituições]

    Como vai funcionar o projeto-piloto que permite o funcionamento em tempo integral de escolas do ensino fundamental?

    Para o ensino fundamental, a nossa expectativa é desenvolver um programa de escola em tempo integral do 6º ao 9º ano para que possamos ampliar a matriz curricular e a jornada dessas escolas. Se analisarmos o nosso percurso educacional, vamos verificar que, do 5º ano para o 6º ano do ensino fundamental e do 9º ano para a 1º série do ensino médio, perdemos muitos estudantes. Seja por abandono ou repetência.

    Queremos, ao longo de 2020, desenvolver um piloto em conjunto com Consed [Conselho Nacional de Secretários de Educação] e a Undime [União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação] para desenvolver um programa que será lançado oficialmente em 2021.

    [Nota da redação: o tempo integral nos anos finais do ensino fundamental será aplicado em escolas que já adotam o ensino médio em tempo integral. A ideia é promover um piloto em 40 instituições de ensino].

    E quais são as novas metas para o ensino integral?

    Para o ensino médio, nosso objetivo é ampliar as escolas em tempo integral, passando de 1.027 escolas para 1.527. Com isso, a partir de 2020, serão ofertadas 40 mil novas vagas do Ensino Médio em Tempo Integral e mais 200 mil novas vagas do Novo Ensino Médio, com o objetivo de ofertar pelo menos um itinerário formativo.

    [Nota da redação: os itinerários formativos são um complemento às disciplinas já previstas no projeto pedagógico. As escolas deverão ofertar pelo menos um deles: Linguagens e suas tecnologias; Matemática e suas tecnologias; Ciências da natureza e suas tecnologias; Ciências humanas e sociais aplicadas; e/ou Formação técnica e profissional].

    O MEC tem convicção da importância da experiência prática dentro do ambiente acadêmico. Quais serão as medidas da secretaria para alcançar esse objetivo?

    Em 2020, desenvolveremos o programa Educação em Prática, no qual teremos a participação das universidades privadas, das universidades públicas e dos institutos federais. As instituições parceiras vão abrir suas portas para que alunos do ensino básico ampliem seus conhecimentos. Os estudantes do ensino médio e do 6º ao 9º ano do ensino fundamental terão a oportunidade de colocar o aprendizado da sala de aula em prática.

    Poderemos ampliar a jornada dos nossos alunos para que eles possam ter uma prática educacional voltada aos seus itinerários formativos no ambiente universitário. Temos muitas escolas hoje que não têm condições de oferecer um laboratório, uma quadra de esportes, um teatro para que os estudantes possam desenvolver o itinerário formativos previstos na BNCC.

    O que será feito em prol da educação de Jovens e Adultos (EJA)?

    Para a Educação de Jovens e Adultos em 2020, queremos que todo o conteúdo esteja ligado ao ensino técnico e profissional. O que prende essas pessoas a continuarem seus estudos mesmo fora da idade correta é a oportunidade de desenvolverem um novo ofício.

    O MEC acredita que só é possível melhorar a educação brasileira com capacitação de professores. O que se pode esperar de 2020? Vamos investir muito na formação de professores em conjunto com Consed e Undime para propiciar um trabalho de mentoria. A ideia é ter profissionais no país inteiro voltados para a educação profissional dos professores. Uma educação continuada para os professores que já estão em sala de aula. Para dar a eles confiança para praticar os novos conceitos que estão na Base Nacional Comum Curricular. Os professores são peças-chave para a efetividade da BNCC. Eles terão a responsabilidade de serem os multiplicadores da nova base em nos seus estados.

    Como vão funcionar as escolas cívico-militares?

    Para as escolas cívico-militares, a previsão é de um piloto para 2020, no qual teremos 54 escolas no Brasil trabalhando com esse modelo. Estamos na etapa de formação dos multiplicadores para que, em 2020, eles possam estar presencialmente nas escolas estabelecendo esse novo padrão de ensino.

    Saiba mais sobre a Secretaria de Educação Básica aqui e sobre o currículo de Janio Macedo aqui.

  • As creches e as pré-escolas públicas terão este ano a oportunidade de realizar uma autoavaliação para conhecer como anda a qualidade da educação que oferecem a crianças de até 6 anos de idade. Para facilitar essa tarefa, o Ministério da Educação elaborou o caderno Indicadores da Qualidade na Educação Infantil, documento que estará disponível no portal do MEC a partir desta sexta-feira, 15. O ministério também vai imprimir 300 mil exemplares do caderno e enviar um para cada turma da educação infantil.


    Os objetivos da publicação, explica a coordenadora-geral de educação infantil da Secretaria de Educação Básica, Rita Coelho, são incentivar as redes públicas de ensino e as escolas a construir uma cultura e ter compromisso com a qualidade usando o processo de autoavaliação. “Não é para fiscalizar, não é para medir, não é para comparar”, explica Rita Coelho. Os indicadores, diz, são instrumentos orientadores do debate, que deve contar com diretores, professores, servidores da escola, pais com e sem filhos na educação infantil, a comunidade.


    Em creches e pré-escolas públicas, segundo dados do Censo Escolar de 2008, estudam mais de 4,9 milhões de crianças com até 6 anos de idade. Destas, 3,8 milhões estão na pré-escola e 1,1 milhão em creches. Além das crianças que frequentam as redes públicas, a publicação também será enviada a todas as classes de escolas privadas que trabalham em convênio com as redes municipais.


    O documento, com 62 páginas, oferece os fundamentos da educação infantil e um roteiro de como professores, diretores, servidores das escolas e a comunidade devem proceder à autoavaliação, que é voluntária.


    Para facilitar o trabalho, o caderno propõe que a escola e a comunidade se distribuam em sete grupos para analisar cada parte do questionário: planejamento institucional; multiplicidade de linguagens e experiências; interações; promoção da saúde; espaços, materiais e mobiliários; formação e condições de trabalho dos professores e demais profissionais; relação de troca e cooperação com as famílias e participação na rede de proteção social.


    Para cada indicador avaliado, o documento sugere que os grupos atribuam cores: verde, se a situação é boa; amarela, se é média; e vermelha, se é ruim ou não existe. Assim, explica Rita Coelho, o grupo de trabalho constrói um quadro da realidade do indicador, o que possibilitará à escola e à comunidade terem uma visão do conjunto quando as equipes apresentarem os resultados na plenária final.


    Indicadores da Qualidade na Educação InfantilA dinâmica prevê que a avaliação aconteça em dois dias de atividades, que podem ser em sequência ou alternados. De posse do mapa da realidade da escola, o desafio seguinte é fazer o planejamento, um calendário de ações e determinar as próximas etapas da avaliação.


    Indicadores – O caderno Indicadores da Qualidade na Educação Infantil foi elaborado pelo MEC em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a Ação Educativa e a Fundação Orsa. Os indicadores já foram apresentados no fórum da Undime, dia 4, em Curitiba (PR), e no Movimento Interfóruns da Educação Infantil, no Rio de Janeiro; e serão levados a eventos como o seminário Qualidade e Acesso na Educação Infantil, que ocorre em Ribeirão Preto (SP), nos dias 14 e 15; em Santarém (PA), no 1º Simpósio de Educação Infantil, dia 16; e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 4 de junho.

    Ionice Lorenzoni

  • Secretários de educação das redes públicas municipal e estadual e do Distrito Federal devem indicar ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) um interlocutor para acesso ao sistema on-line da Provinha Brasil (Avaliação da Alfabetização Infantil). O prazo vai até o dia 16 próximo. O ambiente virtual tem como objetivo apoiar as escolas e redes de ensino na análise dos resultados da avaliação, por meio de relatórios eletrônicos.

    O interlocutor deve ser vinculado à área de avaliação ou a ações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Os procedimentos para indicação foram enviados às secretarias de educação, por meio de ofício do Inep, na segunda-feira, 2.

    O registro para acesso ao sistema on-line deve ser feito do dia 16 próximo até 17 de julho. O sistema estará aberto em 14 de julho para as escolas cadastrarem as informações da primeira aplicação da Provinha Brasil este ano. O prazo vai até 14 de outubro.

    A Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica das habilidades relativas à alfabetização e ao letramento em língua portuguesa e matemática desenvolvidas pelas crianças matriculadas no segundo ano do ensino fundamental das escolas públicas brasileiras. Aplicada duas vezes ao ano (no início e no final), ela é dirigida aos alunos que passaram por pelo menos um ano escolar dedicado ao processo de alfabetização. A aplicação em períodos distintos possibilita a realização de um diagnóstico mais preciso, que permite a aferição do que foi agregado na aprendizagem das crianças, em habilidades de leitura e de matemática.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • Lula anunciou o lançamento de mais de 2 mil projetos.(Foto: Wanderley Pessoa)Duas ações em educação farão parte do segundo Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, lançado nesta segunda-feira, 29. Uma delas é a construção e reestruturação de escolas de educação infantil, por meio do programa Proinfância. A outra se refere à construção e cobertura de quadras esportivas em escolas públicas da educação básica.

    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou, durante a solenidade de lançamento do programa, que mais de 10 mil projetos em todas as áreas do PAC 2, construídos por governadores, prefeitos e ministros, serão discutidos entre abril e junho. “Já temos 441 projetos selecionados, com obras preparadas para começar”, disse.

    Lula ainda ressaltou que o PAC 2 passará por um pente fino junto aos governadores e prefeitos, para fazer possíveis adequações. “Vamos dar seguimento ao PAC, mas cuidaremos da responsabilidade fiscal e do controle da inflação”, informou.

    A nova fase do PAC terá investimento total previsto em cerca de R$ 1 trilhão em obras de infraestrutura e vai vigorar de 2011 a 2014. As ações em educação fazem parte de um dos subgrupos do PAC, chamado Comunidade Cidadã, e somam investimento de R$ 11,7 bilhões.

    Com o Proinfância, programa do MEC que existe desde 2007, a intenção é ampliar a oferta de educação pública para crianças de zero a cinco anos, por meio de construção de creches e pré-escolas e aquisição de equipamentos e mobiliário. Até 2009, foram conveniadas 1.722 unidades. Em 2010, a previsão é de 800 unidades.

    Incluído no PAC 2, o programa permitirá a construção de mais 1,5 mil escolas de educação infantil por ano, até 2014, totalizando 6 mil. Cada unidade custará entre R$ 620 mil e R$ 1,3 milhão. A previsão de investimento total em quatro anos é de R$ 7,6 bilhões. O maior atendimento é voltado para a região Nordeste, que poderá receber 1.996 escolas.

    Para serem beneficiados, os municípios deverão apresentar suas demandas por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR) e possuir terreno apropriado. A prioridade de atendimento segue o critério de territorialização do PAC 2, conforme tabela.

    A estimativa é atender a 324 mil meninos e meninas por ano, a partir de uma média de 216 crianças por unidade. A proposta do Proinfância no PAC 2 prevê, ainda, o custeio das matrículas novas nas creches e pré-escolas do programa, até entrarem no ciclo do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O valor de custeio por aluno, por ano, é estimado em R$ 2.745,00.

    “O PAC 2 dedica atenção especial à educação infantil, porque sabemos que essa etapa da vida é determinante para a capacidade futura de aprendizagem”, afirmou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. “Oferecer cuidados adequados às crianças significa combater a desigualdade social na raiz. Significa salvar uma geração.”

    Quadras de esporte– O Programa de Construção e Cobertura de Quadras Esportivas Escolares tem o objetivo de melhorar a estrutura física para realização de atividades pedagógicas, recreativas, culturais e esportivas em escolas públicas de ensino fundamental e médio. Estarão disponíveis projetos padronizados para construção e cobertura das quadras.

    A proposta é atender a 10.116 escolas até 2014, sendo 6.116 com construção de quadras cobertas e 4 mil com cobertura de quadras já existentes. O investimento total será de R$ 4,1 bilhões. O programa considera escolas com 500 alunos ou mais. Os critérios de atendimento são os mesmos do Proinfância.

    Letícia Tancredi
  • Os desafios da educação no campo para crianças de zero a cinco anos são o tema do 3º Seminário de Educação Infantil no Campo, promovido pelas secretarias de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) e de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação. O encontro, realizado nesta quinta-feira, 23, e sexta, 24, em Brasília, debate iniciativas de políticas públicas relativas à educação infantil no campo.

    O encontro é coordenado por um grupo de trabalho interministerial, com representantes dos ministérios da Educação, do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Entre os objetivos estão socializar as iniciativas de políticas públicas em curso e as propostas para o currículo, a infraestrutura e a formação de professores; apresentar e debater dados existentes relativos à educação infantil do campo, e mobilizar entidades que atuam na área da educação infantil no campo em suas múltiplas dimensões.

    De acordo com a coordenadora do grupo de trabalho, Jaqueline Pasuch, o seminário é uma oportunidade de reunir a sociedade civil e o governo para discutir propostas e critérios para expansão da política pública de educação infantil, creche e pré-escola, com foco na educação integral de crianças de zero a cinco anos. “Precisamos pensar propostas que dialoguem com a realidade brasileira e captar subsídios para formular uma política nacional para educação infantil no campo”, disse.

    Diego Rocha
  • São Paulo— A caracterização da educação como um direito das crianças brasileiras foi o tema predominante na abertura do Seminário Internacional sobre a Avaliação da Qualidade da Educação Infantil, nesta segunda-feira, 14. Promovido pelo Ministério da Educação e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o encontro, que se realiza em São Paulo até terça-feira, 15, reúne 180 especialistas nacionais e internacionais, representantes de entidades de educação infantil e gestores educacionais.

    Para a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, a questão do direito das crianças à educação infantil ainda é frágil. “Não conseguimos ver a criança pequena como um sujeito de direitos, como um cidadão”, relata. Pilar também enfatizou que a escola de educação infantil não pode ter a mesma estrutura de uma de ensino fundamental. “É uma escola, mas é da infância”, disse. De acordo com a secretária, nos últimos anos houve avanços na educação infantil com a adoção de políticas públicas como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), além do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), que já investiu cerca de R$ 1,8 bilhão na construção de unidades de ensino.

    Um dos objetivos do seminário é apresentar aos educadores a pesquisa Educação Infantil no Brasil: Avaliação Qualitativa e Quantitativa. A partir daí, abrir debate sobre a qualidade do ensino e sua influência no aproveitamento dos alunos no ensino fundamental. O estudo, elaborado pela Fundação Carlos Chagas entre 2009 e 2010, analisou 147 instituições de educação infantil de Belém, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, Rio de Janeiro e Teresina.

    Para auxiliar o trabalho dos municípios, responsáveis pelo atendimento na educação infantil, o MEC enviou uma série de publicações às secretarias de educação.

    Assessoria de Imprensa da SEB
  • No Brasil, 98,2% das crianças de seis a 14 anos frequentavam a escola em 2012, conforme apontam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada nesta sexta-feira, 27. Os números indicam ainda que a taxa de escolarização das crianças de cinco e seis anos atingiu 92%.

     

    O número de crianças e adolescentes entre quatro e 17 anos fora da escola no Brasil caiu 4,8% de 2012 em relação a 2011.

     

    De acordo com a pesquisa, em 2012 o país tinha um total de 44,8 milhões de pessoas de quatro a 17 anos, idade correspondente aos ciclos da pré-escola, ensino fundamental e ensino médio. Desse total, 41,5 milhões estavam matriculadas na escola, o que significa que 92,6% das crianças e jovens estão na escola.

     

    O percentual de jovens de 15 a 17 anos frequentando a escola em 2012 foi de 84,1% da população nessa faixa etária. Dos 10,4 milhões de jovens dessa idade, 8,7 milhões estão na escola.

     

    Os números refletem o esforço que o Ministério da Educação tem feito para consolidar ações estruturantes na área de educação. Para a educação infantil, o governo federal tem investido na ampliação do número de creches, firmando parcerias com as prefeituras e utilizando metodologias inovadoras, como os modelos pré-moldados. No ensino fundamental, o governo federal ampliou o número de escolas em tempo integral. Atualmente, já são mais de 49 mil unidades com jornada diária de sete horas. A meta para 2014 é chegar a 60 mil escolas.

     

    Para garantir a permanência dos estudantes do ensino médio, o MEC está formulando juntamente com o Conselho de Secretários Estaduais de Educação (Consed) a proposta do Compromisso Nacional pelo Ensino Médio, com adesão de todos os estados brasileiros. Atualmente, 86% da oferta do ensino médio é feita nas redes estaduais de ensino.

     

    Entre as ações estruturantes que o MEC vem realizando, investimentos em programas como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e o recém-criado Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec), bem como a expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, ajudaram a impulsionar melhorias consistentes nesta etapa da educação básica, oferecendo mais oportunidades e estímulo aos estudantes. Com a meta de atingir oito milhões de matrículas até 2014, o Pronatec oferece cursos técnicos e profissionalizantes de forma concomitante ao ensino médio. Desde o início do programa já foram realizadas 4,2 milhões de matrículas. Já o Sisutec ofereceu em sua primeira edição mais de 240 mil vagas em cursos gratuitos de 800 a 1200 horas para alunos já formados no ensino médio que fizeram a última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

     

    Além de ampliar as escolas em tempo integral e investir na melhoria da infraestrutura das escolas, o MEC também investirá no programa Ensino Médio Inovador, por meio da ampliação da carga horária, de 2.400 horas para 3 mil horas, acrescidas, portanto, de 600 horas a serem implantadas de forma gradativa, e ampliação da adesão, visando alcançar a totalidade dos estados. A meta para 2013 é de 5 mil escolas e 10 mil para 2014.

     

    Mesmo com este conjunto de ações, o MEC reconhece que o ensino médio ainda é um grande desafio. Por isso, o MEC continuará trabalhando intensamente, em parceria com as redes de ensino, para superar gargalos históricos, como a adequação idade-série para jovens de 15 a 17 anos que ainda estão no ensino fundamental, bem como a busca ativa de mais de 900 mil jovens de 15 a 17 anos que ainda estão fora da escola.


    Assessoria de Comunicação Social

     

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  • Professoras da Escola Municipal Dr. José Xavier Nogueira, em Belo Horizonte, desenvolvem o projeto Copa do Mundo com os alunos da educação infantil. Aberto em 26 abril, com um jogo de futebol entre pais e familiares dos alunos, durante as comemorações da Festa da Família, tradicional na instituição, o projeto atende crianças na faixa etária de 4 e 5 anos, de manhã e à tarde. O jogo reuniu os pais de alunos do turno da manhã contra os do turno da tarde.

    No dia da abertura do projeto, antes da realização do jogo, as crianças fizeram uma apresentação de música e dança. “Confeccionamos enfeites e vestimentas nas cores verde e amarela, simbolizando a torcida dos times e as cores do Brasil”, lembra a professora Juliana Oliveira Assis da Silva. “Os alunos ficaram entusiasmados ao ver os pais participando.” Há 12 anos no magistério, Juliana tem formação em curso normal superior.

    Durante a execução do projeto, as professoras organizam rodas de conversas nas salas de aulas para falar sobre futebol e Copa do Mundo. As crianças também participam de jogos e trabalhos relacionados ao tatu-bola Fuleco, mascote da Copa. Outra atividade é a elaboração de formas geométricas a partir de elementos como a Bandeira do Brasil, bola e campo de futebol e de cartazes sobre o tema.

    “As atividades contribuem para o desenvolvimento da linguagem oral, conceitos matemáticos, figuras geométricas, cores, letras, símbolos, numerais e atividades interdisciplinares”, avalia a professora Raquel Gomes de Oliveira. Para ela, o projeto colabora para a aprendizagem de conceitos e proporciona a interação e a elevação da autoestima das crianças. “Os alunos ficam curiosos, são atenciosos, participativos e muito criativos”, destaca. Além disso, ela ressalta que a realização do projeto proporciona a interação das famílias, que têm cooperado nas atividades extraclasse. Com formação em curso normal superior, Raquel está há 11 anos no magistério.

    Paixão — Segundo a coordenadora pedagógica do turno matutino, Andressa Ferreira de Jesus Ribeiro, o futebol é uma paixão nacional e faz parte da realidade e do cotidiano de todos. “Por meio dele, estão sendo desenvolvidas competências pedagógicas em diversas linguagens, tais como a oral, corporal, musical, visual, digital, matemática e escrita, visando ao enriquecimento de experiências e aprendizagens diárias dos alunos”, explica. Além disso, ela salienta que o projeto tem abordado temas como ética, cidadania, paz, cultura e ecologia.

    Com formação no curso de normal superior e pós-graduação em alfabetização e letramento, Andressa trabalha há mais de sete anos na área de educação infantil. Também tem experiência no ensino fundamental.

    O projeto será encerrado em julho, com exposição de fotos e dos trabalhos feitos pelas crianças.

    Fátima Schenini

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  • Projeto sobre meio ambiente iniciado em sala de aula estimulou os alunos a refletir sobre melhorias na comunidade em que vivem (foto: arquivo da ETI Professora Ana Lúcia Batista)Projeto desenvolvido por quatro professoras de educação infantil da Escola de Tempo Integral Professora Ana Lúcia de Oliveira Batista, em Campo Grande, acabou por envolver até as famílias dos estudantes. O projeto Minha Cidade – O Ambiente em que Vivo, sobre o processo histórico da capital de Mato Grosso do Sul, foi criado com o objetivo de estimular os alunos a refletir, participar e intervir na melhoria do bairro Paulo Coelho Machado, onde moram.

     

    “Pensamos em trabalhar o processo histórico, que faz parte do currículo, com mudança de comportamento e de pensamento do aluno, numa perspectiva de mudança do meio ambiente”, explica a professora Cristiane Portela Pereira. Ela é uma das criadoras do projeto, com Eva Adriana Gomes, Luciana Paulino e Silvana Júbrica. O trabalho coletivo foi um dos vencedores da sexta edição do prêmio Professores do Brasil.

     

    Segundo Cristiane, a ideia era incentivar os estudantes a conhecer melhor o bairro e a pensar sobre as mudanças necessárias para torná-lo melhor. “Fazer o aluno realmente ser cidadão”, ressalta. Desenvolvido de julho a outubro de 2012, com 100 alunos de quatro turmas de pré-escola, na faixa etária de quatro a seis anos, o projeto fez surgir diversas situações de aprendizagem. Assim, além das atividades realizadas na sala de aula, os estudantes também participaram de visitas pedagógicas, como ao Museu das Culturas Dom Bosco. Durante a realização da mostra cultural da escola, os alunos tiveram oportunidade de explicar o processo histórico de Campo Grande aos visitantes e de apresentar maquetes sobre o assunto.

     

    “O que me fez acreditar no sucesso do trabalho foram os comentários dos familiares em relação aos conhecimentos construídos durante o processo de estudos dos alunos”, destaca Cristiane.

     

    Livro — A realização do projeto levou Cristiane a escrever um livro, A Cidade que Nasceu, com linguagem dirigida a crianças, sobre o processo histórico de Campo Grande. As ilustrações da obra foram feitas pelos alunos. “Eles recebiam páginas do livro e criavam as ilustrações conforme o tema trabalhado”, explica a professora. “Ao fim do processo, montamos o livro, e cada aluno levou para casa o seu exemplar.” Agora, ele pretende publicar a obra.

     

    Todos os projetos de educação infantil da escola são elaborados em conjunto e discutidos em encontros semanais das professoras com a coordenadora pedagógica. “O que é combinado coletivamente é executado em sala de aula”, salienta Cristiane.

     

    Este ano, além de dar continuidade ao projeto Minha Cidade, as professoras vão desenvolver outros. O Pequeno Cientista (experiências), Projeto Matematicando (aprendendo com jogos) e Viajando ao Mundo da Literatura Infantil são alguns deles.

     

    Graduada em pedagogia, com pós-graduação em gestão escolar e em coordenação pedagógica, Cristiane está há oito anos no magistério.

     

     

    Fátima Schenini

     

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  • A Universidade Federal de Roraima (UFRR) recebe de 21 de junhoa 2 de julho currículos e documentos dos 266 educadores que concorrem a 150 vagas do curso de especialização em educação infantil aberto na instituição. A seleção tem duas etapas. A primeira é a avaliação do currículo e a segunda uma prova escrita.

    Dos 266 inscritos, 220 são das cidades de Boa Vista, Alto Alegre, Bonfim, Cantá, Iracema, Mucajaí, Normandia e Pacaraima. Esses devem entregar o currículo e os documentos no Centro de Educação da UFRR, em Boa Vista, onde também farão o curso. Eles concorrem a cem vagas.

    Já os 46 inscritos das cidades de Rorainópolis, São Luiz do Anauá e Caroebe devem apresentar o currículo na secretaria municipal de educação de Rorainópolis ou na representação da secretaria estadual de educação nesse município. Para esses professores são oferecidas 50 vagas. Os selecionados farão o curso no polo da UFFR, em Rorainópolis.

    A segunda parte da seleção será uma prova escrita aplicada no dia 21 de julho, no horário das 18h às 20h, nos polos de Boa Vista e Rorainópolis. De acordo com a coordenadora do curso de especialização em educação infantil da UFRR, Ana Claudia Paula do Carmo, a prova escrita é uma dissertação de uma lauda, em que o educador vai dizer qual a importância do curso para a sua formação.

    O calendário da universidade prevê a divulgação dos selecionados em 30 de julho, a matrícula nos dias 2e 3 de agosto e o começo das aulas em 16 de agosto. O Edital nº1/2010 traz a relação dos documentos, critérios de seleção, locais das provas e demais dados sobre o curso.

    O curso – A especialização em educação infantil tem 360 horas, duração de 18 meses, é presencial e gratuita. É destinada a professores, coordenadores e diretores de creches e pré-escolas e a equipes da educação infantil dos sistemas públicos de ensino. Ao concluir o curso, o educador recebe certificado da instituição onde estudou.

    As pré-inscrições do curso foram abertas em 2009, na Plataforma Freire, para professores de 17 estados a serem atendidos por 17 instituições federais de ensino superior. As universidades federais do Amazonas (UFAM), Bahia (UFBA), Ceará (UFCE), Mato Grosso (UFMT), Piauí (UFPI), Rondônia (Unir), Sergipe (UFSE) e do Ceará (UFCE) farão a prova escrita neste sábado, 12. Nessas instituições, o início das aulas está previsto para a segunda quinzena de agosto. As outras nove universidades federais que vão oferecer o curso este ano ainda não marcaram o processo seletivo.

    O objetivo da formação proposta pelo MEC às universidades e prefeituras é qualificar quadros das redes públicas de educação básica e, a partir daí, criar uma rede nacional de formação nos municípios. 

    Ionice Lorenzoni

    Veja a relação completa dos professores que concorrem às vagas.
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