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  • A professora Ruth promove sessões de leitura com os alunos, na biblioteca da escola: “Cada criança deve ser conquistada, com carinho e paciência” (foto: arquivo da professora Ruth Santos)Há 23 anos no magistério, Ruth Julio dos Santos sempre desejou ser professora. Quando criança, brincava de dar aulas. Graduada em pedagogia, desenvolve atividades na biblioteca da Escola Municipal Santa Catarina, no município de Imbé, litoral gaúcho, com turmas que abrangem desde a educação infantil até o quinto ano do ensino fundamental.

    O carinho com os alunos é considerado por Ruth um fator importante para a aprendizagem. “A professora tem de conquistar cada criança, com carinho e paciência”, ressalta. Na biblioteca, ela promove A Hora do Conto, com fantoches ou livros, de acordo com a faixa etária dos estudantes.

    Nesse período de mais de 20 anos no magistério, Ruth tem acompanhado a trajetória de muitos estudantes. Muitos a convidam para participar de festas de aniversários, batizados, formaturas e casamentos. “Os alunos cresceram e hoje têm filhos. Já dei aulas também para filhos de ex-alunos”, destaca.

    Carinho é fator importante também para Rosana Severo Spreckelsen da Cunha, professora de educação física em turmas da pré-escola até nono ano do ensino fundamental na Escola Municipal Antonio Gonçalves do Amaral, no município de Santa Maria, também no Rio Grande do Sul. “As crianças geralmente são carentes, pois ficam pouco tempo com os pais e costumam ser carinhosas com as professoras. Às vezes, me chamam de mãe”, revela. Ela observa que os adolescentes costumam ser mais reservados.

    A educação física sempre fez parte da vida de Rosana. Filha de professores e casada com um professor da disciplina, ela acredita que o segredo para ser um bom profissional é fazer o que gosta. “É fundamental passar entusiasmo aos estudantes porque eles percebem quando o professor está realmente fazendo aquilo que gosta e em que acredita”, observa. Rosana está no magistério há 25 anos.

    Interação — Para a pedagoga Maria Ivone Alves Serpa, de Porto Alegre, o vínculo que o professor estabelece com o aluno é importante para o processo ensino-aprendizagem. “Se o aluno tem uma dificuldade, procuro entendê-lo”, diz.

    Há 39 anos no magistério, com experiência como professora em todos os níveis, como orientadora educacional e como supervisora escolar, Maria Ivone não esquece uma turma de segundo ano do ensino fundamental para a qual que deu aulas anos atrás. “Eram alunos considerados difíceis, mas eu sempre dizia a eles que eram muito inteligentes”, explica. Embora tenham mudado de escola, aqueles estudantes fizeram questão de convidar a antiga professora para a formatura.

    De acordo com Maria Ivone, hoje na Secretaria de Educação do estado, as aulas eram tranquilas. “Eu sempre dava um tempo para eles conversarem. Isso é entender a fase em que estão”, avalia. “Nunca facilitei nada. Sou exigente, mas sem maltratar e sem humilhar.”

    Fátima Schenini

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  • O ministro da Educação, Henrique Paim, e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, inauguraram nesta terça-feira, 1º de julho, o Centro de Educação da Primeira Infância (Cepi) Ipê-Rosa, na região administrativa de Samambaia. Os Cepis atendem, em cada unidade, 112 crianças, de 4 meses a 5 anos de idade, em horário integral — das 7h às 17h, com cinco refeições diárias.

    De acordo com Paim, é importante ter a educação infantil como prioridade. “Ela é a raiz contra a desigualdade educacional no Brasil”, disse. Na opinião do ministro, a oferta de vagas gratuitas a crianças de famílias de baixa renda amplia as possibilidades de, no futuro, elas terem as mesmas chances daquelas com melhores condições financeiras.

    Cada Cepi ocupa área de 1,2 mil metros quadrados, com lactário, cozinha, sanitários adaptados, solário, área de alimentação e repouso, sala de leitura e de informática, anfiteatro, pátio coberto, brinquedoteca e playground.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O cavaleiro mascarado das Cavalhadas de Pirenópolis atrai atenção dos alunos e ajuda a estimular a leitura e os estudos (Foto: Divulgação) As diversas expressões da cultura popular de Pirenópolis, cidade histórica de Goiás a 150 km de Brasília, fazem parte dos festejos do Dia do Folclore na região. Atuando em um universo de aproximadamente 2,8 mil crianças, os professores da rede de ensino local utilizam elementos como as Cavalhadas e a Festa do Divino ou personagens de lendas populares para estimular o aprendizado.

    Na Escola Municipal Olivia Conceição de Pina, o incentivo à participação em festividades folclóricas mudou os hábitos cotidianos dos alunos. A diretora, Marilene Campos, conta que conseguiu reduzir, entre as crianças, o tempo dedicado aos jogos de computador, tablets e também aos programas de televisão.

    “Passamos a incluir tradições no calendário escolar, desde como preparar as folias, por meio da confecção de bandeirolas, até a apresentação das danças populares, além de atividades como as Cavalhadinhas Mirins, uma versão infantil das Cavalhadas, que despertam grande entusiasmo”, explica Marilene Campos.

    Por meio de personagens de lendas populares, como Boitatá, Mula Sem Cabeça e Saci Pererê, o incentivo à leitura é promovido entre as crianças matriculadas no Complexo Municipal de Educação Infantil da cidade. “Elas vibram muito, às vezes até choram quando é hora de encerrar as atividades”, conta a professora Leonor Santana Gomes. “Nós incluímos no aprendizado infantil historinhas tradicionais. Esta semana a temática é o Sítio do Pica-pau Amarelo, do Monteiro Lobato. Depois da leitura, oferecemos atividades como colagem, música e dança. Em alguns casos, trabalhamos também com os frutos e a culinária regional.”

    Brincadeiras – Em Pirenópolis, o folclore faz parte da capacitação de professores da rede de ensino. Recentemente, a escritora Patrícia Gomes promoveu um seminário sobre o dicionário de brincadeiras criado por ela.  “São palavras que não estão inclusas no Aurélio, que compõem 24 brincadeiras e jogos folclóricos”, conta. “Por meio da atuação direta com os professores, busco resgatar tradições antigas da cultura popular brasileira, como o corre-cotia e o pega-pega.”

    A metodologia de brincadeiras desenvolvida por Patrícia Gomes foi inspirada na obra do escritor goiano Bariani Ortencio. São atividades multidisciplinares que auxiliam nas aulas do currículo infantil, principalmente nas disciplinas de português, matemática e história.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O ministro da Educação, Henrique Paim, inaugurou na tarde desta segunda-feira, 17, a creche Augusto Soares da Cunha, em Governador Valadares (MG). A unidade conta com oito salas de aula, cantina, área para recreação e laboratório de informática, para atender 140 crianças de dois a cinco anos. A obra custou R$ 1,7 milhão.

    Recepcionado por um coral de 53 crianças de quatro anos, Paim destacou a qualidade das escolas patrocinadas pelo Governo Federal. “Este padrão de excelência que vemos aqui será para todas as demais creches do país”, disse. Foi a primeira creche inaugurada pelo ministro. “É uma emoção muito grande participar desta inauguração, já que esta é a primeira placa com meu nome como ministro. Esta creche está guardada em minha mente e em meu coração também”, concluiu.

    A prefeita de Governador Valadares, Elisa Costa, defendeu a importância da educação na formação integral dos estudantes e o apoio do Governo Federal para inaugurar outras seis creches até o final deste ano. “Educação é o presente e o futuro, queremos avançar mais nas escolas de tempo integral”, afirmou.

    Uma das beneficiadas pela nova creche é a assistente administrativa Graciele Dias de Souza, 38 anos, mãe de dois filhos, um com quatro anos e outro de dois meses. “É uma felicidade muito grande não precisar largar meu emprego e ainda assim garantir para o meu filho uma educação de qualidade. A creche perto de minha casa vai me proporcionar tudo isso”, disse.

    Pronatec– Na manhã desta segunda-feira, o ministro Henrique Paim acompanhou a presidenta da República, Dilma Rousseff, na cerimônia de formatura de 1.254 alunos em cursos ofertados pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) para beneficiários do Plano Brasil Sem Miséria.

    Para a presidenta, o programa fortalece o espírito empreendedor do brasileiro e aumenta a autoestima daqueles que fazem os cursos. “O Pronatec mostra a engenhosidade, o empreendedorismo e a imensa dignidade dos brasileiros. Aqueles que não acreditam e não respeitam os beneficiários do Brasil sem Miséria, do Bolsa Família, é que não conhecem, de maneira alguma, a imensa capacidade de trabalho, dignidade e autoestima de cada brasileiro e brasileira”, destacou Dilma.

    O  Pronatec foi criado em 2011 para aumentar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica, notadamente os cursos técnicos de nível médio e de formação inicial e continuada. O propósito é o de garantir qualificação profissional a estudantes e a trabalhadores.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Foi inaugurada nesta terça-feira, 1º de abril, a primeira creche com metodologia inovadora do país. A unidade está localizada em Aparecida de Goiânia, em Goiás. O ministro da Educação, Henrique Paim, participou da cerimônia.

    A unidade em Aparecida de Goiânia é uma parceria da prefeitura com o governo federal. Outras 16 creches serão construídas na cidade com este mesmo método. O modelo inaugurado nesta terça-feira comporta cerca de 120 crianças no turno integral e 240 em dois turnos.

    O novo modelo foi instituído no ano passado. As creches podem ser construídas com metodologias inovadoras mediante a adesão das entidades beneficiadas pelo programa às atas de registro de preços do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Tal procedimento permite a redução do prazo de execução e do custo das obras, garantindo elevado padrão de qualidade.

    O ministro da Educação elogiou a tecnologia usada no processo. “A construção tem uma metodologia inovadora que teve a supervisão do Instituto Falcão Bauer da Qualidade (IFBQ), uma das mais bem conceituadas instituições certificadoras do país, que possui um dos maiores portfólios de acreditações concedidas pelo Inmetro”, afirmou. “O acesso à educação infantil é um passo fundamental para a redução de desigualdades na sociedade brasileira”, finalizou.

    O método empregado é seguro, durável, térmico e acusticamente confortável, seguindo uma tecnologia empregada hoje em países desenvolvidos. O projeto do Ministério da Educação, que culminou no registro de preços para a construção de creches em todo o território nacional, levou dois anos para ser concretizado. Exigiu pesquisa, estudos e audiências públicas, que contaram com ampla participação do setor da construção civil.


    Assessoria de Comunicação Social


  • Uma maneira mais participativa de descobrir o mundo. Esse é o diferencial da abordagem pedagógica de uma creche em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, idealizada pelas professoras do ensino infantil da instituição, entre elas Rosemeri Pelegrine Polonio, que fala sobre o projeto ao Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC, que vai ao ar nesta sexta-feira, 14.

    As professoras da escola municipal de educação infantil Floresta Encantada perceberam que o espaço dos bebês era pequeno e havia a necessidade de um lugar maior, além de uma maior autonomia das crianças. “Então resolvemos modificar toda a sala pensando que eles pudessem conseguir fazer as coisas sozinhos, escolher onde querem brincar, como querem brincar e também com quem querem brincar”, conta a professora.

    Os cuidados com os bebês passam por uma série de aspectos importantes que colaboram para um crescimento saudável e cheio de descobertas do mundo. E as professoras da escola em Novo Hamburgo resolveram fazer diferente. Por meio de estudos e pesquisas, encontraram na abordagem pedagógica Pikler a chave para maior autonomia dos pequenos.

    Com mais de 70 anos de trabalho, a abordagem surgiu após a Segunda Guerra Mundial, com a pediatra húngara Emmi Pikler, convidada a criar um abrigo para bebês e crianças órfãs da guerra. Ela passou a observar diferentes maneiras de atendê-los, valorizando a saúde física e o respeito à individualidade de cada um em seu espaço de cuidado, sempre com a tônica do brincar livre.

    Na Floresta Encantada, os pequenos de quatro meses a um ano de idade são distribuídos em grupos de dez por turno e duas educadoras permanecem em sala. A nova dinâmica envolve bastante o bebê, ampliando a conexão e estreitando o vínculo. “Temos essa questão do respeito com o bebê. Falamos com o bebê, no momento que tocamos nele, né? Na hora de trocar a fralda, não é uma coisa mecânica. Conversamos, explicamos o que estamos fazendo. Quando damos comida para o bebê, ficamos pertinho, pegamos uma colher, eles tentam colocar na boca. Tu senta para ele poder te enxergar. É uma coisa mais amorosa, com carinho”, destaca Rosemeri.

    As professoras ficam presentes o tempo todo, mas sem interferir nas explorações das crianças. E todo o espaço foi modificado de modo a dar aos bebês uma maior espontaneidade. Em um canto foi instalada uma biblioteca com toquinhos de madeira para elas sentarem, em outro, uma piscina de bolinhas. Em um terceiro setor, latas e colheres de madeira servem para que eles façam barulho e experimentações.

    Liberdade – O novo método também modificou o soninho depois do almoço. “Retiramos os berços porque eles trancam a criança. Um adulto tem que colocar a criança no berço. A gente trocou por colchonetes. Eles são colocados em cima dos tatames da sala, dos tapetes. Quando eles acordam, podem sair sozinhos. Eles têm essa autonomia de sair dos tapetes quando não querem dormir mais.”

    Os pais não só acompanharam a mudança como colaboraram e vibraram com o projeto, mesmo porque os resultados refletiram em casa. “Os pais ficaram encantados. Foram muito participativos. Falaram que em casa eles também começaram a apresentar isso, que eles queriam se alimentar sozinhos, que eles queriam conseguir fazer as coisas sozinhos”, lembra Rosemeri.

    A experiência foi tão positiva que o município apostou no projeto e agora dissemina a prática para outras escolas infantis da rede. Atualmente, oito escolas de Novo Hamburgo aplicam essa abordagem que trabalha o protagonismo do bebê.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Creche inaugurada no Sul atrai a atenção de outros estados e municípios (Foto: Ricardo Medeiros/Divulgação) Florianópolis recebeu em 19 de março a Creche Municipal Hassis, no bairro de Costeira de Pirajubaé, que atenderá crianças em tempo integral em dez salas de atividades, espaços com acessibilidade, refeitório, bosques com espécies nativas, horta e parque. A instituição será a primeira do Brasil com a certificação LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental), concedida a edifícios sustentáveis de acordo com critérios de racionalização de recursos naturais.

    Na cerimônia de inauguração, junto ao prefeito do município, César Souza Jr., esteve presente o representante da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase) do MEC, Binho Marques.

    Construída com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do salário-educação, a creche, erguida em um terreno de 12 mil m2, gera eletricidade própria por meio de energia solar, o que possibilitará economia mensal de mais de R$ 2 mil. O excesso de eletricidade produzida será transferido para a rede da companhia estadual como crédito para outras unidades educativas.

    Todo o madeiramento usado na construção é proveniente de manejo florestal, e a creche tem também sistemas de aquecimento de água por energia solar e de aproveitamento da água de chuva para fins não potáveis, características que fazem da unidade um modelo em edificações sustentáveis para fins educativos.

    A Secretaria de Educação de Florianópolis passou o dia seguinte à inauguração atendendo visitas de representantes de outros municípios e estados interessados em conhecer o funcionamento da Creche Hassis.

    Para a construção da unidade foram investidos R$ 4,4 milhões. Um total de R$ 2,5 milhões é oriundo do Governo Federal, sendo R$ 1,8 milhão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e R$ 695 mil do salário-educação. O Banco Interamericano de Desenvolvimento contribuiu com R$ 1,9 milhão.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Os alimentos adequados para crianças de quatro a 12 meses e após os 12 meses e nas fases seguintes, até os cinco anos, são detalhados em publicação do FNDE (foto: João Neto/MEC – 13/6/13)Estados e municípios que mantêm creches e pré-escolas públicas ou filantrópicas, com matrículas de crianças até cinco anos de idade, recebem repasse maior de recursos do governo federal para a alimentação escolar. Para cada criança até três anos de idade atendida em creches, o governo transfere R$ 1 por dia letivo. Para aquelas da pré-escola, de quatro a cinco anos de idade, o valor cai para R$ 0,50.

    O aumento da transferência de verbas da União para as creches foi definido em maio de 2012, quando a presidenta da República, Dilma Rousseff, lançou o programa Brasil Carinhoso, dedicado à infância. O valor por dia letivo para cada estudante passou de R$ 0,60 para R$ 1 — reajuste de 66%.

    A participação da União com a transferência de recursos tem o objetivo de atender as necessidades nutricionais dos estudantes durante a permanência na escola; contribuir para o crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e rendimento; formar hábitos saudáveis, prevenir a obesidade e iniciar a educação alimentar que será levada para a vida.

    Além do repasse de recursos, o Ministério da Educação e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) elaboraram manual — Orientação para a Alimentação Escolar na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos — para ajudar as escolas na tarefa de promover o desenvolvimento infantil e da saúde. O documento contém orientações sobre a merenda para cada etapa da educação básica. O capítulo que trata da educação infantil, por exemplo, salienta que cabe às creches proporcionar condições de garantia para o desenvolvimento do potencial de crescimento adequado e a manutenção da saúde integral das crianças, envolvendo aspectos educacionais, sociais, culturais e psicológicos.

    O guia recorre à Organização Mundial da Saúde (OMS) e ao Ministério da Saúde para recomendar o aleitamento materno, que deve exclusivo nos primeiros seis meses de vida e complementar até dois anos de idade ou mais. Os profissionais da educação infantil encontram no documento informações sobre benefícios e vantagens da amamentação e sugestões sobre a aplicação desses conhecimentos para apoiar a prática entre as mães. Para o período em que o bebê estiver na creche, o manual recomenda aos educadores que ofereçam alimentos líquidos em copos ou colheres e que orientem as mães a manter a amamentação de manhã e à noite.

    O documento detalha os alimentos adequados para crianças de quatro a 12 meses e após os 12 meses e nas fases seguintes, até os cinco anos. Aponta ainda como devem ser definidos os cardápios no lanche, almoço e jantar e destaca a importância e o papel do nutricionista. Estão descritos também itens de uso restrito nessa etapa da vida, como sal, açúcar e gordura. Devem ser evitados refrigerantes, sucos industrializados, doces, balas, chocolates, sorvetes, biscoitos recheados, salgadinhos, enlatados, embutidos, frituras, café, chá-mate, chá-preto e mel. Esses alimentos, diz o manual, contêm excesso de gordura, açúcar, conservantes ou corantes e podem comprometer o crescimento e desenvolvimento, promover carências de vitaminas e minerais e aumentar o risco de alergias e de obesidade.

    Constam ainda do manual informações, recomendações e cardápio para uma semana, com descrição dos alimentos para o lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. A escolha e forma de preparação dos alimentos também estão detalhadas.

    Ionice Lorenzoni

    Confira o manual Orientação para a Alimentação Escolar na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos

    Leia mais sobre o Proinfância:
    Cresce no país o investimento em escolas de educação infantil
    Escolas superam preconceito com melhor estrutura e atendimento
    Creches e pré-escolas seguem projeto arquitetônico padrão
    Prefeitos devem seguir manual específico para mobiliário escolar
    Obras em quadras de esportes podem ter recursos federais

  • Crianças da comunidade de Bracuhy, em Angra dos Reis (RJ), agora já contam com creche (Foto: João Bittar)Angra dos Reis (RJ) — Ana Paula da Silva, moradora da comunidade de Bracuhy, a 20 quilômetros do município fluminense de Angra dos Reis, precisava pegar um ônibus todos os dias, antes de ir para o trabalho, a fim de deixar o filho Brian, de 2 anos, em uma creche particular, a menos distante de sua casa. Mãe solteira, Ana Paula mora sozinha e paga aluguel de R$ 290. A mensalidade da escola e o dinheiro gasto com a passagem faziam falta em seu orçamento, de R$ 540 totais por mês, salário que ganha como auxiliar de limpeza em uma empresa.

    Com a inauguração do Centro Municipal de Educação Infantil Júlia Moreira da Silva, nesta quarta-feira, 18, Ana Paula não precisará mais investir tempo e dinheiro extras para garantir a educação e os cuidados com o filho enquanto vai para o trabalho. “É do lado da minha casa, vai facilitar muito minha vida”, comemora.

    Assim como a auxiliar de limpeza, outras 2 mil pessoas podem ser beneficiadas pela nova unidade de educação infantil na comunidade, construída por meio do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância). A instituição tem capacidade para atender entre 224 e 240 crianças, dos primeiros meses de vida até cinco anos e 11 meses de idade.

    De acordo com a diretora da unidade, Joana D’Arc Pimenta, a escola é uma antiga reivindicação da comunidade de Bracuhy. Com oito salas de aula, sala de informática, brinquedoteca, anfiteatro e pátio coberto, a instituição oferecerá, segundo Joana D’Arc, educação de qualidade e assistência adequada às crianças.

    Recursos — Na execução do Proinfância, o governo federal libera recursos para a construção de unidades de educação infantil e a aquisição de equipamentos e mobiliário, além de apresentar o projeto arquitetônico. Cabe ao município contemplado oferecer terreno próprio.

    O Proinfância permite a construção de creches e escolas de educação infantil, bem como a aquisição de equipamentos para a rede física escolar dessa etapa do ensino. Desde o lançamento, em 2007, até 2010, o programa firmou convênios com municípios para a construção de 2.528 creches e pré-escolas.

    Com o ingresso do Proinfância, em 2011, na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), serão financiadas mais 4.920 escolas de educação infantil, distribuídas em municípios das cinco regiões. Isso significa que o país financiará, até 2014, a construção de mais de 6 mil unidades com recursos do Proinfância. Com essa política, o governo federal pretende reduzir o déficit de creches nas redes municipais e no Distrito Federal.

    Letícia Tancredi
  • A construção de escolas de educação infantil com recursos do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), iniciativa do governo federal que compreende creches e pré-escolas para crianças até cinco anos de idade, segue padrão arquitetônico definido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O projeto leva em conta as necessidades de desenvolvimento físico, psicossocial, intelectual e social dos estudantes na faixa de até cinco anos, em combinação com a diversidade do país nos aspectos ambientais, geográficos e climáticos.

    O FNDE tem dois modelos de projetos a serem seguidos pelas prefeituras na construção de escolas de educação infantil pelo Proinfância, segundo a quantidade de estudantes a ser atendida em cada unidade, conforme as orientações da NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

    Projeto arquitetônico tipo B — Para construir a escola, a prefeitura precisa dispor de terreno com dimensões mínimas de 40 por 70 metros para área construída de 1.323,58 metros quadrados. O espaço tem capacidade para 240 crianças em dois turnos ou 120 em turno integral. O prédio, térreo, tem cinco blocos, distribuídos entre as funções administrativa, de serviços e multiuso e blocos pedagógicos, um pátio coberto e área externa para playground, torre de água e estacionamento.

    No bloco administrativo ficam a secretaria da escola, sala dos professores, diretoria, almoxarifado e sanitários masculino e feminino para adultos. No bloco de serviços, rouparia, lavanderia, copa para funcionários, depósito de material de limpeza, vestiários masculino e feminino, despensa, cozinha, bufê e lactário. O bloco da creche, para crianças até três anos de idade, tem fraldário, sanitário e áreas de atividades, repouso, alimentação e solário. Já o bloco da pré-escola, para crianças de quatro e cinco anos, tem espaço de atividades, repouso e solário.

    A complementação dos espaços para esses estudantes está no bloco multiuso que tem sala, sanitários para meninos e meninas, sanitários para adultos e para pessoas com deficiências, sala de informática e telefone.

    Além de definir os espaços físicos, o projeto arquitetônico descreve os materiais de construção, acabamento, forro, telhado, acessibilidade, rampas de acesso e piso tátil, entre outros itens.

    Projeto arquitetônico tipo C — O terreno deve ter dimensões mínimas de 45 por 35 metros para área construída de 781,26 metros quadrados. O espaço tem capacidade para atender 120 alunos em dois turnos ou 60 em tempo integral, em quatro blocos: administrativo, de serviços e dois pedagógicos, com pátio coberto. Na área externa ficam o playground, caixas d’água e estacionamento. Os equipamentos e o uso dos espaços do projeto tipo C são iguais ao do tipo B.

    Ionice Lorenzoni

    Leia mais sobre o Proinfância:
    Cresce no país o investimento em escolas de educação infantil
    Escolas superam preconceito com melhor estrutura e atendimento
    Creche e pré-escola têm mais recursos para merenda escolar
    Prefeitos devem seguir manual específico para mobiliário escolar
    Obras em quadras de esportes podem ter recursos federais
  • Uberaba, Minas Gerais, inaugurou nesta segunda-feira, 26, dois novos centros municipais de educação infantil, que beneficiarão 363 crianças. As creches integram os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que engloba acordos com municípios para a construção de 6 mil unidades de educação infantil até o final de 2014. As inaugurações contaram com a participação do ministro da Educação, Henrique Paim.

    De acordo com o ministro, investir em educação infantil é fundamental para o desenvolvimento do país. “A raiz da desigualdade educacional está na educação infantil. Por isso, o empenho deste governo na construção de creches”, disse Paim.

    Com os novos investimentos, Uberaba receberá 14 creches, das quais sete estão em funcionamento, quatro com as obras em andamento e três passam por ações preparatórias. Na educação básica, o município tem 49 escolas com educação em tempo integral e 506 professores alfabetizadores cadastrados no Pacto pela Alfabetização na Idade Certa.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Cinco novas escolas de educação infantil e de educação fundamental foram inauguradas nesta terça-feira, 13, no Rio Grande do Sul, nos municípios de Novo Hamburgo e Canoas. O ministro da Educação, Henrique Paim, participou das cerimônias nas duas cidades.

    O ministro observou que Novo Hamburgo, onde foram inauguradas três creches, é uma comunidade mobilizada pela qualidade da educação, com grande esforço de professores e gestores. “O município de Novo Hamburgo tem parcerias com o governo do Estado e com o MEC para a formação de alfabetizadores, para a implantação de creches, na formação em tempo integral e no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)”, afirmou Paim. A meta do Ministério da Educação é contratar 6 mil creches em todo Brasil até o final de 2014.

    Em Canoas, Paim participou da inauguração de uma creche e da Escola Municipal Leonel de Moura Brizola. “Essa escola foi construída pensando na educação em tempo integral. Temos que ampliar a jornada escolar, e esse tipo de infraestrutura é fundamental”, disse o ministro, acrescentando que entre 2010 e 2013 as matrículas em escolas de educação em tempo integral cresceram 140% no país.

    O ensino em tempo integral está no âmbito do programa Mais Educação, criado em 2007, com a proposta inicial de atender 1.380 escolas. As escolas das redes públicas de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal fazem a adesão e, de acordo com o projeto educativo em curso, optam por desenvolver atividades nos macrocampos do programa. Atualmente, a rede pública brasileira já conta com a adesão de mais de 49 mil escolas participantes do programa. A meta do governo federal é chegar a 60 mil escolas em 2014.

    Superior – O Ministério da Educação e o governo do Rio Grande do Sul firmaram na manhã desta terça-feira, 13, acordo de cooperação técnica entre o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Programa Universidade para Todos no Rio Grande do Sul (ProUni-RS). O ProUni-RS foi criado em 2012 com o objetivo de promover a formação de recursos humanos em cursos superiores de base tecnológica em áreas estratégicas para o desenvolvimento do estado.

    O acordo, com validade de 12 meses, visa contribuir para a permanência e sucesso dos estudantes beneficiários do ProUni matriculados em instituições de educação superior, sediadas no Rio Grande do Sul. A cooperação não envolve transferência de recursos.


    Assessoria de Comunicação Social

  • Criança com hidrocefalia e usuária de cadeira de rodas está plenamente integrada à escola, participa de todas as atividades e conta com o carinho e a atenção dos colegas de sala (foto: João Neto/MEC – 13/6/13)Um menino de dois anos e meio, com hidrocefalia e cadeirante; uma menina de cinco anos, com síndrome de Down e hiperatividade; outro menino, de três anos, com transtorno bipolar, usuário de medicação controlada. Eles estão incluídos em todas as atividades pedagógicas do Centro Municipal de Educação Infantil Zilda Arns, em Anápolis, Goiás. A escola, construída com recursos do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), tem matriculadas 127 crianças na faixa de seis meses a cinco anos de idade, em turno integral.

    Este ano, no início das aulas, a inclusão dos estudantes com deficiência foi o grande desafio dos educadores do centro Zilda Arns, como explica a diretora da unidade, Sandra de Oliveira Marques Costa. “O menino com hidrocefalia chegou subnutrido, só aceitava mamadeira, não bebia água e chorava sem parar”, afirma a diretora. “Tivemos dificuldades para atendê-lo nas primeiras semanas.”

    Além da recusa dos alimentos e da questão da mobilidade, a criança não conseguia ficar com os colegas da sala na qual foi matriculada. Para superar as dificuldades, a escola foi socorrida pela Secretaria Municipal de Educação, que designou uma pedagoga para o atendimento individual e de inserção do aluno na turma. O centro também recebeu orientação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) sobre cuidados a serem observados, especialmente na alimentação.

    Passados seis meses do início do ano letivo, a criança está plenamente integrada, ganhou peso e participa de todas as atividades com os demais alunos. O processo de inclusão contou também com o carinho e a atenção dos 12 colegas de sala. Duas vezes por semana, a mãe do estudante, uma jovem de 18 anos, busca o filho na escola e o leva para avaliação e fisioterapia na Apae.

    Atividades— No centro Zilda Arns trabalham 44 profissionais, 16 deles, pedagogos. Compõem o quadro auxiliares de sala, cozinheiras, merendeiras, faxineiras e seguranças, todos servidores concursados do município. As atividades começam às 7 horas da manhã e são encerradas às 17. São servidas quatro refeições — lanche às 8 horas, almoço às 11, lanche às 14 e jantar às 16. Das 11h30 às 13h30, as crianças repousam. Uma nutricionista da Secretaria de Educação prepara os cardápios semanais e envia os alimentos para preparação na cozinha da escola. Frutas, verduras, legumes, carnes, arroz e feijão compõem as refeições diárias. Outros alimentos complementam o cardápio. A nutrição é um dos itens de atenção da diretora, especialmente porque dez crianças que estudam ali só se alimentam na escola.

    O centro recebe crianças do Setor Tropical e dos bairros de Lurdes, Jardim Europa e Novo Jundiaí. Metade delas tem pais atendidos pelo programa Bolsa-Família do governo federal. De acordo com Sandra, a maior parte dos pais trabalha no setor de serviços, mas há também ambulantes, professores e técnicos de enfermagem que residem naquelas áreas da cidade.

    Quanto às famílias, a diretora explica que parte dos pais está presente na vida dos filhos, acompanha as atividades, confere a agenda e, quando leva a criança à escola, conversa com os professores. Outros, porém, limitam-se a deixar os filhos no centro. Não se preocupam com a higiene das crianças e nem sequer dão banho nelas em casa. Deixam tudo por conta da escola.

    Drummond— Um outro centro de educação infantil de Anápolis, no qual 75% das crianças matriculadas moram em condomínio do programa Minha Casa, Minha Vida, também do governo federal, recebeu o nome do poeta Carlos Drummond de Andrade. A escola, localizada entre as casas do programa, nos bairros Reny Cury e Copacabana, começou a funcionar em fevereiro deste ano, mesmo sem ter recebido o mobiliário escolar e o playground.

    A diretora, Nedi Garcia da Cunha, explica que as mães viam a escola pronta e estavam ansiosas pelo atendimento. Um mobiliário básico foi instalado e a unidade começou a funcionar. Como os berços são necessários para receber crianças com idade inferior a um ano, foram matriculados apenas estudantes de um a cinco anos. O berçário será aberto no próximo ano.

    Em uma das escolas públicas de educação infantil, 70% dos estudantes são atendidos pela Bolsa-Família e recebem atenção especial (foto: João Neto/MEC – 13/6/13)Os professores recebem as crianças às 7 horas da manhã. Elas têm como primeiras atividades ouvir história curta, desenhar e pintar. Às 8 horas, é servido o café. A partir daí, elas voltam para as salas para diversos tipos de atividades ou vão para o banho de sol. Ao ar livre, jogam, dançam, brincam e cantam. Às 11 horas, é servido o almoço. Depois, formam fila para escovar os dentes e vão para o repouso.

    Na parte da tarde recomeçam as atividades, às 14 horas, é servido o lanche e, às 16, o jantar. A escola tem 43 servidores de carreira do município, 16 deles são pedagogos.

    Para Nedi, que há 21 anos trabalha com crianças, oito deles na rede pública de Anápolis, a educação infantil é o alicerce, a base da casa. Daí o compromisso da equipe com a formação integral. A diretora lembra que 70% dos estudantes são atendidos pela Bolsa-Família e, por isso, têm maior dedicação dos profissionais. Além dos matriculados, o centro Carlos Drummond de Andrade tem 50 pedidos na lista de espera, a maior parte de beneficiários da Bolsa-Família. “As mães vêm aqui, pedem mais vagas, cobram”, diz Nedi.

    Com os centros de educação infantil Zilda Arns e Carlos Drummond em plena atividade, o município vai abrir o centro Jorge Amado, que está pronto. Outras cinco unidades serão concluídas até o fim deste ano.

    Programa— Dados do Ministério da Educação, fechados no dia 11 último, mostram que 1.038 escolas de educação infantil construídas com recursos do Proinfância estão concluídas; 631 estão com mais de 80% das obras prontas e 1.863, em execução. No conjunto, o Proinfância tem 5.678 projetos, em diversas fases, como licitação e planejamento.

    Lançado em 2007, o Proinfância presta assistência financeira suplementar ao Distrito Federal e a municípios que aderiram ao plano de metas Compromisso Todos pela Educação e elaboraram o Plano de Ações Articuladas (PAR). Os recursos destinam-se à construção e à aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e unidades da educação infantil pública. Cabe ao município oferecer o terreno, licitar as obras e fazer o estabelecimento de ensino funcionar. Em 2011, o programa entrou na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

    Ionice Lorenzoni

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  • O atendimento em creches no Brasil cresceu 10,5% na comparação entre 2011 e 2012 e chegou a 2.540.791 matrículas de crianças até 3 anos de idade. A expansão no número de matrículas é de 476 mil, desde 2010 — crescimento de 23% nos dois últimos anos. Os números são do Censo Escolar de 2012, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) do Ministério da Educação, e serão publicados no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 21.

     

    O aumento no número de matrículas pode ser atribuído ao reconhecimento da creche como primeira etapa da educação básica, com a garantia de repasse de recursos a estados, Distrito Federal e municípios, para financiamento e manutenção das unidades, por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

     

    O Ministério da Educação também desenvolve ações supletivas, como o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância). O programa oferece assistência financeira ao Distrito Federal e aos municípios para a construção, reforma e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas.

     

    Também com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), o governo federal atende unidades de educação infantil. Até dezembro de 2012, foi aprovado o financiamento para 5,5 mil creches. Destas, 751 já foram entregues, 569 estão em funcionamento; outras 2.740, em fase de construção; 2.019 na etapa de planejamento e licitação e 50 foram canceladas.

     

    Integral — Com evolução no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb), o ensino fundamental aparece em destaque no que se refere a educação em tempo integral — jornada escolar com sete ou mais horas de duração.  O censo aponta que a rede pública, em 2012, registrou 2,1 milhões de matrículas na modalidade, o que significa crescimento de 26,6% em relação a 2011. As matrículas na educação integral representam 8,3% do total de estudantes no ensino fundamental.

     

    Também a educação profissional e tecnológica apresenta tendência de crescimento. Foram contabilizados 1,3 milhão de matrículas em 2012 — crescimento de 8,9% em relação ao ano anterior —, consideradas a educação profissional concomitante e a subsequente ao ensino médio e a educação profissional no ensino médio integrado.

     

    Rede — Nos últimos cinco anos, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica expandiu o número de matrículas em 92% e ultrapassou a marca de 210 mil estudantes atendidos. Somente em 2011 e 2012, a rede apresentou crescimento de 10,9% no número de matrículas. A participação da rede pública, aí consideradas a federal, as estaduais e as municipais, também tem registrado aumento. O índice chega a 53,5%, em total de 1,3 milhão de matrículas.

     

    A publicação dos dados atende dispositivos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, conhecida como Lei do Fundeb. As demais informações, relativas a fluxo e aprovação, ainda estão em fase de coleta, com publicação prevista para março do próximo ano.

     

    O censo escolar, realizado anualmente pelo Inep, constitui-se no mais relevante e abrangente levantamento estatístico sobre a educação básica do país. Os dados servem como subsídio para a elaboração de políticas públicas pelo Ministério da Educação.


    Assessoria de Comunicação Social

     

    Confira dados do censo escolar sobre matrículas na educação básica

     

     

  • Bruna [C] , 6 anos, está plenamente adaptada às aulas e às colegas e participa de todas as atividades normais da escola (foto: arquivo da escola)Ao receber na sala de aula uma criança surda, a professora Alessandra Franzen Klein, da Escola Municipal de Educação Infantil Paraíso da Criança, em Horizontina (RS), não se intimidou. Com formação específica na língua brasileira de sinais (libras), ela estava preparada para se comunicar e ensinar o conteúdo curricular da pré-escola à estudante novata. No entanto, foi além. Preparou projeto de educação bilíngue português-libras e ensinou as crianças de 4 e 5 anos da classe a usar as mãozinhas para reproduzir o alfabeto gestual e, assim, interagir com a coleguinha.

    “Elas já têm coordenação motora suficiente e mais facilidade do que os adultos. Aprendem rapidamente”, constata a professora. “Hoje, já têm certa fluência e são capazes de formar frases complexas e até contar historinhas em libras.”

    A menina surda aprende o português escrito como uma segunda língua; os colegas, a libras. “A turma aprendeu a língua de sinais para interagir com ela”, ressalta. “Todas as atividades são realizadas nas duas línguas.”

    Com o projeto, uma das tarefas da professora foi a elaboração do material didático. “Um trabalho desafiador, que exigiu muita pesquisa e produção de material porque todo o conteúdo teve de ser dado nas duas línguas”, afirma. Segundo ela, há poucas histórias infantis em libras. Além dos clássicos, como a Cinderela Surda, a professora criou textos alternativos, como a Porquinha Surda, As Luvas Mágicas do Papai Noel e As Estrelinhas Surdas. “Fui criando histórias e vídeos com as crianças de acordo com a necessidade de trabalho em sala de aula e até participamos do Festival Brasileiro de Cultura Surda, em Porto Alegre”, salienta.

    Apoio— O município de Horizontina, com 18,3 mil habitantes, a 496 quilômetros de Porto Alegre, não tem escola específica para surdos. Assim, toda comunidade escolar foi informada sobre a importância do projeto. “Os pais viram que as crianças estavam aprendendo uma língua a mais e apoiaram a ideia”, ressalta Alessandra. A proposta da educação bilíngue foi estendida a professores, direção e funcionários para que todos se comunicassem com a aluna. No fim do ano letivo de 2010, as crianças emocionaram pais e professores ao apresentar o clássico natalino Noite Feliz, num coral, com a linguagem de sinais.

    “Quando minha filha foi matriculada, eu estava preparada para as dificuldades de inclusão, mas foi tudo ao contrário”, lembra Dione Nascimento, mãe de Bruna, 6 anos. “A professora preparou a turma para receber a nova colega, e ela de maneira alguma ficou isolada. Hoje, quer participar de tudo na escola.”

    Em 2012, a menina vai cursar o primeiro ano do ensino fundamental em outra escola pública. “O projeto terá continuidade. Como muitos pais fizeram questão de matricular os filhos na mesma escola da Bruna, ela não ficará isolada e fará também novos amigos” afirma Dione. “Ela é uma criança feliz, que aprende rápido.” Bruna conhece todas as letras do alfabeto e já lê algumas palavras.

    Rovênia Amorim


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  • O plantio das sementes foi uma das etapas do projeto da escola gaúcha, que aliou ciência e meio ambiente, cultura regional e produção artística (foto: arquivo da professora Adriane Bilhalva)Pelo nome e formato diferentes, o fruto se impôs como algo curioso para as 35 crianças da turma de educação infantil. Embora seja comum no Rio Grande do Sul e usado na fabricação da cuia do chimarrão, o porongo era totalmente desconhecido do universo dos alunos, de 4 e 5 anos, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Arlindo Bonifácio Pires, no município de Chuvisca (menos de cinco mil habitantes), a 150 quilômetros de Porto Alegre.

    Durante cinco meses, a professora Adriane Tavares Bilhalva apresentou o fruto às crianças da pré-escola e desenvolveu projeto pedagógico que aliou ciência e meio ambiente, cultura regional e produção artística. A dinâmica do projeto proporcionou conhecimento e exigiu o exercício da criatividade, mas acabou por envolver a comunidade, que recebeu sementes e ajudou as crianças no plantio. Por consequência, as famílias foram incentivadas a usar o fruto para criar trabalhos artísticos.

    O projeto Porongo: do Cultivo à Arte na Educação Infantil figura entre as práticas pedagógicas bem-sucedidas premiadas pelo Ministério da Educação na edição de 2015 do Prêmio Professores do Brasil. Na escola desde 2005, a professora premiada conta que optou por trabalhar com projetos pedagógicos nos últimos quatro anos por entender ser uma prática mais adequada à integração de diferentes conteúdos e à aprendizagem.

    O primeiro passo do projeto foi a apresentação do fruto às crianças, com explicações sobre a origem e a história. Embora o enfoque da professora tenha sido o regional, o porongo é conhecido em outras regiões do Brasil como cabaça e usado como recipiente para servir água, por apresentar um gargalo alongado, ou como cuia, ao ser dividido ao meio. No Rio Grande do Sul, cuia é o nome do recipiente usado para o preparo do tradicional chimarrão.

    Na sala de aula, as crianças aprenderam a retirar as sementes do fruto, originário da África, e a plantá-las em potes de iogurte, cheios de terra, para observar o desenvolvimento da muda. Nos trabalhos de artes, fizeram pinturas e montaram bonecos ou enfeites.

    Premiação — A professora ficou emocionada ao saber que o projeto havia sido premiado. “Tive a oportunidade de fazer uma viagem de avião e participar de uma troca de experiências muito importante para minha realização pessoal e valorização profissional”, diz. “A premiação representa muito, uma grande conquista, e indica que estou no caminho certo, mas o segredo para o trabalho bem feito é o amor, o carinho que recebo diariamente das crianças.”

    A escola da professora Adriane atende 280 alunos de educação infantil e pré-escola e do ensino fundamental. Além do trabalho com as crianças em sala de aula, o cultivo do porongo nas propriedades teve o objetivo de incentivar as famílias a desenvolver o artesanato regional. A professora colaborava com sugestões de peças e ideias, tanto para as crianças quanto para os pais.

    “O mundo é repleto de símbolos e significados que possibilitam grandes descobertas nessa fase da infância, e a arte permite o desenvolvimento do senso crítico, da sensibilidade e da criatividade”, diz a professora. Ela explica que o cultivo do porongo permitiu o resgaste da cultura regional na comunidade escolar e despertou nas crianças a responsabilidade em relação ao meio ambiente.

    Edição — A nona edição do Prêmio Professores do Brasil selecionou, este ano, 30 experiências pedagógicas desenvolvidas por professores das cinco regiões brasileiras. Os trabalhos foram destacados entre 11.812 inscritos, nas categorias creche; pré-escola; ciclo de alfabetização: primeiro, segundo e terceiro anos – anos iniciais do ensino fundamental; quarto e quinto anos – anos iniciais do ensino fundamental; sexto ao nono ano – anos finais do ensino fundamental; ensino médio. Cada um dos 30 professores recebeu prêmio de R$ 7 mil. Cada categoria teve um professor destacado para receber prêmio extra, no valor de R$ 5 mil.

    A partir de 2015, o Prêmio Professores do Brasil passou a integrar a iniciativa Educadores do Brasil, ao lado do Prêmio Gestão Escolar, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). Assim, a entrega dos prêmios a professores e diretores de escolas foi realizada pela primeira vez, este ano, em conjunto.

    O Prêmio Gestão Escolar selecionou 22 escolas como destaques estaduais, com premiação de R$ 6 mil para cada uma. As cinco escolas indicadas como destaque regional receberam R$ 10 mil. O Colégio Estadual Professora Maria das Graças Menezes Moura, de Itabi, Sergipe, foi escolhido como escola referência Brasil, com premiação de R$ 30 mil.

    Os resultados dos prêmios estão na página da iniciativa Educadores do Brasil na internet.

    Rovênia Amorim

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  • Em 25 de agosto comemora-se o Dia Nacional da Educação Infantil, período referente à creche e à pré-escola para crianças de até cinco anos de idade. A data é uma homenagem ao nascimento da fundadora da Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns, falecida em 2010 em um terremoto no Haiti, e pretende alertar sobre a importância da educação infantil para o futuro das crianças.

    De acordo com a diretora do Jardim de Infância da 404 Norte, escola pública de Brasília, Rosimara Moreschi de Albuquerque, uma educação infantil de qualidade define o futuro de uma criança. “Se um aluno vai bem no ensino médio é porque a base dele foi bem trabalhada na educação infantil. Piaget dizia que se não trabalharmos bem essa base, provavelmente o aluno apresentará no futuro alguma dificuldade de conteúdo”, afirma Rosimara.

    A diretora também destaca que o brincar tem uma importância fundamental na educação infantil, e que é importante que as escolas não queimem etapas, deixando as brincadeiras em segundo plano para acelerar o processo de aprendizagem. “A criança aprende muito brincando. O brincar é o momento que a criança consegue se relacionar e descobrir novos mundos”, enfatiza Rosimara, que diz que nunca permitiu que seus filhos queimassem etapas, e que fez questão que eles aproveitassem essa fase com muitas brincadeiras.

    Assim como Rosimara, a professora Gabriela Fernandes também defende o brincar como etapa fundamental no aprendizado da criança. “O brincar na educação infantil é por onde passa todo o aprendizado das crianças. É o espaço onde permeia a construção de todo o conhecimento. No sentido motor, é mais importante ainda: a criança aprende a se equilibrar, pular de um pé só, pular corda”, ressalta a docente. 

    Ela também diz que é importante que as crianças frequentem o ambiente escolar desde cedo. “Temos uma geração de crianças muito mais espertas e com mais acesso à informação. É importante já ingressarem no sistema educacional”, diz. Além disso, ela acredita que deixar um filho na escola é melhor do que deixar com uma babá.

    Conselho – Para auxiliar os docentes na importante missão de educar os pequenos, o Jardim de Infância da 404 Norte também tem um conselho escolar que conta com a participação de pais. O objetivo é que escola e família trabalhem juntos para que as crianças tenham uma educação de qualidade. 

    Virgília Fumian Gomes, mãe de um dos alunos do Jardim de Infância, faz parte do conselho escolar, e diz que essa proximidade com a escola ajuda a construir um elo entre família e escola. Ela defende que a escola não é uma educadora isolada, e que deve ser vista como uma parceira no desenvolvimento cognitivo e social da criança, não como única responsável.

    “Quando você participa ativamente da escola, você vê o crescimento do seu filho. Havendo parceria entre família e escola temos condições de ter em casa um filho que terá um futuro garantido”, defende Virgília.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • As crianças brasileiras devem ser matriculadas na educação básica a partir dos quatro anos de idade. Para atender essa obrigatoriedade — a matrícula cabe aos pais e responsáveis —, as redes municipais e estaduais de ensino têm até 2016 para se adequar e acolher alunos de 4 a 17 anos. O fornecimento de transporte, alimentação e material didático também será estendido a todas as etapas da educação básica.

    As novas normas foram estabelecidas pela Lei nº 12.796, do dia 4 último, sancionada pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e publicada no Diário Oficial da União de sexta-feira, 5. O novo documento ajusta a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) à Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009, que torna obrigatória a oferta gratuita de educação básica a partir dos 4 anos de idade.

    A Lei nº 12.796/2013 também estabelece que a educação infantil — contempla crianças de 4 e 5 anos na pré-escola — será organizada com carga horária mínima anual de 800 horas, distribuída por no mínimo 200 dias letivos. O atendimento à criança deve ser, no mínimo, de quatro horas diárias para o turno parcial e de sete para a jornada integral. A norma já valia para o ensino fundamental e médio.

    As alterações na Lei de Diretrizes e Bases também englobam educação especial. De acordo com a Lei nº 12.796/2013, entende-se por educação especial a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. O texto também garante que o Poder Público adotará como alternativa preferencial a ampliação do atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na própria rede pública.

    Houve ainda a inclusão, na Lei de Diretrizes e Bases, de dispositivo segundo o qual o ensino será ministrado, entre outros itens, em consideração com a diversidade étnico-racial.

    Assessoria de Comunicação Social


    Confira a Emenda Constitucional nº 59/2009
  • Na escola do interior paranaense, a cada aula, os alunos descobrem na natureza formas de soltar o corpo e a imaginação Viva a Natureza é um dos projetos desenvolvidos este ano no Centro Municipal de Educação Infantil Pequeno Reino, em Castro, Paraná. A localização da escola, ao lado de um bosque na zona rural do município, colabora para o sucesso do projeto, que tem a participação dos 90 alunos.

    “Iniciamos o projeto com brincadeiras e músicas”, explica a criadora, Jesélia Cordeiro Ortis, que atua na educação infantil há três anos. “Por meio de observações e registros, procuramos descobrir o que as crianças sabiam sobre o assunto, quais eram os interesses e necessidades de cada faixa etária.”

    Logo surgiu um conto oral, que recebeu o nome de Jardim Encantando e passou a ser enriquecido pela imaginação de todos. “Borboletas eram fadas; sapos, príncipes; minhocas temerosas, serpentes”, revela a professora. “E, é claro, tudo se passava em um pequeno reino com príncipes, princesas e rainhas. Ou seja, as crianças e nós, da escola.” A história foi relembrada em muitas aulas e recebeu diferentes interpretações das crianças por meio de desenhos, cantigas ou faz-de-conta.

    A música foi uma aliada importante no desenvolvimento do projeto, por integrar os conteúdos e despertar o interesse das crianças. Sapo Cururu, Eu Sou uma Borboletinha, e Sai, Sai, Peixinho da Lagoa foram algumas das melodias cantadas. Também foram usadas formas de expressão artística como pinturas, dobraduras, colagens e dramatizações. “A cada aula, os alunos descobriam na natureza formas diferenciadas de brincar, soltando o corpo e a imaginação”, explica Jesélia. Segundo ela, é possível perceber que, além do encantamento pela natureza, as crianças têm a curiosidade de descobrir o mundo a sua volta e saber o porquê de coisas que os adultos muitas vezes nem percebem em razão a pressa do dia a dia.

    “Ver uma semente nascer e desabrochar para a vida, descobrir que aquele remédio que compramos na farmácia tem a mesma fórmula que a plantinha do quintal. Isso tudo as crianças nos demonstraram de forma prática, apenas com a liberdade de brincar com a natureza”, destaca.

    Creche — A instituição, que atende crianças de dois a cinco anos matriculadas em período integral, desenvolve outros projetos para atender diferentes níveis da educação infantil. Assim, na creche II, para crianças de dois anos, foi aplicado o projeto Cada Escolha um Aprendizado, que auxilia no desenvolvimento da autonomia em situações de alimentação, higiene e conforto e trabalha com habilidades motoras, cognitivas e emocionais.

    Na creche III, para a faixa etária de três anos, foi realizado o projeto Muito Prazer em me Conhecer, destinado a proporcionar atividades que facilitem o autoconhecimento e fazer a criança sentir que tem um nome, uma identidade e que, acima de tudo, é muito importantes.

    No pré I, com crianças de quatro anos, a escola usou o projeto No Embalo das Letras se Constrói o Mundo, para estimulá-las a explorar materiais impressos sem os rasgar. No pré II, com crianças de cinco anos, o projeto Iabadabadoo! Na Era da Imaginação aproveitou personagens do desenho animado Os Flinstones. De acordo com a diretora da instituição, Cláudia Salgado de Castro, o projeto explorou a curiosidade das crianças diante do fato de os personagens escreverem em pedra, não em papel. A intenção, segundo ela, foi estimular o hábito da escrita para conseguir melhor desempenho na aprendizagem.

    Pedagoga, com pós-graduação em gestão escolar, há seis anos na área de educação infantil, Cláudia conta que a escola também se preocupa em inserir a família no espaço escolar. Com o projeto Fortalecendo as Relações Familiares, promove atividades extracurriculares como mutirões, palestras e grupos de estudo. É uma forma de integrar os pais à comunidade escolar e enriquecer o universo educacional.

    Fátima Schenini


    Saiba mais no Jornal do Professor
  • Marilene Raupp - diretora do NDIA coordenadora de formação de professores da educação básica do Ministério da Educação, Helena Costa Lopes Freitas, fará a conferência da aula inaugural do curso de especialização em educação infantil da Universidade Federal de santa Catarina (UFSC), marcada para as 8h30 desta segunda-feira, 4, no Centro de Eventos da universidade, no bairro Trindade, em Florianópolis.

    A programação conta com palestras, mesas-redondas e atividades culturais envolvendo os frequentadores do curso de especialização, que começou no dia 9 de setembro e se estenderá até dezembro de 2011. A promoção é do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) da Universidade Federal de Santa Catarina.

    O curso de especialização é gratuito e conta com 240 professores e auxiliares de creches e pré-escolas de 30 municípios da Grande Florianópolis e das regiões de Joinville e Chapecó, além de diretores e coordenadores dos mesmos estabelecimentos e de profissionais que integram as equipes de educação infantil das secretarias municipais de educação. Ele faz parte de um programa do MEC que objetiva qualificar profissionais que atuam na educação básica. São seis turmas que assistem a aulas presenciais, ministradas por professores do NDI, Udesc e Centro da Educação da UFSC – neste caso, por meio de grupos que trabalham as disciplinas com base no foco de suas pesquisas.

    O curso tem três eixos temáticos: fundamentos, história e políticas para a educação infantil no Brasil; cultura, cotidiano e ação docente na educação infantil; e pesquisa na educação infantil. São 11 disciplinas, em 465 horas/aula, “beneficiando especialmente profissionais que atuam na área da formação e não tiveram a oportunidade de acessar os conteúdos e especificidades da educação infantil”, informa a diretora do NDI, Marilene Dandolini Raupp. Até o fim do curso, os alunos participarão de mais dois seminários e defenderão um trabalho de conclusão de curso (TCC), além de receberem todo o material produzido pelo Ministério da Educação.

    A diretora do NDI explica que o MEC publicou no final do ano passado as diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil, a partir de pesquisa feita em seis grandes capitais, estabelecendo as políticas públicas para o setor. Mais adiante, deverá realizar um exame nacional com a mesma lógica do Enem para o ingresso de profissionais da carreira docente nas áreas da educação infantil, séries iniciais e educação de jovens e adultos nos municípios brasileiros.

    UFSC sai na frente
    – O curso de especialização em educação infantil tem a coordenação do Núcleo de Desenvolvimento Infantil, que fortalece assim a sua função social e sua contribuição para o aperfeiçoamento de profissionais na área da educação infantil. “Cumprimos assim nossa missão no ensino, na pesquisa e na extensão”, ressalta Marilene Raupp. Das 17 instituições incluídas no programa do MEC, a Universidade Federal de Santa Catarina foi a primeira a iniciar o curso.

    A contrapartida dos municípios é oferecer condições objetivas para que os profissionais possam frequentar as aulas e facilitar o deslocamento dos cursistas para as atividades na UFSC (incluindo a aula inaugural e os seminários). No caso das cidades vizinhas, espera-se que as prefeituras custeiem o transporte até o local do curso, a hospedagem e a alimentação dos alunos, que geralmente têm salários baixos e não conseguem pagar essas despesas.

    No final, em dezembro de 2011, os professores participantes receberão os cadernos referentes às 11 disciplinas do curso, e o MEC também publicará dois volumes incluindo artigos dos ministrantes, as conferências e palestras e até textos dos alunos. Um CD conterá as filmagens das conferências, palestras e mesas-redondas, reunindo todo o conteúdo teórico do curso. E um acervo de livros do ministério também chegará às regiões atendidas, facilitando a consulta pelos cursistas e outros interessados.

    Assessoria de Imprensa da UFSC

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