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  • Professores de educação infantil da rede pública municipal podem ser inscritos por sua secretaria de educação, até 30 de setembro, no Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil (ProInfantil). O ProInfantil é um curso de nível médio, modalidade normal, a distância, destinado aos educadores em atividade que ainda não possuem a formação exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

    Para ingressar no curso, o professor deve estar em exercício na educação infantil por pelo menos quatro anos e deve permanecer na sala de aula no decorrer da formação, que tem duração de dois anos. Educadores que atuam em creches e pré-escolas comunitárias, filantrópicas e confessionais também podem participar da capacitação.

    O ProInfantil possui quatro módulos com duração de seis meses cada um, totalizando 3.392 horas de curso. O currículo da formação é estruturado em seis áreas temáticas: linguagens e códigos; identidade, sociedade e cultura; matemática e lógica; vida e natureza; língua estrangeira; e fundamentos da educação e organização do trabalho pedagógico.

    Para inscrever o docente no ProInfantil, o gestor deve acessar o Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec) e preencher a demanda estimada no Plano de Ações Articuladas (PAR). Após o diagnóstico feito pelo município, o Ministério da Educação avaliará a quantidade de cursistas a ser atendida por cada município. Dúvidas sobre o processo de inscrição podem ser esclarecidas pelo telefone 0800 616161, opção 6.

    Maranhão – Até o fim de setembro, um grupo de 144 educadores de sete municípios do Maranhão recebem certificados de conclusão do ProInfantil. Os professores atuam na educação infantil dos municípios de Santa Helena, que certifica 34, Primeira Cruz (33), Palmeirândia (32), São José dos Basílios (18), Paulo Ramos (11), Lagoa Grande do Maranhão (10) e Humberto de Campos (6). Os certificados, emitidos pela Secretaria Estadual de Educação do Maranhão, garantem aos docentes o exercício na educação infantil.

    Assessoria de Imprensa da SEB
  • “A combinação de creches, alfabetização na idade certa e ensino integral vai fazer o Brasil mudar de patamar na educação.” A afirmação foi feita pela presidenta da República, Dilma Rousseff, nesta sexta-feira, 22, durante evento em Fortaleza, para anunciar investimentos em creches e mobilidade urbana. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também participou da cerimônia.

    A presidenta assinou acordo com a prefeitura para início da construção de 86 creches em Fortaleza. Com investimento de R$ 117 milhões, as creches fazem parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC2) e serão construídas com metodologias inovadoras em até sete meses. Do total, 76 unidades terão capacidade para atender 240 alunos e 10 unidades vão atender 120 alunos.

     

    “Eu fico muito feliz de estar aqui no anúncio dessas creches. Creche é algo fundamental para que tenhamos, sobretudo, qualidade na educação para os brasileirinhos desse país. Temos que dar oportunidades iguais”, afirmou Dilma Rousseff.

     

    A presidenta destacou também outras ações do Ministério da Educação que têm contribuído para o desenvolvimento dos estudantes. Um dos principais programas é o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, lançado no ano passado para garantir o aprendizado de crianças até oito anos. O modelo, inclusive, foi inspirado em um programa do governo do estado do Ceará. Dilma lembrou ainda o empenho do governo federal para oferecer educação em tempo integral em mais de 49 mil escolas.


    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Palácio do Planalto

     

  • Dilma ressalta a importância das creches: “Oferecer creche de qualidade, principalmente para a população mais pobre, é o primeiro passo para garantir uma saída permanente e sustentável da pobreza e dar um futuro ao país” (foto: R. Stuckert Filho/PR)A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira, 25, que o governo tem usado método inovador para acelerar a construção de creches no país. As estruturas do prédio, as vigas, as paredes e o telhado vêm prontos de fábrica e são montados no canteiro das obras. Com isso, de acordo com a presidenta, o tempo de entrega das unidades cai de dois anos para um prazo de quatro a sete meses e reduz o custo da obra em até 24% porque evita o desperdício de material.

     

    Durante o programa semanal de rádio Café com a Presidenta, Dilma destacou que em agosto último o governo começou a contratar a construção de creches pelo novo método. Pelas previsões, em dezembro próximo a primeira unidade será inaugurada em Aparecida de Goiânia (GO). Nela serão atendidas 120 crianças em tempo integral. A presidenta ressaltou que está aprovada a construção de 1.877 creches pelo sistema, empregado em países desenvolvidos e licitado pelo Ministério da Educação para adoção em todos os municípios brasileiros.

     

    A creche é considerada importantíssima pelo governo federal para combater desigualdades e oferecer a todas as crianças do país a oportunidade de se desenvolver, com acesso à educação de qualidade. “Oferecer creche de qualidade a nossa população, principalmente à população mais pobre, é o primeiro passo para garantir uma saída permanente e sustentável da pobreza e dar um futuro ao país”, disse a presidenta.

     

    Dilma lembrou ainda que das 4,7 mil creches contratadas em seu governo, 2 mil estão em construção ou já foram entregues. Até o fim do ano, as obras de mais 1.950 unidades serão contratadas. Outras 1.609 contratadas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão sendo pagas e construídas agora. Dilma lembrou que todas as creches em construção no país, seja pelo método tradicional ou pelo inovador, são erguidas em parceria com os municípios. A prefeitura cede o terreno e providencia a terraplenagem. Ao governo federal cabem os custos financeiros da construção.

     

    O governo federal também repassa às prefeituras recursos para a compra de móveis, carteiras, colchões, berços, material pedagógico, jogos e equipamentos de cozinha. Além disso, garante por até um ano e meio as despesas do dia a dia da creche, até que ela receba os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). As prefeituras recebem ainda 50% a mais do Fundeb quando a criança matriculada é beneficiária do programa Bolsa-Família.


    Assessoria de Comunicação Social


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    Dilma anuncia construção de creches no Ceará e vê mudanças na educação

  • A presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, inauguram, nesta sexta-feira, 11, às 10h30, o Centro Infantil Municipal Wilma Costa Pinto Afonso, em Betim (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte. A unidade irá atender 248 crianças. A creche, localizada no bairro de Sítios da Baviera, custou R$ 1,3 milhão e é uma das três unidades em construção na cidade, no âmbito do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância). O valor total das obras ultrapassa R$ 3,6 milhões.

    O Proinfância é um programa do Governo Federal criado para prestar assistência financeira, em caráter suplementar, ao Distrito Federal e aos municípios que assinaram o termo de adesão ao plano de metas Compromisso Todos pela Educação e elaboraram o Plano de Ações Articuladas (PAR). Os recursos destinam-se à construção e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas da educação infantil.

    Desde o lançamento, em 2007, até 2010, o Proinfância firmou convênios com municípios para a construção de 2.528 creches e pré-escolas. Em 2011, passou a integrar a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2). Assim, poderá financiar 6.427 escolas de educação infantil distribuídas em municípios das cinco regiões, até 2014.

    Assessoria de Comunicação Social
  • A presidenta Dilma, ao sancionar a lei: “Iremos daqui para a frente acelerar a melhoria da situação daquela parcela mais vulnerável da população brasileira” (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Desde o lançamento do programa Brasil Carinhoso, em maio deste ano, o governo federal já retirou 2,8 milhões de crianças de até seis anos de idade da extrema pobreza. O resultado foi apresentado durante cerimônia de sanção da lei que institui o programa, nesta quarta-feira, 3, no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Entre as medidas propostas está a ampliação do acesso das crianças à creche e pré-escola.

    “O Brasil dá um passo refinando cada vez mais a sua política social”, afirmou a presidenta da República, Dilma Rousseff. “Se em cinco meses nós conseguimos esses resultados, iremos daqui para a frente acelerar a melhoria da situação daquela parcela mais vulnerável da população brasileira.”

    Criado pela Medida Provisória nº 570, de 14 de maio último, agora convertida em lei, o Brasil Carinhoso, que integra o Plano Brasil sem Miséria, é um conjunto de ações destinadas à assistência a famílias que têm crianças até seis anos de idade, por meio da melhoria da renda, da educação e da saúde. Até 2014, devem ser construídas 6 mil escolas de educação infantil para atender crianças até cinco anos de idade. Serão destinados recursos ainda para a aquisição de equipamentos e mobiliário.

    De acordo com a nova lei, o programa Bolsa-Família será ampliado para garantir a famílias que tenham pelo menos uma criança com até seis anos renda mínima por pessoa superior a R$ 70 mensais. Além disso, o Brasil Carinhoso prevê a antecipação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) a municípios para obras de novas escolas e unidades de educação infantil.

    As creches públicas ou conveniadas que tenham crianças atendidas pela Bolsa-Família contarão ainda com ampliação de 50% no repasse de recursos federais. A merenda escolar também terá investimento reforçado, com aumento de 66% no valor repassado por criança matriculada em creches públicas e conveniadas.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Começa nesta sexta-feira, 28, em São Luís, a série de audiências públicas para revisar as diretrizes curriculares nacionais da educação infantil. Os encontros são promovidos pela câmara de educação básica do Conselho Nacional de Educação (CNE).

    As atuais diretrizes curriculares desta etapa de ensino existem há dez anos. As audiências, três no total, terão a presença de conselheiros do CNE, entidades, organizações e instituições ligadas à educação infantil.

    Depois da capital maranhense, as próximas audiências serão em São Paulo, no dia 22 de setembro, e Brasília, em 5 de outubro. A partir dos encontros, será feito um parecer do CNE com as atualizações às diretrizes e encaminhado para homologação do ministro da Educação.

    Letícia Tancredi
  • O Boi-de-mamão, personagem do folclore de Santa Catarina, atraiu o interesse das crianças. Florianópolis 12/08/10 – O projeto Diversidade Cultural desenvolvido na Creche Bem-te-vi, em Florianópolis, foi feito para ampliar o conhecimento sobre diferentes culturas e a respeito da identidade e ascendência dos alunos. O projeto envolve crianças que têm entre dois e três anos de idade. Um dos conteúdos desenvolvidos é o Boi-de-mamão, manifestação folclórica difundida em Santa Catarina.

    “O processo de conhecer, descobrir, interagir, crescer e apropriar-se de novos repertórios se deu de forma prazerosa, rica e envolvente. As crianças concentraram-se no folguedo do Boi-de-mamão, trazendo a encenação como principal elemento de nosso trabalho cotidiano”, explicou a professora Fabrícia Luiz Souza.

    A professora disse que o projeto Diversidade Cultural foi criado para trabalhar com as diferenças, culturas, os preconceitos, costumes e valores. Como o grupo possuía crianças que ainda usavam fraldas, a retirada da proteção foi um dos pontos centrais do primeiro semestre. “Este processo de autonomia de cada um traz consigo o conhecimento de si, o controle sobre suas vontades e uma independência em relação ao adulto”.

    O projeto desenvolve atividades como a culinária, narração de histórias, pintura, entre outras atividades artísticas como a exploração do uso de tinta, cola colorida, massinha, giz de cera e lápis de cor.

    De acordo com a coordenadora pedagógica da Creche Bem-te-vi, Telma Elita Ribas, a interação e a brincadeira norteiam o projeto político-pedagógico da instituição, que atende a 140 crianças com idades entre quatro meses e cinco anos e 11 meses.

    Fátima Schenini

  • O Ministério da Educação atualizou os parâmetros de qualidade e infraestrutura da educação infantil, datados de 2006, e estabeleceu diretrizes e características que deverão ser observadas pelas instituições de ensino para oferecer uma educação de qualidade, inclusive em termos de infraestrutura. O documento Parâmetros Nacionais da Qualidade da Educação Infantil, de 60 páginas, foi elaborado em conjunto pelo MEC e várias entidades ligadas à educação. Dele já constam o Marco Legal da Primeira Infância, a Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil e uma área focal específica sobre valorização dos profissionais da educação. 

    “O que trazemos é um documento renovado, construído com a coletividade das instituições que atuam dentro da educação infantil”, disse o ministro da Educação Rossieli Soares, durante o lançamento do texto final. “Dentro dele começamos a balizar a qualidade que desejamos na educação infantil no Brasil.” A secretária de Educação Básica do Mec, Kátia Smole, por sua vez, destacou o alcance do documento. “Este documento tem um potencial grande. Mais de 116 mil unidades escolares públicas e privadas serão beneficiadas. São 8,5 milhões de crianças e mais de 500 mil professores.”

    Ao todo são 239 parâmetros e 21 princípios distribuídos em oito áreas focais: gestão de sistemas de ensino e redes de ensino; valorização e desenvolvimento profissional; gestão das instituições de educação infantil; currículo, interações e práticas pedagógicas; interação com a família e a comunidade; intersetorialidade; espaços, materiais e mobiliários, e infraestrutura.

    Feito de forma colaborativa por meio de um grupo de trabalho, o documento foi elaborado em conjunto pelo MEC e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a Secretaria de Educação do Distrito Federal, o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (FNCEE), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UCME). Além destes, pela expertise, foram convidados a participar dos debates o Núcleo de Cooperação Municipal da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte do Estado de Goiás; a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal; o Movimento pela Base; o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

    O diálogo entre essas áreas foi destacado pela secretária de Educação Básica. “Ganhamos muito com a atualização desses parâmetros de qualidade e avançamos ao eleger oito áreas de um jeito muito integrado, o que traz a responsabilidade não apenas para o gestor municipal, mas também para os diretores, pais, conselhos tutelares, secretarias de saúde e vários outros organismos de proteção à criança”, disse. Outro ponto que ela destacou foi a estrutura do texto, que passou de quatro para um volume. “A objetividade deste material é outra coisa que eu destacaria e a forma como ele foi feito, em diálogo com todos.”Estiveram presentes ao evento representantes da Undime de diversas regiões do país e do Fórum Nacional de Conselhos Estaduais de Educação (FNCE). “A Undime vê com bons olhos o aprimoramento destes parâmetros”, disse o presidente da Undime Tocantins e Undime Região Norte, Bartolomeu Moura Junior. “É mais que necessário este aprimoramento. Vamos virar uma página e os efeitos para a melhoria da qualidade do ensino será visível a médio e curto prazo.”

     

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • A Universidade de Brasília (UnB) começa nesta sexta-feira, 15, um curso de especialização em educação infantil para 90 professores da rede pública do Distrito Federal, selecionados entre 700 concorrentes. A UnB faz parte de um grupo de 18 instituições federais de ensino superior que receberam recursos do MEC para ministrar o curso em 17 unidades da Federação.

    A especialização em educação infantil aberta pela UnB é totalmente presencial, terá duração de um ano e meio – de outubro de 2010 a abril de 2012 – e carga horária de 420 horas. Da universidade, dez doutores em educação e um mestre vão trabalhar com os cursistas. O calendário de atividades acontece aos sábados, das 8h às 12h e das 14h às 18h, exceto nos feriados nacionais.

    Aos 90 educadores do Distrito Federal, a coordenadora do curso da Universidade de Brasília, Maria de Fátima Guerra Sousa, recomenda que aproveitem a oportunidade. “Não é só uma oportunidade, é até um privilégio fazer um curso inteirinho custeado pelo MEC”, diz. Ph.D em educação infantil pela State University, de Ohio, Estados Unidos, Maria de Fátima fundou o núcleo de educação infantil na Faculdade de Educação da UnB em 1982.

    Segundo Fátima, os conteúdos da especialização estão distribuídos em três eixos: história e políticas para a educação infantil no Brasil; cultura, cotidiano e ação docente na educação infantil; e pesquisa em educação infantil. Ao final do curso, os professores vão produzir uma monografia. Não será apenas um trabalho acadêmico, explica a coordenadora, mas um produto com foco na prática da sala de aula.

    A aula inaugural será nesta sexta-feira, às 14h30, no Lake Side Brasília, com duas conferências proferidas pelas educadoras Lívia Maria Fraga Vieira, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Gizele de Souza, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Maria Cristina Pereira de Carvalho, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e Anatália Dejane Silva de Oliveira, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

    Curso– A especialização em educação infantil é dirigida a educadores das redes públicas no exercício da função. Será oferecida em 16 estados e no Distrito Federal por 18 instituições federais de ensino superior. Dessas instituições, as universidades federais de Santa Catarina (UFSC) e do Piauí (UFPI) já começaram os cursos, ambas com 240 professores cada. As universidades federais do Ceará (UFCE) e de Roraima (UFRR) fizeram a seleção dos professores, mas ainda não iniciaram as aulas. Juntas, as 18 universidades abrem 3.925 vagas para professores da educação infantil das redes públicas de cerca de 70 municípios.

    Ionice Lorenzoni
  • Ações de apoio e manutenção da educação infantil nos municípios e no Distrito Federal vão receber R$ 70,9 milhões do Ministério da Educação. O valor foi liberado nesta terça-feira, 7, e será enviado ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao MEC que realiza o repasse aos entes federados.

    Do total de recursos, serão destinados R$ 44,1 milhões para a ação Brasil Carinhoso, para manutenção de turmas recém-criadas de educação infantil ofertadas em estabelecimentos públicos ou em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, que estejam conveniadas com o poder público.

    O valor é voltado para as matrículas que não foram contempladas com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) no ano passado. De acordo com a Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, a medida beneficia 24.659 crianças em 1.790 turmas.

    Os outros R$ 26,8 milhões serão aplicados no Programa Nacional de Reestruturação e Aparelhagem da Rede Pública de Educação Infantil (Proinfância). O dinheiro será destinado a manter novos estabelecimentos de educação infantil pública que já estejam em atividade, mas que ainda não foram contemplados com recursos do Fundeb. Em 2016, o Proinfância beneficiou 11 mil estudantes desta etapa de ensino.

    “A partir do momento em que são abertas novas matriculas, os entes têm direito a esse recurso suplementar até que essas matrículas sejam computadas no Fundeb. Quando isso acontece, o recurso é enviado automaticamente. O MEC, para apoiar e incentivar a criação de novas vagas, faz o repasse desses recursos,” explica Luciana Nascimento, técnica da Coordenação-Geral de Educação Infantil da SEB.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Para o ministro Aloizio Mercadante, o PAR é a bússola da relação entre o MEC e qualquer estado ou município do Brasil  (Foto: Isabelle Araújo/MEC)Tema da primeira meta do Plano Nacional de Educação (PNE), a educação infantil é também a grande prioridade do Plano de Ações Articuladas (PAR) este ano. O novo ciclo do PAR, que começa em 2016 e segue até 2019, foi lançado pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, nesta quarta-feira, 27, em coletiva de imprensa.

    Novos projetos de creches e pré-escolas serão desenvolvidos a partir de agora. São as chamadas creches verticais, que devem possibilitar aos municípios brasileiros com limitações de terreno – especialmente as grandes cidades – a construção de novos equipamentos educativos.

    “Há uma imensa demanda de espaço para creches por parte dos gestores. Por exemplo, o esforço que o MEC fez em parceria com a prefeitura de São Paulo no ano passado. Nós colocamos 50 mil crianças na educação infantil no ano passado, 200 creches nós inauguramos na cidade de São Paulo. No entanto ainda faltam 60 mil crianças”, explicou Mercadante.

    Com a novidade, se antes havia a exigência de um espaço de pelo menos 40m x 70m, agora será preciso um terreno menor, de 28m x 45m, que, por ter dois pavimentos, terá capacidade de atendimento semelhante à do modelo anterior. Além disso, projetos de ampliação de espaços já existentes, que devem custar menos e requerem tempo menor para serem construídos, também serão possíveis.

    Além do foco na educação infantil, o ministro anunciou outras medidas para o novo ciclo do PAR. O plano, que segundo Mercadante “é a bússola da relação entre o MEC e qualquer estado ou município do Brasil”, foi importante ao longo da história recente da educação brasileira. Criado em 2007, agora será a grande orientação para a relação entre o ministério e as secretarias de educação estaduais e municipais.

    Além de funcionar como um canal de interação do MEC com os sistemas de ensino, o novo PAR vai fortalecer o sistema nacional de educação e alinhar os planos estaduais e municipais ao PNE, assim como ao Plano Plurianual (PPA). Também serão integrados diversos dados de controle e gestão da educação que tratam das instalações, da acessibilidade e do projeto político-pedagógico das escolas, formação dos professores e finanças.

    Instância– O Sistema Integrado de Monitoramento, Educação e Controle (Simec), pelo qual secretários de educação poderão acessar as informações do PAR, também ganhou nova interface, possibilitando uso facilitado aos usuários.   “Nós vamos planejar os próximos quatro anos. Todas as ações do MEC na relação com cada município e cada estado terá de estar prevista e pactuada no PAR. É totalmente transparente, é o mesmo acesso a todos os municípios e estados, as mesmas regras republicanas”, frisou o ministro.

    Para garantir essa interação entre todos os entes da educação brasileira, foi instalada ainda a Instância Permanente de Negociação Federativa. Uma mesa permanente de negociação entre as redes de ensino estaduais, municipais e o Ministério da Educação.

    Participaram da coletiva para celebrar a criação da Instância, além do secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, os presidentes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Idilvan Alencar; do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps; da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima, e do Conselho Nacional de Educação (CNE), Gilberto Garcia. Também estiveram presentes o coordenador do Fórum Nacional da Educação (FNE), Heleno Araújo Filho, e o secretário de articulação com os Sistemas de Ensino do MEC, Binho Marques.

    Balanço –No último ciclo, entre 2011 e 2015, mais de 5,5 mil municípios dos 27 estados brasileiros elaboraram o PAR. Foram investidos R$ 25 bilhões nesse período na compra e distribuição de mobiliário, veículos escolares (ônibus e lanchas) e tablets. Mais de 6,3 mil creches foram construídas, enquanto Escolas de Ensino Fundamental e Médio foram mais de 4,2 mil.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Na escola gaúcha, é de fundamental importância que se mantenha uma relação sólida entre pais e professores para troca de informações e continuidade dos trabalhos iniciados em sala de aula (foto: arquivo da Emei Branca de Neve)Na Escola Municipal de Educação Infantil Branca de Neve, no município gaúcho de Novo Hamburgo, a aproximação entre família e escola ocorre nas atividades diárias e envolve não apenas os professores, mas todos os segmentos de trabalhadores da instituição. Na visão da diretora, Neida Hoch Wilmsen, toda a equipe deve sentir que pertence à escola para, dessa forma, servir como ponte no acolhimento aos recém-chegados.

     

    “Estabelecer vínculo com as famílias dos alunos é fundamental para que se efetive uma parceria significativa, que faça a diferença no processo de aprendizagem das crianças”, diz a diretora. Segundo ela, para que a escola possa cumprir seu papel, todos devem estar comprometidos na construção e efetivação do projeto político-pedagógico. “A escola é o lugar para brincar, aprender e ser feliz.”

     

    Para Neida, que está no magistério há 24 anos, 12 dos quais na direção, esse lema deve ser a motivação a cada dia. “Com as famílias, trabalhamos para alcançá-lo”, enfatiza a diretora, que tem licenciatura plena em história e pós-graduação em gestão escolar.

     

    Professora de duas turmas na faixa etária de quatro anos, Elisângela Martins Rodrigues considera de fundamental importância a construção de uma relação sólida entre pais e professores para troca de informações e continuidade dos trabalhos iniciados em sala de aula. “Na educação, é imprescindível que família e escola andem juntas, enfrentando e superando os desafios, como parceiras.”

     

    De acordo com a professora, respeito e compreensão devem ser os princípios de uma boa relação de parceria. Além disso, ela enfatiza a necessidade de diálogo constante para que os pais tenham a oportunidade de manifestar dúvidas e insatisfações. “A escola deve buscar ampará-los em suas expectativas e, com eles, fazer constantes reflexões”, afirma.


    Colaboração — Entre os projetos desenvolvidos para aproximar escola e famílias, Elisângela cita o que realizou em 2010, com crianças de dois anos de idade. Os pais ajudaram a coletar garrafas descartáveis de plástico e outros materiais para confeccionar jogos e brinquedos capazes de exercitar a musculatura facial e auxiliar no processo de adaptação e socialização das crianças. “Eles aprenderam a usar esses recursos também em casa para ajudar no processo da construção da linguagem”, explica.

     

    Há dez anos no magistério, com experiência em turmas de educação infantil, ensino fundamental e médio, Elisângela revela que sempre observou melhores resultados ao estabelecer relação de parceria com pais ou responsáveis pelos alunos. E, de acordo com ela, essa relação de parceria ganha dimensão ainda maior com estudantes da educação infantil.

     

    Com licenciatura em pedagogia, Elisângela faz curso de especialização em docência na educação infantil.

     

    Fátima Schenini

     

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Projeto desenvolvido em escolas de Londrina garante aos estudantes benefícios como conhecimento musical e corporal, gosto pela música e pela dança (foto: Renato Forin Jr/Secretaria municipal de Educação)No norte do Paraná, o município de Londrina incentiva o amor pela dança a partir da realização de atividades nas escolas. Dois projetos abrem oportunidades de contato de estudantes e demais integrantes da comunidade escolar com espetáculos de dança e possibilitam o surgimento de talentos.

     

    Os projetos Dança nas Escolas e Iniciação à Dança são desenvolvidos pela Fundação Cultura Artística de Londrina (Funcart), em parceria com a Secretaria de Cultura do município. Eles atendem estudantes, coordenadores pedagógicos e professores da educação infantil e do ensino fundamental. “O Dança nas Escolas oferece a oportunidade de contato com as linguagens artísticas, especificamente a dança, sob as esferas do fazer, do conhecimento e da apreciação artística, além de identificar novos talentos para o exercício da dança”, explica a professora Patrícia Alzira Proscêncio, coordenadora dos projetos.

     

    Desenvolvido em quatro etapas, com duração total de oito dias, o Dança nas Escolas é um projeto itinerante, realizado em cinco unidades de ensino da rede municipal a cada ano. Na visão da diretora da Escola Municipal Professora Ruth Lemos, Ivanete da Silva Teixeira, o projeto garante aos estudantes benefícios como conhecimento musical e corporal, gosto pela música e pela dança, bem como a elevação da autoestima. “A dança como prática pedagógica favorece a criatividade e o processo de construção de conhecimento”, destaca Ivanete. Há 19 anos no magistério, ela é graduada em educação física, com pós-graduação em gestão escolar e em supervisão e orientação escolar.

     

    Em uma primeira etapa, o projeto promove uma oficina teórica e prática com professores da escola. Na segunda, desenvolve oficinas com todos os alunos da escola sobre formação, profissão e dia a dia da vida de um bailarino profissional. Também são tratados os temas das apresentações nos espetáculos. “Esse procedimento, além de fortalecer o trabalho da direção na formação de plateias, oferece conteúdos importantes quanto às possibilidades de uso da dança no cotidiano escolar através de atividades práticas”, enfatiza Patrícia.

     

    Na terceira etapa, ocorrem as apresentações de dança em cada escola. Segundo a coordenadora, as apresentações têm sido uma novidade dentro do espaço escolar, tanto para os adultos quanto para as crianças. “Em todas as escolas visitadas, o momento da apresentação torna-se mágico”, afirma Patrícia.

     

    Na quarta etapa, são realizadas as oficinas práticas de dança, com aulas de balé clássico em nível iniciante. Podem participar estudantes interessados em concorrer a bolsas de estudos para o curso de dança clássica na Escola Municipal de Dança da Funcart. São selecionados estudantes entre 8 e 12 anos de idade. “Há um total de 40 bolsas de estudos a serem distribuídas, somadas as escolas pelas quais o projeto passará”, diz a coordenadora.


    Iniciação — Enquanto o Dança nas Escolas tem como foco principal a apreciação, o Iniciação à Dança envolve diretamente os alunos na prática artística. Realizado ao longo do ano em quatro escolas do município o projeto proporciona aulas de dança no turno oposto ao das aulas regulares. Ele teve origem em 2001, quando professores da Escola Municipal de Dança começaram a dar aulas de balé clássico, dança contemporânea e jazz na periferia de Londrina como instrumento de reinserção social para crianças em condição de risco.

     

    A partir de 2011, o projeto passou por transformações. Entre os objetivos estão explorar a realidade, o contexto e o repertório de movimento das crianças e introduzir ritmos de dança e música ainda não conhecidos por elas. Nessa segunda fase, foi realizado em oito escolas, com a participação de cerca de 800 estudantes.

     

    Professora de dança na Funcart desde 2001, Patrícia desenvolve as disciplinas de corpo e movimento, artes visuais e musicalização. Com formação em dança clássica e contemporânea, ela atuou como bailarina do Balé de Londrina de 1993 a 2006. Graduada em geografia, com mestrado em educação, faz graduação em pedagogia. Além da Escola Municipal de Dança, a Funcart mantém a Escola de Teatro, o Balé de Londrina e o Circo Teatro Funcart, espaço cênico para realização de espetáculos.


    Fátima Schenini

     

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  • Os programas de rádio, com duração de 20 minutos, são gravados e podem ser ouvidos pelos estudantes nos horários de recreação (foto: arquivo da Secretaria de Educação de Volta Redonda)Uma rádio, que vai ao ar com participação ativa de crianças de 3 a 5 anos, faz sucesso entre os alunos do Centro Municipal de Educação Infantil Monteiro Lobato, suas famílias e moradores do município fluminense de Volta Redonda. Implantada em 2013, pela professora Ana Paula Corrêa de Oliveira Coelho, a Rádio Monteiro Lobato tornou-se conhecida na cidade como Rádio Monteirinho.

    “Desenvolver um projeto de rádio, com a participação ativa das crianças, foi meu maior desafio”, diz a pedagoga, pós-graduada em psicopedagogia, há 21 anos na área de educação infantil. Ana Paula, que trabalha como implementadora de informática desde 2007, explica que o projeto foi uma orientação da Coordenação de Informática Aplicada à Educação de Volta Redonda. Ele foi desenvolvido anteriormente por Patrícia Osório, implementadora de informática na Escola Municipal Rubens Machado, com alunos do ensino fundamental.

    A grande referência de Ana Paula em seu trabalho é o educador Paulo Freire [1921-1977]. Para ele, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou sua construção. Por isso, as atividades que ela promove no laboratório de informática visam a um trabalho integrado com a sala de aula, a fim de tornar a aprendizagem significativa para as crianças.

    Com uma programação variada, a rádio divulga notícias, relata as atividades de destaque nas salas de aulas, transmite a troca de recados entre as crianças e presta homenagem a aniversariantes, com mensagens e oferecimento de músicas a estudantes, professores e funcionários.

    A definição dos temas é feita durante as chamadas “reuniões de pauta”, quando Ana Paula reúne os representantes de cada turma. “Em conversa com os alunos, vou instigando e anotando as ideias que vão surgindo”, revela. O passo seguinte é a realização das entrevistas. Os estudantes percorrem as salas de aula para ouvir professores e demais colegas.

    Difusão — Os programas, com duração total de 20 minutos, são gravados e podem ser ouvidos pelos estudantes nos horários de recreação. São apresentados também durante as reuniões com pais e responsáveis. Para que qualquer pessoa possa ouvir os programas, em qualquer lugar e a qualquer momento, arquivos de áudio (podcast), geralmente no formato MP3, são postados no blogue dos implementadores de informática de Volta Redonda.

    “A experiência da Rádio Monteirinho foi maravilhosa. Os alunos ficaram empolgados, e a comunidade abraçou o projeto”, ressalta a pedagoga Tatiana da Silva Vicente, que em 2013 trabalhava com uma das turmas participantes. Com pós-graduação em psicopedagogia e experiência de 14 anos na área da educação, Tatiana salienta que o projeto foi bem-sucedido.

    “As crianças desenvolveram a linguagem oral, a percepção e a atenção auditiva, ampliaram o período de atenção e a concentração”, destaca. Além disso, ela cita a melhoria na socialização e no desenvolvimento da expressão corporal. “Os alunos sentavam-se juntos para ouvir os programas e, quando tocava alguma música agitada, logo criavam coreografias.”

    Atual diretora-adjunta do Centro de Educação Monteiro Lobato, Tatiana está empolgada com as novidades previstas para este ano. “A implementadora Ana Paula pretende abrir um espaço na rádio para as famílias atuarem ativamente e divulgarem seus produtos artesanais”, afirma.

    Repercussão — Segundo a diretora da escola, Paula Cristina de Souza Silva, o projeto teve boa repercussão. “Recebemos cumprimentos até de pessoas de outros municípios da região”, ressalta.

    Pedagoga, com pós-graduação em gestão escolar, há 22 anos no magistério, 12 dos quais na direção, Paula Cristina entende ser de fundamental importância o uso de novas tecnologias na escola. “O trabalho se torna mais dinâmico e instigante, contemplando assim todas as linguagens — visual, auditiva e cinestésica”, diz. Para ela, as tecnologias estão presentes no uso de jogos on-line e off-line, produção de fotos, vídeos, músicas, filmes e outros meios que contribuem para dinamização e enriquecimento de todo processo de ensino-aprendizagem.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • Representantes de municípios com mais de R$ 100 mil em conta sem execução destinados a ações de educação infantil foram convocados para uma reunião nesta terça-feira, 21, na sede do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao MEC. Ao todo, foram chamados 324 municípios, que totalizam recursos a serem movimentados na ordem de mais de R$ 132 milhões.

    O 1º Encontro Técnico com Gestores dos Programas de Educação Infantil, realizado pelo FNDE em conjunto com a Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, teve o objetivo de orientar a execução dos recursos dos programas de apoio à educação infantil transferidos pelo governo federal. A reunião também visou instruir sobre quais despesas podem ser custeadas com os valores já transferidos.

    Entre os assuntos tratados na reunião, esteve a execução de três programas de apoio à educação infantil: a novos estabelecimentos, a novas turmas e financeiro suplementar. Processos licitatórios, prestação de contas e o Plano de Ações Articuladas (PAR) também estiveram na pauta do encontro. 

    O diretor de Gestão de Fundos e Benefícios do FNDE, Pedro Pedrosa, salientou que a iniciativa será repetida em outras ocasiões. “É importante que estejamos cada vez mais próximos de quem executa os recursos na ponta. É por meio deste diálogo direto que alcançaremos mais sucesso na entrega de equipamentos públicos e na manutenção da boa execução dos recursos repassados”, afirmou.

    Carolina Velho, coordenadora-geral de Educação Infantil da SEB, detalhou o que é permitido adquirir por meio dos recursos repassados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e orientou os gestores sobre a correta utilização dos sistemas e dos processos licitatórios. “Muitas vezes, os entes não executam o recurso por não saber de que forma fazer. Então, este encontro visa esclarecer aos gestores de que forma eles podem transformar o recurso que está parado em ações efetivas de melhoria na educação infantil de seus municípios”, concluiu.

    Arlete Flores, gestora de um município em Santa Catarina, falou sobre a importância desse tipo de reunião. “Às vezes, a distância geográfica dificulta o acesso à informação; por telefone, fica difícil de entender a informação como um todo. Então, este encontro me deu a possibilidade de ter informações de forma direta e fácil. Vou voltar para a minha cidade e compartilhar tudo o que aprendi aqui e, com certeza, vai nos ajudar a agilizar todo o procedimento, o que vai resultar num melhor atendimento aos nossos estudantes”, ressaltou.

    O evento foi transmitido ao vivo e a gravação está disponível no canal do FNDE no YouTube.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do FNDE

  • A educação infantil será tema de seminário internacional que ocorrerá em 14e 15 de junho, segunda e terça-feira, no hotel Blue Tree Towers, em São Paulo. Um dos objetivos do seminário é divulgar os resultados da pesquisa Educação Infantil no Brasil: Avaliação Qualitativa e Quantitativa, além de discutir suas implicações para as políticas na área.

    A pesquisa, realizada em 2009 e 2010, em 147 instituições de ensino de Belém, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, Rio de Janeiro e Teresina, foi realizada pela Fundação Carlos Chagas, que analisou a qualidade do atendimento da educação infantil e seu impacto no aproveitamento dos alunos no início do ensino fundamental, entre outros aspectos.

    A Fundação Carlos Chagas foi selecionada pelo Ministério da Educação para realizar o estudo, que recebeu apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

    Participarão do seminário especialistas brasileiros e internacionais, representantes de entidades da educação infantil e gestores de educação das capitais envolvidas na pesquisa.

    Provinha Brasil– Na tarde do primeiro dia do seminário ocorrerá o painel Impactos da Educação Infantil, em que serão apresentados os resultados da pesquisa sobre o impacto da pré-escola nos resultados da Provinha Brasil de alunos do segundo ano do ensino fundamental de três capitais brasileiras.

    Assessoria de imprensa da SEB

    Veja a programação do Seminário
  • Na escola de Joinville, as atividades pedagógicas são executadas de maneira a favorecer o desenvolvimento integral das crianças (foto: arquivo do CEI Zé Carioca)O Centro de Educação Infantil Zé Carioca, no município catarinense de Joinville, a 180 quilômetros de Florianópolis, atende 147 alunos na faixa etária de dois anos e meio a cinco anos. Interessada em promover condições que favoreçam o desenvolvimento integral das crianças, a instituição aposta em projetos pedagógicos, em colaboração com as famílias dos alunos.

    Este ano, segundo a diretora da escola, pedagoga Maria José da Silva, os projetos visam à criação de espaços que propiciem experiências com a natureza, como o Cantinho Verde e a Minitrilha. O Cantinho Verde terá uma horta vertical e espaços para experiências e manipulação de elementos naturais, como terra e água. A Minitrilha será construída em uma área verde disponível em trecho acidentado do terreno da escola.

     

    A diretora explica que a instituição busca aproximação com os pais. Este ano, a participação dos familiares é incentivada por meio de redes sociais, com a publicação de fotos de atividades das crianças. “A família pode ver e comentar”, justifica Maria José. Há 23 anos no magistério, cinco deles na direção, ela é pós-graduada em educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental.

     

    A professora Cleitimar dos Santos, que atua em turma com crianças de cinco anos, explica que os alunos vão aprender sobre temas como água e biodiversidade. Entre as atividades previstas está a apresentação de peça de teatro. Ela registra o trabalho pedagógico em fotos, publicadas no blogue da escola e no facebook.

     

    Pedagoga com habilitação em educação infantil e pós-graduação em educação infantil e séries iniciais, há 12 anos no magistério, Cleitimar trabalha frequentemente com projetos. “Percebo que a prática, bem elaborada, resulta em atividades prazerosas e criativas, norteadas pela ludicidade e pelas relações entre as crianças, com experiências significativas em linguagens”, avalia.

     

    Entre os projetos com melhores resultados, ela ressalta o trabalho realizado com crianças de seis anos sobre o sistema monetário. Os estudantes simularam, na sala de aula, as atividades de um mercado. Com uso de calculadoras, observavam os preços, somavam as compras e passavam no caixa. “Foi gratificante ver o quanto aprenderam e observar o interesse na aprendizagem”, relata a professora.

     

    Prêmio — A pedagoga Eliana Maria Gastaldi, hoje auxiliar de direção, diz que o trabalho mais bem-sucedido em seus 22 anos de magistério foi o projeto Cineastas Mirins. Com ele, Eliana conquistou um lugar entre os vencedores da terceira edição do Prêmio Professores do Brasil, em 2008. “O envolvimento com a tecnologia fascinou as crianças, e o entusiasmo contagiou a todos durante a execução do projeto”, revela.

     

    A turma participou de diversas etapas, desde a escolha da história, construção de cenários, definição de figurino e da trilha sonora, ensaios e gravações, até o processo de edição, com auxílio dos pais e de pessoas da comunidade escolar. “Todos interagiram e contribuíram para que a produção fosse concretizada”, salienta Eliana.

     

    Na função atual, como coordenadora dos projetos da instituição, a professora coordenou trabalhos com uso de tecnologias. Entre eles, a produção de um dvd, o Curta Zé Carioca, com quatro curtas-metragens, e de outro com clipes musicais, o Zé Carioca Cantando e Dançando a África. “Agora, gravar cenas de histórias, documentários sobre estudos realizados e produzir vídeos faz parte do cotidiano das crianças”, enfatiza Eliana, que tem especialização em psicopedagogia e em educação infantil.

     

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue da CEI Zé Carioca

     

     

  • Na escola gaúcha há a preocupação em tornar a metodologia de ensino atraente para manter os alunos motivados a ir para escola e desenvolver a aprendizagem (foto: arquivo da EEF Rui Poester Peixoto)Com 1.001 alunos matriculados, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Rui Poester Peixoto, em Rio Grande, a 300 quilômetros de Porto Alegre, valoriza a relação família e escola e incentiva a participação dos pais na educação dos filhos. “Cuidar e educar envolvem estudo, dedicação, cooperação, cumplicidade e, principalmente, amor de todos os responsáveis pelo processo”, diz a diretora, Elizabete Guimarães.

     

    Para que ocorra a aproximação, a família é chamada a participar de diferentes atividades. “Essa presença constante fortalece as relações e estimula os alunos”, avalia Elizabete. Pós-graduada em gestão escolar, com ênfase em orientação, supervisão e administração, ela está há 25 anos no magistério, dois deles na direção.

     

    Ao desenvolver atividades educacionais, a instituição conta sempre com a participação dos familiares dos alunos. Um exemplo é o projeto pedagógico Procurando Nemo, criado pela professora Carla Dias Coutinho para alunos da educação infantil, na faixa etária de cinco anos. Inspirado no filme de animação de mesmo nome, sobre as aventuras de um peixe-palhaço, Marlin, e seu filho, Nemo, o projeto ganhou proporção pelo fato de a maior parte das crianças ter pais pescadores. “Houve grande colaboração entre família e escola”, diz Carla. “As crianças tiveram noções sobre pesca predatória, poluição dos rios e mares e seres que habitam esses locais.”

     

    Atualmente, Carla desenvolve o projeto Nossos Bichinhos de Estimação, sobre a “posse responsável” de animais. A proposta é diminuir o abandono de animais domésticos. “Começamos com a escolha dos bichos prediletos e procuramos figuras em revistas. Os pais ajudam com desenhos e nomes dos animais que têm em casa”, explica a professora.

     

    Para iniciar o projeto, os estudantes pesquisaram as características do gato e participaram de inúmeras outras atividades, que incluíram o relato de uma professora sobre a vida com seus bichos. Os estudantes tiveram também a oportunidade de refletir sobre os maus-tratos sofridos pelos animais.

     

    Carla pretende organizar outras atividades, como um dia para as crianças mostrarem os bichos de estimação aos colegas e visitas a um veterinário e a uma organização não governamental (ONG) que acolha animais abandonados. Campanha contra os maus-tratos também está nos planos.

     

    A professora criou o blog Deixa que Eu te Conto, que permite aos alunos mostrar aos familiares os trabalhos desenvolvidos nas aulas. “Por meio do laboratório de informática da escola ou do meu notebook, em sala de aula, as crianças relembram as atividades desenvolvidas e me auxiliam na escolha das imagens que serão postadas”, explica.

     

    Graduada em psicologia e em pedagogia, com habilitação em educação infantil e pós-graduação em psicopedagogia institucional, Carla acredita que os projetos têm grande retorno. “É preciso tornar a metodologia atraente, mágica, para que as crianças tenham vontade de acordar cedinho e ir para escola e ali desenvolver e construir a própria aprendizagem”, enfatiza.


    Independência — Também professora de educação infantil na mesma escola, Rosana Miranda Cabral é defensora da metodologia de projetos. “Com essa pedagogia, a criança vai despertando a autonomia, a independência e descobrindo formas de aprendizagem em que ela mesma seja protagonista desse processo”, afirma.

     

    Pedagoga, com mestrado em educação ambiental, Rosana envolve as famílias dos alunos nos projetos por entender que são parceiras fundamentais. “Considero extremamente importante que o trabalho do professor esteja articulado e receba auxílio e estímulo da família”, diz. No projeto Higiene e Saúde, desenvolvido este ano pela professora, a família participa de todas as etapas e assume protagonismo em ações como a fiscalização da adoção de hábitos saudáveis no cotidiano das crianças.

     

    Em 2012, Rosana desenvolveu o projeto As Diferentes Infâncias e a Sustentabilidade: Cuidando da Vida, da Escola e do Planeta. A ideia surgiu do comentário de um aluno sobre a quantidade de lixo nas ruas próximas à escola. A partir da pergunta norteadora da proposta — que planeta temos, que planeta queremos? —, foi criado um personagem, o Planetinha, que a cada dia visitava a casa de um aluno. Os pais eram encarregados de registrar o que o Planetinha fazia no período em que estava na casa e quais atitudes poderiam ser tomadas em família para contribuir com o meio ambiente.

     

    As atividades foram intensas e variadas. Em um livro coletivo, as crianças registraram momentos significativos do projeto. Rosana resolveu criar também um jornal, O Ruizinho, para divulgar o trabalho.

     

    Fátima Schenini

     

    Saiba mais no Jornal do Professor, no blogue da escola Rui Poester Peixoto e no blogue Deixa que Eu Conto

  • O empenho de pais, familiares, cuidadores, professores, gestores e demais responsáveis pelo desenvolvimento das crianças é sempre lembrado no Dia Nacional da Educação Infantil, celebrado em 25 de agosto. Para Michelle Mendes, diretora do Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) Professora Norma Andrade Nogueira, do Rio de Janeiro, a escola também tem a missão de integrar pais e funcionários, para que todos participem de forma ativa do processo educativo.

    “Buscamos adequar os horários para que os pais possam comparecer pessoalmente, o que fortalece o vínculo da escola com os familiares, além de promover o diálogo e ajudar a preparar os conteúdos das aulas”, afirma. “Essa interação é saudável para o desenvolvimento infantil. Precisamos do respaldo e da confiança dos pais para que o trabalho tenha bons resultados.”

    A diretora avalia que educar é um processo contínuo e requer dedicação, carinho e criatividade. “Criamos eventos com datas comemorativas e brincadeiras, o que tem melhorado o desenvolvimento dos alunos. Recebemos as cartilhas do governo e adequamos o material à realidade da comunidade. Aqui, as crianças têm contato com países e culturas diferentes por meio de concertos musicais e encontros com profissionais de diversas áreas, o que desperta a curiosidade dos alunos”, explica.

    O espaço atende a cerca de 300 bebês e crianças, abrangendo desde creche à alfabetização. Maria Lúcia Gonçalves Teixeira é mãe de João Calixto, de seis anos, matriculado no EDI. Ela diz sentir-se privilegiada por poder acompanhar de perto o processo de aprendizado.

    “Antes, meu filho tinha medo de brincar na área externa com os coleguinhas”, conta. “Agora, participa de todas as atividades, e percebi também que desenvolveu as habilidades de escrita, tornando-se mais ativo. João adora criar personagens nos desenhos”. Para ela, o ambiente escolar é mais que um trabalho. “Fiz bons amigos aqui, passamos a ajudar uns aos outros e marcamos encontros fora da escola. Nos fins de semana marcamos passeios e encontros com as crianças.”

    Interatividade – Para facilitar o atendimento aos pais, funcionários da EDI fluminense incluíram nas atividades cotidianas o uso de ferramentas interativas, como whatsapp e redes sociais. “Os recursos auxiliam na hora de tirar dúvidas dos pais, principalmente aqueles que não têm condições de comparecer diariamente à escola, mas querem permanecer informados sobre as atividades”, avalia a diretora. “Estamos agora com um projeto do blog. Nele, vamos oferecer dicas e informações úteis aos pais e familiares.”

    Assessoria de Comunicação Social

  • Com recursos do Proinfância, o município alagoano de Campo Alegre recebe novas escolas de educação infantil em regiões que concentram famílias de baixa renda (foto: campoalegre.al.gov.br)Convencer as mães do bairro Aldeia, na cidade alagoana de Campo Alegre, a matricular os filhos na escola foi um momento difícil para a equipe da secretária municipal de educação, Maria Josineide Vasconcelos Granja. “As mães tinham referências ruins sobre creches e as relacionavam a cuidados precários, casa sem estrutura, beliscões”, diz Josineide. Campo Alegre, a 68 quilômetros de Maceió, tem 50,8 mil habitantes, segundo o censo de 2010.

    Para vencer o preconceito e matricular os estudantes na Escola de Educação Infantil Professora Jaci Vieira da Costa, construída com recursos do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), a secretária precisou ir de casa em casa e convidar as mães a conhecer o espaço. “Quem foi à escola apaixonou-se pela beleza das salas, dos móveis, e a procura por vagas foi muito maior que a nossa capacidade de atender”, revela. “Hoje, esse lugar é nosso orgulho.”

    A unidade também recebe crianças dos bairros Belo Horizonte e Campos Verdes e de um loteamento com 99 casas do programa Minha Casa, Minha Vida. A região concentra trabalhadores dos canaviais e de uma usina de açúcar e álcool. De acordo com a secretária, a abertura da usina atraiu trabalhadores de várias partes de Alagoas e de outros estados, mas a infraestrutura de educação não consegue acompanhar as necessidades geradas.

    A escola Professora Jaci Vieira da Costa começou as atividades em 8 de março deste ano. Ela atende 226 crianças de dois e três anos, em tempo integral, entre 7 e 16 horas, com 12 professores, 12 auxiliares, um coordenador pedagógico, um diretor e um vice.

    Com recursos do Proinfância, estão em construção, em Campo Alegre, escolas no distrito de Luzianópolis, onde vivem cerca de 20 mil pessoas; na favela Novo Mundo, próxima à rodovia BR-101, e em Chã da Imbira, comunidade rural com cerca de seis mil habitantes.

    Passos— Com 200 crianças entre seis meses e cinco anos de idade, o Centro de Educação Infantil Ivanize Prado de Vasconcelos, no bairro Nossa Senhora de Fátima, em Passos, Minas Gerais, é a primeira unidade construída no município com recursos do Proinfância. “O projeto é bonito, e a capacidade de atendimento é ideal“, diz a secretária municipal de educação, Pilar Aparecida Lemos Faria.

    Passos, município com 107,6 mil habitantes, a 343 quilômetros de Belo Horizonte, tem mais duas escolas de educação infantil em construção com verbas do Proinfância. Uma no bairro Nossa Senhora da Penha, que será concluída este mês, segundo a secretária, e outra no bairro Casarão, com obras iniciadas em fevereiro.

    O município mineiro de Passos também conta com recursos do Proinfância para erguer novas escolas de educação infantil (foto: passosmgonline.com)Inaugurado em dezembro de 2012, o centro Ivanize Prado Vasconcelos abriu as atividades em fevereiro deste ano. A escola, segundo Pilar, atende crianças do bairro, a maioria filhos de prestadores de serviços sem vínculo de emprego, como faxineiras e pedreiros. Os pais deixam os filhos na escola de tempo integral às 7h15 e os buscam às 17h15. As famílias pedem para levar as crianças ainda mais cedo, mas Pilar observa que não é possível, em razão da jornada de trabalho dos professores e auxiliares.

    A unidade conta com 30 profissionais — diretor, coordenador pedagógico, professores e auxiliares. Todos os professores efetivos do município têm curso de pedagogia. Os demais estão matriculados no polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) na cidade. A rede municipal de Passos registrou, no Censo Escolar de 2012, 8 mil estudantes, dos quais 2,7 mil na educação infantil.

    Ionice Lorenzoni

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