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  • Conheça as ações sugeridas pela Setec/MEC para as instituições ofertantes de cursos à iniciativa Mediotec. O objetivo é estimular a permanência do aluno e o êxito da sua formação técnica

  • Uma carreta adaptada, com cerca de 30 metros de comprimento, mexeu com a curiosidade de alunos e servidores do campus Pelotas do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense. Em seu interior, produtos desenvolvidos pela Parker Hannifin, fabricante líder mundial de tecnologias e sistemas de movimento e controle. Nos dois dias em que ficou na instituição, a unidade móvel recebeu dezenas de visitas, a maioria de alunos e ex-alunos do curso técnico em mecânica.


    Batizada de Parker Road Show, a carreta carrega uma sala de reuniões, frigobar e um show room com o que há de mais moderno entre os 900 mil itens existentes na linha de produção da empresa. De acordo com Ricardo Siqueira, instrutor de treinamento da Parker, a exposição itinerante segue à risca um extenso calendário de visitas, que contempla praticamente todos os estados do país. “Nesses quatro anos de estrada, o caminhão já percorreu quase todo o Brasil diversas vezes, menos os estados do Acre e de Rondônia”, informa.


    Por ano, o instrutor calcula que são realizadas, em média, aproximadamente 100 visitas e mais de 300 palestras. Em Pelotas, por exemplo, foram três, dirigidas a alunos do curso técnico em mecânica oferecido pelo instituto federal. Os temas abordados foram tecnologias hidráulica, pneumática e de controle de fluidos. Também foram distribuídas apostilas de treinamento e dicas de downloads gratuitos de materiais didáticos que podem ser baixados do próprio sítio da Parker.


    “Ficamos satisfeitos com o interesse demonstrado pelos alunos, que acabaram sendo beneficiados com um importante certificado de participação. Além disso, o show room móvel possibilitou que eles se deparassem antecipadamente com componentes industriais existentes hoje no mercado de trabalho”, avalia o professor do curso técnico em mecânica, Aldrovando Gayer, que conheceu a Parker Road Show há seis anos, em São Paulo.


    Para o coordenador do curso técnico em mecânica, Rafael Leitzke, a demonstração de produtos e sistemas, além das palestras, foi extremamente importante, já que, segundo ele, Pelotas e região não são um pólo metalomecânico. “Diante disso, é necessário sair na frente e trazer aos nossos alunos o que há de novo no mercado”, explica.


    O coordenador adiantou que a unidade móvel da Parker foi apenas uma prévia do que virá pela frente. Conforme Leitzke, outras atividades serão realizadas em comemoração aos 55 anos do curso técnico em mecânica este ano.


    De acordo com o reitor do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, Antônio Carlos Barum Brod, a credibilidade da instituição foi um dos fatores responsáveis pela vinda da Parker Road Show a Pelotas. “Com certeza, a parceria é fundamental para o processo de formação de nossos alunos. Faz parte da qualidade educacional que oferecemos em nossos cursos”, afirma.


    Assessoria de Imprensa do Instituto Sul-Rio-Grandense

  • Complexidade das fórmulas pode ser amenizada, nas aulas de física, com apresentação aos alunos de situações do dia a dia aplicáveis ao tema abordado (foto: leiaja.com)Professor na Escola Estadual de Ensino Médio Isabel Amazonas, em Ulianópolis, no sudeste paraense, e no Centro Educacional Terezinha de Jesus Coelho Rocha, no município maranhense de Itinga do Maranhão, Francisco Lealci Sabino de Paiva admite que os alunos ainda encontrem dificuldades com as aulas de física, principalmente aqueles que chegam ao ensino médio com deficiência em interpretação e em cálculo.

    “Para desmistificar a física, sempre procuro selecionar conteúdos-chave, para que o aluno procure estudar pelo menos o básico”, diz o professor. Ele busca trabalhar com situações do dia a dia dos estudantes que envolvam o assunto abordado. Procura também desenvolver experiências, na própria sala de aula, com materiais fáceis de encontrar.

    Com licenciatura plena em matemática e pós-graduação em metodologia do ensino de matemática, Lealci está há 14 anos no magistério. “Apesar de não ter formação específica na área, procuro me virar com o pouco que tenho, fazendo malabarismos para tentar aproximar cada vez mais a física dos meus alunos”, explica. Ele se empenha em apresentar a disciplina de uma forma diferente da física formal.

    Como a carga horária da física é de apenas três horas de aula por semana, o professor deixa de promover saídas pedagógicas. “Devido ao tempo escasso, só trabalhamos na escola, visto que não temos local adequado para visitação e tempo hábil para fazê-la”, esclarece.

    Professor também de matemática e de química, ele procura incentivar os alunos a realizar estudos mais sólidos dessas disciplinas, combinadas com outras áreas do conhecimento. Para isso, sempre comenta questões de vestibulares de todo o país e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    Em 2009, após participar de curso de capacitação no Núcleo Tecnológico Educacional de Bragança (NTE Bragança), no Pará, com os demais professores da escola Isabel Amazonas, Lealci resolveu criar um blogue para dinamizar as aulas. “O blogue é uma ferramenta de inclusão digital divertida tanto para nós quanto para os alunos”, afirma. O blogue de Lealci conquistou o segundo lugar no Concurso Educablog 2009, promovido pelo NTE Bragança.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue do professor Francisco Lealci

  • O profissional da educação é personagem de uma série de reportagens do Portal do MEC. Nesta quinta e última matéria, o assunto são as escolas em tempo integral, que criam uma nova relação entre estudante e professor

  • Pelotas – A partir deste mês, a música novamente toma conta dos intervalos no Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, campus Pelotas. Trata-se da 2ª edição do Momento Musical. Na primeira apresentação de 2009, o Grupo Rastrea animou a platéia e mostrou o  talento artístico dos alunos da instituição.


    Foram apenas 15 minutos, mas o suficiente para agradar o público. O local escolhido foi o saguão principal, próximo à cantina e ao espaço cultural, onde também fica localizada a biblioteca campeira. Aluna do curso técnico em eletrônica, Talita Gonçalves, aproveitou o intervalo para ouvir o som do Grupo Rastrea. “Curti muito a banda. É certo que estarei aqui nas próximas apresentações”, elogiou.


    De acordo com o coordenador de atividades extraclasses, professor Rony Soares Jr., as exibições ocorrerão uma vez por semana, sempre às quartas-feiras, em três momentos: das 9h45 às 10h, das 15h45 às 16h e das 18h30 às 19h. “Os alunos que tiverem interesse em se apresentar, basta procurar a Coextra. O espaço está aberto a todos”, comentou.


    O Momento Musical teve início em 2008. Para este ano, a diretora-geral do campus Pelotas, Gisela Loureiro Duarte, espera uma participação ainda maior dos alunos e que o evento se torne um dos destaques do calendário de atividades extraclasses. O reitor Antônio Carlos Barum Brod elogiou a iniciativa. Ele ressaltou que o apoio às atividades extraclasses tem sido uma das preocupações de sua gestão. “Procuramos sempre incentivar a integração da comunidade acadêmica e dar oportunidades para o surgimento de novos talentos”, disse.


    Assessoria de Imprensa do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense

  • O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira, 7, por 263 votos a 106 e três abstenções, o texto-base da Medida Provisória nº 746, de 22 de setembro deste ano, que reformula o ensino médio no país. O ministro da Educação, Mendonça Filho, que acompanhou a votação, na Câmara, considera negativos os números da educação no país, em especial os do ensino médio.

    “O último resultado do Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes] demonstra claramente a falência do ensino médio brasileiro”, disse. “Precisamos gerar perspectivas de futuro, valorizar a flexibilidade do ensino e o protagonismo do jovem na definição da sua própria trajetória rumo à educação técnica profissionalizante ou rumo à universidade.”

    De acordo com o ministro, o ensino médio brasileiro precisa ser mais atrativo para o jovem. “Tenho a certeza de que o passo que a Câmara dá a partir dessa aprovação vai na direção correta para a modernização da educação no país”, afirmou.

    Na próxima semana, serão votados os destaques ao texto base da medida provisória. Depois, o documento seguirá para votação no plenário do Senado Federal. O prazo para tramitação se encerra em março do próximo ano.

    Urgência — Mendonça Filho salienta que a discussão em torno da reforma do ensino médio está em curso há pelo menos dez anos. Somente agora, na gestão do presidente da República, Michel Temer, o governo federal entrou em ação e promulgou a medida provisória, em função da urgência do tema. De acordo com o ministro, os dados do ensino médio são preocupantes, uma vez que os jovens hoje sabem menos matemática e português do que na década de 1990.

    “Há um diagnóstico consensual de que a educação brasileira, principalmente o ensino médio, está na UTI”, afirmou. “Por isso, exigia-se providência imediata.”Mendonça Filho acompanhou na Câmara dos Deputados a votação do texto-base da medida provisória que muda o ensino médio no país (foto: Rafael Carvalho ACS/MEC)

    A proposta do Novo Ensino Médio visa a flexibilizar o currículo escolar, ampliar a jornada e reforçar o ensino profissionalizante. Além disso, busca melhorar a gestão escolar, o peso e a divisão dos recursos públicos alocados para a área da educação.

    Voltado essencialmente para a aprendizagem, o novo modelo também valoriza a formação de professores e dá mais liberdade para que o estudante escolha as áreas de conhecimento de seu interesse, de acordo com a vocação ou projeto de vida. “Com a reforma, os jovens terão a oportunidade de escolher seu itinerário formativo”, explicou Mendonça Filho. “Eles poderão definir suas prioridades com ênfase nas suas áreas de interesse.”

    Reforma — A proposta analisada pelos parlamentares permitirá ao estudante escolher os itinerários formativos, dentro das áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. “Quando se pesquisa o mundo todo, os conceitos presentes são flexibilidade, protagonismo do jovem — definindo seu itinerário formativo —, foco e conexão com a educação técnica”, afirmou o ministro. “O Brasil tem uma conexão baixíssima: 8% apenas dos jovens cursam educação de nível médio com educação técnica, diferente do que ocorre na média da Europa, superior a 40%; na Alemanha, quase 50%.”

    Mendonça Filho acredita que esse quadro gera ampliação da desigualdade e expulsa os jovens das escolas brasileiras.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira:
    Medida Provisória nº 746, de 22 de setembro de 2016

    Leia também:
    Resultado do Pisa de 2015 é tragédia para o futuro dos jovens brasileiros, afirma ministro

     

  • Entrega em todo o Brasil foi concluída 20 minutos antes do previsto


    Guilherme Pera, do Portal MEC

    Todas os cadernos de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já chegaram aos locais de aplicação. A entrega de todo o material foi concluída às 10h40, ou seja, 20 minutos antes do previsto.

    Neste domingo, 10 de novembro, segundo dia de provas, os estudantes respondem a 45 questões de múltipla escolha sobre ciências da natureza e outras 45 sobre matemática.

    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, acompanha tudo da sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília. Ele citou a antecipação na entrega e reforçou uma dica aos estudantes. “Fique atento. Neste ano, qualquer som de aparelho eletrônico, ainda que esteja lacrado e dentro do envelope, elimina. Desligue o celular e não programe nenhum alarme para o horário da prova”, destacou.

    Os portões abrem ao meio-dia (12 horas) e fecham às 13 horas. As provas têm início às 13h30 e encerramento às 18h30. Os participantes podem deixar os locais a partir das 15h30, mas se quiserem levar o caderno precisam esperar até as 18 horas.

    Fique atento ao que pode e o que não pode no Enem:

    O que é obrigatório levar para a prova 

    • caneta esferográfica de tinta preta e fabricada em material transparente;
    • documento oficial de identificação, original e com foto.

    O que é aconselhável levar para a prova

    • Cartão de Confirmação de Inscrição;
    • Declaração de Comparecimento impressa (caso precise do documento).

    O que é proibido

    • borracha;
    • corretivo;
    • chave com alarme;
    • artigo de chapelaria;
    • impressos e anotações;
    • lápis;
    • lapiseira;
    • livros;
    • manuais;
    • régua;
    • óculos escuros;
    • caneta de material não transparente; 
    • dispositivos eletrônicos (wearable tech, calculadoras, agendas eletrônicas, telefones celulares, smartphones, tablets, iPods, gravadores, pen drive, mp3, relógio, alarmes);
    • fones de ouvido ou qualquer transmissor, gravador ou receptor de dados imagens, vídeos e mensagens.
  • O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já tem três milhões de inscritos para a edição de 2019. O número foi alcançado às 21h56 de quinta-feira, 9. Um total de 62% (1.779.650) desses participantes estão isentos do pagamento da taxa de inscrição. Os interessados podem se inscrever até as 23h59 do dia 17, pelo horário de Brasília, exclusivamente pela página do participante, na internet.

    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ressalta que todos os interessados em fazer o Enem precisam se inscrever, mesmo aqueles que obtiveram o direito à gratuidade da taxa de inscrição. Quem não foi isento da taxa, no valor de R$ 85, terá até 23 de maio para realizar o pagamento. As provas do Enem 2019 serão aplicadas em dois domingos, 3 e 10 de novembro.

    O Inep lançou um sistema de inscrição mais interativo e personalizado para esta edição do exame, além de um passo a passo de todas as etapas. As informações são solicitadas por meio de um robô de internet, em um formato similar a um chat. Os personagens da Galera do Enem comandam a inscrição e apresentam as perguntas de acordo com a resposta do participante.

    Enem – O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é realizado anualmente pelo Inep, autarquia vinculada ao Ministério da Educação. Em 21 edições, o exame recebeu quase 100 milhões de inscrições.

    O Enem avalia o desempenho do estudante e viabiliza o acesso à educação superior, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni) e instituições portuguesas. O exame também possibilita o financiamento e apoio estudantil, por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

    Os dados do Enem também permitem autoavaliação do estudante o desenvolvimento de estudos e indicadores educacionais. O exame é aplicado em dois domingos e tem quatro provas objetivas, com 180 questões, além de uma redação.

     

    Acesse a Página do Participante

    Confira o passo a passo da inscrição do Enem 2019 

     

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Uma concepção para o ensino médio


    estudanteA educação básica tem por finalidade, segundo o artigo 22 da LDB, “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. Esta última finalidade deve ser desenvolvida de maneira precípua pelo ensino médio, uma vez que entre as suas finalidades específicas incluem-se “a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando”, a serem desenvolvidas por um currículo, que destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania.

     

    A Resolução nº 4, de 16 de agosto de 2006, do Conselho Nacional de Educação (CNE), determina a obrigatoriedade do ensino de filosofia e sociologia para o ensino médio. A resolução também estabelece que os sistemas de ensino terão até agosto de 2007 para fixar as medidas necessárias para a inclusão das disciplinas no currículo. O Decreto 5154/2004 estabelece as diretrizes para o Ensino Médio Integrado ao Ensino Profissionalizante.

     

    O Parecer da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação nº 15/98 e a respectiva Resolução nº 3/98 vêm dar forma às diretrizes curriculares para o ensino médio como indicações para um acordo de ações. Para isso, apresenta princípios axiológicos, orientadores de pensamentos e condutas, bem como princípios pedagógicos, com vistas à construção dos projetos pedagógicos pelos sistemas e instituições de ensino.

     

    Nesse sentido, o ensino médio deve ser planejado em consonância com as características sociais, culturais e cognitivas do sujeito humano referencial desta última etapa da Educação Básica: adolescentes, jovens e adultos. Cada um desses tempos de vida tem a sua singularidade, como síntese do desenvolvimento biológico e da experiência social condicionada historicamente. Por outro lado, se a construção do conhecimento científico, tecnológico e cultural étambém um processo sócio-histórico, o ensino médio pode configurar-se como um momento em que necessidades, interesses, curiosidades e saberes diversos confrontam-se com os saberes sistematizados, produzindo aprendizagens socialmente e subjetivamente significativas. Num processo educativo centrado no sujeito, o ensino médio deve abranger, portanto, todas as dimensões da vida, possibilitando o desenvolvimento pleno das potencialidades do educando.

     

    No atual estágio de construção do conhecimento pela humanidade, a dicotomia entre conhecimento geral e específico, entre ciência e técnica, ou mesmo a visão de tecnologia como mera aplicação da ciência deve ser superada, de tal forma que a escola incorpore a cultura técnica e a cultura geral na formação plena dos sujeitos e na produção contínua de conhecimentos. As relações nas unidades escolares, por sua vez, expressam a contradição entre o que a sociedade conserva e revoluciona. Essas relações não podem ser ignoradas, mas devem ser permanentemente recriadas, a partir de novas relações e de novas construções coletivas, no âmbito do movimento sócio-econômico e político da sociedade.

     

    Com este referencial, propomos discutir as possibilidades de se repensar o Ensino Médio na perspectiva interdisciplinar. Consideramos importante que cada escola faça um retrato de si mesma, dos sujeitos que afazem viva e do meio social em que se insere, no sentido de compreender sua própria cultura, identificando dimensões da realidade motivadoras de uma proposta curricular coerente com os interesses e as necessidades de seus alunos. Afinal, a escola faz parte do conjunto social em que está inserida e deve se comprometer, também, com seus projetos. Sem nunca esgotar-se em si mesma, a dimensão local pode ser uma dimensão importante do planejamento educacional, integrado a um projeto social comprometido com a melhoria da qualidade de vida de toda a população.

     



    [Contexto do Ensino Médio] [Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio] [Prêmio Ciências] [Ética e Cidadania] [Livro Didático] [Formação Continuada] [Coleção Explorando o Ensino] [Fenaceb - Apoio às Feiras de Ciências] [Publicações do Ensino Médio] [Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia - 2006/2007]

  • Encantar para Ficar é um projeto de redução da evasão escolar desenvolvido por professores e estudantes da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) em duas escolas públicas de ensino médio em Foz do Iguaçu, Paraná. O projeto reúne educadores da universidade, acadêmicos do curso de ciências da natureza que se preparam para o magistério em química, física e biologia, supervisores e 90 alunos do ensino médio público das escolas Dom Pedro II e Gustavo Dobrandino da Silva. O projeto tem o apoio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) do Ministério da Educação.

    Em 2013, educadores da Unila fizeram um diagnóstico da alta evasão entre estudantes do primeiro ano do ensino médio nas duas escolas. O trabalho levou à criação do projeto Encantar para Ficar. A pesquisa para entender as razões do abandono escolar tão precoce — em torno de abril e maio —, abordou diretores, pedagogos e alunos.

    Segundo a coordenadora do projeto, a pedagoga Catarina Fernandes, os estudantes foram objetivos nas respostas — não entendiam as disciplinas de ciências exatas, tiravam notas baixas e abandonavam as aulas. Também foi indagado aos estudantes, uma vez fora da escola, aos 15 ou aos 16 anos de idade, para onde eles iam. A resposta foi decisiva para a universidade. Muitos jovens se tornavam atravessadores de mercadorias. Ou seja, levavam produtos de forma ilícita de Ciudad del Este, no Paraguai, para Foz do Iguaçu. Da urgência de mudar esse cenário surgiu o projeto.

    O Encantar para Ficar envolve duas ações de aprendizagem. Uma com 15 estudantes de licenciatura (cinco em física, cinco em química e cinco em biologia), bolsistas do Pibid; outra, com 90 alunos do ensino médio (30 da escola Dom Pedro II, no bairro Morumbi, e 60 da Gustavo Dobrandino, no bairro Jardim Patriarca). Participam três professores pesquisadores da Unila nas áreas de física, química e biologia e três supervisores das escolas, sob a coordenação de Catarina Fernandes.

    Sair do giz e ir para o laboratório. Esse roteiro norteia o projeto, que tem várias dinâmicas, segundo a coordenadora. O processo começa com os bolsistas da Unila, por disciplina. Os cinco acadêmicos de química, por exemplo, assistem a uma aula do professor da matéria na escola do ensino médio. Depois da aula, têm encontro com o supervisor da disciplina na escola e com o pesquisador de química da Unila. Ali, eles tiram as dúvidas e se aprofundam no conteúdo abordado pelo professor do ensino médio. Na etapa seguinte, cada bolsista vai ao laboratório com um grupo de alunos, na função de monitor. A jornada semanal do monitor é de 12 horas.

    Avaliação— Catarina salienta que o aluno da licenciatura aprende melhor os conteúdos com o pesquisador. Depois, como monitor, tem o desafio de explicar e também tirar dúvidas, além de praticar a docência, que é o objetivo da formação superior. Para os alunos do ensino médio, as aulas de reforço e os experimentos no laboratório dão o suporte que precisam para aprender e melhorar as notas. Servem também de estímulo para continuar estudando.

    Segundo o professor de física do Centro Interdisciplinar de Ciências da Natureza da Unila, Rodrigo Leonardo de Oliveira Basso, que participa do projeto na escola Dom Pedro II, o Encantar para Ficar atua para reduzir a evasão tanto de alunos de licenciatura quanto dos que estão no ensino médio. Ele explica que é forte a parte experimental. O bolsista de licenciatura aprende a usar o laboratório e descobre outras dimensões da disciplina e suas aplicações. O mesmo acontece com os adolescentes e jovens do ensino médio. Os experimentos ajudam na compreensão do conteúdo e reforçam a permanência na escola.

    Resultados— Embora o projeto seja novo — começou este ano —, a primeira boa notícia é a permanência nas escolas dos 90 estudantes do ensino médio. Além disso, os 15 bolsistas de física, química e biologia têm se destacado entre os colegas de turma na Unila.

    Para os professores dessas disciplinas nas duas escolas, o destaque é aprender a usar os laboratórios nas próprias unidades de ensino. Rodrigo Basso observa que muitos professores deixam de dar aulas no laboratório por falta de carga horária. O projeto também pode ajudar nessa mudança. Para a Unila, segundo Catarina, a maior conquista é o exercício da função social da instituição. O Encantar para Ficar tem duração de 48 meses, com bolsas do Pibid.

    Ionice Lorenzoni

  • Lançamento do PDE 

     

    Excelentíssimo senhor presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, excelentíssimo senhor presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, excelentíssimo senhor presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, excelentíssima ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, em nome de quem cumprimento e homenageio os meus colegas de ministério presentes, sobretudo pela generosidade que tiveram em somar esforços junto ao MEC para o anúncio dessas medidas, uma boa parte das quais interministeriais como vocês puderam constatar, senhores senadores, senadoras, deputados, deputadas, educadores, reitores, diretores de Cefets, de escolas técnicas e agrotécnicas, secretários estaduais e municipais de educação, prefeitos e governadores presentes:

     

    Eu vou tentar em trinta ou quarenta minutos, foi o prazo destinado para essa apresentação, provavelmente fazer aquilo a que vou dedicar toda a minha vida. Que é explicar e ajudar a executar em qualquer circunstância, como professor ou como ministro o PDE. Para facilitar a exposição, eu gostaria de inicialmente fazer referências a uma série de medidas interministeriais que foram tomadas, nas quais eu não vou me deter por muito tempo, ao longo da apresentação, mas sem as quais este plano de desenvolvimento não seria o mesmo. Faço referência, por exemplo, ao esforço do Ministério da Ciência e Tecnologia e ao Ministério das Comunicações. E se somar o Ministério da Educação que põe a tarefa de implantar nas escolas públicas os laboratórios de informática, que sem a conectividade que o Gesac vai propiciar, sem os conteúdos educacionais digitais que essa parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia vai propiciar, não teria a mesma serventia que terão em função desse arranjo de forças. Faço referência às portarias que foram assinadas com o Ministério da Saúde. Se queremos educação de qualidade, precisamos integrar as escolas públicas ao programa Saúde da Família, precisamos deflagrar, como fizemos com o Brasil Sorridente, o programa Olhar Brasil que vai garantir exames oftalmológicos para as crianças das escolas públicas e para os jovens e adultos do Brasil Alfabetizado.

     

    Se queremos a escola pública de tempo integral, temos que somar esforços com o Ministério da Cultura, o Ministério do Esporte, o Ministério do Desenvolvimento Social, para que possamos integrar as ações do governo federal e ajudar os municípios e os estados a integrarem as suas ações no âmbito local, para fazer com que a criança permaneça por mais tempo sob a responsabilidade da escola, em atividades extraclasse.

     

    Se queremos melhorar a infra-estrutura das escolas, precisamos somar esforços com o Ministério do Esporte e elencar critérios objetivos para construção de quadras poliesportivas, sobretudo naquelas localidades onde a infra-estrutura para a prática do desporto deixa muito a desejar.

     

    Se queremos uma educação de qualidade, precisamos contar com o BNDES, que acaba de aprovar créditos no valor de R$ 600 milhões, para, sendo generoso, renovar a frota de veículos escolares do Brasil. Eu digo sendo generoso, porque alguns veículos que estão deslocando as crianças das suas residências para as escolas são absolutamente inapropriados para isso. Nós precisamos e fizemos isso com a ajuda do Ministério das Cidades, com o Ministério do Desenvolvimento Econômico, a quem agradecemos a especificação de um veículo seguro para o transporte de crianças que vai possibilitar, com esses créditos do BNDES, a renovação de toda a frota circulante hoje no país em dez anos. Permitindo que ao final desse período, a frota que estiver sendo comprada agora tenha recursos de financiamento para sua contínua renovação.

     

    Nós não podemos conviver mais com crianças sendo transportadas em carroceria de caminhão, sendo transportadas em veículos sem a menor segurança para transporte de pessoas, quanto mais de crianças. Veículos que deveriam transportar cargas, muitas vezes sendo utilizados para fazer a criança chegar à escola. Isso tem que mudar, e mudar rapidamente no nosso país, se quisermos, como fizeram os países desenvolvidos, estabelecer um novo marco na educação brasileira, que inclui, evidentemente, a questão da locomoção, do acesso e da permanência das crianças na escola.

     

    Se nós pudéssemos sintetizar numa palavra, numa expressão o Plano de Desenvolvimento ora enunciado, eu diria que ele é a tradução legítima daquilo que eu e o ministro Tarso Genro, atual ministro da Justiça, e a nossa equipe que se mantém nos últimos três anos, fez questão, junto com os educadores de todo o país, de secretários municipais a reitores, defender como conceito estrutural do sistema educacional brasileiro, que vem a ser a visão sistêmica da educação.

     

    A visão sistêmica da educação que se traduz no compromisso do poder público, com todo o ciclo educacional, da creche à pós-graduação. E agora, neste dia, até mesmo com o pós-doutoramento nós estamos comprometidos, porque o Brasil perdia talentos para países desenvolvidos, porque formava doutores e não havia um programa de manutenção desses quadros de elevada competência técnica em território nacional. E graças ao ministro Sérgio Resende a ao presidente da Capes, Jorge Guimarães, nós estamos estabelecendo um programa que visa manter, mediante concessão de bolsas, o doutor colaborando com as instituições de ensino superior do país.

     

    Visão sistêmica que também se estabelece quando, pela primeira vez, nós anunciamos um programa para construção e expansão da rede de educação infantil, o Proinfância. No Brasil, nós ajudamos a construir escolas de ensino fundamental, de ensino médio, às vezes escolas técnicas, mas hoje  sabemos por todos os estudos internacionais, que se nós quisermos oferecer eqüidade no sistema de ensino, essa eqüidade se garante com a educação infantil. Essa eqüidade se garante fazendo a criança, sobretudo os filhos das famílias mais pobres do país, ter acesso à educação em tenra idade, para que as oportunidades sejam absolutamente equivalentes, e nós possamos oferecer a todos os brasileiros, rigorosamente, as mesmas condições e as mesmas oportunidades.

     

    Cito o Proinfância e o Programa de Pós-Doutorado da Capes e do NCT, para explicar o conceito de visão sistêmica que deve perpassar níveis, fases, modalidades e níveis de ensino.

     

    Nós também não abdicamos da intervenção do poder público em nenhum eixo que estrutura a educação. Da alfabetização de jovens e adultos, passando pela educação básica, profissional e tecnológica, até a educação superior, nós temos que estruturar o nosso sistema de ensino, de tal maneira a ampliar o horizonte educacional de todo brasileiro e de toda brasileira.

     

    Os pilares de sustentação desse projeto passam por financiamento adequado, passam por avaliação e responsabilização dos agentes públicos que comandam o sistema educacional, passam pela formação de professores e valorização do magistério e pela gestão e mobilização das comunidades.

     

    No campo da educação básica, o decreto mais importante que o presidente da República assina hoje é aquele que estabelece o plano de metas Compromisso Todos pela Educação. O que vem a ser esse plano de metas? Graças ao trabalho técnico elaborado pelo nosso instituto de pesquisas, o Inep, nós conseguimos conjugar dois indicadores que medem a qualidade da educação. O primeiro de fluxo e o segundo de desempenho nos exames nacionais de avaliação.

     

    Sobre fluxo, senhor presidente, eu gostaria de dizer que nós temos que desmontar duas indústrias que se criaram no país. De um lado a indústria da repetência, e de outro, a indústria da progressão automática. Nenhuma das duas nos interessa. Nós temos que criar um sistema desenvolvido de educação, pelo qual todos os alunos progridam, mas progridam aprendendo. Obtendo competências e habilidades compatíveis com a sua idade, para que nós não observemos mais o que tem sido a regra da criança chegar ao quarto ano, à quarta série do ensino fundamental sem aquelas competências mínimas para a sua idade, como saber ler e escrever, saber as operações matemáticas próprias da sua idade. Situação com a qual nós não podemos conviver mais. Queremos a progressão dos alunos, mas aprendendo de acordo com as suas possibilidades. Respeitada a sua idade, respeitado o seu sistema educacional, respeitadas até a cultura e a tradição da sua escola, mas sem perder de vista que o foco da escola é o aprendizado. É lá que se ensina, é lá que se aprende. E o resgate simples desse conceito talvez seja o conceito mais revolucionário desse plano de desenvolvimento da educacional. Fazer da escola o que ela nunca poderia deixar de ter sido, que é a igreja do saber. O local onde as crianças vão aprender, e vão se emancipar como indivíduos. É na escola, com ajuda das famílias, com a ajuda inestimada dos professores e dirigentes educacionais, com apoio dos governos locais e regionais, que essa construção se tornará possível.

     

    Eu gostaria de fazer uma referência à questão do financiamento. Nós estabelecemos um indicador de desenvolvimento da educação básica para todos os sistemas municipais do país. E o que se constata, senhores, é que não se encontra uma única cidade pobre, dentre aquelas com melhores indicadores de qualidade, não se encontra uma única cidade rica, dentre aquelas com os piores indicadores da qualidade. Portanto, àqueles que insistem em dizer que o volume de investimento na área da educação é o suficiente, a eles eu convido: estudem o trabalho e a radiografia feita pelo Ministério da Educação, pelo seu instituto de pesquisa, e vocês vão verificar que os municípios mais pobres desse país dependem, vigorosamente, da ação do governo estadual e do governo federal para promoverem a qualificação dos seus sistemas.

     

    O fato que nos chamou a atenção, é que dos mil municípios com os piores indicadores de qualidade, praticamente nenhum teve acesso a transferências voluntárias do FNDE. O que significa dizer que esses municípios muitas vezes sequer têm a capacidade técnica de responder a uma resolução do Ministério da Educação. E eu tenho dito, presidente, que se esses municípios não vêm a Brasília, se esses municípios não vêm ao MEC, é o MEC que tem que ir a esses municípios.

     

    Graças ao apoio da Unesco, oitenta consultores estão sendo contratados, e serão capacitados pelo Ministério da Educação, e farão uma verdadeira caravana da educação neste país, visitando cada um desses mil municípios, que o ministério quer ver atendidos daqui a doze meses. Nós estamos às vésperas do Dia Nacional da Educação, que é o dia 28 de abril. Nós estamos assumindo um compromisso de que no dia 28 de abril de 2008, daqui a um ano, no Dia Nacional de Educação, nós estaremos comemorando a assinatura de pelo menos mil planos de ação articulada plurianual com os municípios mais pobres deste país.

     

    Além disso, cada escola pública deste país também terá o seu indicador de qualidade. Esse indicador que vai variar de zero a dez, vai estabelecer metas para cada escola e para cada sistema educacional.

     

    Nós sabemos pela experiência que quanto pior a situação é relativamente mais fácil melhorar. Quem sai de um patamar muito elevado precisa fazer um esforço muito grande para conseguir uma melhora adicional. Quem sai de um patamar muito inferior, se contar com apoio técnico e financeiro da União, consegue despertar o seu sistema para a qualidade. Nós queremos, nos valendo do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), premiar as escolas que cumprirem as suas respectivas metas. De maneira que a escola, se tem um indicador de zero a dez em um ponto e a sua meta de um e meio para o ano de 2007, essa escola vai receber um adicional, não é punição, um adicional no seu PDDE, a partir de 2008, de 50% do valor.

     

    E se a escola for rural, não tendo feito a Prova Brasil, que é o exame aplicado em escolas públicas urbanas, todas receberão esse adicional. Porque no caso da educação no campo, antes de cobrar, senhor presidente, nós temos que estender as mãos. Nós temos que fazer chegar a essas escolas, por um bom tempo, os recursos financeiros necessários para equipá-las, para tornar a sua infra-estrutura digna do recebimento de professores e alunos, para garantir as condições mínimas e adequadas para que aquele estabelecimento receba digtitle_aliasnte o nome de escola pública. Nós precisamos garantir isso, independentemente de metas, porque a educação no campo será uma das prioridades do Ministério da Educação. E não é por outra razão que o Proinfo, que é o programa de laboratórios de informática, está sendo modificado e criado o Proinfo Rural. Se estamos falando em inclusão digital, temos que falar de inclusão digital também no campo, e não só na cidade. O transporte escolar com a ajuda do BNDES; o Brasil Alfabetizado, que vai recrutar professores da rede pública para se tornarem professores alfabetizadores, sobretudo no campo, onde está o brasileiro não- alfabetizado; e a parceria com o Ministério das Minas e Energia que se comprometeu a priorizar, no âmbito do programa Luz para Todos, a conexão de todas as escolas públicas à rede elétrica. O que vai ser possível com essa mudança e priorização que foi acatada pelo ministro Silas Rondeau. Nós temos ainda 1,5% das nossas crianças em escolas sem energia elétrica. São 18 mil escolas, o número assusta, mas é 1,5 % da matrícula. Mas nenhum aluno pode permanecer numa escola que não esteja minimamente equipada para receber equipamentos que o Ministério da Educação passa a destinar, como é o caso tanto dos laboratórios como do programa TV Escola e DVD Escola.

     

    Eu já me referi ao programa Mais Educação, que tem a intenção de aumentar a jornada, sob a responsabilidade da escola, das crianças das escolas públicas.

     

    A Provinha Brasil, que já foi discutida na imprensa no último mês. A idéia de que nenhum aluno possa chegar aos oito anos sem saber ler e escrever. Portanto, nós estamos rompendo com o ciclo que não tem solução. Um ciclo que apura as competências adquiridas pelo aluno só aos 10 ou 11 anos de idade, situação em que há pouco a se fazer. Nós temos que acompanhar o processo de alfabetização com todo respeito à idade da criança, mas a partir dos seis anos, para garantir que aos oito todos estejam alfabetizados, e aos dez todos sejam capazes de atender aos requisitos mínimos de qualidade, expressos nas matrizes dos exames de avaliação nacional.

     

    Dentro desse contexto, entra também em parceria com o Centec e o Itaú Cultural uma encomenda do presidente de muito tempo, a olimpíada Escrevendo o Futuro da Língua Portuguesa.

     

    A implantação, já referida pelo presidente, dos mil pólos da Universidade Aberta. Eu gostaria de divulgar, senhor presidente, que o segundo edital foi respondido por nada menos do que 800 municípios. Ou seja, no primeiro edital, nós tivemos 400 propostas, 300 das quais aprovadas e com previsão de início de atividade em 2007. No segundo edital, nós obtivemos a resposta de 800 municipalidades, para selecionar 200 pólos a cada ano. Daqui, até o final do seu mandato, para que nós tenhamos os mil pólos instalados. E cada professor de educação básica deste país filiado a uma universidade pública federal, estadual ou municipal. Garantindo a formação inicial e continuada permanente para o nosso magistério. O que evidentemente se soma à iniciativa de fixação do Piso Nacional do Magistério, que já se encontra no Congresso Nacional, e que certamente será aperfeiçoado pelos deputados e pelos senadores.

     

    O presidente também fez referência às ações no âmbito da educação especial, na construção das salas de equipamentos adequados para recepção desses alunos. Que são as salas de recursos multifuncionais. São 400 salas multifuncionais por ano. A eletrificação das escolas públicas, a que eu já me referi. A Gesac, a que eu já me referi.

     

    Editais de conteúdos digitais. Sobre isso eu gostaria de um breve esclarecimento. Muitas vezes um pesquisador faz um estudo e chega à conclusão de que um computador na escola não ajuda o desempenho, o que muito provavelmente é verdade. Mas nós temos hoje segurança em dizer que a inclusão digital na sua inteireza inclui o laboratório de informática, a conexão com a internet e o acesso a conteúdos digitais educacionais. Nós não temos mais a menor dúvida de que se impacta muito favoravelmente à qualidade da educação básica, como vai ser constatado a partir da divulgação de um estudo, que já está pronto, do Inep, demonstrando essa correlação. O Proinfância, que são as creches financiadas pelo governo federal. O programa A Caminho da Escola, que eu também já falei. O PDDE.

     

    No caso da alfabetização, nós estamos fazendo uma mudança muito significativa no desenho do Brasil Alfabetizado. O que nós queremos daqui para frente é que os professores da rede pública sejam os professores alfabetizadores.

     

    Do nosso magistério na zona rural, 62% estão em regime de 20 horas. É na zona rural que se encontra o público por excelência do Brasil Alfabetizado. Se nós conseguirmos recrutar esses professores da rede pública, e no contraturno formar uma turma de jovens e adultos de alfabetização, nós vamos garantir várias coisas simultaneamente. Pelo menos três. A primeira delas: fazer o Brasil Alfabetizado chegar àquele que mais necessita do programa. Em segundo lugar: remunerar mais adequadamente os professores que vão ser bolsistas da União, a partir da sua adesão ao programa. E em terceiro lugar, nós vamos permitir a capacitação desses professores, não apenas para a alfabetização de jovens, mas também para a alfabetização das crianças. Uma vez que é nessas mesmas localidades que a taxa de analfabetismo de crianças de 10 a 15 anos é superior a de todo o país. São três subprodutos importantes desse redesenho do Brasil Alfabetizado.

     

    A meta do Brasil Alfabetizado é credenciar 100 mil professores bolsistas, que receberão, em conta corrente própria desses professores, a bolsa prevista no programa.

     

    Na hora da educação profissional, presidente, o senhor fez menção a 150 cidades-pólo que serão anunciadas hoje. Eu quero lhe dizer, presidente, com toda a segurança, serão sete ministérios envolvidos na definição dessas cidades. Governadores, secretários estaduais, secretários municipais consultados para definição dessas cidades. O senhor poderá até ser, injustamente, acusado de ter esquecido algum município. Mas eu quero dizer que jamais alguém vai poder dizer que o senhor esqueceu do Brasil na área da educação profissional.

     

    O senhor assume a Presidência da República em 1° de janeiro de 2003, com 140 escolas técnicas instaladas. E eu lembro ao senhor que a primeira foi instalada em 1909 por Nilo Peçanha. De 1909 a 2002, o governo federal instalou 140 escolas técnicas no país. O senhor deixará como legado do seu segundo mandato, contando com o plano de expansão do primeiro, 354 escolas técnicas federais. São 64 escolas técnicas que ficarão prontas até 2007, e de 2008 até 2010, outras 150 escolas técnicas. Não, são 140 mais 214. Não estou tão bom na tabuada.

     

    Ainda no que diz respeito à educação profissional, nós estamos relançando o Proep, o Proep 2, que mantém o nome, mas muda o caráter do Proep 1. Que é o fato de estarmos apoiando as redes estaduais de educação profissional, sobretudo no que diz respeito à integração da educação de ensino médio com a educação profissional.

     

    Nós estamos remetendo para o Congresso Nacional o aperfeiçoamento da LDB. Nós queremos fortalecer o ensino médio propedêutico, mas por outro lado, o ensino médio integrado à educação profissional. Para isso, o Proep vai ajudar, mas o edital, lançado pela Seed, que cria uma espécie de universidade aberta do Brasil de nível médio integrada à educação profissional, vai permitir às escolas de ensino médio das periferias das grandes metrópoles um apoio da União que nunca tiveram. E nós vamos poder, nessas regiões metropolitanas, nas mesmas escolas de ensino regular, nos valermos desse equipamento, para à noite, à tarde, ou de manhã oferecer um complemento aos estudos da juventude, que vão permitir a ela uma formação geral, como é obrigação do ensino médio regular, mas também um acesso a uma profissão.

     

    E nós vamos, com isso, presidente, com toda certeza, verificar que os índices de desemprego dessa faixa etária vão cair drasticamente, porque tudo o que o jovem quer é trabalhar e para isso ele precisa de uma profissão.

     

    Além disso, nós estamos encaminhando, 30 anos depois de criada a Lei de Estágio, que é de 1977, do então ministro Ney Braga, uma reformulação completa das normas regulando o estágio. Gostaria de agradecer ao ministro Marinho, ao ministro Lupi, que assinam o projeto de lei, junto com o Ministério da Educação, encaminhado ao Congresso Nacional.

     

    Estágio é ato educativo. Estágio não é expediente de precarização de mão-de-obra no país, senhor presidente.

     

    Há vários projetos tramitando no Congresso Nacional, já fizemos uma compilação de todos os projetos, agregamos o trabalho feito pela comissão instituída pelo MEC e o Ministério do Trabalho e conseguimos chegar a um projeto de lei consensual para remetermos ao Congresso Nacional. Nós queremos promover o estágio, mas nós não queremos que o estágio seja um expediente de substituição dos trabalhadores. Nós queremos que os estudantes tenham a oportunidade de ingressar numa fábrica, num escritório, num hotel, aprender turismo, aprender contabilidade, aprender gestão, mas nós temos que tratar esses estudantes como tal. E as atividades do estágio têm que estar minimamente integradas aos currículos do ensino médio, se nós quisermos que esses alunos saiam com uma qualificação profissional.

     

    Nós estamos avançando muito na educação profissional ao integrá-la ao ensino médio, ao expandirmos a rede federal de educação profissional e, sobretudo, regulamentando a lei de estágio.

     

    Eu queria, antes de passar para a educação superior, finalizando a minha apresentação, fazer um agradecimento aos três conselhos Concefet - Conselho Nacional dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica, Coneaf - Conselho das Escolas Agrotécnicas e Condetuf - Conselho das Escolas Técnicas vinculadas às universidades federais, que representam todas as escolas técnicas, Cefets e escolas agrotécnicas do país, inclusive aquelas vinculadas às universidades. Nós, a muitas mãos, criamos um novo conceito pedagógico da educação profissional que é o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Nós queremos, senhor presidente, que essas 150 novas escolas tenham um novo perfil acadêmico, um perfil que atenda à educação básica, um perfil que forme professores, sobretudo nas áreas de física, química, biologia e matemática para a rede pública de ensino regular e que tenha um compromisso com a educação tecnológica de nível superior, mas montada para os novos arranjos produtivos locais.

     

    Eu agradeço a participação dos diretores aqui presentes na formatação do decreto que cria um novo modelo de educação profissional que é o Ifet, e que eu tenho certeza que vai ser saudado por especialistas em educação profissional e por cientistas de todo o país que reclamam há muitos anos de um apoio mais enfático do governo federal na área da formação científica e da divulgação científica.

     

    Na área da educação superior, os desafios não são menores, nós, em parceira com a Andifes, eu cumprimento o reitor Paulo Speler, presidente da Andifes aqui presente, resolvemos encarar um desafio enorme, reitor, que é o de reestruturar do ponto de vista acadêmico as nossas instituições para que possamos cumprir esse desafio colocado pelo presidente da República de acolher um número muito maior de jovens brasileiros nas nossas universidades.

     

    Nós estamos criando um colchão orçamentário para cada instituição de 20% de seu orçamento total para financiar esses projetos de reestruturação e expansão, cujos objetivos centrais são flexibilidade curricular, aproveitamento de créditos, mobilidade estudantil, cursos noturnos, assistência estudantil para garantir a permanência dos jovens de baixa renda nas nossas universidades, uma visão mais larga do que é a graduação, evitar a profissionalização precoce dos nossos jovens para que eles possam ter uma formação geral robusta antes de escolher uma profissão.

     

    A Andifes teve um papel destacado na formatação desse decreto e eu tenho a certeza de que nos próximos anos nós vamos poder ampliar e muito o acesso à educação superior pública de qualidade da nossa juventude que vai contar, além da expansão da universidade pública federal, com mais bolsas do programa Universidade para Todos por uma simples modificação da lei do Fies.

     

    Eu quero esclarecer isso com alguma calma. Muitas instituições de ensino superior não aderiam aos inúmeros programas de refinanciamento de dívidas e nós fomos investigar a razão disso, por que instituições devedoras não aderiam a programas de refinanciamento de dívida ativa. E nós encontramos a resposta, é relativamente simples, essas instituições não podiam usar os títulos que recebem do financiamento estudantil para o pagamento de dívida passada, mas apenas de tributo corrente. O que essa lei encaminhada ao Congresso Nacional fará é permitir que as instituições possam usar os títulos que recebem do governo federal do Fundo de Financiamento Estudantil também no pagamento das suas dívidas pregressas que serão consolidadas a partir desse programa.

     

    Então, temos aí dois importantes programas que vão ampliar e muito o acesso à educação superior que será qualificada por esses dois programas como nós podemos verificar no último Enade, que demonstrou que os alunos do ProUni têm desempenho superior em todas as áreas analisadas do que o dos alunos pagantes, o que comprova a regra, clara ao Ministério da Educação, de que é possível, sim, compatibilizar acesso e qualidade na área educacional.

     

    Eu gostaria de dar em primeira mão, e agradeço aos ministros Guido Mantega e Paulo Bernardo por esse ato corajoso de confiança nas universidades federais. A área econômica resolveu reunir esforços junto com o Ministério da Educação para caminharmos um tema que é caro a nossa universidade, que é a questão da autonomia universitária. Presidente, reitor Paulo Speler, assinar um decreto que durante dois anos foi discutido no âmbito do governo, que é um decreto que recebeu a alcunha apropriada de faxina da Andifes, um decreto que remove uma série de penduricalhos que inibia o exercício da autonomia por parte das nossas instituições. E no bojo desse decreto um dado muito importante é de que todas as universidades federais vão contar, a partir de hoje, com um banco de professores, um banco de professores à prova de sucateamento, porque quando um professor se exonera ou quando um professor se aposenta nós criamos os mecanismos necessários para a reposição automática do corpo docente, evitando que as universidades passem pelo constrangimento sofrido no passado.

     

    Senhoras e senhores, é um conjunto de mais de 40 medidas, todos têm uma agenda, a hora do almoço se aproxima. Nós teremos a oportunidade de discutir detalhes pela imprensa, na Comissão de Educação do Senado, na Comissão de Educação da Câmara e no próprio Ministério da Educação de todas as questões que foram levantadas e argüidas por todos vocês que ajudaram na construção desse plano. O MEC, como sempre esteve, continuará aberto a sugestões e se nós pudermos aperfeiçoar o nosso trabalho, nós não relutaremos em admitir eventuais falhas para que esse plano possa ser abraçado por todo o país como um plano de Estado ou um plano de uma geração e não um plano de partido ou um plano de um governo. Muito obrigado, bom dia a todos.

     

  • Os 42 estudantes do ensino médio vencedores do concurso histórico-literário Caminhos do Mercosul 2009 visitarão Belo Horizonte e cinco cidades históricas de Minas Gerais, entre 11 e 20 de dezembro. O roteiro inclui São João del-Rei, Tiradentes, Congonhas do Campo, Ouro Preto e Mariana.

    A sétima edição do concurso selecionou trabalhos de pesquisa de alunos de 16 e 17 anos matriculados no ensino médio regular em escolas públicas e particulares de Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia. A Colômbia participa como convidada. Cada país indicou seis estudantes, que farão a viagem em conjunto.

    Do Brasil foram escolhidos Janelson Rodrigues Sousa, de Barueri (SP), Jorge Adriano da Silva Júnior, de Salvador (BA), José Rodrigo França da Silva, de Nova Iguaçu (RJ), Leonardo Pomaro Mendes, de São Paulo (SP), Aline Souza de Menezes Medeiros, de Manaus (AM), e Fernando Cardoso Oliveira, de Boa Vista (RR).

    O tema do concurso, este ano sob a responsabilidade do Ministério da Educação do Brasil, é Cidades Históricas de Minas Gerais, subdividido em quatro itens — Um Passeio pela Arquitetura Colonial Mineira; Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e sua Obra; O Ciclo do Ouro no Século 18 e Inconfidência Mineira.

    Passeio — A viagem, que é o prêmio do concurso, começa em 11 de dezembro, com o desembarque dos estudantes em Belo Horizonte, onde serão recebidos pela Assessoria Internacional do Ministério da Educação. De 12 a 14, eles visitarão São João del-Rei; no dia 15, Tiradentes; 16, Congonhas do Campo; 17, Ouro Preto; 18, Mariana; 19e 20, Belo Horizonte.

    Criado em 26 de março de 2003, para comemorar o Dia do Mercosul e os dez anos de criação do bloco, o concurso histórico-literário é coordenado por um país a cada ano, em sistema de rodízio. O Brasil é promotor do evento pela segunda vez. Em 2006, o país escolheu o tema Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade. Os objetivos da iniciativa são promover nas escolas de ensino médio uma consciência favorável à integração regional, estimular e fortalecer os vínculos entre estudantes dos países do bloco, ampliar os conhecimentos e o respeito à diversidade cultural.

    Ionice Lorenzoni
  •  Estudantes do ensino médio: livros para triênio 2012-2015 serão escolhidos até 12 de julho (foto: João Bittar)A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação realizará videoconferências, na terça-feira, 17, e na quarta, 18, para apresentar a professores e técnicos das secretarias estaduais de educação os critérios didático-pedagógicos que nortearam o processo de avaliação das obras para o ensino médio inscritas no Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2012. As conferências, que irão ao ar às 14h, orientarão os participantes na escolha dos livros didáticos para o triênio 2012-2015.

    O período de indicação das obras para o ensino médio será aberto no dia 23 e se estenderá até 12 de junho, em todas as escolas públicas de ensino médio. Pela primeira vez, o MEC oferece coleções que contemplam todos os componentes curriculares. No primeiro dia de videoconferências, serão apresentadas as coleções de matemática, biologia, química, física e língua estrangeira moderna (inglês e espanhol); no segundo, língua portuguesa, história, geografia, sociologia e filosofia.

    O Guia do Livro Didático de 2012 contém o resumo das obras selecionadas pelo MEC. Com o guia, professores e diretores podem indicar os títulos mais adequados ao sistema pedagógico. As dúvidas serão tiradas nas videoconferências, acessíveis aos interessados também pelo sistema de webconferência.

    Na seleção e distribuição dos livros didáticos, o MEC abre edital de convocação de editoras. Elas apresentam os livros, que passam por avaliação quanto à proposta pedagógica e à linha de pesquisa dos autores. As obras aprovadas são apresentadas às escolas pelo Guia do Livro Didático. Escolhidas as coleções para cada disciplina, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) negocia os preços com as editoras e, por meio de contrato com os Correios, faz a distribuição. Os livros devem chegar às escolas antes do início do ano letivo.

    Diego Rocha
  • Volumes de 2011


    Anos iniciais do ensino fundamental



    Ensino médio



    Matemática:


    Volume 1: Parte 1 | Parte 2| Parte 3| Parte 4| Parte 5 | Parte 6
    Volume 2: Parte 1| Parte 2 | Parte 3 | Parte 4
    Volume 3: Parte 1.1| Parte 1.2| Parte 2 | Parte 3 | Parte 4 e 5 | Parte 6

     

    Química: Volume 4| Volume 5

     

    Biologia: Volume 6

     

    Física: Volume 7

     

    Geografia: volume 8: Introdução | Partes 1 e 2 | Partes 3 e 4 | Partes 5 e 6| Partes 7 e 8 | Parte 9

     

    Antártica Volume 9 |

    O Brasil e o meio ambiente antártico: volume 10: parte 1 | parte 2 |

     

    Astronomia: Volume 11

     

    Astronáutica: Volume 12

     

    Mudanças Climáticas: Volume 13

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