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Página inicial > Todas as notícias > Construção de creches e pré-escolas já atinge 72% do total pactuado desde a criação do Proinfância
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  • Resultados da segunda fase serão divulgados em 27 de novembro (Ilustração: ACS/MEC)Os estudantes classificados para a segunda fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) farão as provas dessa etapa em 12 de setembro. Até lá, as escolas devem indicar, na página eletrônica da Obmep, os professores dos alunos classificados para a segunda fase.

    Segundo o coordenador-geral da olimpíada, professor Cláudio Landim, este é um momento de muita expectativa e apreensão por parte dos mais de 900 mil alunos que vão disputar a segunda fase. Ele dá algumas dicas para que os competidores se saiam bem na prova do dia 12. “A melhor coisa a fazer é consultar as provas dos anos passados. O site da Obmep tem os gabaritos, provas anteriores, etc. É bom pegar banco de questões e tentar resolver”, explica. “Os alunos precisam ir tranquilos para a prova. Não há razão nenhuma para ficarem angustiados”, completa o professor.

    O resultado das provas da segunda fase vai ser divulgado em 27 de novembro. Os 6.500 melhores alunos serão premiados com medalhas de ouro, prata, bronze, além de menções honrosas. Qualquer dúvida, estudantes e professores podem acessar a página da Obmep ou enviar Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Estudantes da educação básica pública de 5.504 municípios participam nesta quarta-feira, 17, da primeira fase da Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A sétima edição recebeu 18,7 milhões de inscrições de alunos, matriculados em 44,6 mil estabelecimentos de ensino. As provas são aplicadas por aproximadamente 150 mil professores, nas escolas em que lecionam.

    Dados da coordenação da olimpíada mostram que o maior contingente de inscritos (7,1 milhões) cursa o ensino médio; 6,2 milhões estão no sexto ou sétimo ano do ensino fundamental e 5,3 milhões, no oitavo ou nono ano dessa etapa.

    A prova para os três níveis tem 20 questões objetivas, com cinco opções de resposta. O tempo para o estudante responder os testes é de duas horas e 30 minutos. A correção dos testes cabe a educadores das próprias escolas, com base em instruções e gabaritos elaborados pela direção da Obmep.

    A segunda etapa da olimpíada está prevista para 5 de novembro.

    Promovida pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, a Obmep é realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (Impa), com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).

    Ionice Lorenzoni
  • Ganhador de medalha de bronze na Obmep, Flávio Júnior, ao lado da irmã, pretende ser engenheiro elétrico: “Só preciso de uma nova chance para recomeçar” (foto: Eleni Melo/escola da UP Francisco Conde)Medalhista de bronze na 11ª Olímpiada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), Flávio Júnior Dias de Anorato cumpre pena privativa de liberdade na Unidade Penitenciária Doutor Francisco D’Oliveira Conde, em Rio Branco, Acre. Ele sonha ser engenheiro elétrico e acredita que a medalha abre uma oportunidade.

    “Nem tudo está perdido, e eu só preciso de uma nova chance para recomeçar”, afirma. E garante que pretende continuar os estudos ao recuperar a liberdade. “Com esse resultado, eu me senti capaz e sei que, se estudar, vencerei muitas coisas.”

    Pela primeira vez na história da Obmep, estudantes que cumprem pena na penitenciária de Rio Branco, atendidos pelo programa Projovem Urbano do Ministério da Educação, tiveram destaque na olimpíada. Dois deles receberam medalha de bronze e outros três foram agraciados com menção honrosa. Participaram da competição de 2015, em todo o Brasil, 18 milhões de estudantes.

    “A premiação significa que os alunos estão valorizando a oportunidade que é dada a eles”, afirma a coordenadora de educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação e Esporte do Acre, Fernanda Alves Nóbrega.

    Expectativa — “Os alunos das unidades prisionais atendidos pelo Projovem Urbano demonstram interesse pelo curso, pelo material didático e têm expectativas de continuidade dos estudos”, revela a diretora de políticas de educação para a juventude do MEC, Cláudia Veloso. Essa expectativa é apontada pelos estudantes que se destacaram na Obmep, como Thiago Henrique Ribeiro Correia, também medalhista de bronze. Ele pretende continuar estudando e mudar o rumo de sua vida.

    Cláudia considera gratificante, para a equipe que trabalha com o tema no MEC, o resultado dos alunos da unidade prisional da capital acriana. Este ano, foram registradas 435 matrículas em séries que vão da alfabetização ao ensino médio em unidades daquele estado. O Acre iniciou a oferta de modalidades de educação nos presídios em 1998. Na unidade Doutor Francisco D’Oliveira Conde, mantém a Escola Fábrica de Asas.

    “O destaque na Olimpíada de Matemática eleva a autoestima”, diz Fernanda Nóbrega. “Um aluno que recebeu menção honrosa se sentiu desafiado a conquistar uma medalha em 2016.”

    O aluno é Lucas Ruan da Costa Fiúza. Ele jamais imaginou que se destacaria, mas percebeu que, se estudar, pode conseguir muita coisa. “Vou superar as dificuldades aqui dentro, vou estudar e me sair bem melhor na próxima olimpíada da matemática”, promete. Lucas também gostaria de ser engenheiro mecânico.

    De acordo com Fernanda, a educação oferece a esses jovens a oportunidade de rever valores. Cláudia Veloso concorda: “Eles terão uma compreensão da relação com a sociedade, uma nova postura de participação”, diz. Ela lembra que todos têm direito à educação, mesmo aqueles que estão em regime de privação da liberdade.

    Readaptação — Destinado à reinserção de jovens na faixa de 18 a 29 anos no processo de escolarização, o Projovem Urbano, com duração de 18 meses, atua em três dimensões: conclusão da educação básica, qualificação inicial e participação cidadã. No programa desenvolvido nas unidades prisionais, há readaptação da carga horária.

    No ciclo em que os alunos do Acre foram premiados, havia 760 estudantes do programa em estados do Nordeste. No próximo ciclo, que terminará em 2016, devem ser registradas 1.210 matrículas.  

    Assessoria de Comunicação Social

    Alunos do sistema prisional se destacam em olimpíada nacional de matemática


  • Linhares (ES), 15/6/2018 – Promoções corriqueiras no comércio do tipo “leve três, pague dois” valem a pena? Será mais barato comprar fracionado ou em maior quantidade? Essas questões podem passar despercebidas na correria do cotidiano, mas não mais para a turma do sexto ano da Escola Estadual Professora Regina Banhos Paixão, em Linhares, no Espirito Santo. Escolher os melhores produtos pelos melhores preços virou atividade de matemática. A dinâmica foi a forma encontrada pelo professor Hercules Smaçaro Marchiori para despertar o interesse dos alunos pela matéria. A experiência, realizada durante todo o ano de 2017, será contada no programaTrilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC nesta sexta, 15.

    Tudo era novidade para as crianças, entre 10 e 11 anos de idade, que passaram a enxergar uma simples ida ao supermercado de maneira diferente. Foi a oportunidade para que todos entendessem que a matemática está presente em várias ações rotineiras. “Na turma com que eu trabalhei, na verdade, muitos nem vão ao supermercado”, explica Marchiori. “Então, eles têm essa vivência da prática, daquilo que a gente comenta em sala de aula, no dia a dia ali, e fazem aquela relação do conteúdo em si com o que é real. ”

    O professor dividia a turma em pequenos grupos e assim dava início à pesquisa sobre os produtos do supermercado. Depois, utilizando cálculos simples, de soma e subtração, a tarefa era escolher os artigos que apresentavam o melhor custo-benefício. No supermercado visitado havia um ambiente de refeitório, local escolhido para os alunos se reunirem após a pesquisa e fazer os cálculos necessários.

    Na escola, a novidade se espalhou. Os demais professores ficaram sabendo da atividade e passaram a valorizar a iniciativa também em suas disciplinas. “A professora de português trabalhou alguns termos com eles; a de ciências foi fazer um trabalho e relatou que, no trajeto que fizemos até o supermercado, passamos em um ambiente de vegetação, um brejo, para eles relacionarem à matéria que estavam estudando”, relata Marchiori.

    Aprovação - Após as atividades que envolveram a turma toda, o resultado veio no final do ano letivo: 80% dos alunos foram aprovados na disciplina de matemática. Segundo o professor, isso foi fruto de uma didática mais inclusiva, que apostou na criatividade, em horas de reforço e de estudo da matéria. “Se a gente chegar à sala só com quadro e pincel, fica só naquela aula, os alunos perdem o interesse e aí acabam não gostando da matemática, do professor, fazendo [as tarefas] de qualquer jeito”, avalia.

    Além do melhor rendimento em sala de aula, a experiência mostrou que o empenho em cada exercício levou conhecimentos à casa dos alunos, em forma de educação financeira. Agora, esse aprendizado ajuda também os pais na hora das compras. “Às vezes a família tenta fazer esse esforço todo de economia, mas, por falta de conhecimento, nem sabe como proceder”, observa o professor. “O aluno, tendo essa noção, ajuda a estabelecer essas diferenciações e com isso acaba proporcionando aos pais poder comprar mais do que aquilo que compravam no dia a dia.”

    Hoje, Hercules Marchiori se dedica a turmas de ensino médio, mas não descarta a possibilidade de retomar o projeto em outros moldes, ainda que com atividades extraclasse. Para ele, o maior desafio é fazer com que os estudantes entendam que o aprendizado da matemática faz parte da vida. “É uma coisa que eu sempre coloco para eles: é algo que vocês não vão levar só para a vida escolar de vocês, mas para o resto da vida”, conclui.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Motivar o aprendizado da fórmula de Bhaskara, do plano cartesiano e de tantas outras operações matemáticas lançando foguetes. Essa foi a forma que o professor Fábio Aparecido da Silva, de 44 anos, encontrou para ensinar seus alunos. Essa história você escuta no Trilhas da Educação dessa semana, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Fábio leciona na Escola Técnica Estadual Cônego José Bento, em Jacareí (SP). Para envolver os alunos em torno das questões levantadas pela matemática, o professor desenvolveu um foguete feito de garrafa pet que é fixado em uma base de tubos de PVC, num ângulo de 90º com o chão. Água e uma bomba de encher pneus de bicicleta, são o suficiente para fazê-lo ganhar os ares. A experiência, garante o professor, está diretamente ligada a teoria vista em sala de aula. “A gente vai para a parte prática. Vai resolver um problema interdisciplinar com a física e aplicando os conceitos de matemática”, destaca Fábio.

    Fábio desenvolveu essa técnica há 10 anos. Após perceber os resultados positivos, ele resolveu ensinar e incentivar o uso dessa metodologia por outros educadores do país e publicou na internet um tutorial sobre como construir os foguetes.  “A minha ideia é não segurar essas coisas comigo. Eu escrevo vários artigos relatando a experiência que eu tenho com aplicações que deram certo”, afirma o docente.

    Para o professor Fábio, outro aspecto importante de todo esse trabalho é o fortalecimento da turma como equipe. Ele nota que os estudantes passam a dividir as tarefas e apostam no companheirismo. “Este tipo de atividade trabalha muito o sentimento de equipe. Os alunos que têm mais experiência, ou até mesmo mais facilidade de aprendizado, trocam experiências com o colega, e acabam ajudando. Tem grupos que conseguem fazer um bom lançamento e que ajudam outros grupos que não conseguem”, comemora.

    O trabalho completo do professor Fábio Aparecido da Silva pode ser conferido em suas redes sociais.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Em Salvador, o trabalho com os estudantes enfatiza a relação entre o conteúdo desenvolvido em sala de aula e formas geométricas planas e espaciais (foto: arquivo do professor Vanildo Silva)Professor de matemática em duas escolas de Salvador, no subúrbio ferroviário, Vanildo dos Santos Silva desenvolve, desde 2004, o projeto Uso de Materiais Manipuláveis nas Aulas de Geometria com Estudantes em Situação de Defasagem Escolar. O trabalho, que teve início na Escola Municipal da Fazenda Coutos, em um dos bairros mais pobres e violentos da região, surgiu de uma necessidade real, o desafio de ensinar matemática a estudantes com histórico de abandono, evasão e repetência.

    “Desde meu primeiro contato com os alunos, percebi que, antes de iniciar qualquer intervenção pedagógica, minha prática docente precisaria ir além da lousa e do giz”, revela Vanildo. “As dificuldades apresentadas estavam evidentes e se constituíam em um desafio pessoal.”

    O professor passou a pensar, então, em uma estratégia que apresentasse a linguagem matemática com aspectos concretos do cotidiano dos estudantes, sem perder de vista a parte formal e suas conexões. Sua intenção era propor “um modelo diferenciado” para trabalhar com matemática e assim induzir os estudantes a participar das aulas.

    “Qualquer trabalho por meio da valorização de fórmulas, conceitos e propriedades, sem demonstrações, não representaria um modelo eficaz para a melhoria da qualidade de aprendizagem dos estudantes em situação de defasagem escolar”, diz o professor. Assim, em sua proposta de ensino de geometria, ele buscou o que é sugerido pelos parâmetros curriculares nacionais: “Um trabalho que enfatiza a relação entre os conteúdos estudados em sala de aula com as formas geométricas presentes no mundo físico, possibilitando a exploração de formas geométricas planas e espaciais”.

    O projeto tenta estabelecer um diálogo entre os quatro blocos de conteúdos da matemática: números e operações; espaço e forma; grandezas e medidas e tratamento da informação. Os estudantes podem assim comparar e discernir aspectos como largura, comprimento, volume, número de faces e vértices, entre outros. “Quando os estudantes foram levados a explorar situações por meio de materiais manipuláveis, sentiram-se mais motivados e, por conseguinte, engajaram-se de maneira mais efetiva nas aulas e alcançaram melhores resultados na aprendizagem”, avalia.

    Permanência — A finalidade do projeto está centrada em dois pontos cruciais: a permanência do estudante em sala de aula e a ruptura do autoconceito de “aluno fracassado”. Assim, de acordo com Vanildo, por mais que existam conteúdos que precedam outros, a hierarquização entre eles não deve ser tão rígida como tradicionalmente é apresentada. Os conteúdos devem ser organizados em função de uma conexão, na qual não precisam ser esgotados necessariamente de uma única vez. “Para que o projeto tenha êxito, principalmente na questão da permanência do aluno, é preciso estar atento à ênfase maior ou menor que deve ser dada a cada item, que pontos merecem mais atenção e quais não são tão essenciais”, ressalta o professor.

    Segundo Vanildo, o projeto é desenvolvido também com alunos do Colégio Estadual Monteiro Lobato, no mesmo bairro. Ao longo dos anos, o trabalho tem passado por várias adequações.

    Com o projeto, Vanildo foi premiado em duas edições do Prêmio Professores do Brasil (2004 e 2013). “Isso representa a confirmação de que esforços como esse podem ser úteis na busca por respostas de como lidar com a situação de defasagem escolar e questões relacionadas às dificuldades de aprendizagem”, ressalta o professor. Há 19 anos no magistério, Vanildo tem licenciatura em matemática e em ciências contábeis e especialização em planejamento e prática de ensino superior.

    Fátima Schenini

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  • Aulas criativas ajudam a aumentar a concentração dos alunos e, consequentemente, contribuem para facilitar a aprendizagem (foto: acervo da professora Ana Lúcia Pintro)Professora de matemática há 18 anos, Ana Lúcia Pintro considera o magistério uma missão, não um trabalho. Por isso, procura ler, estudar, pesquisar e descobrir novos caminhos capazes de melhorar a educação. “Preciso sentir que estou evoluindo como profissional e como gente”, diz Ana Lúcia, que leciona em nove turmas do sexto ao nono ano na Escola de Ensino Fundamental Demétrio Bettiol, em Cocal do Sul, Santa Catarina, e na Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre José Francisco Bertero, em Criciúma, no mesmo estado.

    Segundo a professora, uma aula criativa pode aumentar a concentração dos alunos e, assim, contribuir para a aprendizagem, mas aulas inovadoras de matemática exigem metodologia e recursos diversificados. Ela destaca como outro ponto importante para a elaboração de aulas o conhecimento da disciplina. “É preciso estudar muito bem os conceitos para poder planejar aulas criativas.”

    Para apresentar as atividades a outros professores, Ana Lúcia criou e mantém vários blogs. “Sinto necessidade de compartilhar o que sei. Quero ajudar os colegas que não têm tempo ou conhecimento para realizar um trabalho diferente.”

    Com licenciatura plena em matemática, licenciatura curta em biologia e especialização em educação matemática, ela diz gostar de história e de português e que sempre gostou de aprender. “Escrevi 173 crônicas entre 2003 e 2006”, revela. Em 2007 e 2008, dedicou-se à produção de “baralhinhos didáticos”, com a participação dos alunos na elaboração e digitalização dos jogos. “Como gastei muito tempo na produção do material, resolvi compartilhá-lo na internet para que outros professores pudessem aproveitar”, explica.

    Recursos — Em 2009, ela passou a elaborar atividades usando o software gratuito GeoGebra. Desenvolvido para ensino e aprendizagem da matemática do nível básico até o universitário, a ferramenta inclui, em um mesmo ambiente, recursos de diferentes áreas, como álgebra, geometria e estatística. Por meio do software, a professora constatou ser possível desenvolver pelo menos 15 das 37 competências destacadas na Prova Brasil, avaliação desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) do Ministério da Educação. “Percebo que os alunos têm aprendido muitos conceitos matemáticos enquanto se familiarizam com as ferramentas do GeoGebra, da mesma maneira que, um dia, aprenderam a caminhar, a falar, a tomar banho”, analisa.

    De acordo com Ana Lúcia, os estudantes demonstram interesse pelas aulas realizadas na sala de tecnologias educacionais. O conteúdo desenvolvido em sala de aula pode ser complementado de forma eficiente. “As aulas não são tão lúdicas quanto pode parecer”, revela. É necessário que os estudantes se concentrem na leitura dos passos exigidos no desenvolvimento das atividades. Também precisam de concentração no manuseio do computador, ao usar as ferramentas. “Os alunos precisam fazer cálculos e observar relações para responder os exercícios solicitados após a construção das figuras”, salienta. Ana Lúcia já criou 50 atividades para utilização do GeoGebra, postadas no blog Os Alunos que Exploravam.

    Fátima Schenini e Ana Júlia Souza

    Confira os blogs da professora Ana Lúcia Pintro

    Os Alunos que Calculavam
    Os Alunos que Jogavam
    Os Alunos que Exploravam
    Atividades hot potatoes
    Projeto Cocrimat

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  • Na escola Ruth de Almeida, em Macapá, os jogos são usados para motivar os estudantes e ajudá-los na fixação do conteúdo das aulas de matemática (Foto: Arquivo da escola)Por inspiração do marido, carteiro no município de Bariri, São Paulo, a professora Meire Canal criou o projeto De Carta em Carta, Encontrando o Caminho. Os alunos de Meire, professora de língua portuguesa na Escola Estadual Professora Ephigênia Cardoso Machado Fortunato, trocam correspondência com estudantes do país. Com o clube de correspondência, que funciona desde 2005, a professora foi, em 2009, uma das ganhadoras da quarta edição do Prêmio Professores do Brasil.


    Meire foi premiada por promover a troca de cartas de seus alunos do oitavo e do nono anos do ensino fundamental com estudantes da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Ela conta, com entusiasmo, que a idéia de trocar cartas com crianças da Apae foi dos próprios alunos, que conheceram os futuros correspondentes durante jogo de futebol organizado pela escola. Segundo Meire, o desenvolvimento do projeto atraiu os alunos para os estudos e os tornou mais sensíveis. “Hoje em dia, eles veem as pessoas com necessidades especiais de outra maneira.”


    O assunto abordado na correspondência é livre, o que estimula a curiosidade e o aprendizado. Com base nos textos dos alunos, a professora monta as aulas de português. “Assim, as crianças têm mais vontade de aprender.”


    Meire admite ter encontrado dificuldades para desenvolver o projeto e falta de apoio, mas a premiação a motivou. “Essa avaliação significa que estou no caminho certo. É muito bom ter o reconhecimento por aquilo que fazemos.”


    Matemática — Com o projeto A Contribuição dos Jogos no Ensino da Matemática, também voltado para alunos que estão terminando o ensino fundamental, a professora Íris Maciel, de Macapá, Amapá, inovou no ensino da matemática na Escola Estadual Ruth de Almeida. “Além de estimular a imaginação e a interação, os jogos facilitam a compreensão da matéria”, justifica.


    De acordo com o projeto, os próprios alunos confeccionam os jogos, que abordam conteúdos como números decimais e as quatro operações fundamentais — adição, subtração, multiplicação e divisão. “Desse jeito, eles podem fixar melhor o que aprendem”, destaca Íris.

    Assessoria de Imprensa da Seed

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  • Professores das redes públicas de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe participam em Fortaleza (CE), até 14 de agosto, de cursos de formação em língua portuguesa e matemática. Os cursos para 96 professores, 48 em cada disciplina, fazem parte do processo de integração do Brasil com os países africanos de língua portuguesa.


    A formação, explica Cláudio Fernando André, coordenador-geral de tecnologias da Secretaria de Educação Básica (SEB), inicia um processo que visa a promoção e a realização das olimpíadas de Língua Portuguesa e de Matemática nos cinco países. A proposta é socializar informações, trocar experiências, oferecer os materiais desenvolvidos nas escolas brasileiras para que depois cada país organize as olimpíadas de acordo com cada realidade e cada cultura. Segundo Cláudio André, a iniciativa é uma ação cooperativa que amplia as possibilidades de construção de novos conhecimentos.


    A responsabilidade pela formação é de educadores das universidades federais do Ceará (UFCE) e do Rio Grande do Sul (URGS) e da estadual de Campinas (Unicamp). A coordenação é do Instituto UFC Virtual, da UFCE. Os recursos para o transporte, alimentação e hospedagem dos professores são dos ministérios da Educação (SEB e Capes) e de Ciência e Tecnologia (CNPq).


    Língua portuguesa – O curso tem duração de 192 horas, sendo 144 horas de estudos acadêmicos e 48 horas de atividades culturais. A parte acadêmica se divide em nove módulos, dos quais quatro são para oficinas de leitura (24 horas), de produção de materiais didáticos (12 horas), de jogos (4 horas) e de projetos (8 horas).


    Na parte teórica, os professores de língua portuguesa vão estudar: variedades faladas e normas escritas (18 horas), letramento como prática social (18 horas), educação linguística e biletramento (12 horas), práticas de sala de aula e comunidade escolar (12 horas) e a leitura da canção (12 horas).


    Além da formação na sala de aula, os professores farão uma série de visitas de caráter cultural na cidade de Fortaleza. Visitarão, por exemplo, o Teatro José de Alencar e o Centro Cultural Dragão do Mar, além de escolas públicas e particulares para trocar informações. 


    Ao final do curso, o Instituto UFC Virtual colocará à disposição dos cursistas um ambiente virtual que será o instrumento de troca de informações. No final deste semestre está prevista a ida de professores brasileiros a Cabo Verde para mais uma etapa de formação presencial. Dos 96 docentes, Cabo Verde tem 80 e os demais países, quatro, sendo dois por disciplina.


    O curso de matemática acontece no Hotel Marreiros e o de língua portuguesa, no Hotel Magna, ambos em Fortaleza.


    Olimpíadas – O Brasil realiza este ano a quinta Olimpíada de Matemática com 19 milhões de alunos inscritos e em 2010 realizará a segunda Olimpíada da Língua Portuguesa. Em 2008, o Ministério da Educação participou pela primeira vez da Olimpíada de Língua Portuguesa, evento, até então, realizado pelo Cenpec e pela Fundação Itaú Social. Participaram, em 2008, 6 milhões de alunos e 150 mil professores.

    Ionice Lorenzoni

  • O Profmat é o primeiro mestrado profissional a ser criado no Brasil, com reconhecimento da Capes, para professores em sala de aula (foto: colegioweb.com)Curioso para aprender mais sobre teoria e prática e tornar-se melhor professor em sala de aula, Júlio Cezar Marinho da Fonseca tinha a distância como a grande dificuldade. O polo do Programa de Mestrado Profissional em Matemática (Profmat) para as aulas presenciais, no Amazonas, fica em Manaus. Parintins está a cerca de 350 quilômetros da capital. Júlio Cezar ainda mora e trabalha na cidade turística, da dança folclórica do boi-bumbá.

    “Foram dois anos cansativos, mas que valeram o suor e o sono perdido”, diz. Ele viu no mestrado profissional a oportunidade que esperava para “fazer a diferença no ensino” em sua cidade. Para chegar a Manaus a tempo de assistir às aulas do sábado, o professor do ensino médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam) chegou, no início do curso, a viajar 20 horas de barco, dia e noite, às sextas-feiras, pelos rios Amazonas, Negro e Solimões.

    Depois, com a liberação da bolsa de estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Júlio Cezar conseguiu amenizar a rotina semanal, ainda assim exaustiva. De lancha, a viagem de ida foi reduzida à metade do tempo. A volta, no domingo, levava uma hora de voo. De segunda a quinta, a rotina voltava a ser a de professor, com 40 horas de carga horária a cumprir. O sacrifício de aliar estudos e trabalho valeu a pena, garante o novo mestre em matemática, aluno da primeira turma do programa.

    “Hoje, na minha cidade, o ensino de matemática está evoluindo. Já conseguimos melhorar os resultados nas olimpíadas nacionais, por exemplo”, afirma o professor, que inspirou outros colegas a percorrer o mesmo caminho da qualificação.

    Diferença — O Profmat foi o primeiro mestrado profissional a ser criado no Brasil, com reconhecimento da Capes, para professores em sala de aula. Desde a primeira turma, em 2011, 5.824 profissionais ingressaram no programa — 1.527 concluíram o curso e receberam o título de mestre. Júlio Cezar faz parte dessa estatística. Ele defendeu, em 2013, estudo sobre os números perplexos, numa abordagem para o ensino médio. “Todo professor que exerce a profissão na educação básica deveria passar pela experiência de um mestrado, como o Profmat. Posso dizer que existe uma grande diferença entre a forma de ensinar que eu usava antes e a metodologia que adoto atualmente”, relata. “Consigo trabalhar os conteúdos de forma mais diversificada e embasada matematicamente, o que possibilita maior clareza na explicação e desperta a curiosidade para o conhecimento matemático e sua aplicações.”

    Atualmente, 2.559 docentes fazem o curso, que tem duração de dois anos. Até agora, o maior grupo de participantes do programa tem entre 28 e 32 anos de idade e de cinco a nove de exercício da profissão. Cerca de 20% são mulheres.

    Credibilidade — Ana Luiza Kessler, professora na rede pública de Santa Maria (RS), que apresenta a dissertação neste mês de abril, também não teve trajetória fácil. Ela conta que se interessou pelo mestrado em razão da credibilidade do curso, coordenado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). “Instituições renomadas na área de matemática”, afirma. “Além dos livros, professores dessas instituições participam ativamente do curso.”

    Apesar da motivação, a distância, a dura rotina de conciliar os estudos com a carga de 40 horas semanais como professora de escola pública e problemas pessoais a impediram de concluir o curso no prazo de dois anos. Ainda assim, não desistiu. Em 2013, passou novamente pela seleção e reingressou. A rotina do mestrado permitiu a ela participar de eventos acadêmicos, conhecer professores renomados da área — entre eles, os autores dos livros que leu — e renovar o entusiasmo pela pesquisa. “Reencontrar colegas do mestrado, que tiveram outras oportunidades após a conclusão do Profmat, era o estímulo que eu precisava para não desistir e terminar o curso”, diz Ana Luiza, que está na fase da redação final da dissertação.

    Graças ao Mestrado Profissional em Matemática, Ana Luiza tornou-se representante da Região Sul na Associação Nacional de Professores de Matemática na Educação Básica (Anpmat), que tem entre os objetivos apoiar ações para formação e valorização profissional dos docentes de matemática. “Todos nós, profissionais, precisamos nos reciclar e estar sempre em busca de mais conhecimento, de mais saberes, de inovações, de ideias para aprimorar nossas aulas e nossas práticas docentes”, afirma.

    Rovênia Amorim

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    Leia também:
    Mestrado dá novo significado a estratégias de ensino de física

  • Equipes das secretarias de educação de 60 municípios de São Paulo participam de 13 a 17 deste mês, em Itanhaém, no litoral sul do estado, da primeira fase do ProLetramento, programa de formação continuada de professores dos anos (séries) iniciais do ensino fundamental. A formação é para 120 tutores, dois por município, que serão os multiplicadores dos cursos em suas localidades.


    O ProLetramento tem dois cursos – matemática, alfabetização e linguagem – dirigidos aos professores que lecionam essas disciplinas nos anos iniciais do ensino fundamental. O curso de matemática será ministrado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e o de alfabetização e linguagem pela Universidade de Campinas (Unicamp), instituições que integram a Rede Nacional de Formação Continuada de Professores do Ministério da Educação.


    A formação dos 120 tutores será na sede da Faculdade Itanhaém (Faita), sob a coordenação da secretária municipal de educação de Itanhaém, Cilene Rodrigues Forssel. Cada curso tem 120 horas de duração, dividido em três fases de 40 horas. Tutores e professores têm a mesma carga horária e os mesmos materiais didáticos.


    Os conteúdos dos cursos foram desenvolvidos por especialistas das universidades federais de Minas Gerais (alfabetização e linguagem) e do Espírito Santo (matemática).


    O ProLetramento é um programa do Ministério da Educação que se destina a melhorar a qualidade da aprendizagem da leitura, escrita e matemática das crianças das redes públicas. A oferta dos cursos depende de solicitação de cada município no seu Plano de Ações Articuladas (PAR).


    Desde sua criação, em 2005, o ProLetramento já certificou 177.152 professores. Dados da Secretaria de Educação Básica do MEC indicam que 25.872 professores estão fazendo cursos em 26 unidades da Federação. Os 120 tutores que iniciam a formação em Itanhaém na próxima segunda-feira, dia 13, serão responsáveis pela formação de mais de 9 mil professores, uma média de 80 professores por município. Cada tutor e cada professor faz os dois cursos do ProLetramento.

    Ionice Lorenzoni

  • A professora Andréia Silva Brito recebe seu prêmio das mãos do ministro Fernando Haddad (Foto: Wanderley Pessoa)Trabalho desenvolvido na área de matemática deu à professora Andréia Silva Brito um lugar entre os 39 ganhadores da quinta edição do Prêmio Professores do Brasil. O projeto Polígonos: Construindo Propriedades, Relações e Conceitos foi realizado em outubro e novembro de 2010 com alunos do sexto ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Carlos Drummond de Andrade, no município de Presidente Médici, em Rondônia. Voltado inicialmente para uma turma de 36 alunos, o projeto teve o atendimento ampliado e chegou a envolver 96 estudantes.

    “A grande vantagem no trabalho com projetos é o genuíno envolvimento dos alunos, o que aumenta as possibilidades de sucesso na aprendizagem”, destaca Andréia. Acostumada a trabalhar com projetos, ela observa que eles permitem o desenvolvimento dos conteúdos em rede, de forma articulada. Formada em matemática, com especialização em educação matemática, Andréia é natural de Umuarama (PR) e mora em Rondônia desde 1985. Em 1998, passou a integrar a rede estadual de ensino.

    Os resultados obtidos com o projeto corresponderam às expectativas da professora. Ao avaliar os registros dos alunos, ela constatou que todos aprenderam a diferenciar polígonos de não polígonos e a identificar e conceituar lados e ângulos em polígonos. Outros resultados computados mostraram que 94% dos estudantes aplicam o conceito de ângulo na identificação de semelhanças e diferenças entre polígonos, 83% classificam polígonos quanto ao número de lados e 75% classificam quadriláteros quanto ao paralelismo e ao perpendicularismo dos lados.

    Andréia deixa claro que esses resultados, embora levantados durante a realização do projeto, não se limitam a tal período. “Eles ainda se fazem e se farão sentir no ambiente escolar, visto que planejo a retomada e a ampliação desses conhecimentos nos próximos anos letivos”, adianta. Em 2011, ela deu continuidade ao projeto por meio de um trabalho com as medidas dos ângulos dos polígonos regulares e a utilização de simetrias axiais e de rotação na construção dessas figuras.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • (Arte: ACS/MEC)

    O programa Trilhas da Educação, exibido pela Rádio MEC, traz uma ideia que auxilia no aprendizado de matemática e ainda resgata o ensinar inclusivo. Rafael Pontes, de 38 anos, leciona no curso de ciências da computação na Universidade Federal do Amapá. Em sua trajetória como pesquisador, ele sempre pensou em formas de promover e facilitar o ensino da matemática também em grupos inclusivos, beneficiando crianças, por exemplo, com síndrome de Down.

    E foi durante as pesquisas de mestrado e doutorado que um projeto ganhou força: a construção de um software que não só ajudasse os professores em sala de aula, como também os alunos, melhorando o desenvolvimento deles ainda na educação infantil. “O intuito era entender as potencialidades das crianças e auxiliar os professores para o ensino da criança com essa síndrome a estimular a coordenação motora, o desenvolvimento cognitivo, a linguagem da matemática e a interação na sala de aula”, explica Pontes. “E o software se mostrou um instrumento eficaz com qualquer criança, inclusive com as com síndrome de Down e outras síndromes. ”

    Chamado de “Papado”, o software é gratuito e pode ser usado pelos alunos em sala de aula e em casa, com a ajuda do pais. “É uma ferramenta simples feita em flash e contém exatamente aquelas atividades de matemática do ensino médio do ensino fundamental”, conta o professor.

    Rafael dá detalhes do desempenho que observou ao longo da pesquisa: “No caso da síndrome de Down, o software superou as minhas expectativas. Até no apoio, a coordenação motora ele foi importante. O aluno interagia com o software por meio do mouse. Então, quando ele conseguia se apropriar do uso do mouse, já era um grande avanço no seu desenvolvimento cognitivo e motor”.

    Jogo – O aplicativo se assemelha a um jogo interativo, característica que, segundo Rafael, deixa o aprendizado mais lúdico. “É possível gostar de matemática quando ela é ensinada de forma mais atrativa”, destaca. “Isso permite ao aluno interagir com o professor. Quando ele acerta, o professor aplaude; quando ele erra, emite-se um som de estímulo para que ele tente novamente. Isso dá uma sensação de pertencimento. ”

    Planejando atender toda a rede pública de ensino fundamental do estado do Amapá, Rafael conversou com outros professores e alunos durante a pesquisa, testando e validando a aplicação do projeto ao longo do período de experiência. “Os professores usaram o aplicativo dentro do laboratório, com computador e Datashow, e projetaram em sala de aula”, conta. “A ideia é exatamente essa, conhecer as dificuldades dos professores e desenvolver soluções tecnológicas para apoia-los em sala de aula. ”

    A tecnologia faz parte do banco de objetos educacionais do MEC e pode ser baixada gratuitamente, no endereço https://objetoseducacionais2.mec.gov.br/.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Utilizar um brinquedo da década de 1980 para ensinar Matemática. Foi isso que o professor Fábio Aparecido da Silva tornou possível. O docente da Escola Estadual ETEC Cônego José Bento, em Jacareí, no interior de São Paulo, transformou a ideia em uma ferramenta lúdica para incentivar os alunos no aprendizado da matéria.

    Tudo começou há dez anos, depois de sugestão feita por uma das alunas que precisava melhorar as notas. “Ela fez a proposta durante a aula. Se montasse um cubo mágico, teria a chance de melhorar a nota”, conta Fábio.

    A apresentação na frente dos colegas deu início ao projeto. De acordo com Fábio da Silva o segredo é fazer uma leitura, interpretar o objeto e chegar ao raciocínio lógico para montar a peça, além de trabalhar a concentração.

    O professor classifica o projeto como “aquecimento do cérebro”. “Antes de começar a aula eu chamo eles em grupos de dez pessoas. Eles fazem a troca dos cubos, embaralham e começam a montagem. Isso até completar a sala toda. Dura em torno de quinze minutos mais ou menos. A partir daí que começa a aula”, conta.

    O cubo, criado pelo húngaro Ernő Rubik, não ajuda apenas na Matemática. Como o aluno precisa fazer uma leitura, interpretar o brinquedo e chegar ao raciocínio lógico para encaixar as cores, o objeto trabalha a concentração.

    A experiência ultrapassou a barreira da sala de aula e virou competição. E a iniciativa foi dos estudantes. A Escola Estadual ETEC Cônego José Bento chegou a representar o Brasil em um campeonato que movimentou 19 países.

    “Esse ano foi a quinta edição do campeonato de cubo mágico oficial aqui na escola. Inclusive este ano aconteceu em 19 países ao mesmo tempo e, no Brasil, nossa escola foi a representante”, conta Fábio. Agora, a ideia do professor é levar o projeto a outras escolas da região.

    Saiba mais – A história do cubo mágico é o tema da edição desta sexta-feira, 16 de agosto, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Unidos pela matemática, 18,2 milhões de estudantes de escolas públicas e particulares de todas as regiões do país – 99,44% dos municípios – farão nesta terça-feira, 5 de junho, a prova da primeira fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). É a maior competição do país, em sua 14ª edição. A Obmep é realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), organização social vinculada ao Ministério da Educação e ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MTIC).

    Cada uma das 54.496 escolas participantes da Obmep 2018 – número recorde de unidades de ensino inscritas – aplicará e corrigirá as provas, seguindo as instruções e os gabaritos elaborados pelo Impa. O estudante terá 2h30 para resolver as 20 questões do exame, preparado em três níveis, de acordo com o grau de escolaridade: N1 (sexto ou sétimo ano do ensino fundamental); N2 (oitavo ou nono ano do ensino fundamental); e N3 (qualquer ano do ensino médio). Os alunos classificados nesta etapa farão a segunda fase, discursiva, em 15 de setembro.

    “A prova é concebida de forma que se possa responder às perguntas por meio do raciocínio lógico e da criatividade”, explica o diretor-adjunto do Impa e coordenador-geral da Obmep, Claudio Landim. “Com isso, alunos que nem sabiam que gostavam de matemática acabam descobrindo o quanto ela pode ser divertida e desafiadora.”

    Destinada a estudantes do sexto ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio, a Obmep contribui para estimular o estudo da matemática no Brasil, identificar jovens talentosos – incentivando seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas – e promover a inclusão social pela difusão do conhecimento.

    Estudos independentes comprovam um efetivo impacto da Obmep nos resultados de matemática no país. Escolas que participam ativamente da competição acadêmica apresentam acentuada melhora no desempenho de seus alunos na Prova Brasil: a evolução é da ordem de 26 pontos, o que corresponde a 1,5 ano de escolaridade extra.

    A Obmep manterá a quantidade de premiações a alunos de escolas públicas registrada nas edições anteriores (500 medalhas de ouro, 1.500 de prata, 4.500 de bronze e até 46.200 menções honrosas). Também serão premiados estudantes de escolas particulares (75 ouros, 225 pratas, 675 bronzes e até 5.700 menções honrosas).  A divulgação dos vencedores está marcada para 21 de novembro. Premiados com medalha de ouro, prata ou bronze garantem o ingresso em programas de iniciação científica.

    Realizada pelo Impa desde 2005, a Obmep é promovida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do Ministério da Educação.

    Biênio – A Obmep integra as atividades do Biênio da Matemática Gomes de Sousa 2017-2018. Ao longo deste ano, será realizada uma série de ações nacionais e internacionais que buscam, entre outros objetivos, incentivar o estudo da disciplina, popularizá-la e promover atividades que contribuam para aproximar o público e a matemática. Entre eles, o mais importante encontro da área, o Congresso Internacional de Matemáticos (ICM, em inglês), em agosto.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Ouro na Olimpíada de Matemática em 2006, João Paulo Bonifácio estuda atualmente em Estrasburgo, França, com bolsa do governo daquele país (foto: arquivo pessoal) Neste sábado, 15 de setembro, às 14h30 (horário de Brasília), será aplicada a segunda prova da oitava edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep 2012). Mais de 824 mil estudantes dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio estão inscritos na competição.

    A premiação da Obmep tem revelado talentos e impulsionado o destino de estudantes de escolas públicas. Um exemplo é Indiana Jhones dos Santos, 19 anos, que mora em Poxim, povoado de 1.500 habitantes no município de Coruripe, em Alagoas. O caçula da família carente chegou a abandonar a escola e quase desistiu dos estudos. Os três irmãos que pararam de estudar ganham a vida como cortadores de cana.

    Indiana escreve um caminho diferente. Ele voltou a estudar e se inscreveu nas competições da Obmep. Na última edição, depois de duas medalhas de bronze, conquistou o ouro. Neste sábado, ele faz a prova da Obmep e tenta o bicampeonato no ouro. Indiana também ajuda a preparar outros estudantes da escola pública Góes Monteiro que buscam a premiação.

    “É preciso se dedicar, mas se o aluno tem interesse ele vai conseguir atingir os objetivos. Eu nunca perdi tempo. Em casa, deixava de brincar para estudar”, diz o estudante que, após a conclusão do ensino médio, quer fazer graduação em licenciatura para dar aulas de matemática.

    Outro exemplo de dedicação é do aluno João Paulo Vieira Bonifácio, 22 anos. João Paulo foi medalhista de ouro em 2006 e um dos incentivadores para que a escola pública em que estudava incorporasse a olimpíada de matemática no calendário escolar. Deu certo. A cada ano, novos alunos da Escola Estadual Messias Pedreiro, em Uberlândia (MG), são premiados na Obmep.

    João Paulo é aluno de engenharia elétrica na Universidade Federal de Uberlândia e, atualmente, estuda no Instituto Nacional de Ciências Aplicadas de Estrasburgo, na França, onde também faz mestrado em automação e robótica no Institut Telecom Physique de Strasbourg. Pelas boas notas, ele conquistou uma bolsa do governo francês.

    “A premiação da Obmep teve um impacto decisivo na minha escolha profissional e nas oportunidades que surgiram após o meu ingresso na universidade. Me formarei em engenharia elétrica no mês que vem”, ressalta João Paulo. Mesmo morando na França, o aluno fez questão de enviar uma mensagem para a escola pública onde terminou o ensino médio para incentivar os estudantes que farão a olimpíada neste fim de semana.

    “Eu faço isso porque acredito que este tipo de competição é uma ferramenta eficiente para descobrir talentos e direcioná-los às carreiras técnicas ou científicas. A Obmep tem um impacto positivo na melhora do ensino da matemática de uma forma global na escola pública. Muitas vezes os estudantes de escolas públicas se sentem desmotivados e o exemplo de alguém que obteve sucesso serve como estímulo para que eles acreditem neles mesmos e superem as dificuldades”, disse o jovem, motivo de orgulho da mãe, que é copeira na prefeitura de Uberlândia, e do pai, técnico administrativo na receita estadual de Minas Gerais.

    Rovênia Amorim
  • Estudantes das três séries do ensino médio também participam da edição de 2010 da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Foto: Arquivo/MEC)Estudantes da educação básica de todo o país participam no sábado, 11, da segunda fase da 6ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A competição reunirá 862.994 alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio. A divulgação dos vencedores está prevista para 26 de novembro.

    As provas serão aplicadas por fiscais em 8.474 centros, escolhidos pela coordenação da Obmep, a partir das 14h30 (horário de Brasília), com duração de três horas para todos os níveis de ensino. Nesse período, os participantes vão responder de seis a oito questões dissertativas. Ao fim da prova, devem apresentar ao fiscal os cálculos e o raciocínio que empregaram para solucionar os problemas.

    Os testes estão divididos nos níveis um (estudantes do sexto e sétimo anos do ensino fundamental), dois (oitavo e nono anos do ensino fundamental) e três (qualquer série do ensino médio). A correção será feita por comitês compostos por professores de matemática contratados para esse fim. Desse grupo de alunos sairão os 500 ganhadores de medalhas de ouro, 900 de prata, 1,8 mil de bronze e até 30 mil candidatos a menção honrosa.

    Parceria— Promovida pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, a Obmep é realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). A competição deste ano recebeu 19,6 milhões de inscrições de alunos, que fizeram as provas da primeira etapa. Eles representaram 44,7 mil escolas dos 26 estados e do Distrito Federal.

    Informações sobre os tipos de testes aplicados nas edições anteriores, documentos necessários e consulta aos locais de provas estão na página eletrônica da Obmep.

    Ionice Lorenzoni

  • Os cerca de 4,2 milhões de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 que participaram da primeira etapa do exame no último domingo, 4, ainda terão mais um dia de prova no próximo domingo, 11, que testará os conhecimentos dos estudantes em ciências da natureza e suas tecnologias e em matemática e suas tecnologias.

    Serão 90 questões que deverão ser respondidas em cinco horas. Ciências da natureza e suas tecnologias equivalem às matérias de biologia, química e física; e matemática e suas tecnologias são questões da própria matemática. É importante que o candidato leia com atenção o enunciado das questões e as alternativas. Apenas uma das alternativas é a correta. Além disso, é importante que o candidato confie no que sabe. Segurança pode ser fundamental na hora de sanar uma dúvida entre duas alternativas.

    Os portões estarão abertos entre 12h e 13h, e a aplicação da prova terá início às 13h30 e término às 18h30. Todos, onde quer que estejam, devem converter a hora local para o horário de Brasília, já adaptado ao horário de verão. Mesmo que o local de prova seja o mesmo do primeiro dia, é interessante que os candidatos se planejem com calma e saibam como será o deslocamento e quanto tempo vai durar, para que não ocorram atrasos.

    Para diminuir a ansiedade, é bom deixar documentação, itens que deverão ser levados e lanches separados com antecedência. Os candidatos devem levar um documento de identificação original e com foto. Pode ser carteira de identidade, carteira de trabalho e previdência social, certificado de dispensa de incorporação, certificado de reservista, passaporte, carteira nacional de habilitação e identidade funcional. Não será aceito qualquer documento em formato eletrônico.

    Vale lembrar que as regras do segundo dia de avaliação são as mesas do primeiro dia, ou seja, todos os alunos devem levar, além do documento de identificação, uma caneta esferográfica de tinta preta e fabricada em material transparente. Como a leitura ótica do cartão de respostas só identifica a cor preta, está vetado o uso de canetas de tinta azul ou vermelha, lápis e lapiseira. O ideal é que o estudante leve mais de uma caneta. É aconselhável também portar o cartão de confirmação de inscrição.

    Proibições - É proibido levar qualquer material impresso (livros, apostilas), borracha, caneta de material não transparente, corretivo, dispositivos eletrônicos, fones de ouvido ou qualquer transmissor, gravador ou receptor de dados e imagens, vídeos e mensagens, óculos escuros, relógio, chapéus, gorros e bonés.

    Durante a prova – Antes de entrar na sala, guarde os objetos não permitidos no envelope porta-objetos, feche o lacre e deixe-o debaixo da sua cadeira. Não esqueça de conferir seus dados no cartão-resposta ou folha de redação e certifique-se de que não esteja faltando nenhuma pergunta ou página em seu caderno de questões.

    É possível se alimentar e hidratar durante as provas, mas é importante o candidato saber que os produtos poderão ser verificados a qualquer momento. O Inep recomenda que, nesse caso, o estudante leve alimentos de fácil manuseio e não exagere no consumo.

    Resultado - A divulgação dos gabaritos se dará em 14 de novembro, sendo os resultados publicados em 17 de janeiro de 2019.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Estudantes de 43,8 mil escolas públicas de educação básica participam nesta terça-feira, 25, da primeira etapa da 5ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Farão as provas mais de 19,2 milhões de alunos, de 5.508 municípios. A competição reúne alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio.

    Nessa primeira etapa, de acordo com Cida Neves, da coordenação da Obmep no Ministério de Ciência e Tecnologia, as provas serão aplicadas e corrigidas pelos professores em suas turmas. Cada escola escolherá 5% das melhores provas e enviará os cartões-resposta ao Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Os estudantes selecionados participarão da segunda fase, em 24 de outubro.

    Na segunda fase, segundo Cida Neves, as provas serão aplicadas e corrigidas por professores indicados pelo Impa. Desse grupo de estudantes sairão os ganhadores das medalhas de ouro, prata e bronze da olimpíada. Além das medalhas, os vencedores receberão bolsas de iniciação científica júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

    A divulgação dos resultados finais está prevista para 11 de dezembro.

    A realização da olimpíada atende os objetivos de incentivar o ensino de matemática e de descobrir talentos entre estudantes das redes públicas que estão nos anos finais do ensino fundamental e em todo o ensino médio.

    Da primeira edição da Obmep, em 2005, até este ano, o número de estudantes, de escolas e de municípios cresceu. Começou com 10,5 milhões de alunos, 31 mil escolas e 93,5% das cidades. Hoje alcança, 19,2 milhões de estudantes, 43,8 mil instituições de ensino e 99,1% dos municípios.

    A Obmep é promovida pelos ministérios de Ciência e Tecnologia e da Educação e realizada pelo Impa e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).

    Ionice Lorenzoni



    Leia também: Olimpíada de matemática será avaliada em consulta pública
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