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  • As secretarias de educação estaduais e municipais têm prazo até 15 de fevereiro para enviar ao Conselho de Alimentação Escolar (CAE) a prestação de contas da merenda escolar, um mês a mais do que o prazo anterior, que era 15 de janeiro. A mudança foi definida pela Resolução nº 38, que regulamenta a Lei 11.947/2009.

    De posse dos documentos, o CAE deve apreciar as contas, emitir parecer conclusivo e encaminhar tudo ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) até 31 de março, e não 28 de fevereiro, como previsto anteriormente.

    A adequação à nova resolução exige que todos os envolvidos com o Programa Nacional de Aliamentação Escolar (Pnae) fiquem atentos às alterações, observa a chefe da divisão de análise financeira de repasses automáticos do FNDE, Gislaine Nunes. “Na prestação de contas da aquisição direta da agricultura familiar, por exemplo, mesmo sem o procedimento licitatório formal, os vários princípios que regem uma compra pública, como a economia, devem ser respeitados”, afirma Gislaine.

    Ela destaca, ainda, a aplicação financeira obrigatória e imediata dos recursos do programa, regra não observada por muitos gestores: “O gestor deve providenciar com o gerente do banco uma aplicação automática, para que o dinheiro nunca fique parado na conta.”

    Monitoramento – Visitas aos municípios, motivadas por denúncias de irregularidades na execução do Pnae, são feitas pelo setor de monitoramento do programa, coordenado por Valéria Lopes. A equipe verifica diversos pontos, entre os quais a infraestrutura oferecida ao CAE, o tipo de licitação realizada, o controle de distribuição e recebimento dos alimentos para as escolas, a conferência dos itens comprados com o cardápio aprovado, a identificação de alunos com restrições alimentares e a capacitação de merendeiras.

    Valéria ressalta a importância das condições de higiene durante o transporte, a estocagem e o preparo da merenda. “Há poucos dias, recebemos a denúncia de que uma prefeitura estaria usando um caminhão de lixo também para transportar a merenda para as escolas e isso é inaceitável”, afirma.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
  • Termina na próxima quinta-feira, 31, o prazo para estados e municípios apresentarem a prestação de contas dos recursos recebidos do governo federal, em 2010, para a alimentação escolar. Quem não enviar a documentação ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), gestor do Programa Nacional de Alimentação Escolar, ou não comprovar a correta destinação do dinheiro, pode ficar sem o apoio financeiro federal para a merenda.

    Isso não significa que os alunos vão ficar sem comida. Pela Constituição, a alimentação escolar é um dever dos três entes federados, ou seja, da União, dos estados e dos municípios. Caso o governo federal suspenda a transferência por problemas causados pelos estados ou municípios, cabe a eles fornecer a merenda com recursos próprios.

    O orçamento do programa para 2011 é de R$ 3 bilhões. Os repasses são feitos mensalmente, em dez parcelas, durante o ano letivo. As duas primeiras são pagas automaticamente no início de cada ano. A partir da terceira, quem não entregar a prestação de contas tem os recursos bloqueados.

    Conselhos– Além de problemas na prestação de contas, outro fator pode impedir o repasse do dinheiro: a inexistência de conselho de alimentação escolar, obrigatório a cada estado e município. Levantamento feito pelo FNDE na última sexta-feira, 25, mostra que 116 prefeituras têm conselhos com o mandato vencido e, por isso, estão impedidas de receber os recursos do programa de alimentação escolar.

    O processo de prestação de contas começa no início do ano. O gestor estadual ou municipal deve juntar extratos bancários, demonstrativo sintético de execução físico-financeira e relatório de gestão do programa e encaminhá-los, até o dia 15 de fevereiro, ao conselho de alimentação escolar local.

    Encarregado de acompanhar e fiscalizar a execução do programa em cada município ou estado, o conselho analisa a documentação e emite parecer aprovando ou não as contas. O parecer e os documentos da prestação de contas devem ser remetidos até 31 de março ao FNDE, que faz a análise final.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
  • Prefeituras que se destacaram na gestão do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) em 2011 recebem nesta quarta-feira, 5, em Brasília, o Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar. Iniciativa da organização não governamental Ação Fome Zero, o prêmio visa a identificar e dissimular as práticas de sucesso na execução do Pnae, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Esta é a nona edição do prêmio. Este ano,  das 929 prefeituras inscritas para participar, 29 foram selecionadas como vencedoras. A cerimônia terá início às 11 horas, no Royal Tulip Brasília Alvorada.

    História– Referência internacional na área de alimentação escolar, o Pnae atua há 57 anos, atende 45 milhões de alunos da educação básica e tem papel fundamental no desenvolvimento da agricultura familiar no país, pois 30% dos recursos repassados pelo FNDE para a merenda têm de ser investidos na compra de gêneros alimentícios desses produtores –  em torno de R$ 990 milhões em 2012.

    Assessoria de Comunicação Social
  • A oitava edição do prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar, realizado pala organização Ação Fome Zero, reconhece mais uma vez ações criativas e responsáveis das prefeituras para aprimorar a aplicação dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Em cerimônia realizada nesta manhã, 23, em Brasília, foram premiados 22 municípios de todas as regiões do país, nas categorias pequenas cidades, médias e grandes cidades, valorização profissional das merendeiras, merenda indígena e quilombola.

    Premiada em todas as edições do prêmio, Paragominas, no Pará, é novamente reconhecida este ano. Os paraenses foram agraciados na categoria merenda indígena e quilombola, por integrar líderes de tribos da região e mães de alunos para preservar as tradições alimentares dos povos indígenas e garantir uma alimentação nutritiva e saudável. Paragominas também receberá a menção de destaque de merenda com produtos orgânicos da agricultura familiar, por oferecer cursos de capacitação para produtores familiares da região que vendem seus produtos direto para as escolas.

    Administrado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Pnae garante, por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos de toda a educação básica matriculados em escolas públicas e filantrópicas. Em 2011, o programa ofereceu diariamente 130 milhões de refeições para mais de 45 milhões de estudantes em 200 mil escolas por todo o país.

    De acordo com o presidente do FNDE, José Carlos Freitas, é preciso criar mecanismos para aprimorar os aspectos logísticos e de qualidade da merenda que é servida. “O prêmio demonstra o ponto alto da eficiência do programa e registra ações que deram resultado, para que possamos multiplicar e potencializar as boas práticas dos programas de alimentação escolar”, disse Freitas.

    Assessoria de Comunicação Social


    Veja a lista de municípios premiados
  • Após sete anos sem reajuste, a merenda escolar para estados e municípios será reajustada em 2017. O presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciaram nesta quarta-feira, 8, no Palácio do Planalto, a liberação de R$ 465 milhões para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) em 2017. O programa atenderá 41 milhões de estudantes em todo o país. Para os alunos dos ensinos fundamental e médio regular, que representam 71% dos atendidos pelo programa, o reajuste ficou em 20%. Já para as demais modalidades, a exemplo de escolas de tempo integral, pré-escola e outros programas especiais, o aumento médio é de 7%.

    Para este ano, o orçamento do Pnae é de R$ 4,15 bilhões, sendo R$ 1,24 bilhão destinados à aquisição de gêneros alimentícios oriundos da agricultura familiar. Os repasses aos estados e municípios serão feitos para 200 dias letivos por ano, sendo que cada parcela é repassada para o atendimento de 20 dias letivos.

    Os repasses para os municípios também terão valores corrigidos acima dos 10%. Para cidades de até 20 mil habitantes, o novo repasse é de R$ 231.292, com aumento de 15%. Já aquelas com até 50 mil, o repasse será de R$ 429.016, com 12% de reajuste. Os municípios com até 100 mil habitantes receberão R$ 993.458, com aumento de 12%. E para aqueles com até 500 mil habitantes, o repasse novo é de R$ 2.835.184, cujo reajuste é de 13%.

                          O ministro da Educação, Mendonça Filho, destaca a importância dos recursos liberados:  “O aumento vai refletir na vontade dos alunos irem à escola e terem mais energia na sala de aula para poder aprender”. (foto: Rafael Carvalho/MEC)O presidente Michel Temer destacou a importância de o governo federal investir na educação, relegada a segundo plano nos últimos anos. “Fato importante que quero registrar aqui é que, fora a parte da responsabilidade fiscal que adotamos severamente, não deixamos de lado a responsabilidade social”, disse. “Hoje liberamos quase R$ 500 milhões, mas quero registrar também que para a educação aumentamos em R$ 10 bilhões a verba para este orçamento. E vou autorizar o ministro Mendonça Filho, daqui a alguns meses, pleitear um aumento dessa verba, fundamental para aqueles que utilizam a merenda escolar.”

    O ministro Mendonça Filho destacou que o reajuste no repasse do Pnae é mais uma etapa das melhorias na educação básica do país que o MEC vem desenvolvendo atualmente. “Em algumas comunidades, os alunos têm na escola a única refeição. O aumento vai refletir na vontade dos alunos de ir à escola e terem mais energia na sala de aula para aprender, ou seja, teremos resultados também no desempenho escolar. Não existe educação de qualidade sem a valorização dos alunos e dos professores”.

    Já o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva, reforçou que o aumento vai refletir tanto na quantidade como na qualidade dos alimentos adquiridos pelas escolas, além de movimentar a economia. “Isso significa o aumento de compras de itens de alimentação básica, como arroz, feijão, mingau por parte das prefeituras. Nós temos exemplos de locais onde a merenda se acaba antes do tempo e isso é fruto da falta de correção dos valores nos últimos oito anos, que deve começar a ser corrigido”, comentou.

    Reforço – A cerimônia no Palácio do Planalto também contou com a presença de dezenas de alunos e merendeiras de todo o país, que comemoraram o reajuste. “A notícia é muito boa, porque hoje precisamos da doação de alimentos para complementar o lanche e tentar seguir os padrões que os nutricionistas pedem”, declarou Osmarina Pereira, responsável pela merenda da Escola Vereador Antônio Laurindo, em Iporá (GO). “Chegamos a preparar duas refeições, porque muitos dos alunos não têm o que comer em casa.”

    Quando tem carne com arroz na Escola Classe 314 Sul, em Brasília, é o dia que Ana Julia Silva, de nove anos, mais gosta da merenda. Ela também foi prestigiar a assinatura do ato de liberação do dinheiro para os estados e municípios. Carne com arroz é o prato preferido, mas Ana Julia não dispensa as outras opções do cardápio, como pão de queijo e leite com achocolatado. “Depois que eu lancho fico com mais disposição e vontade de estudar.”

    Pnae – O Pnae foi implementado pelo governo federal em 1955 com o objetivo de contribuir para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem, o rendimento escolar e formação de hábitos alimentares saudáveis dos estudantes brasileiros. Atualmente, 6 mil nutricionistas e 80 conselheiros de alimentação escolar estão cadastrados no programa.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Abacaxi, banana, arroz, milho, feijão, farinha de mandioca e farinha de mesocarpo, extraída do coco do babaçu, são os principais alimentos produzidos por 22 assentamentos da região de Pedreiras, no médio Mearim, Maranhão. Segundo a Associação em Áreas de Assentamento no estado (Assema), pelo menos 35% dos agricultores da região têm condições de vender produtos para a alimentação escolar, como estabelece a Lei nº 11.947, de 16 de junho deste ano.


    Parte da produção dos assentados é vendida às escolas por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Mas a possibilidade de negociação direta com os municípios vai fortalecer a produção e movimentar a economia local. “A possibilidade da venda direta estimulará os agricultores a produzir mais e com mais qualidade”, afirma Ronaldo Carneiro de Sousa, técnico da Assema.


    Em Tocantins, a situação não é diferente. A abertura de mercado para a agricultura familiar representa uma reviravolta na vida dos assentados da região do Bico do Papagaio. “A venda por parte dos pequenos produtores será ampliada”, afirma Iramar Cardoso da Silva, técnico agropecuário. “Com essa garantia, eles poderão planejar melhor a produção e, para os alunos, a qualidade da alimentação vai melhorar, já que os produtos são naturais e não há utilização de produtos químicos.”


    Além dos assentados da reforma agrária, a Resolução nº 38/2009 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que disciplina as normas criadas pela Lei nº 11.947/2009, dá prioridade à compra de alimentos de quilombolas e indígenas. Segundo Antonio José da Costa, representante da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), grande parte dos quilombolas produz alimentos apenas para o próprio consumo, mas a possibilidade de vendê-los para a alimentação escolar pode mudar essa realidade: “Abriu-se a perspectiva de fomentar a produção, gerar emprego e renda nessas comunidades e melhorar a qualidade de vida”, destacou.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • A prefeitura de São Paulo avaliou a capacidade de produção e logística de 29 cooperativas de agricultores familiares interessadas no fornecimento de produtos para a merenda escolar. Em audiência pública realizada na sexta-feira, 25, na Secretaria de Educação, as entidades indicaram os produtos e a quantidade que podem entregar. Estiveram presentes representantes de 18 cooperativas paulistas e de entidades de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

    “Vamos analisar todas as propostas e ampliar a variedade da compra de alimentos desse setor”, disse o presidente da comissão de processamento da chamada pública, Rodrigo Ribeiro Sousa. O edital definitivo de compra dos produtos ainda não tem data de publicação definida. Pela Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, pelo menos 30% dos recursos repassados a estados e municípios pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) devem ser investidos na compra de produtos da agricultura familiar.

    A distribuição dos gêneros alimentícios será acompanhada de perto pela prefeitura. “Temos uma boa estrutura de armazéns para estocar produtos não perecíveis, mas precisamos estudar soluções para o recebimento de perecíveis, principalmente quando vierem de outros estados”, afirmou Sousa.

    O representante da Cooperativa de Agricultura Familiar Integrada do Paraná, Álvaro Jun Guibu, reconhece que as despesas com transporte e armazenagem encarecem o preço final, o que dificulta o fornecimento em termos nacionais: “A logística sempre é o nosso maior gargalo para entregar alimentos em outros estados”, disse. A cooperativa é formada por 17 entidades associadas e cerca de cinco mil famílias produtoras. “Somos uma região muito forte na produção de trigo”, afirmou Guibu.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
  • Desde que a alimentação servida nas mais de 500 escolas do Amazonas passou a incluir produtos regionais, em 2012, os estudantes passaram a consumir peixes como pirarucu, aruaná e mapará, frutos como açaí, banana-pacová e cupuaçu, além de outros itens como abóbora, batata-doce e farinha de tapioca.

    Na Escola Estadual Senador Flávio da Costa Brito, na zona oeste de Manaus, que tem 382 alunos, matriculados em turmas dos anos iniciais do ensino fundamental, a medida tem sido bem recebida. “Todos os produtos oferecidos são bem aceitos pelas crianças”, diz a diretora da instituição, Eliana Nascimento. “Elas comem com prazer e satisfação, sabendo da importância de seus benefícios.”

    Para a pedagoga, que está há 29 anos no magistério e há dez na direção, a boa alimentação é de grande importância para o desempenho e a aprendizagem dos alunos. Eliana ressalta que os profissionais responsáveis pela merenda participam, semestralmente, de cursos de treinamento promovidos pela Secretaria de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc) do Amazonas. O objetivo é oferecer alimentação escolar preparada com base em padrões de higiene. “Nossa merenda contribui para formar hábitos saudáveis, pois oferecemos diariamente uma alimentação diferenciada, nutritiva e saborosa”, destaca.

    Na Escola Estadual Professora Hilda de Azevedo Tribuzy, na zona norte da capital amazonense, a merenda também é apreciada pelos estudantes. Segundo a diretora, Simone Odalea de Castro e Costa, os produtos regionais, contribuem para isso. “O que é servido é do paladar dos alunos”, garante. “Se fossem produtos de outras regiões, haveria risco de rejeição.”

    Com 2.350 alunos, a escola atende estudantes do ensino fundamental regular durante o dia e da educação de jovens e adultos, à noite. De acordo com a diretora, a merenda é a principal refeição do dia para muitos. “A alimentação escolar contribui para que os alunos tenham mais concentração nos estudos”, justifica. Com licenciatura em geografia e pós-graduação em gestão escolar, Simone está há 11 anos no magistério, três dos quais na direção.

    Fátima Schenini

     

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  • Ao montar uma pirâmide alimentar, estudantes da escola de Tocantins aprendem o que é alimentação saudável, capaz de contribuir para o crescimento e o bem-estar (foto: arquivo da EE de Combinado)Inconformada ao observar que as crianças trocavam, no dia a dia, o lanche equilibrado da escola por salgadinhos e doces, a professora teve a certeza de que era hora de agir. Assim, elaborou projeto pedagógico para conscientizar os alunos do quarto ano da Escola Estadual de Combinado, município de 5 mil habitantes, em Tocantins, sobre a importância da alimentação correta para uma vida saudável.

    “Os alunos tinham dificuldades para se alimentar bem. Gostavam de frituras, balinhas, pirulitos, chicletes e doces o tempo todo”, diz a professora Anelice Marques de Souza. “Então, iniciei projeto sobre alimentação saudável, colorida e balanceada para contribuir com o crescimento e bem-estar deles.”

    O primeiro passo, teórico, baseou-se no conteúdo dos livros didáticos. As crianças foram em seguida apresentadas à pirâmide alimentar. Com a turma dividida em grupos, cada aluno teve a tarefa de levar gravuras para a construção de uma pirâmide. Na base, os alimentos que fornecem energia para o corpo (cereais, pães, raízes); no alto, os mais calóricos e que devem, portanto, ser consumidos em menor quantidade, como gorduras e açúcares. “Eles aprenderam sobre a quantidade de cada tipo de alimento que deve ser ingerida diariamente”, explica Anelice.

    Para estimular a descoberta de sabores, a professora investiu em piquenique com a criançada. Sobre a toalha estendida no pátio da escola, frutas, sucos naturais, água e biscoitos com cereais. “Estou feliz com o resultado”, revela a professora. “Os pais enviaram bilhetes contando sobre a mudança na alimentação dos alunos: aquele que não tomava leite passou a gostar; tinha aluno que não comia banana, outro que não gostava de laranja.”

    Segundo a professora, o projeto foi um sucesso e reduziu em 80% o consumo das guloseimas. “As crianças rejeitavam a merenda escolar, que tem cardápio preparado com o apoio de nutricionistas, para comprar doces, refrigerantes e salgadinhos na vendinha”, conta.

    Transformação— Os alunos aprenderam também sobre as doenças causadas pela má alimentação. “Falei da anemia, da obesidade infantil, da pressão alta porque as pessoas consomem muito sal”, enumera Anelice. O trabalho de conscientização teve resultado também nas casas dos estudantes. “A gente sempre trabalha buscando a transformação”, afirma a professora.

    O projeto tornou-se um complemento da horta escolar. As hortaliças e os legumes plantados e aproveitados na merenda deixaram de ser rejeitados. “Fiquei satisfeita e realizada quando a mãe de uma aluna revelou, durante reunião, que o projeto causara mudança na alimentação da filha”, destaca Anelice. “Com o estudo, a criança percebeu a importância dos nutrientes do feijão, que antes não consumia, no funcionamento do organismo, e passou a diversificar o prato.”

    A professora recebeu em 2012 o Prêmio Professores do Brasil, do Ministério da Educação, que na sexta edição selecionou os 40 melhores projetos pedagógicos de escolas públicas. Anelice pretende continuar com o projeto neste ano letivo. (Rovênia Amorim)

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  • O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) é um dos exemplos de política pública eficaz de combate à fome, de acordo com relatório divulgado nesta terça-feira, 16, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O documento Estado da insegurança alimentar no mundo 2014, publicado por aquela instituição, estima que 805 milhões de pessoas sofrem de fome no mundo, mas mostra também que esse número diminuiu em mais de 100 milhões na última década.

    De acordo com a FAO, o Brasil está entre os países que tiveram melhor desempenho na redução do número de famintos. Em 1990, 14,8% dos brasileiros passavam fome, percentual que caiu para 1,7%, conforme o relatório. Com esse índice, o Brasil sai do Mapa Mundial da Fome, que inclui países em que o problema afeta pelo menos 5% da população.

    “O Brasil não só superou a meta, estabelecida no ano 2000, de reduzir pela metade o percentual de pessoas desnutridas até 2015, como bateu a meta em números absolutos, o que é mais complicado, pois houve crescimento da população”, afirma Adoniram Sanches, oficial de Segurança Alimentar da FAO para América Latina e Caribe.

    O relatório aponta o Pnae como um dos pilares da política de segurança alimentar e nutricional no Brasil. Criado em 1955, o programa serve refeições diariamente a 43 milhões de estudantes da educação básica – número de pessoas equivalente a toda a população da Argentina. “A alimentação escolar é um programa fundamental no combate à insegurança alimentar e ainda contribui para melhorar o aprendizado dos alunos, além de promover hábitos alimentares saudáveis, o que impacta positivamente na saúde dos estudantes”, diz a coordenadora-geral do Pnae, Albaneide Peixinho.

    O Centro Municipal de Educação Infantil Alcina Maria de Carvalho, em Trindade (GO), é uma das escolas que ajudaram o Brasil a superar a fome. Lá, são fornecidas cinco refeições diárias a alunos de até cinco anos.

    “Quando as crianças estão bem alimentadas elas dormem melhor, prestam mais atenção nas aulas, têm um melhor aprendizado e ficam até mais calmas”, afirma a diretora, Romilda Ferreira Barbosa Freire.

    O Programa Nacional de Alimentação Escolar ainda abrange ações de educação alimentar, incentivando hábitos saudáveis de alimentação, e ajuda a agricultura familiar. Do total de recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) por meio do Pnae, pelo menos 30% devem ser destinados à compra direta de agricultores familiares. Essa determinação também reforça o desenvolvimento local, já que grande parte dos recursos investidos na aquisição da alimentação escolar fica no próprio município.

    Assessoria de Comunicação Social

    Acesse o documento Estado da insegurança alimentar no mundo 2014(em inglês)


  • Os 62 anos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) foram comemorados nesta terça-feira, 11, em solenidade no auditório do MEC, com o lançamento do segundo concurso anual de melhores receitas, envolvendo merendeiras de todo o país. Além do ministro da Educação, Mendonça Filho, estavam presentes o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Silvio Pinheiro,e representantes de organismos estrangeiros.

    Mendonça Filho destacou a prioridade que o governo federal tem dado a iniciativas que contribuem para um ensino público de melhor qualidade no Brasil. Uma delas foi a decisão, neste ano, de aumentar em 20% os valores dos repasses da União para a merenda escolar aos estados e municípios, após anos de defasagem.

    “É um programa compartilhado que teve reduzida a importância da participação federal no orçamento necessário à sua viabilização”, apontou. “Retomando esse reajuste, mostramos claramente a nossa postura de prestigiar e reconhecer algo que vem dando certo e que contribui de forma efetiva para a educação.”

    Graças ao Pnae, são servidas 50 milhões de refeições por dia para 41 milhões de estudantes. O trabalho conta com a atuação de 6 mil nutricionistas. Para 2017, estão sendo investidos recursos de R$ 4 bilhões.

    O ministro Mendonça Filho destacou a decisão do governo de aumentar os valores dos repasses para a merenda escolar. (Foto: Rafael Carvalho/MEC)

    Repercussão – Silvio Pinheiro, presidente do FNDE, autarquia vinculada ao MEC responsável pela distribuição dos recursos do Pnae, salientou que o programa tem ultrapassado fronteiras e, por isso, também vem chamando a atenção de outros países, muitos na América Latina, como Costa Rica e México. “Todos os meses temos servidores que viajam para fora, a fim de mostrar o nosso trabalho”, explicou.

    O fato de ser um programa que atravessa inúmeros governos foi igualmente lembrado por Gustavo Chianca, assistente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). “O Brasil, hoje, está ‘bem na foto’”, destacou. “Por meio de uma pesquisa feita recentemente, a FAO anunciou que saiu do mapa da fome. Menos de 5% da população brasileira se enquadrava na faixa de insegurança alimentar. Um dos fatores para esse resultado é a alimentação escolar, referência internacional.”

    Benefícios – Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome da ONU, enumerou alguns reflexos positivos comprovados do programa: redução do abandono escolar, maior aprendizado (quando o estudante está bem-alimentado) e desenvolvimento econômico local – pois 30% dos produtos comprados são da agricultura familiar. Segundo Balaban, em algumas nações de origem muçulmana, o programa tem contribuído também para a igualdade de gênero. “Aumentam as matrículas de meninas pelos pais, porque elas passam a ter o que comer fora de casa”, situou.

    Mas saciar a fome não é a única preocupação. Pelo menos por parte das merendeiras, a comida precisa ser saborosa. É onde fica em evidência o papel desta importante categoria, representada na cerimônia do MEC por Maria de Lourdes Fidelis, de Matelândia (PR). Ganhadora da primeira edição do Concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar com o prato vencedor Torta nutritiva de arroz, ela revela um dos segredos do sucesso de suas colegas: “A gente não precisa de temperos industrializados. Importante é amor, carinho e dedicação”.

    Assessoria de Comunicação Social


  • O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) completou 63 anos em 2018. Ele é coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação. São mais de 50 milhões de refeições por dia servidas para 42 milhões de alunos da educação básica de todo o país.  Este é o tema do programa Educação no Ar desta semana, transmitido às quintas-feiras na TV NBR, às 9h50. 

    Na hora do lanche, o cheirinho gostoso da sopa toma conta do Jardim de Infância 2, do Cruzeiro, cidade do Distrito Federal. “Eu gosto da comidinha da escola”, conta Eduardo Bezerra, de quatro anos, que garantiu que sua comida preferida é justamente a sopinha servida na escola. E quem prepara as refeições sabe que não basta elaborar uma boa receita, mas é preciso dedicação e carinho.

    “Primeiro, é ter os temperos corretos que possa usar e segundo não é só cozinhar. E tudo o que você faz com amor vale a pena. Principalmente, quando se cuida dessas crianças aqui, doces e amáveis que eu amo de coração”, disse a merendeira da escola, Neura Guedes.

    O Pnae é uma política de Estado e todos os alunos da educação básica do país são atendidos. “A partir do momento em que os alunos estão expostos a uma alimentação que não é aquela ofertada na casa dele, eles têm uma formação crítica sobre o que vão ingerir ao longo da vida”, destaca Kellen Pedrollo, diretora do Programa de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação do Distrito Federal. “Quanto mais cedo essa consciência começar a ser formada, com certeza, com mais naturalidade isso vai se perpetuar na vida deles.”

    Universal - A coordenadora-geral do Pnae, Karine Santos, lembra que o programa é dedicado a todos os alunos da educação básica – começa a atender estudantes na educação infantil e vai até o ensino médio, passando pela Educação de Jovens e Adultos, entre outros, nas mais de 160 mil de todo o país. Os repasses são feitos em até 10 parcelas ao longo do ano, considerando o número de alunos matriculados, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia que também é vinculada ao MEC.

    “Depois de quase sete anos sem nenhum aumento nos valores per capita do Pnae, em 2017 tivemos incremento de até 20% por etapas e modalidades e ensino. Para 2018, o valor repassado pela União aos entes municipais e os estados está na casa de R$ 4 bilhões”, detalha a coordenadora do programa. O valor dos repasses deve ser utilizado integralmente para a aquisição de alimentos.

    A fiscalização e o monitoramento da execução do programa são realizados pelo FNDE com monitoramento in loco, mas também por sistema de prestação de contas, e conta também com a parceria de órgãos de controle, como Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério da Transparência e o Ministério Público.

    Sobre os conselhos de alimentação escolar, Karine explica que são formados em sua maioria pela comunidade escolar. “A atuação dos conselhos é fundamental para a boa execução do Pnae. Hoje temos no Brasil mais de 80 mil conselheiros que cuidam da alimentação escolar em nossos estados e municípios”, disse.

    De acordo com ela, embora o percentual mínimo de aquisição de alimentos da agricultura familiar seja de 30%, muitos municípios já fazem 100% da compra dessa forma. O grande desafio é garantir a produção desses alimentos e operar o programa.

    A diretora defende que o ambiente escolar é fundamental para a formação de hábitos alimentares mais saudáveis. “Impacta diretamente nos estudantes, mas transcende os muros da escola. Esse é o nosso objetivo”, conclui a diretora do Pnae.

    Assessoria de Comunicação Social

  • País sul-americano com 470 mil habitantes, o Suriname enviou ao Brasil uma delegação para conhecer de perto o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A visita faz parte do projeto de cooperação entre os dois países para aprimorar o modelo de compra e distribuição da merenda às escolas surinamesas.

    A delegação participou, na manhã desta segunda-feira, 3, de uma reunião com o presidente do FNDE, Daniel Balaban, e, à tarde, embarcou com técnicos do Pnae para Paragominas, no Pará, onde vão acompanhar a execução do programa no município.

    Marco legal – No encontro, o presidente do FNDE destacou a importância de um marco legal para garantir uma alimentação escolar de qualidade. “Para assegurar a continuidade de um programa de tal importância, é fundamental que ele esteja previsto em lei”, afirmou.

    “Buscamos um programa sustentável, que faça a comunidade se inserir na escola, e acreditamos que o modelo de alimentação escolar brasileiro pode nos indicar bons caminhos de atuação”, disse o secretário de educação do Suriname, Ruben Soetosenojo.

    Um desses caminhos pode ser o uso de produtos de agricultores familiares na merenda, segundo Albaneide Peixinho, coordenadora geral do Pnae.

    Modelo– O bom êxito do programa de alimentação escolar brasileiro transformou-o em referência internacional no setor. Hoje, 13 países mantêm acordos de cooperação com o FNDE para aprender com o Pnae. Entre eles estão Cabo Verde, Moçambique, Timor Leste, Colômbia e Suriname.

    Os próximos passos no acordo com o Suriname são ajuda técnica do FNDE na elaboração de uma legislação para o programa e assistência na criação de sistemas informatizados de gestão.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
  • O Dia Mundial da Alimentação é comemorado nesta terçaa-feira, 16 de outubro, em todo o planeta. O tema deste ano – Cooperativas Agrícolas Alimentam o Mundo – está bem ligado a uma das diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que determina que 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a merenda escolar devem ser investidos na compra direta de produtos da agricultura familiar, sobretudo de agricultores reunidos em associações ou cooperativas.

    O orçamento do Pnae para este ano é de R$ 3,3 bilhões, o que significa que um valor em torno de R$ 990 milhões deve ser usado para a aquisição de gêneros alimentícios produzidos por agricultores familiares. Essa compra de produtos da agricultura familiar torna a alimentação servida nas escolas mais saudável, variada e com respeito aos hábitos locais. E também impulsiona a economia local, já que boa parte dos recursos federais para a alimentação escolar fica no próprio município.

    “O país tem dados passos fundamentais para a erradicação da fome e tem sido exemplo para o resto do mundo, por combinar estratégias de crescimento econômico e aumento da produção agrícola com políticas públicas específicas de luta contra a fome, como os programas Fome Zero e Bolsa Família”, afirma Helder Muteia, representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil.

    Dados divulgados pela FAO mostram a evolução do combate à desnutrição no país. O número de pessoas subnutridas no Brasil diminuiu de 23 milhões, no período 1990/92, para 13 milhões (2010/12). Somente nos últimos três anos, houve redução de 15 milhões (2007/09) para 13 milhões (2010/12), representando uma queda de 13%.

    “O caso do Brasil demonstra que se uma sociedade se propõe a erradicar a fome e, para isso, converte a segurança alimentar e nutricional em uma política de Estado, podem ser realizados enormes avanços a curto prazo”, avalia Raúl Benítez, representante regional da FAO para a América Latina e Caribe.”Os múltiplos programas que integram o Fome Zero atacam as raízes profundas do problema multidimensional da fome. Além disso, garantem redes de segurança social que protegem os mais vulneráveis dos choques econômicos dos últimos anos”, prossegue.  

    O Pnae é uma das ações que integram o Fome Zero, estratégia impulsionada pelo governo federal para assegurar o direito humano à alimentação adequada às pessoas com dificuldades de acesso aos alimentos. O programa oferece pelo menos uma refeição ao dia para alunos da educação básica das escolas públicas, visando atender as necessidades nutricionais de estudantes durante a permanência na escola, contribuindo para o crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e rendimento escolar, bem como para a formação de hábitos alimentares saudáveis.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
  • O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) completa 62 anos nesta sexta-feira, 31, com muitas conquistas a serem comemoradas. A mais recente foi a definição, no início deste ano, do reajuste no valor repassado pelo governo federal a estados e municípios, após sete anos sem aumento em todas as etapas da educação básica. Para os estudantes dos ensinos fundamental e médio regular, que representam 71% dos atendidos pelo programa, por exemplo, o reajuste foi de 20%.

    O aumento no valor per capita vai injetar mais R$ 465 milhões, somente este ano, na alimentação escolar dos alunos da rede pública. Com isso, o orçamento do Pnae para 2017 chega a R$ 4,15 bilhões. “O reajuste beneficia 41 milhões de estudantes da educação básica”, afirma Silvio Pinheiro, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação.

    O programa segue em constante evolução. Nos últimos anos, tornou-se uma política pública efetiva de educação alimentar. “O Pnae oferece mais de 50 milhões de refeições todos os dias, mas, além da oferta de alimentos, tem um olhar especial para o aprendizado dos estudantes sobre alimentação e nutrição. Esse foco na educação alimentar tem o poder de modificar hábitos alimentares de jovens e crianças e de promover a saúde”, sintetiza Pinheiro.

    Com reajuste no valor repassado a estados e municípios, programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) completa 62 anos (Foto: Mariana Leal/MEC - Arte: ACS/MEC)

    A aprovação da Lei nº 11.947, em 2009, é outro marco da história do Pnae. O normativo definiu que 30% dos recursos repassados pelo FNDE para alimentação escolar devem ser utilizados na compra direta de alimentos da agricultura familiar. Desde essa época, o programa reforça, a cada ano, o incentivo a esses agricultores.

     

    Desenvolvimento - “Boa parte dos recursos repassados pelo Pnae fica no próprio município. E isso promove a economia e o desenvolvimento local”, completa o diretor de Ações Educacionais do FNDE, José Fernando Uchoa, ao ressaltar que foi lançado concurso destinado a premiar práticas de sucesso na área. “O concurso é uma estratégia para fomentar as boas práticas da agricultura familiar e elevar a qualidade do que servimos para nossas crianças. Nós temos ótimas experiências pelo Brasil afora e queremos fazê-las conhecidas, mas queremos também reconhecer esse trabalho importante, premiando-os”.

    Os avanços do programa também têm impacto no exterior. Reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) como exemplo de sucesso na área de alimentação escolar, o Pnae serve como base para a implantação de programas similares em diversos países do mundo. “Já temos vários acordos de cooperação técnica e somos muito demandados por países da África, América Latina e Caribe”, enumera Karine Santos, coordenadora-geral do Pnae.

    Origem — Criado com o nome de Campanha de Merenda Escolar, em 1955, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), executado e gerenciado pelo FNDE, é a mais antiga política pública de segurança alimentar e nutricional do Brasil. O Pnae vem sendo aprimorado ao longo dos anos e visa contribuir com o desenvolvimento, o aprendizado, o rendimento escolar dos estudantes e a formação de hábitos alimentares saudáveis, por meio da oferta de alimentação escolar e de ações de educação alimentar e nutricional.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do FNDE 

  • PUBLICAÇÕES DO PROFUNCIONÁRIO

    1. FORMAÇÃO PEDAGÓGICA

    3. FORMAÇÃO TÉCNICA COMUM ÀS QUATRO HABILITAÇÕES:

    3.1. FORMAÇÃO TÉCNICA EM GESTÃO ESCOLAR

    3.2 FORMAÇÃO TÉCNICA EM MULTIMEIOS DIDÁTICOS

    3.3 FORMAÇÃO TÉCNICA EM MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO DA ESTRUTURA ESCOLAR

    3.4 FORMAÇÃO TÉCNICA EM ALIMENTAÇÃO ESCOLAR


  • Promover a alimentação saudável com entretenimento e valorização de quem é diretamente responsável por preparar as refeições de 45 milhões de estudantes em todo o país. É o que está previsto no programa Super Merendeiras, um reality show que vai ar na TV Escola a partir do segundo semestre deste ano e que contará com a participação de 10 merendeiras de todas as regiões do país. Elas vão concorrer entre si utilizando o que fazem de melhor: deliciosas receitas.

    A série terá 13 episódios de 26 minutos cada e as escolhidas para participar foram as vencedoras das duas edições do Concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar, promovido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação. FNDE e TV Escola assinaram um termo de cooperação técnica para realizar o programa.

    Duas delas vão para a grande final e uma será a grande vencedora. As receitas serão avaliadas por três jurados especialistas em alimentação e educação. Mas todas as participantes já são vencedoras, pois disputaram com cinco mil inscritas nas duas edições do Concurso Melhores Receitas.

    As merendeiras desempenham papel fundamental no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), ao colocar em prática os critérios estabelecidos para uma alimentação saudável, manipulando diretamente os alimentos e mantendo uma relação expressa com os estudantes. Por isso, a valorização dessas profissionais é fundamental para o sucesso do programa, que é o mais antigo do MEC, com início em 1942.

    “Isso para nós já é uma vitória”, conta a merendeira Maria de Lourdes, de Matelândia (PR). “Estar aqui, ser valorizada no dia a dia do trabalho, onde a gente está preparando alimentação para essas crianças, que muitas não têm em casa...” Ela adianta com qual prato pretende concorrer no programa: “Comentaram que minha receita foi muito boa. Eu penso em levá-la de novo, que é almondega de proteína de soja recheada com creme de milho verde, cenoura e abobrinha”, revela.

    As merendeiras vencedoras do Concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar participarão de programa na TV Escola (Foto: André Nery/MEC)

    O Super Merendeiras também pretende dar visibilidade às ações do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), promover a capacitação da mão de obra especializada, implementar as atividades do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e as ações estratégicas para o enfrentamento das doenças e de prevenção e controle da obesidade, além de ressaltar a importância de uma alimentação saudável e acessível.

    “Esse programa é muito importante para valorizar as merendeiras, o trabalho que elas fazem, a importância da merenda escolar para melhorar o dia a dia das crianças”, comenta a secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro. “E é muito importante para as crianças e para outras merendeiras do Brasil, porque essas supermerendeiras vão multiplicar boas ideias, boas receitas para o Brasil inteiro.” Ela lembra também que essas profissionais têm consciência dos produtos a serem utilizados no preparo das refeições e da adequação da alimentação para cada faixa etária.

    Público – O programa será voltado a alunos, professores, gestores, pais, profissionais da área de nutrição e formadores de opinião. Serão feitas gravações nas cidades de cada candidata para apresentar cada competidora. Já as provas serão realizadas no Rio de Janeiro, onde elas permanecerão durante 20 dias.

    O diretor geral da TV Escola, Fernando Veloso, comenta: “O programa conta com um formato consolidado no mundo inteiro, já existente em diversos países. O que consideramos o diferencial é esse caráter público e didático que nós daremos ao programa”, disse.

    O Pnae é responsável por servir mais de 50 milhões de refeições todos os dias para 45 milhões de estudantes de 160 mil escolas de todo o país. Por isso, o chefe de gabinete do FNDE, Rogério Fernando Lot, destaca a importância do Pnae para o respeito às tradições. “Defender o regionalismo é muito importante para as crianças porque elas vão encontrar na escola o alimento a que elas acostumadas. As merendeiras valorizam isso em suas receitas e para nós é importante porque reforça a diversidade do Brasil”, afirmou.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Finalista - Anilda BergerCriatividade e improviso foram os ingredientes que deram origem à receita do bolo salgado de arroz da merendeira Anilda Berger. Moradora na zona rural do município de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, Anilda, 51 anos, está entre os 15 finalistas do concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar. Promovido pelo Ministério da Educação em parceria com o Fundo de Desenvolvimento da Educação (FNDE) o concurso celebra os 60 anos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

    Descendente dos pomeranos – povo alemão originário da Pomerânia, que chegou ao Brasil no século 19 – Anilda nasceu e cresceu na roça. A única vez que saiu da fazenda onde mora foi há dez anos, para ir ao estado vizinho, Minas Gerais, vender alho com o marido e o tio na Central Estadual de Abastecimento (Ceasa) de Belo Horizonte.

    “Alugamos um caminhão e fomos. Na estrada fui vendo a paisagem diferente. Nunca tinha ido tão longe”, relembra a merendeira, que agora está na expectativa de realizar um sonho: viajar para mais longe ainda e “de avião”. Anilda vai preparar para as “autoridades de Brasília” a receita de sucesso entre os alunos da escola rural municipal Emuef Baixo Rio Pantoja, que fica a oito quilômetros da fazenda onde ela mora.

    Para ir e voltar todos os dias da escola onde trabalha, Anilda pilota uma “motinha”, comprada há dez anos com o salário de merendeira. Rotina completamente diferente da vida no campo onde plantava e colhia junto com a família. Ela conta que no início não pilotava bem e tinha medo das subidas e descidas da região serrana.

    “Até pensei em sair do emprego quando chegaram as chuvas. Persisti porque pouco antes de começar como merendeira eu tive filhos gêmeos. Não dava pra arriscar viver só da colheita”, conta. Hoje lembra orgulhosa que, antes da motocicleta, o primeiro salário foi para comprar uma máquina de lavar as roupas dos bebês.

    A merendeira Anilda Berger, nascida e criada na roça, subirá pela primeira vez num avião para mostrar em Brasília sua receita de sucesso (Foto: divulgação)Anilda trabalha há 21 anos como merendeira, mas lembra que a adaptação no emprego foi difícil, porque na roça a alimentação era com o que tinha e da forma que desse para preparar. “Cozinhava em casa sem orientação”, explica. Como merendeira, passou a seguir cardápio com as recomendações da nutricionista. “Era comida pra muita gente. Tive de fazer cursos e participar de treinamentos, além de ter horário para trabalhar. Era tudo novo pra mim.”

    Apesar da novidade, a receita que Anilda inscreveu no concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar é inspirada na necessidade pela qual passava em casa, quando misturava ao arroz o que tinha de legumes da plantação para fazer render a refeição do dia. Na escola, o bolo salgado de arroz foi criado há dois anos. “O cardápio da primeira semana de aula não chegou a tempo e improvisei com o que tinha”, conta. Anilda misturou ao arroz frango, leite e farinha de trigo. Juntou ainda tomate, cenoura e temperou com cebola, sal e cebolinha.

    De acordo com a merendeira, os estudantes começaram a pedir para repetir o cardápio nos outros dias. “A nutricionista da Secretaria Municipal (de Educação) veio conhecer o bolo salgado de arroz, provou, aprovou e o prato passou a fazer parte do cardápio da escola.”

    Anilda só teve oportunidade de estudar até a quarta série do ensino fundamental e se emociona ao comparar as condições de ensino para os meninos da roça hoje com os seus tempos de escola. “Agora os alunos chegam na escola têm merenda, fruta, lápis e caderno. Na minha época não tinha merenda. Levava de casa um pão e um ovo cozido para ter o que comer. Mudou muito. Para melhor”, afirma.

    Concurso – O concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar busca valorizar o papel das merendeiras e incentivar a prática de hábitos alimentares saudáveis no ambiente escolar, além de conscientizar toda a comunidade escolar sobre o tema.
    Na etapa final, prevista para os dias 28 e 29 de janeiro próximos, um júri selecionado deve apontar a iguaria mais saborosa e melhor elaborada de cada região do Brasil. As cinco vencedoras ganharão uma viagem internacional e um prêmio de R$ 5 mil.

    A primeira fase do concurso contou com a participação de merendeiras de todo o país. Foram inscritas 2.433 receitas. Desse total, 1.403 passaram pela fase eliminatória e foram submetidas, na etapa estadual, aos votos de presidentes de conselhos de alimentação escolar e nutricionistas cadastrados no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). As votações apontaram as 123 receitas que seguiram para a fase regional.

    Para participar da etapa regional, as merendeiras e merendeiros selecionados descreveram, na página eletrônica do concurso, uma atividade de educação alimentar e nutricional relacionada à sua receita. Em seguida, os presidentes dos conselhos de alimentação escolar e os nutricionistas cadastrados no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) escolheram as três melhores receitas de cada região.

    Foram utilizados os mesmos critérios da etapa anterior: criatividade, valorização de hábitos locais e a viabilidade de inclusão no Pnae – possibilidade de replicação no contexto da alimentação escolar. Agora, essas 15 receitas disputam a fase final do concurso. O bolo salgado de arroz da Anilda é uma dessas.

    Conheça a receita do bolo salgado de arroz

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    Assessoria de Comunicação Social

  • A proposta do concurso é valorizar o papel das merendeiras e incentivar a prática de hábitos alimentares saudáveis no ambiente escolar (arte: ACS/MEC)Reaproveitar alimentos é palavra de ordem para a merendeira Gerlinda Boening, 48 anos, que trabalha na escola pública municipal da zona rural de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo. O combate ao desperdício e a busca por uma alimentação sustentável levaram Gerlinda a uma criação de sucesso, o frango ao molho com casca de abóbora.

    A receita sustentável tornou-se uma das 15 finalistas do concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar. Promovido pelo Ministério da Educação, em parceria com o Fundo de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o concurso celebra os 60 anos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

    O segredo do prato está na simplicidade e sutileza da elaboração. Além de aproveitar a casca da abóbora, o modo de preparo orienta cozinhar os alimentos com pouca água para evitar o desperdício de nutrientes. Até a água do cozimento é reaproveitada.

    As dicas são frutos de anos de experiência de Gerlinda, que trabalha como merendeira há 29 anos. Ela começou a trabalhar em escola quando tinha apenas 18 anos. “Foi meu primeiro emprego. Cinco anos como contrato e depois passei em um concurso municipal. E não penso em me aposentar”, ressalta.

    A “merendeira sustentável”, como se define, começou cedo na arte culinária, na roça. “Tinha meus 12 anos quando aprendi, em casa, a fazer milagre com o que tinha”, conta. A experiência foi adquirida com a mãe e ajudou na profissão. “Vinte anos atrás não era fácil. Trabalhava sozinha para atender 150 alunos e não tinha geladeira na escola”, relembra.Trabalhar numa escola é motivo de orgulho para a merendeira Gerlinda Boening, que concluiu o ensino fundamental aos 30 anos (Foto: divulgação)

    Gerlinda foi uma das primeiras merendeiras de Santa Maria de Jetibá. Para ir de casa para a escola na zona rural andou a pé e enfrentou chuva até comprar uma moto. Chegou a levar algumas quedas nas estradas de chão, mas sempre estava preparada para os imprevistos do percurso. “Mantinha uma peça de roupa limpa no trabalho e quando chegava enlameada, eu trocava.”

    Trabalhar numa escola é motivo de orgulho para Gerlinda. De acordo com a merendeira, foi isso que a levou a concluir o ensino fundamental aos 30 anos de idade. “Eu tinha só até a quarta série e as professoras me ajudaram na aprendizagem”, conta.

    O gosto pelo reaproveitamento de alimentos aumentou com os estudos. “Aprendi que cascas e talos têm muitos nutrientes.” A merendeira também e a inventora do pão nutritivo adotado pela escola, que aproveita talos de verduras e legumes. A inovação não se limita aos pratos.

    Na hora da merenda, o refeitório é transformado em um ambiente de restaurante estilo self-service. “Os alunos escolhem o que querem comer e com quem sentar em mesas com quatro lugares que estão sempre com um arranjo em cima”, destaca.

    Gerlinda soube que era finalista no concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar por meio do celular. “Recebi uma mensagem da organização do concurso.” Para a merendeira, ser uma das 15 finalistas é uma verdadeira vitória. “Estou muito feliz e emocionada. Esse reconhecimento em quase 30 anos de serviço já valeu como prêmio”, conclui.

    Conheça a receita do frango ao molho com casca de abóbora

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Está proibido o uso de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a compra de refrigerantes, refrescos artificiais e outras bebidas com baixo teor nutricional para a merenda escolar. Já para enlatados, doces e alimentos com quantidade elevada de sódio, a aquisição fica restrita a 30% dos valores repassados. Estados e municípios terão até janeiro do ano de 2010 para adaptar seus processos licitatórios a essas exigências, previstas na Resolução no 38, que regulamenta a Lei no 11.947/09.


    O documento ressalta a importância da adoção de estratégias de educação alimentar e nutricional para assegurar uma comida saudável. Entre essas estratégias, estão a implantação e manutenção de hortas escolares, a inserção do tema alimentação no currículo escolar e a realização de oficinas culinárias experimentais.


    Cardápios– A oferta da merenda deve ser planejada para suprir desde 20% das necessidades nutricionais diárias de alunos que recebem uma refeição em período parcial até 70% dessas necessidades, quando os estudantes estiverem matriculados em período integral. Além disso, os cardápios devem ser diferenciados por faixa etária e também para os que necessitam de atenção específica, como os diabéticos.


    A resolução estabelece ainda parâmetros de oferta média diária de nutrientes e energia total na alimentação escolar, sendo 10% provenientes de açúcar simples adicionado, 15% a 30% de gorduras totais, 10% de gordura saturada, 1% de gordura trans e um grama de sal.


    Responsável técnico pela alimentação escolar nos estados e municípios, o nutricionista ganhou destaque na estrutura educacional, por coordenar o diagnóstico e o monitoramento da situação nutricional dos estudantes e por planejar o cardápio das escolas conforme a cultura alimentar e a vocação agrícola da sua região. Essas e outras atribuições estão listadas na resolução publicada nesta sexta-feira, 17, no Diário Oficial da União.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

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