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  • Os responsáveis pedagógicos de unidades prisionais e socioeducativas podem realizar, a partir desta segunda-feira, 2, a inscrição de pessoas privadas de liberdade e jovens sob medidas socioeducativas no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2014. O prazo vai até as 23h59 de 23 de junho (horário oficial de Brasília). A prova para esse público será realizada em 29 de julho (terça-feira).

    O exame é voltado para aqueles que não tiveram oportunidade de concluir o ensino fundamental na idade apropriada e desejam obter a certificação de conclusão dessa etapa. Os interessados em se submeter à prova deverão ter no mínimo 15 anos completos na data de aplicação do exame.

    Eles poderão ser inscritos em uma ou mais áreas do conhecimento avaliadas no exame: língua portuguesa (com redação), língua estrangeira moderna, educação física e artes; matemática; história e geografia; ciências naturais.

    Adesão – Os órgãos de administração prisional e socioeducativa dos estados e Distrito Federal que desejarem indicar unidades para aplicação do Encceja 2014 deverão firmar termo de adesão, responsabilidades e compromissos com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) até o dia 20 de junho, acessando o endereço eletrônico do órgão.

    Provas – As provas ocorrerão nas unidades indicadas pelos órgãos de administração prisional e socioeducativa de cada estado. Os participantes serão encaminhados aos locais das provas às 7h55 (horário de Brasília) para os testes aplicados pela manhã (ciências naturais, história e geografia), e às 13h55 (horário de Brasília) para as provas aplicadas à tarde (matemática, língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física e redação).

    Assessoria de Comunicação Social

     

    Acesse o sistema de inscrições no Portal do Inep

    Confira o edital do exame

  • O prazo final para a adesão de estados, municípios e Distrito Federal ao ciclo 2016 do programa Brasil Alfabetizado se encerrará em 20 de fevereiro. Nesta edição, 250 mil novas vagas serão ofertadas para alfabetização de jovens e adultos acima de 15 anos, cerca de 50% a mais que em 2015.

    De acordo com a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, Ivana de Siqueira, é importante que os estados e municípios não percam o prazo para fazer adesão ao novo ciclo do programa. “A alfabetização é uma porta de acesso à cidadania e permite que jovens e adultos participem de oportunidades de aprendizagem ao longo da vida e possam, também, despertar o interesse pela elevação da escolaridade”, disse.

    O MEC destinará, em 2017, R$ 132 milhões para custear despesas com material didático e pedagógico, formação dos alfabetizadores, alimentação e transporte dos alfabetizandos. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) mostram que, atualmente, mais de 12 milhões de pessoas com mais de 15 anos não são alfabetizadas. Esse número representa 8% da população nessa faixa etária.

    “O Programa Brasil Alfabetizado representa o esforço do MEC no sentido de impulsionar a oferta de alfabetização e educação de jovens e adultos em todo o território nacional, como responsabilidade solidária entre governo federal, estados e municípios”, afirma Ivana de Siqueira.

    Alfabetização – Criado em 2003, o Brasil Alfabetizado oferece apoio técnico e financeiro, em caráter suplementar, aos entes federativos, para a implementação de projetos que visem a superação do analfabetismo e a elevação de escolaridade da população acima de 15 anos. O programa é desenvolvido em todo o território nacional, com atendimento prioritário a municípios que apresentam alta taxa de analfabetismo.

    O ciclo de 2015, desenvolvido ao longo de 2016, foi executado por 191 entes federados e atendeu a 168 mil alfabetizandos, em 17.445 turmas. Nesse mesmo ano, o programa contou com 17.088 alfabetizadores, 2.902 coordenadores e 105 tradutores intérpretes de libras.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estão abertas a partir desta sexta-feira, 10, até 31 de agosto, as inscrições para a Medalha Paulo Freire, premiação voltada para a divulgação, reconhecimento e estímulo de experiências em educação de jovens e adultos. De abrangência nacional, o prêmio, concedido desde 2005, contempla iniciativas de inovação metodológica ou curricular.

    Podem participar da premiação experiências que tiveram início anterior a julho de 2014, com execução durante todo o ano de 2015. Elas devem estar vinculadas às secretarias de educação, universidades, movimentos sociais e organizações não governamentais. As inscrições devem ser feita pelas instituições.

    Essa edição do prêmio tem como tema A Articulação da Continuidade dos Estudos e a Interface com o Mundo do Trabalho na Perspectiva da Educação e Aprendizagem ao Longo da Vida. O resultado será divulgado em novembro próximo, com a entrega das medalhas em dezembro.

    A Medalha Paulo Freire é uma iniciativa do Ministério da Educação, sob a coordenação e execução da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, da Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos (Cnaeja) e de representantes dos fóruns estaduais e distrital de educação de jovens e adultos.

    Ana Cláudia Salomão

  • Estudantes do ensino fundamental, do ensino médio e da educação de jovens e adultos podem concorrer este ano ao Prêmio Escola criando histórias em quadrinhos sobre a prevenção da Aids, das doenças sexualmente transmissíveis, gravidez juvenil e das drogas. Podem participar escolas públicas e particulares. As inscrições vão até 31 de agosto.

    Os prêmios para os alunos autores das histórias e seus professores, do primeiro ao terceiro lugar, são uma viagem turística e cultural ao Rio de Janeiro, MP3 player e kit de materiais de leitura. Cada escola pode concorrer com um trabalho do ensino fundamental e outro do ensino médio. A história em quadrinhos deve ser produzida sobre uma cartolina ou papel-cartão branco com material permanente – tinta, lápis, giz de cera, grafite.

    Não serão aceitos quadrinhos produzidos em computador, com colagens, decalques, logomarcas governamentais e dos promotores do concurso, imagens e desenhos de natureza apelativa.

    O concurso Prêmio Escola 2009, que está na 8ª edição, é promovido pelos ministérios da Educação e da Saúde, com o apoio das agências das Nações Unidas: Unesco, Unicef e do Fundo de População (Unfpa). Os detalhes do prêmio e a ficha de inscrição estão no regulamento na página eletrônica da Unesco.

    Ionice Lorenzoni
  • O campus Ouro Preto do Instituto Federal de Minas Gerais está formando a primeira turma de técnicos em joalheria do ensino público do país. São 10 alunos do curso integrado ao ensino médio na modalidade educação de jovens e adultos. Como trabalho de conclusão de curso, os alunos vão montar uma exposição de jóias entre os dias 1º e 5 de julho. O vernissage será nesta quinta-feira, 30, às 19h, na Casa do Gonzaga, em Ouro Preto (MG).

    O técnico em joalheria é o profissional que atua junto à indústria joalheira e de lapidação, em órgãos governamentais ligados à joalheria e gemologia, podendo ser autônomo ou desempenhar atividades técnicas específicas.

    Segundo o professor e coordenador do curso, Benedito Deceza, a profissão exige o estudo de mineralogia e gemologia, ourivesaria (montagem de jóias) artesanal e industrial, cravação de pedras e design de jóias. Os formando também aprenderam a fazer peças de artesanato em pedra-sabão, um tipo de rocha muito utilizado na região, reproduzindo a flora e a fauna.

    O curso é voltado para jovens com 18 anos completos e adultos que tenham concluído o ensino fundamental. É um curso profissionalizante integrado ao ensino médio. O currículo busca fazer uma integração entre formação humana mais geral, formação para o ensino médio e formação profissional.

    O curso tem três anos e meio de duração. Todo o curso é presencial e as disciplinas técnicas são ministradas em laboratórios específicos e bem equipados. O campus Ouro Preto foi o primeiro a incluir o curso no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.

    De acordo com o coordenador Benedito Deveza, com o curso o aluno pode vir a ter várias ocupações: designer de jóias, fabricante ou comerciante. As pessoas também podem ser autônomas e ter sua própria oficina. Os jovens, segundo ele, procuram o curso para se aperfeiçoar, pois em geral têm algum parente no ramo. Os adultos pretendem ser úteis à comunidade ao fazer restaurações e os aposentados querem montar seu próprio negócio em casa.

    Segundo o diretor do campus, Arthur Versiani Machado, Ouro Preto é o maior centro de exploração do topázio imperial. Só há jazidas desse mineral na cidade mineira e na Rússia.


    Ana Júlia Silva de Souza
  • Um grupo de professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo produziu material didático de matemática que pode ser empregado em vários cursos. O conteúdo foi idealizado para permitir a integração curricular de disciplinas de conhecimentos gerais e de disciplinas profissionalizantes.

    O material contém fichas temáticas que propõem problemas com base na experiência de vida e profissional dos alunos — pessoas com mais de 18 anos de idade que completaram o ensino fundamental e agora cursam o ensino médio integrado ao ensino profissionalizante. O campus de Vitória do instituto capixaba oferece cursos do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) em edificações, metalurgia e segurança do trabalho.

    Segundo o professor Rony Cláudio de Oliveira Freitas, coordenador de especialização do Proeja, o material serve de estímulo a outras instituições na criação do próprio material didático de matemática, com base nas especificidades de cada uma.

    Ana Júlia Silva de Souza
  • A partir de segunda-feira, dia 14, professores e diretores de escolas públicas e entidades parceiras do programa Brasil Alfabetizado poderão fazer a indicação dos livros didáticos que serão usados no próximo ano por jovens e adultos matriculados em turmas de alfabetização. As orientações para a escolha, que deve ser feita até 22 de janeiro, estão à disposição, na internet.


    A indicação dos livros envolve uma série de regras a serem observadas para garantir a transparência e a lisura do processo. As normas estão especificadas no termo de acordo. Dele constam os compromissos de cada instituição de ensino com o uso e sigilo da senha de acesso ao sistema e medidas para evitar problemas, como o assédio de editoras.


    A carta de orientações para a escolha explica a importância da consulta prévia ao Guia do Livro Didático, que reúne informações detalhadas sobre as obras aprovadas pelo Ministério da Educação e indica os procedimentos necessários para o registro dos livros selecionados pelas escolas.


    Criado para ajudar no combate ao analfabetismo a partir dos 15 anos, o Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA) distribuiu, em 2009, 2,8 milhões de livros. Foram 36 títulos, num investimento de R$ 18,8 milhões.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • Estados, municípios e o Distrito Federal podem fazer sua adesão ao ciclo 2016 do programa Brasil Alfabetizado a partir desta segunda-feira, 19. Nesta fase, serão ofertadas 250 mil novas oportunidades para alfabetização de jovens e adultos com 15 anos ou mais. O Ministério da Educação vai repassar R$ 132 milhões para custos com material didático e pedagógico, formação dos alfabetizadores, alimentação e transporte dos alfabetizandos.

    “No processo de adesão, os entes executores – estados e municípios – devem apresentar os projetos, a quantidade de alfabetizandos e de alfabetizadores, e explicar como vai ser a formação dos alfabetizadores e como serão organizadas as turmas”, explica a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Ivana de Siqueira. “Eles também deverão indicar como pretendem utilizar os recursos”, complementa. O prazo para adesão a esse ciclo será estendido até o final de fevereiro do próximo ano.

    A oferta de vagas em 2016 supera em 50% o número disponível no ciclo 2015, ainda em execução. Nesta fase, 168 mil pessoas estão sendo alfabetizadas em todo o país. Atualmente, 12,8 milhões de brasileiros com mais de 15 anos não são alfabetizados, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). “A alfabetização de jovens e adultos é uma ação compartilhada, que deve ser executada em regime de cooperação”, destaca Ivana. “É uma responsabilidade da União com estados e municípios.”

    O Brasil Alfabetizado é um programa voltado à alfabetização de jovens, adultos e idosos, que atende as pessoas excluídas do processo de educação em razão das desigualdades sociais. A secretária do MEC ressalta, no entanto, que ele é uma iniciativa do governo federal para incentivar estados e municípios a abrir os seus próprios ciclos de alfabetização. “O processo de alfabetização não pode terminar com a conclusão de um curso. O estado e o município também devem apresentar as possibilidades de continuidade dessa educação para o alfabetizando que começou agora o processo de escolarização”, afirma.

    A resolução Nº 9, de 16 de dezembro, que abre o ciclo 2016 do programa Brasil Alfabetizado e estabelece os procedimentos para a adesão dos entes executores, foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 19, e republicada na quinta-feira, 22. O processo de adesão deverá ser feito por meio da página do programa. Dúvidas poderão ser esclarecidas pelo telefone (61) 2022.9171.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Foto: Wanderley PessoaA Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação lança na sexta-feira, 4, o edital do Programa Nacional do Livro Didático para Educação de Jovens e Adultos (Pnldeja), em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A iniciativa, inédita, vai beneficiar cerca de 5,7 milhões de estudantes.

    A partir do lançamento, editoras interessadas devem fazer a pré-inscrição das obras no FNDE, pela internet. A Secad será responsável pela avaliação dos títulos, que devem atender critérios estabelecidos pelo edital. Pela primeira vez, serão contempladas publicações de educação de jovens e adultos específicas para educação no campo, educação escolar indígena e quilombola e educação em prisões.

    O Pnldeja incorpora o Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA), responsável pelo atendimento a estados e municípios participantes do programa Brasil Alfabetizado e a escolas públicas com turmas de alfabetização. O novo programa amplia o atendimento, com a inclusão de segmentos de educação de jovens e adultos que correspondem ao ensino fundamental.

    O processo de indicação das obras também será diferente em relação ao PNLD para o ensino regular. As escolas terão ampla participação no processo, mas a escolha será centralizada pelas secretarias municipais e estaduais de educação, que definirão as obras para todas as escolas.

    De acordo com o diretor de políticas de educação de jovens e adultos do Ministério da Educação, Jorge Teles, o fornecimento do livro didático completa um ciclo de institucionalização da educação de jovens e adultos como política pública de Estado. Outros avanços conquistados foram a inclusão dessa modalidade de ensino no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), nos programas de transporte e merenda escolar e no Guia de Tecnologias.

    Teles destacou, ainda, a formação de professores e alfabetizadores, em cursos a distância, pelo sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e, de forma presencial, por universidades públicas.

    Juliana Meneses
  • Conheça a história e as ações do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja)

  • ABERTA A ADESÃO AO PNLA 2009 para as redes públicas de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal e Futuras Entidades parceiras do PBA 2009 Até o dia 30 de abril de 2009


    Adesão

    As redes públicas de ensino que ofereçam turmas de alfabetização na modalidade educação de jovens e adultos e as futuras entidades parceiras do PBA 2009 que desejarem receber livros didáticos, em 2009, deverão aderir ao PNLA por meio da assinatura do Instrumento de Adesão que está disponível no Sistema Brasil Alfabetizado até o dia 30 de abril de 2009.
    (Após clicar no link acima, informe o CNPJ da instituição, o CPF do dirigente e selecione o Tipo de adesão “Rede Pública de Ensino” ou “Entidade parceira do PBA 2009”).


    Condições de participação – Redes públicas de ensino

    a) A efetivação do Instrumento dar-se-á mediante a distribuição das obras didáticas – livro do alfabetizando e manual do alfabetizador - aos alunos e aos professores de alfabetização da modalidade educação de jovens e adultos, de acordo com os dados do censo escolar da educação básica, realizado pelo INEP e com as competências dos partícipes do PNLA 2009 previstas na Resolução CD/FNDE nº 01, de 13 de fevereiro de 2009;
    b) As redes de ensino que optarem pelo recebimento das obras didáticas, para o período letivo de 2009, receberão a obra mais distribuída conforme a escolha realizada no exercício de 2008 em sua unidade federativa ou região;
    c) Para o PNLA 2010 e 2011, haverá um novo processo de escolha de obras didáticas, conforme regras específicas.


    Condições de participação – Futuras entidades parceiras do PBA 2009

    a) Compromisso em firmar o Termo de Adesão ao Programa Brasil Alfabetizado 2009 e executar suas ações;
    b) A efetivação da Instrumento dar-se-á mediante a distribuição das obras didáticas – livro do alfabetizando e manual do alfabetizador - aos alfabetizandos, alfabetizadores, tradutores-intérpretes de LIBRAS e coordenadores de turmas cadastrados no Sistema Brasil Alfabetizado – SBA 2009, conforme a Resolução CD/FNDE nº 01, de 13 de fevereiro de 2009;
    c) As entidades parceiras do PBA 2009 que optarem pelo recebimento das obras didáticas, para o período letivo de 2009, receberão a obra escolhida por sua entidade em 2008. As entidades que não aderiram ao PNLA 2008 receberão a obra mais distribuída conforme a escolha realizada no exercício de 2008 em sua unidade federativa ou região;
    d) Para o PNLA 2010 e 2011, haverá um novo processo de escolha de obras didáticas, conforme regras específicas.

  • Pescadores do Rio Paraguai, em Cáceres, com idades que variam de 30 a 80 anos, fazem curso de alfabetização e do ensino fundamental com profissionalização na área em que já trabalham (foto: guiadapesca.com.br)Pescadores do Rio Paraguai e pequenos agricultores de uma comunidade tradicional do município de Cáceres, em Mato Grosso, são protagonistas de projeto de alfabetização de jovens e adultos e ensino fundamental combinado com educação profissional, ganhador da Medalha Paulo Freire de 2011. O projeto Proeja-Fic, que reúne as duas comunidades, é desenvolvido há dois anos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, em Cáceres.

    Estão envolvidos no projeto 138 pescadores e 68 agricultores. O curso completo tem duração de quatro anos e meio, com certificação correspondente ao ensino fundamental.

    De acordo com a coordenadora do projeto, Inêz Aparecida Deliberaes Montecchi, o Proeja-Fic [Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos na Formação Inicial e Continuada Integrada com Ensino Fundamental] oferece dois cursos. Um com cinco turmas de pescadores, piloteiros de barcos e cozinheiros de hotéis e restaurantes da orla do Rio Paraguai. O outro reúne pequenos produtores rurais de Vila Aparecida, distante 50 quilômetros do centro urbano de Cáceres.

    Para os pescadores, que têm idade de 30 a 80 anos, o instituto federal criou curso de alfabetização e ensino fundamental com profissionalização na área de pescados. A parte profissionalizante compreende uma série de itens, como coleta de peixes, limpeza, conservação, alimentação e segurança do trabalho. O curso é intensivo no período do defeso — época do ano em que a pesca é proibida —, que vai de novembro a fevereiro, com aulas das 17 às 21 horas, e de março a outubro, com aulas mensais em acampamentos à beira do rio.

    De acordo com Inêz, as atividades dos alunos são acompanhadas pelos professores, nesses acampamentos, durante os oito meses de pesca liberada. No transporte, são usados dois barcos, de 6 metros de comprimento e motor de 20 HP, adquiridos pelo instituto com recursos da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação. O acampamento mais distante fica próximo da reserva ecológica Paiamã, a quatro horas de barco a partir de Cáceres.

    Trabalham com os pescadores cinco professores da Secretaria de Educação de Cáceres, parceira do projeto. Eles abordam o conteúdo das disciplinas básicas do ensino fundamental. Outros cinco professores do instituto ensinam o conteúdo de educação profissional na área de pescados.  Conforme a coordenadora do projeto, os 138 pescadores já estão alfabetizados.

    Agricultores — O curso para os agricultores da Vila Aparecida tem o mesmo núcleo básico do ensino fundamental agregado à formação profissional em processamento de produtos de origem animal — produção de leite, queijo, iogurte, linguiça e hambúrguer; higiene e manipulação; perigos da reprodução de bactérias e contaminação.

    As aulas acompanham o período letivo convencional, ministradas das 17h30 às 21h30 — o horário foi escolhido pelos alunos. Segundo Inêz, 23 alunos de uma das três turmas que iniciaram as aulas em janeiro receberão certificados em fevereiro próximo. Os demais, todos já alfabetizados, seguem com as aulas e a formação profissional.

    Na Vila Aparecida, as aulas de alfabetização e das disciplinas do ensino fundamental são ministradas por seis professores do município. A formação profissional está sob a responsabilidade de cinco professores do instituto.

    Ionice Lorenzoni

    Confira os cinco projetos ganhadores da Medalha Paulo Freire, entregue no dia 14 deste mês, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB)


  • Foto: Wanderley PessoaA Medalha Paulo Freire, que reconhece experiências e políticas bem sucedidas de educação de jovens e adultos, será entregue a quatro entidades na próxima quinta-feira, 17. A premiação será feita após a abertura do 11º Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos, que acontece em Belém, de 17a 20.

    Receberão a Medalha Paulo Freire, o programa Reescrevendo o Futuro, da Universidade do Estado do Amazonas; o projeto Cine Sesc, do Sesc Ler, de Quixeramobim (CE); o projeto Experimental de Educação de Jovens e Adultos, da secretaria municipal de educação de Divinópolis (MG); e o projeto Relendo o Mundo pelas Lentes da Educação, da secretaria municipal de Mangaratiba (RJ).

    Criada pelo Decreto nº 4.834/2003, mesmo instrumento que regulamentou o programa Brasil Alfabetizado, a Medalha Paulo Freire é concedida a universidades, secretarias e organizações da sociedade civil que se destacam pelo esforço na promoção da alfabetização de jovens e adultos no país. O prêmio, que tem o nome de um dos mais notáveis educadores brasileiros, foi entregue pela primeira vez em 2005.

    A medalha foi criada pelo artista e escultor pernambucano Francisco Brennand. A escolha de Brennand não considerou apenas o talento do artista, mas também a aproximação dele com Paulo Freire. Brennand (1927) e Freire (1921-1997) nasceram em Recife e ali iniciaram suas atividades. Foi também Francisco Brennand que ilustrou o primeiro material usado pelo educador na experiência com alfabetização de adultos, em Angicos (RN), em 1963.

    11º Encontro – O Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos vai discutir a Identidade dos Fóruns de EJA: conquistas, desafios e estratégias de luta. Participam do evento delegados dos fóruns de todas as unidades da Federação. O programa, a relação dos delegados e os documentos estão na página eletrônica do 11º Eneja.

    Ionice Lorenzoni
  • Chegou a hora para jovens e adultos que não concluíram os ensinos fundamental ou médio na idade adequada colocarem em prática seus conhecimentos e buscarem a tão sonhada certificação de conclusão. O teste final será no próximo domingo, 5, quando ocorre a aplicação do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja Nacional 2018), em 592 municípios de todo o Brasil. As provas serão realizadas nos turnos matutino e vespertino.

    Este ano, mais pessoas farão o Encceja Nacional. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação que é responsável pela aplicação do exame, mais de um milhão de pessoas deve se submeter às provas. As inscrições para esta edição bateram recorde e alcançaram 1.695.607 inscritos. Desse total, 356.326 desejam obter o certificado de conclusão do ensino fundamental e 1.339.281, do ensino médio.

    É importante conferir os locais de prova na página do participante, e se o documento com foto usado na inscrição está válido e em bom estado. Além disso, é preciso verificar os documentos permitidos pela organização do Encceja 2018 para garantir presença em sala de aula, de preferência os utilizados no ato da inscrição. Entre os aceitos, estão passaporte do Mercosul, cédula de identidade (RG) e Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

    O Encceja Nacional é direcionado aos jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos em idade própria e que atendam ao artigo 38, parágrafos 1º e 2º, da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996: tenham, no mínimo, 15 anos completos na data de realização do exame, para quem busca a certificação do ensino fundamental; ou, no mínimo, 18 anos completos na data de realização do exame, para quem busca a certificação do ensino médio.

    A edição 2018 abrange 28 municípios a mais que em 2017, cuja edição marcou o retorno da certificação do ensino médio para o exame e teve 1.575.561 inscritos, o equivalente a 7,08% a menos que em 2018. O exame foi realizado pela primeira vez em 2002 para aferir competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não concluíram o ensino fundamental ou ensino médio na idade adequada. Antes, a certificação para alunos da educação de jovens e adultos (EJA) era feita por meio de provas realizadas pelas secretarias municipais ou estaduais de educação, outra opção para obtenção do certificado.

    Certificado - Embora seja organizado e aplicado pelo Inep, a emissão do certificado e declaração de proficiência no exame aos jovens e adultos é de responsabilidade das secretarias estaduais de educação e dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, que firmam termo de adesão para participarem do exame.  

    Os testes têm quatro aplicações, com editais e cronogramas distintos: Encceja Nacional para residentes no Brasil; Encceja Nacional PPL, para residentes no Brasil privados de liberdade ou que cumprem medidas socioeducativas; Encceja Exterior, para brasileiros residentes no exterior; e Encceja Exterior PPL, para residentes no exterior privados de liberdade ou que cumprem medidas socioeducativas. As aplicações fora do Brasil são realizadas em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

    Além desta edição do Encceja Nacional, o Inep aplicará o Encceja Exterior, no dia 16 de setembro, para os brasileiros que vivem em outros países. Também serão realizadas avaliações para pessoas privadas de liberdade (PPL) no Brasil, em 18 e 19 de setembro, bem como no exterior, entre os dias 17 e 21 de setembro.

    Acesse a página do participante no portal do Inep.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Proeja - Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - Educação Profissional Técnica de Nível Médio / Ensino Médio

     

    Proeja - Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - Formação Inicial e Continuada / Ensino Fundamental

     

    Proeja - Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - Educação Profissional e Tecnológica Integrada à Educação Escolar Indígena

     

    Fórum Proeja - Carta de Santa Maria

    Fórum Proeja - Carta de Belo Horizonte

     

    Documento final Proeja 2007

     

    Encontro Proeja FIC 2010

     

    Folder do Programa (versão Português, Inglês e Espanhol)

     

  • Mil oitocentos e doze brasileiros que moram fora do Brasil vão sair de casa no domingo, 15 de setembro, para buscar qualificação. Eles vão realizar o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos residentes no exterior (Encceja Exterior). A prova será aplicada em 18 cidades de 12 países.

    O exame permite que jovens e adultos que não tiveram oportunidade de concluir os estudos na idade apropriada possam tentar o certificado em ensino fundamental e médio.

    O Encceja Exterior, assim como o regular, é elaborado e aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

    O Encceja Exterior 2019 acontecerá em:

    • Bruxelas (Bélgica);
    • Barcelona e Madri (Espanha); 
    • Boston, Houston, Nova Iorque e Miami (Estados Unidos);
    •  Paris (França);
    • Caiena (Guiana Francesa);
    • Amsterdã (Holanda);
    • Roma (Itália);
    • Nagoia, Hamamatsu e Tóquio (Japão);
    • Lisboa (Portugal); 
    • Londres (Reino Unido);
    • Genebra (Suíça);
    • Paramaribo (Suriname).

    Dicas – Os endereços dos locais de prova já estão disponíveis na Página do Participante. O Inep recomenda que cada inscrito imprima e leve, no dia da aplicação, o Cartão de Confirmação da Inscrição. O documento contém informações pessoais, número de inscrição, endereço onde o participante realizará a prova e recursos solicitados.

    A prova – O exame é composto por quatro provas objetivas, cada uma com 30 questões de múltipla escolha, e uma redação. Para a certificação do ensino fundamental, o participante é avaliado em ciências naturais; matemática; língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física e redação; e história e geografia.

    Já para o ensino médio, as áreas avaliadas são ciências da natureza e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; linguagens e códigos e suas tecnologias e redação; e ciências humanas e suas tecnologias.

    Após a aprovação do candidato, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília e o Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro, que firmaram Acordo de Cooperação Técnica junto ao Inep, ficam responsáveis pela emissão dos certificados.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • O sistema de irrigação foi criado coletivamente a partir das experiências dos estudantes (Arte: ACS/MEC)Projeto pedagógico desenvolvido com os alunos da educação de jovens e adultos (EJA) no Centro Educacional Sesc Ler, no município de Acauã, Piauí, foi além da sala de aula. Iniciado em 2013, durante período de escassez de água, comum naquela região do Semiárido, o projeto Agricultura Familiar em Contexto: da Vivência à Sobrevivência possibilitou o cultivo de frutas e verduras na escola e na residência dos alunos.

    O sistema, que usa garrafas plásticas e um equipo — dispositivo usado em aplicação de soro para controle de fluxo e dosagem de líquidos —, foi criado coletivamente com os estudantes a partir de suas próprias experiências. De acordo com o professor Almir Francisco de Sousa, a sala de aula, “apropriando o contexto dos alunos, repensa com eles novas possibilidades, a partir da própria realidade, para nela intervir”.

    Usado inicialmente em uma plantação de melancias na horta da escola, o projeto foi disseminado entre as famílias dos alunos e passou a ser adotado em diferentes locais e com outras espécies de plantas. Isso foi possível por se tratar de uma tecnologia artesanal, que aproveita materiais reciclados, como embalagens de refrigerantes e de sabonetes líquidos.

    Segundo Almir, hoje na direção do centro educacional, a experiência reafirma a importância da condição do professor enquanto aprendente. “É na escuta dos alunos que precisamos focar o nosso saber-ouvir”, diz. “Devemos enxergá-los como participantes no processo de definição do currículo, na organização do planejamento e na avaliação, a partir de suas necessidades de aprendizagem, com o desafio de torná-las significativas e contextualizadas à realidade.”

    De acordo com o professor, a colheita das melancias foi o principal indicador do resultado do experimento e comprovou a funcionalidade do sistema de irrigação. “A aplicabilidade da tecnologia construída, simples e acessível, que ultrapassou os muros da escola e chegou aos quintais e roças dos alunos e seus familiares, irrigando outras culturas, como caju, abóbora, laranja e goiaba, foi um benefício significativo provocado pela invenção”, avalia.

    Premiação — Agraciado com menção honrosa, em abril deste ano, durante a premiação da Medalha Paulo Freire, promovida pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, o projeto continua a desenvolver ações, testes e experimentos. Assim, o sistema de irrigação foi instalado recentemente em uma goiabeira do pomar da escola, enquanto outra árvore da mesma espécie foi deixada exposta ao clima característico da região. “O resultado foi notório: a árvore com o sistema de irrigação produziu frutos viçosos e em maior quantidade ao receber dosagem controlada e sem desperdício de água; a outra frutificou em menor quantidade e de forma atrofiada”, revela Almir.

    Pedagogo, com especialização em gestão escolar e em docência dos anos iniciais do ensino fundamental, das populações do campo e carcerária, na modalidade da educação de jovens e adultos, Almir, 30 anos, ingressou no Sesc Ler há seis, na função de professor, nessa área. Mas sua experiência com a EJA tem mais tempo. “Comecei aos 16 anos, com alfabetização solidária, dando aulas na casa de um aluno”, revela. “Ao perceber a carência e a necessidade dos estudantes em recuperar o tempo perdido, meu gosto pela área aumentou.”

    Além de aulas a turmas da EJA do primeiro ao quarto ano do ensino fundamental, no período noturno, o Centro Educacional do Sesc Ler oferece aulas de educação infantil, de manhã; à tarde, de orientação escolar, recreação e lazer, por meio do Projeto Habilidades de Estado (PHE).

    Estímulo — Para Rozenilda Castro, coordenadora estadual do Projeto Sesc Ler Piauí, o trabalho com diferentes comunidades no campo da educação de jovens e adultos tem sido, antes de tudo, um estímulo à inventividade no currículo e nas estratégias pedagógicas para a permanência dos alunos em sala de aula. “Os desafios nos alertam, mas é na busca de superações que focamos os nossos olhares e as nossas ações”, analisa.

    De acordo com a coordenadora, muitas vezes, basta escutar os alunos com muita atenção, pois eles dão pistas o tempo todo. “Então, fazemos um exercício constante com nossa equipe pedagógica: o que os alunos nos dizem? E o que fazemos com o que escutamos dos nossos alunos?”

    Há 30 anos no Sesc Piauí e há 12 no Projeto Sesc Ler — desde que foi implantado no estado —, Rozenilda coordena cinco centros educacionais do Serviço Social do Comércio (Sesc), nos municípios de Acauã, Guaribas, Piripiri, São João do Piauí e São Raimundo Nonato. Pedagoga, com mestrado em educação, ela cursa doutorado em educação na Universidade Federal do Piauí (UFPI).

    Fátima Schenini

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  • Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade e Luiz Gonzaga integram um time de autores consagrados que serão lidos por brasileiros jovens e adultos que estão aprendendo a ler nas cidades e nas áreas rurais. Textos literários de 12 autores fazem parte da publicação O pequeno livro das grandes emoções, que a Unesco, em parceria com o Ministério da Educação, lança nesta quarta-feira, 2, em Belém.

    Poemas, contos e letras de músicas compõem a coletânea reunida em 60 páginas ilustradas. O grupo de escritores é formado por Quintana, Drummond, Paulo Mendes Campos, Clarice Lispector, Cora Rónai, Victor Giudice, Humberto Teixeira, Luiz Gonzaga, Lygia Fagundes Telles, Chico Buarque, Marina Colasanti e Cora Coralina. O livro é parte das atividades da Unesco para promover a Década da Educação, que começou em 2003 e vai até 2012.

    O pequeno livro das grandes emoções também será o principal instrumento de trabalho de uma oficina de leitura para alunos e professores da educação de jovens e adultos de escolas públicas de Belém. A oficina acontecerá nos dias 2 e 3 de dezembro, no Centro de Estudos Supletivos Professor Luiz Otávio Pereira, sob a coordenação da professora e escritora Maria Valéria Rezende, segunda colocada no Prêmio Jabuti de literatura 2009. O lançamento da publicação e a oficina integram as atividades da 6ª Conferência Internacional de Educação de Jovens e Adultos (Confitea), que acontece em Belém, de 1º a 4 de dezembro.

    Entre os objetivos da publicação da Unesco e do MEC estão o de promover o contato de jovens e adultos recém-alfabetizados com textos literários de qualidade e de diversos estilos.

    Ionice Lorenzoni
  • O MEC trabalha para garantir a continuidade dos estudos de jovens e adultos recém-alfabetizados (Foto: Arquivo/MEC) As redes públicas do ensino fundamental podem solicitar ao Ministério da Educação a antecipação de recursos para manter novas turmas de educação de jovens e adultos que ainda não foram contempladas pelo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). É isso que diz a Resolução 48, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em vigor desde outubro de 2012.

    A antecipação tem o objetivo de garantir o ingresso imediato de recém-alfabetizados das áreas urbanas, do campo, das prisões, de quilombolas e indígenas, explica o diretor de políticas de educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), Mauro José da Silva.

     

    Os recursos se destinam a diversas ações, como o pagamento de professores e de materiais didáticos. “Nossa meta é ampliar o atendimento, fixar o aprendizado e o letramento, assegurar a continuidade dos estudos a que esses cidadãos têm direito”, explica Mauro da Silva. No ano seguinte ao ingresso na educação de jovens e adultos, quando a escola preencher o censo da educação básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), essas turmas entram no fluxo anual do Fundeb.

     

    O censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados coletados em 2010, dá o quadro da realidade do país: dos 65 milhões de jovens e adultos sem o ensino fundamental, apenas 3,9% estão matriculados na educação de jovens e adultos; e dos 22,3 milhões sem o ensino médio, 4,8% estão em turmas de jovens e adultos. O diretor explica que foi para modificar essa realidade que o FNDE publicou a Resolução 48/2012.

     

    Cursos– Conforme a Resolução 3/2010 do Conselho Nacional de Educação, que traz as diretrizes operacionais para a educação de jovens e adultos, são as redes públicas de ensino que definem aspectos como a duração dos cursos e a idade mínima para ingresso e prestação de exames. O formato mais usado no ensino fundamental divide o período em duas fases: anos iniciais – do primeiro ao quarto ano – e anos finais – do quinto ao nono. Cada fase pode ser cumprida em dois anos.

     

    Para apoiar esses estudantes, o MEC criou o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD-EJA), que reúne obras específicas para o público adulto. Aos estudantes de toda a educação básica pública – da educação infantil ao ensino médio, incluindo jovens e adultos – o governo federal garante a merenda e o transporte escolar.

     

    No ensino médio, a educação de jovens e adultos tem duração de 1.200 horas. Em 2014, o Ministério da Educação vai distribuir livros didáticos específicos para eles.


    Ionice Lorenzoni

     

    Confira a Resolução nº 48/2012

     

     

  • As redes de ensino de todas as unidades da Federação e municípios que possuem turmas de alfabetização e ensino fundamental na modalidade educação de jovens e adultos (EJA), assim como as entidades parceiras do Programa Brasil Alfabetizado, devem fazer a adesão ao Programa Nacional do Livro Didático para Educação de Jovens e Adultos (PNLD EJA) até 27 de agosto.

    O PNLD EJA incorpora o Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA), atualmente responsável pelo atendimento dos estados e municípios participantes do Brasil Alfabetizado e das escolas públicas com turmas de alfabetização. O novo programa amplia o atendimento, incluindo o primeiro e o segundo segmentos de EJA, que correspondem aos anos iniciais e finais do ensino fundamental regular.

    A iniciativa, que vai beneficiar cerca de 5,7 milhões de educandos, em 2011, é da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    O processo de escolha das obras também traz um diferencial em relação ao PNLD para o ensino regular. Os professores e gestores das escolas têm ampla participação no processo, mas a escolha será coordenada pelas secretarias municipais e estaduais de educação, que definirão as obras para todas as suas escolas.

    As turmas de alfabetização das redes de ensino e do Brasil Alfabetizado serão contempladas com livros didáticos de alfabetização de jovens, adultos e idosos que abrangem os componentes curriculares de letramento e alfabetização linguística e numeramento e alfabetização matemática.

    As redes que oferecem ensino fundamental na modalidade EJA que fizerem essa opção receberão materiais de história e geografia regionais destinados ao primeiro e segundo segmentos.

    As turmas do primeiro segmento de EJA contarão com coleções didáticas, abrangendo os componentes curriculares de alfabetização (língua portuguesa e matemática), de língua portuguesa, matemática, ciências, história, geografia e arte.

    Já o segundo segmento da modalidade de ensino será beneficiado com coleções didáticas que abrangerão os componentes curriculares de língua portuguesa, matemática, ciências, história, geografia, arte e língua estrangeira moderna (inglês ou espanhol).

    O processo de adesão pode ser feito na página do PNLD na internet. Os interessados devem consultar também as orientações para adesão ao PNLD EJA 2011 na página eletrônica da Secad.

    Juliana Meneses

    Orientações para a adesão ao PNLD EJA 2011


    Matéria republicada com alteração de informações
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