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  • Localizada no distrito de Torreões, na área rural de Juiz de Fora, a Escola Municipal Dom Justino José de Sant’Anna oferece educação em tempo integral desde o início de 2007, por iniciativa da Secretaria de Educação do município mineiro. A escola tem cerca de 280 alunos, matriculados em turmas da educação infantil ao nono ano do ensino fundamental. Todos participam de atividades nos dois turnos, de segunda a sexta-feira.

    “Os alunos que atendemos são provenientes das camadas populares e moradores de zona rural; dificilmente teriam acesso a projetos tão diversificados se não existisse a escola de tempo integral”, ressalta a pedagoga Renata Rodrigues Rainho. Professora de português e matemática, Renata explica que a escola aderiu ao programa Mais Educação e oferece aos alunos a oportunidade de escolher os projetos dos quais pretendem participar no decorrer do ano letivo. Esportes, informática, artes, música (flauta e violão), jornal e rádio escolares são algumas das atividades disponíveis. Também são oferecidas oficinas, que servem como suporte para os estudos de forma mais sistemática. Nelas, os estudantes podem rever conteúdos de português e matemática.

    “A educação integral trouxe a oportunidade de vivenciar práticas pedagógicas mais atraentes e significativas para os estudantes, de forma a potencializar a aprendizagem e o prazer de aprender”, analisa Renata. Para ela, a educação integral também possibilitou uma reavaliação das práticas educativas em relação ao currículo e à organização do espaço e do tempo escolar. “Quanto ao currículo, o desafio é realizar trabalhos interdisciplinares na escola. É um grande desafio, diário e coletivo”, diz. “O currículo diversificado proporciona uma visão multifacetada dos conhecimentos de forma geral e com temas específicos, o que enriquece sobremaneira a aprendizagem.” Há 23 anos no magistério, Renata tem mestrado em gestão escolar.

    Qualidade — Professora de apoio à coordenação, Terezinha Cristina Campos de Resende acredita que todas as atividades oferecidas pela escola interferem positivamente na qualidade da educação dos alunos. Seja a oportunidade de estudar em tempo integral, com apoio pedagógico extraclasse, seja participar de iniciativas culturais, esportivas e de lazer gratuitas, sempre com a orientação de profissionais especializados.

    Responsável pela oficina de teatro nos horários matutino e vespertino, Terezinha diz buscar, ao máximo, a valorização do trabalho coletivo, a integração, a socialização e o respeito pelo outro. “Todos participam e colaboram de alguma forma”, afirma.

    Segundo a professora, a maioria dos estudantes adora o palco. Mesmo os mais tímidos podem dar contribuição, em funções como a de ajudante de cena, figurinista, sonoplasta e contrarregra. Formada em letras, com mestrado e doutorado em linguística, Terezinha está no magistério há 25 anos.

    Oportunidades — Entre os benefícios da educação integral, o diretor da instituição, professor Heraldo José Gonçalves Maciel, cita a retirada de crianças e adolescentes das ruas, integração entre os setores da escola e o oferecimento de oportunidades, especialmente com relação a oficinas e atividades. “Ainda falta muita coisa para chegarmos ao que realmente entendemos como educação em tempo integral, mas estamos buscando aperfeiçoar sempre, com o apoio e a dedicação de toda a equipe da escola”, afirma. “Cada dia é um desafio, mas também uma alegria ver que estamos conseguindo implantar ideias a respeito da educação integral em que acreditamos.”

    Com graduação em geografia e em comunicação social (jornalismo) e pós-graduação em cartografia, Maciel está no magistério municipal há 26 anos.

    A Escola Municipal Dom Justino José de Sant’Anna funciona em tempo integral para todos os segmentos, diariamente, de 8h10 às 16h30.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • As escolas públicas de educação básica pré-selecionadas para participar, este ano, do programa Mais Educação têm prazo até o dia 28 deste mês para aderir ao programa e apresentar planos de trabalho. A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação ampliou o prazo, que venceria na segunda-feira, 28 de fevereiro, para as instituições de ensino manifestarem interesse em oferecer educação integral.

    Das 16 mil escolas pré-selecionadas, 13.582 já apresentaram os planos de atividades. O objetivo do MEC é conseguir a adesão de pelo menos 15 mil escolas e oferecer educação integral a cerca de três milhões de estudantes.

    Para que a escola seja aceita no programa e receba recursos do MEC — em média, R$ 37 mil por unidade escolar —, precisa informar o número de alunos a serem atendidos, indicar as atividades oferecidas, apontar quantos monitores serão necessários e quem vai coordenar a educação integral. Os dados devem ser registrados no Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec), ao qual a escola tem acesso por meio de senha.

    Com base na quantidade de estudantes informada pela escola, o MEC determina o valor dos recursos a serem enviados. O repasse, em cota única, cabe ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Criado em 2007, o programa Mais Educação começou a funcionar efetivamente em 2008. Desde então, passou de 386 mil para 2,2 milhões de estudantes atendidos em tempo integral, especialmente no ensino fundamental urbano.

    Ionice Lorenzoni
  • A partir do segundo semestre deste ano, 4,4 mil escolas públicas de ensino fundamental terão educação integral, por meio do programa Mais Educação. Essas escolas tiveram cadastro aprovado para receber recursos destinados a atividades de esporte, cultura e lazer no contraturno das aulas.

    Na última quarta-feira, 10, encerrou-se o prazo para que as escolas se cadastrassem para receber os recursos do programa Mais Educação. A meta era alcançar 5 mil escolas. O Ministério da Educação vai, agora, fazer uma análise para diagnosticar o motivo pelo qual as outras 600 escolas não tiveram cadastro aprovado e substitui-las.

    Assim, novo prazo para cadastramento será aberto no próximo dia 22. Nessa etapa, também entrarão 150 escolas que oferecem ensino médio, nos dez estados com o mais baixo Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) neste nível de ensino.

    Os prefeitos das cidades aptas a participar do Mais Educação receberão os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em 15 dias a partir da assinatura dos planos de atendimento. O valor varia para cada escola, já que depende do número de alunos matriculados e do tipo de atividade oferecida.

    De acordo com a diretora de educação integral da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Jaqueline Moll, as escolas já iniciarão as atividades extraclasse em agosto. Os professores dessas escolas passarão por formação específica para trabalhar com educação integral, por meio de videoconferências, materiais pedagógicos e cursos de extensão, seminários e fóruns promovidos por universidades federais.

    Tanto os professores quanto os diretores das escolas e os gestores das redes estaduais e municipais podem consultar os cadernos sobre educação integral, disponíveis neste portal. Os cadernos foram elaborados com o propósito de ampliar o debate nacional sobre o tema, relatar modos de fazer educação integral em parceria com as comunidades e auxiliar a prática dos professores.

    As escolas de ensino fundamental atendidas pelo programa se situam em 129 municípios com mais de 100 mil habitantes, incluindo todas as capitais. No conjunto das escolas que receberão recursos do MEC durante o ano para oferecer atividades no contraturno das aulas, estão aquelas que registraram Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de até 3,5 pontos em 2007, os municípios atendidos pelo Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça, e cidades com mais de 50 mil habitantes próximas das regiões metropolitanas.

    Letícia Tancredi
  • Recursos de R$ 174,9 milhões estarão à disposição de aproximadamente 5,5 mil escolas públicas de todo o país, esta semana, para financiar a educação integral. O repasse é feito pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), a escolas participantes do programa Mais Educação.

    Os recursos destinam-se a unidades de ensino que oferecem pelo menos sete horas diárias de aula e reforço de atividades de aprendizagem, artísticas, culturais e de lazer. As escolas usam o dinheiro em transporte e alimentação de monitores, compra de material e contratação de serviços necessários para o desenvolvimento das atividades. Participam do Mais Educação 33 mil escolas de ensino básico de todos os estados.

    Os valores transferidos a cada unidade de ensino podem ser conferidos na página do FNDE na internet.

    Assessoria de Imprensa do FNDE

  • Resolução do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), publicada na segunda-feira, 9, no Diário Oficial da União destina recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para três tipos de ações das escolas públicas que aderiram ao programa Mais Educação. A jornada da educação integral deve ser, no mínimo, de sete horas diárias ou 35 horas semanais.

     

    Um dos repasses é para cobertura de despesas de custeio e capital destinado a todas as escolas do programa. A verba pode ser empregada numa série de ações: aquisição de materiais de consumo, contratação de serviços, ressarcimento de despesas com transportes, pagamento de voluntários, monitores. O valor do repasse, em cota única, varia de R$ 3 mil a R$ 9 mil por escola, de acordo com o número de estudantes registrados no censo escolar no ano anterior. O recurso é para seis meses.

     

    A segunda verba discriminada na resolução é para as 8.562 escolas de educação integral que vão abrir seus espaços para receber a comunidade aos sábados ou domingos, feriados ou férias escolares. O repasse mensal do governo federal será de R$ 1.088,60 para unidades com até 850 estudantes; de 1.217,20 para escolas com 851 a 1.700 alunos; e de R$ 1.345,80 para aquelas com mais de 1.700 estudantes. O repasse será feito durante seis meses.

     

    O terceiro recurso é para as 16 escolas de educação integral que participam do projeto Escola Intercultural de Fronteira. O objetivo é incentivar atividades de intercâmbio cultural, intensificar, melhorar e consolidar o ensino bilíngue. Essa verba deverá ser empregada na aquisição de materiais literários, didático-pedagógicos e de consumo, serviço de transportes de professores e alunos, equipamentos, mobiliário. Escolas com até 400 alunos receberão R$ 15 mil; de 401 a 800, R$ 20 mil; e acima de 800 estudantes, R$ 25 mil.


    Mais recursos – De acordo com Leandro Fialho, coordenador de ações educacionais complementares da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, as escolas do programa Mais Educação recebem outras transferências do governo federal, além dos repasses objeto da Resolução nº 34/2013 do FNDE. Uma delas é para comprar kits para as atividades escolhidas no Plano e Atendimento da Escola. Neste caso, o valor varia de R$ 1.500 a R$ 8 mil por atividade escolhida. No conjunto das ações, segundo Leandro Fialho, a soma dos recursos do programa por escola alcança, em média, R$ 40 mil.

     

    Dados da diretoria de currículos da educação integral da Secretaria de Educação Básica do MEC mostram que 49.581 escolas estão no programa Mais Educação em 2013. Dessas unidades, 29.896 são da área urbana e 19.684 estão no campo.

     

    Os recursos financeiros transferidos pelo FNDE, relativos à resolução, publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira, 9, seção 1, páginas 28 a 30, serão depositados em conta bancária específica aberta pelo fundo na mesma agência bancária em que a escola recebe as verbas do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).


    Ionice Lorenzoni


    Leia a íntegra da Resolução nº 34/2013

     

    Republicada com correções e acréscimo de informações.

  • O debate sobre o currículo da escola pública estará em pauta em reunião técnica que acontece desta terça-feira, 13, a 15, em Brasília. Realizada pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, a reunião vai discutir a execução dos programas Ensino Médio Inovador (ProEMI) e Mais Educação.

    Participam das atividades cerca de 300 coordenadores regionais. Eles vão debater a expansão da educação integral em escolas urbanas e do campo e nos territórios do Brasil sem Miséria.

    O Mais Educação é uma estratégia do MEC para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na perspectiva da educação integral. Em 2012, o programa será ampliado. Foram pré-selecionadas como prioritárias 14,2 mil novas escolas públicas urbanas, mas para receber recursos do MEC, os gestores devem aderir ao programa. A expectativa do ministério é ter a participação de dez mil novos estabelecimentos no próximo ano.

    Ensino Médio – Instituido para incentivar as redes estaduais de educação a criar ações inovadoras para o ensino médio, o ProEMI passará a receber recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) em 2012. Os recursos serão aplicados para desenvolver ações de apoio e fortalecimento de novas propostas curriculares.

    As secretarias de educação dos estados e do Distrito Federal, após formalizada a adesão ao ProEMI, deverão selecionar as escolas que participarão do programa e apresentar, até 29 de fevereiro de 2012, os projetos de reestruturação curricular dessas escolas.

    Os projetos de reestruturação curricular deverão contemplar, obrigatoriamente, ações nas áreas de acompanhamento pedagógico, iniciação científica e pesquisa. Os projetos também podem abordar os campos da cultura corporal, cultura e artes, comunicação e uso de mídias, cultura digital, leitura e letramento e participação estudantil.

    O ProEMI tem orçamento previsto em R$ 140 milhões e deve atender no próximo ano 2 mil escolas em 17 estados e no Distrito Federal.

    Diego Rocha
  • As possibilidades da escola na construção do currículo, tempos e espaços da educação integral, expectativas de aprendizagens, cultura digital, entre outros temas, serão abordados no encontro Currículo e educação integral na educação básica: desafios e possibilidades, que começou nesta quarta-feira, 21, e segue até sexta, 23, em Brasília. Participam secretários municipais e técnicos de secretarias estaduais.

    A secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, que participou da abertura do evento, destacou o quanto foi oportuno unir as questões sobre currículo e educação integral em uma mesma diretoria do MEC para que se tenha uma visão mais integrada da escola. Segundo ela, “a escola de educação integral é a vanguarda de um projeto que efetivamente está mudando a educação no país.”

    Já a secretária Municipal de Educação de Belo Horizonte, Macaé Maria Evaristo, que apresentou as experiências da capital mineira com a educação integral, defendeu que os gestores pensem o regime de colaboração entre os entes federados não apenas no quesito do financiamento. “É preciso construir responsabilidades também com a trajetória escolar das crianças e jovens.”

    Questões como o tempo e espaço da educação integral e percursos formativos foram apresentadas pelos pesquisadores Luiz Percival de Brito, da Universidade Federal do Oeste do Pará, e Bia Goulart, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Bia, que tem formação em arquitetura, apresentou dados de seus trabalhos sobre a relação da escola com a cidade. De acordo com Maria do Pilar, o Mais Educação, desenvolvido pelo MEC, é uma proposta contemporânea que provoca o diálogo da escola com a cidade.

    Mais Educação – Atualmente, cerca de 15 mil escolas públicas participam do Mais Educação. O programa foi iniciado em novembro de 2008, com a participação de 1.380 escolas, em 55 municípios de todas as unidades da federação, beneficiando 386 mil estudantes. Em 2009, foi ampliado para 5 mil escolas, em 126 municípios, com atendimento para 1,5 milhão de estudantes. Em 2010, 389 municípios aderiram ao programa, que foi estendido para cerca de 10 mil escolas e beneficiou 2,3 milhões de alunos.

    Assessoria de Imprensa da SEB


    Veja a programação do encontro.



  • A importância da educação em tempo integral é reconhecida pelos educadores que participam do seminário (Foto: João Neto/MEC)O 2º Seminário Internacional de Educação Integral em Jornada Ampliada discute a importância da educação integral para a formação da criança e do adolescente e apresenta experiências internacionais sobre o tema. Realizado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, o encontro acontece até esta sexta-feira, 29, em Brasília.

    A jornada escolar de sete horas diárias que caracteriza a educação integral é implantada pelo governo federal por meio do programa Mais Educação, coordenado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC com as secretarias estaduais e municipais de Educação.

     

    Criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007, o Mais Educação aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas. Sua operacionalização é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O objetivo é aumentar, além do tempo, os espaços e oportunidades educativas.

     

    De acordo com a diretora de currículos e educação integral da SEB, Jaqueline Moll, o seminário apresenta um balanço das ações do Mais Educação em seis anos de atividades. “As experiências podem servir como base comparativa, para conhecer as demandas da educação integral no mundo contemporâneo e as políticas públicas que as afetam”, disse ela. Desde sua implantação, em 2008, o programa passou de 1.380 escolas, naquele ano, para 49.510, este ano.


    Assessoria de Comunicação Social

     

     

  • As novas tecnologias vão auxiliar gestores escolares e professores a tomar decisões sobre a adoção de recursos técnicos que contribuam para a melhoria da educação básica (foto: arquivo Setec)O Ministério da Educação recebe, até 20 de janeiro de 2012, inscrições de recursos tecnológicos para o ensino básico (tecnologias educacionais) que tratem da educação integral e integrada da escola com seu território. A iniciativa visa a pré-qualificar tecnologias com potencial de utilização no desenvolvimento e no apoio aos processos educacionais em escolas urbanas e rurais.

    As inscrições estão abertas para pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado. A avaliação das tecnologias será realizada por um comitê técnico-científico, sob a coordenação do MEC e do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

    Tecnologias educacionais, segundo o edital de pré-qualificação das tecnologias, são recursos, ferramentas e materiais aliados a uma proposta pedagógica que evidencie sólida fundamentação teórica e coerência metodológica. Esse material deve auxiliar gestores e professores a tomar decisões sobre a adoção de recursos técnicos que contribuam para a melhoria da educação básica. As propostas pré-qualificadas farão parte do Guia de Tecnologias Educacionais do MEC.

    No edital, são relacionadas dez áreas de interesse, todas na perspectiva da educação integral e integrada em jornada ampliada: acompanhamento pedagógico; investigação no campo das ciências da natureza; cultura e artes; esporte e lazer; cultura digital; educação econômica; comunicação e uso de mídias; educação ambiental; direitos humanos e promoção da saúde.

    Para orientar os interessados, o edital contém um cronograma de execução. De 12 de dezembro deste ano a 20 de janeiro de 2012, apresentação das propostas; de 23a 26 de janeiro, instalação da comissão avaliadora; de 27 de janeiro a 14 de fevereiro, pré-análise dos projetos; de 5 de março a 27 de abril, avaliação das propostas; em 14 de maio, homologação dos resultados; de 15a 29 de maio, período para recursos; em 29 de junho, divulgação dos resultados.

    Os interessados em enviar propostas devem fazer cadastro e preencher os dados em formulário eletrônico específico informado no item 6 do edital.

    GuiaO Guia de Tecnologias Educacionais, criado em 2007, é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril do mesmo ano. Disponível em meio eletrônico, reúne 134 tipos de tecnologias pré-qualificadas — 43 criadas pelo MEC, como a Provinha Brasil e o Portal do Professor.

    O guia está dividido nos blocos gestão educacional, com 15 tecnologias; ensino e aprendizagem (55); formação dos profissionais da educação (24); educação inclusiva (7); portais educacionais (16); diversidade e educação de jovens e adultos (17).

    Ionice Lorenzoni

    Confira o Edital do MEC nº 1/2011, publicado no Diário Oficial da União de 12 de dezembro de 2011, seção 3, páginas 32 a 38
  • O município catarinense de Alfredo Wagner, na região da Grande Florianópolis, tornou-se conhecido graças ao trabalho de uma professora, que desenvolveu projeto pedagógico baseado no resgate histórico da cidade, de colonização alemã, constituída por cerca de 10 mil habitantes, em 49 comunidades. O trabalho da professora Caroline Pereira foi um dos ganhadores da sétima edição do Prêmio Professores do Brasil, promovido pelo Ministério da Educação.

    Desenvolvido na Escola de Educação Básica Silva Jardim, o projeto Conhecendo Alfredo Wagner foi premiado na categoria Temas Específicos, subcategoria Educação Integral e Integrada. A experiência foi iniciada em março de 2013, com alunos do segundo ano do ensino médio inovador, sistema que adota eixos para nortear o ensino. Nele, três dias por semana, os estudantes ficam na escola em período integral para participar de aulas e oficinas técnicas práticas.

    “Trabalhando com o eixo escolar e com a comunidade, nasceu a ideia de explorar a cidade, resgatar sua história e relacionar o conteúdo de sala de aula com as saídas de campo”, explica Caroline, professora de informática e orientadora de tecnologia educacional. Professores de língua portuguesa, artes, biologia, história, geografia, matemática, inglês e empreendedorismo também participaram do trabalho.

    De acordo com Caroline, a história do município está ficando esquecida ou morrendo com seus protagonistas. A professora considera fundamental fazer o registro histórico desse material para a propagação das tradições, culturas e costumes do povo. “Conhecer a cidade em que se vive é primordial para que se possa criar uma harmonia entre o passado e o futuro”, diz.

    Por meio de visitas de campo, os estudantes tiveram a oportunidade de estudar o passado das comunidades, a origem dos primeiros colonizadores e como era a vida em outras épocas. Em cada comunidade, professores e alunos foram recebidos por uma família.

    Interligação — Os alunos também observaram as belezas naturais da região, conheceram espécies animais e vegetais e estudaram o ecossistema e avaliaram o equilíbrio biológico. “Conhecer o lugar em que se vive é a melhor forma de entender o contexto social, bem como criar uma interligação entre espaço e indivíduo”, diz Caroline.

    A constatação do potencial da cidade para o turismo rural levou à elaboração de um plano-piloto, com sugestões de viagens e formas de tornar a atividade sustentável, sem agredir a natureza. O plano foi apresentado pelos estudantes à prefeitura para estudo de viabilidade. Os alunos também produziram um vídeo, com imagens obtidas durante as saídas de campo, para divulgação do município.

    As experiências de cada viagem, ressaltados os pontos positivos, foram anotadas em um diário de bordo. Os estudantes ainda redigiram as entrevistas realizadas nas comunidades. “Com base nelas e nas experiências vividas durante a visita, escrevemos a história da comunidade e suas peculiaridades”, revela a professora. O projeto propiciou o resgate histórico de 32 personalidades do município. Os nomes foram surgindo durante as entrevistas ou por sugestão dos moradores, no blogue da escola ou no de Caroline.

    A professora tem bacharelado em sistemas de informação e licenciatura em informática e faz mestrado em educação, com ênfase em tecnologia educacional.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e nos blogues da EEB Silva Jardim e da professora Caroline Pereira

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