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  • Estudantes da escola gaúcha produziram painéis na técnica de patchwork sobre temas como comunidade, valores humanos, bairro, escola e meio ambiente (foto: Letícia Verdi/MEC – 17/5/2013)Com índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) de 4,7 pontos, meta prevista para 2015, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Josué Bardin, de Nova Prata (RS), melhorou o rendimento dos alunos e reduziu o abandono escolar desde que entrou no programa Mais Educação, em 2011. Hoje, quase 40% dos estudantes estão na educação integral.

     

    A diretora, Marinês Petnjkowski da Silva, ao falar sobre o desempenho dos estudantes, revela como a instituição trabalha para que o rendimento escolar aconteça. “Se o aluno falta, e a família não avisa o motivo, a direção telefona para o pai, fala com a mãe. Se isso não resolve, vai até a casa do estudante”, afirma. “É um trabalho de formiguinha que aqui dá resultado.”

     

    Das 460 matrículas, a escola Josué Bardin inscreveu, este ano, 180 estudantes no turno integral. Como a unidade de ensino dispõe de pouco espaço e não consegue oferecer o tempo integral a todos, a direção usou como critérios de seleção atender alunos com dificuldade em matemática, alfabetização e leitura e aqueles com pouco acompanhamento nas tarefas escolares em casa, com a família. Além do ensino fundamental, a escola oferece educação infantil e de jovens e adultos.

     

    Com o suporte diário no aprendizado de matemática e língua portuguesa, crianças e adolescentes do ensino fundamental também participam de atividades de artes, esportes e lazer, educação econômica e empreendedorismo. Com a professora de artes Marisa Helena Caltro, cedida pela secretaria municipal de Educação de Nova Prata, e um monitor, os estudantes soltaram a criatividade, destaca Marinês. Em 2012, eles produziram oito painéis na técnica de patchwork (trabalho com retalhos) sobre temas como comunidade, valores humanos, bairro, escola e meio ambiente. São temas do cotidiano e do conteúdo abordados também no espaço da arte. “Medir, desenhar formas e recortar exigem cálculo, e isso é matemática praticada na arte”, segundo a diretora.

     

    Sete painéis em patchwork foram distribuídos nas salas para enfeitar a escola e um, enviado ao Ministério da Educação, mostra uma cidade arborizada, casas coloridas, crianças brincando. Nas bordas, retalhos de tecidos verdes lembram folhas de parreira — uma das atividades econômicas do município é a vinicultura. A obra, com 3,2 metros de comprimento por 92 centímetros de altura, está exposta no MEC.

     

    Artesanato com tecidos em capas de cadernos, criação de chaveiros, restauração de móveis da escola, trabalhos em pátina e pintura também são atividades às quais estudantes e professores da escola dedicam tempo e aprendizado no turno integral. De acordo com Marinês, a produção de artesanato fez tanto sucesso que instituições de ensino vizinhas escolheram temas e encomendaram painéis de patchwork aos estudantes da escola Bardin.

     

    Localizada no bairro São João Bosco, na periferia de Nova Prata, cidade com 22,8 mil habitantes, segundo o censo de 2010, a escola tem 460 alunos matriculados, 14 salas de aula, biblioteca, salas de vídeo e de planejamento para professores e monitores, além de laboratório de informática do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) do MEC.


    Adesão — O processo de adesão de escolas ao programa Mais Educação está aberto até sexta-feira, 31. Podem aderir ao programa 45 mil escolas públicas — 32 mil já participaram em 2012 e outras 13 mil foram selecionadas pelo MEC para o primeiro ingresso. A adesão anual, feita on-line no Sistema Integrado de Monitoramento e Controle (Simec) do MEC, é necessária para que a escola continue ou tenha acesso ao programa e receba os recursos do governo federal.

     

    Ionice Lorenzoni

  • Escolas públicas urbanas e do campo pré-selecionadas pelo Ministério da Educação para oferecer ensino integral este ano têm prazo até 15 de fevereiro para aderir ao programa Mais Educação. As unidades de ensino que já estavam no programa em 2011 devem informar o número de alunos a serem atendidos e escolher as atividades a serem desenvolvidas.

    A expectativa do MEC é oferecer educação integral em 30 mil estabelecimentos — 5 mil do campo — e atender 5 milhões de estudantes em 2012. Esse número compreende cerca de 3,1 milhões de alunos que já estão no programa e os que vão ingressar agora.

    Como a adesão ao Mais Educação é opcional, o MEC pré-selecionou 14,2 mil escolas urbanas e 14,5 mil do campo, explica Leandro Fialho, coordenador de ações educacionais complementares da Secretaria de Educação Básica (SEB). Dados da secretaria mostram que 3,1 mil novas escolas buscaram acesso ao Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec) para fazer o cadastro. Esse procedimento é necessário para a unidade aderir ao programa e receber recursos do governo federal.

    Os dirigentes escolares que tiverem dúvidas ou dificuldades para preencher as informações no Simec podem pedir esclarecimentos pelos telefones (61) 2022-9175, 2022-9176, 2022-9174, 2022-9184, 2022-9211, 2022-9212 e 2022-9181.

    Adesão— Para as escolas pré-selecionadas, o acesso ao Simec ocorre por meio de senha, fornecida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Ao aderir, além de informar quantos estudantes serão atendidos, o gestor escolar pode relacionar até seis atividades, escolhidas em uma lista disponível na página eletrônica do programa.

    Ionice Lorenzoni

    Confira a relação de escolas urbanas pré-selecionadas

    Confira a tabela das escolas do campo pré-selecionadas.
  • Educação integral: Escola usa jogo de xadrez para melhorar ensino da matemáticaUm tabuleiro de xadrez com 13,7 metros quadrados, de rocha basáltica, colado no piso do pátio da Escola Estadual de Ensino Fundamental Bairro Carvalho, na cidade de Cachoeira do Sul (RS), foi a forma que a direção escolheu para receber os estudantes no início do ano letivo. Ao invés de madeira, as peças do jogo – rei, dama, bispo, torre, cavalo e peão – foram confeccionadas em papel e coladas em garrafas plásticas.

    Poder jogar xadrez no recreio, antes do início das aulas e também nas atividades de educação física é o que encanta os estudantes, segundo a diretora da escola, Paula Cristina Langbecker. Foi para incentivar o gosto pelo xadrez que a diretora e a professora de educação física Nereida Fagundes Domingues criaram e instalaram o super tabuleiro durante as férias.

    Nessa escola, 100 dos 293 alunos estão na educação integral e 85% deles são residentes no bairro Cristo Rei, cortado por rios e frequentemente castigado por enchentes. Segundo a diretora, dada a carência da população desse bairro, a maioria recebe recursos do programa Bolsa Família e são prioritários na definição dos atendidos pelo programa Mais Educação.

    Escolha– O alto índice de reprovação em matemática foi o fator determinante para que o jogo de xadrez entrasse na escola. Foi nas aulas de educação física da professora Nereida Domingues que a experiência começou. Segundo Paula Langbecker, a partir da iniciativa de Nereida e dos resultados obtidos, a escola desenvolveu uma metodologia para uso do xadrez na alfabetização matemática e no letramento, que está sendo aplicada desde 2009. Hoje, o jogo está no currículo da escola.

    Para atender os 293 alunos, a Bairro Carvalho tem 20 tabuleiros de tamanho oficial, nas salas de aula, além do jogo digital nos computadores da escola. Os ganhos foram observados na melhora do raciocínio, da concentração e da atenção dos estudantes em todas as disciplinas, diz a diretora.

    Além do xadrez, os alunos da educação integral terão neste ano aulas de letramento e matemática e oficinas de jornal, horta e futsal. A escola também precisa contratar um monitor para ampliar a oferta do xadrez. O início das atividades da educação integral, porém, depende da chegada de uma merendeira, prometida pela secretaria estadual de Educação. A escola tem duas merendeiras que atendem os 293 alunos nos dois turnos, mas para a educação integral precisa de mais uma, explica a diretora.

    Paula Langbecker tem licenciatura em educação artística, trabalha na Escola Bairro Carvalho há 11,5 anos, sendo quatro anos na direção. Todos os professores dos anos finais do ensino fundamental têm licenciatura, e dos anos iniciais, magistério de nível médio.

    Adesão– Neste ano, a educação integral será oferecida a estudantes de 30 mil escolas públicas do ensino fundamental urbanas e do campo, das 27 unidades da Federação. Para alcançar essa cifra, o Ministério da Educação conta com as 14,9 mil unidades que já estavam no programa em 2011 e com a adesão de 15 mil novas escolas.

    De acordo com a diretora de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica do MEC, Jaqueline Moll, como a adesão das escolas ao programa é voluntária, o ministério pré-selecionou 28,4 mil unidades e espera ter a adesão de, pelo menos, 10 mil escolas urbanas e 5 mil do campo. O objetivo é ter no Mais Educação 30 mil escolas e subir dos 2,8 milhões de estudantes para 5 milhões. O investimento do governo federal nesse conjunto de escolas será de R$ 1,4 bilhão em 2012.

    Dados da diretoria de currículos e educação integral coletados até está quarta-feira, 21, mostram que ainda estão disponíveis 4,2 mil vagas para escolas urbanas e do campo. O prazo de adesão foi ampliado para até 15 de abril. As escolas pré-selecionadas devem informar o número de alunos a serem atendidos, as atividades que vão desenvolver, o número de monitores que serão necessários, entre outros dados.

    Serviço- Os diretores e coordenadores que tiverem dúvidas ou dificuldades para preencher as informações no Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec) podem pedir esclarecimentos pelos telefones (61) 2022-9175, 2022-9176, 2022-9174, 2022-9184, 2022-9211, 2022-9212 e 2022-9181, ou por Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. eletrônico.

    Ionice Lorenzoni

    Conheça o Programa Mais Educação

    Confira a relação de escolas urbanas pré-selecionadas para 2012

    Confira a tabela das escolas do campo pré-selecionadas para 2012
  • O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) investiu R$ 67,5 milhões, nos dois primeiros dias da semana, 30 e 31 de julho, no financiamento da educação integral em escolas públicas do ensino básico. Repassado por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), esse valor vai contemplar unidades executoras (como conselhos escolares e associações de pais e mestres) de escolas das cinco regiões brasileiras.

    O PDDE atende escolas participantes do Programa Mais Educação que adotam o ensino integral, com oferta de pelo menos sete horas diárias de aula e reforço de atividades de aprendizagem, lazer, artísticas e culturais, entre outras. Os recursos servem para transporte e alimentação dos monitores, compra de material e contratação de serviços necessários para o desenvolvimento das ações. Atualmente, 33 mil escolas da educação básica, de todos os estados, participam do Mais Educação.

    O recurso encaminhado a cada unidade de ensino pode ser acompanhado pela internet, no portal eletrônico do FNDE, em liberação de recursos.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
  • Escolas públicas municipais de 19 estados receberam R$ 54,5 milhões do governo federal para implementar a educação integral. Transferidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), os recursos estão disponíveis nas contas correntes dos beneficiados nesta terça-feira, 2.

    Para implantar a educação integral, as unidades de ensino contempladas devem oferecer uma jornada escolar de, no mínimo, sete horas diárias. Nesse período, além das disciplinas curriculares, os alunos participam de atividades em diversas áreas, como cultura, artes, esporte, lazer, educação ambiental, investigação científica e recebem acompanhamento pedagógico.

    Os recursos repassados pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) servem para contratar serviços e adquirir materiais permanentes e de consumo necessários à realização das atividades e para ressarcir despesas com transporte e alimentação dos monitores.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • O modelo de educação integral do município mineiro de Governador Valadares começou a ser executado em 2010, em 100% das redes urbana e rural de ensino. De acordo com a secretária municipal de educação, Sames Assunção Madureira, o sistema reúne hoje 23 mil estudantes do ensino fundamental — dois mil deles matriculados em escolas do campo. Mesmo nas unidades de ensino pequenas e com poucos estudantes, a prefeitura decidiu manter os alunos na comunidade.

    A jornada escolar vai das 8h às 16h, de segunda a sexta-feira. Além das atividades intercaladas, mas sintonizadas, que contemplam o conteúdo do currículo com atividades culturais, artísticas, esportivas e de lazer, os estudantes têm café da manhã, lanche, almoço e uma refeição no fim do expediente.

    A avaliação do primeiro ano de atividades das escolas em tempo integral surpreendeu pais e professores. A evasão escolar, que em 2009 chegou a 5,1%, caiu para 1,8% no fim do ano letivo de 2010. Além de bem alimentados e bem cuidados, os estudantes participaram de projetos de saúde bucal e oftalmológico. “Caiu o número de alunos doentes, as escolas registraram aumento da frequência escolar e a violência foi reduzida”, garante a secretária.

    A 320 quilômetros de Belo Horizonte, o município, criado há 73 anos, reúne população de 263,5 mil habitantes, segundo o censo de 2010.

    Palmas— Surgida há 22 anos, a capital do Tocantins oferece educação integral a 1.073 estudantes de cinco escolas da área rural, situadas a distâncias de nove a 80 quilômetros do perímetro urbano. As aulas normais são intercaladas com atividades previamente escolhidas pelos estudantes. Depois de uma aula de geografia, por exemplo, segue-se uma oficina sobre meio ambiente e sustentabilidade; após uma oficina de leitura, vem uma aula de língua portuguesa.

    A experiência, implantada em 2008, indica a permanência dos alunos na unidade de ensino por oito horas e meia, de segunda a quinta-feira. Na sexta-feira, eles cumprem as tarefas escolares em casa. Educar e ao mesmo tempo fortalecer os laços dos estudantes com a família e com o meio onde vivem são objetivos do programa, explica a coordenadora da educação integral de Palmas, Cristina Pellegrino.

    Enquanto os estudantes fazem as tarefas em casa, a escola dedica a sexta-feira à formação continuada dos professores e à realização do planejamento coletivo das atividades.

    As cinco escolas rurais atendem alunos do primeiro ao nono ano do ensino fundamental, com idades que vão dos seis aos 18 anos — no campo, muitos jovens trabalham com a família e nem sempre conseguem concluir o ensino fundamental aos 14 ou 15 anos.

    Em Palmas, a educação integral começou a ser implantada pelas escolas urbanas em 2005 e foi efetivada em 2007. No ano seguinte, o projeto foi expandido para o campo. Segundo Cristina, o município fechou o primeiro semestre letivo de 2011 com 13 escolas em tempo integral, custeadas com recursos do município e do programa Mais Educação.

    Das 13 escolas, três seguem modelo padronizado, criado no município — prédios com quadra de esportes coberta, auditório, laboratórios, piscina, cozinha e refeitório, além das salas de aula. As unidades reúnem 3.577 alunos do ensino fundamental, com jornada diária de nove horas e meia, de segunda a sexta-feira.

    Outras cinco escolas urbanas foram adaptadas para a educação integral. Nelas estudam 3.026 alunos do ensino fundamental. Também foram adequadas para aulas em tempo integral cinco escolas rurais.

    Neste início de agosto, mais 25 escolas municipais de ensino fundamental de Palmas terão parte dos estudantes encaminhados para a educação integral. Todas receberam recursos do Mais Educação para oferecer atividades culturais, esportivas e de lazer, além de reforço escolar.

    Em julho, segundo Cristina, a prefeitura de Palmas assinou convênio com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a construção de três escolas-padrão em tempo integral. Quando prontas, elas atenderão cerca de quatro mil alunos. O objetivo da prefeitura é universalizar a educação integral no município. (Ionice Lorenzoni)

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    Programa federal amplia número de projetos em escolas do campo
  • Em Roraima, alunos matriculados nas 13 escolas indígenas têm quatro horas de aula e em outras três horas reforçam os conhecimentos da língua materna e desenvolvem atividades esportivas e culturais (foto: escolaaberta.com.br)Das 268 escolas indígenas da educação básica pública de Roraima, 13 unidades do ensino fundamental ingressaram este ano no programa Mais Educação. Desde março, participam das atividades da jornada ampliada 1.364 estudantes de diversos povos, como os macuxis, uapixanas, ianomâmis, uai-uais e iecuanas. Escolas urbanas e rurais aderiram ao programa em 2010.

    As escolas indígenas estão localizadas em áreas isoladas e de difícil acesso. De acordo com a coordenadora do Mais Educação no estado, Silvane Maciel, o processo de mobilização e informação das comunidades sobre a educação integral exigiu tempo em razão dessa dificuldade. Outros desafios que antecederam a implantação foram a definição das atividades complementares e a busca, nas comunidades, de professores e monitores para a jornada ampliada.

    Em Roraima, alunos das 13 escolas indígenas têm quatro horas de aula. Em outras três horas, são fortalecidos os conhecimentos da língua materna e desenvolvidas atividades esportivas e culturais. Nos esportes, as comunidades e professores escolheram atletismo, especialmente salto e corrida, e futebol. Na parte cultural, danças tribais e criação e confecção de brinquedos.

    Silvane explica que para a alimentação de estudantes, monitores e professores das 13 escolas, o estado transfere recursos à Associação de Pais e Mestres, que providencia a compra de produtos locais. A medida foi tomada em respeito aos hábitos alimentares indígenas e ao fortalecimento das tradições.

    Crescimento— Na avaliação da coordenadora do Mais Educação, passados seis meses do início das atividades da educação integral indígena, as comunidades demonstram aceitação do programa e pediram a inclusão de mais estudantes em 2014. As redes públicas de Roraima têm 14.668 estudantes indígenas — 11.908 no ensino fundamental e 2.760 no médio. Eles estudam em 268 escolas existentes nas aldeias.

    Em 2010, o programa Mais Educação teve a adesão de escolas públicas urbanas e rurais de Roraima. Hoje, segundo Silvane Maciel, 12,5 mil estudantes estão matriculados em 38 unidades urbanas de educação integral e 2.020 alunos frequentam 21 escolas rurais.

    Criado em 2008, o Mais Educação conta hoje com a participação de 49,4 mil escolas públicas urbanas, rurais, quilombolas e indígenas nas 27 unidades da Federação. Nesse conjunto de escolas estudam cerca de 6 milhões de alunos.

    Ionice Lorenzoni
  • As 34 mil escolas públicas pré-selecionadas para participar este ano do programa Mais Educação poderão aderir até 31 de março. A meta do Ministério da Educação é que a ampliação da jornada diária escolar para sete horas seja uma realidade em 45 mil escolas até o final de 2013.

    As escolas que integram o Mais Educação têm a maioria dos alunos atendida pelo programa Bolsa-Família e baixo índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). “O Mais Educação induz as redes municipais e estaduais de educação a ampliar a jornada escolar para dar mais tempo para os conteúdos escolares, além de incluir atividades formadoras no campo das artes, do esporte, da saúde, dos direitos humanos", explica Jaqueline Moll, diretora de currículos e educação integral do MEC.

    O Mais Educação teve início em 2008, com a adesão de 1.380 escolas públicas. Atualmente já está presente em 32 mil unidades de ensino, incluindo quase 10 mil escolas do campo. O programa garante aos estudantes do primeiro ao nono ano das escolas públicas participar de atividades orientadas no contraturno, além de reforço escolar.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça a diretora Jaqueline Moll sobre o programa Mais Educação

    Consulte a lista de escolas pré-selecionadas e instruções para adesão
  • Jogos, esportes e artes são algumas das atividades dos alunos nas escolas que aderem ao Mais Educação (Foto: João Bittar/Arquivo MEC) A adesão ao programa Mais Educação está aberta até 30 de abril. Este é o prazo para que as escolas pré-selecionadas para oferecer atividades em tempo integral se cadastrem, e possam receber recursos para aquisição de material e despesas com alimentação. A meta do governo federal é atingir 45 mil escolas em 2013 e 60 mil em 2014.

    As 32 mil escolas já participantes também devem se recadastrar até essa data. Em 2012, dessas 32 mil escolas, nove mil ficavam no campo. Estima-se que, das 13 mil novas escolas que aderirão este ano, cinco mil serão no campo.

    O Ministério da Educação selecionou no final do ano passado as novas escolas para aderir ao programa, com base em critérios como: unidades que nos anos iniciais do ensino fundamental ficaram com o Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) abaixo de 3.5 pontos e nos anos finais abaixo de 3.9; escolas que têm entre seus estudantes, em sua maioria, filhos de famílias do Bolsa Família e escolas em regiões de vulnerabilidade social.

    A previsão orçamentária do Mais Educação para 2013 é de R$ 1,5 bilhão. A liberação de recursos financeiros é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), com coordenação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). As escolas que aderem ao programa recebem recursos, de acordo com o número de alunos, para despesas com alimentação, aquisição de material, entre outros.

    “A partir do momento que a escola opta pela adesão do Mais Educação ocorre uma transição, porque as escolas passam a ser de sete horas para todas as crianças”, salienta Jaqueline Moll, diretora de Currículos e Educação Integral do MEC. “A escola é convidada a participar dessa grande rede nacional de escolas que começam a repensar o seu tempo cotidiano”, completa.

    Criação– O Programa Mais Educação foi instituído pela Portaria Interministerial nº 17/2007 e regulamentado pelo Decreto 7.083/10. As escolas das redes públicas de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal fazem a adesão ao Programa e, de acordo com o projeto educativo em curso, optam por desenvolver atividades nos macrocampos de acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica.

    Paula Filizola

    Ouça a diretora de Currículos e Educação Integral do MEC, Jaqueline Moll

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  • A música é uma das principais atividades do programa Mais Educação. (Foto: João Bittar)Mais de 1.800 escolas públicas do ensino fundamental que oferecem educação integral, nas cinco regiões do país, começaram receber esta semana equipamentos e instrumentos musicais para o aprendizado dos estudantes. As escolas fazem parte do programa Mais Educação, desenvolvido pelo MEC em parceria com estados e municípios.

    Das 1.813 escolas atendidas nesta remessa, 1.239 receberão a banda fanfarra, composta por 22 instrumentos, e 574 escolas, o conjunto de hip hop, que tem oito peças. Os conjuntos foram escolhidos pelas escolas em 2009. A entrega é feita pelas empresas vencedoras do pregão eletrônico realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    A Escola Municipal Machado de Assis, do município de Novo Gama, em Goiás, já recebeu a banda fanfarra. Nessa escola, participam do programa 219 alunos do segundo ao quinto ano do ensino fundamental. A coordenadora do Mais Educação no município, Antônia Niece, diz que a escola busca um voluntário que ensine os alunos. A parceria, explica, deve ser feita com a Polícia Militar da cidade de Luziânia (GO), que fica próxima do Novo Gama.

    As 1.239 escolas que pediram a banda fanfarra estão distribuídas nas 27 unidades da Federação. Outras 574 escolas vão receber o conjunto de instrumentos hip hop.

    Pedidos de 2010
    – Este ano, além da ampliação do número de escolas do Mais Educação – de 5 mil para 10 mil unidades – e o ingresso do ensino médio no programa, o Ministério da Educação ofereceu para as escolas cinco tipos de conjuntos de instrumentos musicais e de equipamentos. Cada escola pode escolher um conjunto. A banda fanfarra foi pedida por 1.700 escolas, o radio escolar por 1.616, hip hop (426), cineclube (372) e vídeo (134). A compra dos conjuntos será feita por pregão eletrônico.

    Ionice Lorenzoni
  • Ao aderir ao Mais Educação, as escolas podem escolher até cinco atividades nos macrocampos do programa, entre elas as de esporte e lazer (foto: João Bittar/MEC – 2/6/2010)O programa Mais Educação, da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, receberá adesões de escolas públicas até o dia 30 próximo. Atualmente, 49 mil escolas de todo o país adotam a jornada ampliada de sete horas. A meta do programa é atingir 60 mil até o fim do ano.

    A proposta do Mais Educação é contribuir para a melhoria da aprendizagem, com o estímulo à ampliação do tempo de permanência na escola pública de crianças, adolescentes e jovens. O programa amplia a jornada nas escolas públicas para no mínimo sete horas diárias e garante aos estudantes do primeiro ao nono ano do ensino fundamental a participação em atividades orientadas no contraturno, além de reforço escolar.

    A diversificação de atividades inclui esporte e cultura. As instituições de ensino integrantes do programa oferecem orientação de estudos e leitura, com acompanhamento pedagógico, obrigatória para todas as escolas. As atividades no contraturno são monitoradas, preferencialmente, por estudante de licenciaturas vinculadas ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) ou estudantes de graduação com estágio supervisionado.

    Além do acompanhamento, os participantes podem optar por ações nas áreas de educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica.

    O cadastramento das unidades de ensino deve ser feito pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) interativo, de acordo com os procedimentos  passo a passo.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O prazo para cadastramento de escolas públicas que pretendam integrar o programa Mais Educação foi prorrogado até o dia 31 próximo. O procedimento deve ser feito on-line, no sistema do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) interativo.

    Ao oferecer educação integral ou jornada ampliada, as redes públicas de ensino contribuem para qualificar a aprendizagem de crianças, adolescentes e jovens, reduzir a repetência e a evasão escolar. Escolas que ingressam no programa oferecem, no mínimo, sete horas diárias de atividades, que compreendem aula das disciplinas do currículo, orientação de leitura e estudo, acompanhamento pedagógico e atividades orientadas nos campos da cultura e dos esportes.

    Para facilitar a escolha de diretores e coordenadores pedagógicos, o Ministério da Educação oferece às escolas uma relação de atividades nas áreas de educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza; e educação econômica. O acompanhamento pedagógico é obrigatório.

    A meta do programa para este ano é a adesão de 60 mil escolas. Aquelas que apresentam 50% ou mais de estudantes participantes do programa Bolsa-Família têm prioridade de atendimento, considerada a intersetorialidade do programa com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome por meio do programa Brasil sem Miséria.

    Para participar do Mais Educação, as escolas devem preencher o cadastro no PDDE Interativo, informar dados como os número de estudantes e escolher as atividades.

    Assessoria de Comunicação Social

    Republicada com alteração de informações

  • A coordenadora do Mais Educação no Novo Gama (GO), Antônia Niece, diz que a comunidade quer a educação integral em todas as escolas da rede. (Foto: Fabiana Carvalho)Evasão zero, fila de espera para conseguir matrícula, índice mínimo de transferências. Essas são conquistas registradas pela Escola Municipal Machado de Assis, da cidade do Novo Gama (GO), próximo a Brasília, que entrou no programa Mais Educação em 2009. O programa é desenvolvido pelo MEC em parceria com estados e municípios.

    A educação integral na Machado de Assis, que compreende uma jornada escolar das 8 horas às 17 horas, de segunda a sexta-feira, é motivo de orgulho da comunidade, diz a coordenadora do programa no município, Antônia Niece. Na avaliação de Antônia, o aumento da procura por matrículas e o fim da evasão são provas da importância que a comunidade atribui ao projeto.

    Estão na educação integral 219 alunos do segundo ao quinto ano do ensino fundamental. Atendem os estudantes sete professores com jornada de 40 horas semanais, sete voluntários e cinco monitores. Todas as crianças têm aulas regulares no turno da manhã, almoço na escola e oficinas das 13h às 17h.

    Dificuldades– A falta de uma quadra de esportes na escola e no bairro é uma das dificuldades que a Machado de Assis precisa vencer. Desde 2009, os monitores e voluntários utilizam o pátio para atividades de recreação e capoeira, mas quando chove os alunos não podem ficar no pátio.

    A escola recebeu do Ministério da Educação, este mês, os instrumentos da banda fanfarra e agora precisa encontrar um voluntário que ensine os alunos. Como o Novo Gama não tem Corpo de Bombeiros e nem universidade, a coordenação municipal do Mais Educação foi a Luziânia, cidade vizinha, pedir a colaboração da Polícia Militar.

    Ao mesmo tempo em que trabalha para vencer desafios em algumas áreas, a Escola Machado de Assis também tem do que se orgulhar. Segundo Antônia, um aluno da escola, de 16 anos, é faixa amarela e campeão brasiliense de karatê. Esse mesmo estudante é voluntário das atividades de inclusão digital.

    O Novo Gama é uma cidade com cerca de 100 mil habitantes. A Escola Machado de Assis está localizada num bairro onde é forte a violência doméstica, o abandono de crianças, além de alcoolismo, uso de drogas e pedofilia. É por causa desse contexto, diz a coordenadora, que a escola integral é “tão querida” pela comunidade.

    Catanduva– Cidade com 120 mil habitantes, no interior de São Paulo, Catanduva foi selecionada para o Mais Educação no começo deste ano. De acordo com o coordenador do programa no município, Luciano Marcos da Silva, as atividades começam em duas escolas e com 600 alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental.

    Uma das escolas está na periferia, numa das áreas mais violentas da cidade onde, em 2009, foram denunciados 50 casos de pedofilia. Tráfico de drogas, violência doméstica e pouca infraestrutura foram as razões da seleção.

    Duas escolas de Catanduva (SP) terão 600 alunos na educação integral a partir de junho, segundo o coordenador do programa no município, Luciano Marcos da Silva (Foto: Fabiana Carvalho)O projeto de educação integral de Catanduva terá nove horas e meia diárias, de segunda a sexta-feira, almoço e dois lanches. Futsal, atletismo e dança são as atividades já definidas. As duas escolas também escolheram os equipamentos de cineclube que serão enviados pelo MEC. As atividades de educação integral devem começar em junho, quando está prevista a chegada dos recursos do Ministério da Educação.

    Abreu e Lima – Música, judô, percussão, arte do grafite, estão entre as atividades que serão desenvolvidas por duas escolas públicas do município de Abreu e Lima, na região metropolitana de Recife. É dessa forma que a cidade pretende reverter a situação de violência contra crianças, comum na região.

    “Filhos abandonados pelos pais, drogas, assassinatos estão do cotidiano das crianças”, diz a coordenadora do Mais Educação no município, Lindiane Nascimento Vélez. A educação integral vai atender este ano 200 dos 600 estudantes de duas escolas. Os alunos ficarão na escola das sete horas da manhã até as 17 horas, com almoço, atividades de reforço escolar, esportes, artes e cultura.

    Lindiane participa do seminário do Mais Educação em Brasília para conhecer as experiências desenvolvidas no país e como podem contribuir para as atividades em Abreu e Lima. As aulas integrais estão previstas para junho próximo.

    Seminário– Cerca de 800 profissionais, entre coordenadores do programa Mais Educação de municípios, estados e Distrito Federal, representantes de universidades públicas e parceiros do MEC participam em Brasília do seminário nacional do Mais Educação. Avaliação, troca de experiências e debates fazem parte das atividades. O evento vai até sexta-feira, 21.

    Ionice Lorenzoni

    Republicada com alteração de informação
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  • Escolas da educação básica pública, municipais e estaduais, podem aderir ao Programa Mais Educação até 4 de agosto. Em 2013, o programa atendeu estudantes de 49 mil escolas das 27 unidades da Federação e, neste ano, a meta é atingir 60 mil escolas.

    Ao oferecer educação integral ou jornada ampliada, as redes públicas contribuem para qualificar a aprendizagem de crianças, adolescentes e jovens, reduzir a repetência e a evasão escolar. Escolas que ingressam no programa oferecem, no mínimo, sete horas diárias de atividades, que compreendem aula das disciplinas do currículo, orientação de leitura e estudo, acompanhamento pedagógico e atividades orientadas nos campos da cultura e dos esportes.

    Para facilitar a escolha de diretores e coordenadores pedagógicos, o Ministério da Educação oferece às escolas uma relação de atividades nas áreas de educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza; e educação econômica. O acompanhamento pedagógico é obrigatório.

    Para participar do Mais Educação, as escolas devem preencher o cadastro no PDDE Interativo, informar dados como os número de estudantes e escolher as atividades.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A música é uma das atividades preferidas dos estudantes no programa Mais Educação. (Foto: João Bittar)Até o dia 26 de abril, as escolas públicas de educação básica pré-selecionadas para participar, este ano, do programa Mais Educação podem aderir ao programa e apresentar planos de trabalho. O prazo venceria nesta segunda-feira, 28, mas foi ampliado para garantir que mais escolas manifestem o interesse em oferecer educação integral.

    O principal objetivo do programa é garantir às crianças da educação básica outros espaços e oportunidades de aprendizado. Em todo o país, foram 16 mil escolas pré-selecionadas para receber recursos do Mais Educação. Dessas, cerca de 13,5 mil já apresentaram planos de trabalho.

    Para que seja aceita no programa e receba recursos do MEC — em média, R$ 37 mil por unidade escolar —, a escola precisa informar o número de alunos a serem atendidos, indicar as atividades oferecidas, apontar quantos monitores serão necessários e quem vai coordenar a educação integral.

    Os dados devem ser registrados no sistema de informações integradas de planejamento, orçamento e finanças do MEC (Simec), ao qual a escola tem acesso por meio de senha.

    Com base na quantidade de estudantes informada pela escola, o MEC determina o valor dos recursos a serem enviados. O repasse, em cota única, cabe ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Criado em 2007, o programa Mais Educação começou a funcionar efetivamente em 2008. Desde então, passou de 386 mil para 2,2 milhões de estudantes atendidos em tempo integral, especialmente no ensino fundamental urbano.

    Assessoria de Comunicação Social
  • O Ministério da Educação oferece este ano recursos extras para que escolas do programa Mais Educação mantenham seus espaços abertos para a participação das comunidades aos sábados ou aos domingos. A unidade que optar pela ação denominada escola-comunidade deve informar o dia escolhido e os temas que serão tratados nas oficinas.

    Existem vagas para oito mil escolas, segundo Leandro Fialho, coordenador de ações educacionais complementares da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC. Ao aderir à escola-comunidade, o gestor deve comunicar ao Ministério da Educação que oficinas serão desenvolvidas, entre quatro áreas – cultura e artes, esporte e lazer, formação educacional complementar, geração de renda e qualificação para o trabalho.

    A informação deve ser prestada, explica a consultora do Mais Educação, Carla Maria de Medeiros Borges, durante a adesão ao programa, prazo que termina em 31deste mês. Os recursos serão transferidos para a escola de acordo com o número de estudantes matriculados: unidades com até 850 alunos recebem R$ 10,8 mil; de 851 a 1.700 alunos, R$ 12,1 mil, e acima de 1.701, R$ 13,4 mil. Esses recursos são para dez meses, o que corresponde ao período letivo.

    Ao trazer a família para participar de atividades dentro das escolas, o Ministério da Educação quer aproximar a comunidade desses espaços e aumentar a integração de pais, filhos, educadores, diz Carla Borges. Pais que frequentam a escola, explica a consultora, se sentem donos dos espaços, preservam, cuidam, além de se tornarem mais ativos na educação de crianças e adolescentes.

    Dados da diretoria de currículos e educação integral da SEB mostram que, em 2012, das 32 mil escolas públicas do programa Mais Educação, 2.826 participaram da escola-comunidade, ação que substituiu o programa Escola Aberta, criado em 2005. Em 2013, o governo federal quer estender a educação integral a 45 mil estabelecimentos do ensino básico urbano e do campo. Das 45 mil escolas, oito mil podem aderir à escola-comunidade.

    Ionice Lorenzoni

    Conheça o programa Mais Educação

  • Taekwondo, judô, capoeira e caratê são as artes marciais escolhidas pelas escolas do programa Mais Educação. Para atender mais de 800 mil alunos em todo o país, professores, contramestres e mestres em artes marciais, indicados por suas federações, se distribuem entre 4 mil escolas.

    De acordo com o coordenador de educação da Confederação Brasileira de Taekwondo, Rubilar Carvalho, a prática desse esporte ajuda o estudante a melhorar a concentração e o rendimento escolar, qualifica a convivência familiar e o círculo de amizades, atua na prevenção do uso de drogas e de agressões. Na prática, explica, a criança aprende que as técnicas são de defesa, nunca de agressão.

    Presente nas escolas do Mais Educação desde junho de 2009, o taekwondo já é praticado por 80,2 mil estudantes em 373 escolas públicas. Segundo Rubilar, apesar de pouco tempo, o taekwondo já tem estudantes campeões em escolas de vários estados, como Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Mato Grosso. O crescimento dessa arte nas escolas públicas também se deve ao papel da confederação, que estimula o trabalho voluntário de seus filiados. Podem ser monitores os praticantes com mais de 18 anos de idade e faixa preta.

    O taekwondo, que significa uso dos pés e das mãos, surgiu na Coréia como arte marcial e hoje é esporte olímpico. Está presente em 197 países.  No Brasil, a prática é oficial desde 1970, com estrutura de federações nos 26 estados e Distrito Federal.

    Judô– A Escola Municipal Etelvina Pereira Braga, entre os bairros Ouro Verde e Coroado, em Manaus, escolheu o judô como uma das atividades da escola integral. Com idade entre dez e 15 anos, 70 crianças e adolescentes fazem judô com orientação do monitor Janderson do Carmo Santos. No grupo, 30% são meninas e 70% são meninos. Alongamento, aquecimento, técnicas e a história da modalidade fazem parte das aulas.

    Segundo Janderson, os estudantes preferem a prática, mas os princípios são importantes para a formação. “A arte é para defesa pessoal, nunca para outros fins.” Na avaliação do professor, a prática do judô nesta escola teve um forte impacto entre os alunos. Ele explica: no começo das aulas estavam matriculados no judô 100 estudantes, mas alguns desistiram. Hoje, cerca de 20 deles já pediram para voltar. Janderson pratica judô há 13 anos e é faixa preta.

    Capoeira– Com 65 estudantes no programa de educação integral, a Escola Carneiro Ribeiro Classe II, no bairro Pero Vaz, em Salvador, escolheu a capoeira para as aulas complementares. De acordo com o professor Sandro Alex Dias Oliveira, 38 anos, a aula de capoeira tem duração de uma hora e 30 minutos e é muito esperada pelas turmas.

    Na avaliação de Sandro, a socialização das crianças e as atitudes de respeito com colegas, professores e pais são evidentes no grupo da capoeira. “Acontece uma transformação que é vista por nós e relatada pelos pais.” Na capoeira, o estudante aprende a história dessa arte e dança, a ginga, o samba de roda, a música e a tocar os instrumentos, mas o comportamento dentro e fora da escola é o principal ganho, segundo o professor. A escola Carneiro Ribeiro já tem os instrumentos para ensinar capoeira, mas os alunos ainda não receberam os uniformes.

    Sandro ensina capoeira há 18 anos e há dois anos é filiado ao Grupo Arco 3 Capoeira, criado pelos contramestres Quiabo, Jócaraseca e Gilbumba.

    Em Vitória da Conquista (BA), a Escola Estadual São João Batista escolheu a capoeira em 2010 e continua com aulas este ano. O professor Adriano Rodrigues Brito tem 75 alunos divididos em cinco turmas.

    Adriano está satisfeito com o interesse dos estudantes pelas aulas e também com a melhora observada no comportamento. “Alunos que eram agressivos, hoje cumprimentam professores e colegas e quando nos encontramos na rua, observo a alegria de me reconhecerem como seu professor.” Sandro tem 31 anos, pratica capoeira há 17 anos e é professor há 11.

    Taekwondo– No Distrito Federal, o Centro de Ensino Fundamental 113, da cidade de Recanto das Emas, adotou o taekwondo nas atividades da educação integral. Deisyane Marques de Jesus ensina 40 alunos com idade de seis a 14 anos. Mesmo tendo aula no auditório da escola, que tem pouca ventilação e faz muito calor, ela se surpreende com a assiduidade deles. “Estão presentes em todas as aulas”, diz.

    Os estudantes fazem aulas práticas, mas também estudam a teoria e a história do taekwondo. “Eu explico que eles são atletas, que devem ter disciplina e dou o exemplo.” Deisyane tem 18 anos, é faixa preta e leciona há dois anos.

    Números– Entre as 15 mil escolas que participam do programa Mais Educação, 4.017 escolheram um tipo de arte marcial para oferecer a seus alunos. Os praticantes somam 828,7 mil. O judô é praticado por 280,9 mil alunos em 1.355 escolas; o karatê, por 128,5 mil alunos em 597 escolas; o taekwondo, por 80,2 mil estudantes em 373 escolas; e a capoeira tem 338,9 mil alunos em 1.692 escolas. (Ionice Lorenzoni)

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    Artes marciais ocupam 800 mil estudantes em 4 mil escolas
  • A conquista de uma medalha de bronze numa competição de judô da região Sul, em 2012, e o segundo lugar no campeonato escolar de dança de rua e jazz da cidade são as maiores motivações de 150 estudantes da educação integral pública de Canoas (RS). Eles estudam na Escola Municipal de Ensino Fundamental Duque de Caxias, no bairro Nossa Senhora das Graças.

    De acordo com Miriam Souza Batista, diretora da escola, o entusiasmo pelas atividades complementares é grande, mas a escola se orgulha ainda mais pelos ganhos na qualidade da educação. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede o desempenho escolar a cada dois anos, já superou a meta de 2015. Na avaliação dos anos iniciais do ensino fundamental, passou de 4,3 pontos em 2009 para 5 pontos em 2011. O Ideb previsto para 2015 era de 4,9 pontos.

    Miriam Batista está satisfeita com os avanços obtidos, quer aumentar em cem o número de alunos na educação integral, mas ela tem um desafio difícil pela frente: conseguir mais professores de matemática. A escola Duque de Caxias tem 660 alunos, dos quais 248 estão na educação de jovens e adultos no turno da noite, mas trabalha com apenas três professores de matemática. Neste ano, explica, não conseguiu professor de matemática para as oficinas da educação integral e ela teme que isso prejudique o desempenho escolar.

    Difícil com a matemática, mas com ganhos muito além do esperado em língua portuguesa. Miriam Batista relata que os estudantes da educação integral estão plenamente integrados com as mídias da escola, em que entrevistam, escrevem, produzem vídeos, editam um jornal. Para motivá-los mais, a diretora conta que criou as saídas pedagógicas onde os estudantes coletam informações, fotografam, fazem gravações com pessoas e autoridades de diversos campos do conhecimento.

    “Na nossa escola, a língua portuguesa está indo muito bem”, diz. Outras atividades são oferecidas aos 150 alunos, entre elas, a banda da escola, da qual todos participam, sob a direção do maestro Maikon, e as aulas de taekwondo.

    Adesão– Está aberta até 31 de maio a adesão das escolas ao programa Mais Educação. As escolas pré-selecionadas pelo Ministério da Educação devem preencher o cadastro informando o número de estudantes a serem atendidos e as atividades que serão oferecidas. O número de alunos é que determina o repasse de recursos federais para a compra de material e cobertura de despesas como a alimentação e oficinas.

    Também as 32 mil escolas públicas que já estão no programa devem se recadastrar. A meta do governo federal é atingir 45 mil escolas neste ano.

    Ionice Lorenzoni
  • Estudantes na oficina de ciência e arte, no centro de educação científica, em Natal. (Divulgação Aasdap)Estudantes de 24 escolas públicas do ensino fundamental de Natal e Macaíba, no Rio Grande do Norte, participam, nas suas cidades, de dois centros de educação científica no contraturno das aulas. Hoje são 1 mil estudantes do sexto ao nono ano do ensino fundamental, que ficam no projeto durante dois anos. Para participar, os alunos precisam estar matriculados e frequentando escolas públicas localizadas no entorno dos centros.


    Eles usam espaços pensados para o desenvolvimento de atividades em ambientes de alta tecnologia, com bibliotecas de excelência onde experimentam, convivem, produzem. Essas vivências são oferecidas nos centros de educação científica da Escola Alfredo Monteverde, que integra a Associação Alberto Santos Dumont para o Apoio à Pesquisa (Aasdap), com sede em Natal. Os centros de Natal e Macaíba são mantidos com recursos de quatro instituições, entre elas os ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia.


    A diretora dos centros, Dora Maria de Almeida Prado Montenegro, descreve os ambientes onde os estudantes são recebidos: não há salas de aulas convencionais, mas espaços de encontros e de convivência, salas de produção de conhecimentos, bibliotecas e oficinas com equipamentos de última geração, além de refeitórios para professores e alunos.


    Em cada espaço de trabalho, diz Dora Montenegro, há computadores, equipamentos de alta tecnologia, lousas e murais para a publicação de textos, fotos, cartazes e outras produções de estudantes e professores. Em outro espaço estão os jogos construídos pelos alunos e outros adquiridos pelos centros, obras literárias, instrumentos musicais que estimulam as brincadeiras coletivas nos intervalos das atividades, quando também é servido um lanche.


    O princípio dos centros de educação científica é oferecer aos alunos um “espaço edificador da aprendizagem dos conteúdos das ciências, reconhecidos universalmente, essenciais à formação de cidadãos conscientes de seus papéis como agentes de transformação”, descreve Dora Montenegro. O fortalecimento da coisa pública, informa ela, é outro pressuposto, que leva a repensar o melhor caminho para reforçar e enriquecer a educação pública.


    Natal – O centro de educação científica da Escola Alfredo Monteverde, em Natal, começou funcionar em fevereiro de 2007 com 300 alunos e seis oficinas. Hoje são 600 estudantes e sete oficinas. Nesta unidade funcionam oficinas e laboratórios de ciência e tecnologia, ciência e arte, robótica, história, física, química e biologia. A escola recebe 14 turmas de 20 a 25 alunos no período da manhã e 14 turmas no período da tarde. Os alunos frequentam o centro duas vezes por semana.


    Na oficina de ciência e ambiente, grupo de alunos de Macaíba aprende sobre as plantas. (Divulgação Aasdap)Macaíba – O projeto na unidade de Macaíba abriu em setembro de 2007 com duas oficinas e 200 alunos. Hoje tem 400 estudantes e oferece oficinas de ciência e tecnologia, ciência e arte, ciência e vida, e ciência e meio ambiente. São oito turmas no turno da manhã e oito turmas no período da tarde. Neste centro os alunos também frequentam a escola duas vezes por semana.


    Equipe – Os coordenadores das oficinas, laboratoristas, assistentes pedagógicos dos centros são selecionados entre estudantes de cursos de graduação ou mestrado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A equipe que atende as duas escolas é composta por um assessor pedagógico, dois coordenadores pedagógicos, dois assistentes, 11 coordenadores de oficinas e oito laboratoristas. Os laboratoristas, com formação específica em suas áreas do conhecimento, trabalham com disciplinas como biologia, física, química, história e arte.


    Investimento – A coordenação do projeto informa que o orçamento anual dos centros de educação científica de Natal e Macaíba é de R$ 2,2 milhões, sendo que o Ministério da Educação participa com 68% desse valor. Os demais recursos vêm do Ministério da Ciência e Tecnologia, de Edmond J. Safra Philanthropic Fundation e do Serviço Social do Comércio (Sesc) do Rio Grande do Norte.


    Criada em 17 de abril de 2004, a Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa (Aasdap), é uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip). Ela capta e administra recursos públicos e privados destinados a patrocinar pesquisas científicas de ponta e projetos sociais no Brasil. A Aasdap é responsável pela gestão do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra.

    Ionice Lorenzoni

  • Foto: Wanderley PessoaO presidente da Federação de Taekwondo do Estado de São Paulo, grão-mestre Yeo Jun Kim, ofereceu ao ministro da Educação, Fernando Haddad, a elaboração de um currículo de taekwondo para crianças e adolescentes das escolas públicas de educação integral. A entidade também se dispôs a atuar na formação de instrutores para essas escolas.

    Yeo Jun Kim foi recebido por Fernando Haddad, nesta sexta-feira, 5. Ele veio acompanhado dos atletas olímpicos e instrutores, Yong-Jin-Cho e Go-Hun-Park, da Federação Mundial de Taekwondo, e pelo grão-mestre Wilson Carvalho, de Brasília.

    Para Yeo Jun Kim, como o taekwondo é uma arte que forma cidadãos, ter currículo adequado para cada faixa etária e instrutores qualificados são passos fundamentais. A Federação, que é filiada à Confederação Brasileira de Taekwondo, se propõe a trabalhar nesse sentido. O grão-mestre Yeo aceitou o convite do Ministério da Educação para participar de uma vídeo-conferência do programa Mais Educação, que acontecerá em março.

    Arte marcial que nasceu na Coréia há mais dois mil anos, o taekwondo é esporte olímpico desde os jogos de Seul, realizados em 1988. Chegou ao Brasil em 1970, trazida pelo grão-mestre Sang Min Cho, que instalou a primeira academia em São Paulo.

    Mesmo tendo chegado ao Brasil há menos de 40 anos, o taekwondo está entre as atividades solicitadas pelas escolas públicas de educação integral que participam do programa Mais Educação, que apóia a criação de atividades extracurriculares no contraturno do período escolar. Em 2009, 470 escolas públicas pediram a modalidade, e este ano já houve 814 pedidos, informa Jaqueline Moll, diretora de educação integral, direitos humanos e cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Mas atender os pedidos, explica, depende de ter monitores qualificados para ensinar os alunos.

    A possibilidade de parceria com a Federação de Taekwondo de São Paulo, diz, é uma oportunidade concreta de atender a solicitação das escolas. No Mais Educação, os monitores não recebem salário, mas um auxílio mensal. Este ano, o programa terá dez mil escolas públicas, sendo 126 de ensino médio, 110 escolas rurais e as outras de ensino fundamental.

    Ionice Lorenzoni
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