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  • O que é educação integral e como ela funciona? Essas são as principais dúvidas expressas pela maioria dos diretores das cinco mil escolas públicas do ensino fundamental selecionadas este ano para receber apoio técnico e recursos financeiros do programa Mais Educação. As dúvidas foram apresentadas a consultores do ministério durante visitas a nove estados, por correio eletrônico e por telefone.


    O coordenador-geral de ações educacionais complementares da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Leandro Fialho, explica que muitos gestores têm a concepção de que educação integral é manter o aluno dentro da escola o dia todo, o que seria difícil de executar porque as escolas públicas não têm a infraestrutura necessária.


    O modelo brasileiro que está em teste desde o ano passado, diz o coordenador, é uma educação integral para além dos muros da escola, realizada em parceria com áreas de outros ministérios, com empresas locais e com a comunidade. Segundo Leandro Fialho, no modelo adotado, os estudantes fazem na escola parte da sua formação e a outra parte é de atividades extraclasses, geralmente desenvolvidas em espaços do bairro onde a escola está instalada. São atividades esportivas, culturais, de lazer.


    Além das visitas às secretarias estaduais de educação da Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Pará, Goiás, Ceará e Distrito Federal para explicar o que é e como funciona o Mais Educação, a Secad realiza na terça-feira, 12, a partir das 14h, uma webconferência. Segundo Leandro Fialho, os objetivos são tirar dúvidas sobre o preenchimento do plano de atendimento da escola, condição para receber apoio técnico e financeiro do MEC e mobilizar os diretores para que as cinco mil escolas ingressem no programa.


    A webconferência  será transmitida ao vivo pelo  https://portal.mec.gov.br/secad/maiseducacao. Para pedir informações e tirar dúvidas estão disponíveis os telefones (61) 2104-6295 e 2104-6280 e o endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..


    Para atingir cinco mil escolas este ano, o programa Mais Educação selecionou 5.244 escolas públicas do ensino fundamental em cidades com mais de 100 mil habitantes e aquelas que se enquadram numa destas situações: cidades com mais de 50 mil habitantes situadas no entorno das regiões metropolitanas; os municípios atendidos pelo Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça; as escolas que, em 2007, registraram Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de até 3,5 pontos (o ideb vai de zero a dez pontos).


    No ensino médio, o MEC escolheu dez estados com dificuldades e baixo Ideb nessa etapa da educação básica. O projeto-piloto no ensino médio será realizado em 100 escolas, dez por estado.

    Ionice Lorenzoni

  • Consultores do Ministério da Educação vão percorrer uma série de municípios, até 20 de fevereiro, para tirar dúvidas sobre o programa Mais Educação e ajudar os gestores locais a inserir dados dos estudantes que devem ingressar na educação integral este ano. Seis mil novas escolas foram pré-selecionadas para o programa. A adesão vai até 28 de fevereiro.

    Número de alunos por escola, escolha dos tipos de atividades que serão oferecidas, quantos monitores serão necessários, quem vai coordenar a educação integral no município e na escola são dados que devem ser registrados no Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec).

    De acordo com Leandro Fialho, coordenador de ações educacionais complementares da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), o preenchimento de dados é necessário para que a escola seja aceita no programa e receba recursos do MEC. Em média, cada escola recebe R$ 37 mil para custear as atividades durante o ano letivo.

    Cadastro e pedido de senha foram dificuldades iniciais constatadas pela consultora Lucenir de Andrade Pinheiro, nos encontros que teve com as secretarias municipais de educação e diretores de escolas em reuniões em Fortaleza e nos municípios pernambucanos Paulista (região metropolitana) e Caruaru (agreste).

    Em Fortaleza, por exemplo, a consultora fez esclarecimentos a gestores e técnicos de 45 secretarias municipais de educação. Lucenir explicou que, nas reuniões, ela abre o Simec o e faz um passo a passo. Tira dúvidas e preenche dados ao mesmo tempo. Mesmo com algumas dificuldades para operar o sistema, ela avalia que o programa desperta muito interesse nas redes de educação básica públicas.

    Pelo cronograma da Secad, municípios do Rio Grande do Sul já foram atendidos; estão agendados encontros com técnicos de secretarias estaduais e municipais de educação da Bahia, do Pará e de São Paulo.

    Trajetória– Criado em 2007, o programa Mais Educação começou efetivamente em 2008. No período 2008-2010, passou de 386 mil para 2,2 milhões de estudantes. Em 2011 deve alcançar 15 mil escolas e cerca de 3 milhões de alunos.

    Ionice Lorenzoni
  • Cinco novas escolas de educação infantil e de educação fundamental foram inauguradas nesta terça-feira, 13, no Rio Grande do Sul, nos municípios de Novo Hamburgo e Canoas. O ministro da Educação, Henrique Paim, participou das cerimônias nas duas cidades.

    O ministro observou que Novo Hamburgo, onde foram inauguradas três creches, é uma comunidade mobilizada pela qualidade da educação, com grande esforço de professores e gestores. “O município de Novo Hamburgo tem parcerias com o governo do Estado e com o MEC para a formação de alfabetizadores, para a implantação de creches, na formação em tempo integral e no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)”, afirmou Paim. A meta do Ministério da Educação é contratar 6 mil creches em todo Brasil até o final de 2014.

    Em Canoas, Paim participou da inauguração de uma creche e da Escola Municipal Leonel de Moura Brizola. “Essa escola foi construída pensando na educação em tempo integral. Temos que ampliar a jornada escolar, e esse tipo de infraestrutura é fundamental”, disse o ministro, acrescentando que entre 2010 e 2013 as matrículas em escolas de educação em tempo integral cresceram 140% no país.

    O ensino em tempo integral está no âmbito do programa Mais Educação, criado em 2007, com a proposta inicial de atender 1.380 escolas. As escolas das redes públicas de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal fazem a adesão e, de acordo com o projeto educativo em curso, optam por desenvolver atividades nos macrocampos do programa. Atualmente, a rede pública brasileira já conta com a adesão de mais de 49 mil escolas participantes do programa. A meta do governo federal é chegar a 60 mil escolas em 2014.

    Superior – O Ministério da Educação e o governo do Rio Grande do Sul firmaram na manhã desta terça-feira, 13, acordo de cooperação técnica entre o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Programa Universidade para Todos no Rio Grande do Sul (ProUni-RS). O ProUni-RS foi criado em 2012 com o objetivo de promover a formação de recursos humanos em cursos superiores de base tecnológica em áreas estratégicas para o desenvolvimento do estado.

    O acordo, com validade de 12 meses, visa contribuir para a permanência e sucesso dos estudantes beneficiários do ProUni matriculados em instituições de educação superior, sediadas no Rio Grande do Sul. A cooperação não envolve transferência de recursos.


    Assessoria de Comunicação Social

  • Das 16 mil escolas da educação básica pré-selecionadas pelo Ministério da Educação para participar do programa Mais Educação neste ano, 12.451 já aderiram e apresentaram planos de trabalho. A meta é atender 15 mil escolas e oferecer educação integral a cerca de 3 milhões de alunos, especialmente do ensino fundamental. O prazo de adesão vai até 28 de fevereiro.

    Pelo Mais Educação, que é um programa de educação integral público, as escolas recebem recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE-Escola) para desenvolver atividades com os estudantes. O dinheiro é depositado na conta da escola, em cota única, para aquisição de materiais, custeio de atividades e pagamento de transporte e alimentação dos monitores.

    Em média, cada escola recebe R$ 37 mil, para aplicar nos dez meses letivos. O cadastro dos alunos é que determina o valor do repasse. A inclusão de dados é feita no Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec), acesso que a escola tem com uso de senha. O Simec está aberto para receber as informações.

    Dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, que coordena o programa, indicam que o investimento no Mais Educação deve alcançar R$ 600 milhões neste ano.

    Trajetória– Criado em 2007, o programa Mais Educação começou efetivamente em 2008. No período 2008-2010, passou de 386 mil para 2,2 milhões de estudantes, número que o MEC pretende ampliar para 3 milhões este ano.

    Ionice Lorenzoni

    Confira a relação dos municípios e escolas que podem incluir estudantes no programa.
  • Criar currículos diferenciados e atrativos, que motivem estudantes na faixa de 15 a 17 anos a concluir o ensino fundamental e a cursar o ensino médio é uma das propostas em debate (foto: Wanderley Pessoa/MEC – 22/2/07)Que tipo de currículo pode motivar os 3,1 milhões de jovens de 15 a 17 anos, com idade para cursar o ensino médio, mas ainda no ensino fundamental, a continuar estudando? Os caminhos para enfrentar esse problema ou as respostas serão discutidos em seminário promovido pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, de segunda-feira, 11, a quarta-feira, 13, na sede do Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília.

     

    O desafio do MEC, das secretarias de Educação dos estados, Distrito Federal e municípios e de universidades públicas, segundo o coordenador-geral do ensino fundamental da SEB, Ítalo Dutra, é criar currículos diferenciados e atrativos que motivem esses estudantes a concluir o ensino fundamental e a fazer o ensino médio. “Eles não são crianças. São jovens com experiência, que precisam de atendimento escolar motivador para seguir estudando”, afirma.

     

    O trabalho conduzido pela Diretoria de Currículos e Educação Integral da SEB visa a incluir os estudantes de 15 a 17 anos, retidos no ensino fundamental por sucessivas repetências, em escolas com jornada ampliada ou educação integral. Este ano, 2.347 escolas públicas aderiram à ação denominada Mais Educação, destinada a jovens nessa faixa etária. O objetivo principal da iniciativa é orientar a criação de espaços escolares para o protagonismo juvenil.

     

    Até 2012, de acordo com Dutra, a repetência escolar era mais acentuada nos anos iniciais do ensino fundamental, situação que deve ser modificada com o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que começou a ser executado em 2013. Para ele, ao alfabetizar todas as crianças até os oitos anos de idade — o objetivo do pacto —, será estancada a distorção idade–série e reduzida de forma significativa a retenção de estudantes nos anos finais, como acontece hoje e é comprovado por dados do Censo Escolar.

     

    O seminário Política de Adequação Idade–Ano Escolar para Jovens de 15 a 17 Anos Retidos no Ensino Fundamental vai reunir em Brasília os coordenadores do programa Mais Educação de todas as unidades da Federação e suas capitais. Participam também 30 estudantes e seus professores e representantes de universidades públicas e das secretarias Nacional da Juventude e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, ambas da Presidência da República.


    Censo — Dados do Censo Escolar de 2012 mostram que, dos 3.102.442 jovens de 15 a 17 anos que cursavam o ensino fundamental naquele ano, 2.593.519 residiam em cidades, contra 508.872 em áreas rurais. No mapa das cinco regiões do país, alguns estados mostram grande concentração de estudantes retidos no ensino fundamental.

     

    Na região Sudeste, São Paulo é o que soma o maior número de jovens em tal situação — 384,6 mil, dos quais 377,6 mil em áreas urbanas, conforme a tabela. No Nordeste, a Bahia tem 325,2 mil alunos com 15 a 17 anos ainda no ensino fundamental (237,2 mil em áreas urbanas). Na região Norte, o Pará aparece com 201,7 mil nessa situação (128,8 mil em áreas urbanas). No Sul, o Rio Grande do Sul é o estado com mais alunos nessa condição. São 155,9 mil (138,3 mil nas áreas urbanas). No Centro-Oeste, Goiás tem 89,9 mil desses estudantes (85,5 mil em áreas urbanas).


    Ionice Lorenzoni

  • “A combinação de creches, alfabetização na idade certa e ensino integral vai fazer o Brasil mudar de patamar na educação.” A afirmação foi feita pela presidenta da República, Dilma Rousseff, nesta sexta-feira, 22, durante evento em Fortaleza, para anunciar investimentos em creches e mobilidade urbana. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também participou da cerimônia.

    A presidenta assinou acordo com a prefeitura para início da construção de 86 creches em Fortaleza. Com investimento de R$ 117 milhões, as creches fazem parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC2) e serão construídas com metodologias inovadoras em até sete meses. Do total, 76 unidades terão capacidade para atender 240 alunos e 10 unidades vão atender 120 alunos.

     

    “Eu fico muito feliz de estar aqui no anúncio dessas creches. Creche é algo fundamental para que tenhamos, sobretudo, qualidade na educação para os brasileirinhos desse país. Temos que dar oportunidades iguais”, afirmou Dilma Rousseff.

     

    A presidenta destacou também outras ações do Ministério da Educação que têm contribuído para o desenvolvimento dos estudantes. Um dos principais programas é o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, lançado no ano passado para garantir o aprendizado de crianças até oito anos. O modelo, inclusive, foi inspirado em um programa do governo do estado do Ceará. Dilma lembrou ainda o empenho do governo federal para oferecer educação em tempo integral em mais de 49 mil escolas.


    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Palácio do Planalto

     

  • O programa de ensino integral Mais Educação, realidade em 32 mil escolas públicas de todo o país, foi o tema do programa de rádio Café com a Presidenta desta segunda-feira, 20. Metade das escolas atendidas pelo programa, nas quais a maioria dos alunos recebe o benefício da Bolsa-Família, está situada em regiões pobres, com baixos resultados no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb).

    “Todo país que se desenvolveu, que saiu da condição de país pobre e que se mantém na condição de país desenvolvido apostou na educação em tempo integral para todas as crianças”, disse a presidenta da República, Dilma Rousseff. “Nosso objetivo é ampliar o tempo de estudo da criança e do jovem na escola, com maior acompanhamento dos professores.”

    O programa Mais Educação, lançado em 2007 pelo Ministério da Educação, amplia a jornada escolar diária para o mínimo de sete horas, com prioridade para atividades culturais, esportivas e de acompanhamento pedagógico, principalmente em matemática e língua portuguesa. “O Ideb mostra que o aprendizado melhorou muito nas escolas com tempo integral”, salientou Dilma. “Por isso, a educação em tempo integral é tão importante, principalmente quando, junto com ela, vem a melhora dos currículos que nós estamos promovendo no ensino médio.”

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça o programa Café com a Presidenta desta segunda-feira, 20
  • Em 2008, das 1.380 escolas do Mais Educação, 428 desenvolveram atividades de rádio. (Foto: João Bittar)Utilizar com aproveitamento a jornada escolar ampliada de quatro para sete horas diárias (educação integral) e dominar as técnicas da prestação de contas dos recursos públicos. Esses são os principais desafios apresentados por diretores e coordenadores de escolas públicas, nos dez seminários regionais já realizados para avaliar o programa Mais Educação. Ao todo são 11 seminários.

    A diretora de educação integral, direitos humanos e cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, Jaqueline Moll, explica que a gestão do tempo ampliado é uma novidade para as mais de 5 mil escolas que estão no programa. O período intermediário entre os turnos, que envolve o almoço e a escovação dos dentes, é parte da experiência que as escolas têm que administrar. Em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, por exemplo, grupos de mães vão à escola para ajudar nessa tarefa.

    A segunda jornada dos alunos – no turno anterior ou depois das aulas regulares – também requer organização da escola, especialmente porque os estudantes vão para atividades diferentes. Isso, segundo Jaqueline Moll, as escolas estão aprendendo a fazer desde 2008, quando o programa começou, e será um desafio para as novas escolas que ingressarão em 2010. No próximo ano, o Mais Educação terá 10 mil escolas, sendo 126 do ensino médio, 110 da área rural e as demais são escolas urbanas de ensino fundamental.

    A prestação de contas dos recursos recebidos pela escola, entre R$ 30 mil e R$ 100 mil, dependendo do número de alunos que estão na jornada integral, também requer atenção dos diretores. Os recursos saem do Ministério da Educação diretamente para a caixa escolar, em cota única, mas é exigida prestação de contas anual. De 24a 26 de fevereiro de 2010, a Secad realizará um seminário nacional sobre o programa, em Brasília.

    Sucesso– Ao acompanhar dez dos 11 seminários regionais (o último será em Manaus, nos dias 14 e 15), a diretora de educação integral da Secad avalia que os resultados do Mais Educação são positivos: mais aprendizagem, menos evasão, mais articulação entre escola e comunidade, maior envolvimento das universidades públicas com as escolas da educação básica.

    Quando fala que alunos estão aprendendo mais, Jaqueline Moll cita o exemplo do rádio escolar, um dos dez tipos de atividade que podem ser escolhidos: ao buscar informações na escola e no bairro, ao escrever as notícias no formato conciso do rádio, ao ler para o público, as crianças desenvolvem uma série de habilidades de leitura e escrita de forma lúdica, diz. Esse aprendizado, além de repercutir positivamente na educação da criança e do adolescente, também motiva e evita a evasão, segundo a diretora. Em 2008, o rádio escolar foi o campeão das atividades da educação integral – 428 escolas, seguido da banda de fanfarra que teve a adesão de 393 escolas.

    Ensino médio – As 126 escolas públicas estaduais de ensino médio que participam da experiência-piloto este ano continuarão no Mais Educação em 2010. São escolas de 11 estados e do Distrito Federal, assim distribuídas: Alagoas, sete escolas; Amapá, 14; Amazonas, 13; Bahia, 16; Maranhão, 14; Pará, 13; Pernambuco, oito; Piauí, 15; Rio de Janeiro, dez; Rio Grande do Norte, 14; Espírito Santo e Distrito Federal, uma cada.

    Ionice Lorenzoni
  • Os diretores, vice-diretores e coordenadores das 49,4 mil escolas públicas que participam do programa Mais Educação já podem consultar, ler e imprimir o Manual Operacional da Educação Integral. O documento foi elaborado pela diretoria de currículos da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC para orientar os gestores das escolas sobre o funcionamento do programa.

     

    O manual, que tem 77 páginas, aborda em detalhes todos os pontos do Mais Educação – da legislação aos recursos destinados às escolas, da relação da escola com a comunidade à descrição da importância da música, da leitura, do esporte na formação humana. Relaciona o conjunto das atividades que a escola pode escolher de acordo com sua realidade, número de estudantes ou localização – na área urbana ou no campo. E orienta sobre a exigência do acompanhamento pedagógico que se tornou obrigatório em 2013.

     

    O acompanhamento pedagógico, segundo o coordenador de ações educacionais complementares da SEB, Leandro Fialho, tem peso importante no aprendizado, especialmente em língua portuguesa e matemática. O acompanhamento é o que já se chamou de reforço escolar e de dever de casa, explica Fialho.

     

    Da página 45 à 76, o manual trata da composição dos kits que apoiam as atividades da jornada ampliada ou da educação integral e os recursos que a escola vai receber. No macrocampo denominado comunicação, uso de mídias e cultura digital, a escola tem oito opções. Se escolher, por exemplo, trabalhar com vídeo, o kit deste item é composto por câmera filmadora, estabilizador, ilha de edição, software da área e tripé. O recurso de capital para aquisição dos equipamentos é de R$ 8 mil.

     

    O manual também detalha a forma de adesão ao programa, as etapas de habilitação, a divisão de responsabilidades e tarefas das secretarias de educação de estados e municípios e das escolas, o número mínimo de horas diárias da jornada escolar e da jornada semanal.

     

    Ionice Lorenzoni

     

    Acesse o Manual Operacional da Educação Integral

  • A educação de tempo integral nas escolas públicas foi tema de seminário esta semana em Brasília. Especialistas no assunto, do Brasil e de outros países, apresentaram seus pontos de vista em relação ao Programa Mais Educação do Ministério da Educação, que amplia para o mínimo de sete horas a jornada diária escolar. Atualmente, 33 mil escolas da educação básica, de todas os estados, participam do Mais Educação.

    O secretário de educação básica do MEC, César Callegari, afirmou, na abertura do IV Seminário Nacional de Educação Integral, que a educação de qualidade requer um projeto político pedagógico de cada escola em que haja compromisso de professores e educadores com resultados. “É preciso planejamento, ações racionais e metas objetivas a serem cumpridas, de comum acordo dentro de um processo democrático e participativo em que toda a escola participe, assim como os dirigentes da rede de ensino”, destacou.

    Segundo Callegari, a ampliação do período das crianças e adolescentes na escola precisa significar articulação das diferentes dimensões educacionais contemporâneas. “É preciso um projeto político pedagógico capaz de embarcar questões ambientais e de valores humanos, práticas esportivas e culturais, o mundo do trabalho”, exemplificou.

    A meta no Plano Nacional de Educação, em tramitação no Congresso Nacional, é estender o programa a 50% das escolas públicas em uma década. As diretrizes nacionais curriculares e operacionais para a educação integral no país estão sendo elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

    O educador Miguel Arroyo esteve presente no seminário e defendeu o Mais Educação. “A educação integral precisa ser valorizada e apoiada pela riqueza que essa proposta carrega. O Programa Mais Educação retoma a educação como centro do sistema educacional do MEC e como direito à educação”, disse.  

    Segundo ele, o Mais Educação não é uma educação integral para fazer deveres de casa na escola, acrescentar mais conteúdo curricular, diminuir a evasão ou a repetência, mas para trazer para o tempo de escola dimensões da formação humana que não estão presentes no turno normal. “É para trazer para a escola o que estava oculto, o que nunca era valorizado, o direito à cultura, à arte, à memória, à identidade, à formação plena do ser humano”, disse.

    Rovênia Amorim

    Ouça trecho do discurso do secretário de educação básica, César Callegari

  • A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação promoveu, de terça-feira, 16, a quinta, 18, em Brasília, reunião técnica com universidades parceiras para debater o papel da universidade no desenvolvimento da educação integral. O encontro, sob o tema Programa Mais Educação: Construindo a Política da Educação Integral no Brasil, contou com a presença de 30 instituições federais de educação superior.

    Desde 2008, representantes das universidades parceiras encontram-se semestralmente para debater os programas e as ações que as instituições vêm realizando no campo da educação integral. As propostas em destaque apresentam novos conceitos para formação de professores nos cursos de pedagogia e licenciatura e defendem a produção de conhecimento com base na pesquisa de pós-graduação.

     

    Para a diretora de Currículos e Educação Integral da SEB, Jaqueline Moll, as federais devem participar da construção da política educacional brasileira. “As universidades têm um papel importante na construção dessa política e no diálogo com as escolas, para construir outros conceitos de educação integral”, disse.

     

    A professora Ana Emília Gonçalves de Castro, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que desenvolve projetos de extensão voltados para a educação em tempo integral, defende que o papel dessas instituições vai além da formação de profissionais que atuam na educação. “Estamos construindo algo novo em um processo que já está acontecendo, por isso precisamos de pesquisa e extensão no campo da educação integral. A universidade pública tem uma responsabilidade com a sociedade”, afirmou.

     

    O programa Mais Educação foi criado em 2007 para atender, inicialmente, 1.380 escolas que apresentavam os piores resultados no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). De acordo com a proposta do programa, no turno oposto ao das aulas, os alunos têm acompanhamento pedagógico obrigatório. Contam ainda, com café da manhã, almoço e lanche. Os professores ajudam nas tarefas, tiram dúvidas e dão aulas de reforço, principalmente de português e matemática. Em 2012, o programa chegou a 32 mil escolas.


    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Nesta sexta-feira, 26, educadores, gestores governamentais e integrantes de universidades públicas que participaram do Seminário Internacional Educação Integral em Jornada Ampliada, em Brasília, aprovaram uma carta onde reafirmam a importância do Programa Mais Educação e destacam os desafios para os próximos quatro anos.

    Entre os desafios, estão a oferta de educação integral em 32 mil escolas públicas da educação básica e a formação de um fundo de longo prazo com recursos do Pré-Sal para ampliar o financiamento das atividades do programa.

    Hoje, segundo a diretora de educação integral da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, Jaqueline Moll, a educação integral em jornada ampliada atende 10 mil escolas e 2,2 milhões de estudantes. Em 2011, o objetivo é alcançar 15 mil escolas e três milhões de alunos, mas a ampliação constante precisa de mais recursos porque o país tem 53 milhões de alunos na educação básica.

    O fundo com verbas do Pré-Sal seria uma forma de aumentar os investimentos no programa, incluir novas escolas e estudantes, além de consolidar o Mais Educação como política pública. Outro desafio citado na carta é a rediscussão dos currículos dos cursos de graduação e pós-graduação que formam profissionais para o magistério. O objetivo é incluir nos currículos temas como a gestão e a formulação conceitual da educação integral.

    No final do seminário, gestores do Mais Educação de diversos municípios apresentaram suas experiências sobre o andamento do programa em suas cidades. Marinês do Carmo de Pariz da Silva, coordenadora do comitê metropolitano de Porto Alegre, explicou que o comitê é um espaço de discussões que reúne as escolas da rede estadual e de 15 municípios da região metropolitana que oferecem educação integral.

    Na experiência de Porto Alegre, a gestão é compartilhada e executada em sistema de rodízio entre os parceiros. Este ano, a educação integral está presente em 240 escolas estaduais e em 480 das redes municipais. O objetivo em 2011 é incluir mais 400 escolas que apresentam baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb).

    Danilo de Melo Souza, secretário municipal de Palmas, disse que a experiência do seu município mostra que gestores e educadores precisam enxergar os espaços disponíveis, especialmente na escola, que podem proporcionar a ampliação do programa. O refeitório, explicou, após as refeições e lanches pode ser usado para aulas de artes; e a biblioteca pode ser usada para aulas de xadrez. “Existem espaços que estão na nossa frente e não enxergamos”.

    Ionice Lorenzoni
  • Educadores, gestores governamentais e de universidades públicas brasileiras vão trocar experiências sobre educação integral com representantes dos governos da Coréia do Sul, Espanha, França, Inglaterra e Finlândia. A partir de quarta-feira, 24, até sexta, 26, na Academia de Tênis, em Brasília, eles participarão do seminário internacional Educação Integral em Jornada Ampliada, promovido pelo Ministério da Educação.

    Da parte brasileira, participam do evento os coordenadores estaduais e das capitais do programa Mais Educação, representantes das secretarias estaduais de educação e das 45 universidades públicas que trabalham na formação de professores, gestores e monitores do programa nas 27 unidades da Federação. Jaqueline Moll, diretora de educação integral da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, explica que haverá discussões e reflexões sobre as experiências de educação integral no âmbito das políticas públicas. Segundo a diretora, os debates serão concentrados em temas como organização curricular, financiamento, formação de professores e de profissionais de apoio, alimentação e espaços escolares.

    Outro ponto do seminário de interesse dos gestores públicos é o conhecimento das experiências com educação integral desenvolvidas por esse grupo de nações européias e do leste da Ásia. Argentina, Chile, Cuba, Canadá e Nova Zelândia também foram convidados, mas seus representantes ainda não confirmaram presença.

    Desafio— Não copiar modelos, mas ouvir, perguntar e dialogar com as nações é o caminho do Brasil, segundo a diretora. Ela salienta que o país tem o desafio de oferecer escola em tempo integral a 53 milhões de crianças e jovens da educação básica, conforme dados do censo escolar de 2009.

    No país, a educação integral nas redes públicas estaduais e municipais da educação básica é recente. As primeiras escolas começaram oferecer educação integral em jornada ampliada em 2008. Em 2010, dez mil unidades de ensino receberam recursos do MEC para atender 2,2 milhões de estudantes em jornada ampliada.

    Confira a programação do seminário

    Ionice Lorenzoni
  • Representantes do Ministério da Educação e das secretarias estaduais de educação estão reunidos em Brasília para discutir as diretrizes do MedioTec, programa federal lançado no final do passado como o mais novo instrumento de ampliação do ensino técnico no país. O encontro foi aberto nesta terça-feira, 7, pelo ministro Mendonça Filho, que destacou a importância das parcerias para que a iniciativa comece a ser implementada o quanto antes.

    “Chegou a hora de colocar em prática medidas que possam tirar o Brasil de um quadro de desvantagens em relação ao resto do mundo”, alertou o ministro. “Nosso sistema educacional, a despeito de sermos a oitava economia do planeta, não é compatível com o nosso estágio de desenvolvimento.”

    Mendonça Filho lembrou que o atual governo tem dados passos imprescindíveis rumo às mudanças necessárias no setor. Entre eles, as articulações que vêm sendo realizadas junto à sociedade civil e a parlamentares para que a reforma do ensino médio seja finalmente aprovada – depois de 20 anos de discussão e 5 anos de tramitação no Congresso Nacional.

    A secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães, também presente na abertura do encontro, explicou que dentro da proposta de reforma do ensino médio o MedioTec inova ao prever o atendimento ao aluno da escola estadual, “porque em geral toda proposta de ensino técnico concomitante supõe procedimentos mais seletivos, que nem sempre conseguem atingir esses alunos”.

    Para o ministro Mendonça Filho, o ensino técnico pode contribuir para reduzir as desvantagens do Brasil em relação ao resto do mundo (Foto: Mariana Leal/MEC) Para Maria Helena, é também uma maneira de avançar no novo currículo do ensino médio. Com o MediocTec em andamento, é possível articular parcerias entre as escolas. Atualmente, apenas 120 mil jovens integram o ensino médio integrado – uma parcela muito pequena de um universo de 7,8 milhões estudantes no país.

    A secretária de Educação Profissional e Tecnológica, Eline Nascimento, que preside as discussões da reunião em Brasília, informou que em um primeiro momento serão ouvidas as secretarias estaduais no papel de demandantes do ensino técnico. Depois, em data a ser marcada, o debate será com os ofertantes.

    “Há secretarias hoje aqui que são as duas coisas, mas vamos começar a trabalhar com a demanda. É importante, inclusive, fechar a relação dos cursos”, disse a secretária. Segundo ela, pelo MedioTec o mercado de trabalho é que vai servir de parâmetro para essa definição. “Antes a oferta de vaga era estimulada pelas ofertantes. Por este programa, as possibilidades de inserção dos jovens serão mais rápidas e bem maiores.”

    A intenção é garantir o máximo de oferta possível. Por enquanto a estimativa está em torno de 82 mil vagas. O MEC vem articulando com todas as redes ofertantes, como instituições privadas, institutos federais e o Sistema S (Sesc, Sesi e Senai), que farão parte dessa integração e fornecerão oportunidades para localidades com carência escolar, preferencialmente.

    Algumas regiões brasileiras já estão recebendo parte dos R$ 700 milhões contingenciados inicialmente para o programa. “Agora a gente trabalha com esse enfoque: juntar todas as redes e tentar aproximar o estudante da escola técnica mais próxima na sua região”.

    O MedioTec surge como um braço do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), visa a acelerar o processo de mudanças previsto na reforma do ensino médio e vai ser em um esquema concomitante de aulas em tempo integral com a educação técnica. Os nomes dos cursos que serão oferecidos e os períodos de inscrição deverão ser definidos dos próximos encontros promovidos pelo MEC, para funcionar ainda este ano. 

    Assessoria de Comunicação Social

  • O esporte é uma das atividades previstas no programa Mais Educação. (Foto: Arquivo/MEC)Com 2,1 milhões de estudantes em escolas públicas de educação integral, nos 26 estados e no Distrito Federal, o Ministério da Educação realiza este mês o 1º Seminário Nacional de Educação Integral. O evento acontece de 18a 21, na Academia de Tênis, em Brasília. Aprofundar e fortalecer a política pública de educação integral está entre os objetivos do encontro.

    Participam do seminário os 405 coordenadores municipais e os 27 coordenadores estaduais do programa Mais Educação, as universidades públicas parceiras do programa, o comitê nacional do Mais Educação, centros de formação de professores, representantes do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), comissões de educação da Câmara dos Deputados e do Senado.

    A agenda do seminário consta de mesas de debates que abordarão temas como o currículo da educação integral, a formação dos educadores, gestão e financiamento; colóquios que vão tratar do programa em relação a educação no campo, aos direitos humanos, às pessoas com deficiência; grupos de trabalho e plenárias.

    Experiências desenvolvidas nas escolas estarão presentes. Será exibido um documentário de 26 minutos sobre atividades em tempo integral de escolas de Belo Horizonte, Recife, Ananindeua (PA) e Diadema (SP). Alunos, professores, pais, monitores, agentes culturais contam como participam, o que fazem e o que isso representa na vida de suas escolas e comunidades.

    Haverá uma exposição de 55 cartazes que mostram um pouco das experiências, selecionados entre as escolas do programa, e lançamentos de cadernos pedagógicos e de Direitos Humanos. Os participantes vão conhecer ainda o Jornal Escolar, que reúne uma mostra de jornais produzidos pelos estudantes do Mais Educação.

    Programa– O Mais Educação existe desde 2008 como política de educação integral pública. O programa é desenvolvido em áreas de risco social e regiões metropolitanas, e a cada ano agrega mais alunos e mais escolas. Em 2010, o Mais Educação habilitou 10.042 escolas, sendo 9.907 do ensino fundamental e 135 do ensino médio. Esse conjunto de escolas deve atender 2,1 milhões de alunos. O investimento do governo federal será de R$ 382 milhões.

    Ionice Lorenzoni
  • Cerca de 320 gestores estaduais e municipais de educação e pesquisadores de universidades participaram durante três dias, em Brasília, do encontro Currículo e educação integral na educação básica: desafios e possibilidades, promovido pelo Ministério da Educação.

    Na avaliação da diretora de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Jaqueline Moll, o país está construindo outro paradigma para a educação básica, em que a escola dialoga com os movimentos que a ciência vem fazendo.

    “A escola cartesiana que temos hoje, onde cada área do conhecimento está enclausurada em disciplinas e matérias, está perdendo espaço”, avalia Jaqueline. “A visão de currículo que estamos construindo aponta para um projeto de formação que dialoga com a vida dos estudantes, o que não significa abdicar da responsabilidade da escola com a formação nas áreas do conhecimento.”

    A partir do encontro, encerrado nesta sexta-feira, 23, o desafio dos gestores e das universidades é levar o debate para cada município. O objetivo é que educadores, pais, escolas, a sociedade participem das discussões para ampliar e aprimorar os conceitos de currículo e educação integral. Jaqueline Moll lembra que a meta seis do Plano Nacional de Educação 2011-2020 (PNE) é ter 50% das escolas públicas com educação integral em 2020. O PNE está em análise no Congresso Nacional desde dezembro de 2010.

    Ionice Lorenzoni


  • Atividades interdisciplinares, como visitas a feiras de ciências e matemática fazem parte do calendário e do projeto político-pedagógico e social da escola baiana (foto: educacao.uol.com.br)Redução da violência na escola, aumento do interesse dos estudantes pela aprendizagem, melhora significativa no rendimento escolar e na convivência entre os alunos e destes com os professores. Estes são alguns dos benefícios da educação integral no Colégio Estadual Helena Celestino Magalhães, na capital baiana.

    Segundo o diretor da instituição, Perieldo Jesus de Barros, a educação integral também contribui para suprir a carência de lazer, cultura e acesso dos estudantes a tecnologias digitais. Ele também constata mais zelo pelo patrimônio da instituição e mais respeito aos professores. “Esses motivos fazem a educação integral ser bem aceita por pais e professores”, enfatiza Barros.

    O colégio adotou a educação integral em 2008, quando aderiu ao programa Mais Educação. A partir de 2014, passou a ser oficialmente uma escola de educação integral da rede estadual de ensino da Bahia. “Essa modalidade foi adotada com o objetivo de alcançar a desejada qualidade de ensino, de buscar formas de melhorar o aprendizado do estudante e o seu desempenho nas avaliações”, explica o diretor. Ele cita ainda a vontade de promover a perspectiva de uma vida melhor para os alunos, fora dos perigos das ruas.

    Barros tem 23 anos de magistério e quatro no cargo de diretor. A experiência como gestor escolar, entretanto, é de 13 anos. Com graduação em letras e pós-graduação em educação, ciência e contemporaneidade e em docência no ensino superior, ele faz curso de direito.

    Oficinas — Os estudantes participam de atividades educativas de segunda a sexta-feira, em um total de sete a nove horas de aulas por dia. Eles permanecem na escola no decorrer do dia, com lanche de manhã e à tarde, além do almoço. Todos participam obrigatoriamente das oficinas previstas no currículo. Esporte e lazer (futsal e basquete), cultura e arte (dança, hip-hop, grafitagem e africanidades), uso de mídias e cultura digital (tecnologias digitais, vídeo e rádio) são as opções.

    Ator, bailarino e coreógrafo, Vagner Jesus dos Santos ministra oficina de dança no horário matutino, em articulação com as disciplinas arte e linguagem artística. Há sete anos no exercício da atividade, ele percebe o interesse dos estudantes durante as aulas. “Eles participam com entusiasmo”, revela. Em sua visão, a educação integral proporciona muitos benefícios. Entre eles, o incentivo à participação dos alunos nas atividades lúdicas e pedagógicas, com êxito na integração social, a frequência assídua às aulas e o período por mais tempo na escola, com aprendizagens significativas.

    Diálogo — Para a professora Márcia Regina da Silva Paim, é possível evidenciar a importância do diálogo e das parcerias entre a unidade escolar e a comunidade. “O diálogo auxilia na integração, na participação e no sentimento dos alunos em relação ao bairro, à escola e à comunidade, assim como o aumento do rendimento escolar em algumas situações”, salienta. De acordo com Márcia Regina, as estratégias de educação integral possibilitam experiências e discussões e a realização de atividades interdisciplinares, como feiras de ciências e matemática e a Feira das Nações Africanas, inseridas no calendário e no projeto político-pedagógico e social da escola, com aceitação dos estudantes.

    “A partir da educação integral, houve o entrelaçamento com o programa Mais Educação nas áreas de cultura, informática e mídias, o que corrobora o sentido de criar oportunidade de desenvolvimento holístico de crianças e adolescentes”, enfatiza a professora. Isso, na opinião de Márcia Regina, favorece um ensino que contemple a integração professor, monitor e aluno pela diversidade, inclusão, acesso e permanência e sucesso do estudante dentro e fora do ambiente escolar.

    Há 21 anos no magistério, Márcia Regina tem licenciatura em história e mestrado em história social. Ela leciona no Colégio Helena Celestino Magalhães há seis anos, de manhã e à tarde. Este ano, dá aulas a turmas do nono ano do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • A Escola-Classe 407 Norte, de Brasília, leva a sério a importância do esporte para o desenvolvimento pleno dos estudantes. Os alunos, que estudam em tempo integral, participam de atividades no Centro Olímpico da Universidade de Brasília (UnB) e no Centro Interescolar de Educação Física (Cief) da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Assim, este ano, a temática Copa do Mundo foi inserida no projeto político-pedagógico (PPP) da escola, Despertando as Habilidades Esportivas, que atende estudantes do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental.

    De acordo com a diretora da instituição, Ana Paula Poças Zambelli dos Reis, o tema Copa do Mundo foi explorado em conteúdos de diferentes disciplinas. Mestre em educação, há 20 anos no magistério e 11 na direção, Ana Paula cita como exemplo, em língua portuguesa, a realização de pesquisas sobre o surgimento do futebol e os principais artilheiros. Em matemática, ela destaca o uso da geometria para a confecção de bandeiras dos países participantes do Mundial.

    Nas aulas de geografia a turmas do segundo ano, a professora Jaciléa Gaspar deu ênfase aos países participantes da competição. Os alunos também consultaram o mapa-múndi, o mapa do Brasil e a localização das cidades-sedes dos jogos. “Houve muita curiosidade por parte das crianças”, salienta. Nas aulas de português, Jaciléa cita a atividade conhecida como caça-palavras, com o tema futebol. “Uma vez achadas, as palavras eram separadas em sílabas, e os alunos formavam frases.” Com graduação em pedagogia e 14 anos de experiência no magistério, Jaciléa enfatiza o envolvimento de toda a escola com atividades relacionadas a murais e apresentações.

    O assunto Copa do Mundo foi abordado também na festa junina da escola. A decoração do prédio e as roupas das crianças, no estilo caipira, tinham as cores verde e amarela. A turma do terceiro ano apresentou a música Xote das Meninas, de Luiz Gonzaga [1912-1989]. “Apesar de não ser música específica sobre a Copa, o clima esteve presente, tanto nos ensaios quanto na apresentação”, ressalta a professora Maria Socorro Pereira da Silva. Pedagoga, há 18 anos no magistério, ela acredita que a turma foi bastante participativa em relação aos trabalhos propostos. Maria Socorro percebeu que as crianças já têm conhecimentos sobre o Mundial, o que tornou as discussões em aula “enriquecedoras”.

    Ingressos — A Escola-Classe 407 Norte está entre as 901 instituições públicas contempladas com ingressos para jogos da Copa do Mundo. Ela recebeu 50 bilhetes para a partida, em Brasília, entre Brasil e Camarões (23 de junho). As instituições de ensino escolhidas, localizadas nas cidades-sedes do Mundial, fazem parte do programa Mais Educação. “As crianças ficaram muito felizes. É uma oportunidade única para elas, e será inesquecível, sem dúvida”, avalia a diretora.

    Quatro alunos de Maria Socorro e dois de Jaciléa foram contemplados com ingressos.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou na noite de terça-feira, 18, que o modelo de educação integral proposto pelo programa Mais Educação pode vir a ser elemento fundamental na transformação do ensino no Brasil. “Com a ampliação das oportunidades educacionais, a escola passa a formar cidadãos críticos e criativos”, disse.

    Haddad participou da abertura do 3º Encontro Nacional dos Coordenadores do Programa Mais Educação, que vai até sexta-feira, 21 na Academia de Tênis, em Brasília. O objetivo das reuniões é avançar na formulação de políticas públicas na área. Hoje, 2,1 milhões de estudantes estão matriculados em escolas públicas de educação integral, nos 26 estados e no Distrito Federal.

    De acordo com o ministro, o sucesso do programa parte de dois pressupostos: o da autonomia da escola, já que os recursos federais são depositados diretamente na conta da instituição de ensino, e do associativismo, pois as escolas buscam aliados na própria cidade, como clubes e teatros.

    Haddad também lembrou que o Mais Educação teve como precedente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Isso porque o fundo diferencia o valor repassado para matrículas em escolas regulares daquele destinado às unidades de educação integral — estas recebem 25% a mais. “Se não fosse o mecanismo do Fundeb, os entes federados talvez não conseguissem sustentar a educação em dois turnos”, ressaltou.

    Com o seminário, o Ministério da Educação pretende fortalecer a gestão das ações já em andamento na área; incentivar a união dos campos da cultura, esporte, lazer, políticas sociais, saúde e educação e debater temas como reorganização do currículo, tempo escolar e formação dos profissionais da educação.

    Participam do encontro 405 coordenadores municipais e 27 estaduais do Mais Educação, representantes de universidades públicas parceiras do programa, de centros de formação de professores, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e das comissões de educação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

    Para o presidente da Undime, Carlos Eduardo Sanches, o seminário vai permitir avanços na consolidação da política de educação integral, especialmente pela discussão sobre financiamento e ampliação das vagas. Yvelise Arco-Verde, presidente do Consed, acredita que, a partir da troca de experiências entre os participantes, será possível avaliar os motivos do crescimento da educação integral em todo o país e do interesse dos gestores pelo modelo.

    Até sexta-feira, 21, serão expostas experiências do programa realizadas em diferentes municípios. Além disso, grupos de trabalho abordarão diversos temas, da estrutura física das escolas à transferência de matrículas de educação integral.

    O programa Mais Educação existe desde 2008 como política de educação integral pública. É desenvolvido em áreas de risco social e em regiões metropolitanas. Este ano, já foram habilitadas 9.907 escolas do ensino fundamental e 135 do médio. Elas devem atender 2,1 milhões de alunos. O investimento do governo federal será de R$ 382 milhões.

    Assessoria de Comunicação Social

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