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  • Começa nesta terça-feira, 18, em Brasília, o 1º Seminário Nacional de Educação Integral. O encontro, que se estenderá até sexta-feira, 21, será aberto às 19h30, na Academia de Tênis, com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad. Aprofundar e fortalecer a política pública de educação integral está entre os objetivos do Ministério da Educação ao promover o encontro. Hoje, 2,1 milhões de estudantes estão matriculados em escolas públicas de educação integral, nos 26 estados e no Distrito Federal.

    Participarão do seminário 405 coordenadores municipais e 27 estaduais do programa Mais Educação, representantes de universidades públicas parceiras do programa, de centros de formação de professores, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e das comissões de educação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Durante os debates, serão abordados temas como o currículo da educação integral, a formação dos educadores, gestão e financiamento. Os participantes falarão também sobre educação no campo, direitos humanos e pessoas com deficiência.

    A programação do seminário prevê relatos de experiências desenvolvidas nas escolas e exibição de documentário de 26 minutos sobre atividades em tempo integral de unidades de ensino em diferentes cidades. Alunos, professores, pais, monitores e agentes culturais contam o que fazem e o que isso representa na vida da escola e da comunidade.

    O programa Mais Educação existe desde 2008 como política de educação integral pública. É desenvolvido em áreas de risco social e em regiões metropolitanas. Este ano, já foram habilitadas 9.907 escolas do ensino fundamental e 135 do médio. Elas devem atender 2,1 milhões de alunos. O investimento do governo federal será de R$ 382 milhões.

    Ionice Lorenzoni
  • A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação promove a partir desta quarta-feira, 25, até sexta, 27, a 2ª Reunião Técnica com Gestores Municipais de Educação (Pronacampo).

    O encontro reunirá gestores dos 80 municípios com maior número de escolas do campo e com representantes dos 16 estados a que pertencem esses municípios. Durante o evento serão discutidos assuntos referentes a escolas do campo, escolas multisseriadas e educação integral. O objetivo é debater esses temas para contribuir para a melhoria da educação pública.

    Os interessados poderão acompanhar em tempo real no portal do MEC tudo o que será debatido.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Atividades esportivas e lúdicas fazem parte do currículo do programa Mais Educação (Foto: João Bittar/Arquivo MEC) Ao ultrapassar a meta de escolas públicas no programa federal Mais Educação – que era de 45 mil unidades em 2013, e chegou a 49.426 – a expectativa agora é de ter 6 milhões de estudantes do ensino fundamental e médio na jornada ampliada e na educação integral.

    A adesão de 4,4 mil escolas além da expectativa e a possibilidade de ter 6 milhões de alunos, diz a diretora de currículos e educação integral do MEC, Jaqueline Moll, também trazem um desafio aos sistemas de ensino municipais e estaduais. O desafio é ampliar o acesso a 100% dos estudantes de cada uma das 49,4 mil escolas. Mas para chegar a isso, segundo Jaqueline Moll, é preciso que as redes acreditem na ampliação da jornada, na educação integral e invistam em recursos humanos e financeiros.

    Para motivar secretários de educação, diretores de escolas e coordenadores pedagógicos, a diretora informa que fez um estudo comparativo das notas do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) obtidas pelas escolas que estão no programa desde 2008. Ela cruzou dados de 2009, que foi o segundo ano do programa Mais Educação, com os obtidos no Ideb em 2011, e verificou redução da evasão escolar e melhoria do aprendizado nas disciplinas de língua portuguesa e matemática. “Isso significa que as crianças veem mais sentido no aprendizado escolar e que as atividades propostas são significativas para elas”, diz.

    Desde 2008, o programa Mais Educação cresceu no número de escolas e de estudantes. A meta do governo federal é chegar a 60 mil escolas com jornada ampliada e tempo integral em 2014. Na tabela a evolução dos dados.


    Ano

    Nº de escolas

    Nº de estudantes

    2008

    1.380

    941.573

    2009

    5.006

    1.181.807

    2010

    10.027

    2.264.718

    2011

    14.995

    2.864.928

    2012

    32.074

    4.745.889

    2013

    49.426

    6 milhões (expectativa)



    A expectativa para este ano é de 6 milhões. As escolas aderiram, mas ainda estão inserindo alunos, conforme a diretoria de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica do MEC.

    Dois objetivos conduzem o programa Mais Educação: induzir a ampliação da jornada escolar e organizar o currículo na perspectiva da educação integral nos sistemas de ensino municipais e estaduais.

    Ionice Lorenzoni

  • O Guia de Tecnologias Educacionais da Educação Integral e Integrada e da Articulação da Escola com seu Território está disponível on-line. Com o documento, produzido pela Secretaria de Educação Básica (SEB), o MEC oferece aos sistemas e redes de ensino uma ferramenta de auxílio na hora de adquirir ou adotar tecnologias educacionais capazes de melhorar a qualidade da educação brasileira.

     

    As tecnologias apresentadas no guia foram submetidas a rigoroso e criterioso processo de avaliação. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi a instituição responsável pela coordenação desse processo. Representantes de universidades de todo o país, conhecedores da realidade educacional de cada região geográfica, atuaram como avaliadores. Os tipos de tecnologia foram selecionados por pesquisadores, instituições diversas, organizações não governamentais e empresas do país.

     

    As tecnologias que integram o guia foram divididas nas áreas de acompanhamento pedagógico, comunicação e uso de mídias, cultura digital, cultura e artes, educação econômica, direitos humanos em educação, educação ambiental, esporte e lazer, investigação no campo da ciência da natureza e produção da saúde.

     

    Segundo a diretora de formulação de conteúdos educacionais da SEB, Mônica Gardelli, o documento compreende tecnologias diversas. “Se essas tecnologias estão no guia é porque trazem uma contribuição para a aprendizagem daquele tema” salientou. Para ela, as contribuições são feitas de forma a proporcionar a melhoria da qualidade da educação, especialmente no campo da educação integral e integrada.

     

    O Guia de Tecnologias Educacionais da Educação Integral e Integrada e da Articulação da Escola com seu Território está disponível para consultas na página do Ministério da Educação na internet e no Portal do Professor.


    Ana Júlia Silva de Souza

  • A jornada ampliada de sete horas chegará a 60 mil escolas públicas do Brasil no final de 2014. A informação foi dada pelo ministro Henrique Paim nesta terça-feira, 27, no programa de rádio Hora da Educação, produzido pela Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Educação.

    Atualmente, 49 mil escolas de todo o país adotam a jornada ampliada. O programa Mais Educação está com prazo de cadastramento aberto até 30 de junho, para que escolas públicas interessadas façam sua adesão.

    “Temos tido uma demanda muito grande pela educação de tempo integral e uma boa parceria com as secretarias dos estados e municípios, o que torna factível e possível atingirmos em dez anos a meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que é de 25% das matrículas em educação integral”, afirmou o ministro.

    Paim ressaltou também o crescimento de 140% nas matrículas nessa modalidade, de 2010 a 2013, revelado pelo Censo da Educação Básica de 2013. “Foi basicamente um crescimento nas escolas públicas. Se considerarmos somente o período de 2012 para 2013, tivemos um crescimento de 45%, o que mostra que estamos no caminho certo”, afirmou.

    O cadastramento das escolas deve ser feito por meio do acesso ao sistema do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) interativo. O Mais Educação oferece educação integral por meio da diversificação de atividades educacionais, entre as quais esporte e cultura.

    As escolas do Mais Educação passam a oferecer orientação de estudos e leitura, com acompanhamento pedagógico, obrigatória para todas as escolas. As atividades no contraturno recebem monitoria, preferencialmente, de estudante de licenciaturas vinculadas ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), ou de estudantes de graduação com estágio supervisionado.

    Assessoria de Comunicação Social

    Acesse o Programa Dinheiro Direto na Escola interativo

    Ouça o programa Hora da Educação. Emissoras de rádio poderão utilizar o áudio, em versão integral ou editada

  • A horta da escola rural do DF, bem cuidada, serve de aprendizado para as aulas regulares e atividades do período integral, além de complementar a merenda (foto: Isabelle Araújo/MEC)A jornada diária das 46 crianças começa cedo, às 7h30, com o café da manhã na escola. De segunda a sexta-feira, elas têm uma rotina escolar puxada de oito horas e meia de atividades, mas não reclamam e querem mais. Situada numa comunidade rural cercada pelo verde das lavouras, a cerca de 60 quilômetros de Brasília, a Escola-Classe Cariru adota desde 2009 a educação em tempo integral.

    Apesar das plantações ao redor, a diretora Edilene Ferreira de Oliveira explica que as mudanças no aprendizado das crianças e as notas melhores nas provas começaram com o reforço nutricional. “Nossos alunos são filhos de boias-frias e de caseiros que trabalham para os donos das terras e não têm tanta fartura de alimentos em casa”, conta. “Eles gostam da comida da escola e se alimentam bem.”

    Além do café da manhã e do almoço, todos lancham antes de voltar para casa. O alunado é formado por crianças da própria comunidade do Cariru e por outras que moram mais distante, no lugarejo chamado Café sem Troco, a 11 quilômetros da escola. No total, a unidade de ensino tem, matriculados, 128 alunos, da pré-escola ao quinto ano. Como não há espaço para oferecer a jornada ampliada a todos, tiveram prioridade na seleção as turmas da pré-escola, primeiro e quinto anos. “Uns porque estão começando a rotina de estudos e precisam mais de acompanhamento e adaptação”, explica a diretora. “As crianças do quinto ano porque vão deixar a escola; o integral é uma oportunidade de seguirem mais preparados para a próxima fase educacional.”

    Às 14h de uma quarta-feira, a turminha dos menores escovava os dentes e se preparava para visitar a horta e o pomar, atrás da escola, enquanto os maiores, na quadra de esportes, alongavam os músculos antes de começar a correr entre cones enfileirados. “Há um ano, eu faço essa corrida. É divertido, bom para a saúde, e estou correndo cada vez mais rápido”, explica Tiago Souza, aluno do quinto ano, na timidez de seus 12 anos.

    Horta — Na horta escolar, o trabalhador rural aposentado Jovelino Oliveira, 61 anos, cuida das plantas e presta atenção nas explicações dos professores. “Eu já sei que tomate não é verdura”, conta e ri, antes de voltar a revolver a terra. Quando a criançada sai de férias, ele garante a vida nos canteiros de cenoura, abóbora, batata-doce, chuchu, repolho, quiabo e hortaliças variadas. Tudo cultivado sem agrotóxico. “Já comi banana daqui”, diz uma menininha de cinco anos, antes de se afastar com a turma. Além das verduras, Jovelino plantou um pomar, e as primeiras frutas já se exibem.

    A horta, bem cuidada pelo antigo vaqueiro, serve de aprendizado para as aulas regulares e atividades do período integral, além de complementar a merenda. O professor Maicon Derlan, coordenador da educação integral da escola, explica que dois projetos pedagógicos sobre alimentação saudável a partir da horta foram premiados, em 2014, na feira de ciências realizada pela Secretaria de Educação, responsável pela Escola-Classe do Cariru. “As crianças fizeram um bolo de alface para a feira de ciências e ofereciam pedaços aos visitantes que ouviam as explicações”, diz o professor.

    A partir da horta, os alunos aprenderam também sobre sustentabilidade ambiental. A água da chuva que escorre do telhado da escola foi canalizada e armazenada em uma caixa d’água para ser usada na época de seca. Assim, a horta não sofre com a estiagem.

    A escola-classe Cariru oferece jornada ampliada a estudantes de turmas da pré-escola, do primeiro e do quinto anos do ensino fundamental (foto: Isabelle Araújo/MEC)Além da horta e do atletismo, os alunos têm atividades de acompanhamento escolar em matemática e português e contam com ajuda para fazer as tarefas de casa e atividades de lazer, com aulas de musicalização e tênis de mesa.

    Música — O professor Marcos Arcanjo, do quinto ano, cantor e compositor, complementa o projeto de canto coral das aulas regulares com iniciação musical. “As atividades de musicalização ajudam na concentração e instigam a inteligência emocional”, afirma. “A minha ideia é que os alunos saibam, a partir de uma partitura, cantar o som da nota, ou seja, aprendam a solfejar e, depois, a cantar no som da melodia.”

    Após seis anos de experiência com a jornada ampliada, a diretora Edilene de Oliveira, que acompanhou toda a transformação na escola, desde o início, não tem dúvidas dos ganhos para o ensino e a aprendizagem. “Esse tempo a mais significou notas melhores e melhor domínio da leitura e diminuição da reprovação, além de a escola ter passado a fazer parte das coisas que a criança gosta”, constata.

    Rovênia Amorim

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  • “A a gente estuda porque gosta”, diz André Techemeyer, 15 anos. “Os professores mostram que somos capazes”, relata Rosilene Xavier, da mesma idade. “O Trajetórias Criativas cria jovens que correm atrás de sonhos”, salienta Samuel Carvalho, 16. A novidade nas afirmações é que, depois de repetir uma ou duas vezes alguma série do ensino fundamental, esses jovens estão na véspera de ingressar no ensino médio. O caminho que encontraram foi a experiência Trajetórias Criativas, desenvolvida em 12 escolas públicas em Alvorada e em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Nas duas cidades, 1.265 alunos participam do projeto.

     

    Rosilene, Samuel e André participam, em Brasília, do seminário Política de Adequação Idade–Ano Escolar para Jovens de 15 a 17 anos Retidos no Ensino Fundamental no Âmbito do Programa Mais Educação. Eles e outros 30 estudantes de sete estados vieram à capital federal contar como currículos criativos podem modificar a vida daqueles que estavam desistindo da escola. Além de falar, os alunos documentam o evento.

     

    São essas experiências que o Ministério da Educação quer mostrar às redes de ensino que participam do programa Mais Educação. Segundo dados do Censo Escolar do ano passado, 3,1 milhões de jovens de 15 a 17 anos estão retidos no ensino fundamental por sucessivas repetências. Outros 1,6 milhão na mesma faixa etária estão fora da escola, segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostragem em Domicílio (Pnad) de 2011.

     

    O seminário, promovido pelo MEC, reúne coordenadores do programa Mais Educação dos 26 estados e suas capitais e do Distrito Federal, universidades públicas, professores e estudantes do ensino fundamental com idade de 15 a 17 anos.


    Caminhada — O estudante André, de Alvorada, contou no seminário que entrou na escola aos oito anos de idade, repetiu o terceiro ano e, aos 10 anos, achava chato estudar. Esse desânimo inicial contrasta com o entusiasmo de hoje na experiência Trajetórias Criativas.  “Em vez de provas, temos trabalhos em grupo, e as pesquisas científicas são motivadoras”, garantiu, a uma plateia de 200 educadores e colegas que participam de outros tipos de projetos em escolas de sete estados. “Eu me transformei numa pessoa crítica.”

     

    Rosilene, que estuda em Porto Alegre, revela que se considerava pouco inteligente. “Eu me sentia ‘burra’ e comecei a rodar (repetir a série)”, afirmou. “Eu dizia para mim: ‘Não posso, não sei’.”

     

    Ao chegar ao projeto Trajetórias Criativas, a estudante encontrou um ambiente motivador. “Lá, os professores têm paciência. É o mesmo que viver numa família. As aulas são diferentes, não precisa copiar do quadro”, concluiu, aplaudida pelos educadores.

     

    Samuel entrou na experiência a convite de um colega, depois de repetir o sexto e o sétimo anos. “Eu tinha dificuldades; ia pra escola por brincadeira”, afirmou. Hoje, ele diz ter a grande oportunidade de seguir estudando. “Espero um acolhimento no ensino médio, no próximo ano, igual ao que tenho hoje.”

     

    Em 2014, a experiência Trajetórias Criativas será ampliada. De 12 escolas em duas cidades, passará a 30 em dez municípios. O projeto compreende várias etapas, mas o forte é o planejamento — semanal, quinzenal e mensal — feito em conjunto pelos professores. Todas as disciplinas têm a mesma carga horária, a iniciação científica faz parte da rotina das turmas, a alfabetização digital e audiovisual e as oficinas estão no núcleo de estudos. Além disso, saídas pedagógicas são planejadas para ampliar a visão de mundo dos estudantes.

     

    A professora de matemática Aline Formentin, de Alvorada, diz que a missão dos educadores que estão na escola e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), parceira da iniciativa, é resgatar os jovens, os professores e a família para um ensino motivador, que valorize a pessoa humana. “Em 11 anos de profissão, nunca tive a família dos alunos tão perto”, diz Aline.

     

    O seminário segue até quarta-feira, 12, na sede do Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília. Serão apresentados projetos desenvolvidos em Campo Grande, Natal, Salvador, Maceió, Rio de Janeiro e Distrito Federal.


    Ionice Lorenzoni

     

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  • As escolas públicas pré-selecionadas têm prazo somente até sexta-feira, 31, para aderir ao programa Mais Educação. O cadastramento deve ser feito pela internet. A meta do governo federal é atingir 45 mil escolas este ano e 60 mil em 2014.

    A adesão implica a escolha de até cinco de 70 atividades previstas nos dez macrocampos do programa: acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza; educação econômica.

    A partir deste ano, segundo a diretora de currículos e educação integral do Ministério da Educação, Jaqueline Moll, haverá atividades de acompanhamento pedagógico especializadas, como orientação de estudos e leitura. “Nosso objetivo é que, diariamente, a criança tenha, preferencialmente, uma hora e meia de atividade intelectual significativa, com ampliação do tempo em que ela está debruçada sobre os conhecimentos ensinados em sala de aula, pensando em leitura, escrita e cálculo”, salientou.

    Ao concluir o processo de adesão on-line, no Sistema Integrado de Monitoramento e Controle (Simec) do Ministério da Educação, a escola encaminha as informações à secretaria de Educação do município ou da unidade federativa. A secretaria pode fazer correções e adequações, a serem validadas pela escola.

    Criação— O programa Mais Educação foi instituído pela Portaria Interministerial nº 17, de 24 de abril de 2007, e regulamentado pelo Decreto nº 7.083, de 27 de janeiro de 2010. As escolas das redes públicas estaduais, municipais e do Distrito Federal fazem a adesão e, de acordo com o projeto educativo em curso, optam por desenvolver atividades nos macrocampos do programa. As unidades que integram o Mais Educação têm a maioria dos alunos atendida pelo programa Bolsa-Família. Um dos critérios de pré-seleção é o baixo índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb).

    O Mais Educação teve início em 2008, com a adesão de 1.380 escolas públicas. Atualmente está presente em 32 mil unidades de ensino — 10 mil em áreas rurais. O programa amplia a jornada escolar nas escolas públicas para no mínimo 7 horas diárias e garante aos estudantes do primeiro ao nono ano do ensino fundamental a participação em atividades orientadas no contraturno, além de reforço escolar.

    Paula Filizola


    Confira áudio sobre o Mais Educação com diretora de currículos e educação integral do Ministério da Educação, Jaqueline Moll
  • Atividades de esporte e lazer estão entre os macrocampos previstos no programa Mais Educação para as escolas que oferecem ensino em tempo integral (foto: João Bittar/MEC – 6/5/11)Foi prorrogado até 31 de maio o prazo para as escolas pré-selecionadas aderirem ao programa Mais Educação. O encerramento estava previsto originalmente para a próxima terça-feira, 30. O processo de adesão é feito pela internet. As 32 mil escolas já participantes do Mais Educação também devem se recadastrar até 31 de maio.

     

    No ano passado, das 32 mil escolas cadastradas, 9 mil eram do campo. Estima-se que das 13 mil novas instituições de ensino que vão aderir este ano, cinco mil estejam em áreas rurais. A meta do governo federal é chegar a 45 mil escolas até o fim do ano e a 60 mil em 2014.

     

    As escolas das redes públicas estaduais, municipais e do Distrito Federal que participam do Mais Educação recebem mais recursos para oferecer atividades em tempo integral. A adesão implica a escolha de até cinco atividades nos dez macrocampos do programa:

     

    • acompanhamento pedagógico

    • educação ambiental

    • esporte e lazer

    • direitos humanos em educação

    • cultura e artes

    • cultura digital

    • promoção da saúde

    • comunicação e uso de mídias

    • investigação no campo das ciências da natureza

    • educação econômica

     

    O programa Mais Educação foi instituído pela Portaria Interministerial nº 17, de 24 de abril de 2007, e regulamentado pelo Decreto nº 7.083, de 27 de janeiro de 2010.

     

    A adesão é feita por meio do Sistema Integrado de Monitoramento e Controle (Simec) do Ministério da Educação

     

    Assessoria de Comunicação Social

  • Está aberto o período de cadastramento de novas escolas públicas que pretendam integrar o Programa Mais Educação, da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação. O cadastramento deve ser feito por meio do acesso ao sistema do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) interativo e o cadastramento pode ser feito até o final de maio.

    A oferta da educação integral é realizada por meio da diversificação de atividades educacionais. As escolas passam a oferecer orientação de estudos e leitura, com acompanhamento pedagógico, obrigatória para todas as escolas, com monitoria, preferencialmente, de estudante de licenciaturas vinculadas ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), ou estudante de graduação com estágio supervisionado.

    Além do acompanhamento, os participantes podem optar por ações nas áreas de educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica.

    A meta para 2014 é alcançar a adesão de 60 mil escolas. Escolas que se apresentam com 50% ou mais de estudantes participantes do Programa Bolsa Família mantêm-se prioritárias para o atendimento, considerando a intersetorialidade do programa com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), por meio do Programa Brasil Sem Miséria.

    O Programa Mais Educação tem a finalidade de contribuir para a melhoria da aprendizagem, com o estímulo à ampliação do tempo de permanência de crianças, adolescentes e jovens matriculados em escola pública. É a estratégia indutora da educação em tempo integral no Brasil, instituída pela Portaria Interministerial n.º 17/2007 e regulamentado pelo Decreto 7083/2010.

    Acesse a página do PDDE Interativo para cadastrar a escola

    Confira o passo a passo para o cadastramento de novas escolas

     

    Assessoria de Comunicação Social

  • As quadras esportivas estimulam os estudantes a conviver na escola (Foto: João Bittar/Arquivo MEC) De 2011 a 2014, o Ministério da Educação aprovou a construção de 10.188 novas quadras e cobertura de quadras esportivas em escolas públicas brasileiras. Dessas, 8.468 estão em obras e 1.362 já foram concluídas. O compromisso do governo federal era o de contratar até o final do ano passado 10.116 novas quadras e coberturas.

    “As quadras poliesportivas são parte fundamental de uma escola completa, onde o estudante gosta de estar”, afirma Renilda Lima, diretora de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). “O governo federal procura garantir todas as condições aos municípios para que construam equipamentos completos, seguros e estimulantes para os estudantes.”

    A partir de 2011, a construção de quadras em escolas que ainda não tinham um local para a prática esportiva e a cobertura de quadras já existentes passaram a ser contempladas na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2). Estados e municípios podiam pedir recursos do governo federal no Plano de Ações Articuladas (PAR) para escolas de todas as etapas da educação básica, desde que a unidade tivesse no mínimo 100 matrículas registradas no censo da educação básica.

    Além do recurso, o FNDE forneceu o projeto arquitetônico, caso o estado ou município quisesse utilizá-lo. Os projetos foram feitos de acordo com as diversas dimensões de terrenos e de área construída e levam em conta também o número de estudantes que podem ser atendidos por turno.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação repassa às escolas recursos do programa Mais Educação para a oferta de atendimento pedagógico e atividades culturais e esportivas (foto: Geyson Magno/MEC – 19/9/10)A jornada ampliada de sete horas diárias e educação integral deve atender, este ano, a 7 milhões de estudantes das redes públicas do ensino fundamental urbano e rural, matriculados em 60 mil escolas. Para oferecer atendimento pedagógico e atividades culturais e esportivas, o Ministério da Educação repassa às escolas recursos do programa Mais Educação.

    O coordenador de educação integral da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Leandro Fialho, explica que as 49.426 escolas vinculadas ao Mais Educação em 2013 não precisam renovar a adesão este ano, caso pretendam continuar. Elas receberão, em março próximo, recursos no mesmo valor total do que foi registrado no plano de atendimento, no ano passado, em cota única, para as atividades planejadas para 2014. No entanto, se a escola tiver saldo registrado em 31 de dezembro de 2013, haverá desconto no próximo repasse. “Se a escola, por exemplo, recebeu R$ 20 mil em 2013, mas gastou R$ 18,5 mil, terá descontados R$ 1,5 mil na transferência de 2014”, explica Fialho.

    Adesão — Para o ingresso de aproximadamente 11 mil novas escolas, de maneira a chegar à meta de 60 mil, o Ministério da Educação vai abrir o processo de adesão em março, pelo PDDE Interativo, sistema informatizado que contém o diagnóstico de cada unidade de ensino — até 2013, o processo tramitava pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec). Segundo Fialho, caso a escola não inclua 100% dos estudantes, deve dar prioridade aos beneficiários do programa Bolsa-Família, do governo federal. Em 2013, eles representaram 65% dos alunos do Mais Educação.

    No momento da adesão ao Mais Educação, o gestor da escola deve informar, entre diversos dados, o número de estudantes e as atividades que eles vão desenvolver na jornada ampliada.

    Desde 2008, quando foi criado, o programa cresceu no número de escolas e de estudantes, conforme a tabela.

    Ionice Lorenzoni

  • A abertura das quadras em escolas públicas é resultado de parceria entre os ministérios da Educação e da DefesaEscolas públicas de educação integral que participam do programa Mais Educação vão contar este ano com novas quadras para atividades esportivas. São 73 espaços oferecidos pelo Ministério da Defesa em unidades do Exército, da Marinha e da Aeronáutica em municípios de 18 estados e no Distrito Federal.

    De acordo com Leandro Fialho, coordenador-geral de ações educacionais complementares da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), a abertura das quadras é resultado de uma parceria entre os ministérios da Educação e da Defesa, que começou a ser discutida em 2009. Cada escola do Mais Educação, explica Fialho, receberá do MEC o contato do Ministério da Defesa no seu município para acertar detalhes da parceria local, formas de uso dos espaços e definição de dias e horários.

    Os estados com maior número de quadras oferecidas pelo Ministério da Defesa são o Rio Grande do Sul com 14, Rio de Janeiro, 8, Pernambuco e Paraná com seis cada, Bahia e Pará com quatro cada.

    Segundo o coordenador, os esportes escolares estão entre as atividades mais procuradas pelos estudantes, daí a importância das quadras. A estimativa da Secad é que, este ano, 2,1 milhões de alunos vão estudar em escolas públicas de educação integral. Estão habilitadas 10.042 escolas, sendo 9.907 do ensino fundamental e 135 do ensino nas 27 unidades da Federação.

    O investimento do governo federal no programa Mais Educação em 2010 deve somar R$ 382 milhões. Os recursos saem dos cofres do Ministério da Educação direto para a caixa da escola. O repasse é em cota única, para ser aplicado durante dez meses de atividades. O valor do repasse é calculado de acordo com o número de alunos atendidos pelo programa.

    Ionice Lorenzoni


  • Crianças trabalham com horta comunitária como atividade de educação integral (Foto: Geyson Magno/Arquivo MEC) Ao alcançar, no final deste mês, 49,3 mil escolas públicas com matrículas de estudantes na educação integral, a Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação publica o caderno Passo a Passo do programa Mais Educação, com orientações para as escolas de todo o país.

     

    Na apresentação do caderno, a diretora de currículos da educação básica da SEB, Jaqueline Moll, diz que a proposta do programa “constitui-se a partir da compreensão de uma escola que baixa seus muros e encontra a cultura, a comunidade, a cidade em processos permanentes de expansão e de criação de territórios educativos”.  O documento, que será impresso e distribuído para o conjunto das escolas públicas que aderiram ao Mais Educação, traz um desenho da organização das atividade em escolas situadas no campo e na área urbana. Nas duas situações, o acompanhamento pedagógico é obrigatório.

     

    No caso das escolas no campo, o acompanhamento pedagógico deve abranger cinco campos do conhecimento: ciências humanas, ciências e saúde, etnolinguagem, matemática, leitura e produção de textos. Além do currículo, as atividades nessas escolas também devem privilegiar itens como agroecologia, cultura, iniciação científica, memória e história das comunidades tradicionais.

     

    Quando trata das escolas urbanas, que são maioria no programa, o caderno propõe que durante o acompanhamento pedagógico a escola oriente os estudos dos alunos e a leitura, além de escolher uma terceira atividade, que pode ser letramento, matemática, línguas estrangeiras, de uma lista de seis sugestões.


    Prioridades – Ao tratar dos estudantes prioritários do programa Mais Educação, o caderno relaciona situações que devem merecer a atenção do diretor da escola, do orientador pedagógico e do conselho escolar: crianças e jovens em situação de risco e vulnerabilidade social; estudantes que congregam, lideram, incentivam e influenciam positivamente seus colegas; aqueles com defasagem escolar em relação à idade; com índices de repetência; que demonstram interesse em estar na escola por mais tempo.

     

    Exceto nas escolas com poucas matrículas, a Secretaria de Educação Básica orienta a direção a matricular na educação integral, pelo menos, 100 estudantes, mas não estabelece um número máximo.

     

    Ao tratar da questão dos reduzidos espaços escolares para a educação integral, problema típico na maior parte das redes públicas, o caderno Passo a Passo sugere aos educadores a construção de um mapa das possibilidades na escola – biblioteca, pátio coberto, sala de leitura; na comunidade – salão paroquial, espaço dos escoteiros, centros comunitários, praças; e de outras áreas – museu da cidade, pátio do Corpo de Bombeiros, quartel das Forças Armadas.

     

    Outro item diz respeito ao planejamento da oferta de educação integral. Nesse ponto, o caderno indica que a primeira medida a tomar é escolher o professor comunitário da escola. Este educador será o responsável por coordenar as atividades.

     

    Na última das 32 páginas do caderno Passo a Passo, Jaqueline Moll explica que “a escola do século 21 não pode ser mais a escola do tempo de copiar do quadro”.


    Ionice Lorenzoni


    Conheça o caderno Passo a Passo do programa Mais Educação

  • Com o governador e o vice do DF, Agnelo Queiroz e Tadeu Filippelli, o ministro Haddad defende investimentos no Entorno. (Foto: Fabiana Carvalho)O Distrito Federal vai ganhar, até o fim do ano, mais 50 unidades de educação infantil, por força de um protocolo de cooperação técnica e financeira entre a União, por meio do Ministério da Educação, e o governo local. A parceria, que também atende a expansão das universidades e dos institutos federais e a educação em tempo integral, tem o objetivo de melhorar os indicadores da rede distrital de educação.

    Na cerimônia de assinatura do acordo, ao lado do governador do DF, Agnelo Queiroz, e do vice, Tadeu Filippelli, o ministro da Educação, Fernando Haddad, ressaltou a inclusão do entorno do Distrito Federal entre as localidades que poderão receber investimentos.

    “Tanto a presidenta Dilma Rousseff quanto o governador Agnelo solicitaram que no plano de expansão das universidades e dos institutos federais fosse contemplado o entorno de Brasília”, observou Haddad. “Muitas vezes, a gente não se dá conta da quantidade de pessoas que moram ali e da baixa capacidade de investimento dos prefeitos. Com investimentos federais poderemos desenvolver aquela região”, afirmou Haddad.

    O acordo possibilitará projetos conjuntos nas áreas de infraestrutura da rede pública de ensino, práticas pedagógicas e da metodologia de avaliação da educação. Prevê também o aperfeiçoamento da gestão educacional e a formação continuada de professores. As unidades de educação infantil serão incluídas no Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância).

    Diego Rocha


  • Campo Grande (MS), 18/6/2018
    – O ministro da Educação, Rossieli Soares, conheceu, nesta segunda-feira, 18, a primeira versão do currículo elaborado pelo estado do Mato Grosso do Sul em diálogo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Este é o primeiro currículo estadual no país construído a partir dos objetivos de aprendizagens exigidos pela BNCC. Na ocasião, secretários municipais e representantes de cada cidade do estado também foram apresentados ao documento em uma cerimônia realizada na capital Campo Grande.

    “A BNCC é um dos documentos mais importantes que tivemos nos últimos anos no Brasil”, destacou o ministro. “É onde nós queremos chegar dentro da educação brasileira. Mato Grosso do Sul está construindo isso, juntamente com os municípios, de forma coletiva”.  O trabalho é fruto de uma parceria entre o governo do MS, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o MEC, entre outras entidades participantes, como Fundação Ayrton Senna, Fundação Lemann e Vivo.

    O Mato Grosso do Sul é o primeiro estado brasileiro a ter seu currículo pronto no âmbito do ProBNCC, num trabalho que envolveu 100% dos municípios. O estado tem direito a R$ 1.555.216,19, via recursos do Plano de Ações Articuladas (PAR), oferecido pelo programa, e foi um dos primeiros a ter seu termo de referência aprovado, com o repasse do montante de R$ 466.564,86.

    O modelo sul-mato-grossense vem apoiando outros estados com trocas de experiências e informações sobre o processo de implementação do ProBNCC. “Temos agora a possibilidade do primeiro estado que entrega o currículo e que tem discutido e debatido de forma democrática, com a sociedade e com os professores”, explicou Rossieli Soares. “Mato Grosso do Sul saltou na frente nesse sentido”.

    O ministro da Educação, Rossieli Soares, destacou o pioneirismo do Mato Grosso do Sul na elaboração do currículo com base na BNCC (Foto: André Nery/MEC)

    Reinauguração – Antes da solenidade de apresentação do currículo, o ministro participou da reinauguração da Escola Estadual de Ensino Médio em tempo integral Waldemir de Barros da Silva, localizada na Vila Moreninha. O prédio foi reformado e, além da readequação de suas instalações, ganhou obras na quadra esportiva e na estrutura em geral.

    “É fundamental que a gente avance no ensino médio, trazendo flexibilidade e mais escolas de tempo integral. Esse é o caminho que tem dado certo no ensino médio”, disse Rossieli Soares.

    A reforma custou cerca de R$ 1,5 milhão, dos quais R$ 1 milhão são oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao MEC. A unidade não interrompeu suas atividades durante a reforma, iniciada em novembro de 2017. O espaço conta com 16 salas, sendo 13 salas de aula e três laboratórios. Hoje o espaço atende a 440 alunos do ensino médio. “Nos últimos dois anos, nós iniciamos mil escolas como essa em todo o Brasil, com investimento do governo federal, porque acreditamos que trazer para a juventude brasileira opções é o melhor caminho”, ressaltou o ministro.

    A escola ganhou o título de referência regional do Centro-Oeste, sendo uma das cinco finalistas do Prêmio Gestão Escolar 2017, promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), em parceria com o MEC, por meio do FNDE. Mais de 4 mil escolas do Brasil concorreram naquela edição. O prêmio contempla projetos inovadores e gestões competentes na educação básica da rede pública de todo o país. Para participar, o diretor tinha que fazer uma autoavaliação de sua gestão.

    Tempo integral – Presente ao evento, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB/MS), destacou o trabalho do estado com as escolas em tempo integral. “Hoje, nós temos nessa metodologia 35 escolas estaduais no estado e queremos evoluir isso para o maior número de escolas possível”, explicou. “Para nós, é uma alegria enorme estar aqui para fazer essa inauguração. É muito mais do que a inauguração da estrutura física, é o significado realmente da melhoria, é o modelo de gestão; é o resultado que vocês têm que premiou essa escola”.

    O programa de educação em tempo integral do governo de Mato Grosso do Sul se chama Escola da Autoria. A meta é atingir 6,7 mil matrículas até 2020.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Nesta sexta-feira, 11, Dia Nacional do Estudante, o ministro da Educação, Mendonça Filho, visitou a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Henrique Coutinho, no município de Iúna (ES), a 190 km da capital Vitória. Na ocasião, foi inaugurada uma nova instalação destinada ao projeto Escola Viva – do qual a escola faz parte desde fevereiro deste ano –, voltado para o modelo de ensino em tempo integral, com propostas pedagógicas inovadoras e que oferecem ao estudante um aprendizado focado no mercado de trabalho.

    “Estamos avançando com políticas públicas importantes, como é o caso do Novo Ensino Médio, valorizando principalmente o papel do jovem; e, ao mesmo tempo, outras políticas, como a educação em tempo integral”, explicou Mendonça Filho. Além do ministro e dos 450 estudantes presentes, participaram da solenidade o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung; o prefeito de Iúna, Weliton Virgílio Pereira; e o secretário estadual de Educação, Haroldo Corrêa. Serão oferecidas 600 vagas, em tempo integral, para estudantes do nono ano do ensino fundamental e do primeiro e terceiro ano do ensino médio.

    “A educação abre portas e janelas de oportunidades para os nossos jovens”, disse o governador Paulo Hartung. “Nesse mundo competitivo em que vivemos, precisamos melhorar a qualidade da educação dos nossos jovens. É o primeiro passo para dar dignidade e competitividade ao país”. Hartung foi aluno da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Henrique Coutinho.

    “Esse modelo da Escola Viva recebe apoio do governo federal para expandir ainda mais”, disse o ministro, ao inaugurar escola capixaba (Foto: Diego Dubard/MEC)

    Plano – A educação em tempo integral é um dos pontos principais do Plano Nacional de Educação (PNE). Até 2016, o número de matrículas nessa modalidade em toda a rede pública era de aproximadamente 300 mil. A meta é, em três anos, assegurar 900 mil matrículas em educação de tempo integral. “Esse modelo da Escola Viva recebe apoio do governo federal para expandir ainda mais”, garantiu o ministro. “Temos 17 escolas funcionando e é política do MEC mais do que dobrar a oferta de matrículas em educação em tempo integral em todo o Brasil. ”

    Ao longo da manhã, Mendonça Filho conversou com alguns estudantes. Um deles foi Erickson Santos, aluno do terceiro ano. “Acho que a Escola Viva é o grande marco para a educação aqui em Iúna”, disse o jovem. “Aqui temos um estudo de qualidade e dinâmico. Não passamos o dia inteiro estudando, mas socializamos com outros jovens e temos um contato maior com os professores. ” Com os investimentos, antigas áreas da escola também foram adaptadas e hoje a unidade conta com salas temáticas para estudo de conteúdo, biblioteca, laboratório de informática, espaços para atividades de música, prática de esportes, além de uma sala com recursos acessíveis.

    Além da estrutura diferenciada e do currículo inovador, na Escola Viva os profissionais possuem dedicação integral e os alunos permanecem na instituição de ensino durante nove horas e 30 minutos diários. A carga horária é das 7h30 às 17h, sendo uma hora e 20 minutos para o almoço e dois intervalos de 20 minutos para o lanche. As refeições são ofertadas pela escola.

    Ações – Durante a visita ao Espírito Santo, Mendonça Filho destacou o trabalho desenvolvido pelo MEC para que a educação se solidifique como uma base de transformação da realidade política social brasileira. “Vamos continuar investindo na área dos institutos federais de educação e nas escolas de educação técnica, vinculadas ao MEC, além de políticas consagradas e importantes, como o ProUni [Programa Universidade para Todos] e o Novo Fies [Fundo de Financiamento Estudantil], que vai proporcionar, a partir de 2018, acesso a financiamento educacional com juro zero”, finalizou o ministro.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O ministro da Educação, Henrique Paim, inaugurou nesta sexta-feira, 4, a Escola Municipal Suzana Craveiros, em Atalaia, Alagoas, a 60 quilômetros de Maceió. É a primeira unidade inaugurada por Paim desde que assumiu o Ministério da Educação.

    “Estive aqui em 2010 para visitar a cidade, que passava por grave enchente, e na época falei ao então presidente Lula da importância de se construir escolas”, lembrou o ministro. A escola, que atenderá cerca de 800 alunos do ensino fundamental, em tempo integral, tem 12 salas de aula, além de laboratórios de informática, ciências e línguas, biblioteca, miniauditório, quadra coberta e campo de futebol.

    “O MEC nos deu todo o apoio para a construção de escolas nos municípios atingidos pela enchente de 2010”, disse a secretária de educação e do esporte de Alagoas, Josicleide Moura. “Inaugurar esta unidade nos traz muita alegria, pois trata-se de um espaço de qualidade para receber programas de educação em tempo integral.”

    Creches — Além de inaugurar a escola, o ministro visitou obras da Creche e Pré-Escola Vila Olímpica, em Maceió. Segundo Paim, a capital alagoana tem 11 unidades em construção, de um total de 23 contratadas. O governo federal já investiu cerca de R$ 28 milhões em parceria com municípios alagoanos. No estado, já foram atendidos 72 municípios e pactuadas 144 creches. O valor total de convênios chega a R$ 168,7 milhões.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O planetário, construído com recursos do Fundeb, é um dos grandes atrativos para os estudantes da rede de ensino de Arapiraca (foto: meuplanetariodigital com br)Um planetário para estudar ciências e astronomia; um centro onde se estuda história, artes, música e dança; uma escola municipal de circo e um centro de apoio aos esportes. Os donos desses espaços são estudantes da educação integral pública de dez escolas do ensino fundamental de Arapiraca, Alagoas.

    Em 2007, o município começou a investir recursos próprios no ensino de tempo integral e, em 2009, para ampliar o projeto, aderiu ao programa Mais Educação do governo federal. Hoje, de acordo com a secretária de Educação, Ana Valéria Peixoto, Arapiraca tem cerca de 5,1 mil alunos estudando em tempo integral, incluídos os do Mais Educação.

    A secretária explica que a educação integral é uma política pública que começa com as crianças do segundo ano do ensino fundamental. Como, no entanto, manter estudantes por nove horas na escola requer muitos recursos, o município atende 100% dos alunos em oito escolas urbanas, uma quilombola e uma no campo. A educação integral nessas dez unidades vai do segundo ao quinto ano (anos iniciais) do ensino fundamental.

    A rede de Arapiraca tem 58 escolas e 25 centros de educação infantil, mais de dois mil professores com formação superior e 173 outros profissionais, entre monitores, merendeiras e fiscais que exercem as funções de apoio.

    Projeto— Ana Valéria destaca que as unidades com educação integral têm projeto pedagógico, currículo e projeto socioeducativo aprovados pelo Conselho Municipal de Educação. O projeto socioeducativo está dividido em eixos que compreendem letramento, matemática e ciências, esportes, música, teatro e dança.

    O projeto municipal, que entra no sétimo ano de execução, é voltado para os estudantes da periferia da cidade. Para atendê-los, a secretaria de Educação montou espaços apropriados para cada atividade fora das escolas — dois centros, o planetário e a escola de circo. Ônibus escolares transportam as crianças de casa para a escola, da escola para os centros e dos centros para casa. O planetário, por exemplo, foi construído com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). É, segundo a secretária, um dos locais mais disputados pelos alunos. A escola de circo é outra atração que mobiliza estudantes, pais e comunidade.

    Durante o dia, os estudantes fazem cinco refeições — lanches na entrada e no recreio, almoço, lanche da tarde e jantar, antes de ir para casa. Ana Valéria revela que a prefeitura investe R$ 600 mil mensais para custear a alimentação escolar, além da verba da merenda enviada pelo MEC. “O investimento reverte no encantamento das crianças pela astronomia, na descoberta de habilidades na dança, no circo, no caratê e na alegria dos pais com o talento dos filhos”, diz Ana Valéria, ao avaliar o projeto. O índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da rede também evoluiu. Em 2007, foi de 3,7 pontos; em 2011, de 4,1, o que deveria ocorrer este ano.

    A Escola de Circo faz parte do projeto socioeducativo da rede de ensino de Arapiraca e mobiliza estudantes, pais e comunidade (foto: alagoastempo com br)Desafios— Ana Valéria afirma que o desafio de Arapiraca é ampliar a cada ano o número de escolas com educação integral, até ter toda a rede atendida com nove horas diárias de estudos e atividades culturais e esportivas. A política municipal é construir escolas com capacidade para atender em tempo integral todos os alunos.

    Em 2013, a prefeitura pediu recursos, por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR) do Ministério da Educação, para construir mais uma unidade urbana dentro dessa filosofia. Em agosto próximo, será aberto um centro de apoio às escolas do campo para atender 350 alunos de unidades da região. No centro, os estudantes terão formação relacionada às atividades do campo, como agricultura familiar.

    Município do Agreste alagoano, a 128 quilômetros de Maceió, Arapiraca tem 218,4 mil habitantes, segundo o Censo Demográfico de 2010. É a segunda maior cidade de Alagoas. A economia está baseada na agricultura e no comércio.

    Mais Educação — Integrante do Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação (PNE), o programa Mais Educação foi criado em 2007 para incentivar, com transferência de recursos federais, as secretarias estaduais e municipais de Educação a oferecer educação integral na rede pública. Em 2008, primeiro ano de atividade, aderiram ao programa 1.380 escolas de ensino fundamental. Em 2009, o número subiu para 5 mil unidades; em 2010, chegou a dez mil; em 2011, a 14,9 mil e, em 2012, a 32 mil. A meta para 2013 é alcançar 45 mil escolas.

    Ionice Lorenzoni

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  • Em Apucarana, no interior do Paraná, depois que os alunos passaram a ficar mais tempo na escola, os índices de violência diminuíram, a auto estima dos professores cresceu e a agricultura familiar ficou mais forte. O secretário municipal da cidade, Cláudio Aparecido da Silva, atribui os resultados à experiência bem sucedida de implantar a educação integral nas escolas municipais. A experiência foi relatada no colóquio sobre o tema, durante a Conferência Nacional de Educação (Conae), nesta segunda-feira, dia 29, em Brasília.

    “Um total de 21,62% das escolas municipais alcançaram o ideb de 2021”, disse Cláudio, em referência ao desempenho das instituições no índice de desenvolvimento da educação básica, medido a cada dois anos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). A nota do município no ideb passou de 4,5 em 2005 para 5,3 em 2007 – meta prevista só para 2011.

    De acordo com Cláudio, além do desempenho educacional, vários outros setores municipais sofreram melhorias porque a comunidade toda se envolveu com a proposta de educação integral. “Os meninos saíram das ruas, mas eles não passam simplesmente mais tempo na escola. Todas as atividades têm uma proposta pedagógica que foi discutida com vários setores da sociedade”, disse.

    Para as atividades desportivas e de lazer, por exemplo, as escolas firmaram parcerias com igrejas e clubes. “Buscamos estruturas que as escolas não tinham.” A fim de garantir desenvolvimento saudável às crianças e ainda impulsionar a agricultura local, foi criada uma disciplina de educação alimentar, em que as crianças aprendem sobre hábitos saudáveis, cultivam alimentos na horta comunitária e os demais produtos são comprados diretamente com os produtores da cidade. “Temos nutricionistas que acompanham todo o trabalho”, esclareceu Cláudio.

    O desenvolvimento dos projetos pedagógicos levou em consideração a realidade de cada escola. “Fizemos inventários de tudo o que cada escola tinha ou não a oferecer aos alunos.” O programa também investiu na capacitação dos professores para que fossem capazes de identificar talentos e deficiências dos estudantes e estimular suas habilidades. O resultado é que os docentes passaram a se sentir mais realizados profissionalmente.

    Hoje, os alunos de Apucarana chegam às 7h30 à escola e só saem às 16h30. Eles têm aulas do currículo normal, de reforços, práticas desportivas, educação alimentar e dança, entre outros. A iniciativa municipal integra o programa Mais Educação, que visa fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar.

    Maria Clara Machado

    Leia mais sobre a Conae.
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