Gestores públicos dos 16 municípios do Amapá compareceram nesta sexta-feira, 10, à oficina do MEC, para conhecer melhor a estrutura e o funcionamento dos programas educacionais do governo federal. Ao todo, 60 gestores foram capacitados pelos dirigentes e técnicos do ministério. O encontro é a continuação da segunda etapa das oficinas, que reúnem gestores, secretários e outras representações locais de educação.
Segundo o coordenador-geral dos programas de transporte, saúde e educação de jovens e adultos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), José Maria Rodrigues de Souza, que abriu o evento, o governo federal e o Ministério da Educação estão presentes nos estados e municípios para cumprir o papel não só de administradores, mas de orientadores dos projetos educacionais. "As oficinas são um exercício de cidadania, que permite uma análise sobre a visão sistêmica da educação", afirma Rodrigues.
Para o secretário estadual de educação do Amapá, José Adauto Santos Bittencourt, a oficina é a ocasião para se tirar dúvidas sobre os projetos em andamento no MEC. "Devido à diversidade do nosso estado e às dificuldades que enfrentamos no campo da educação, essa é uma oportunidade de se aprender muito e, por outro lado, fazer integração entre município, estado e governo federal, que sempre foi um parceiro."
Conforme Bitencourt, o objetivo do MEC é o mesmo da secretaria de educação do estado, ou seja, a melhoria do ensino, a valorização dos profissionais da educação e o acesso de todas as crianças à escola.
Na opinião da chefe da Divisão de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação, Odete Barroso Albuquerque, a ação no Amapá tem o mesmo comprometimento que se nota nos programas do ministério voltados para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. "As orientações que recebemos sobre todos os programas do MEC são fundamentais, uma vez que nem sempre temos condições de desenvolvê-los plenamente, na maioria das vezes por falta de informações. As oficinas são o subsídio que precisamos para a prática no dia-a-dia", afirma.
Durante as oficinas, representantes das secretarias de Educação Básica (SEB/MEC), de Educação Especial (Seesp/MEC), de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), de Educação a Distância (Seed/MEC), de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) explicaram aos gestores locais, de forma didática, o funcionamento da estrutura do ministério destinada a apoiar a educação básica municipal.
Entre os programas apresentados estão a merenda e o transporte escolares, a distribuição do livro didático, o Escola de Fábrica, o apoio financeiro à alfabetização e à educação de jovens e adultos, a complementação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) e o censo escolar.
As oficinas do MEC foram criadas em 2005, depois que técnicos verificaram que gestores municipais desconhecem a estrutura, os programas e projetos oferecidos pelo ministério. Até maio deste ano, serão realizadas 38 oficinas em todos os estados, abrangendo os 5.562 municípios do país. Entre abril e agosto de 2005, foram promovidas oficinas-piloto no Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, envolvendo 1.417 municípios e 3.180 participantes. Os próximos encontros serão no Rio de Janeiro (RJ), 13 de março; Novo Hamburgo (RS), 21 de março; e Bagé (RS), 24 de março.
Cristiano Bastos