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  • Diminuir a evasão de alunos no ensino médio noturno foi o objetivo do projeto da Escola Estadual de Educação Básica Cruzeiro, de Santa Rosa (RS), premiado no concurso promovido pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC). A Escola Estadual de Ensino Médio Emil Glitz, de Ijuí (RS), foi outra instituição da Região Sul que ganhou R$ 140 mil do Ministério da Educação pelo projeto desenvolvido para a melhoria do ensino médio noturno. Concorreram ao prêmio 201 projetos da região.

    O concurso pretende estimular alunos do ensino médio que trabalham durante o dia, chegam cansados à escola e não têm bom rendimento escolar. Dez escolas das cinco regiões do país receberam cada uma R$ 140 mil para o desenvolvimento das ações propostas. Os recursos serão usados para melhorar a infra-estrutura da instituição e capacitar professores.

    Segundo a coordenadora do projeto de Santa Rosa, Beatriz Vitorino Steffan, a reestruturação do projeto pedagógico do ensino médio noturno foi feita a partir de pesquisas na comunidade para conhecer a realidade do aluno. "A proposta é baseada na fala do educando e nas dificuldades que ele enfrenta no dia-a-dia", diz. O trabalho é desenvolvido na escola desde 2002 e este ano atende 130 estudantes, que têm entre 18 e 51 anos de idade.

    O objetivo era reduzir o alto índice de evasão, quando turmas iniciavam com 35 a 40 alunos e terminavam o ano com dez estudantes. A nova proposta pedagógica enfatiza questões relacionadas ao cotidiano do educando. "Na matemática, por exemplo, trabalhamos temas como economia e redução de custos para ajudar o estudante a cuidar das suas contas em casa", disse Beatriz.

    O outro projeto premiado na Região Sul, da Escola Estadual de Ensino Médio Emil Glitz, de Ijuí (RS), foi selecionado pela organização curricular e o trabalho pedagógico com 273 alunos do ensino médio noturno. "As aulas acontecem de segunda a quinta-feira. A sexta-feira é dedicada ao planejamento coletivo, com a realização de debates e encontros de estudo", diz a coordenadora do projeto, Ivete Stelita Renz.

    Apoio - É a primeira vez que o governo federal incentiva financeiramente o ensino médio noturno, responsável por 49% das matrículas da rede pública neste nível de ensino.

    Repórter: Flavia Nery

     

  • Mobiliar e aumentar o acervo da biblioteca, comprar equipamentos de informática e promover cursos de capacitação de professores estão no projeto da Escola Estadual Condessa Filomena Matarazzo, de São Paulo, premiado no concurso promovido pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) para a melhoria do ensino médio noturno. Pelo projeto, a escola recebeu R$ 140 mil do Ministério da Educação para desenvolver atividades que melhorem o rendimento escolar dos alunos do turno noturno.

    A escola paulista foi uma das premiadas da Região Sudeste – a outra é de Minas Gerais. O concurso do MEC tem o objetivo de estimular os alunos do ensino médio que trabalham durante o dia, chegam cansados para as aulas e, por isso, não têm bom rendimento escolar. Dez escolas das cinco regiões do país receberam, cada uma, R$ 140 mil para o desenvolvimento das ações propostas. Os recursos serão usados para melhorar a infra-estrutura da instituição e capacitar professores.

    De acordo com a coordenadora do projeto de São Paulo, Célia Maria Giglio, o projeto O Vôo da Fênix — Reconstruindo a Escola Noturna tem como objetivo melhorar o rendimento dos alunos, que tiveram desempenho inferior ao dos estudantes do curso diurno, de acordo com análise do aproveitamento acadêmico nos últimos cinco anos. “Para reverter esse quadro, passamos a estimular a participação dos alunos na sua avaliação, com o desenvolvimento de projetos que tratam de problemas da escola e da comunidade”, disse. Célia explica que momentos de conflito vividos pelos estudantes foram transformados em oportunidades de aprendizagem.

    Minas — O outro projeto premiado na Região Sudeste, da Escola Estadual de Melo Viana, de Esmeraldas, Minas Gerais, foi selecionado pela proposta de oferecer aos alunos opções culturais antes inexistentes no município. “Fizemos um projeto para oferecer minicursos de dança, música, esportes, artes e informática para os alunos do ensino médio noturno”, enumerou a coordenadora do projeto, Joelma Natália Peixoto.

    Segundo ela, os recursos do prêmio serão usados para a realização dos minicursos aos sábados, reestruturação da biblioteca, compra de equipamentos eletrônicos e criação de uma rádio e de um jornal escolar.

    Pela primeira vez, o governo federal incentiva financeiramente o ensino noturno, responsável por 49% das matrículas da rede pública no ensino médio.

    Repórter: Flavia Nery

     

  • As iniciativas destinadas a reduzir os índices de evasão e melhorar o rendimento escolar de alunos do ensino médio noturno da Escola Dona Maria Amélia Bezerra, em Juazeiro do Norte, Ceará, foram reconhecidas em concurso promovido pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC). Pelo projeto, desenvolvido desde 2003, a escola recebeu R$ 140 mil do Ministério da Educação para aprimorar e ampliar as atividades desenvolvidas.

    A escola cearense foi uma das premiadas da Região Nordeste -  concorreram ao prêmio 229 projetos. O concurso do MEC tem o objetivo de estimular os alunos do ensino médio que trabalham durante o dia, chegam cansados para as aulas e, por isso, não têm bom rendimento escolar. Dez escolas das cinco regiões do país receberam, cada uma, R$ 140 mil para o desenvolvimento das ações propostas. Os recursos serão usados para melhorar a infra-estrutura da instituição e capacitar professores.

    De acordo com a coordenadora do projeto de Juazeiro do Norte, Maria do Socorro de Souza, as atividades de reforço escolar, sessões de estudo aos sábados, aulas de informática e ações de integração de classes reduziram os índices de evasão do ensino médio noturno. Em 2003, a aprovação dos alunos era de 57%. Em 2005, passou para 71%. A evasão caiu de 32% em 2003 para 23% em 2005.

    "O dinheiro que recebemos do MEC será usado para aprimorar essas atividades, reformar a infra-estrutura do colégio, criar uma radioescola e oferecer lanche para os alunos que vêm diretamente do trabalho", disse Maria do Socorro. O trabalho desenvolvido na instituição atende 498 estudantes, que têm entre 16 e 42 anos de idade, e envolve 17 professores. Na avaliação de Maria do Socorro, o mais importante dessa iniciativa é dar oportunidades iguais de participação nas atividades escolares aos alunos que trabalham durante o dia e estudam à noite.

    Alagoas - O outro projeto premiado na Região Nordeste, o da Escola Estadual Pedro Joaquim de Jesus, de Teotônio Vilela, Alagoas, foi selecionado pela proposta de oferecer o ensino médio noturno integrado à educação profissional. Segundo o coordenador do projeto, Cícero da Trindade, a idéia surgiu para atender a maioria dos alunos que trabalham na agroindústria açucareira e estudam à noite. "Com o prêmio, vamos implementar um novo currículo que vai correlacionar o conhecimento produzido na escola com o saber exigido no mundo do trabalho", disse. Os 540 alunos matriculados no ensino médio noturno ainda farão um estágio supervisionado para concluir os estudos.

    Pela primeira vez, o governo federal incentiva financeiramente o ensino médio noturno, responsável por 49% das matrículas da rede pública neste nível de ensino.

    Repórter: Flavia Nery

     

  • Premiados da Região Norte. Foto: Wanderley PessoaDuas escolas da Região Norte que propõem mudanças na forma de ensinar foram premiadas em concurso promovido pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) para a melhoria do ensino médio noturno. A Escola Estadual Professora Esther da Silva Virgolino, de Macapá, e a Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, de Belém, receberam na quinta-feira, dia 16, um cheque de R$ 140 mil, cada uma, para desenvolver os dois projetos vencedores, entre os 87 inscritos na região.

    O concurso tem o objetivo de estimular os alunos do ensino médio noturno, os quais geralmente trabalham durante o dia e chegam cansados à escola. Os recursos serão usados para melhorar a condição dos prédios escolares, capacitar professores e dar aos jovens aulas dinâmicas e adequadas à sua realidade.

    A coordenadora do projeto premiado no Amapá, Antonice de Melo, está otimista com a perspectiva de mudanças. Em 2005, ela sentiu a desmotivação dos alunos em razão das dificuldades que enfrentam. A maioria trabalha para sustentar a família e não tem muita disposição para estudar. Há, ainda, a falta de infra-estrutura da escola. “Há apenas um computador e mesmo assim ele está doente, não serve pra nada”, disse. A localização da escola também não ajuda. “Os alunos têm que andar muito e por um caminho isolado”, afirmou Antonice. Mesmo com as dificuldades, a professora ajudou a promover os Jogos Escolares, com campeonatos esportivos e jogos didáticos. Conseguiu animar a turma e aumentar a freqüência.

    Com o dinheiro recebido, a diretora da escola de Macapá, Arlene Favacho, pretende reformar o auditório, comprar 50 computadores e um aparelho projetor, equipar o laboratório de ciências e investir nas aulas de artes.

    Belém — Baixa freqüência, presença oscilante em determinados dias da semana e desinteresse na realização das atividades propostas. Esse era o quadro do ensino médio noturno na escola de Belém. No ano passado, numa única turma de primeira série, 32 alunos, dos 41 matriculados, apresentaram rendimento abaixo da média. Muitos foram considerados desistentes.

    Para estimular os 190 estudantes, entre 14 e 43 anos — a maioria sobrevive do trabalho informal —, a escola apresentou um projeto de pesquisa com enfoque interdisciplinar, aliado à qualificação profissional, de acordo com a realidade local. Durante o período de planejamento das ações, de outubro a dezembro de 2005, a escola mostrou os primeiros resultados. Segundo a coordenadora do projeto, Luiza Pereira da Silva, os alunos passaram a freqüentar a escola até mesmo fora do horário de aula para uso da biblioteca, do laboratório de informática e orientação com os professores. “Tínhamos mais de 50% de evasão. Com o projeto, a freqüência e o aproveitamento aumentaram em 70%”, disse Luiza.

    Em 2006, os estudantes vão pesquisar a história e a cultura da Ilha de Caratateua. No trabalho, usarão a internet, realizarão entrevistas com as pessoas mais antigas do lugar e organizarão seminários para apontar perspectivas. As atividades contribuirão para o desenvolvimento geral dos alunos, que também terão oportunidade de participar de cursos básicos de informática, eletro-hidráulica, inglês, confecção de bijuterias e reciclagem de materiais diversos para ampliar as chances no mercado de trabalho.

    Repórter: Heloisa d'Arcanchy

     

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, assina na próxima sexta-feira, 26, convênio com a Secretaria de Educação do estado de São Paulo no valor de R$ 23.684.169,83, no âmbito do Programa de Melhoria e Expansão do Ensino Médio (Promed). A solenidade será às 10h, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, e contará com a presença do governador Geraldo Alckmin.

    O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), gestor do Promed, vai transferir os recursos em uma única parcela, cuja maior parte irá para a capacitação de docentes. O dinheiro será utilizado em programas de formação continuada de professores nas áreas de ciências humanas e de projetos escolares e na aquisição de 3.373 livros para atualização e complementação de bibliotecas de escolas de ensino médio.

    Os recursos também servirão para o desenvolvimento, pela Secretaria estadual de Educação, de softwares para implementação e gerenciamento do sistema de auto-avaliação das escolas de ensino médio, além de ferramentas para auto-avaliação, como estratégia de melhoria da qualidade do ensino médio. Parte do dinheiro será destinada à contratação de consultorias para a especificação e aquisição de material pedagógico, assessoria às ações do Promed em São Paulo e apoio aos estudos e projetos dirigidos ao aperfeiçoamento deste nível de ensino.

    Promed – Com um orçamento de US$ 220 milhões, dos quais 50% são provenientes de contrato de empréstimo firmado entre o Ministério da Educação e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a outra metade oriunda de contrapartida nacional – sendo US$ 39,3 milhões do Tesouro Nacional e US$ 70,7 milhões dos estados –, o Promed tem por objetivo melhorar a qualidade e a eficiência do ensino médio, expandir sua cobertura e garantir maior eqüidade social. O acordo entre o MEC e o BID termina em janeiro de 2007.

    Com os recursos do programa, as secretarias estaduais de educação podem promover a formação continuada de docentes e gestores de escolas de ensino médio, construir, reformar, ampliar prédios escolares e equipar as escolas com bibliotecas, laboratórios de informática e ciências e aparelhos de recepção da TV Escola. (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)

  • As 16.773 escolas públicas de ensino médio e profissionalizantes vão receber, no primeiro semestre de 2007, duas novidades: os livros Antártica e O Brasil e o Meio Ambiente Antártico, enviados pelo MEC. As obras fazem parte da coleção Explorando o Ensino e servem de apoio ao trabalho do professor, ao permitir o aprofundamento e novas formas de abordagem dos conteúdos em sala de aula.

    Antártica, volume 9 da coleção Explorando o Ensino, tem tiragem de 72 mil exemplares − quatro para cada escola e reserva técnica para as secretarias estaduais de educação. O livro tem capítulos sobre atmosfera, clima, manto de gelo, oceano austral, vida na Antártica, cuidados com o meio ambiente e presença humana no continente.

    Já o volume 10 da coleção feita pelo MEC, O Brasil e o Meio Ambiente Antártico é uma edição de tamanho maior, com fotos do continente antártico, de autoria de Armando Haddano. Apresenta iniciativas ambientais brasileiras e as mudanças ambientais no mundo, como o aquecimento global na Antártica, integração atmosfera e gelo, clima impresso nas rochas, buraco na camada de ozônio e efeito do Sol no meio ambiente terrestre.

    Monitoramento − Aborda, também, o monitoramento ambiental da Baía do Almirantado, onde está a Estação Ferraz, próxima à Península Antártica, na Ilha Rei George, a maior do arquipélago das Shetlands do Sul. Na estação, funciona uma rede de pesquisa, formada por 15 grupos, que estuda os diferentes tipos de impacto ambiental.

    A região da Baía do Almirantado, incluindo terra e mar, foi classificada como Área Antártica Especialmente Gerenciada. Brasil, Peru, Polônia, Estados Unidos e Equador administram a área em um plano de manejo. O Brasil e o Meio Ambiente Antártico tem tiragem de 25 mil exemplares. Cada escola do ensino médio e profissionalizante receberá uma unidade.

    Os volumes 9 e 10 da coleção Explorando o Ensino, além de visualmente interessantes, têm textos objetivos, leves e específicos sobre uma região pouco conhecida pela população brasileira. As edições foram produzidas em parceria com o Ministério da Marinha. Os próximos volumes da coleção são Fronteira Espacial e Mudanças Climáticas. A elaboração é em parceria com a Agência Espacial Brasileira, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. A coleção Explorando o Ensino, lançada em 2004, traz nos volumes 1, 2 e 3, conteúdos de matemática; volume 4 e 5, química; 6, biologia; 7, física; e 8, geografia. Eles podem ser acessados na página eletrônica da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    Súsan Faria

  •  O ensino médio brasileiro será reformulado. Novo currículo e modelo pedagógico, aliado à expansão das matrículas, permitirá a oferta de uma educação atrativa e de qualidade a todos os jovens. O Programa Ensino Médio Nacional, nova ação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), pretende unir as ações do Brasil Profissionalizado – que incentiva a expansão de matrículas no ensino médio integrado nas redes públicas estaduais – e do Plano de Ações Articuladas (PAR), por meio do regime de colaboração.

    O grupo de trabalho composto por técnicos do Ministério da Educação e da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República apresentou nesta terça-feira, 16, um estudo sobre a reestruturação e expansão do ensino médio no Brasil. O documento, a ser debatido pela sociedade, mostra uma concepção inovadora do ensino médio: a formação integral do estudante, estruturada na ciência, cultura e trabalho.

    “O ensino médio brasileiro vive um momento não de renascimento, mas de nascimento”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad. Segundo ele, a expansão da rede federal de escolas que ofereçam essa etapa educacional, o apoio à reestruturação impetrado pelo Brasil Profissionalizado e a reforma no Sistema S vão possibilitar a construção de um ensino médio mais diverso e mais aderente, que dê aos jovens perspectivas de desenvolvimento intelectual e humano.

    O estudo feito pelo grupo de trabalho aponta uma política de médio e longo prazo para consolidar o ensino médio de qualidade no Brasil, que atenda à diversidade e aos anseios da juventude e da população adulta que volta à escola, além de preparar para o mercado de trabalho. As ações serão baseadas na superação do dualismo entre o ensino regular e o profissional e na expansão da oferta de matrículas. De acordo com o documento, mais de 50% dos jovens de 15 a 17 anos não estão matriculados no ensino médio.

    Outros princípios dispostos no estudo se referem à obrigatoriedade do ensino médio e ao aumento no valor investido por aluno por ano. “Não há como universalizar o ensino médio com qualidade investindo menos do que R$ 2 mil por aluno por ano”, ressaltou Haddad. Hoje, esse investimento é de R$ 1,4 mil aluno/ano.

    Ifets– O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, destacou que o novo ensino médio começa com os institutos federais de educação, ciência e tecnologia (Ifets), que já nascem com uma oferta de ensino médio diferenciada, aliada à educação profissional. “Os Ifets representam uma revolução de ideais e práticas na maneira de ensinar e aprender”, acredita. A lei que cria os institutos foi aprovada na Câmara e no Senado e aguarda a sanção presidencial.

    O segundo momento da reestruturação do ensino médio, segundo Unger, é o engajamento com estados. Isso porque a maioria das escolas que oferecem ensino médio é estadual. “É necessário transformar as escolas e capacitar os professores, daí a importância do regime de colaboração.”

    Letícia Tancredi

    Ouça também entrevista dos ministros Fernando Haddad e Mangabeira Unguer

  • O Colégio Técnico Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, inicia no dia 11 de outubro, em oito cidades do estado, os dois primeiros cursos de ensino médio articulado à educação técnica para jovens e adultos e um curso técnico para quem já terminou o ensino médio. Os cursos abrem as atividades da Escola Técnica Aberta do Brasil (E-Tec Brasil), que é uma iniciativa do Ministério da Educação.

    Os três cursos terão 900 alunos que foram selecionados entre 3.050 candidatos inscritos no vestibular realizado em 23 de agosto. Os cursos a distância da E-Tec Brasil são oferecidos numa parceria entre o MEC, escolas técnicas federais, centros federais de educação tecnológica (Cefets) com os municípios. O objetivo do governo federal com esta ação, é qualificar jovens e adultos sem o ensino médio ou com ensino médio incompleto nos municípios onde vivem e trabalham. Os que concluírem o curso receberão certificado de técnico na área de estudo, emitido pelo Colégio Técnico Universitário da UFJF.

    Dos 900 estudantes, 600 estão divididos entre os cursos de segurança do trabalho e gestão pública, na modalidade ensino médio articulado à educação técnica, e outros 300 farão o curso técnico de enfermagem, pós-ensino médio. Eles estão distribuídos entre as cidades de Alfenas, Almenara, Boa Esperança, Cataguases, Juiz de Fora, Porteirinha, Três Pontas e Timóteo, onde o Colégio Técnico Universitário, em parceria com as prefeituras, montou pólos para receber os alunos e os 36 professores e tutores nos próximos dois anos, que é o prazo de duração dos cursos.

    O diretor do colégio, Paulo Rogério Guimarães, explica que a formação teórica e prática está dividida em quatro módulos. O primeiro módulo vai de 11 de outubro à metade de dezembro, período em que os alunos serão acolhidos pela instituição, vão conhecer os recursos da plataforma Moodle (que será um instrumento do curso), estudar o que é e como se desenvolve a educação a distância.

     Um tema deste módulo merece destaque, na avaliação do coordenador do curso, professor Paulo Roberto Rufino Pereira. Ele diz que é importante ao aluno da educação a distância desenvolver a capacidade de ler e compreender o material impresso que dá suporte à formação. “Ler, interpretar, responder as questões, fazer as tarefas propostas, procurar o tutor são chaves para a aprendizagem”, aconselha. Também o diretor Paulo Guimarães faz recomendações aos futuros alunos do Colégio Universitário: muita dedicação, força de vontade e disciplina são fundamentais. “A educação a distância não é mais fácil e nem mais difícil que o ensino presencial. É diferente e por isso exige empenho.”

    Estrutura – Os alunos dos três cursos técnicos terão à disposição uma estrutura completa para as aulas teóricas e práticas. Nos pólos, cada grupo de 25 alunos terá um tutor presencial; e no Colégio Universitário, em Juiz de Fora, um tutor a distância, um professor orientador e um professor pesquisador. Ainda nos pólos, eles farão as aulas práticas. No curso de enfermagem, por exemplo, terão 50% da carga horária em aulas práticas, divididas em três partes: as primeiras práticas serão feitas nos laboratórios móveis, tipo uma carreta montada com os equipamentos básicos de saúde; a segunda parte será nas unidades básicas de saúde do município onde o aluno estuda; e a terceira etapa do estágio será nos hospitais da cidade, onde terá contato com todas as especialidades médicas ali oferecidas.

    Os laboratórios móveis sobre carretas, diz o coordenador Paulo Pereira, servirão para o estudante manusear seus futuros instrumentos de trabalho e entrar em contato com a profissão. Estes laboratórios vão passar em todos os municípios onde os cursos estarão acontecendo. De acordo com Sílvia Helena Rodrigues, da diretoria de regulação e supervisão da Secretaria de Educação a Distância (Seed), os laboratórios móveis serão desenhados por técnicos e engenheiros da Universidade de Brasília, numa parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que é o órgão do MEC responsável pelo repasse de recursos. Para receber os laboratórios, a escola ou o Cefet deve apresentar ao ministério um projeto pedagógico de uso dos equipamentos nos cursos técnicos que vai ministrar.

    Pólos – A Escola Técnica Aberta do Brasil selecionou no primeiro edital, este ano, 193 pólos que estão autorizados a fazer vestibulares nos próximos 12 meses. Os 193 pólos estão distribuídos em sete municípios do Acre; 13 do Amazonas; 23 da Bahia; nove do Ceará; três do Distrito Federal; um do Espírito Santo; 16 de Goiás; oito do Maranhão; nove de Minas Gerais; 17 do Mato Grosso do Sul; cinco do Pará; 16 de Pernambuco; quatro do Piauí; 34 do Paraná; cinco do Rio de Janeiro; quatro do Rio Grande do Norte; sete do Rio Grande do Sul; dois de Santa Catarina; cinco de São Paulo; e cinco do Tocantins.

    Ionice Lorenzoni

  • Na zona rural brasileira, 60% dos estudantes que concluem a oitava série do ensino fundamental não se matriculam no ensino médio. Dados do Censo Escolar demonstram que, dos alunos matriculados nessa etapa do ensino, mais de 92% deslocam-se para a área urbana. Além do número de escolas rurais ser muito pequeno, o ensino raramente leva em consideração as especificidades do campo. Desde ontem, técnicos do Ministério da Educação estão reunidos com professores universitários e representantes de movimentos sociais para discutir a questão.

    O objetivo do encontro é a elaboração de uma proposta de oferta, no campo, de ensino de nível médio integrado ao profissionalizante e à educação de jovens e adultos. A 2ª Oficina sobre Ensino Profissional Integrado do Campo, coordenada pelas secretarias de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) e de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), apresentará novos métodos a serem adotados a partir do segundo semestre deste ano.

    A intenção é elevar a taxa de escolarização em áreas rurais e, a longo prazo, promover a emancipação do campo em relação à área urbana. Dentre as propostas apresentadas, está a de ensino médio profissionalizante de quatro anos voltado para a produção agropecuária, com ênfase em agroecologia. De acordo com Ana Laurenti, consultora da coordenação-geral de educação no campo do MEC, essa opção atende a demanda dos pequenos produtores rurais.

    “Historicamente, as escolas técnicas agrícolas preparam técnicos com conhecimentos aplicáveis a grandes fazendas e agroindústrias”, explicou. De acordo com a especialista, a nova modalidade é mais adequada à agricultura familiar, por ensinar técnicas que exigem menos insumos e equipamentos para o plantio.

    Estão previstas, ainda, opções de ensino profissionalizante não necessariamente voltadas para atividades agrícolas. “Queremos formar pessoas para atender às necessidades da área rural, mas isso não significa que elas tenham de atuar no campo”, disse Ana Laurenti. As áreas podem ser as de turismo e saúde, por exemplo.   

    Até o fim da tarde desta terça-feira, 19, será elaborado documento que norteará as ações educacionais do ensino médio em área rural. Participam da oficina professores e técnicos de instituições, organizações e movimentos sociais com experiência em projetos de escolarização, técnicos da Secad, da Setec e da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    Ana Guimarães

  • Fazer com que o jovem na faixa dos 15 aos 17 anos se interesse pela escola e que a escola permita ao jovem descobrir suas potencialidades. Estes são desafios discutidos por um grupo de trabalho formado por especialistas da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. As discussões buscam delinear um projeto pedagógico para que o ensino médio se torne mais atrativo ao estudante e leva em conta, entre outros aspectos, a organização curricular, formação docente e o ingresso no ensino superior.

    O ensino médio tem sido definido pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, como o elo frágil da educação básica. O diretor de concepções e orientações curriculares da SEB, Marcelo Pereira da Silva, concorda com o ministro e acredita que, atualmente, o ensino médio deixa de cumprir sua função principal – formar a juventude para um mundo em descoberta – na medida em que é orientado especialmente para o ingresso ao ensino superior.

    A intenção do grupo de trabalho é que esta etapa de ensino ofereça ao estudante diversas perspectivas de futuro. “Isso significa pensar o ensino médio que garanta ao aluno sólida formação, e possibilite a ele conhecer o mundo da ciência, da cultura, do trabalho e da tecnologia”, afirma Marcelo. Para isso, os membros do grupo resolveram envolver a comunidade na discussão e reativaram o fórum nacional de coordenadores do ensino médio, com representantes de todas as secretarias estaduais de educação.

    Também tomam parte dos debates membros do Conselho Nacional de Educação (CNE) e de entidades dos trabalhadores da educação, entre outras categorias. Na pauta de discussões está a formulação dos indicadores de qualidade do ensino médio, que incluem informações sobre o modelo de gestão, os projetos pedagógicos, o desempenho do aluno, perfil do corpo docente e condições de trabalho. A discussão passa também pelos componentes curriculares básicos que devem ser assegurados no ensino médio, além da forma como tem se operado a transição da educação básica para a superior.

    Segundo Marcelo, o currículo escolar no país é tradicionalmente organizado por disciplinas, mas poderia ser flexibilizado. “O volume de informação que o jovem recebe hoje é muito grande”, avalia. Sobre o ingresso na educação superior, Marcelo diz que a transição entre educação básica e superior tem ocorrido fundamentalmente sob orientação do vestibular. “Isso faz com que, em muitas redes, o currículo do ensino médio passe a ser pautado pelos processos seletivos de ingresso em instituições de ensino superior”.

    Ensino médio integrado – Uma das possibilidades de oferta do ensino médio discutidas é a integração entre ensino médio regular e formação profissional. “Queremos aprofundar esse modelo pedagógico de modo que não se reduza à profissionalização do ensino médio”, explica. Segundo Marcelo, a intenção não é que toda a oferta de ensino médio seja voltada à formação profissional, mas oferecer perspectivas ao aluno interessado em inserção no mercado de trabalho. O ensino médio integrado, já ofertado em centros de formação profissional e tecnológica (cefets) e escolas técnicas, atrela a formação propedêutica à profissional.

    De acordo com Marcelo, o que diferencia o ensino médio de caráter profissionalizante do ensino médio regular não é a natureza desta etapa de ensino, mas a ênfase em determinada formação, no caminho profissionalizante ou não. “O aluno pode ir para outros campos, da cultura, das artes, da ciência”, exemplifica. Na visão dele, o fundamental é que esta etapa tenha como norte “uma formação que possibilite aos jovens descobrirem suas possibilidades”.

    Maria Clara Machado

  • Em continuidade a ação em 2004, quando todos os estados e o Distrito Federal receberam recursos suplementares para aplicar no ensino médio, o Ministério da Educação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), iniciou a preparação de convênios para o repasse gradativo de R$ 400 milhões, em 2005. Esses recursos serão obrigatoriamente aplicados na manutenção e no desenvolvimento do ensino médio.

    O critério utilizado para o repasse será a necessidade dos estados e do Distrito Federal de garantir a matrícula no ensino médio, considerando o grau de desenvolvimento socioeconômico estadual, a diferença entre a matrícula potencial e a efetiva nesse nível de ensino e a capacidade financeira dos estados e municípios.

    Além dos estados das regiões Norte e Sul, que receberão uma parcela considerável dos recursos. Os do Sul, Centro-Oeste e Sudeste também serão beneficiados, com base em projetos inovadores na área educacional voltados ao ensino médio.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • O presidente da República, em exercício, José Alencar, sanciona nesta segunda-feira, 2, às 16h, no Palácio do Planalto, a lei que torna obrigatório o ensino das disciplinas de sociologia e filosofia nas escolas de ensino médio, públicas e privadas. A lei foi aprovada primeiro na Câmara dos Deputados, onde o projeto começou a tramitar em 2003, e no dia 8 de maio deste ano, no Senado.

    Para tornar obrigatório o ensino de sociologia e filosofia no currículo do ensino médio, o Congresso Nacional alterou o artigo 36 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. A obrigatoriedade, segundo a lei, entra em vigor a partir da sua publicação no Diário Oficial da União.

    Resolução – A inclusão de sociologia e filosofia no currículo do ensino médio não é novidade para os sistemas estaduais. Em 21 de agosto de 2006, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou uma resolução orientando as redes estaduais de educação, que são responsáveis pelo ensino médio, sobre a oferta das duas disciplinas. A Resolução nº 4/2006, da Câmara de Educação Básica/CNE, ofereceu aos sistemas duas alternativas de inclusão: nas escolas que adotam organização curricular flexível, não estruturada por disciplinas, os conteúdos devem ser tratados de forma interdisciplinar e contextualizada; já para as escolas que adotam currículo estruturado por disciplina, devem ser incluídas sociologia e filosofia. A resolução deu aos sistemas de ensino um ano de prazo para as providências necessárias.

    Ionice Lorenzoni

    *Republicada com alterações

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    Novas disciplinas promovem o pensamento

  • Pela primeira vez, alunos do ensino médio recebem livros do programa biblioteca na escola (Foto: João Bittar)O Ministério da Educação dobrou a distribuição de livros do Programa Nacional Biblioteca da Escola para o Ensino Médio (Pnbem). Até esta terça-feira, 16, as escolas teriam que escolher 40 obras de sua preferência da lista e receberiam 80 títulos selecionados entre os mais votados de cada estado. Agora, as 17.049 escolas irão receber os 160 títulos divulgados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC).

    A ampliação foi possível graças ao aporte de recursos adicionais do Plano de Desenvolvimento da Educação. São livros de física, química, matemática, biologia, filosofia, geografia, história, sociologia, artes, educação física, literatura e quatro opções de gramáticas.

    As obras listadas no Diário Oficial da União do dia 15 de outubro foram definidas em uma seleção feita pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), em parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A lista dos livros selecionados pode ser vista na página eletrônica do FNDE.

    Com o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação, em abril, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação instituiu o Pnbem. Pela primeira vez, esses alunos serão beneficiados pelo programa.

    O FNDE vai comprar cerca de cinco milhões de exemplares, que serão distribuídos para 17.049 escolas e beneficiarão 7.788.593 estudantes. Serão adquiridos 160 títulos, sendo 12 para cada um dos oito componentes curriculares listados, além de 40 títulos de literatura brasileira e portuguesa, dez para artes, dez para educação física e quatro gramáticas de língua portuguesa. As escolas receberão o acervo no primeiro semestre de 2008.

    PNBE — O Programa Nacional Biblioteca da Escola foi instituído em 1997 para democratizar o acesso de alunos e professores à cultura, à informação e aos conhecimentos socialmente produzidos. O programa distribui acervos formados por obras de referência, de literatura e de apoio à formação de professores de educação básica.

    Manoela Frade

  • Buenos Aires – Entre os 34 milhões de jovens, de 15 a 24 anos, dez milhões estão em idade correspondente à esperada para se cursar o ensino médio – 15 a 17 anos. Mas nem todos estão matriculados nesta etapa de ensino, que atende 8,9 milhões de pessoas. A idade dos alunos, muitas vezes, ultrapassa os 17 anos esperados para os concluintes. Apenas 44% dos matriculados no ensino médio têm idade adequada à sua série.

    O panorama da oferta do ensino médio, os desafios que esta etapa de ensino precisa superar e propostas para melhorar a qualidade do ensino foram apresentados pelo coordenador-geral do ensino médio da Secretaria de Educação Básica, Carlos Artexes Simões, nesta quinta-feira, 4, durante o último dia de debates do Seminário Internacional Ensino Médio – Direito, Inclusão e Desenvolvimento, em Buenos Aires.

    Artexes mostrou que outra grande parte dos jovens está fora da escola, por ter de procurar trabalho ou já estar trabalhando. Dos 34 milhões de jovens, 18 milhões trabalham. A maioria não tem carteira assinada e ganha menos de um salário mínimo por mês.

    “Precisamos universalizar o atendimento e garantir a permanência dos jovens entre 15 e 17 anos”, disse Artexes. O Brasil, como revelam os dados, busca respostas para desafios já superados pelo Chile e Argentina. Nestes países, o ensino médio é obrigatório e a maioria dos jovens têm acesso a esta etapa da educação.

    “Perdemos 50% dos jovens durante o ensino médio, da entrada para a saída”, afirmou Artexes, em referência a dados de 2006, em que 1,8 milhão de jovens concluíram esta etapa, contra 3,8 milhões que haviam ingressado três anos antes.

    De outro lado, segundo o coordenador, o país está tomando medidas para ampliar o acesso e a permanência dos jovens no ensino médio com resultado positivo comprovado. Os dados também mostram que, em dois anos, o número de matrículas deu um salto de mais de um milhão. Em 2006, 4,7 milhões de alunos ingressaram no ensino médio; em 2007, foram seis milhões.

    Entre as ações do governo federal que influenciaram no resultado, Artexes destacou o Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb) que financia toda a educação básica e não apenas o ensino fundamental, além do ensino médio integrado, em que o jovem recebe formação regular articulada à profissional. Em relação às novas ações, destacou a ampliação de benefícios como o bolsa-família para alunos de 16 e 17 anos e a destinação de livros didáticos também para esta faixa de estudantes das escolas públicas.

    Entre as propostas para melhorar a qualidade do ensino médio, levando-se em conta o cenário em que se encontra o jovem brasileiro, o coordenador acredita ser imprescindível redefinir o papel da educação e do trabalho. Para ele, hoje tem-se a idéia de que a educação deve se adequar ao mundo do trabalho, que por sua vez não é visto em sua dimensão humana. “A educação deve ter a tarefa de formação integral do ser humano como sujeito, cidadão e trabalhador e não simplesmente como uma formação que se adapte à realidade”, destacou. Artexes também se preocupa com a atual visão do trabalho. Na opinião dele, é preciso relembrar que a organização do trabalho é feita por seres humanos educados nas escolas e que o trabalho também é lugar de aprendizado.

    Maria Clara Machado

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  • Professores brasileiros selecionados para o  Programa de Qualificação de Docentes e Ensino da Língua Portuguesa no Timor-Leste partem no dia 23 próximo para Dili, capital daquele país do Sudeste da Ásia. A viagem dos 13 professores é uma iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), que desde 2005 auxilia na formação de educadores timorenses do ensino básico em língua portuguesa.

    “A cada dia eu me entusiasmo mais com o projeto. Uma colega que esteve no Timor-Leste falou da enorme vontade em aprender dos professores de lá”, disse a mestre em geografia Jacirema Martins, de Uberaba, Minas Gerais. Ela pretende aproveitar a experiência em formação de professores e em desenvolvimento de materiais didáticos para aumentar a qualidade do ensino. Na pré-seleção, segundo ela, foi possível conhecer um pouco da realidade daquele país. O objetivo é desenvolver um trabalho diferenciado com os recursos disponíveis.

    Para Nelson Sobreira, professor da rede pública em Paulo Afonso, Bahia, as adversidades funcionam como desafio. “Pelo que acompanho na mídia, o  país é carente e com lugares de difícil acesso, mas o que me motiva é a vontade de contribuir para o crescimento da região”, disse.

    Jacirema e Nelson estão entre os aprovados no processo seletivo, que recebeu mais de três mil inscrições. A bolsa-auxílio é de US$ 1,1 mil. Para o bolsista coordenador local de atividade, de US$ 2 mil. Também serão  oferecidos seguro-saúde, auxílio-transporte, auxílio-instalação e transporte aéreo. As atividades devem ser desenvolvidas em até 12 meses.

    Juliana Meneses

  • O resultado do Censo Escolar 2008, divulgado na última semana pelo MEC, demonstra que as matrículas de educação profissional são as que mais crescem no país. Se comparados aos dados de 2007, houve um aumento de 14,7 pontos percentuais no número de alunos em escolas de educação profissional.

    Os números confirmam a expansão em todo o Brasil e em todas as esferas (público e privado). “É um avanço considerável, mas esses números crescerão ainda mais no próximo ano”, garantiu Eliezer Pacheco, secretário de educação profissional e tecnológica do MEC. “Além das novas escolas em processo de implantação, estamos investindo recursos do programa Brasil Profissionalizado em todos os estados.”

    De acordo com o secretário, o censo de 2008 ainda não refletiu os números da expansão da Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia nem dos nascentes institutos federais. “Só os institutos federais serão responsáveis por aumentar o número de vagas, das atuais 215 mil, para 500 mil até o final de 2010”, destacou o secretário.

    Grande parte das 75 novas escolas que compõem os institutos passou a funcionar no segundo semestre de 2008, quando os dados do censo já haviam sido coletados.  Até 2010, serão investidos R$ 1,1 bilhão na rede federal de educação profissional.

    Outra medida de incentivo ao crescimento do setor, feita pelo Governo Federal, é o programa Brasil Profissionalizado. Pela iniciativa, são repassados recursos para que os estados invistam em educação profissional. Ao todo, 18 estados já receberam os repasses, que chegam a R$ 500 milhões.

    Por fim, o acordo celebrado com as entidades que compõem o Sistema S trará mais vagas de cursos técnicos e profissionalizantes a estudantes e trabalhadores de baixa renda. Dois terços dos recursos do Senai e do Senac devem financiar a oferta gratuita dos cursos. A partir deste ano, o Senac destinará 20% dos recursos para cursos gratuitos e o Senai, 50%.

    Estados – Em 20 dos 24 estados brasileiros houve aumento do número de vagas em educação profissional. Os dados do Censo Escolar demonstram maior conscientização sobre a importância de investir no setor. “No Brasil, apenas 30% dos jovens alcançam o ensino superior. A educação profissional é uma alternativa para os 70% restantes”, explicou Eliezer Pacheco.

    A tônica do Censo Escolar foi de crescimento na rede estadual como um todo, com destaque para o Acre, que teve um aumento de 107,7% no número de matrículas. Entre os que mais cresceram também estão o Distrito Federal, com crescimento de 86,8%, Tocantins, com 78,7% e Mato Grosso, com 65,5% a mais no número de matrículas de educação profissional.

    Ana Guimarães

  • Estudantes de ensino técnico e superior profissionalizante terão acesso a bolsas do  Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que lançou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti). 

    As instituições têm até 15 de setembro de 2006 para enviar ao CNPq a sua solicitação, para o pedido do cadastro como participante. O pedido deve ser direcionado à presidência do CNPq, com a justificativa da empresa para participar do programa. A lista de documentos necessários para a inscrição já está disponível. Mais informações sobre o programa na página eletrônica do CNPq ou pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    A finalidade do programa é contribuir no engajamento e formação dos estudantes que participam de atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, além da formação de recursos humanos destinados ao fortalecimento da capacidade inovadora das instituições.

    Edital – Cada instituição ficará responsável por repassar sua cota de bolsas aos estudantes. As instituições também deverão lançar seus próprios editais. Os projetos selecionados receberão a cota de bolsas para os alunos que desenvolvem suas pesquisas. Inicialmente serão concedidas 300 bolsas, distribuídas entre as instituições selecionadas. O valor da bolsa, para cada estudante, é de R$ 300,00. O início da vigência das bolsas está programado para 1º de março de 2007.

    Repórter: Sophia Gebrim

  • Os centros federais de educação tecnológica (Cefets) de todo o Brasil promoverão concursos públicos para a contratação de 1,5 mil professores e técnicos. Algumas escolas já iniciaram os processos seletivos. No Cefet de Minas Gerais, por exemplo, professores de primeiro e segundo graus concorrerão a 23 vagas e técnicos administrativos, a 28.

    Os professores, que devem fazer a inscrição até sexta-feira, dia 12, têm de apresentar título de mestre ou doutor. Os aprovados trabalharão em regime de dedicação exclusiva. As inscrições para os cargos de técnico administrativo encerram-se nesta quarta-feira, dia 10. Há vagas nas unidades de Araxá, Varginha, Divinópolis, Timóteo, Leopoldina e Belo Horizonte. Mais informações pelo telefone (31) 3319-5108.

    No estado do Rio de Janeiro, serão selecionados professores de primeiro e segundo graus para o Cefet de Campos. As inscrições devem ser feitas pela internet até sexta-feira, 12. Graduados em letras podem disputar a vaga oferecida na área de língua portuguesa. Os que tiverem graduação em matemática (bacharelado ou licenciatura) concorrem a uma vaga. Há uma vaga também na área de biologia, uma na de geografia e outra na de história. Os aprovados trabalharão no regime de 40 horas semanais.

    As escolas da Rede Federal de educação profissional e tecnológica têm até o fim de setembro para lançar editais, definir as áreas específicas e promover os concursos. (Assessoria de Imprensa da Setec)

  • DivulgaçãoA pesquisa Geração do Emprego Industrial nas Capitais e no Interior do Brasil, publicada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), revelou que os empregos oferecidos por indústrias estão concentrados no interior do país. Para atender a essa demanda, o Ministério da Educação está interiorizando o ensino técnico e profissional. A expansão da rede federal vai construir cinco escolas técnicas federais (ETFs), quatro escolas agrotécnicas federais (EAFs) e 33 unidades descentralizadas vinculadas aos centros federais de educação tecnológica (Cefets).

    De acordo com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco, as unidades atenderão todas as regiões do país, com ênfase em cidades do interior.

    O estudo publicado pelo Senai foi realizado pelo professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João Sabóia, que analisou o quadro de vagas industriais ofertadas entre os anos de 2000 e 2004. “No conjunto dos cinco anos estudados, três de cada quatro empregos gerados localizam-se no interior. Em 2001 e 2003, houve inclusive redução de empregos nas capitais, enquanto foram criados empregos no interior”, concluiu na pesquisa.

    Ao analisar os números do setor, o professor da UFRJ afirmou também que a faixa etária mais beneficiada com a geração de empregos industriais é a de jovens entre 18 e 24 anos.

    A Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, impedia a União de expandir a educação profissional. A alteração da lei, em novembro do ano passado, permitiu à União criar escolas técnicas, agrotécnicas federais e unidades descentralizadas, quando não for possível fazer parcerias com estados ou municípios, ONGs e o setor produtivo. A mudança viabilizou o plano de expansão da rede federal, permitindo a oferta de educação profissional nas regiões com menor de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

    Matrículas - Atualmente, 153 mil alunos estão matriculados no ensino superior tecnológico brasileiro, que possui mais de 3.500 cursos superiores. As áreas que mais oferecem cursos de tecnologia são a industrial, de informática e de gestão. Os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) revelam ainda que em 1994 havia 23.861 vagas na educação profissional pública e privada, passando em 2004 para 200.458.

    Repórter: Flavia Nery

  • Representantes do Ministério da Educação reuniram-se nesta terça-feira, 2, com a ministra de Qualificação e Emprego de Cabo Verde, Sara Maria Duarte Lopes. No encontro, o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Ronaldo Mota, chefe da comitiva brasileira, tratou de temas relacionados à educação e ao mundo do trabalho, em especial à experiência brasileira de educação profissional e tecnológica de nível médio.

    “Cabo Verde tem muito interesse na nossa experiência do programa Escola Técnica Aberta do Brasil, uma das estratégias do MEC para ampliar vagas no ensino profissional”, diz Mota. O programa tem o objetivo de criar uma rede de educação profissional nas instituições públicas de ensino, para oferta de educação profissional e tecnológica a distância.

    Em reunião com a ministra da Educação do país africano, Filomena Martins, a comitiva discutiu temas associados à futura Universidade do Cabo Verde, primeira universidade pública local. Também foi negociada a implantação da experiência da Universidade Aberta do Brasil (UAB) em Cabo Verde, por meio da Universidade Federal do Ceará (UFC).

    Nesta quarta-feira, o ex-reitor da UFSCar, José Rubens, reúne-se com a equipe do Ministério da Educação cabo-verdiano para traçar um plano estratégico sobre ensino superior no país, incluindo política de regulamentação, supervisão e avaliação.

    Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação Superior

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