Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • A Escola Agrotécnica Federal (EAF) de Alegrete vai oferecer, a partir de agosto deste ano, uma extensão do curso de técnico agrícola no município de Quaraí (RS). A ampliação faz parte do plano de expansão da rede federal de educação tecnológica e foi acertada na quarta-feira, 24, em Brasília, em reunião realizada com a diretoria da EAF de Alegrete e o titular da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, Eliezer Pacheco.

    O curso, com 35 vagas, será ministrado em um prédio construído na década de 1990 projetado para abrigar uma escola municipal de ensino fundamental, e que hoje está abandonado. A recuperação do prédio será feita com recursos do Ministério da Educação e da prefeitura de Quaraí.

    "O curso de técnico agrícola, com habilitação em agropecuária, será fundamental para a qualificação técnica dos futuros profissionais na região”, disse Eliezer Pacheco. A rede federal conta hoje com 36 escolas agrotécnicas federais que atuam no setor agropecuário, oferecendo habilitações de nível técnico, além de diversos cursos de nível básico e do ensino médio.

    Marco Aurélio Fraga

  • Estão abertas até o próximo dia 19 as inscrições para o concurso público que a Escola Agrotécnica Federal de Uberlândia está promovendo para o quadro efetivo da instituição. São oito vagas para professores de ensino fundamental e ensino médio.

    As vagas serão distribuídas na proporção de uma para cada área de estudo, respectivamente: agricultura, fitotecnia e entomologia; zootecnia; informática; química; meio ambiente; gestão, planejamento e projetos; infra-estrutura e tecnologia de sistemas de informação; história, filosofia, sociologia e antropologia. É necessário ter mestrado para candidatar-se às vagas.

    Mais informações sobre o concurso pelo telefone (34) 3233-8805. O edital completo encontra-se disponível na página eletrônica  da Eafudi. (Assessoria de Imprensa da Setec)

  • As escolas agrotécnicas federais (EAFs) de todo o Brasil ganharão conexão gratuita à internet. A meta do Ministério da Educação é que todas tenham uma rede acadêmica própria, com conexão à rede mundial de computadores. A maioria dessas escolas está localizada no interior.

    Inicialmente, 27 escolas agrotécnicas, de um total de 36, terão acesso pronto para ser utilizado em julho. As demais receberão em breve o sistema de conexão, fornecido por meio de projeto desenvolvido pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia e conduzido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Mais conhecida como internet acadêmica brasileira, a RNP dividiu as escolas que receberão os pontos de internet por lotes. O lote que abrangerá as 27 escolas será gerenciado pela operadora Oi Telemar, responsável pela conexão nas escolas. O acesso será feito por banda larga. Dependendo da região, via satélite ou por cabos de fibra ótica.

    Para aperfeiçoar o serviço, a Oi Telemar realizou na segunda-feira, dia 2, uma videoconferência na qual apresentou o projeto a todas as escolas participantes. Além da conexão, as escolas terão a instalação dos cabos de fibra ótica e os serviços necessários para garantir o funcionamento da rede.

    “Várias dessas escolas não têm nenhum tipo de acesso à internet”, explicou Sidney Cunha de Lucena, do Centro de Engenharia e Operações da RNP. Segundo ele, as instituições de ensino ainda não beneficiadas receberão seus pontos de internet em outros lotes, em breve.

    Terão acesso à internet a partir de julho escolas dos municípios de Satuba (AL); Manaus e São Gabriel da Cachoeira (AM); Guanambi, Catu, Senhor do Bonfim e Santa Inês (BA); Crato, e Iguatu (CE); Colatina, Santa Teresa e Alegre (ES); São Luís e Codó (MA); São João Evangelista, Muzambinho, Inconfidentes, Salinas, Uberlândia, Machado e Barbacena (MG); Castanhal (PA); Sousa (PB); Barreiros, Vitória de Santo Antão e Belo Jardim (PE); São Cristóvão (SE). (Assessoria de Imprensa da Setec)

  • Foto: Wanderley PessoaA Advocacia Geral da União (AGU) já faz a defesa das universidades federais que adotaram o sistema de cotas. Agora, coloca o tema em debate, com o seminário O Sistema de Cotas nas Universidades Públicas Federais, nesta terça-feira, 19, e na quarta, 20.

    Reitores, advogados públicos, procuradores e professores universitários participarão das mesas de debates, que abordarão temas como a retrospectiva histórica das ações afirmativas no mundo, a fundamentação da necessidade de sua aplicação no Brasil e a construção de uma proposta de cotas nas universidades públicas brasileiras, com base nos exemplos da Universidade de Brasília (UnB), das universidades federais do Paraná e da Bahia e da estadual do Rio de Janeiro.

    “É a primeira vez que discutimos o tema em seminário”, disse a procuradora da AGU, Carolina Augusta de Mendonça Rodrigues. O seminário, segundo ela, oferecerá condições para os participantes aprimorarem conhecimentos sobre as cotas.

    A primeira universidade a adotar o sistema de cotas no ensino superior foi a do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 2003. No mesmo ano, aderiram a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), a do Estado da Bahia (Uneb) e a de Mato Grosso do Sul.

    Interessados em participar do seminário podem obter informações no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Mais informações sobre o seminário pelos telefones (61) 4009-3980, 4009-3977 e 4009-3978. A abertura está marcada para as 9h30, no auditório da Escola da AGU, no Setor Bancário Norte, Edifício Palácio do Desenvolvimento.

    Repórter: Susan Faria

  • Um dos destaques desta quinta-feira, 22, na TV Escola é A Matriz da Vida, que visita o Rio Ganges, na Índia, o Lago Mead, nos EUA, a Baía Shark, na Austrália, e a Bacia Amazônica, no Brasil, para mostrar como a vida na Terra depende de uma saudável interação entre a água e o ar. O episódio pertence à série O Equilíbrio Sagrado e será exibido às 12h10, com reprise às 16h15 e 21h20.

    A ciência continua dando o tom na sessão Escola Aberta, com mais duas produções. A primeira, Semana 37 – Plutão: Planeta, Asteróide ou Lua?, da série Espaçonave Terra, às 8h15, 13h05, 18h25 e 23h50, e a segunda, às 8h, Poliomielite, episódio da série Viva Legal 2, que aborda a prevenção de doenças e a melhoria das condições de vida, com reprise às 13h15, 18h10 e 23h15.

    História e política também fazem parte da programação, com Chile – A Derrota de um Ditador, da série Uma Força Mais Poderosa – Um Século de Conflitos Não-violentos, exibida às 13h30. Já às 14h35, será apresentado Combates e Romances, episódio de Viajantes na História, série que, de forma divertida, mostra como hábitos e costumes do passado influenciaram a vida atual.

    Essas e outras produções você confere na programação completa, disponível no portal do MEC. A TV Escola pode ser acessada pelos canais 27 (Sky), 237 (DirecTV) e 4 (Tecsat) e também por antena parabólica analógica e digital. (Assessoria de Imprensa da Seed) 

  • Compromisso Todos pela Educação

    A adesão ao compromisso é o primeiro passo para que estados e municípios recebam recursos e assistência técnica de 40 tipos de ações previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril de 2007. A adesão é voluntária.

    Os 26 estados e o Distrito Federal aderiram. E dos 5.563 municípios, 5.445 já aderiram. Alagoas e todos os 102 municípios do estado já aderiram.

    O MEC também deu atendimento prioritário a 1.242 municípios que não têm condições técnicas para fazer o diagnóstico da sua realidade. Esses municípios são considerados prioritários para receber apoio técnico e/ou financeiro do MEC e apresentam Índice de Desempenho da Educação Básica (Ideb) menor que a média nacional (3,8).

    Para os municípios prioritários, o ministério contratou consultores que ajudaram a fazer o diagnóstico e montar os Planos de Ações Articuladas (PAR). É no PAR que o estado e o município vão dizer onde estão suas carências. Por exemplo, se um município tem população indígena, mas não tem escola específica para atender esses estudantes, ele pode apresentar um projeto para obter recursos pelo PAR. Na segunda-feira, dia 19 de maio, 2.078 municípios assinarão convênios de cooperação técnica com o MEC. 

    Plano de Ações Articuladas (PAR):

    • Alagoas já elaborou PAR.
    • 79 municípios já elaboraram PAR.
    • Municípios prioritários: 77 (todos com PAR elaborado)


    Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica – Fundeb

    O Fundo da Educação Básica é constituído por contribuições dos estados, do Distrito Federal, dos municípios e do governo federal. Os recursos públicos são aplicados para melhorar a qualidade da educação da criança que está na creche ao jovem do ensino médio e do adulto que está se alfabetizando agora.

     Em 2008, são 40,2 milhões de alunos atendidos pelo Fundeb. A verba serve também para pagar o salário dos professores e para melhorar sua formação.

    Em 2008, as verbas do Fundeb somam R$ 60 bilhões. Os recursos são distribuídos de acordo com o número de matriculas registradas no censo escolar. Os nove estados que não conseguem aplicar o valor padrão por aluno recebem uma complementação mensal do governo federal. Essa complementação será de R$ 3,2 bilhões, em 2008. Alagoas receberá R$ 69,4 milhões. O repasse desse valor pela União é feito em 12 parcelas, de janeiro a dezembro.

     Receita total do Fundeb em 2007: R$ 46.922.755.304,64

    • Estados: R$ 21.824.573.002,51
    • Municípios: R$ 25.098.182.302,13
    • Alagoas – R$ 762.263.934,18

     Previsão para 2008:

    • Receita de contribuição dos Estados, DF e Municípios: R$ 58,8 bilhões
    • Complementação da União: R$ 3,2 bilhões
    • Número de beneficiários dependerá do Censo Escolar
    • Alunos já beneficiados: 40,2 milhões

    Universidade Aberta do Brasil (UAB)

    A Universidade Aberta do Brasil é um sistema criado pelo governo federal para levar a educação superior pública de qualidade ao interior do país onde a população mais precisa.

    A UAB é composta por uma rede de 49 universidades federais que oferecem cursos a distância, com auxílio de tutores, em 290 pólos do 1º edital, de 2007.

    Hoje estudam nos pólos da UAB cerca de 30 mil universitários. Os cursos são gratuitos e os alunos formados recebem certificados e diplomas das universidades federais parceiras da UAB.

    Em 2008, a Universidade Aberta vai crescer mais. Serão abertos 270 novos pólos e 90 mil novas vagas. E as universidades parceiras sobem de 49 para 57. A Universidade Aberta do Brasil está presente em todos os estados.

    Pólos da UAB em Alagoas:
    1º edital: 4 pólos/1.300 vagas
     Maceió
     Maragogi
     Olho D´Água das Flores
     Santana do Ipanema

    Caminho da Escola

    O Caminho da Escola é um programa do MEC destinado a financiar a compra de ônibus novos e seguros para o transporte dos estudantes que moram nas áreas rurais. Os ônibus são padronizados na cor amarela e certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

    Para baratear o preço dos ônibus, o governo federal reduziu a zero a cobrança de quatro impostos — PIS, Cofins, ICMS e IPI. A compra é feita por pregão eletrônico. Os municípios podem adquirir os veículos com recursos próprios ou por meio de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujos recursos chegam a R$627,4 milhões. Outra forma de adquirir os veículos é por meio de recursos previstos no orçamento federal.

    Em dezembro de 2007, no pregão eletrônico, os preços dos ônibus ficaram abaixo dos valores mínimos orçados com base em estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) — variaram entre R$ 114 mil e R$ 173 mil, conforme a capacidade do veículo, para 23, 31 ou 44 alunos. O pregão eletrônico para os barcos destinados ao transporte fluvial de estudantes deve ocorrer este ano, após caracterização feita com o apoio do Inmetro.

    Municípios contemplados até 19/05:

     

    Metas:

    • Com recursos do BNDES: aquisição de 15 mil veículos até 2011, com a previsão de três mil veículos por ano.
    • Com recursos da União: aquisição de quatro mil veículos até 2011, com a previsão de mil veículos por ano.

    Expansão da rede federal profissional e tecnológica

    Até o final de 2002, havia apenas 140 escolas técnicas no país. Com o plano de expansão, criado em 2005, o MEC projeta a construção de 214 novas escolas distribuídas em todos os estados e no Distrito Federal. O objetivo é abrir vagas e oportunidades de ter uma profissão a milhares de jovens que moram no interior e que não seguirão os estudos na educação superior.

     A expansão acontece em duas fases: a primeira com 64 novas escolas, das quais 50 já estão em funcionamento e 14 com as obras em andamento. A segunda etapa compreende 150 novas escolas. Tudo vai ficar pronto até 2010. Com as 214 novas escolas funcionando, o Brasil abre cerca de 500 mil vagas em cursos de educação profissional e tecnológica.

    Em Alagoas, havia 4 escolas técnicas. Com a expansão, serão mais 4 escolas e 4,8 mil vagas.

    Escolas Técnicas (Fases II da expansão)

    • Piranhas (Xingó)
    • Penedo
    • Maragogi
    • Arapiraca

    Expansão da educação superior pública

    Com o programa de expansão das universidades federais, o Ministério da Educação olha para os jovens e os adultos que vivem fora dos grandes centros urbanos. O objetivo é levar a universidade pública e gratuita até esses estudantes. A expansão compreende a criação de dez novas universidades e de 88 campi no interior. O prazo para fazer isso é até 2010. Quando as 10 universidades e os 88 campi estiverem prontos, serão abertas 35 mil vagas por ano.

    Em Alagoas, a expansão chegou à Universidade Federal de Alagoas (UFAL), com a construção do Campus de Arapiraca. Ao final da implementação, em 2010, serão 3.550 vagas a mais na educação superior pública federal de Alagoas.

    Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – Reuni

    As 53 universidades federais já estabelecidas no país também estão recebendo recursos do governo federal para abrir mais vagas. O objetivo principal é aumentar os cursos e as vagas no turno da noite e abrir cursos de licenciatura para formação de professores para atuarem na educação básica.

    Todas as universidades aderiram ao programa e mandaram planos de trabalho dizendo ao MEC onde vão aplicar os recursos. O investimento neste programa será de R$ 2,2 bilhões, entre 2007 e 2012.

    Com esse investimento, as vagas nos cursos presenciais passam das 124.196 oferecidas em 2002, para 229.270, em 2012. O aumento será de 84,6%.

    Nos cursos noturnos, o aumento de vagas também será significativo: passa das 32.871 vagas de 2007, para 79.040, em 2012.

    Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

    • Metas de crescimento até 2012:
    • Cursos de graduação: de 75 para 90.
    • Número de vagas: 16 mil para 22 mil vagas.

    Programa Universidade Para Todos (Prouni)

    Tem como finalidade a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de baixa renda, em cursos de graduação e seqüenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior, oferecendo, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas que aderirem ao Programa.

    A contrapartida pela concessão das bolsas de estudos do ProUni pelas instituições de ensino é a isenção de tributos federais (IRPJ, CSLL, PIS e Cofins). A Receita Federal do Brasil estimou o valor da renúncia tributária decorrente do ProUni em R$ 126,0 milhões, para 2007. As estimativas da renúncia fiscal para 2008 ainda não foram divulgadas pela RFB.

    Números do Prouni:

    • 163.854 bolsas integrais e parciais em 2007.
    • 106.048 bolsas integrais e parciais no primeiro semestre de 2008.
    • 855.734 alunos inscritos no processo seletivo do primeiro semestre de de 2008.
    • Até dezembro/2007: 310 mil estudantes atendidos desde o início do Programa;
    • Até abril/2008 (já contemplando o processo seletivo do primeiro semestre de 2008): 380 mil bolsistas atendidos desde o início do Programa;
    • Até dezembro/2008: considerando o processo seletivo do segundo semestre, estima-se que entre 420 e 430 mil bolsistas já terão sido atendidos pelo ProUni.

    Número de bolsas em Alagoas:

    •  2005 – 414
    •  2006 – 467
    •  2007 – 589
    •  2008 – 365 (apenas 1º semestre)
    • Total = 1.835

    Proinfância

    O Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) repassa recursos aos municípios para construção, reestruturação e aquisição de equipamentos e mobiliário de creches e pré-escolas públicas. Além de recursos financeiros, o MEC envia o projeto arquitetônico da creche ao município e apóia a construção do plano político-pedagógico.

    A intenção é permitir que a criança seja atendida com qualidade e tenha todos os espaços necessários para aprender. Os prefeitos dos 496 municípios que já aderiram ao Proinfância receberão autorização de pagamento para a construção de creches e pré-escolas públicas na segunda-feira, dia 19. Outros 331 assinarão convênios para participar do programa. O município recebe em torno de R$ 700 mil para a construção de cada unidade.

  • Governador Teotônio Vilela assina a adesão ao compromisso Todos pela Educação (Foto: João Bittar)Arapiraca (AL) — O ministro da Educação, Fernando Haddad, lançou nesta quinta-feira, 26, em Arapiraca, a 128 quilômetros da capital alagoana Maceió, o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Segundo ele, a educação está acima de questões político-partidárias. “O que me interessa é atender ao partido da educação. É a ele que somos filiados”, disse. O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, afirmou que todo o estado está aberto ao PDE e à disposição do MEC para estabelecer parcerias. “Alagoas reconhece que precisa da ajuda para reverter o quadro precário da educação”, disse o governador. Haddad se mostrou disponível para atender as necessidades de Alagoas. “O governador tem a liderança necessária para mobilizar a comunidade e alcançar as metas”, ressaltou o ministro.

    O estado de Alagoas aderiu ao plano de metas do Compromisso Todos Pela Educação, em cerimônia na sede da Associação Atlética Banco do Brasil de Arapiraca. O ministro e dirigentes do MEC discutiram as ações do PDE com 75 dos 104 prefeitos de municípios alagoanos, educadores e profissionais ligados à educação. “A caravana da educação é mais do que uma visita do Ministério da Educação. O objetivo é disseminar uma cultura onde a educação tenha valor fundamental”, avaliou o ministro.

    Prefeitos de todo estado participam do lançamento do PDE em Arapiraca (Foto: João Bittar)Alagoas concentra o maior percentual de analfabetos do Nordeste: 29,27%, segundo o Pnad/IBGE 2005. Segundo Vilela Filho, se o Nordeste é prioridade para o PDE, Alagoas é prioridade absoluta. “Temos os mais baixos índices educacionais da região”, ressaltou. O Nordeste é o foco prioritário das ações do PDE porque é na região onde estão 90% dos 1.242 municípios com os mais baixos Índices de Educação Básica (Ideb) do Brasil.

    Para a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, a alfabetização de crianças em idade correta é desafio que deve ser perseguido com afinco.“Não nos conformaríamos se nossos filhos não estivessem alfabetizados até os oito anos de idade. O ministério não pode admitir que haja uma única criança brasileira que não esteja alfabetizada até oito anos”,   enfatizou a secretária. A alfabetização das crianças até essa idade é uma das 28 diretrizes previstas no Compromisso Todos pela Educação. O compromisso traça metas de qualidade que deverão ser alcançadas por estados, municípios, Distrito Federal e União até 2022, bicentenário da independência brasileira.

    Reflexão — Para o estudante Genivaldo Júnior, 14 anos, esse é um momento em que a população alagoana está sendo convidada a refletir sobre o valor da educação. “É muito bom ser jovem e acompanhar este momento de fortalecimento da educação brasileira”, destacou. Alagoas é o oitavo estado do Nordeste a receber a Caravana da Educação.

    Ana Guimarães

    Confira outras notícias da Caravana da Educação

  • Os agentes coletores de Alagoas e Acre têm apoio do governo estadual para o Mapeamento Nacional de Iniciativas de Alfabetização de Jovens e Adultos, proposto pelo MEC. Em Alagoas, a parceria é feita com a Coordenadoria de Educação e do Programa de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), da Secretaria Executiva de Educação. No Acre, a iniciativa privada é a principal parceira pela erradicação do analfabetismo. Instituições de cursos de alfabetização de jovens e adultos têm até 30 de abril para preencher o questionário.

    Alagoas está colhendo dados referentes ao mapeamento na versão impressa, mas o documento pode ser acessado na página eletrônica ou na versão impressa, no setor de educação de jovens e adultos das secretarias. O mapeamento é iniciativa da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do ministério da Educação (Secad/MEC), que pretende definir ou adequar políticas para assegurar a oferta educacional com qualidade social e ajustar o foco das ações do Brasil Alfabetizado.

    Com o apoio do Proeja, técnicos do mapeamento estão visitando as coordenadorias de ensino do interior distribuindo os questionários. "Foi a saída para facilitar o acesso. Cada município deverá entregar as informações referentes às iniciativas de alfabetização desenvolvidas em 2004 em cada comunidade", disse o coordenador de dados, Lucas Pereira da Silva.

    Dados do IBGE na década de 90 indicavam a situação educacional de Alagoas como crítica. O estado era o segundo com mais analfabetos de sete a 14 anos, com 43,3%. Na faixa de dez anos ou mais, o índice registrava 34,8%, perto do índice do Nordeste. No país, a porcentagem era de 15,6% nessa faixa. Comparando-se o Índice de Desenvolvimento Humano, de 1991 e 2000, Alagoas é o estado com o IDH mais baixo. Em 1991, era o penúltimo e, em 2000, o último. As informações fazem parte de um estudo do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão sobre Alfabetização, da Universidade Federal de Alagoas.

    Acre - O mapeamento nacional deverá estar concluído até dia 15, no Acre, segundo o agente de coleta Marcelo Rufino. "São 22 municípios, mas a comunicação para vários deles é difícil. Em muitos casos o acesso é feito por via aérea. Em outros, por via aérea e barco. O contato com as secretarias municipais foi feito por ofício, onde foi pedido o envio das informações até 15 de abril", disse Rufino.

    Em 2004, as iniciativas de alfabetização para jovens e adultos no estado tiveram maior participação do governo estadual. Outro parceiro foi o Serviço Social da Indústria (Sesi), que desenvolveu ações de alfabetização em Rio Branco, Porto Acre, Plácido de Castro e Tarauacá. As empresas Pirelli, Tim e Banco do Brasil colaboram na aquisição de equipamentos, transportes e kits escolares para os alunos. Segundo o Censo 2000, o Acre tinha 83.523 analfabetos de 15 a mais de 60 anos. Entre 2000 e 2004, os programas de alfabetização atenderam 62.250 pessoas. Para 2005, a meta do governo estadual é atender 21.273 pessoas.

    Sonia Jacinto

  • O processo de expansão e interiorização do ensino superior chega à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que vai ganhar um campus na cidade de Arapiraca. A assinatura do convênio entre o MEC e a Federal de Alagoas será feita nesta quarta-feira, 14, às 15 horas, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Já é o sétimo convênio do ano, de 11 previstos.

    O novo campus entrará em funcionamento em julho de 2006. A sede, em Arapiraca, terá como pólos as cidades de Palmeira dos Índios, Viçosa e Penedo. Serão implantados ao todo 16 cursos de graduação, entre eles Turismo e Engenharia de Pesca. (Assessoria de Comunicação do MEC)

  • Cerca de mil cantores de todas as regiões do País e de outras partes do mundo sobem ao palco nesta quarta-feira, 26, no Encontro Internacional de Coros (Encoral), em Maceió. Sob o tema Nordeste, um Canto Vivo do Brasil!, o evento, que se estenderá até sábado, 29, pretende atrair um público de 20 mil pessoas.

    Apontado como um dos maiores do gênero na América Latina, o encontro reúne 25 coros, que se destacam pelo alto nível nas apresentações, organização e compromisso com a inserção sociocultural por meio da música. Em Maceió, os coros se apresentam no Teatro Gustavo Leite, no Centro Cultural e de Exposições. Haverá concertos também nas cidades alagoanas de Arapiraca, Coruripe e Marechal Deodoro.

    O Encoral de 2007 é uma realização do Coralistas Associados do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Alagoas e do Ponto de Cultura Encantando a Vida. “Reafirmamos a importância da arte no cumprimento do papel mais substancial da educação: o desenvolvimento do espírito da cidadania”, afirma o diretor do Cefet-AL, Rolando dos Santos Gonçalves.

    Para a coordenadora-geral do encontro, Fátima Meneses, o intercâmbio favorece o exercício da consciência crítica e promove uma troca de informações, com tolerância, e o congraçamento entre diferentes instituições e culturas.

    Na abertura, às 20h, no Teatro Gustavo Leite, vai se apresentar o coro formado por 50 meninas em risco social. Com elas, os coralistas do Cefet-AL desenvolvem trabalho de inserção social associado ao incentivo à produção artística. Haverá também uma prévia do show Retrato Cantado de São Francisco, que rejeita a visão do Nordeste como região árida por vontade divina.

    Ana Júlia Silva de Souza

  • As cidades de Maceió, Arapiraca e Marechal Deodoro, em Alagoas, sediarão, entre os dias 20 e 23 de setembro, o Encontro Internacional de Corais (Encoral). O evento, que reunirá grupos do Brasil, América Latina e Europa, tornou-se referência entre os festivais de corais e, por isso, atrai o interesse de grupos brasileiros e internacionais.

    A ópera A Flauta Mágica será a atração de abertura do encontro. A obra de Mozart, escrita em 1731, tem dois aspectos fascinantes: a história, quase infantil, que raramente chega às crianças, e a música que, há 275 anos, encanta os adultos. O Encoral é promovido pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Alagoas (Cefet-AL) e faz parte da programação de comemorações dos 96 anos da escola.

    O evento é promovido pelos coralistas associados do Cefet-Alagoas (Coretfal), com 15 anos de experiência neste tipo de organização. Criado em 1975, pela maestrina Maria Augusta Monteiro, com o objetivo inicial de difundir a cultura musical no universo das escolas técnicas, o Coretfal tornou-se referência para a cultura alagoana.

    Na década de 80, sob a regência da professora Maria de Fátima Monteiro Menezes, o coral passou a admitir a participação de ex-alunos, realizando uma atividade de extensão junto à comunidade. Desde então, vem desenvolvendo um trabalho de pesquisa no campo da música popular brasileira e folclórica, procurando difundi-las e valorizá-las.

    Lançamento – O lançamento do Encoral ocorreu na segunda-feira, 24. A solenidade foi aberta pelo diretor-geral do Cefet-AL, Roland Gonçalves, que elogiou a iniciativa da maestrina Maria de Fátima Monteiro Menezes, coordenadora do Coretfal e de sua mãe, Maria Augusta Monteiro, hoje professora aposentada da instituição. “Realizar este encontro internacional, em parceria com o Coretfal, é uma forma de reafirmar a importância da arte no cumprimento da mais substancial missão da educação: o desenvolvimento do espírito de cidadania”, afirmou Gonçalves.

    Os coros interessados em participar têm até o próximo dia 31 de julho para fazer a inscrição. O encontro contará com uma banca avaliativa, composta por maestros e outros profissionais convidados que, ao final do evento, entregarão um relatório técnico com sugestões para o melhor desempenho dos grupos participantes. Mais informações na página eletrônica do Encoral.

    Repórter: Sophia Gebrim

  • O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) promove esta semana capacitação sobre o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), em Maceió e Arapiraca, as duas maiores cidades de Alagoas. Técnicos da Secretaria de Educação do estado, diretores das coordenadorias estaduais e gestores escolares da rede estadual serão informados detalhadamente sobre a execução do programa, que transfere recursos diretamente às unidades de ensino para pequenos investimentos em infra-estrutura física e pedagógica. São esperados 780 participantes nos quatro dias de capacitação.

    Nesta segunda-feira, 20, e na terça, 21, a capacitação ocorre em Maceió, no Centro de Formação da Secretaria de Educação. Na quarta-feira, 22 e na quinta, 23, será a vez de Arapiraca, na Associação Atlética Banco do Brasil. Na sexta-feira, 24, técnicos do FNDE percorrerão escolas estaduais para identificar e corrigir possíveis erros na execução do programa.

    O objetivo do treinamento é evitar falhas na aplicação dos recursos e informar os gestores sobre as principais modificações no programa. Com isso, o FNDE espera melhorar a execução do PDDE e diminuir a possibilidade de suspensão da transferência financeira.

    Criado em 1995, o PDDE tem a finalidade de prestar assistência financeira suplementar às escolas públicas do ensino fundamental e às particulares de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos.

    Os recursos destinam-se à compra de material de consumo,  manutenção, conservação e reparos na unidade escolar e pequenos investimentos em bens permanentes. O programa também promove a acessibilidade nas escolas públicas, a implantação da educação integral e o funcionamento das escolas nos fins de semana, entre outras ações.

    Em 2008, o orçamento é de R$ 944 milhões, para beneficiar 131 mil escolas da rede pública e mais de 27 milhões de estudantes.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • Álcool e tabaco são os principais vícios dos alunos do ensino fundamental (a partir da quinta série) e médio das escolas públicas. A constatação é de pesquisa da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os dados foram apresentados no 1º Fórum sobre o Financiamento da Redução da Demanda de Drogas nos Estados e Municípios Brasileiros, na Câmara dos Deputados, em maio.

    O 5º Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública, realizado nas capitais brasileiras, comparou estudos anteriores e considerou fatores como relacionamento familiar, aspectos pessoais, religião e prática esportiva. A pesquisa permite a comparação de dados sobre uso de drogas entre estudantes do Brasil e de outros países. Foram entrevistados 48.155 alunos da rede pública, de ambos os sexos, com idade a partir de dez anos. Em todas as faixas etárias, o álcool é a principal droga utilizada, ao menos uma vez na vida. Mas há diminuição do uso freqüente de bebida alcoólica em comparação com levantamentos anteriores.

    O estudo mostra que, em 2004, em Belém (PA), 57,5% dos entrevistados consumiam bebidas alcoólicas. Em 1997, a porcentagem era de 65%. Em Brasília (DF), o índice caiu para 46,1%, em 2004. Em 1993, era de 79,9%. Em São Paulo (SP), o índice de jovens que usavam álcool freqüentemente era de 67,5%, em 2004. Em 1993, era de 80,5%. Em Curitiba (PR), a porcentagem era de 68,8%, no ano passado. Em 1989, era de 86,6%. E em Fortaleza, o uso foi atestado em 71,4% dos entrevistados, em 2004. Em 1997, o índice era de 80,8%.

    Pais - A pesquisa mostra que alunos do sexo masculino, em relação aos do sexo feminino, apresentam maior consumo de drogas como maconha, solventes, anfetamínicos e outras, exceto álcool e tabaco. Observa-se uma associação entre o consumo e o relacionamento ruim com os pais ou entre estes. Levantamentos em 1987, 1989, 1993 e 1997 facilitam a pesquisa sobre o consumo de drogas na população escolar. Eles permitem obtenção de elementos norteadores das políticas públicas de abrangência nacional.

    Ao se comparar os resultados com a pesquisa de 1997 percebe-se a diminuição do uso freqüente de álcool e tabaco entre os estudantes. Mais informações sobre a pesquisa, pelos telefones (61) 411-2902, 411-2097 e 411-2502 e nos endereços eletrônicos Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Repórter:Susan Faria, com informações da Senad

  • O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), garantiu ao ministro da Educação, Fernando Haddad, que a proposta de emenda constitucional que cria o Fundo da Educação Básica (Fundeb) irá a votação na próxima semana. Segundo Rebelo, há acordo de lideranças para votar o projeto. Rebelo e Haddad reuniram-se na terça-feira, dia 17, no gabinete da presidência da Câmara.

    “Considero o encontro muito produtivo, visto que confirmou nossa expectativa de aprovação ainda durante a convocação extraordinária (do Congresso)”, afirmou Haddad, ao sair da reunião.

    Também na terça-feira, o ministro foi recebido pelo presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL). O tema do encontro foi a apreciação de dois projetos que estão no Senado para votação, o que estabelece nove anos de estudo para o ensino fundamental e o que oferece bolsas de estudos para formação de professores. Calheiros assegurou ao ministro a apreciação dos dois projetos também durante a convocação extraordinária.

    O Fundeb ampliará a oferta de vagas, especialmente na pré-escola, no ensino médio e na educação de jovens e adultos. Possibilitará, ainda, a melhoria da infra-estrutura das escolas. Com duração de 14 anos (até 2019), os recursos aportados ao fundo serão gradativos nos quatro primeiros anos até atingir o valor previsto de R$ 50,4 bilhões anuais. Nesse período, o número de alunos atendidos saltará de 30 para 48 milhões. Pelo menos 60% dos recursos do Fundeb serão destinados ao pagamento dos salários dos profissionais do magistério em exercício. (Assessoria de Comunicação Social)

  • A contratação de consultores para apoiar e fortalecer o processo de alfabetização de jovens e adultos em estados e municípios de toda a região Nordeste, mais os estados do Pará e Acre, e os municípios do norte de Minas Gerais fará parte do redesenho do programa Brasil Alfabetizado em 2008. A segunda mudança será a entrega da formação inicial e continuada de alfabetizadores a universidades federais e estaduais.

    O anúncio dessas e de outras novidades foi feito quinta-feira, 3, ao final de uma reunião de trabalho do secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, com cerca de 40 gestores do Brasil Alfabetizado. A convite do Ministério da Educação, os gestores vieram a Brasília discutir e avaliar o sistema de pagamento das bolsas-auxílio aos alfabetizadores e coordenadores de turmas, que sofreu atraso motivado pela complexidade do sistema de repasse. Da criação do programa, em 2003, até novembro de 2007, o MEC repassava os recursos aos parceiros do programa nos estados e municípios e eles pagavam os alfabetizadores e coordenadores. De dezembro de 2007 em diante, o depósito passou a ser direto nas contas de alfabetizadores e coordenadores.

    Consultores – Para a contratação de consultores, André Lázaro informou que o ministério vai publicar este mês um edital de seleção. Para apoiar e assessorar os municípios, cada consultor não ficará em Brasília, ele terá uma cidade-base e dela se deslocará para atender as demais. Para construir um programa de formação de alfabetizadores, o secretário disse que fará uma reunião com cerca de 40 universidades públicas federais e estaduais na próxima semana. O objetivo dessa ação do MEC é vincular o alfabetizador a uma universidade para que ele possa continuar se atualizando durante toda a sua carreira.

    Dificuldades – Na reunião com os dirigentes do Brasil Alfabetizado, os gestores relataram alguns problemas na execução do programa e fizeram sugestões. Entre os problemas, destaca-se a dificuldade de visão, especialmente dos adultos. Na Bahia, segundo relato da gestora Ana Maria Teixeira, 65% dos 217 mil alfabetizandos têm baixa visão, o que compromete a aprendizagem e a continuidade dos estudos. A mesma dificuldade foi exposta pela gestora do Piauí, Rosângela de Carvalho Sousa.

    No encerramento do encontro, o secretário executivo do MEC, Henrique Paim, disse aos gestores que o ministério vai melhorar o programa Olhar Brasil que, em convênio com o Ministério da Saúde, propõe avaliar as condições oftamológicas dos alfabetizandos e, quando necessário, doar óculos.

    A redução do número de turmas por coordenador – hoje de 15 a 20 – é outro pedido, especialmente dos municípios das regiões Norte e Centro-Oeste, onde as distâncias entre as escolas são muito grandes. No Pará e Mato Grosso do Sul, segundo as gestoras Margareth da Silva Brasileiro e Jane da Silva, um coordenador não pode visitar 15 turmas duas vezes por mês, porque a viagem de uma comunidade para outra dura um dia. Na capital, explicam, é viável ao coordenador atender até dez turmas. Para resolver essa situação, André Lázaro informou que o MEC estuda reduzir o número de turmas por alfabetizador na resolução do programa para 2008. A idéia inicial, disse, seria colocar de dez a 15 turmas por coordenador da área urbana e de oito a dez, no campo.

    O sistema de prestação de contas também é problema em alguns municípios. Segundo Margareth Brasileiro, gestora do Pará, para fazer a formação de professores nos 16 municípios da Ilha de Marajó, por exemplo, os formadores usam como transporte carroças puxadas por búfalos. O problema, nesse caso, é que os carroceiros não têm nota fiscal. “O que fazer”, pergunta Margareth.

    Os gestores sugeriram a adoção de videoconferências para aumentar o intercâmbio de informações entre a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade e os gestores estaduais e municipais do Brasil Alfabetizado. A proposta foi aceita por André Lázaro. A primeira videoconferência terá como foco a parte tecnológica do programa, mas os gestores também querem tratar da formação de alfabetizadores e trocar experiências.

    Números – O programa Brasil Alfabetizado tem nas salas de aula, em 1.171 municípios, 1,2 milhão de alunos, que começaram a alfabetização no segundo semestre de 2007. Eles formam 88.666 turmas atendidas por 88.335 alfabetizadores. O mapa do programa indica que dos 1,2 milhão de alfabetizandos, 57,16% são mulheres e 42,84% são homens; e entre os 88.335 alfabetizadores, 26,98% são professores alfabetizadores e 23,97% são alfabetizadores populares. Coordenadores e alfabetizadores recebem uma bolsa mensal. São quatro tipos de bolsa-auxílio: alfabetizador – R$ 200,00; alfabetizador (turma especial) – R$ 230,00; tradutor intérprete de Libras – R$ 200,00; e supervisor (coordenador de turma) – R$ 300,00.

    Ionice Lorenzoni

  • As entidades parceiras do programa Brasil Alfabetizado que fizeram a escolha do material didático para a alfabetização de jovens e adultos receberão os livros a partir de outubro. A distribuição das publicações corrige uma carência desse segmento, para o qual não havia material didático específico. As disciplinas de língua portuguesa e matemática estão reunidas em volume único, e são dirigidas exclusivamente para a alfabetização de jovens e adultos.

    O prazo para a escolha do material foi encerrado na noite da segunda-feira, 11. Gestores municipais e estaduais do Brasil Alfabetizado tiveram 15 dias para indicar os livros mais adaptados ao seu público, o que foi feito por meio da página eletrônica do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    De um total de 1.059 entidades que aderiram ao Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA), 704 fizeram a escolha, o que equivale a aproximadamente 66% do total. As entidades que não optaram receberão a publicação mais escolhida em seu estado ou região.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • Com 98 municípios com taxas de analfabetismo de jovens e adultos superiores a 35% — o que representa 58,6% dos 167 municípios do estado —, o Rio Grande do Norte é prioridade na pauta do Ministério da Educação.

    Além da Caravana da Educação, que estará em Natal, nesta terça-feira, 19, o MEC realiza no estado duas oficinas para apresentar as mudanças do programa Brasil Alfabetizado, os consultores do ministério que vão trabalhar nos 98 municípios com altos índices de analfabetismo e discutir três ações: criação de um Plano Plurianual de Alfabetização, estratégias de mobilização de alfabetizandos e alfabetizadores e formas de garantir a continuidade dos estudos de jovens e adultos recém-alfabetizados.

    As oficinas vão reunir no dia 22, em São Paulo do Potengi, e dia 25, em Açu, secretários municipais de educação dos 98 municípios. Cada município deve participar de um evento, o que estiver mais próximo de sua sede. Os dois encontros serão das 8h às 18h, no auditório da Câmara Municipal de Vereadores dos municípios de São Paulo do Potengi e de Açu.

    Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o Brasil tem hoje 1.013 municípios com taxa de analfabetismo de jovens e adultos acima de 35%, e que a região Nordeste concentra 90% desses municípios. Para mudar essa realidade, o MEC fez várias alterações no programa Brasil Alfabetizado, que existe desde 2003, e definiu dois focos: a região Nordeste e os jovens e adultos de 15 a 29 anos.

    Mudanças — A alfabetização de jovens e adultos será feita, prioritariamente, por professores das redes públicas municipais e estaduais que já trabalham com alfabetização de crianças. As aulas para os adultos serão no turno livre do professor — pela manhã, tarde ou noite — que ganhará uma bolsa de R$ 200,00 mensais. No mínimo, 75% do quadro de alfabetizadores será composto por professores das redes públicas.

    O repasse de recursos federais para a alfabetização dobra em 2007. Para cada adulto matriculado em curso de alfabetização, o MEC repassará R$ 200,00 anuais. Em 2006, esse valor foi de R$ 100,00 por aluno/ano. O Brasil Alfabetizado tem agora quatro tipos de bolsas mensais: alfabetizador, R$ 200,00; alfabetizador que tem na sala adultos com deficiência, R$ 230,00; tradutor-intérprete de Libras, R$ 200,00; e do supervisor (que vai coordenar um grupo de 15 alfabetizadores), R$ 300,00. O recurso global do programa neste ano é de R$ 315 milhões, dos quais 80% serão transferidos aos estados e municípios, o que representa um repasse de R$ 252 milhões.

    A participação do professor na alfabetização de adultos atende a dois objetivos: melhorar o nível salarial da categoria, especialmente no Nordeste, onde cerca de 60% dos professores das redes públicas trabalham 20 horas semanais e têm um turno livre; e para o aluno, visando aumentar o índice de alfabetização. Para que jovens e adultos permaneçam nos cursos de alfabetização, o MEC criou três incentivos diretos: transporte escolar, merenda e óculos para aqueles que precisam.

    Selos — Para incentivar a ação alfabetizadora nos municípios, o MEC também criou dois selos: Cidade Livre do Analfabetismo, que será concedido a toda cidade que alcançar 97% de alfabetização; e Cidade Alfabetizadora, para o município que, em 2010, comparado com os dados de analfabetismo de 2001, tiver reduzido a taxa em 50%.

    Universidades e entidades — Para que entidades públicas e privadas sem fins lucrativos e instituições de ensino superior participem do Programa Brasil Alfabetizado, o MEC destinou 20% dos recursos anuais. Para receber as verbas, elas precisam apresentar projeto e assinar convênio. Os recursos são para a formação de alfabetizadores e de coordenadores de turmas. Terão prioridade na distribuição dos recursos públicos as entidades que oferecerem serviços de alfabetização para uma prefeitura ou que adotem um município.

    Ionice Lorenzoni

    Confira outras notícias da Caravana da Educação

  • Porto Alegre — Camila Rodrigues tem seis anos e já sabe ler; ela está se familiarizando com os sons e a grafia de cada letra. Agora, ela está conhecendo melhor o som e a forma escrita da letra V. A menina estuda na Escola Estadual Coelho Neto, na periferia de Porto Alegre. O ministro da Educação, Fernando Haddad, e a secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, viram de perto como a menina e seus 23 colegas de turma conseguem ler compassadamente o pequeno texto de três frases no livro didático.

    O grupo de 24 alunos faz parte de um projeto-piloto de alfabetização de crianças aos seis anos, idade em que ingressam no ensino de nove anos. A secretaria estadual de educação está testando três diferentes métodos de alfabetização: o fônico, a fusão entre construtivista e tradicional (silábico e alfabético) e o pós-construtivista.

    O ministro quis saber como a professora Scheili Vargas avalia o projeto e quais suas reivindicações quanto ao material didático fornecido pelo MEC. Scheili acha que não há material adequado para alfabetização na faixa etária dos seis anos e que o material existente privilegia textos muito longos, para crianças ainda não acostumadas aos sons e formas de cada letra. “É preciso que a criança conheça as letras, saiba o som de cada uma e depois parta para o texto, que precisa ser mais curto”, recomendou a professora.

    O método funciona para Camila que,  pronunciando cada som, lê sem dificuldades a frase: “A ave levou o véu da vovó”. A recompensa foi um beijo do ministro, entusiasmado com o projeto, que antecipa uma das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação. Segundo o plano de metas Compromisso Todos Pela Educação, toda criança precisa estar apta a ler e escrever até os oito anos de idade. “O MEC não poupará esforços para apoiar iniciativas como esta”, disse o ministro.

    O projeto de alfabetização aos seis anos teve início este ano com a adesão de 73 municípios e 550 turmas de primeiro ano do ensino fundamental. Ao final do ano letivo, o processo será avaliado pela Cesgranrio, que irá verificar os avanços e dificuldades na alfabetização das crianças a partir dos três diferentes métodos.

    Maria Clara Machado

  • Saiu a lista das 18 obras didáticas que vão entrar no catálogo de livros do Programa Nacional do Livro Didático para Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA 2008), do programa Brasil Alfabetizado, no Diário Oficial de sexta-feira, 19.

    A escolha dos livros e as etapas seguintes ― negociação, produção e distribuição ― estão previstas para começar a partir de fevereiro de 2008, acompanhando o calendário escolar dos alunos jovens e adultos. As instituições devem escolher os livros mais adequados aos seus programas de ensino, pela página eletrônica do Fundo Nacional Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Após a escolha dos professores, o FNDE, responsável pela execução do programa, vai negociar e comprar os direitos autorais dos títulos selecionados. Em seguida, vêm a produção pelas editoras e a expedição dos livros pelos Correios em 2008.

    Criado em 24 de abril deste ano como uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação, o PNLA visa distribuir livros didáticos adequados aos estudantes com mais de 15 anos que não tiveram oportunidade de estudar no período regular, matriculados no Brasil Alfabetizado, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad). Podem ser parceiros, estados, Distrito Federal, municípios, entidades da sociedade civil organizada e instituições de ensino superior. Os parceiros beneficiados, o alunado e os coordenadores de turmas devem estar cadastrados na página eletrônica da Secad.

    O Plano Nacional de Educação determina a erradicação do analfabetismo e o progressivo atendimento no primeiro segmento de educação de jovens e adultos até 2011. O PNLA tem como objetivo promover ações de inclusão social, ampliando as oportunidades educacionais dos alunos e estabelecer um programa nacional de fornecimento de livro didático adequado ao processo de ensino e aprendizagem dos jovens e adultos em alfabetização.

    Lucy Cardoso

  • Pescadores de quatro municípios da região do médio São Francisco, na Bahia, estão participando do projeto-piloto de alfabetização de pescadores Saberes das Águas, parceria entre Ministério da Educação, Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) e Agência Espanhola de Cooperação.

    O projeto reúne 2.130 pescadores que moram e trabalham nos municípios da Barra, Pilão Arcado, Remanso e Xique-Xique. Para atender às peculiaridades da atividade pesqueira, o Programa Brasil Alfabetizado, do MEC, construiu um calendário diferenciado. Aproveitando o período do defeso (época da reprodução dos peixes), que dura quatro meses, de 1º de novembro a 28 de fevereiro, as aulas, neste período, têm duração média de três horas diárias. Nos quatro meses seguintes, de março a junho de 2006, quando as atividades de pesca se intensificam, os pescadores terão aula um dia por semana durante duas horas.

    De acordo com o responsável técnico do Programa Brasil Alfabetizado pelo Saberes das Águas, Robson Pedro Véras, os pescadores deste projeto-piloto têm idade entre 30 e 45 anos e cerca de 90% deles já tentaram ser alfabetizados em outras ocasiões. Agora, além de alfabetizá-los, explicou Robson, o MEC e a Seap, em parceria com os municípios, têm o compromisso de motivá-los a ingressar na educação de jovens e adultos (EJA).

    Piloto – A alfabetização dos 2.130 pescadores da Bahia está sendo feita por 150 alfabetizadores treinados pela Universidade Estadual da Bahia e acompanhada por 13 coordenadores. A ação dos coordenadores será garantir o sucesso da alfabetização, reduzir a evasão e conduzir os pescadores ao primeiro segmento da EJA (1ª a 4ª série do ensino fundamental). As atividades específicas deles são percorrer as comunidades, acompanhar as aulas e tirar dúvidas dos alfabetizadores. Dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) indicam que a Bahia é o segundo estado com maior índice de analfabetos, só superado pelo Pará. Entre os pescadores brasileiros, o analfabetismo atinge 79%, contra o índice geral que é de 11%.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

Fim do conteúdo da página