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  • A viagem do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Japão já está dando frutos no que diz respeito a parcerias para projetos educacionais entre os dois países. Nesta terça-feira, 7, às 10h, na Embaixada do Japão, em Brasília, os dois países assinam 16 projetos que visam ao desenvolvimento social e educacional do Brasil, com destaque para a educação básica.

    A Embaixada do Japão vai supervisionar os projetos de Recuperação da Escola Agrícola do estado do Tocantins, de Ampliação da Escola Agrícola de Uirapuru (GO) e de Alfabetização da Comunidade Carente da Região de Cavalcante, também em Goiás. Serão investidos US$ 245,2 mil – cerca de R$ 640 mil – para implementar os três projetos.

    Imigrantes– No Brasil, vivem cerca de 1,4 milhão de imigrantes e descendentes de japoneses. O governo japonês reconhece que o Brasil está empenhado no combate à pobreza, sobretudo na redução da desigualdade social e das disparidades regionais e considera o campo do desenvolvimento social um dos pilares da sua cooperação econômica com o nosso país.

    Nos últimos cinco anos, o Japão desenvolveu, no Brasil, 185 projetos voltados para o desenvolvimento de comunidades locais. O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Educação, Alessandro Candeas, participará do evento.

    Repórter: Sandro Santos

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, reúne-se nesta terça-feira, 22, com o embaixador do Japão no Brasil, Takahiko Horimura, para tratar da cooperação bilateral entre os dois países. Também estará na pauta da audiência a política educacional do MEC e a educação dos brasileiros no Japão. Dos 275 mil brasileiros residentes no país, 60 mil são jovens em idade escolar.

    Nos dias 25 e 26 de outubro, uma delegação do MEC, integrada por representantes da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Assessoria Internacional, participou de uma reunião em Tóquio. O encontro foi realizado conforme o previsto no programa conjunto assinado durante visita do presidente Lula ao Japão em maio de 2005. O objetivo da visita foi discutir medidas concretas para apoiar a educação das crianças brasileiras no país e analisar as perspectivas futuras de cooperação educacional mútua.

    O Japão é o único lugar do mundo onde os estudos realizados em escolas para brasileiros no exterior são validados. Por buscarem, sobretudo, preparar crianças e jovens para o seu regresso ao Brasil, o governo brasileiro decidiu validar estes estudos realizados em  escolas no Japão. A medida garante a equivalência dos estudos ministrados no Japão aos conteúdos ensinados nas escolas brasileiras. 

    Repórter: Cristiano Bastos

  • Foto: Tereza SobreiraOs governos do Brasil e do Japão assinaram três acordos na área de educação, nesta terça-feira, 7, em Brasília. Segundo os contratos, a Embaixada do Japão vai supervisionar os projetos de recuperação da Escola Agrícola do estado do Tocantins, de ampliação da Escola Agrícola de Uirapuru (GO) e de alfabetização da comunidade carente da região de Cavalcante, também em Goiás. Serão investidos US$ 245,2 mil – cerca de R$ 640 mil – para implementar os projetos. “A educação é o elemento essencial para o desenvolvimento social e econômico de um país”, disse o embaixador do Japão no Brasil, Takahiko Horimura.

    A Escola Agrícola do Tocantins, quase fechada por falta de verba, receberá um investimento de R$ 242,840 mil para ampliação e reforma da escola e do alojamento. Para a ampliação da Escola Agrícola de Uirapuru, serão doados R$ 157,482 mil. Já o terceiro projeto, que trata da alfabetização da comunidade descendente de escravos da região de Cavalcante, receberá R$ 237 mil.

    O assessor de Assuntos Internacionais do Ministério da Educação, Alessandro Candeas, lembrou que o Brasil possui a segunda maior população de japoneses do mundo, com 1,4 milhão de imigrantes e salientou: “A assinatura destes programas é um exemplo extraordinário de cooperação entre países amigos”.

    Visita –O embaixador fez referência à recente visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Japão, em 26 de maio, data em que Lula e o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, decidiram pela implementação de 16 projetos que receberão a metade do investimento do Programa de Doações Assistenciais para Projetos Comunitários e de Segurança Humana mantido pelo Japão para a área de educação.

    “O Brasil está empenhado em desenvolver-se social e economicamente por meio da educação e o Japão tem experiência em projetos e programas para o desenvolvimento de comunidades locais. Daí o interesse do Japão em apoiar os programas brasileiros”, encerrou o embaixador.

    Repórter: Sandro Santos

  • Com o objetivo de conhecer as melhores práticas do Japão na área da educação profissional e tecnológica, o Ministério da Educação realiza viagem de cooperação técnica àquele país. A visita, que teve início nesta quarta-feira, 7, e se estende até a próxima sexta-feira, 16, conta com a presença de nove integrantes das instituições federais de educação tecnológica e do MEC.

    A delegação brasileira, composta por representantes dos centros federais de educação tecnológica (Cefets) do Ceará, Espírito Santo, Bahia, Pará, Santa Catarina, Pelotas, escolas agrotécnicas de São Gabriel da Cachoeira (AM), Alegre (ES) e do Centro Tecnológico de Mecatrônica (RS), realiza visitas técnicas a centros de formação do segmento de pesca, indústria mecatrônica e naval.

    A Escola de Pesca Misaki, o Centro Educacional Monbushô, o Instituto de Tecnologia de Tokyo (especializado em robótica), a multinacional Toshiba Corporation e os ministérios da Economia, Indústria, Comércio, Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia são alguns dos locais que o grupo irá visitar durante os dez dias da missão.

    “A missão também tem como meta obter auxílio técnico de empresas japonesas para o desenvolvimento dos setores da indústria mecatrônica e da pesca no Brasil”, explica o titular da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Eliezer Pacheco.

    Marco Aurélio Fraga

  • Os ministérios da Educação do Brasil e do Japão reúnem-se nos dias 25 e 26 (terça e quarta-feira), em Tóquio, para trocar informações sobre os sistemas de ensino básico, profissional e tecnológico, superior e de pós-graduação. No dia 27, na Embaixada do Brasil, os representantes do MEC têm encontro com a Associação das Escolas Brasileiras no Japão.

    Sob a chefia da secretária de Educação Especial, Cláudia Pereira Dutra, a delegação do MEC é formada por diretores e coordenadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Assessoria Internacional.

    Na terça, o MEC fará três apresentações. A primeira será sobre a estrutura dos sistemas educacionais: acesso e ações de inclusão para negros, indígenas, jovens e adultos; transporte, merenda, livro didático e bibliotecas escolares; educação profissional; educação a distância; educação ambiental e no campo. A segunda, sobre os programas para a melhoria da qualidade da educação: as políticas de educação infantil e do ensino fundamental, formação de professores da educação básica, gestão da educação básica, avaliação, produção de materiais multimeios.

    A terceira apresentação se refere à educação de brasileiros no Japão: o funcionamento das escolas, censo escolar das escolas no exterior, apoio à aquisição de livros didáticos, apoio à formação docente a distância, inspeção de escolas no Japão.

    Na quarta, o MEC abordará cinco programas e ações: educação profissional e tecnológica, pesquisa e avaliação educacional, Escola Aberta, educação a distância e educação especial.

    A experiência japonesa - Ao mesmo tempo em que vai mostrar o mapa da educação no Brasil, o programa da reunião bilateral prevê exposições sobre a experiência japonesa em cada um dos itens. Ao final, os representantes do MEC e do Japão vão formular um memorando de entendimento que será submetido à apreciação dos ministros da Educação dos dois países. O objetivo é preparar uma possível parceria, a ser assinada na visita que o ministro Fernando Haddad fará ao Japão em 2006.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • A troca de informações sobre os sistemas de ensino superior e a definição de linhas de pesquisas de interesse comum de universidades do Brasil e Líbano estarão em debate nos dias 27 e 28, na Universidade de Brasília (UnB). O seminário acadêmico Brasil-Líbano é uma promoção da Assessoria Internacional do Ministério da Educação, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e da Confederação Nacional das Entidades Libano-brasileiras (Confelibras).

    De acordo com Alexandre Silveira, da Assessoria Internacional do MEC, o evento abordará quatro temas — sistemas de ensino superior no Brasil e no Líbano; estruturas nacionais (painel que apresentará a organização política, social e religiosa, o progresso econômico e o desenvolvimento social do Líbano); relações internacionais (presença do Líbano no desenvolvimento acadêmico, humano e científico); e as relações Brasil-Líbano (história, cultura e economia).

    O seminário, que será realizado no auditório da Reitoria, resulta do programa executivo de cooperação educacional 2006-2009, assinado em 27 de fevereiro de 2006, em Beirute, durante visita do ministro Fernando Haddad ao Oriente Médio. Entre as ações, o programa de cooperação prevê intercâmbio de estudantes de graduação nos programas de Estudantes–Convênio de Graduação (PEC-G) e de Estudantes–Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG), além do ensino da língua árabe na rede pública da educação básica do Brasil e da língua portuguesa no Líbano.

    Na segunda-feira, dia 27, o MEC receberá uma missão do Líbano, chefiada pelo reitor da universidade estatal libanesa, Zuheir Chokr. A missão, informa Silveira, vai tratar da informatização da rede de ensino superior do Líbano e conhecer a estrutura e o funcionamento dos programas de pós-graduação da Capes. Visitará, ainda, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnólogico (CNPq), órgão do Ministério de Ciência e Tecnologia.

    Ionice Lorenzoni

    *Alterada com acréscimo de informações.

  • Os desafios da educação no Brasil são ambiciosos, mas não tão diferentes como os de um país como o Líbano. Na tarde desta segunda-feira, 27, primeiro dia do Seminário Acadêmico Brasil-Líbano, professores libaneses e o secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota, falaram sobre as diferenças, semelhanças e esperanças de educadores e governantes dos dois países.

    Os professores libaneses Karam Rizk, da Université Saint Espirit de Kaslik, e Munir Bashshur, da American University of Beyrouth, traçaram um panorama da educação superior no Líbano desde a criação da primeira universidade até o período após a guerra civil libanesa (1975-1990).

    Bashshur falou sobre as diferenças entre o sistema público e o privado e até entre o próprio sistema público. “Após a guerra, a Universidade Libanesa, a mais antiga, se dividiu em 48 unidades. A fragmentação não seria problema se elas conversassem entre si.” Segundo o professor, o que se tem hoje são unidades quase independentes, dividas por áreas do conhecimento, que não trocam experiências. “O crescimento das universidades privadas aumentou a disparidade. O grande desafio do Líbano é homogeneizar o sistema de educação superior.”

    Metas ― O secretário Ronaldo Mota citou os desafios e as metas para Brasil crescer, como o aumento do acesso à educação superior, a qualidade da educação, a inclusão social pela educação e a atenção à territorialidade. Lembrou, também, “que todas essas metas devem caminhar juntas, para refletir positivamente numa educação superior para todos com qualidade”.

    Mota apresentou ainda as soluções em andamento no país, como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o projeto de expansão da educação superior, que está interiorizando as universidades federais. Segundo ele, é preciso associar a avaliação à regulação. “É preciso aplicar sanções às universidades de baixa qualidade”, disse.

    Nível ― Os professores libaneses elogiaram o pensamento do governo brasileiro de não esquecer um nível de ensino em detrimento de outro. O professor Karam Rizk concorda que se deve atenção a todos os níveis ao mesmo tempo. “Se você não investe na educação básica vai sentir os reflexos na educação superior”.

    O secretário Mota reforçou o compromisso do governo na melhoria da qualidade da educação básica, levando em conta a educação superior. “A Universidade Aberta do Brasil (UAB) é uma maneira de expressar esse compromisso. São mil pólos pelo Brasil voltados para a formação inicial e continuada dos professores da educação básica.” As aulas a distância encurtam as diferenças e ampliam as possibilidades de 800 mil professores que necessitam da formação básica superior, direcionada à sua área de atuação.

    O seminário continua nesta terça-feira, 28, no auditório da reitoria. Confira a programação

    Manoela Frade

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  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, assinaram nesta quinta-feira, 6, no Palácio do Planalto, acordos de cooperação bilateral na área da educação.

    O presidente moçambicano está no Brasil para participar das comemorações do Sete de Setembro e estreitar os laços de amizade entre os dois países. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e a ministra de Negócios Estrangeiros e Cooperação de Mocambique, Alcinda Abreu, assinaram protocolos para a concessão de bolsas a estudantes moçambicanos e sobre educação a distância.

    Pelo acordo que apóia a formação de alunos moçambicanos, o Brasil concederá bolsas de iniciação científica a 100 estudantes de Moçambique. Os bolsistas virão ao Brasil de férias escolares para aperfeiçoar conhecimentos em investigação científica em laboratórios de universidades públicas brasileiras. A primeira edição do programa, sob responsabilidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), deve ocorrer em 2008.

    Já o protocolo de intenções sobre cooperação na área de educação a distância prevê visitas de técnicos moçambicanos ao Brasil para conhecer os principais programas brasileiros na área. Os países se comprometeram a trocar informações sobre regulamentação de educação a distância e a compartilhar materiais didáticos necessários à implementação de cursos a distância em Moçambique.

    Maria Clara Machado

  • Capacitação de professores, elaboração de currículos e montagem de cursos integram o projeto de educação profissional que o Ministério da Educação vai elaborar para atender pedido do Ministério da Educação, Cultura e Esportes da Nicarágua. O projeto é a primeira conseqüência do memorando de entendimento assinado entre os ministros da Educação do Brasil, Fernando Haddad, e da Nicarágua, Miguel Angel García, em 26 de junho, em São Paulo.

    O país da América Central, que tem pouco mais de cinco milhões de habitantes e 1,6 milhão de alunos matriculados na educação básica, oferece educação profissional, com duração de 120 a 300 horas, apenas para adultos, mas tem interesse em oferecê-la aos jovens. De acordo com a assessora de planejamento e gestão da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Márcia Moreschi, que foi à Nicarágua apresentar o sistema brasileiro, a experiência do MEC será de grande ajuda.

    O projeto vai cuidar de todo o contexto, a começar pela formação de professores, elaboração de currículos e montagem de cursos. A Setec vai prestar assessoria também na criação de cursos para qualificar jovens e adultos nas principais vocações econômicas da Nicarágua — agroindústria para o processamento de frutas tropicais e laticínios, agroturismo e formação de cooperativas de pequenos produtores.

    Outro tema que interessa ao governo da Nicarágua é a coleta de dados do Censo Escolar desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC). A coordenadora-geral do censo, Célia Gedeon Araújo, apresentou o formato de coleta e a conexão entre os dados fornecidos pelas escolas e os programas federais de apoio à educação, dentre eles, merenda e transporte escolares e livro didático.

    Depois que os nicaragüenses avaliarem as propostas do MEC, será discutida a forma de cooperação. Márcia Moreschi diz que os professores daquele país podem vir ao Brasil para a formação em educação profissional, mas há a possibilidade de os técnicos brasileiros irem à Nicarágua. 

    Ionice Lorenzoni

     

  • Os ministros da Educação do Brasil, Fernando Haddad, e da Pesquisa e Educação Superior da Noruega, Tora Aasland, assinaram nesta segunda-feira, 31, em Brasília, um memorando de entendimento que prevê intercâmbio entre as instituições de ensino superior, e de professores, pesquisadores e estudantes dos dois países.

    O memorando é o início de um processo de cooperação institucional na área da educação superior entre Brasil e Noruega. No encontro com Tora Aasland, Haddad disse que o Ministério da Educação tem interesse na ampliação do acesso dos brasileiros ao programa Erasmus Mundus e no intercâmbio de professores e alunos. O Erasmus Mundus é um programa da União Européia (UE) de concessão de bolsas para alunos de graduação e acadêmicos de países fora da UE, para freqüentar cursos masters (equivalente ao mestrado). Criado em 2004, o Erasmus conta com 82 universidades de 17 países da União Européia, entre eles, a Noruega, e investimentos previstos de 230 milhões de euros, no período de 2004 a 2008.

    Tora Aasland manifestou o interesse de seu país em ampliar o acesso de estudantes brasileiros às universidades e institutos superiores especializados, no intercâmbio lingüístico e na preparação de um seminário acadêmico entre Noruega e Brasil para definir uma agenda de trabalho comum na educação superior. O memorando tem duração de quatro anos, com revisão ao final do processo e prorrogação por igual período.

    Noruega— O país tem 4,6 milhões de habitantes, possui o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) nominal per capita do mundo; e tem o segundo maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mundial. Tem seis universidades, seis institutos superiores especializados, 25 faculdades públicas e 29 instituições privadas de ensino superior. A língua oficial é o norueguês.

    Ionice Lorenzoni

  • O Brasil está colocado em sétimo lugar entre as nações do mundo com maior número de instituições de ensino superior privadas e, também, é um dos países da América Latina em que o processo de privatização do ensino superior se deu de forma mais acelerada. Os Estados Unidos ocupam a 20ª posição. A partir desses dados, a expansão e a massificação da universidade foram discutidas no Seminário Internacional Reforma e Avaliação da Educação Superior - Tendências na Europa e na América Latina.

    De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes) e coordenador do evento, Hélgio Trindade, a expansão do ensino superior na Europa ocorreu com mais intensidade no setor público. "Exemplos clássicos estão na Alemanha e na França, que se equiparam aos casos de países como México e Argentina", disse. Mesmo o México, que adotou as primeiras reformas neoliberais, estabeleceu em 20% o limite do setor privado na educação superior.

    Já o Brasil, o Chile e a Colômbia demonstram uma forte tradição no desenvolvimento do ensino privado. Segundo relato de Hélgio Trindade, nos últimos 30 anos, o Brasil tornou-se o país da América Latina com uma proporção maior de privatização do ensino superior: apenas 30% das universidades são públicas - 70% são particulares.

    Interesses - Estudo do pesquisador francês Martin Carnoy, citado por Hélgio, diz que "a importância do ensino superior aumenta em função da produção econômica voltada para produtos de forte densidade de conhecimento", mas observa que os capitais internacionais "têm interesses econômicos de curto prazo que tendem a favorecer o setor privado, pressionando os governos a frear o crescimento das despesas publicas".

    Segundo Hélgio Trindade, sobretudo nos períodos militar e de redemocratização, houve expansão descontrolada da educação superior brasileira. "Houve uma liberalização de expansão do setor privado a ponto de se criarem, em média, nos últimos oito ou dez anos, cerca de quatro cursos por dia." Expansão dessa natureza, sem critério, afirma, jogou para o setor privado uma quantidade de instituições sem qualidade. "Hoje, esse setor quer separar o joio do trigo: as IES comprometidas com sua função educacional das que se expandiram de forma caótica e que precisam de um processo de transformação", disse.

    Repórter: Ivone Belem

  • Quatro estudantes brasileiros foram destaque na 12ª Olimpíada Ibero-Americana de Química, realizada no Rio de Janeiro em outubro. Bruno Paz, Pedro Nakasu e Thaís Macedo ganharam medalhas de ouro e Jório Mota conquistou uma de prata. Todos os estudantes vencedores são cearenses.

    Concorreram 16 brasileiros com 49 estudantes de 13 países — Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Espanha, Guatemala, México, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela. Cada delegação participou com quatro estudantes, todos cursando ensino médio com idade máxima de 18 anos, que disputaram seis medalhas de ouro. O Brasil ficou em primeiro lugar com quatro, e Argentina e Costa Rica com as outras duas.

    Os participantes passaram por seis etapas, a primeira foi realizada em março de 2006, com 164 mil inscritos. A última etapa aconteceu em maio com 16 concorrentes com um exame teórico e um prático em laboratório. No total foram disputadas seis medalhas de ouro, o Brasil ficou com três  e a Argentina com duas e a Costa Rica com uma de ouro. A Olimpíada ocorre anualmente no mês de outubro e integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

    O professor de química da Universidade Federal do Ceará, Sérgio Melo, coordenador da Olimpíada do Brasil, conta que os jovens mostraram que estão realmente preparados para participar de diversas competições estudantis. “Foi muito boa a participação dos brasileiros, o Ceará vem se destacando não só em química, mas em todas as olimpíadas que participamos”, diz ele. “Temos sempre pelo menos um aluno premiado.” Para Melo, os premiados incentivam os outros alunos por ciências.

    A última olimpíada foi em Portugal, em 2006, onde o Ceará conquistou três medalhas (uma de prata e duas de bronze). A competição é realizada pela Associação Brasileira de Química, com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. A olimpíada é realizada anualmente no mês de outubro e integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

    Assessoria de Imprensa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

    Republicada com alteração de informações

  • Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Nicanor Duarte, do Paraguai, se reúnem nesta segunda-feira, 21, em Assunção, Paraguai, para avaliar os avanços do Programa Executivo Educacional, que será desenvolvido até 2009. Assessores dos dois governos aproveitam a reunião para discutir o ensino superior e a pós-graduação no âmbito do Mercosul.

    A agenda educacional bilateral prevê uma série de ações: cooperação entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e a Universidade Nacional de Assunção (UNA) para criação de curso de mestrado em língua portuguesa; ampliação de programas de bolsas de estudos e de mobilidade de estudantes e professores; e criação de escolas interculturais multilíngües. Na educação indígena estão previstas atividades para capacitação de professores e elaboração de materiais didáticos específicos, principalmente em língua guarani.

    As escolas bilíngües de fronteira também fazem parte do programa e serão tema de reunião prevista para este mês, entre especialistas dos ministérios de educação dos dois países. A proposta é incentivar o ensino do idioma português no Paraguai e do espanhol no Brasil. O programa intercultural bilíngüe e trilíngüe, prevê a incorporação do idioma guarani nas escolas de ensino fundamental e médio nas áreas de fronteira. Segundo Alessandro Candeas, da Assessoria Internacional do MEC, as escolas bilíngües de fronteira funcionarão em Foz do Iguaçu e Ponta Porã, do lado brasileiro, e Cidade do Leste e Pedro Juan Caballero, do lado paraguaio.

    Outro ponto do Programa Executivo Educacional é a constituição de uma rede de intercâmbio acadêmico entre sete universidades brasileiras — duas federais e cinco estaduais do Paraná —, quatro universidades públicas paraguaias e o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI). Um pólo do Espaço Regional de Educação Superior do Mercosul, também denominado Instituto Mercosul de Estudos Avançados, poderá funcionar nas instalações do PTI.

    Maria Pereira Filha

  • Uma delegação brasileira de dirigentes da área educacional estará em Lisboa, entre os dias 19 e 21 próximos, para debater temas como conhecimento mútuo da educação superior (cursos de graduação e pós-graduação), avaliação da qualidade do ensino e revalidação de graus e títulos acadêmicos. O encontro contará com a participação de representantes dos ministérios da Educação e das Relações Internacionais de Portugal.

    Serão expostos temas como organização e funcionamento do sistema de ensino superior brasileiro, formas de acesso, diretrizes curriculares, avaliação e regulação, Lei de Diretrizes e Base da Educação, expansão das universidades federais e reforma universitária.

    Do Brasil, participarão representantes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), do Conselho Nacional de Educação (CNE), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes) e da Associação Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem).

    Iniciativa — “A iniciativa é importante para fortalecer as relações institucionais na área educacional dos dois países”, disse Godofredo de Oliveira Neto, diretor do Departamento de Política da Educação Superior da SESu. “Vamos trabalhar dentro da perspectiva do Tratado de Bolonha (assinado em junho de 1999 por 29 países para a uniformização do ensino universitário e politécnico nos países da União Européia)”, observou Mário Pederneiras, diretor do Departamento de Supervisão da Educação Superior da SESu. Segundo ele, esse é um momento importante na educação brasileira. O ensino superior público está em expansão e há o projeto de reforma. “Temos pessoas que se formam em um país e vão trabalhar em outro. Elas precisam da revalidação do diploma. Isso também será discutido”, disse Pederneiras.

    Susan Faria

  • Será realizada na quinta-feira, dia 24, em Lisboa, reunião da Comissão de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para tratar da criação, no Brasil, do Instituto Machado de Assis. Na capital portuguesa, o secretário-executivo adjunto do Ministério da Educação, Ronaldo Teixeira da Silva, conhecerá a estrutura e o funcionamento do Instituto Camões, além de definir formalmente como será a cooperação entre Portugal e Brasil na instalação do Instituto Machado de Assis. O projeto deve ficar pronto em dezembro.

    A exemplo de países como Portugal, Espanha e Alemanha, que mantêm institutos de promoção de seus idiomas em outros continentes (Camões, Cervantes e Goethe, respectivamente), o Brasil pretender difundir a cultura brasileira e o português fora do espaço lusófono. De acordo com Ronaldo Teixeira, essa reunião é conseqüência do acordo firmado entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, em outubro. “Eles assinaram uma declaração conjunta que contempla diversos itens de interesse educacional, dentre eles a criação do Instituto Machado de Assis”, explicou.

    Criada em 1986, a CPLP é composta por Angola, Brasil, Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste — este último aderiu em 2002.

    Repórter: Flavia Nery

  • No Ano Internacional da Física, o Brasil conquistou a medalha de prata na 18ª edição do Torneio Internacional de Jovens Físicos, realizado na Suíça entre 14 e 18 de julho. A equipe brasileira - composta por cinco jovens estudantes de ensino médio, de São Paulo - ficou em sétimo lugar. Pelos critérios da organização do torneio, é concedida a medalha de prata da quarta à oitava colocação. Da primeira à terceira colocação, os participantes recebem a medalha de ouro. E, da nona à 15ª, a de bronze.

    Foi a segunda participação do Brasil no torneio. Na primeira, em 2004, o país ficou em 15° lugar. “Foi uma excelente colocação para quem ainda engatinha nesse tipo de competição científica. Ultrapassamos a Eslováquia e a Coréia, que já foram ouro em torneios anteriores. Ficamos praticamente empatados com a Bulgária e a Nova Zelândia, que participam há alguns anos”, afirmou o professor Ozimar Pereira, coordenador da equipe brasileira.

    Segundo ele, boa parte do excelente desempenho da equipe é resultado do ‘treinamento intensivo’ pelo qual o time passou na Universidade de Campinas (Unicamp).

    O time brasileiro - composto pelos estudantes Diogo Rodrigues Bercito, Emanuelle Roberta da Silva, Daniel Nogueira Meirelles de Souza, Juliana Ogassavara e Marcelo Puppo Bigarella - foi escolhido entre 280 jovens que fizeram parte dos 56 times inscritos na fase inicial do Torneio Internacional de Jovens Físicos Brasil. No Brasil, o torneio conta com o patrocínio da Universidade Paulista (Unip) e Intel.

    Pensamento - O Torneio Internacional de Jovens Físicos é dirigido a estudantes do ensino médio e tem o objetivo de estimular o interesse de jovens estudantes pela física, desenvolver o pensamento autônomo e crítico e incentivar o trabalho investigativo e colaborativo do estudante.

    Os problemas do torneio versaram sobre os principais temas da física, como mecânica, eletromagnetismo, termodinâmica e mecânica quântica. Algumas questões também abordaram temas teóricos, como tunelamento quântico e mecânica de rotações. Para a resolução de todos os problemas, é necessário que o estudante tenha domínio dos conceitos teóricos e práticos de física.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • O ministro da Educação do Brasil, Fernando Haddad, e a ministra de Educação e Treinamento da Inglaterra, Ruth Kelly, assinaram na quinta-feira, 9, memorando de entendimento para aprofundar a cooperação bilateral na área da educação. O documento prevê parcerias de interesse comum em áreas prioritárias como educação técnica e profissionalizante; formação de professores; inclusão e financiamento da educação; avaliação e indicadores educacionais, educação superior e pós-graduação; publicações científicas conjuntas; e tecnologias de informação e comunicação aplicadas à educação.

    O acordo, firmado no âmbito da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Inglaterra, também estabelece o desenvolvimento de estudos brasileiros no Reino Unido e de estudos britânicos no Brasil, com ênfase no ensino de português e inglês. Um dos principais objetivos é intensificar o ensino de inglês no sistema educacional brasileiro, especialmente na rede pública de educação básica.

    O memorando prevê, ainda, estímulo ao estabelecimento de parcerias e consórcios entre instituições de ensino superior e centros de pesquisa para ampliação bilateral de ações científico-acadêmicas. A produção científica brasileira cresce anualmente. Em 2005, os pesquisadores brasileiros produziram 1,8% do conhecimento científico do mundo, contra 1,5% em 2002.

    Inclusão social – O acordo, destaca Haddad, dará “particular atenção à inclusão social na educação, permitindo trocas de experiências positivas em programas que lidam com questões como alfabetização de jovens e adultos e ações afirmativas, como apoio a estudantes com necessidades educacionais especiais”.

    Reforma – Antes da assinatura, a ministra Ruth Kelly apresentou o projeto de reforma da educação britânica que está tramitando no parlamento inglês. Conforme Ruth, o objetivo é garantir maior autonomia a diretores, professores e pais na gestão escolar e a implementação de um sistema mais eficaz de avaliação da educação. Temas de interesse comum ao governo brasileiro.

    Repórter: Rafael Ely

  • O intercâmbio de informações científicas e a cooperação acadêmica nas áreas tecnológica, meio ambiente, ciências sociais e cultura constituem o núcleo do programa de trabalho que será desenvolvido pelos ministérios da Educação do Brasil e da República Tcheca, entre 2009 e 2011. O acordo foi assinado nesta quinta-feira, 6, em Brasília, pelos ministros da Educação dos dois países, Fernando Haddad e Ondrej Liska.

    Além das ações específicas do plano de trabalho, o ministro Ondrej Liska manifestou interesse em conhecer as reformas que o Brasil está fazendo no ensino superior e na educação básica. Liska disse que a República Tcheca sofre dos mesmos problemas que têm as crianças das escolas públicas brasileiras em leitura e escrita. Os métodos de avaliação da educação básica, como a Prova Brasil, a Provinha Brasil e o Saeb, são pontos de interesse dos tchecos.

    A cooperação, objeto do programa de trabalho, se concentrará em seis áreas do conhecimento – engenharias, tecnologias da informação e comunicação, artes, meio ambiente, biotecnologia, ciências sociais e econômicas. A seleção de projetos conjuntos de pesquisa será feita anualmente, por edital em cada país, devendo incluir a mobilidade de acadêmicos, pesquisadores e estudantes de instituições de ensino superior e de pesquisa. Uma comissão conjunta dos dois países (o Brasil será representado pela Capes) vai acompanhar a execução do programa.

    São três as modalidades de cooperação: intercâmbio de estudantes de doutorado e pós-doutorado por um período de até um ano acadêmico; intercâmbio de professores e pesquisadores de até um mês, e organização conjunta de seminários, conferências e encontros acadêmicos. O programa de trabalho subscrito pelos ministros Haddad e Liska começa em 2009 e se estende até dezembro de 2011, mas pode ser renovado por mais três anos.

    Ionice Lorenzoni

  • O estudo da língua portuguesa em centros universitários da Síria, no Oriente Médio, e da língua árabe em universidades públicas brasileiras foi acordado nesta segunda-feira, 28, entre o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o embaixador sírio no Brasil, Ali Diab, em audiência no MEC.

    O intercâmbio para o ensino das línguas está previsto no programa executivo de cooperação cultural e educacional, assinado entre os dois países em 3 de dezembro de 2003, por ocasião da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Síria. De imediato, o ministro Haddad determinou à Secretaria de Educação Superior (SESu) e à Assessoria Internacional que façam um levantamento das universidades federais que já oferecem o ensino do árabe. Ali Diab fará o mesmo levantamento entre as instituições do seu país. A partir dos dados, o MEC e a embaixada pretendem formalizar instrumentos de promoção do intercâmbio entre universidades, professores e estudantes das duas línguas.

    Ali Diab consultou o ministro sobre a possibilidade de acordos diretos da embaixada com escolas para o ensino do árabe. De acordo com Haddad, não há impedimento porque a legislação educacional brasileira dá à comunidade a opção da escolha da língua estrangeira e lembrou que escolas brasileiras vão ensinar o espanhol em função das demandas criadas pelo Mercosul. O embaixador registrou que a filosofia do presidente da Síria, Bashar al-Assad, é trabalhar pelo fortalecimento das relações com o Brasil e que, nesse caso, o estudo das línguas e os intercâmbios educacionais têm papel relevante.

    Cooperação – As iniciativas de cooperação educacional entre Brasil e Síria começaram em 1997, com a celebração de um acordo. Em 2003, um programa de cooperação, com 48 artigos, detalhou as áreas educacionais de interesse comum, entre elas: intercâmbios de pesquisas científicas, planejamento, estatísticas, educação a distância, erradicação do analfabetismo, educação de jovens e adultos, informática, sistemas de avaliação, história e geografia, culturas árabe e brasileira, cooperação direta entre universidades, criação de centros de línguas e oferta de bolsas de estudo para a graduação. Hoje a intenção da Síria, explicou Ali Diab, é construir junto com o MEC projetos específicos para cada uma dessas áreas e dar partida à execução do programa de cooperação assinado há dois anos.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • O ministro dos Negócios Estrangeiros do Timor Leste, Zacarias da Costa, visitou o MEC nesta segunda-feira, 28, para reforçar os laços da cooperação educacional entre os governos brasileiro e timorense. O acordo de qualificação docente e ensino da língua portuguesa em Timor Leste, firmado em 2004, foi renovado este ano e estará em vigor até 2010.

    Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a renovação da cooperação é uma forma de estreitar laços com o Timor. Haddad falou ao ministro timorense sobre a reforma educacional em curso no Brasil, pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que se dá em todos os níveis da educação. Ele citou o censo escolar por aluno, a ampliação do acesso ao ensino superior e o investimento na educação profissional como exemplos da mudança. “É um processo profundo. Além de inovações tecnológicas, introduzimos inovações metodológicas”, afirmou.

    Haddad ainda ressaltou que a reforma educacional dá ao Brasil condições de cooperar ainda mais com países como o Timor. Segundo ele, os projetos em curso podem ser facilmente prorrogados e expandidos, e também pode-se abrir o leque para novas possibilidades. “Agora temos condições para isso”, destacou.

    Zacarias da Costa concordou e reafirmou a gratidão pelo apoio do Brasil, especialmente em reintroduzir a língua portuguesa no Timor. “Nosso país é novo e ainda tem fragilidades. Uma delas é na formação de profissionais qualificados e é nisso que também queremos investir”, explicou.

    Assim que foi declarada a independência de Timor Leste, em maio de 2002, o Brasil assinou dois acordos com o país: de cooperação educacional e de cooperação técnica, ratificados pelo Congresso Nacional em 2004. O apoio brasileiro foi solicitado para retomar a língua portuguesa como idioma mais falado no Timor, cuja população fala o tétum (idioma local) e o indonésio, conseqüência da ocupação do país pela Indonésia, entre 1975 e 1999.

    Embora o Timor Leste tenha sido colonizado por Portugal até meados da década de 1970, somente pequena parcela da população – entre 10 e 20% – fala português, já que a Indonésia proibia o uso e a publicação de revistas e jornais no idioma.

    Com a assinatura do decreto 5.274, em 2004, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) mandou a Dili, capital timorense, 50 professores, que deverão permanecer até junho deste ano. No momento, participam do programa 43 docentes, bolsistas da Capes, que realizam projetos de formação de professores em exercício, de capacitação de professores de educação pré-secundária e secundária, de ensino da língua portuguesa instrumental, de promoção da qualidade no ensino de ciências e de implantação da pós-graduação na Universidade Nacional Timor Lorosae.

    Letícia Tancredi

     

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