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  • A direção do Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC) apresentou o processo de registro de patentes adotado por Cuba à missão da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) que realiza uma série de reuniões de trabalho, nesta semana, no país caribenho. O presidente da Capes, Jorge Guimarães, e os pesquisadores Maria de Fátima Grossi de Sá e Celso Pinto de Melo, estiveram reunidos com o diretor do CNIC, Carlos Gutierrez Calzado.

    O centro cubano desenvolve pesquisas científicas e tecnológicas, principalmente na área biomédica. São investigados novos medicamentos a partir de produtos naturais. Um deles é o chamado Abexol, um extrato purificado de cera de abelha, cujos componentes servem como antioxidantes e suplemento alimentar.

    “O CNIC é o órgão governamental cubano que negocia nacionalmente e internacionalmente parte das pesquisas desenvolvidas no país”, diz Calzado. Ele explica que Cuba tem uma preocupação de sempre patentear seus produtos. “Procuramos parceiros que financiem a pesquisa, mas primeiro realizamos o registro no país e depois fazemos o procedimento nos países interessados.” O centro também investe em estudos nas áreas de neurociências, material de implantes cardíacos e combate a diversas doenças.

    Para a consultora da Capes e pesquisadora da Embrapa Maria de Fátima Grossi de Sá, o Brasil tem muito a aprender com Cuba sobre a questão de registro de patentes. “O Brasil está em um bom nível de pesquisa e Cuba consegue transformar as suas pesquisas em produto, apresentando resultados econômicos para o país”, afirma. Segundo ela, cada instituto de pesquisa cubano tem de forma clara a política de registro de patentes.

    O processo é realizado por um escritório, instalado dentro de cada instituto, formado por um advogado, um economista e três profissionais da área científica. “Acho isso um ponto importante para o Brasil. Nós, brasileiros, ainda temos que aprender a finalizar e utilizar os resultados das pesquisas com mais eficiência, isso quer dizer aumentar o número de patentes”, afirma Fátima, que acrescenta: “A cooperação com os cubanos pode intensificar a troca deste tipo de experiência de registro de produtos”.

    Mais de 200 mil mestres e doutores estudaram no CNIC desde 1965, quando foi criado. Atualmente, a instituição possui 700 funcionários e tem relação com 130 universidades cubanas.

    Repórter: Adriane Cunha

     

  • Produção e Saúde Animal é o tema do seminário que inicia nesta terça-feira, 27, em Havana, com o objetivo de integrar docentes e pesquisadores, ampliar a pesquisa e a formação de recursos humanos entre os dois países. A delegação brasileira é liderada pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), Jorge Guimarães.

    De acordo com o pró-reitor de pós-graduação da Universidade Agrária de Havana, Pablo Hernandéz Alfonso, Brasil e Cuba já possuem tradição em parcerias de intercâmbio de formação de recursos humanos na área de ciências agrárias. “Queremos não só colaborar com o Brasil na formação de recursos humanos, mas também fazer a troca de tecnologia", diz.

    A realização desse encontro foi acertada durante missão de trabalho realizada pela Capes à Cuba, em dezembro último, quando foi identificada a necessidade de formação de novas parcerias nessa área. Em abril, a cooperação entre Brasil e Cuba na área de ensino superior, pesquisa e extensão foi discutida por reitores e representantes do governo cubano. Eles participaram, em Brasília, do 2º Encontro de Reitores de Universidades Brasileiras e Universidades Cubanas, promovido pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), com o apoio do MEC e do Ministério das Relações Exteriores.

    Intercâmbio – Doze projetos de intercâmbio de pós-graduação entre grupos de pesquisa brasileiros e cubanos foram selecionados para participar do programa que a Capes desenvolve em parceria com o Ministério de Educação Superior (MES) de Cuba. Conhecido como Capes-MES, o programa foi criado para estimular a troca de experiências científicas em áreas definidas como prioritárias pelos dois países. Para o presidente da Capes é necessário ampliar o número de estudantes de doutorado envolvidos neste intercâmbio.

    Integram a missão os pesquisadores Cleber Oliveira Soares, do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte da Embrapa e Hermann Schatzmayr, da Fundação Oswaldo Cruz; os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Carlos Termignoni e Elizabeth Obino Cirne Lima; Clarice Weis Arns, da Unicamp; e o assessor técnico da Capes, Sérgio Avellar.

    Fátima Schenini

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Ministério da Educação Superior de Cuba aprovaram 17 projetos de pesquisa conjunta. A decisão foi tomada durante reunião do Programa de Cooperação Científica entre Instituições de Ensino Superior do Brasil e de Cuba, realizada em Havana, entre 8 e 11 deste mês.

    Juntamente com os projetos que solicitaram renovação neste ano, haverá um total de 31 projetos apoiados em 2008. Entre as novas propostas, serão realizados estudos nas áreas de engenharia mecânica, ciências veterinárias, ciência e engenharia dos materiais, física, demografia, agronomia e energia. O programa financia a qualificação, intercâmbio e cooperação de grupos de pesquisa entre os dois países. A duração dos projetos conjuntos é de no máximo dois anos, sem prorrogação. As atividades de pesquisa terão início em março de 2008.

    Cada projeto brasileiro recebe R$ 10 mil para custeio. O programa financia duas viagens de missão de trabalho e duas de estudos a Cuba para cada projeto selecionado. As missões de trabalho, de no máximo 60 dias, envolvem professores e pesquisadores; há financiamento para passagens aéreas, diárias e auxílio instalação. Já missões de estudo, de 60 dias a 12 meses, envolvem estudantes de doutorado e pós-doutorado. Eles também recebem passagens aéreas, seguro saúde e auxílio instalação.

    Adriane Cunha

  • Foto: Wanderley PessoaO Brasil é o país da América Latina que mais insere alunos com necessidades especiais em escolas regulares, seguido de México e Chile. A informação foi dada dia 11, pela filósofa espanhola Rosa Blanc Guijarro, na abertura do 2º Seminário Nacional de Formação de Gestores e Educadores do Programa Educação Inclusiva - Direito à Diversidade, em Brasília. O encontro se estenderá até sexta-feira, 15. Atualmente, 34,4% dos 566.753 estudantes com necessidades especiais freqüentam o nível regular de ensino no Brasil.

    De acordo com Rosa Blanc, especialista da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), os benefícios da educação inclusiva abrangem o desenvolvimento físico e intelectual das crianças portadoras de necessidades. "Os outros alunos também aprendem valores como respeito, companheirismo e cidadania, e os professores têm um melhor desenvolvimento profissional ao lidar com as diferenças dentro da sala de aula", explicou.

    Promovido pela Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), o seminário tem como objetivo ampliar a formação de professores que atuam como multiplicadores do ensino inclusivo. Desde que foi lançado, em 2003, o programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade formou 23 mil professores em 1.869 municípios. Com a realização do encontro, a expectativa é aumentar a rede de capacitação de educadores para mais 600 municípios.

    "Nossa preocupação é garantir o direito e o acesso de todos os alunos à educação regular, além de capacitar os profissionais para atender da melhor forma as pessoas com necessidades especiais", disse a secretária de educação especial, Cláudia Dutra.

    Tecnologia - Para o ministro interino da Educação, Jairo Jorge, apesar dos avanços, é preciso continuar trabalhando. "É um dever do Estado garantir tecnologia, a competência e a capacitação de professores e gestores para atuarem com portadores de necessidades educacionais especiais", disse. Jairo Jorge lembrou que a inclusão permeia todas as ações do MEC.

    Durante o seminário serão realizados debates e apresentações de experiências bem-sucedidas em educação inclusiva. Haverá, ainda, exposição de trabalhos, considerados modelos, desenvolvidos em Minas Gerais, Goiás, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

    Repórter: Flavia Nery

  • O ministro interino da Educação, Jairo Jorge da Silva, recebeu nesta quarta-feira, 4, a visita do embaixador brasileiro em Washington, Roberto Abdenur, para tratar dos interesses educacionais no contexto das relações bilaterais Brasil e Estados Unidos.

    Segundo o embaixador, essa cooperação já existe e é antiga. “O que objetivamos neste momento e promover uma articulação melhor, renovar os acordos de cooperação e agendar um encontro de trabalho dos dois titulares das pastas para ver como otimizar essa cooperação”, disse.

    Histórico - Em 10 de outubro de 2005, o ministro Fernando Haddad teve um encontro com a secretária de Educação norte-americana, Margareth Pellings, em Paris, onde reforçaram o interesse de consolidar a cooperação em programas voltados para a educação.

    Nos dias 5 e 6 de novembro do ano passado, quando da visita do presidente George Bush a Brasília, o encontro gerou um comunicado conjunto, com a definição de onze ações de cooperação, destacando propostas voltadas para a melhoria da qualidade da educação básica e a expansão da oferta da educação superior.

    Abnedur acredita que as condições conjunturais são favoráveis para a efetivação de ações objetivas nas áreas de meio ambiente, ciência e tecnologia e educação. “Nosso empenho agora é para que não percamos tempo neste início de ano. Vamos reforçar a parceria e agilizar um plano de ação conjunta, pois sentimos que nossos parceiros estão plenamente dispostos”, assegurou.

    Visita - Durante o encontro, o ministro interino, Jairo Jorge, informou sobre a visita do ministro Fernando Haddad a Washington, prevista para maio de 2006, onde esses interesses deverão ser aprofundados.

    Repórter: José Leitão

  • Coordenadores de projetos participantes do Programa de Consórcios em Educação Superior entre Brasil e Estados Unidos participam de reunião na Universidade Vanderbilt, em Nashville (EUA), até quinta-feira, 1º de novembro. O programa é uma parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Fundo para Melhoria da Educação Pós-Secundária (Fund for the Improvemento of Post Secondary Education – Fipse) do Departamento de Educação dos Estados Unidos.

    Durante o encontro haverá debates sobre o que já foi realizado, com relatos das experiências obtidas, pois os dois países têm realidades diferentes. O encontro, iniciado nesta terça-feira, 30, prevê ainda uma sessão de trabalho com a participação de estudantes, entre eles, norte-americanos que estudaram no Brasil e brasileiros que realizaram intercâmbio nos Estados Unidos. A diretora de Administração da Capes, Denise Neddermeyer, coordena os debates.

    Este é o 7º encontro do Programa Capes-Fipse, que a cada ano é realizado em um país. Em 2007, a reunião foi na Universidade de São Paulo (USP), no Brasil. O programa possui, atualmente, 44 consórcios em andamento. Desde que foi criado, em 2001, já contemplou 70 projetos. Seu principal objetivo é auxiliar a inserção dos cursos de graduação das instituições de ensino superior brasileiras no cenário internacional, por meio da modernização curricular, reconhecimento mútuo de créditos e intercâmbio de docentes e alunos.

    As propostas de projetos de consórcios institucionais bilaterais apresentadas podem ser em qualquer área de formação acadêmica. As parcerias devem incluir, no mínimo, duas instituições de ensino superior de cada país. O edital para 2008 será lançado no final de novembro. Mais informações sobre o Fipse na página eletrônica da Capes.

    Fátima Schenini

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e o Fundo para Melhoria da Educação Pós-Secundária (Fund for the Improvement of Post Secondary Education − Fipse), do Departamento de Educação dos Estados Unidos, iniciaram negociações para a criação de um grande programa de consórcios entre universidades das Américas. As bases do programa serão discutidas em março de 2007, durante reunião na sede do Fipse, em Washington. A previsão é de que as atividades tenham início em 2008, com a realização de projetos-pilotos.

    A informação é do coordenador-geral de Cooperação Internacional da Capes, Leonardo Barchini Rosa, que participou esta semana, em São Paulo, do Sexto Encontro Anual de Coordenadores de Projetos do Programa de Consórcios em Educação Superior Brasil-EUA, mais conhecido como Programa Capes-Fipse. O programa realiza reuniões anuais, alternadamente nos dois países.

    Desde que foi criado em 2001, para promover o intercâmbio e a cooperação em nível de graduação entre instituições de ensino superior do Brasil e dos EUA, por meio de parcerias universitárias binacionais, o Capes-Fipse financiou 53 consórcios e atendeu 230 instituições. O programa é centrado, principalmente, na modernização curricular, reconhecimento recíproco de créditos e dupla diplomação. De acordo com Leonardo Rosa, nos cinco anos de execução do programa, mais de 1.200 alunos de graduação já participaram do intercâmbio.

    Fátima Schenini

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, assina no dia 16 de outubro, em Roma (Itália), memorando de entendimento com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) para disseminar o modelo do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) brasileiro nos países em desenvolvimento em que a FAO atua, criando condições para as nações combaterem a fome e a desnutrição, a partir da alimentação escolar.

    Segundo o acordo, o MEC, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) – órgão executor do programa –, coloca-se à disposição da FAO para auxiliar na implantação da logística do PNAE em países definidos pelo organismo, e sob a sua coordenação.

    O governo brasileiro vai formar monitores, entre especialistas em nutrição e contadores, nos países definidos pela FAO. Após o curso inicial, os monitores treinarão profissionais da educação envolvidos com a alimentação escolar. O objetivo é formar equipes gestoras, capacitadas sobre dimensão sistêmica da horta escolar, gestão e organização participativa, transparência e controle social, produção de refeições para atender à clientela escolar, noções de higiene pessoal, higiene dos alimentos e promoção da saúde.

    Paris – No próximo dia 25, o presidente, José Henrique Paim Fernandes, e o diretor de Assistência Educacional do FNDE, Daniel Balaban, embarcam para a Europa para participar de reuniões. No dia 26, em Paris, apresentam os diversos programas da autarquia no Fundo das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). No dia 27, têm reunião com membros da Coordenação Sul – que congrega ONGs francesas na área dos direitos humanos e alimentação – e do Comitê Francês para a Solidariedade Internacional, para estudar a possibilidade de o Brasil fornecer assessoria técnica a prefeituras francesas, para alimentação escolar. A Coordenação Sul vai articular o investimento de prefeituras francesas em projetos voltados à melhoria da qualidade da merenda escolar brasileira.

    Roma – No dia 28, em Roma, participam de encontro preparatório do acordo entre o MEC e a FAO. “Vamos verificar como o Brasil pode atuar para a implementação dos programas, de que modo será a assistência técnica e detalhar as operações”, diz Paim. À tarde, visitam o Programa Mundial de Alimentos, para discutir formas de cooperação no âmbito da Rede de Alimentação Escolar na América Latina e no Caribe. No dia 29, se reúnem com ONGs que cooperam com o Brasil no campo da segurança alimentar.

    Reconhecimento internacional – Ao longo de 2005, o programa brasileiro de alimentação escolar vem sendo estudado em fóruns internacionais. Em março, foi apresentado na 32ª Sessão do Comitê Permanente de Nutrição da Organização das Nações Unidas (ONU). Além de ser tema de uma das 11 oficinas da reunião, foi incluído no estudo de caso da situação brasileira apresentado aos mil participantes, 400 estrangeiros. O encontro foi palco de discussão das Metas do Desenvolvimento do Milênio, que fazem parte da Declaração do Milênio da ONU.

    Na semana de 23 a 27 de maio, a coordenadora-geral do programa, Albaneide Peixinho, fez palestra na 31ª Sessão do Comitê de Segurança Alimentar da FAO, em Roma. Em julho, o diretor de Ações Educacionais do FNDE, Daniel Balaban, apresentou o programa no Fórum Social Brasil-França, em Paris. (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)

  • Doutorandos brasileiros e franceses terão agora título reconhecido automaticamente nos dois países. A iniciativa, inédita, faz parte do acordo que será assinado no dia 10 de outubro, em Paris, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, para a criação do Colégio Doutoral Franco-Brasileiro (CDFB). O anúncio foi feito na quinta-feira, 22, pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, durante o lançamento da Semana de Ensino Superior Francês no Brasil, na Embaixada da França, em Brasília.

    Pelo acordo, estudantes brasileiros poderão fazer doutorado em universidades da França e bolsistas franceses virão para instituições brasileiras. Para Guimarães, o novo acordo irá ampliar ainda mais a parceria de 40 anos que os dois países mantêm. “A França já é o segundo país com o maior número de bolsistas da Capes, cerca de 500. Com a implantação do Colégio Doutoral, este número será superado”, afirmou.

    O embaixador francês no Brasil, Jean de Gliniasty, disse que as universidades brasileiras e francesas desejam desenvolver e aprofundar a colaboração mútua. “O conceito de dupla diplomação permitirá aos nossos estudantes não somente conhecer e praticar duas línguas, mas também se abrir para uma outra cultura, que é indispensável no mundo atual em termos de enriquecimento pessoal e profissional”, avaliou Gliniasty.

    O governo brasileiro, por meio da Capes, financia cerca de 500 bolsistas na França nas áreas de engenharias, economia, direito e artes. Só o programa Capes/Cofecub, que promove formação em nível de pós-graduação (doutorado sanduíche e pós-doutorado), além do aperfeiçoamento de docentes e pesquisadores, existe há 26 anos.

    Outro programa com a França é o Brafitec. Foi implementado em 2002 para promover o intercâmbio de estudantes e a formação de professores nas disciplinas de engenharias. Desde então, foram aprovados 17 projetos, resultando em 24 missões de trabalho, 85 missões de estudo do Brasil, envolvendo 222 bolsistas brasileiros e franceses.

    Semana - A Semana de Ensino Superior Francês no Brasil irá até o dia 29 deste mês em quatro estados brasileiros. A Embaixada da França, em parceria com a Agência EduFrance e o Centro Franco-Brasileiro de Documentação Técnica e Científica (CenDoTec), quer mostrar como os estudantes brasileiros podem obter, por um período, a experiência no ensino superior francês. Segundo os organizadores, o intercâmbio pode favorecer o diálogo institucional entre as universidades francesas e brasileiras, ampliando a cooperação bilateral.

    Estão previstos Salões EduFrance, destinados ao público estudantil em São Paulo e no Rio de Janeiro, com a presença de mais de 100 estabelecimentos de ensino superior franceses; encontros institucionais, a fim de favorecer o diálogo entre os universitários franceses e brasileiros e os responsáveis pelos departamentos de relações internacionais dos estabelecimentos de ensino superior franceses e brasileiros (São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Nordeste); conferências científicas destinadas a estudantes e professores universitários. Confira a programação completa na página eletrônica da Agência EduFrance.

    Repórter: Adriane Cunha

  • A Escola Central de Nantes, na França, sedia, de 31 de maio a 3 de junho, a segunda edição do Fórum de Cooperação Franco-Brasileira para Formação de Engenheiros (Brafitec). No evento, serão debatidos os resultados da parceria universitária que promove o intercâmbio de estudantes de graduação em engenharia. O Brafitec é um programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) em parceria com a Conferência dos Diretores de Escolas e Formação de Engenheiros.

    “Vamos discutir o aprimoramento do que já é feito. É, também, um momento de troca de experiências entre os participantes e de propor melhorias”, disse a coordenadora adjunta da cooperação internacional da Capes, Fátima Bataglin. Desde a criação do programa, em 2002, até abril deste ano, 315 estudantes brasileiros participaram do intercâmbio com 19 projetos de pesquisa selecionados pela Capes.

    Entre os temas que serão debatidos estão a aproximação das estruturas curriculares nas áreas abrangidas pelas parcerias e a viabilização do reconhecimento recíproco de créditos obtidos nos estabelecimentos de ensino. Além disso, estão na pauta o favorecimento de condições para os estudos integrados nas instituições participantes e o oferecimento de oportunidades de prática profissional internacional mediante estágios em empresas franco-brasileiras.

    Podem participar do Brafitec os alunos de graduação das áreas de engenharia que tenham concluído 50% do total de créditos requeridos pelos cursos na ocasião do início do projeto. Só poderão se inscrever alunos que estejam no início ou na metade do curso. Atualmente, as inscrições para o programa estão fechadas.

    Bolsa mensal – O curso tem duração de um ou dois semestres, com auxílio de bolsa mensal, bilhetes aéreos, seguro-saúde e auxílio-instalação. No Brasil, o projeto tem de ser coordenado por um professor titular em regime de dedicação integral. A universidade ou o centro de engenharia deverá ser o proponente do projeto e a apresentação pela reitoria da instituição é obrigatória. Mais informações no sítio da Capes.

    Lívia Jappe

  • Representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e do Comitê Francês de Avaliação da Cooperação Universitária com o Brasil (Cofecub) estarão reunidos na quinta-feira, dia 23, e na sexta, 24, para analisar e selecionar propostas de projetos para o Programa de Intercâmbio Científico Brasil–França.

    Serão avaliadas 142 propostas de instituições interessadas em participar do programa, mais conhecido como Capes-Cofecub, que apóia projetos conjuntos de pesquisa entre instituições de ensino superior dos dois países e estimula a formação e o aperfeiçoamento de doutorandos e professores. Também serão analisados 38 pedidos de renovação de projetos para o biênio 2007-2008.

    De acordo com Jussara Pereira Prado, assessora da Coordenação-Geral de Cooperação Internacional (CGCI), a excelência do projeto e da equipe é a única prioridade estabelecida pelo edital de 2006. Ela salienta que o programa é reconhecido como formador de recursos humanos e pesquisa de alto nível, tanto no Brasil quanto na França.

    Criado em 1978, o Capes-Cofecub tem, entre seus objetivos, o estímulo à formação e ao aperfeiçoamento de pós-graduandos e professores dos dois países nas modalidades de doutorado-sanduíche (estágio de doutorando no exterior) e pós-doutorado. Atende, atualmente, 122 projetos. (Assessoria de Imprensa da Capes)

  • As 100 propostas inscritas para o Programa de Intercâmbio Científico Brasil-França serão analisadas até esta quinta-feira, 8, em Poitiers, na França, durante a reunião mista Capes–Cofecub 2007.

    O programa, que apóia projetos conjuntos de pesquisa entre instituições de ensino superior e de pesquisa dos dois países, é uma parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Comitê Francês de Avaliação da Cooperação Universitária com o Brasil (Cofecub). O presidente da Capes, Jorge Guimarães, e o coordenador- geral de Cooperação Internacional, Leonardo Barchini Rosa, participam do encontro, juntamente com o presidente do Cofecub, Pierre Jaisson, e consultores dos dois países.

    Das propostas que serão analisadas, 49 são da área de ciências exatas (sendo 27 de engenharia e computação, nove de física, oito de química, três de geociências e duas de matemática); 27 de ciências da vida (16 propostas de ciências biológicas, medicina e saúde e 11 de ciências agrárias e biotecnologia); e 26 propostas pertencem à área de ciência humanas, englobando ciências humanas, sociais e lingüística. Também será feita a avaliação de pedidos de renovação de projetos para o período 2008/2009 e a definição das diretrizes e da programação dos projetos para 2008.

    O Capes-Cofecub foi criado em 1978, para estimular a formação e o aperfeiçoamento de doutorandos e docentes. Desde sua criação, já atendeu a mais de 500 projetos. Em 2007, estão em atividade 123 projetos. Mais informações na página eletrônica da Capes.

    Fátima Schenini

  • Rio de Janeiro - Os ministros da Educação do Brasil e da França assinaram nesta terça-feira, 23, acordo de cooperação na área do ensino técnico-profissionalizante. O protocolo, firmado durante o 2º Encontro Empresarial Brasil–União Européia, no Rio de Janeiro, já está em vigor.

    O ministro Fernando Haddad destacou que a parceria ocorre em um momento muito importante, em razão da reestruturação da educação profissional e tecnológica e da ampliação das possibilidades de acesso a essa modalidade de ensino.

    “Passamos por uma vigorosa expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, com a criação dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Há a reformulação do ensino médio pelos estados, com o apoio do programa Brasil Profissionalizado, e a reforma do Sistema S, que ampliará o acesso e a gratuidade a estudantes de baixa renda e a trabalhadores”, enumerou Haddad.

    O ministro francês, Xavier Darcos, ressaltou que as dificuldades enfrentadas pelo ensino técnico são semelhantes não apenas entre Brasil e França, mas em países de todo o mundo. “Esse quadro se dá pela dificuldade de conciliar uma educação genérica com a especialização para o mundo do trabalho”, disse. De acordo com Darcos, a parceria franco-brasileira permitirá o intercâmbio de experiências bem-sucedidas nos setores da indústria aeronáutica, automotiva e eletrônica, de saúde pública e assistência social, de turismo, hotelaria e gastronomia.

    Os ministros confirmaram os preparativos para a realização do primeiro seminário binacional sobre o tema, que deve ocorrer em novembro de 2009, no Brasil.

    Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Nicolas Sarkozy, também firmaram parcerias nas áreas da educação, defesa, meio ambiente, cooperação econômica e cultura. “Não são acordos de faz-de-conta, em que cada presidente assina e, dez anos depois, não se concretizam”, enfatizou Lula.

     

    Rodrigo Dindo

  • Foto: Wanderley PessoaNo contexto da visita do presidente Jacques Chirac ao Brasil, nesta quinta-feira, 25, o ministro da Educação da França, Giles de Robien, manteve reunião de trabalho com o ministro Fernando Haddad antes de assinar, na presença dos presidentes dos dois países em cerimônia no Palácio da Alvorada, dois protocolos de intenções entre os ministérios da Educação do Brasil e da França. O principal objetivo dos documentos é a promoção recíproca de línguas e culturas nacionais e a criação de um fórum franco-brasileiro do ensino superior e da pesquisa.

    Durante o encontro os dois ministros apresentaram propostas de cooperação entre os países, que possuem diversos programas bilaterais de ensino e pesquisa, como a Cooperação Franco-Brasileira para Formação de Engenheiros (Brafitec), que promove o intercâmbio de estudantes de engenharia, e o Colégio Doutoral Franco-Brasileiro, que concede 30 bolsas anuais para brasileiros fazerem uma parte do doutorado na França.

    Fernando Haddad comentou que pretende criar cátedras de estudos brasileiros em universidades francesas, com recursos do fórum das empresas estatais. Giles de Robien disse, por sua vez, que gostaria de fazer uma parceria entre os institutos universitários de tecnologia (IUT), da França, e os centros federais de educação tecnológica (Cefets). A intenção é formar profissionais de áreas específicas, como a locomotiva.

    Foto: Wanderley PessoaHaddad também entregou uma carta a Robien explicando o que vai apresentar durante a próxima reunião do G-8 (grupo dos sete países mais ricos e a Rússia), que vai ocorrer em Moscou, (Rússia), nos dias 1º e 2 de junho. São duas sugestões: a conversão da dívida externa em investimentos em educação e a cooperação triangular Norte (países ricos), Sul (países em desenvolvimento) e Sul (países pobres). Os ricos financiariam a implementação de programas educacionais bem-sucedidos dos países intermediários, como o Brasil e a Índia, em nações mais pobres. Robien aprovou a proposta e ficou de estudá-la na próxima semana.

    Ponto de vista – Segundo Alessandro Candeas, chefe da assessoria internacional do MEC, o encontro foi importante porque mostrou que “os dois países compartilham do mesmo ponto de vista em relação à educação, o que será evidenciado na reunião do G-8”. “O encontro mostrou que a agenda da educação é um dos temas centrais da visita do presidente francês Jacques Chirac ao Brasil. A linha de ação que une Norte-Sul-Sul é um novo formato de cooperação internacional”, afirmou.

    A cooperação educacional entre Brasil e França é a mais antiga que o país possui. Teve início formal em 1948, com a assinatura do acordo cultural bilateral, mas remete à fundação da Universidade de São Paulo (USP), na década de 30. Um grupo de renomados professores franceses, como Fernand Braudel e Claude Lévi-Strauss, veio ao país para dar aulas na instituição. A contribuição destes professores foi decisiva para a modernização das ciências sociais no país.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Foto: Wanderley PessoaOs ministros da educação do Brasil e da França assinaram nesta terça-feira, 11, em Paris, um acordo de cooperação internacional para a pós-graduação. Fernando Haddad e Gilles de Robien estabeleceram a criação do Colégio Doutoral Franco-Brasileiro (CDFB). O programa, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), irá permitir que doutorandos brasileiros e franceses, participantes do Colégio, tenham o título reconhecido automaticamente nos dois países.

    O diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, representante da agência na cerimônia, disse que o Colégio irá corresponder à necessidade de internacionalização de um ensino de pós-graduação de qualidade. “A dupla titulação é uma importante conquista para o Brasil, principalmente, para o bolsista que integrar o programa. A banca será mista e o diploma será concedido pela universidade brasileira e pela francesa”, informou Janine.

    Pelo acordo, estudantes brasileiros poderão fazer doutorado em universidades da França e bolsistas franceses virão para instituições brasileiras com cursos recomendados pela Capes. Eles deverão estar inscritos na universidade de origem no primeiro ano de tese e acompanharão os cursos preparatórios (língua e metodologia da pesquisa), para preparar sua estada na universidade parceira. A seleção dos estudantes será feita conforme os critérios definidos por cada parte nacional e também respeitará a regulamentação adotada pela universidade hospedeira, sendo submetida para aprovação a cada país parceiro. A tese será defendida perante uma banca mista, da qual necessariamente farão parte os dois co-diretores. A viagem e a acolhida deverão ser autorizadas pela direção dos programas de pós-graduação das instituições participantes dos dois países. Os dois governos definirão ainda o número de bolsas anual.

    Parceria - O governo brasileiro, por meio da Capes, financia cerca de 500 bolsistas na França em diversas áreas, entre elas, engenharias, economia, direito e artes. A maior parte das bolsas é oferecida pela Coordenação de Programas no Exterior da agência.

    Além disso, existem outros dois programas da área de Coordenação de Cooperação Internacional da Capes com o governo francês. O programa Capes/Cofecub existe há 26 anos e promove formação em nível de pós-graduação (doutorado sanduíche e pós-doutorado), além de aperfeiçoamento de docentes e pesquisadores. Outro programa com a França é o Brafitec. Foi implementado em 2002 para promover o intercâmbio de estudantes e a formação de professores nas disciplinas de engenharias. Desde então, foram aprovados 17 projetos, resultando em 24 missões de trabalho, 85 missões de estudo do Brasil e envolvendo 222 bolsistas brasileiros e franceses.

    Repórter: Adriane Cunha

  • Os estudantes de doutorado dispostos a participar de intercâmbio na França têm prazo até 31 de outubro para fazer a inscrição no programa Colégio Doutoral Franco-Brasileiro (CDFB). Realizado em parceria pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e pelo Conselho de Presidentes de Universidades da França (CPU), o programa forma profissionais de alto nível nos dois países, nas diversas áreas do conhecimento.

    Os estudantes brasileiros devem estar matriculados em cursos de doutorado avaliados pela Capes, com nota preferencialmente igual ou superior a 5 e ter completado um total de créditos compatível com o programa de estudos e com o projeto de pesquisa a ser desenvolvido na instituição de destino. O programa concede bolsas de estudos na modalidade doutorado-sanduíche — curso de doutorado em colaboração com instituição de pesquisa do exterior —, em regime de co-orientação ou co-tutela.

    No caso de co-tutela, o doutorando deve permanecer na instituição de destino pelo período de 12 a 18 meses e pode ter o reconhecimento oficial dos títulos conferidos nos dois países. No caso de co-orientação, a permanência será de 12 meses, sem prorrogação. As atividades serão desenvolvidas sob a supervisão de um co-orientador. Não há a garantia de reconhecimento, pela França, do título obtido no Brasil.

    Os selecionados receberão passagens aéreas, mensalidades no valor de 1,1 mil euros (R$ 2,9 mil), auxílio-instalação e seguro-saúde proporcionais. As candidaturas serão avaliadas, em uma primeira etapa, por consultores da Capes. Serão analisados pontos como o mérito científico e considerados o   histórico acadêmico e o currículo da Plataforma Lattes — base de dados de currículos e instituições das áreas de ciência e tecnologia — do candidato. A responsabilidade da segunda etapa da avaliação é do Comitê de Monitoramento do Programa CDBF, integrado por reitores de universidades brasileiras. As atividades na França terão início em fevereiro do próximo ano.

    As universidades francesas devem ser consorciadas com a CPU.

    Mais informações na página eletrônica da Capes.

    Fátima Schenini

  • Foto: DivulgaçãoCom o objetivo de debater um intercâmbio educacional entre Brasil e Holanda, os ministros da Educação Fernando Haddad e Maria Van Der Hoeven reuniram-se nesta quarta-feira, 9, em Brasília. Ambos reconheceram que a mobilidade estudantil é um aspecto essencial para o estabelecimento de uma educação internacionalmente competitiva.

    Haddad enfatizou a importância do conhecimento mútuo dos sistemas de educação superior, com o objetivo de possibilitar acordos futuros entre universidades e centros de pesquisa. Tais acordos serão fundamentais para permitir o intercâmbio acadêmico em áreas estratégicas definidas por essas instituições.

    O Brasil sugeriu, como áreas estratégicas, história, economia, finanças, comércio internacional, desenvolvimento sustentável, novas tecnologias aplicadas à educação e educação técnica e profissionalizante. Também foi abordada a questão de validação de diplomas emitidos em cada país, além do ensino recíproco dos idiomas português e holandês.

    O Brasil já possui acordos de pós-graduação e doutorado com a Holanda. Recentemente, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC) firmou parceria com a Universidade e Centro de Pesquisa de Wageningen. A instituição pública, ligada ao Ministério da Agricultura da Holanda, é referência na pesquisa agropecuária, principalmente no desenvolvimento tecnológico de alimentos.

    O presidente da Capes, Jorge Guimarães, ressaltou que o acordo irá beneficiar as instituições de ensino superior brasileiras com pós-graduação reconhecida pelo MEC. “Significa um reforço para o desenvolvimento das ciências agrárias no Brasil. O país tem tido um sucesso muito grande nessa área, mas é preciso manter a nossa comunidade científica bem próxima dos avanços tecnológicos.”

    O ministro Haddad aproveitou a oportunidade para abordar a troca da dívida externa por investimentos em educação. Mencionou a iniciativa do Brasil de perdoar dívidas de nações da África, que tem sensibilizado muitos países desenvolvidos. “Sabemos que a Holanda possui uma tradição generosa na direção de ajudar os países mais pobres do planeta.”

    No encerramento, ficou acertado que o MEC e os representantes do governo holandês terão outros encontros para prosseguir as negociações.

    Repórter: Sandro Santos

  • Foto: Julio PaesO ministro da Educação, Tarso Genro, recebeu hoje, 18, em Brasília, o embaixador de Honduras no Brasil, Victor Manuel Lozano Urbina. Com o objetivo de estreitar relações entre os dois países na área da educação, o encontro pretende restabelecer o programa bilateral educativo entre os dois países.

    Desde 1963, Honduras e Brasil possuem um acordo cultural bilateral, e a visita do embaixador visa ao encaminhamento de um novo memorando de entendimento sobre o acordo. Dentro das ações do programa bilateral PEC-G, existem hoje 29 estudantes hondurenhos estudando no Brasil em cursos de graduação e pós-graduação.

    Para o embaixador Victor Manuel Lozano Urbina, "precisamos retomar o caminho das melhores relações e seguir juntos nas questões comuns. Vimos no ministro Tarso Genro uma receptividade extraordinária. Vamos agora encaminhar um documento ao MEC para que conheçam nossas maiores necessidades de apoio e colaboração".

    Tarso Genro lembrou ao embaixador a base de atuação das relações diplomáticas brasileiras no atual governo, que se caracteriza por uma "postura de ajuda e solidariedade aos países mais pobres. Podemos ampliar uma política de bolsas para estudantes hondurenhos e vamos avançar na definição de um acordo de cooperação para iniciar nossas ações com uma efetividade maior", assegurou.

    País de colonização e língua espanhola da América Central, Honduras tem uma população de 30 milhões de habitantes, possui o maior contingente de afrodescendentes da América Central e uma economia primária baseada no turismo e na exportação de camarões.

    Também participaram da audiência a assessora de assuntos internacionais do Ministério da Educação (AI/MEC), embaixadora Vitória Alice Cleaver, e a assessora da AI/MEC, Cláudia Soares.

    José Leitão

  • Programas de intercâmbio científico, cooperação técnica e missões de trabalho na área de educação e pesquisa serão discutidos na próxima semana entre representantes do governo brasileiro e indiano, em Nova Delhi, Índia. O Ministério da Educação vai firmar acordo de parceria que permitirá a mobilidade entre instituições educacionais dos dois países. No convênio está previsto intercâmbio entre professores, pesquisadores, estudantes de graduação e de pós-graduação.

    Baseado nas necessidades acadêmicas e educacionais do Brasil, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, e chefe da missão, fará uma série de reuniões com representantes do governo indiano a partir de segunda-feira, 21, para definir uma agenda conjunta de ações. Jorge Guimarães e o coordenador-geral da Cooperação Internacional da Capes, Benício Schmidt, também conhecerão o trabalho desenvolvido no Conselho Indiano de Pesquisa em Ciências Sociais na Jawaharlal Nehru University.

    O novo acordo será assinado na quinta-feira, 24, durante uma reunião geral sobre os resultados da missão brasileira. O intercâmbio deverá ocorrer em dez áreas, entre elas, matemática, engenharias, ciência da computação, biotecnologia, saúde e desenvolvimento sustentável.

    Outras parcerias – Além da parceria educacional, o Brasil mantém projetos na área de ciência e tecnologia com a Índia. Desde 2003, a cooperação bilateral vem sendo intensificada nos setores espacial, tecnologia da informação e ciências marinhas.

    Repórter: Adriane Cunha

  • Foto: Tereza SobreiraO ministro da Educação, Fernando Haddad, recebeu nesta quinta-feira, 26, a embaixadora de Israel no Brasil, Tzipora Rimon. Em pauta, a agenda da viagem a Israel, a partir do dia 1º de março. No roteiro pelo Oriente Médio, Haddad estará no Líbano em 26 de fevereiro, na Síria no dia 28, em Israel de 1º a 3 de março e na Palestina no dia 4. “Na passagem por Israel, o objetivo é elevar a um novo patamar a cooperação educacional e acadêmica entre os dois países”, afirmou o ministro.

    Entre os compromissos, há reuniões de trabalho no Ministério da Educação de Israel, que terão também a participação de representantes de universidades do país, como o Instituto de Tecnologia de Israel, instituição de ponta na questão de alta tecnologia. Haddad irá também à Universidade de Jerusalém, fundada em 1925 e que conta atualmente com 23 mil estudantes, sendo uma das maiores do país.

    O chefe da Assessoria Internacional do MEC, Alessandro Candeas, afirma que o interesse do governo brasileiro com a agenda em Israel é estimular o avanço de programas conjuntos de trabalho e intercâmbio entre os centros de excelência dos dois países, em áreas como alta tecnologia, história, arqueologia, agronomia e estudos para a paz e tolerância, entre outras.

    Candeas destaca que os avanços na relação entre os dois países na área de educação devem vir também da realização de seminários e exposições, estudos brasileiros e israelenses e intercâmbio de publicações, além do ensino de hebraico e português em escolas brasileiras e israelenses.

    A missão brasileira levará uma proposta de convênio entre a Universidade de São Paulo (USP), que já tem um laboratório de estudos contra a intolerância, e a Universidade de Tel Aviv, uma das maiores de Israel, com nove faculdades, 106 departamentos e 90 institutos de pesquisa.

    Um termo de cooperação entre as duas nações começa a ser debatido. Candeas destaca que a embaixadora de Israel demonstrou interesse em aumentar a oferta de bolsas a estudantes brasileiros em Israel que, segundo ela, já teve números mais expressivos em outros períodos.

    Repórter: Rodrigo Dindo

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