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  • Discutir propostas para um projeto de desenvolvimento nacional para o Brasil é o principal objetivo do 11º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb), instância deliberativa da União Nacional dos Estudantes (UNE), que reunirá mais de três mil representantes de diretórios e centros acadêmicos de instituições de ensino superior. O evento será realizado de quinta-feira, 13, a domingo, 16, em Campinas (SP).

    “Com a colaboração de vários intelectuais e políticos, vamos definir a plataforma que a UNE vai desenvolver para 2006 e apresentá-la durante o processo presidencial. Será debatida também a reestruturação nos fóruns de deliberação da entidade”, comenta Lúcia Stumps, diretora de relações internacionais da UNE.

    Mais de 3,4 mil centros acadêmicos se cadastraram para participar do encontro, que deve receber cerca de cinco mil estudantes de todo o país. Durante os quatro dias de evento, haverá mesas de debate para tratar de diferentes temas, como o papel dos movimentos sociais, a reforma universitária, a reforma agrária, políticas públicas para a juventude e a preservação da Amazônia.

    O primeiro dia será reservado para a recepção aos delegados, com música e exibição de vídeos universitários. No segundo dia, pela manhã, ocorrerá a abertura oficial e em seguida o painel Construir um Projeto de Desenvolvimento para o País, que contará com a participação do presidente da UNE, Gustavo Petta.

    À tarde, será lançada a campanha A Amazônia é do Brasil, que depois percorrerá os nove estados que fazem parte da Amazônia Legal. No mesmo dia, ocorrerão dois painéis relacionados à educação: Avaliação e Mercantilização da Educação - Universidades Particulares e Comunitárias e Reforma Universitária.

    No sábado, 15, será realizada a oficina Brasil Alfabetizado com Foco na Juventude, uma parceria do Ministério da Educação com a UNE e a Secretaria Nacional da Juventude (SNJ). Durante a manhã do mesmo dia, haverá um encontro dos estudantes beneficiados pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).

    Oficinas de teatro e apresentações musicais, como o grupo de forró Trio Virgulino e o rapper Marcelo D2, animarão os estudantes no intervalo dos debates. Confira a programação. Mais informações na página eletrônica da UNE.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • A União Nacional dos Estudantes (UNE) promove, no próximo dia 6 de abril, o Dia Nacional de Paralisação e Luta em defesa da reforma universitária. Segundo o presidente da entidade, Gustavo Petta, a UNE participa dos debates sobre o anteprojeto da lei da educação superior por considerar que sua aprovação poderá colocar a universidade em condições de contribuir para a construção de um projeto de desenvolvimento nacional. "Um projeto com soberania, democracia e justiça social", reafirma Petta.

    Com a mobilização, a UNE espera paralisar estudantes de todo o País para defender a expansão de vagas nos cursos noturnos nas universidades públicas. São ainda os objetivos da instituição a criação de um plano nacional de assistência estudantil, o estabelecimento de uma nova lei de reajuste de mensalidades, a garantia de eleições diretas para reitor, a reserva de 50% das vagas das universidades públicas para estudantes oriundos das escolas públicas, afrodescendentes e índios e a subvinculação de 75% das verbas da educação para as universidades federais.

    Interesses - Os estudantes que sairão às ruas também querem "derrotar a reação conservadora à reforma universitária", explica o líder estudantil. Gustavo Petta denuncia que muitos setores que têm se manifestado contrários ao anteprojeto da reforma da educação superior assim o fazem porque estão tendo seus interesses econômicos atingidos. "Eles enxergam a universidade como uma instituição que não precisa dialogar com a sociedade e, muito menos, estar vinculada a um projeto nacional". (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • Foto: Rita PolliA União Nacional dos Estudantes (UNE) realiza manifestações, hoje, 6, em todo o país, no Dia Nacional de Paralisação e Luta em Defesa da Reforma Universitária. A paralisação contará com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra).

    Em todo o Brasil, ocorrerão mobilizações nas universidades, manifestações de rua e atos públicos pela democratização e pela melhoria da qualidade do ensino público brasileiro.

    As entidades querem a aprovação da proposta do Ministério da Educação, mas também reivindicam avanços em questões pontuais, como a criação do Plano Nacional de Assistência Estudantil e uma nova lei de mensalidades para o ensino privado: "As manifestações visam se contrapor à reação conservadora ao projeto, sobretudo daqueles setores ligados ao ensino privado, que no momento buscam garantir a manutenção de seus privilégios em detrimento do sentido regulatório expresso no anteprojeto de reforma", explica o presidente da UNE, Gustavo Petta.

    Na opinião de Petta, o governo avançou na questão das universidades particulares com a proposta de reforma, mas algumas questões importantes ainda carecem de definição. A UNE defende, por exemplo, a expansão de vagas públicas nos períodos noturnos; a criação de um plano nacional de assistência estudantil e de uma nova lei de mensalidades.

    A entidade propõe, também, a realização de uma conferência nacional de educação; eleições diretas para reitor, com paridade nos conselhos das universidades, e reserva de 50% de vagas, por curso e por turno, para estudantes oriundos das escolas públicas, com cotas para afrodescendentes e indígenas, de acordo com os índices do IBGE para a região.

    Outra reivindicação é a subvinculação de 75% das verbas para as universidades federais. A UNE pede, ainda, que o pagamento dos inativos seja desvinculado dos recursos da educação.

    Cristiano Bastos


  • Com seis universitários, a União Nacional dos Estudantes (UNE) participa da Operação Minas Gerais do Projeto Rondon, até o próximo dia 23, em 19 municípios do Vale do Jequitinhonha. Trabalham voluntariamente no projeto 256 rondonistas, entre universitários e professores de 15 universidades mineiras. Eles levam informações, por meio de palestras, oficinas e cursos, a comunidades carentes e conhecem uma nova realidade.

    Marina da Silva Sanes, 21 anos, estudante de enfermagem da Fundação Universidade do Rio Grande do Sul (Furg), foi até Gouveia, no interior mineiro, para representar a UNE na operação e participar da experiência. Ao lado de 16 rondonistas de Araxá, Minas, tem ajudado em oficinas destinadas a agentes de saúde. “É ótimo entrar em outra realidade. Estou trocando experiências, conhecendo pessoas e fortalecendo o diálogo com lideranças e a comunidade de Gouveia”, explicou Marina.

    “As palestras dos rondonistas são enriquecedoras. O pessoal tem contribuído muito. Está preparado e com excelente astral”, disse o prefeito de Gouveia, Alberone de Oliveira. Os rondonistas fazem palestras sobre planejamento familiar, consumo de drogas, doenças sexualmente transmissíveis e Aids e riscos de gravidez.

    Pesquisas — Os participantes também desenvolvem pesquisas de campo sobre analfabetismo e ações nas áreas de meio ambiente, direito, negócios, turismo e desenvolvimento sustentável. “Estou gostando das palestras, aprendendo muito. É também uma oportunidade para multiplicar informações no sistema”, comentou Rosimere Alves de Oliveira Félix, auxiliar de enfermagem do Posto de Saúde da Família em Gouveia.

    A reativação do Projeto Rondon foi uma proposta da UNE levada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto é realizado pelo Ministério da Defesa em parceria com o Ministério da Educação e com o apoio de órgãos do governo federal e prefeituras.

    Repórter: Susan Faria

  • O Presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, esteve reunido na última semana com o ministro da Educação, Fernando Haddad, e disse que a entidade vai lutar pela aprovação do projeto de lei da reforma universitária em regime de urgência no Congresso Nacional.

    “O texto contempla várias de nossas reivindicações no que se refere a financiamento, autonomia e fortalecimento das universidades públicas, mais controle sobre as instituições privadas e democracia no ensino superior. A nossa briga agora é para que ele seja realmente aprovado”, afirma Petta. Segundo ele, a UNE também vai lutar para que se estude novas formas de financiamento para os hospitais universitários porque a educação recebe apenas 18% de verbas da União.

    Fernando Haddad disse que ainda não houve acordo entre diretores dos hospitais universitários e reitores das instituições federais de ensino superior (Ifes) sobre o financiamento dessas unidades de saúde. O ministro disse ainda que as alterações ao texto do projeto de lei devem ser encaminhadas aos parlamentares. A proposta passou quase dois anos em fase de elaboração e foi amplamente debatida com vários setores da sociedade.

    Objetivos - O projeto de lei da reforma da educação superior tem como objetivos principais a regulação das instituições privadas, para aumentar a qualidade do ensino oferecido, e a garantia de financiamento das instituições federais, que vai permitir a expansão do ensino público.

    A autorização para funcionamento das universidades particulares leva em conta os resultados obtidos no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), instituído pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004. Para as universidades públicas é assegurado o repasse de 75% da receita constitucionalmente vinculada à educação. Recursos que serão distribuídos conforme indicadores de desempenho e qualidade, dentre eles o número de alunos matriculados, de alunos concluintes, de estudos publicados e de registros de patentes, além dos resultados nas avaliações conduzidas pelo Ministério da Educação.

    Juliana Meneses

  • A unidade de Currais Novos, vinculada ao Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (Cefet-RN)  realiza a sua 1ª Semana de Alimentos e Informática, até esta quarta-feira, 14. O evento comemora o primeiro ano de atividades da unidade, divulga sua produção e promove a troca de experiências e a aproximação do Cefet com a comunidade.

    Os alunos do curso de alimentos na modalidade jovens e adultos ofereceram, para degustação, queijo, iogurte e doce de leite produzidos no projeto Boas práticas de fabricação na cadeia produtiva do leite. Coordenado pela professora Odisséia Gaspareto, o projeto tem 25 bolsistas remunerados com uma bolsa do Ministério da Educação durante seis meses. O benefício é contabilizado como prática profissional para os alunos. A produção de alimentos resultante desse projeto é fornecida, por meio do caminhão frigorífico da unidade, para a merenda escolar das cinco unidades do Cefet, atendendo cerca de 500 alunos.

    A programação da 1ª Semana de Alimentos e Informática conta com palestras, tutoriais, minicursos, mesas-redondas, visitas às dependências da unidade, maratona de informática, entre outras atividades simultâneas, com expectativa de público de aproximadamente 500 pessoas.

    O evento tem a coordenação conjunta de professores das áreas de alimentos e informática e conta com o apoio dos professores de todas as áreas da instituição, além dos técnicos administrativos e alunos voluntários.

    Assessoria de Imprensa da Uned Currais Novos

  • Foto: Julio Cesar PaesProfessores indígenas de 23 povos de Mato Grosso e de 14 etnias da Bahia, Ceará, Acre, Minas Gerais, Amazonas, Alagoas, Paraíba, Tocantins, Santa Catarina e Rio Grande do Sul recebem nesta terça-feira, 6, em Cuiabá (MT), certificados de graduação nas áreas de ciências matemáticas e da natureza e em ciências sociais e línguas, artes e literatura.

    São 186 professores integrantes da primeira turma do terceiro grau indígena oferecido pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), no campus de Barra do Bugres, distante 180 quilômetros de Cuiabá. O curso, pioneiro no país, começou em julho de 2001 e foi encerrado em janeiro deste ano. Foram dez etapas presenciais e trabalho de campo totalizando a carga horária de 3.570 horas, distribuídas em estudos presenciais, 1.900 horas; ensino e pesquisa, 1.250 horas; e estágios supervisionados, 420 horas.

    Em outubro de 2004, a Unemat realizou o segundo vestibular para o terceiro grau indígena com 100 vagas somente para professores de Mato Grosso. Segundo o coordenador do curso, Elias Januário, a experiência realizada pela Unemat já passou por duas avaliações externas com sucesso e foi recomendada como exemplo de política afirmativa para povos indígenas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em setembro de 2003, durante conferência realizada no México.

    Prolind – Desde 2005, o Ministério da Educação, por meio do Programa de Formação Superior de Licenciaturas Indígenas (Prolind), apóia financeiramente 12 universidades federais e estaduais na construção e na oferta de cursos de licenciatura específica para professores indígenas. Até o final de junho, a Unemat receberá R$ 420 mil. Recebem recursos do Prolind as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Roraima (UFRR), Amazonas (Ufam), Campina Grande, na Paraíba (UFCG), Tocantins (UFTO) e Bahia (UFBA); e as universidades estaduais do Amazonas (Ueam), Mato Grosso (Unemat), Mato Grosso do Sul (Uems), Londrina, no Paraná (UEL), Bahia (Uneb) e do Oeste do Paraná (UOPR).

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Começa nesta segunda-feira, 13, às 19h, o curso de especialização em Relações Raciais, Educação e Escola no Brasil, na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), sediada em Cáceres. O curso, com 440 horas, será realizado na Escola União e Força, Rua Quintino Bocaiúva, Centro. A atividade faz parte do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro) do Ministério da Educação.

    Segundo Paulo Alberto dos Santos Vieira, um dos professores envolvidos no projeto e coordenador do Núcleo de Estudos sobre Educação, Gênero, Raça e Alteridade (Negra), serão ministradas dez disciplinas, uma por mês, entre fevereiro e novembro. Seminários e outras iniciativas também serão realizados para apoiar o acesso e a permanência dos negros na universidade. O MEC destinou R$ 50 mil à universidade para apoiar as ações do Negra.

    “As perspectivas de desenvolver ações do Uniafro são excelentes. Temos professores de quatro municípios – Vila Bela da Santíssima Trindade, Curvelândia, Várzea Grande e Cáceres – que vão fazer o curso, o que torna a abrangência do recurso recebido interessante”, explica Paulo Vieira.

    Uniafro – O MEC está investindo R$ 2,5 milhões em 18 projetos para melhorar as condições de acesso e permanência dos estudantes negros nas universidades. Os projetos começam a ser executados este semestre por meio do Uniafro. Nove universidades federais e nove estaduais foram selecionadas pelo programa, entre 42 instituições inscritas.

    As selecionadas já receberam entre R$ 50 mil e R$ 200 mil para desenvolver seus projetos, o que deve ocorrer em dez meses. O programa Uniafro, resultado do acordo de cooperação entre o MEC e os núcleos de estudos afro-brasileiros (Neabs), é coordenado pelas secretarias de Educação Superior (SESu) e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), do MEC.

    A idéia do programa surgiu em 2003, durante encontro de representantes dos Neabs no MEC, e se fortaleceu no 4º Encontro Brasileiro de Pesquisadores Negros, realizado em setembro de 2004, em São Luís (MA). Outras informações podem ser obtidas nos telefones (61) 2104-9309, (65) 3221-0034 ou pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Repórter: Súsan Faria

  • Foto: Julio Cruz NetoAs Nações Unidas apóiam a proposta do mecanismo triangular de ajuda aos países pobres apresentada pelo Brasil. A idéia foi destaque no discurso de Koichiro Matsuura, diretor-geral da Unesco, na abertura oficial do sexto Encontro Ministerial de Educação para Todos do E-9, realizada nesta terça-feira, 14, em Monterrey, México. Matsuura disse que a entidade está interessada e disposta a ajudar na concretização da proposta.

    “Vamos examinar as possibilidades de desenvolvimento da cooperação Sul-Sul por meio de mecanismos que permitam aos países do E-9 oferecer sua experiência e apoio a outros países em desenvolvimento”, afirmou o diretor. “A Unesco está muito interessada nesta idéia inovadora e está pronta para apoiar da maneira correta. A questão da cooperação triangular com agências financiadoras e conexão com a iniciativa fast track também deve figurar em nossas deliberações”, completou ele.

    O fast track, destinado a agilizar a liberação de recursos, é outra proposta brasileira, aprovada no encontro do E-9 em Pequim, em novembro último. A cooperação triangular de certa forma complementa aquela, na medida em que prevê a melhor utilização desses recursos. Os países do E-9 funcionariam como intermediários, oferecendo o know-how de suas políticas públicas na área educacional.

    “A Unesco reconheceu a importância dos países do E-9 no preenchimento da lacuna entre as nações pobres e aquelas que têm recursos, mas não têm programas”, declarou Alessandro Candeas, assessor internacional do Ministério da Educação brasileiro. “O Brasil tornou efetiva a agenda de educação para todos”, reiterou.

    O próximo passo, diz ele, é levar a proposição ao Conselho Executivo da entidade, que vai se reunir em março. Os países ricos também estarão representados na ocasião, o que dará mais peso ao projeto. “Até o final do semestre, todas as principais entidades terão dado apoio, e os países pobres poderão começar a escolher os projetos que mais lhe interessam.”

    A cerimônia de abertura do encontro contou com participação do presidente do México, Vicente Fox, que disse que educação para todos é uma aspiração dos democratas e dos humanistas. “A diversidade e pluralidade destes países (do E-9) fortalecem as ações conjuntas”, apontou ele.

    O ministro da Educação do México, Reyes Tamez Guerra, gastou boa parte do seu discurso para falar de avaliação, outro tema freqüente em Monterrey – fala-se muito do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (Pisa), do qual o Brasil participa. Segundo jornalistas locais, o atual governo mexicano gosta de tocar no assunto porque argumenta ter sido o primeiro a tornar públicos dados referentes à avaliação escolar e porque vai realizar no meio do ano a primeira avaliação universal do país.

    Durante a mesa de discussões, o representante do Ministério da Educação do Brasil no evento, Ricardo Henriques, voltou ao tema. Destacou que o país, além de estar universalizando o seu sistema de ensino (avaliando os alunos de 4ª e 8ª séries do fundamental e do 3º ano da educação média), investe na divulgação dos resultados. “Realizar uma boa avaliação é essencial, mas não é suficiente. É preciso fazer com que os resultados cheguem à sociedade, senão não há impacto”, ressaltou Henriques.

    Como exemplo desse enfoque, o MEC divulgou recentemente o resultado detalhado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que permitiu o acesso aos dados por município e por escola.

    Repórter: Julio Cruz Neto, enviado de Monterrey

     

  • Foto: Tereza SobreiraO ministro da Educação, Fernando Haddad, comemorou a resolução da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que aprovou nesta segunda-feira, 10, em Paris, a troca da dívida externa por investimentos em educação.

    A resolução, aprovada por unanimidade por 96 ministros de Educação na 33ª Conferência Geral da Unesco, trata de uma vitória diplomática histórica. “O Brasil, que vinha há muito defendendo a tese da troca da dívida por educação tem, agora, sua posição endossada por uma agência da ONU”, destacou.

    O ministro lembrou que a proposta da conversão da dívida já vem sendo debatida por alguns países, inclusive o Brasil e que a resolução da Unesco ampliará o espaço para o debate. “Ao assumir esta bandeira, a Unesco coloca este tema numa agenda mundial”, salientou.

    Fernando Haddad, que também participa de uma série de eventos sobre o ano do Brasil na França, disse que a proposta da troca da dívida é um mecanismo inovador para ajudar os países pobres e países em desenvolvimento. Em relação aos países considerados muito pobres e pobres o perdão da dívida se dará automaticamente. Já os países em desenvolvimento como o Brasil, poderão ter um índice de abatimento da dívida em detrimento do perdão da dívida de nações mais pobres, como as da África. Haddad adiantou que a Unesco tratará de aperfeiçoar a resolução para que o perdão da dívida tenha um impacto efetivo na educação.

    Pela primeira vez uma instância da Organização das Nações Unidas (ONU) leva a questão da dívida para o terreno da cooperação. A participação do Brasil foi fundamental, com o apoio de Argentina, Espanha, Venezuela e Costa Rica, para a aprovação do apoio à conversão.

    O tema vem sendo também objeto de discussão e apoio no âmbito da (OEA) Organização dos Estados Americanos, da Organização dos Estados Ibero-americanos OEI e do Mercosul. O assunto será objeto de diálogo entre os Chefes de Estado e de Governo ibero-americanos na Cúpula de Salamanca, nos dias 14 e 15 de outubro.

    A decisão da UNESCO chega em um momento em que os países do G-8 (os 7 países mais industrializados e a Rússia) decidiram, na recente cúpula de Gleneagles, na Escócia, ocorrido em julho, aumentar o alívio da dívida dos países pobres, em particular africanos. Na oportunidade, os principais países ricos (membros do Clube de Paris) anunciaram sua disposição em aumentar a ajuda ao desenvolvimento (incluindo a educação) em US$ 50 bilhões de dólares até 2010.

    O Ministério da Educação trabalha para que o Brasil consiga, a exemplo da Argentina, trocar parte da dívida externa por investimentos em educação. Recentemente, o governo da Espanha concedeu à Argentina o perdão de parte da dívida que será convertida em verbas para a educação. Os governos brasileiro e espanhol estão em negociação para a converter parte da dívida na formação e capacitação de professores.

    Atualmente, a dívida líquida brasileira é de R$ 192,75 bilhões, sendo que 79% desse valor não podem ser convertidos (dívida mobiliária). O débito com o Clube de Paris – grupo de credores formado por países do primeiro mundo – é de R$ 8,81 bilhões.

    Nos dias 17 e 18 de novembro, ocorrerá um seminário onde será discutido com o Governo da Espanha um incremento das relações dos países no campo educacional.(Assessoria de Comunicação Social do MEC)

     

  • A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) promove na quinta-feira, dia 10, em Brasília, a partir das 14h, as comemorações do Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento. No Espaço Cultural Anatel, no Setor de Autarquias Sul, haverá mostra de experimentos, oficinas de ciências, exposições institucionais, de livros e de portais, experimentoteca móvel, lançamento de livros e workshop para professores, coordenadores e diretores das escolas do Distrito Federal.

    “Ajudemos os cientistas, mediante a cooperação Sul-Sul, a forjar relações de solidariedade e apoio mútuo que conduzam a benefícios práticos e sirvam de modelo no qual os demais possam se espelhar”, afirmou o diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura, em mensagem relativa à data. Ele pede a todos os envolvidos com a área científica que reafirmem o compromisso com um mundo pacífico, próspero e justo, mediante a ciência, e que o expressem por meio da cooperação internacional e de ações coletivas.

    A programação foi organizada pela Unesco em parceria com os ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia, Agência Espacial Brasileira (AEB), Academia Brasileira de Ciências (ABC), Secretaria de Educação do Distrito Federal, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Instituto Sangari, Conselho Britânico, Embaixada da Finlândia e Universidade de Brasília.  (Assessoria de Imprensa do escritório da Unesco no Brasil)

  • “Qualidade na educação é um valor estratégico que exige postura mais ágil e inovadora dos sistemas educacionais.” A frase foi dita nesta segunda-feira, 13, pelo diretor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Jorge Werthein, durante a 2ª Reunião do Fórum Hemisférico Educacional Qualidade da Educação. O evento reúne especialistas em educação de 34 países, no San Marco Hotel, em Brasília. Criado em 2002, o fórum é uma instância de articulação das diferentes iniciativas de educação, no hemisfério, e serve como espaço de intercâmbio.

    Na opinião de Werthein, é preciso converter a qualidade na educação em prioridade de Estado. “Há uma distância entre o discurso que valoriza a educação e os mecanismos para valorizá-la. Uma educação de qualidade só é possível com uma política que assegure estabilidade nos investimentos na área”, disse. Segundo ele, é preciso repensar a qualidade da educação na América Latina e discutir alternativas para o enfrentamento do mais difícil dos desafios educacionais: o da qualidade.

    Já Alice Abreu, diretora do Departamento de Educação, Ciência e Tecnologia da Organização dos Estados Americanos (OEA), destacou que o fórum trata de um tema importante não só para o Brasil. “O Brasil avançou nesse sentido, mas é fundamental garantir que as crianças tenham educação de qualidade, que possam ser bons cidadãos e bons trabalhadores”, afirmou. Ela disse que é preciso investir na qualidade da educação oferecida na América Latina. Para o diretor de Avaliação de Políticas do México, Sérgio Martinez, é importante conhecer as experiências dos países vizinhos.

    Metas – Com o tema A Qualidade da Educação Básica, o fórum discute indicadores educacionais adotados no continente e debate o que os países fazem para cumprir as metas definidas no Plano de Ação em Educação, propostas na segunda Cúpula das Américas, no Chile, em 1998. O fórum integra atividades preparatórias para a Cúpula das Américas, que será realizada na Argentina em novembro, e prossegue até sexta-feira, 17. O evento é organizado pelo MEC. Tem a participação de técnicos dos sistemas de avaliação e de informação dos 34 países-membros da OEA, de autoridades nacionais e internacionais, e representantes de agências internacionais ligadas à educação.

    Repórter: Susan Faria

  • A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou na quarta-feira, 9, um relatório que elogia o esforço do Brasil no combate ao analfabetismo. O documento afirma que, embora a alfabetização ainda não faça parte da agenda de todos os países, alguns têm se empenhado de forma crescente.

    “Nos últimos anos, muitos países, tais como Brasil, Burkina Faso, Indonésia, Marrocos, Moçambique, Nicarágua, Ruanda, Senegal e Venezuela, têm dedicado cada vez mais atenção ao analfabetismo, juntando-se àqueles que alcançaram resultados impressionantes nos anos 90, como Bangladesh, China e Índia”, informa o documento.

    Por isso, o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, Ricardo Henriques, considera que a questão não foi avaliada de forma completa por parte da imprensa. “Há um erro de interpretação. O que o relatório diz é que o esforço do Brasil, hoje, é um dos maiores do mundo.”

    O secretário também frisa que o documento da Unesco não leva em conta os resultados obtidos pelo Brasil Alfabetizado, implantado em 2003 pelo governo federal. Nos últimos três anos, o programa atendeu 5,5 milhões de pessoas, como explicou Ricardo Henriques. “O relatório não captou os dados referentes ao Brasil Alfabetizado, porque fechou com base em dados de 2004.”

    Tomando como base a evolução do programa, o secretário acredita ser possível chegar a uma taxa de analfabetismo próxima a 3% em 2015 – atualmente, é maior que 10%. Além disso, o Brasil Alfabetizado é um programa que mudou a forma de lidar com o analfabetismo. Ao invés de fazer grandes campanhas para atender um número enorme de pessoas por meio de organizações da sociedade civil, está implantando uma filosofia continuada de educação, buscando viabilizar a continuidade dos alunos na sala de aula, com auxílio da rede pública de educação de jovens e adultos (EJA).

    Segundo a quarta edição do Relatório Global de Monitoramento da Educação para Todos, da Unesco, o Brasil está incluído no grupo de 12 países onde vivem 75% de todos os analfabetos do mundo. Integram a lista Índia, China, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, Etiópia, Indonésia, Egito, Irã, Marrocos e República Democrática do Congo. A pesquisa mostra que 20% dos adultos do planeta são analfabetos. Entre as pessoas com idade entre 15 e 24 anos, 132 milhões são analfabetas funcionais. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • A América Latina e o Caribe são as regiões do mundo líderes no desenvolvimento da educação infantil. A informação consta do relatório Educação para Todos de 2007, que será lançado no próximo dia 26, pelo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Koichiro Matsuura, na sede da entidade, em Nova Iorque.

    O documento considera que, apesar dos benefícios que o ensino infantil representa para o desenvolvimento e o bem-estar da criança, este nível da educação recebe pouca atenção da maioria dos países desenvolvidos. O estudo revela considerável queda no número de crianças fora da escola e aumento de meninas estudando.

    O relatório anual elaborado por especialistas da Unesco analisa o comprometimento dos países em fornecer educação básica para todas as crianças, jovens e adultos até 2015. Traz uma lista de países que apresentaram mais e menos progresso em educação. Outro quesito da análise destaca os órgãos e países que investem no desenvolvimento educacional.

    Repórter: Flavia Nery, com informações da Assessoria de Imprensa da Unesco

  • O Instituto de Estatísticas da Unesco lançará nesta quarta-feira, 28, o relatório final da pesquisa do Programa Mundial de Indicadores Educacionais, WEI–SPS, que avalia escolas primárias de 11 países, incluindo brasileiras. No Brasil, a escola primária corresponde às escolas que oferecem as séries iniciais do ensino fundamental (primeira a quarta série ou equivalente).

    O estudo foi desenvolvido com o objetivo de identificar os desafios que os países ainda enfrentam em oferecer educação primária, especialmente nas localidades que apresentam condições socioeconômicas desfavoráveis. Além do Brasil, a pesquisa WEI–SPS coletou informações do ensino primário na Argentina, Chile, Índia, Malásia, Paraguai, Peru, Filipinas, Sirilanka, Tunísia e Uruguai. Os dados coletados se referem a 2005 e 2006. 

    A coordenação internacional da pesquisa ficou a cargo do Instituto de Estatística da Unesco (UIS) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) até o ano de 2005. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) foi o responsável pela coordenação nacional e se encarregou da tradução dos questionários, aplicação, coleta de dados e produção dos relatórios.

    Para a amostra, foram utilizados três estratos: dependência administrativa (pública/privada), localização (rural/urbana) e região geográfica.

    Os questionários foram aplicados a professores e diretores de escolas de todo o território nacional, sendo que a amostra incluiu 646 escolas de 488 municípios. O Brasil foi um dos países que teve maior índice de participação no preenchimento dos questionários. Os docentes responderam a dois questionários, um sobre oportunidades de aprendizagem em matemática e o outro em leitura.

    Entre os dados coletados, destacam-se informações sobre o índice de repetência dos alunos, os gastos educacionais, o uso de informática nas escolas. Também é possível constatar a proporção de alunos que vêm de famílias com apenas um genitor (pai/mãe), a prevalência de diretores do sexo feminino e a proporção de alunos cujos professores lecionam em mais de uma escola. 

    Os itens dos questionários foram selecionados a partir de instrumentos desenvolvidos por diversas organizações e projetos internacionais, como: Associação Internacional para Avaliação de Rendimento Educacional (IEA), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Programa Canadense de Indicadores de Desempenho Escolar, Levantamento sobre Escolas e Staffing (Estados Unidos), Consórcio do Sul e Oriente para Monitoramento da Qualidade  Educacional (SACQEQ), Programa holandês de Auto-Avaliação na Educação Primária (Zelfevaluatie basisonderwijs – ZEBO), Departamento de Educação de Vitória (Austrália) e o Centro de Pesquisa em Avaliação (Universidade de Melbourne,  Austrália).

    A pesquisa WEI foi idealizada em 2002 com a finalidade de contribuir com os esforços do Brasil e dos demais países envolvidos para melhorar o acesso, a qualidade e a eqüidade da educação ofertada à sua população, na medida em que ajuda a aprofundar o conhecimento sobre a complexidade dos processos educacionais.

    O estudo internacional também pretende comparar o funcionamento das escolas primárias nos diferentes contextos nacionais, sob a perspectiva da efetividade (gestão escolar e estratégias didático-pedagógicas) e da equidade (distribuição dos recursos e das boas práticas entre as escolas das diferentes regiões de cada país).

    O relatório final da publicação tem, ao todo, 219 páginas. A Unesco fará o lançamento simultaneamente em todos os países nos quais a entidade tem sede. Na próxima semana, será realizado um seminário no Brasil, reunindo representes dos países envolvidos na pesquisa para analisar os dados e projetar o uso dos seus resultados. O evento ocorrerá entre os dias 2 e 6 de junho.

    Assessoria de Imprensa do Inep

  • A União dos Cursos Pré-Vestibulares Comunitários da Bacia do Almada, na Bahia, conquistou o Prêmio Unesco pelo trabalho desenvolvido com a população carente, afrodescendentes e indígenas no interior da Bahia. O projeto vencedor, Inclusão Educacional no Ensino de Terceiro Grau, promove cursos pré-vestibulares gratuitos para alunos carentes e permite a eles adquirir condições de ingresso na universidade. O grupo atua de forma integrada nos municípios de Coaraci, Itajuípe, Almadina e Itapitanga.

    O projeto foi aprovado pelo Programa Diversidade na Universidade, do Ministério da Educação, destinado a apoiar ações que promovam a eqüidade social e a diversidade na educação superior para afrodescendentes e indígenas. Este ano, o MEC vai investir R$ 3,4 milhões para atender alunos em pré-vestibulares gratuitos em 12 estados.

    Esta é a primeira vez que a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) premia um município do interior da Bahia na categoria educação. Foi reconhecido pelo organismo o trabalho feito em Itajuípe.

    Oportunidade — A estudante Kátia Rejane Rodrigues Pereira, 26 anos, que ficou seis anos sem estudar, conseguiu ser aprovada no curso de pedagogia, na Universidade Estadual Santa Cruz (Uesc), e em turismo, na Universidade Estadual da Bahia (Uneb), após ter feito o curso. “Fiz curso técnico. Se não fosse o pré-vestibular, eu não teria preparo para concorrer”, admitiu. A irmã de Kátia, Claudeídes Pereira, 30 anos, que também fez o curso preparatório, foi aprovada em economia pela Uesc.

    O coordenador do projeto, Epifânio Soares Neto, diz que este ano serão criadas oficinas vocacionais para orientar os futuros universitários na escolha do curso, além de oficinas de empreendedorismo. “A idéia de orientar na questão do empreendedorismo é despertar no estudante a noção de criar seu próprio negócio", explicou.

    O prefeito de Itajuípe, Marcos Dantas, destaca o fato de o município ter conquistado pela primeira vez, graças ao curso, o melhor índice de aprovação de estudantes no vestibular da Uesc. Para este ano, Dantas planeja ampliar o número de vagas nos cursos da rede. “O objetivo é democratizar o acesso à universidade e passar de 180 para 600 alunos, com o custo todo bancado pela prefeitura”, disse.

    Repórter: Flavia Nery com informações do jornal A Tarde

  • As secretarias estaduais e municipais de educação e organizações não- governamentais que concluíram ou que estão executando experiências inovadoras na educação de jovens e adultos podem participar do concurso Programas de Alfabetização de Jovens e Adultos na América Latina e Caribe. Os prêmios são de US$ 1.000 para o primeiro lugar e de US$ 500 para o segundo, e a inscrição dos trabalhos vai até 31 de dezembro deste ano.

    O concurso é uma promoção da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em parceria com o Conselho de Educação de Adultos da América Latina (Ceaal) e com o Centro de Cooperação Regional para a Educação de Adultos da América Latina e Caribe (Crefal). São objetivos dos organizadores: premiar as experiências bem- sucedidas na educação de jovens e adultos, particularmente aquelas construídas para atender as mulheres e os povos indígenas.

    Entre os critérios de seleção, a Unesco destaca que o método de ensino deve ser inovador, que tenha material específico, e que a duração do programa seja superior a 12 meses. O concurso visa, ainda, promover um intercâmbio de experiências em educação de jovens e adultos entre os povos de diferentes realidades sociais, culturais e econômicas que falam as línguas espanhola e portuguesa e que vivem na América Latina e no Caribe.

    O edital do concurso e a ficha de inscrição devem ser solicitados no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo fax (56-2) 655-1046; 655-1047. Informações também pelo telefone (56-2) 472-4614, com Maria Luisa Jáuregui, em Santiago, Chile.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Pesquisa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) revela os primeiros resultados de um programa de alfabetização de jovens e adultos em âmbito nacional. O relatório do Programa Sesi por um Brasil Alfabetizado, elaborado pela instituição das Nações Unidas, teve sua primeira etapa divulgada nesta quinta-feira, 8, com avaliação de desempenho de 2.800 alunos de sete estados e do Distrito Federal. Os estudantes pesquisados obtiveram percentual de acerto de 68,2% em matemática e 64,9% em português. Até o primeiro semestre de 2006, o estudo revelará a situação em todo o Brasil.

    A prova com 22 questões – 11 de matemática e 11 de português – foi feita por alunos de 57 municípios de Amazonas, Ceará, Paraná, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal. Os resultados integram o estudo Sistema de Avaliação de Competências do Programa Sesi por um Brasil Alfabetizado. Inédito no país, o estudo revela o que os estudantes estão aprendendo nos cursos de alfabetização.

    Os alfabetizados são capazes de comparar e perceber relações entre os números, como dobros e triplos. Fazem cálculos simples e identificam unidades-padrão, principalmente usadas para medir o tempo, como horas e minutos. Em português, eles reconhecem palavras usuais no cotidiano, lêem e interpretam frases e pequenos textos. Também compreendem o que está escrito em placas, outdoors, sinais de trânsito, mapas, recibos e cheques. Entre os objetivos da pesquisa está monitorar e aperfeiçoar o sistema de alfabetização do Serviço Social da Indústria (Sesi), contribuindo para a capacitação de muitos trabalhadores brasileiros e para a diminuição do analfabetismo no país.

    Testes – Na correção dos testes, os avaliadores concluíram que ao completar o curso de seis meses, os alfabetizados têm dificuldades com habilidades decisivas para o bom desempenho social. Em matemática, os alunos obtiveram médias baixas na interpretação e representação de valores envolvendo reais e centavos. O domínio da habilidade requer que os estudantes tenham a capacidade de diferenciar os valores das notas e cédulas, operar e fazer trocas com esses valores.

    Além de avaliar o processo de alfabetização, outro aspecto do estudo é que revela as carências dos alunos. Conforme depoimento dos aplicadores, as dificuldades vão desde problemas de visão até deficiências de infra-estrutura do local das aulas. Em turmas com alunos em diferentes faixas etárias, os mais jovens aprenderam com mais facilidade. Os mais velhos precisavam de explicações, além da falta de visão, coordenação motora e audição. Mas mantiveram a força de vontade porque consideram a escolarização fundamental para o resgate de sua cidadania. Além de medir os resultados dos investimentos do Sesi na alfabetização de jovens e adultos, as conclusões do estudo servirão para orientar decisões gerenciais e pedagógicas na continuidade do programa.

    O Sesi por um Brasil Alfabetizado é resultado de parceria do Serviço Social da Indústria com o MEC. Pelo acordo, firmado em 2003, o Sesi se compromete a ensinar dois milhões de pessoas a ler e a escrever em todo o Brasil até o fim de 2006. Isso corresponde a 10% da meta do governo federal de alfabetizar 20 milhões de pessoas em quatro anos. “A ação pode trazer impactos importantes, uma vez que haverá contingente maior de mulheres e homens aptos a contribuir para o crescimento econômico progressivo, melhor distribuição de renda e sociedade mais justa e democrática”, destaca o estudo. (Assessoria de Imprensa da Unesco)

  • Mestres em educação, com experiência mínima de cinco anos em planejamento e gestão educacional, têm prazo até sexta-feira, 11, para se inscrever no processo seletivo do projeto de apoio à implementação do plano de metas Compromisso Todos pela Educação. A seleção será feita pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), parceira do Ministério da Educação na execução do projeto.

    O contrato terá a duração de 12 meses. Entre as atribuições do cargo está a de articular com municípios, estados e Distrito Federal a elaboração dos Planos de Ações Articuladas (PAR) para a educação básica, integrantes das atividades do Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril de 2007. Estados e municípios que aderirem ao Compromisso Todos pela Educação devem apresentar ao MEC planos de trabalho sobre as atividades que vão desenvolver para melhorar a qualidade da gestão educacional, a formação de professores e a avaliação da educação.

    O currículo deve ser encaminhado ao endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. até às 12h do dia 11. O edital descreve a qualificação, as atribuições e os trabalhos que o consultor deve apresentar.

    Ionice Lorenzoni

  • O Núcleo Negro para a Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual Paulista (Unesp) recebeu R$ 200 mil do Ministério da Educação para 11 projetos que pretendem levar melhorias a alunos negros da instituição.  As ações afirmativas também chegarão aos alunos negros do ensino básico de cidades paulistas nas quais a Unesp tenha base. “Vamos fortalecer o núcleo dentro e fora da instituição”, afirmou o professor Dagoberto José Fonseca, coordenador dos projetos.

    O MEC está investindo R$ 2,5 milhões no Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro). Nove universidades federais e nove estaduais foram selecionadas, entre 42 inscritas. Elas vão receber de R$ 50 mil a R$ 200 mil para desenvolver projetos, em dez meses. As propostas atendem três eixos pedidos no edital: formação de professores, publicação de material didático e acesso e permanência na universidade.

    Com os R$ 200 mil recebidos, o núcleo pretende se fortalecer, trabalhar para a inserção e permanência dos negros na universidade e relacionar-se com os movimentos negros e organizações não-governamentais (ONGs) ligadas à causa. O núcleo tem cem negros, entre pesquisadores, professores e alunos da Unesp, e vai doar bolsas, de R$ 330,00 mensais, para alunos negros da Unesp desenvolverem projetos, como o fortalecimento da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que institui a história africana e afro-brasileira no currículo do ensino básico.

    O trabalho será feito com professores das redes municipais de Araraquara, Franca, Marília e Assis. Os bolsistas serão tutores de jovens negros do ensino médio para elevar a auto-estima deles e apoiá-los na entrada e permanência na universidade. Segundo o professor Dagoberto Fonseca, alunos de odontologia da Unesp farão o mapeamento da saúde bucal das comunidades de quilombos no Vale do Ribeira e em Araraquara.

    Eventos — O núcleo reservou R$ 6 mil para a participação em eventos, como o encontro anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SPBC) e o Encontro da Associação Brasileira dos Pesquisadores Negros, em setembro próximo, em Salvador. Parte dos recursos será usada na compra de móveis e computadores. Outro trabalho será a formação do banco de dados, que condensará teses de mestrado sobre a questão racial na Unesp.

    “O Uniafro é uma ação que precisa ter continuidade. A participação do MEC é fundamental. A reivindicação era antiga, mas só foi atendida neste governo”, disse o professor Dagoberto. Segundo ele, o que está sendo feito é importante, mas falta muito diante da necessidade de pagamento da dívida social com os negros brasileiros.

    Histórico — O Uniafro, resultado de acordo entre o MEC e os núcleos de estudos afro-brasileiros (Neabs), é coordenado pelas secretarias de Educação Superior (SESu/MEC) e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). A idéia surgiu em 2003, em encontro dos Neabs, e se fortaleceu no 4º Encontro Brasileiro de Pesquisadores Negros, em setembro de 2004, em São Luís.

    Mais informações pelos telefones (61) 2104-9309 e (11) 5816-2578.

    Repórter: Susan Faria

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