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  • O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas promoverá, entre agosto e outubro próximos, a Olimpíada Brasileira de Agropecuária. As inscrições estão abertas e vão se estender até 1º de julho. A competição reunirá alunos do ensino médio integrado ou concomitante dos cursos técnicos de agropecuária, agricultura, agroecologia, zootecnia, agronegócio, alimentos e agroindústria.

    A proposta da olimpíada é estimular o ingresso de jovens em carreiras técnico-científicas por meio de pesquisa e de inovações em agropecuária e aplicação de conhecimentos científicos. O projeto foi aprovado no ano passado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

    Segundo o diretor de pesquisa e inovação do instituto, Éder José da Costa, as equipes serão formadas por quatro alunos de uma mesma modalidade e por um professor orientador, de maneira a estimular o estudo em conjunto e a participação em grupo. As três primeiras fases da competição serão virtuais, com questões de múltipla escolha nas áreas de agricultura e zootecnia. A quarta terá duas etapas. Na primeira, os estudantes realizarão estudo de caso (método da abordagem de investigação em ciências sociais simples ou aplicadas) sobre o tema Inovação e Sustentabilidade; na segunda, farão prova individual, com 20 questões.

    As 15 melhores equipes receberão medalhas e o melhor estudo de caso terá premiação especial. As três melhores equipes na modalidade integrado ou concomitante receberão troféus. O grupo classificado em primeiro lugar participará da International Earth Science Olympiad (Ieso), no Japão, no segundo semestre de 2012.

    As inscrições devem ser feitas na página eletrônica do instituto.

    Ana Júlia Silva de Souza


  • A presidenta da República, Dilma Rousseff, o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, entregam nesta terça-feira, 21, no Rio de Janeiro, as medalhas de ouro da 6ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A solenidade tem início às 14h30, no Teatro Municipal. Serão contemplados 504 estudantes de todo o país.

    A Obmep surgiu para estimular o estudo da matemática, revelar talentos e criar um ambiente diferente e motivador na escola. Os estudantes mantêm contato com questões interessantes e desafiadoras e são estimulados a trabalhar em grupo. As provas são dirigidas a alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio das redes municipal e estadual.

    A primeira olimpíada de matemática foi realizada em 2005, com a participação de 10,5 milhões de alunos, de 31 mil escolas. Na edição de 2010, foram reunidos 19,6 milhões de estudantes de 44,7 mil escolas públicas em 99,16% dos municípios brasileiros. Os sucessivos recordes de participação fazem da Obmep a maior competição de matemática do mundo.

    A olimpíada é realizada pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia e pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Conta ainda com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). A cerimônia terá transmissão ao vivo pelo portal do Ministério da Educação


    Diego Costa


    Confira os ganhadores das medalhas de ouro da Obmep

    Confira os demais premiados na Obmep
  • Estudantes que concorrem no gênero literário poema na quarta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro participam, em Belo Horizonte, da etapa regional, que definirá 38 finalistas. O encontro, que reúne também os 125 professores desses estudantes, do quinto e do sexto anos do ensino fundamental, será encerrado nesta sexta-feira, 31.

    A olimpíada terá, até 20 de novembro próximo, outras três etapas regionais para a seleção dos finalistas:

    • De 3 a 6 de novembro, em Maceió, dos alunos do sétimo e oitavo anos do ensino fundamental, gênero memória.
    • De 10 a 13 de novembro, em Porto Alegre, dos alunos do nono ano do ensino fundamental e primeiro ano do ensino médio, gênero crônica.
    • De 17 a 20 de novembro, dos estudantes do segundo e do terceiro anos do ensino médio, gênero artigos de opinião.

    A seleção final, de 24 a 28 de novembro, caberá a uma comissão nacional. A premiação será entregue em 1º de dezembro, em Brasília. As quatro etapas regionais reúnem, no conjunto, 500 estudantes semifinalistas e seus professores. Em cada gênero literário serão selecionados 38 finalistas, que terão os textos avaliados pela comissão nacional, coordenada pelo Ministério da Educação. A comissão apontará os 20 melhores textos.

    Atividades— Conforme o regulamento da olimpíada, os encontros regionais visam a ampliar as habilidades de leitura e escrita e o universo cultural dos alunos, além de desenvolver, com os professores, atividades que contribuam para melhorar a qualidade do trabalho docente.

    Nos quatro dias de duração de cada etapa regional, a equipe técnica da olimpíada analisa, com os semifinalistas, os textos desenvolvidos e os ajuda a produzir novos trabalhos. Esse material, também de acordo com o regulamento, vai subsidiar a análise e a seleção finais.

    As comissões julgadoras regionais são organizadas e coordenadas pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e constituídas por representantes do Ministério da Educação, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), da Fundação Itaú Social e de universidades e por professores de língua portuguesa. Cada comissão tem o mínimo de sete integrantes.

    Mobilização— A quarta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro mobiliza 46.902 escolas públicas. Nos 26 estados e no Distrito Federal, 5,1 milhões de alunos concorrem com poemas, memórias literárias, crônicas e artigos de opinião. O tema de todos os gêneros é O Lugar onde Vivo.

    Dos 5.565 municípios do país, 5.041 estão representados na competição, o que representa 90,1% do total. Em 12 estados, 100% dos municípios aderiram.

    Ionice Lorenzoni

  • Escola do Acre conquistou, no ano passado, a primeira medalha do estado na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (foto: santarosadopurus.aleac.bulbo.com.br)A conquista de medalha de ouro na sétima edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) pela estudante Bruna Larissa Carvalho de Sousa deixou orgulhosa toda a comunidade da Escola Municipal Antonia Fernandes de Moura, no município de Santa Rosa do Purus, no Acre. Foi a primeira medalha de ouro conquistada pelo estado na competição, que se realiza desde 2005.

    Segundo Antônio Carlos Osório do Nascimento, professor de Bruna, a conquista o estimulou a buscar novos caminhos, capazes de tornar os alunos aptos a participar de eventos semelhantes. Depois da medalha, o professor tem incentivado os estudantes não só a aprender matemática, mas a participar da competição. Ele constata que os alunos estão mais motivados e entendem ter condições de ganhar medalhas. “Acreditamos que muitos outros alunos vão se esforçar para chegar aos objetivos”, avalia.

    O professor explica que a escola não realizou um trabalho voltado especificamente para a olimpíada. “O que fizemos foi trabalhar algumas questões que exigiam raciocínio lógico dos alunos e os incentivamos a formar grupos de estudos para aperfeiçoamento”, afirma.

    De acordo com Nascimento, o conteúdo da olimpíada foi apresentado aos alunos de maneira clara e objetiva para resultar em melhor aprendizado. Também foram passados exercícios para resolução em casa. Outra iniciativa do professor foi a de estimular o debate entre os estudantes sobre as diferentes maneiras de resolver cada questão. Nascimento é licenciado em matemática e tem três anos de magistério.

    O diretor da escola, Christian Padilha, também graduado em matemática, destaca que tem procurado incentivar o aprendizado da disciplina na instituição. Para motivar os estudantes, ele aplica dinâmicas variadas e promove gincanas e debates.

    Fátima Schenini

    Confira a página da Obmep na internet

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  • A professora de história Manuela Arruda, de Pontes e Lacerda (MT), município na fronteira com a Bolívia e distante 480 quilômetros de Cuiabá, participa da Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB) desde a segunda edição da competição, em 2010. No ano passado, ganhou a primeira medalha: um bronze conquistado com muito orgulho, após ter chegado à final em outras edições. A olimpíada é promovida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

    A professora lembra que havia um sentimento comum entre os estudantes de Pontes e Lacerda de que chegar à faculdade era algo praticamente impossível, por morarem em uma cidade pequena – com 45 mil habitantes. Este era um sonho que muitos sequer alimentavam. Mas, após o início da olimpíada, os jovens começaram a perceber que, se estudarem, podem conseguir. “Ir para Campinas [sede do evento] é apenas um brinde. Os alunos percebem que conseguem estudar com diferentes suportes, desenvolvem capacidade de interpretação e produção textual”, diz.

    Manuela já teve um aluno que andava 10 quilômetros para chegar na escola, outro que não tinha computador para resolver as questões e um que trabalhava em oficina mecânica e chegava todo sujo. “Esse foi um dos que chegaram a uma das finais. Ele nunca tinha saído de Pontes e Lacerda, nunca tinha andado de elevador, escada rolante, nem viajado de avião. Sequer tinha ido a Cuiabá. Talvez quem esteja nos grandes centros não perceba a grandeza desses pequenos gestos. Mas a família vê a transformação desses alunos. Hoje, esse menino faz faculdade de ciência da computação”, conta, orgulhosa. “São alunos que buscam continuar estudando. Não necessariamente serão professores de história, mas serão profissionais muito humanos”.

    Fora o crescimento dos estudantes, a olimpíada tem a intenção de valorizar os professores. São oferecidos cursos de formação pela Unicamp para os docentes que participam e incentivam os alunos na competição. Em um desses cursos, Manuela teve a oportunidade de assistir as aulas do historiador Edgar Salvadori de Decca, referência na área e que faleceu no ano passado. Na avaliação da professora, a experiência foi significativa, já que alguns dos estudos dele faziam parte da bibliografia utilizada na faculdade.

    Inscrições– Os estudantes que queiram participar da 9ª edição da ONHB têm até o dia 26 de março para se inscrever com valor reduzido – R$ 30 por equipe para alunos de escolas públicas e R$ 60 para equipes de escolas particulares. Após esse dia, o valor será de R$ 45 e R$ 90, respectivamente. As inscrições seguem até 28 de abril e podem ser feitas na página eletrônica da olimpíada. Podem participar estudantes de escolas públicas e particulares, dos ensinos fundamental (oitavo e nono anos) e médio. 

    As equipes são formadas por três estudantes e um professor. A competição tem cinco fases online, nas quais os participantes têm que resolver questões de múltipla escolha e desenvolver tarefas. Cada fase dura uma semana e as respostas podem ser resolvidas por meio de debates, pesquisas em livros e na internet e com a orientação do professor. A primeira terá início dia 8 de maio e última termina em 10 de junho. Após as cinco etapas, no mínimo 200 equipes (800 participantes) classificadas para a final seguem para Campinas, nos dias 19 e 20 de agosto, onde farão prova dissertativa.

    Em 2016, a olimpíada reuniu 42,7 mil alunos de cidades de todos os estados brasileiros, com participação expressiva da região Nordeste. Neste ano, a expectativa da organização da ONHB é que o número de inscritos seja ainda maior. “O nosso ponto não é descobrir quem é o aluno que mais sabe história, mas quais são as equipes que mais conseguiram se dedicar e aprender história”, detalha a coordenadora da ONHB, Cristina Meneguello. Para ela, a competição tem uma proposta inovadora ao incentivar o desenvolvimento da análise crítica e discussões sobre os mais variados assuntos, por meio de pesquisa, da busca por informações, textos, imagens e mapas.

    Formação - A olimpíada oferece um curso online de formação para professores, que está em sua quarta edição. O tema deste ano será Imagens em sala de aula e ocorre entre os dias 1º de março e 10 de maio. As aulas são gravadas com especialistas renomados da Unicamp. O objetivo é capacitar o professor para fazer uso de imagens que contribuem com o ensino de história em sala de aula. Ao todo, mais de 560 docentes se inscreveram e vão participar do curso de formação em 2017.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estudantes de cursos técnicos de nível médio em agropecuária, agricultura, agroecologia, zootecnia, agronegócio e agroindústria e alimentos podem participar da 3ª Obap (foto: arquivo Setec/MEC– 11/12/03)Estudantes de cursos técnicos em agropecuária e do eixo tecnológico recursos naturais matriculados em institutos federais de educação, ciência e tecnologia e em escolas que oferecem essa formação podem fazer a inscrição, pela internet, na 3ª Olimpíada Brasileira de Agropecuária (Obap). O período vai até 30 de junho próximo.

    O público da Obap é formado por estudantes de cursos técnicos de nível médio em agropecuária, agricultura, agroecologia, zootecnia, agronegócio, agroindústria e alimentos. A competição, em três fases, terá duas etapas individuais, com testes virtuais classificatórios e eliminatórios, e uma etapa presencial. Além do desempenho individual, os participantes devem constituir equipes de três alunos para apresentar estudos de caso, sob a orientação de um professor.

    A premiação consta de medalhas e troféus. A equipe vencedora ganhará viagem internacional para representar o Brasil na 8ª International Earth Science Olympiad (Ieso), a competição internacional de ciências da terra, em 2014. O país-sede ainda será definido.

    De acordo com o coordenador da 3ª Obap, Eder Saconi, na primeira edição, em 2011, a competição foi vencida por uma equipe do Instituto Federal do Triângulo Mineiro, com a experiência de uma escola-fazenda sustentável. O prêmio foi uma viagem à Argentina para participação na 6ª Ieso. Em 2012, os vencedores foram os representantes do Instituto Federal do Espírito Santo, com o relato de caso sobre inovação e negócio. Essa equipe vai participar, este ano, da 7ª Ieso, em setembro, na Índia.

    A Obap é promovida pelo Instituto Federal do Sul de Minas e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com apoio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação. Na edição de 2011, foram inscritas 350 equipes de 25 unidades da Federação. Em 2012, 364 equipes de 24 unidades federativas.

     

    A inscrição on-line deve ser feita na na página da Obap na internet. Na mesma página estão o regulamento e as etapas da competição deste ano.


    Ionice Lorenzoni

  • Estão abertas, até 30 de março, as inscrições para a 8ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A inscrição dos estudantes deve ser feita pelas escolas. Podem participar alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio.

    Na edição deste ano serão premiados 500 estudantes com medalhas de ouro, 900 de prata, 3,1 mil de bronze, além de certificados de menção honrosa. Projeto de estímulo ao estudo da matemática, a olimpíada é voltada para as escolas públicas, estudantes e professores de todo o país.

    Para incentivar a participação, a Obmep produz e distribui materiais didáticos, oferece estágio aos professores premiados e a participação de alunos no Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC). No PIC, medalhistas estudam matemática por um ano com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Obmep também prepara, a cada ano, cerca de 30 medalhistas de ouro para competições internacionais.

    Calendário– O regulamento da 8ª edição da olimpíada define as datas de todas as etapas do evento: 30 de marçoencerramento das inscrições; 5 de junho, aplicação das provas da primeira fase nas escolas; 26 de junho, último prazo para as escolas enviarem os cartões-resposta dos classificados para a segunda fase; 15 de agosto, divulgação dos classificados para a segunda fase e do local de realização das provas; 15 de agosto a 14 de setembro, período para as escolas indicarem, na página eletrônica da Obmep, os professores dos alunos classificados para a segunda fase; 15 de setembro, às 14h30 (horário de Brasília), provas da segunda fase; 30 de novembro, divulgação dos premiados na página eletrônica da olimpíada.

    Promovida pelos ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação; e da Educação, a Obmep é realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (Impa) com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática. Na 7ª edição, em 2011, a Obmep recebeu 18,7 milhões de inscrições de alunos de 44,6 mil escolas dos 26 estados e do Distrito Federal.

    Ionice Lorenzoni

    Confira o regulamento da 8ª edição na página eletrônica da Obmep.

    Confira a relação dos estudantes, professores, escolas e secretarias de educação premiados em 2011.
  • Quatro estudantes brasileiras vão representar o país na Olimpíada Europeia de Matemática para Meninas (EGMO), prevista para ocorrer em abril na cidade de Zurique, na Suíça (arte: ACS/MEC)Mulheres cada vez mais novas têm conseguido romper as barreiras de gênero e conquistam espaço em todas as áreas. É o caso das estudantes Juliana de Souza, Jamile Rebouças, Mariana Groff e Júlia Saltiel, campeãs em importantes competições nacionais, como as olimpíadas Brasileira de Matemática (OBM) e Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). As garotas têm entre 14 e 16 anos e se preparam para representar o país na Olimpíada Europeia de Matemática para Meninas (EGMO, na sigla em inglês), que vai ocorrer em Zurique, na Suíça, no mês de abril, e terá participantes do Brasil pela primeira vez.

    Com apenas 16 anos, Juliana está no segundo ano do curso técnico em informática no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), em Belo Horizonte, distante 38 quilômetros de sua terra natal, Igarapé (MG). A estudante já participou das principais competições brasileiras de conhecimento e acumula medalhas desde o sexto ano do ensino fundamental.

    Apesar de reconhecer que a maior parte dos competidores são homens, Juliana nunca se deixou intimidar. “As meninas têm capacidade de ganhar os mesmos prêmios que os meninos. Têm a mesma capacidade intelectual”, ressalta. “Mas, mesmo assim, acho que é bem desestimulada a participação das meninas nessas coisas de exatas desde criança. A menina, geralmente, fica brincando de casinha e os meninos já são mais estimulados a brincar com coisas que exigem mais lógica”, reitera. A jovem conta que prefere encarar esse fato como um desafio e resolver mais este “problema”.

    A mais nova integrante do grupo que irá representar o Brasil na Suíça é Jamile Rebouças. A estudante tem 14 anos e cursa o nono ano do ensino fundamental no Colégio Farias Brito, em Fortaleza. Filha de professora de matemática, Jamile conta que o interesse pela disciplina foi despertado naturalmente em casa.

    A jovem acredita que uma competição voltada apenas para mulheres pode atrair outras estudantes. “Eu acho fantástico existir uma olimpíada só para meninas porque é como se fosse um convite claro, direto, assim: ‘garotas venham para a matemática. Aqui é o seu lugar também’”, aponta. Jamile diz que, embora nunca tenha sofrido preconceito, principalmente, por sua família não cultivar as diferenças de gênero, ela vê o que muitas garotas passam. “Então, com a EGMO vai ficar mais claro que a matemática é algo tanto para meninas quanto para meninos”.

    Mariana Groff mora em São Paulo e também vai representar o Brasil na Suíça. A gaúcha de 15 anos estudou em escola pública até o ano passado. Agora, está no segundo ano do ensino médio de uma escola particular. A adolescente, veterana em competições de matemática, contou que já foi a única representante feminina em algumas disputas. Mas entende que as vitórias têm estimulado cada vez mais outras estudantes. “Elas se uniram mais, começaram a criar um grupo para chamar mais meninas para competir. Há um movimento para que esse número aumente”, destaca.  

    Assessoria de Comunicação Social

  • Com idades entre 16 e 19 anos e oriundos de quatro estados – São Paulo, Ceará, Minas Gerais e Pernambuco – os estudantes que compõem a equipe brasileira na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO, em inglês) foram apresentados na segunda-feira, 13, durante o anúncio oficial do Biênio da Matemática Brasil 2017-2018, no Rio de Janeiro. São eles: João César Campos Vargas (MG), Pedro Henrique Sacramento de Oliveira (SP), George Lucas Diniz Alencar (CE), André Yuji Hisatsuga (SP), Bruno Brasil Meinhart (CE) e Davi Cavalcanti Sena (PE), todos medalhistas em competições nacionais e internacionais da área.

                            Seis estudantes vão representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Matemática, que será realizada entre 17 e 23 de julho, no Rio de Janeiro (Foto: Impa)

    Pela terceira vez em uma Olimpíada Internacional de Matemática, o paulista Pedro Henrique, 17 anos, disse que já esperava integrar a equipe e a meta para este ano é conquistar o ouro. Nas outras edições das quais participou, recebeu medalha de prata. “Venho me preparando bastante”, disse. O estudante foi selecionado para uma bolsa de graduação na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, para onde embarca no segundo semestre de 2018.

    Pedro Henrique afirma que as participações anteriores na IMO foram essenciais para garantir o ingresso na instituição norte-americana. “As olimpíadas foram importantes porque abriram muitas portas em muitos sentidos. Além de eu ter conhecido muitas pessoas que tinham o mesmo gosto que eu por matemática, me permitiu ver que tinha algo além do que eu estudava na escola”, ressaltou.

    Também na expectativa do ouro, o pernambucano Davi Cavalcanti, 16 anos, chegou a mudar de estado para poder se preparar para a competição. Trocou Recife por Fortaleza, onde recebeu uma bolsa de estudos no terceiro ano do ensino médio, com foco nas medalhas em olimpíadas do conhecimento. Apaixonado por matemática, Davi passa grande parte do dia resolvendo questões. “A minha preparação se concentra basicamente na resolução de problemas. A olimpíada não é algo muito técnico; é mais uma esperteza de raciocínio que, se você tem, consegue resolver os problemas. Então, treinar bastante acaba sendo essencial para obter um bom resultado”, destacou.

    Internacional – É a primeira vez que o Brasil sedia uma Olimpíada Internacional de Matemática. Os estudantes da equipe brasileira foram escolhidos pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). A seleção ocorreu dentro de um grupo de 30 alunos do ensino médio que vinham recebendo treinamento intensivo para a prova desde o ano passado.

    Desde 1979, quando iniciou a participação na IMO, o Brasil conquistou 122 medalhas e 29 menções honrosas, sendo a melhor colocação obtida em 2016, quando os brasileiros trouxeram cinco medalhas de prata e uma de bronze, resultando na 15ª colocação mundial. A IMO 2017, que reúne mais de 100 países, ocorrerá de 17 a 23 de julho, no Rio de Janeiro, sob a organização do Impa e da SBM.

    Biênio – Instituído por lei e com o apoio dos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Biênio da Matemática Brasil 2017-2018 tem como meta mostrar a importância da matemática na vida de todos, a partir de uma série de atividades realizadas no país ao longo dos próximos dois anos. Como novidade, traz o lançamento do Troféu Impa Meninas Olímpicas, iniciativa inédita no Brasil para reduzir barreiras ao acesso à disciplina. “O Troféu Impa Meninas Olímpicas será atribuído em função da contribuição que as alunas deem para a pontuação das respectivas equipes”, explicou diretor-geral do instituto, Marcelo Viana.

    O secretário de Educação Superior substituto do Ministério da Educação, Mauro Luiz Rabello, ressaltou a importância do Biênio. “Serão dois anos ‘respirando’ matemática, e há duas coisas que só andam juntas: aprendizagem e motivação”, disse. O diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológica da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Wanderley de Souza, complementou que os eventos do Biênio são importantes “para mostrar à sociedade e às autoridades a importância da ciência para o desenvolvimento nacional”.

    A matemática será tema de eventos como a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, em outubro, e o 3º Simpósio Nacional da Formação do Professor de Matemática. Para o ano de 2018, são aguardados o Congresso Internacional de Matemáticos (ICM, em inglês), o Encontro Mundial de Mulheres Matemáticas e mais uma edição do Festival da Matemática, entre outros destaques.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A resolução de problemas não apena envolve estudantes mais talentosos ou apreciadores de matemática; ajuda também a estimular e a embasar aqueles que apresentam baixo rendimento (foto: cidaderiodejaneiro.olx.com.br)Professora da rede estadual de Minas Gerais há 31 anos, Maria Botelho Alves Pena é responsável pela organização da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) na Escola Estadual Messias Pedreiro, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, desde que a competição foi criada, em 2005. Premiada em todas as fases da sétima olimpíada, realizada em 2011, em função dos resultados obtidos por seus alunos, ela leciona matemática a turmas do segundo e do terceiro anos do ensino médio.

    “Tem sido gratificante perceber que os alunos que se envolveram com a resolução de problemas e com a olimpíada não se limitaram a realizar apenas as atividades propostas em sala de aula”, salienta Maria. Os estudantes formaram grupos de estudos, buscaram conhecimento em diferentes sites na internet e inseriram os problemas em conversas nas redes sociais. Também influenciaram irmãos, colegas e até outros jovens do município. “Era e é comum ver estudantes resolvendo problemas e jogando xadrez, mas também praticando esportes e se divertindo”, destaca.

    Maria explica que a olimpíada e a resolução de problemas não apenas envolvem alunos mais talentosos ou apreciadores de matemática. Ajudam também a estimular e a embasar aqueles que apresentam baixo rendimento. Segundo a professora, até estudantes com histórico de reprovação acabaram premiados na Obmep, com medalhas ou menção honrosa.

    Até agora, alunos da Escola Messias Pedreiro conquistaram duas medalhas de ouro, seis de prata, 27 de bronze e 227 menções honrosas.

    A professora salienta que as atividades têm contribuído para promover a autoconfiança e a autoestima e democratizar o conhecimento. Além disso, proporcionam melhoria no relacionamento e maior interação entre os alunos e entre eles e os professores. “A Obmep deixou de ter forte espírito de competição e tem contribuído para a socialização dos alunos e do conhecimento”, avalia. “Estudantes tímidos, ansiosos, que não sabiam lidar com o fracasso, têm desenvolvido atitude positiva para enfrentar problemas e situações novas com mais tranquilidade e perseverança.”

    De acordo com a professora, é comum encontrar alunos que passaram a pensar de forma diferente. “Eles agora não só se surpreendem, como surpreendem os professores com soluções inéditas para os problemas propostos ou pesquisados.”

    Opções — Apesar de a maioria dos estudantes admitir que não gosta ou tem muita dificuldade em matemática, é grande a quantidade dos que acabam ingressando em cursos das diversas áreas da engenharia, de ciência da computação e até de matemática. “Temos ex-alunos que pretendiam optar por direito, medicina e publicidade, mas decidiram, após ganhar medalha na Obmep, pela engenharia civil e elétrica”, ressalta.

    A maior parte dos ex-alunos premiados costuma compartilhar experiências e conhecimentos. Assim, em 2011, foi realizado um “arrastão”, destinado a preparar os atuais estudantes para a segunda fase da olimpíada. Eles tiveram o apoio de três medalhistas das edições de 2009 e 2010 e de um premiado com menção honrosa em 2009. Esses ex-alunos, que cursam engenharia mecânica na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), ministraram palestras, minicursos e aulas para resolução de problemas.

    Os alunos atuais são incentivados a navegar na internet para resolver problemas do banco de questões e das provas anteriores da Obmep, de vestibulares e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), entre outras opções. Eles participam de trabalhos individuais e em grupo para a resolução de problemas. “Novas tecnologias e metodologias, uso de internet e redes sociais são aliados nessa difícil missão de educar, mas nada substitui a interação entre os alunos e entre alunos e professores”, ressalta Maria.

    Fátima Schenini


    Confira a página da EE Messias Pedreiro na internet

    Saiba mais no Jornal do Professor
  • Coletânea dos 152 textos vencedores tem edição exclusiva e limitada (Foto: Isabelle Araújo/MEC)O velho Chico, o assentamento Oito de Abril, a poeira e a chuva, a casa da loucura são temas da produção literária de estudantes vencedores da quarta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa, que integram a coletânea de 152 textos finalistas. Com edição exclusiva e limitada, a coletânea foi a surpresa que os promotores do evento reservaram aos alunos que vieram a Brasília para receber os prêmios, na quarta-feira, 17.

    Na apresentação de Textos Finalistas, edição 2014, o Ministério da Educação e os parceiros da olimpíada parabenizam os novos escritores e agradecem o apoio dos professores que ajudaram os estudantes a descobrir o poder da palavra escrita. A obra, com 287 páginas, traz os textos dos 38 finalistas de cada gênero – poesias, memórias literárias, crônicas e artigos de opinião – criados por alunos do quinto ao nono ano do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio das redes públicas.

    Lá vem... lá vem é o título do poema de Jullyo Cesar Ferreira da Silva, de Petrolina (PE), que conta como o rio São Francisco aparece na paisagem da cidade e como suas águas influem na vida das pessoas e da economia regional. Não só isso, o velho Chico é poesia. Esse poema está na página 48 da coletânea.

    Um segredo revelado é o relato de Valdirene Prestes Santos, de Jardim Alegre (PR), premiada no gênero memórias literárias. Valdirene relata a saga da ocupação de uma área rural no interior do Paraná, hoje o assentamento Oito de Abril. A estudante entrevistou a trabalhadora rural Elena Vieira, de 56 anos, que conta como foi sua trajetória na conquista do pedaço de terra, no período de 1997 a 2014. O texto está na página 80 do livro da olimpíada.

    O mundo de uma cor só é o texto de Isabella Kétlin Silva Barros, de Alta Floresta (RO), vencedora do gênero crônica. Isabella diz que a vida vista da sua janela não é poética, porque o ‘poeirão’ da rua domina a paisagem por meses. “Como uma engolidora das cores, ela vem como uma nuvem e cobre as flores, as folhas, os telhados...”. Mas a chegada da chuva muda o humor da estudante, que escreve “é indescritivelmente esplêndido o cheiro da chuva molhando e lavando o chão...”. A crônica está na página 172 da coletânea.

    Passado que não passou é o texto de Gabriel Schincariol Cavalcante, de Barbacena (MG), premiado em artigo de opinião. “Virou museu, livro, festival. Só não virou passado.” É assim que o estudante conta um capítulo da história de Barbacena, que foi abrigo de vários hospitais psiquiátricos, e da indiferença humana com os classificados como loucos e indigentes. “Morriam numa época em que ser triste era ser louco.” Depois, o estudante também olha a cidade hoje e escreve: “tem rosas, um povo acolhedor, é uma cidade de subidas intermináveis”. O artigo de Gabriel está na página 276 do livro de textos da olimpíada.

    O tema anual da Olimpíada de Língua Portuguesa é O lugar onde vivo. O objetivo do Ministério da Educação é estimular os estudantes a escrever sobre fatos, histórias, vivências, belezas, problemas que eles observam. Em 2014, a olimpíada mobilizou 5,1 milhões de estudantes em 46.902 escolas públicas da educação básica. Desse conjunto de alunos, 152 chegaram à etapa final, dos quais 20 foram premiados com medalha, notebook e impressora.

    A coletânea de textos pode ser lida no portal da Olimpíada de Língua Portuguesa.

    Ionice Lorenzoni

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    Ministro elogia professores ao premiar vencedores de olimpíada

  • O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IF Sul de Minas) é a sede, este ano, da nona edição da Olimpíada Internacional de Ciências da Terra [International Earth Science Olympiad (Ieso)], promovida pela Organização Internacional de Educação em Geociências [International Geoscience Education Organization (Igeo)]. Pela primeira vez, o evento, aberto na segunda-feira, 14, em Poços de Caldas, Minas Gerais, é organizado no Brasil.

    A solenidade de abertura contou com as delegações dos 23 países participantes da competição — Alemanha, Austrália, Áustria, Cazaquistão, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Israel, Itália, Japão, Noruega, Paquistão, Portugal, Romênia, Rússia, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan e Ucrânia, além do Brasil. África do Sul, Argentina, Bolívia, Irã e Malaui participam como observadores.

    O reitor do instituto, Marcelo Bregagnoli, ressaltou a importância do envolvimento de toda a instituição na realização da olimpíada. “Um evento dessa dimensão só ocorre quando as pessoas se envolvem efetivamente na sua organização, e o IF Sul de Minas tem se destacado nesse aspecto, pela capacidade de mobilização”, disse. “Esse evento consagra uma ação efetiva de inserção da instituição na sociedade.”

    O presidente da Igeo, Rajasekhariah Shankar, destacou que a Ieso não é apenas uma competição, mas a oportunidade de incrementar e popularizar os conhecimentos sobre as ciências da terra. “Estamos caminhando na direção correta”, disse. Ele sugeriu aos competidores que aprendam mais, façam amigos e se divirtam, pois são o futuro do planeta.

    Ao falar sobre a competição, o titular da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, Marcelo Feres, enfatizou a importância das instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. “A criação dos institutos federais e a expansão de matrículas em cursos técnicos mostram que estamos no caminho certo.”


    Competição — Até o dia 20 próximo, estudantes, professores e observadores estarão envolvidos em matérias como geologia, meteorologia, ciência ambiental e astronomia terrestre. O conhecimento nessas disciplinas será testado em provas teóricas e práticas.

    A programação do evento inclui ainda atividades científicas, troca de experiências e interação entre os participantes, apresentações culturais, visita a pontos turísticos da cidade mineira e viagens técnicas às unidades do IF Sul de Minas.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

     

    3º DESTAQUE

    Educação profissional

    Brasil sedia pela primeira vez
    olimpíada de ciências da terra

    Brasília, 15/9/2015 — O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IF Sul de Minas) é a sede, este ano, da nona edição da Olimpíada Internacional de Ciências da Terra [International Earth Science Olympiad (Ieso)], promovida pela Organização Internacional de Educação em Geociências [International Geoscience Education Organization (Igeo)]. Pela primeira vez, o evento, aberto na segunda-feira, 14, em Poços de Caldas, Minas Gerais, é organizado no Brasil.
    A solenidade de abertura contou com as delegações dos 23 países participantes da competição — Alemanha, Austrália, Áustria, Cazaquistão, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Israel, Itália, Japão, Noruega, Paquistão, Portugal, Romênia, Rússia, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan e Ucrânia, além do Brasil. África do Sul, Argentina, Bolívia, Irã e Malaui participam como observadores.
    O reitor do instituto, Marcelo Bregagnoli, ressaltou a importância do envolvimento de toda a instituição na realização da olimpíada. “Um evento dessa dimensão só ocorre quando as pessoas se envolvem efetivamente na sua organização, e o IF Sul de Minas tem se destacado nesse aspecto, pela capacidade de mobilização”, disse. “Esse evento consagra uma ação efetiva de inserção da instituição na sociedade.”
    O presidente da Igeo, Rajasekhariah Shankar, destacou que a Ieso não é apenas uma competição, mas a oportunidade de incrementar e popularizar os conhecimentos sobre as ciências da terra. “Estamos caminhando na direção correta”, disse. Ele sugeriu aos competidores que aprendam mais, façam amigos e se divirtam, pois são o futuro do planeta.
    Ao falar sobre a competição, o titular da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, Marcelo Feres, enfatizou a importância das instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. “A criação dos institutos federais e a expansão de matrículas em cursos técnicos mostram que estamos no caminho certo.”
    Competição — Até o dia 20 próximo, estudantes, professores e observadores estarão envolvidos em matérias como geologia, meteorologia, ciência ambiental e astronomia terrestre. O conhecimento nessas disciplinas será testado em provas teóricas e práticas.
    A programação do evento inclui ainda atividades científicas, troca de experiências e interação entre os participantes, apresentações culturais, visita a pontos turísticos da cidade mineira e viagens técnicas às unidades do IF Sul de Minas.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Setec

    Palavras-chave: educação profissional, ciências da terra, olimpíada, Ieso

  • Estudantes brasileiros conquistaram três medalhas de prata e três de bronze na 52ª Olimpíada Internacional de Matemática (IMO), realizada em Amsterdã, Holanda. O resultado deixou o Brasil na 20ª colocação geral.

    O país foi representado por André Macieira Braga, Henrique Fiúza do Nascimento e João Lucas Camelo Sá, que ganharam prata, e Débora Barbosa Alves, Maria Clara Mendes Silva e Gustavo Lisbôa Empinotti, bronze. A equipe foi liderada pelos professores Nicolau Corção Saldanha e Eduardo Tengan. Maria Clara, Henrique e André são alunos de escolas públicas.

    Um comitê internacional escolheu os problemas a serem resolvidos entre os propostos pelos países participantes. As provas, realizadas em dois dias consecutivos, abrangeram álgebra, teoria dos números, geometria e análise combinatória. A cada dia, os participantes tiveram quatro horas e meia para resolver três problemas. A resolução exigiu dos estudantes mais criatividade, engenho e habilidade em matemática do que conhecimentos de fórmulas aplicadas.

    Considerada pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) a competição mais importante da área, a IMO contou com a participação 564 estudantes de 14 a 19 anos, representantes de 101 países. O Brasil participa da competição desde 1979. Desde então, obteve oito medalhas de ouro, 26 de prata e 62 de bronze.

    Diego Rocha
  • Estão abertas as inscrições da 10ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). O prazo inicia nesta segunda-feira, 10, e se estende até 21 de março. Podem participar escolas públicas municipais, estaduais e federais com matrícula de estudantes do sexto ao nono ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio.

    A olimpíada tem duas etapas de provas. A primeira, com 20 questões objetivas de múltipla escolha, será aplicada por professores, na própria escola, em 27 de maio. Do desempenho desta fase, a Obmep seleciona cerca de 5% dos estudantes, por escola, com melhor pontuação que vão participar da segunda etapa, que acontecerá em 13 de setembro. A divulgação dos vencedores será em 1º de dezembro.

    A coordenação da olimpíada espera este ano a participação de 47 mil escolas públicas da educação básica, mais de 19 milhões de alunos e alcançar 99,5% dos municípios. A Obmep vai premiar 6,5 mil estudantes, sendo 500 com medalhas de ouro, 1,5 mil de prata e 4,5 mil de bronze. Além de medalhas, os 6,5 mil estudantes serão convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Júnior, em 2015.

    A premiação compreende, ainda, a distribuição de até 46,2 mil menções honrosas. Professores, escolas e secretarias de educação com alunos vencedores também receberão prêmios.

    Histórico – Realizada desde 2005, a Obmep é um projeto de estímulo ao estudo da matemática voltado para as escolas públicas, estudantes e professores de todo o país. Para incentivar a participação, produz e distribui material didático, oferece bolsas de iniciação científica aos estudantes e reconhecimento aos educadores, escolas e secretarias de educação. A Obmep também prepara, a cada ano, cerca de 30 medalhistas de ouro para competições internacionais.

    Promovida pelos ministérios de Educação e da Ciência e Tecnologia e Inovação, a Obmep é realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) com o apoio Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Em 2013, a olimpíada contou com a participação de 47.144 escolas públicas da educação básica e de 18,7 milhões de alunos; 99,3% dos municípios tiveram escolas participantes.

    Ionice Lorenzoni

    Confira o regulamento, a ficha de inscrição, o calendário, a distribuição de medalhas e demais informações na página da Obmep 2014

  • Termina na próxima sexta-feira, 19, o prazo para que as escolas que participam da quinta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro encaminhem os textos escolhidos de seus alunos para a comissão julgadora municipal. O envio deve ser feito em dois formatos, em versão digital e via correios. As comissões municipais terão prazo até o início de setembro para selecionar os trabalhos que vão participar da etapa estadual, prevista para outubro.

    A iniciativa é do Ministério da Educação e da Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). A experiência de produzir textos possibilita aos alunos praticar os diferentes tipos de linguagem, oral, verbal e escrita, e os professores recebem farto material de apoio para orientar os alunos.

    O tema da Olimpíada, como acontece todos os anos, é O lugar onde vivo. O objetivo é aproximar o aprendizado da realidade local e social de cada comunidade escolar.

    Participam do concurso professores e alunos da rede pública, nas categorias: poesia, para quinto e sexto anos do ensino fundamental; memórias literárias, para sétimo e oitavo anos do ensino fundamental; crônicas, para nono ano do ensino fundamental e primeiro ano do ensino médio, e artigo de opinião, para segundo e terceiro anos do ensino médio.

    Premiação– Os 500 semifinalistas e seus professores ganharão medalhas e livros. Já os 152 finalistas, que serão selecionados pela etapa nacional em novembro, receberão uma medalha e um tablet. E as escolas desses alunos, uma placa de homenagem.

    Já os vinte vencedores e seus professores serão premiados com uma medalha, um notebook e uma impressora. Além dos mesmos prêmios as suas escolas ganharão livros, um telão e um projetor. O evento de premiação e a festa final está prevista para acontecer no dia 6 de dezembro.

    Assista ao vídeo e veja o passo a passo para enviar o material

    Acompanhe as próximas etapas pela página da Olimpíada

    Assessoria de Comunicação Social

     

     

  • A maior competição científica do país, a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) ampliou seu alcance. A partir deste ano, alunos dos quarto e quinto anos do ensino fundamental de escolas públicas municipais, estaduais e federais também poderão participar da disputa. Com a inclusão dessas séries, o número de inscritos poderá subir em 5,2 milhões. Atualmente, o concurso reúne 18,2 milhões de crianças e jovens.

    Com o nome de Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – Nível A (Obmep Nível A 2018), a competição já foi testada no município de Nova Iguaçu (RJ), que realizou em 30 de agosto uma olimpíada com a participação de 16,3 mil estudantes dos quarto e quinto anos do ensino fundamental. Proposta pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do Ministério da Educação, as provas dessa disputa serão aplicadas no resto do Brasil em 30 de outubro, e terão 20 questões objetivas.

    Com essa iniciativa, a Obmep pretende estimular o estudo da matemática, contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, identificar jovens talentos e promover a inclusão social. De acordo com o diretor-geral do Impa, Marcelo Viana, a ampliação da Olimpíada é um sonho antigo. Hoje, a Obmep alcança praticamente toda a população estudantil do sexto ano do ensino fundamental ao último ano do ensino médio. Desde 2017, inclui escolas particulares.

    “Nossa visão, apoiada em estudos, é que há uma evolução da criança durante o ciclo inicial do fundamental. Gradualmente, o interesse que a criança tem pela matemática quando é bem pequenininha vai sendo perdido ao longo dos anos. Acreditamos que a olimpíada tem a possiblidade de combater esse efeito e manter na criança aquele gosto natural pela Matemática”, explica Viana.

    O coordenador-geral da Obmep e diretor-adjunto do Impa, Claudio Landim, conta que quando a Olímpiada foi criada, o Instituto tinha em mente melhorar o ensino da matemática no país. De acordo com ele, a inclusão das novas séries foi motivada após os organizadores identificarem que um dos gargalos do ensino se encontra no primeiro segmento do fundamental. “Essa competição é um convite que fazemos a professores, alunos e responsáveis para descobrir uma matemática que não é ensinada em sala de aula, uma matemática instigante e divertida”, destaca.

    Inscrições – Gratuitas, as inscrições para a Obmep Nível A são feitas exclusivamente pelas secretarias municipais, estaduais e por representantes das escolas federais. A ficha de inscrição estará disponível até 10 de outubro. O conteúdo das provas segue os Parâmetros Curriculares Nacionais para alunos do quarto e quinto anos do fundamental. As questões estimularão o raciocínio lógico e a criatividade, marcas tradicionais da Obmep. A diferença é que ela será realizada em uma só fase.

    Acesse a ficha de inscrição da Obmep

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • A Obmep auxilia o professor a se manter atualizado, não só estudando, mas ao debater sobre soluções de problemas com os alunos (foto: arquivo MEC) Dois professores de Coité do Noia, município de 12,6 mil habitantes, na região central de Alagoas, foram destaque na sétima edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Adriano Valeriano da Silva e Claudiene Monteiro dos Santos, que lecionam na Escola Municipal de Educação Básica José de Sena Filho, orientaram José Elenilson Gonzaga de Lima e Samoel dos Santos Oliveira, estudantes que conquistaram medalhas de ouro na competição.

    “Para obter bons resultados são requisitos necessários, principalmente, dedicação e interesse por parte dos alunos, um bom trabalho da equipe de professores, com os demais integrantes da equipe escolar, e o apoio das famílias dos alunos e da gestão municipal, por meio da secretaria de Educação”, avalia Adriano. Ele teve outro aluno premiado em 2011. Samuel Rocha da Silva, estudante da Escola Estadual Álvaro Paes, foi medalhista de bronze.

    Há 12 anos no magistério, Adriano está convencido de que a Obmep tem contribuído para seu aprimoramento como professor. “Procuro estudar mais e pesquisar questões relacionadas à olimpíada para serem trabalhadas em sala de aula”, explica. Ele destaca que o banco de questões, disponível na página da Obmep na internet desde 2006, oferece ao professor mais uma ferramenta didática e de conhecimento. “O professor aprende não só estudando, mas também ao debater, com os alunos, as soluções de problemas.”

    Segundo Adriano, a preparação para a Obmep começa dois meses após o início do período letivo. A equipe de professores de matemática abre os trabalhos com a aplicação de questões relacionadas às olimpíadas. Os estudantes classificados para a segunda fase recebem, semanalmente, uma lista extra de exercícios, especialmente preparada pelos professores. Este ano, foram promovidos quatro encontros em manhãs de sábados para professores e alunos discutirem a resolução de problemas.

    “As listas de exercícios levam os alunos a buscar soluções para os problemas com familiares, amigos ou por meio de pesquisas na internet”, diz o professor. Elas também contribuem para que os estudantes debatam os possíveis resultados com o professor e com os colegas.

    Licenciado e com pós-graduação em matemática, Adriano considera a disciplina fascinante e desafiadora. “Ela permite estudar inúmeras situações do dia a dia”, destaca o professor, que faz curso de mestrado profissional em matemática oferecido pela Universidade Federal de Alagoas.

    Ana Júlia Silva de Souza

    Confira o blog da Emeb José de Sena Filho

    Confira a página da Obmep na internet

    Saiba mais no Jornal do Professor
  • Os estudantes que participaram da edição de 2010 da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) já podem consultar a relação dos vencedores. São 502 medalhistas de ouro, 900 de prata e 1.802 de bronze. Outros 30.041 alunos receberão menção honrosa. Os ganhadores foram conhecidos nesta quinta-feira, 25, no Ministério da Ciência e Tecnologia, promotor da competição em parceria com o Ministério da Educação.

    De acordo com o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, a participação dos estudantes este ano foi um sucesso, tanto pela quantidade — 19,6 milhões de alunos — quanto pela abrangência. A Obmep chegou a 99,2% dos municípios brasileiros e nas 27 unidades da Federação.

    Segundo Rezende, quando se fala em quase 20 milhões de estudantes, esse número significa que durante dois meses — o tempo da primeira fase da Obmep — mais de 10% da população brasileira está estudando e fazendo provas de matemática. O ministro destacou ainda que 130 mil professores trabalharam este ano como voluntários na aplicação das provas e que 44,7 mil escolas públicas cederam espaço para receber os alunos.

    Dados apresentados pelo diretor do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), César Machado, mostram que os talentos estão distribuídos pelo país. Os 3.204 medalhistas provêm de 939 municípios e 82 estudam em escolas públicas rurais. Entre os ganhadores de medalhas, 16 são tetracampeões e cinco, pentacampeões.

    Trajetória— Realizada desde 2005, a Obmep é um projeto de estímulo ao estudo da matemática voltado para as escolas públicas, estudantes e professores de todo o país. Para estimular a participação, produz e distribui material didático, oferece estágio aos professores premiados e participação de alunos no Programa de Iniciação Científica Júnior. Nesse programa, os ganhadores da competição estudam matemática por um ano com bolsa de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Obmep também prepara, a cada ano, cerca de 30 medalhistas de ouro para competições internacionais.

    Promovida pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, a Obmep é realizada pelo Impa e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).

    A relação dos estudantes premiados e dos que receberão menção honrosa está na página eletrônica da competição.

    Ionice Lorenzoni
  • “O progresso de um povo depende exclusivamente do desenvolvimento da matemática”. A frase é atribuída a Napoleão Bonaparte, que considerava a matéria decisiva no pensamento lógico e na razão. Mas quem cita as palavras do grande estrategista militar francês é o professor Hoberdan Benedetti, que há 25 anos leciona esta disciplina em escolas públicas de Brasília. “A matemática nos acompanha sempre, é a base de todas as ciências e artes”, resume.

    Sábado, 6, é o Dia Nacional da Matemática, conhecimento considerado essencial ao acesso pleno à cidadania e que, por isso, tem recebido atenção redobrada na elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), cuja primeira etapa, até o nono ano do ensino fundamental, já está em apreciação pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). A segunda etapa deve ser concluída antes de dezembro próximo e acompanhará as mudanças do novo ensino médio, em que a matemática, seguindo o protagonismo do jovem na escolha do processo pedagógico interdisciplinar mais adequado às suas aspirações profissionais, desempenhará um papel fundamental em conhecimentos voltados ao desenvolvimento tecnológico.

    Desconstruir o mito de que a matemática é uma ciência difícil faz parte das ações da Base Nacional Comum Curricular  (foto: Fabiana Carvalho/Arquivo MEC)

     “A matemática sempre foi vista como um bicho-papão por muitos jovens”, avalia o ministro da Educação, Mendonça Filho. “A gente tem que desmitificar isso, uma vez que ela é imprescindível para a ciência e para a vida das pessoas.” Entidades, a exemplo do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), têm contribuído para a difusão e aprimoramento dessa ciência no Brasil, além do estímulo à formação de novos pesquisadores. “Que essa política também sirva para que a gente transforme jovens talentos em professores de matemática”, destaca o ministro. “O que queremos é ampliar oportunidades e elas estarão presentes na Base Curricular Comum Curricular.”

    Olimpíada – O Impa é um dos organizadores da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), projeto apoiado pelo MEC, que este ano tem como novidade a inclusão de alunos de escolas particulares na disputa. A primeira fase da OBM está marcada para 6 de junho e a segunda, para 22 de novembro. A expectativa é grande nas escolas em que a participação na olimpíada já se tornou um hábito. É o caso do Centro de Ensino Fundamental Caseb, de Brasília, que já conquistou várias medalhas de prata na competição.

    Muitos alunos do Caseb foram, ainda, agraciados com bolsas de iniciação científica na Universidade de Brasília (UnB). “A matemática tem me dado muitas oportunidades, o meu desempenho melhorou muito e penso em seguir a carreira de extadas”, disse Felipe de Freitas, de 12 anos. Sua colega de classe Gabriela Oliveira, da mesma idade, pensa da mesma forma e já tem perspectivas a esse respeito: “A matemática é importante para mim porque vai me ajudar futuramente a realizar um grande sonho, que é ser médica”.

    Circuito internacional – Este ano o Brasil entrará no circuito de dois grandes eventos mundiais, pela primeira vez sediados na América Latina: a Olimpíada Internacional de Matemática (2017) e o Congresso Internacional de Matemáticos de 2018. Em função da importância dessas competições para o país, foi sancionada a Lei Federal nº 13.358/16, iniciativa da Frente Parlamentar da Educação (FPE) no Congresso Nacional, que visa garantir a realização de ambas no Rio de Janeiro, com a instituição do Biênio da Matemática 2017-2018. ”Teremos oportunidade de trazer os maiores nomes da área, como Artur Ávila, primeiro brasileiro a ganhar a medalha Fields, considerado o prêmio Nobel da matemática”, adiantou o deputado Alex Canziani (PTB-PR), presidente da FPE.

    Na visão do professor Hoberdan Benedetti, este é o momento de reflexão entre os profissionais da educação sobre o ensino da matemática, para que afastem a ideia de que se trata de uma matéria difícil e, para muitos, impossível. “Essa etapa será vencida com dedicação e paciência”, analisa. “Todos podem aprender, desde que se entenda a dificuldade de cada um. Eu sou um apaixonado pela matemática e pelo meu trabalho. A maneira como ela é transmitida faz toda a diferença. Algumas vezes me deparo com adolescentes que dizem não gostar e de repente passam a amá-la, pois descobrem que ela é boa não apenas para a resolução de problemas, mas para todo o seu desenvolvimento pessoal.”

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Dilma, Mercadante e outras autoridades do governo aplaudem o talento dos jovens (foto: Roberto Stuckert)Quinhentos estudantes receberam medalhas de ouro na tarde desta segunda-feira, 27, no Rio de Janeiro, por seu desempenho na 7ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep 2011). A entrega dos prêmios foi feita durante cerimônia que contou com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, e do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.  

    Outros 900 alunos foram premiados com a medalha de prata, 1.802 com bronze e 30 mil receberam menção honrosa. Também foram premiados os jovens com melhor colocação nos estados que não conquistaram ouro. Nesta edição, participaram da olimpíada 18,7 milhões de estudantes e 44,6 mil escolas públicas.

    A presidenta Dilma Rousseff lembrou a importância da conquista para os estudantes e definiu como de superação o caminho percorrido por eles até conquistar o ouro. “Esta é uma festa da meritocracia. O que estamos vendo é o esforço de cada um para romper barreiras”, disse.

    Ela também lembrou o papel da olimpíada de incentivar o estudo das ciências exatas nas escolas brasileiras. “Só vamos dar os necessários passos à frente quando conseguirmos generalizar esta vocação científica”, afirmou.

    Já o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ressaltou a intenção de realizar a primeira edição da olimpíada do conhecimento em 2016 e de integrar os calendários de todas as competições do gênero existentes hoje no Brasil, como a de física, astronomia, matemática, entre outras. “Estamos fazendo um esforço para integrar os calendários das 13 olimpíadas que acontecem no país”, destacou. A intenção seria permitir uma maior coordenação dos calendários das provas, para evitar que se chocassem.

    Também estavam presentes na solenidade o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp; o governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; o diretor geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), Cesar Camacho, e o coordenador-geral da olimpíada, Cláudio Landim, entre outras autoridades.

    Talentos– A competição é realizada desde 2005 pelos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação, entre alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio. O objetivo da olimpíada é incentivar o estudo da matemática e revelar talentos nas escolas públicas.

    É o caso da estudante Marli dos Reis Cantarino, 18, medalhista em todas as edições. Foram cinco ouros e duas pratas. “Participar da olimpíada me incentivou a estudar mais, a gostar mais de matemática”, afirma a jovem, que hoje cursa engenharia química em uma faculdade particular por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni). A irmã gêmea de Marli, Marisa dos Reis Cantarino, também foi medalhista de ouro na última edição da olimpíada.  

    Outro estudante que na tarde desta segunda-feira recebeu a quinta medalha de ouro foi o jovem pernambucano João Lucas Gambarra, 17. “Ser medalhista ajudou a escolher minha carreira”, diz o estudante, que atualmente cursa engenharia mecânica na Universidade Federal da Paraíba. João também já ganhou uma prata e um bronze em edições anteriores.

    Três exemplos de sucesso também foram dados pelo coordenador-geral da Obmep, Cláudio Landim, na abertura da solenidade. Dentre eles, o da estudante Tábata Cláudia Amaral de Pontes, 18, que, no primeiro semestre deste ano, conquistou uma vaga para estudar em Harvard e em outras cinco universidades americanas. A jovem foi medalhista na Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas em 2005 e 2006, com uma prata e um ouro, respectivamente. Com isso ganhou uma bolsa de estudos em um colégio particular e continuou a vencer competições do gênero no Brasil e no exterior. “A Obmep é um grande instrumento de incentivo ao ensino de matemática e de mobilidade social”, afirmou Landim.

    Os 3,2 mil estudantes melhor classificados na olimpíada passada puderam participar de um programa de iniciação científica júnior com bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). De acordo com o diretor do Impa, Cesar Camacho, a meta é expandir este número para chegar a 10 mil bolsas em 2016. A quantidade de bolsas será ampliada já este ano para os 4,5 mil melhores classificados de 2012.

    Obmep 2012 - A segunda fase da olimpíada de 2012 acontece no dia 15 de setembro, às 14h30 (horário de Brasília). A previsão é de que aproximadamente 900 mil alunos participem. Na primeira fase a Obmep chegou a 99% dos municípios brasileiros (5,5 mil) com 19,1 milhões de estudantes inscritos em 46,7 mil escolas públicas.

    Danilo Almeida

    Ouça a exposição do ministro Aloizio Mercadante
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