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  • Brasil e México assinaram nesta segunda-feira, 17, acordo de cooperação bilateral com o objetivo de formar estudantes de graduação e pós-graduação, promover pesquisas conjuntas e outras atividades e projetos. O Memorando de Entendimento para a Cooperação Científica, Tecnológica, Acadêmica e de Inovação foi assinado pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, e pelo diretor-geral do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia dos Estados Unidos Mexicanos, Juan Carlos Romero Hicks.

    As delegações dos dois países se reuniram durante a solenidade de visita do presidente do México, Felipe Calderón, ao Brasil, no Palácio do Itamaraty. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lembrou que os dois países representam, juntos “mais da metade da América Latina”. Com o acordo, observou Lula, “ganhamos competitividade no mercado internacional”.

    O acordo permitirá a criação de redes acadêmicas, publicação e divulgação de conhecimentos e inovação tecnológica, além de promover a mobilidade acadêmica de curta duração.

    As áreas preferencialmente contempladas são biotecnologia, engenharias, nanotecnologia, energia, medicina, meio ambiente, materiais, tecnologias industriais de fabricação, matemáticas aplicadas modelagem e tecnologias da informação e telecomunicações. Como parte integrante do acordo, os dois países assinarão convênios específicos para atividades e projetos a serem desenvolvidos.

    Dois outros acordos foram assinados com o Ministério da Ciência e Tecnologia, para criação de um centro de nanobiotecnologia no Brasil e no México, e com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), na área de comércio exterior. 

    Assessoria de Comunicação da Capes
  • Com a nova metodologia, a ideia é dar mais transparência ao processo e valorizar áreas com mais potencial acadêmico e científico


    As regras para concessão de bolsas de mestrado e doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) terão uma maior contribuição da comunidade acadêmica. Por isso, o cadastro das instituições de ensino, previsto para ser iniciado nesta sexta-feira, 6 de março, junto à Capes será adiado para as próximas semanas.

    O novo modelo de oferta das bolsas de estudo — antes não havia metodologias específicas — pretende corrigir distorções, dar transparência e isonomia ao processo, além de incentivar o desenvolvimento regional e valorizar cursos com boas avaliações.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Capes prorroga inscrições do Pró-Administração

    A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) prorrogou até 31 de março o prazo para inscrições no Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Administração (Pró-Administração). O programa visa estimular a realização de projetos conjuntos de pesquisa e apoio à capacitação docente, utilizando-se de recursos humanos e de infra-estrutura disponíveis em diferentes instituições de ensino superior e outras instituições que se enquadrem nas regras do edital. O objetivo é possibilitar a produção de pesquisas científicas e tecnológicas e a formação de recursos humanos pós-graduados na área de administração e gestão. Os projetos devem ter duração máxima de quatro anos para o exercício orçamentário e cinco anos para a execução das atividades. Mais informações na página eletrônica da Capes.

     

    Curso de formação para professores da Bahia

    Termina hoje, 6 de março, na Bahia, o prazo para inscrições no curso de formação do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar (Gestar). São 5, 2 mil vagas. Promovido pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia, o curso é voltado para professores de língua portuguesa e de matemática das redes estadual e municipais, com carga horária de 373 horas e é semipresencial. As vagas serão distribuídas por todas as diretorias regionais de educação. Os interessados devem ter graduação em língua portuguesa ou em matemática e estar em efetiva regência de classe nas séries correspondentes do 6º ao 9º ano (5ª a 8ª séries). Informações e inscrições na página eletrônica do Instituto Anísio Teixeira.

     

    Inscrições para curso de latim na UFSC

    O Departamento de Língua e Literatura Vernáculas (DLLV) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) oferece curso extracurricular de latim. As matrículas deverão ser realizadas no dia 9 de março, entre 9h e 18h, na secretaria do departamento, no prédio B do Centro de Comunicação e Expressão (CCE). O curso oferece instrumental para conhecimento básico e noções da língua para manejo de nomenclaturas, taxonomias e expressões usadas freqüentemente em algumas ciências, assim como também conhecimentos aprofundados. O período letivo vai de 16 de março a 10 de julho. O custo é de R$ 250 para universitários, professores e servidores técnico-administrativos da UFSC. Para servidor público de outras instituições o valor é R$ 310 e para a comunidade em geral, R$ 430. Mais informações com o professor Mauri Furlan, telefone (48) 3721-9293, endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., ou na página eletrônica da universidade.

     

    Encontro internacional sobre gênero em Santa Catarina

    A partir de 10 de março, estarão abertas as inscrições para ouvinte no Colóquio Internacional Gênero, Feminismos e Ditaduras no Cone Sul. O evento, que será realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) entre os dias 4 e 7 de maio, tem como objetivo formar uma rede de pesquisadores a fim de se recuperar a história recente sobre gênero, feminismos e ditadura no Cone Sul. O colóquio reunirá conferencistas do Brasil, Paraguai, Chile, Uruguai, México, Argentina e Bolívia. Mais informações no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou na página eletrônica do evento.

     

    Ministério da Justiça promove pesquisa sobre temas jurídicos

    Faculdades, universidades públicas e privadas, fundações mantenedoras de apoio e de amparo à pesquisa e entidades não-governamentais interessadas em participar do projeto Pensando o Direito têm até o dia 13 de março para encaminhar propostas. Promovido pelo Ministério da Justiça, por meio da Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL), com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o projeto busca consolidar parcerias com universidades e centros de pesquisa. Os selecionados contarão com um financiamento de até R$ 80 mil. O texto completo da Convocação nº 01/2009 encontra-se na página eletrônica da SAL.

     

    UFPA promove encontro de ensino de química

    A Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação Matemática e Científica, e a Associação Brasileira de Química – Seção Pará promovem, em Belém, no período de 22 a 24 de abril, o 11º Encontro Paraense de Ensino de Química. A programação do encontro prevê a realização de minicursos, oficinas, palestras, mesas-redondas, exposição de pôsteres, além de momentos culturais. Mais informações na página eletrônica do evento.

     

    Capes lança edital do Programa Dra. Ruth Cardoso

    A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) está com inscrições abertas até 30 de abril para o Programa Dra. Ruth Cardoso, que oferece apoio à participação de professores e pesquisadores brasileiros das áreas de ciências humanas e sociais nas atividades da Universidade de Columbia, na cidade de Nova York, EUA. O programa é uma parceria da Capes com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Universidade de Columbia (UC) e a Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos da América e o Brasil (Fulbright). Mais informações na página eletrônica do programa.

     

    CNPq divulga calendário de bolsas e auxílios para 2009

    O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) divulga o calendário para 2009 de ações de fomento à pesquisa e de apoio à formação de recursos humanos. São 13 modalidades de bolsas e duas de auxílios com datas de inscrição e períodos de julgamentos distribuídos ao longo do ano. Já as bolsas de pós-doutorado no exterior, sanduíche no país e no exterior, estágio sênior e pesquisador visitante têm dois períodos para inscrição. O primeiro se encerra em 28 de maio e o último em 30 de setembro. Para demais bolsas e mais informações consultar calendário ou na página eletrônica do CNPq.

     

    Inscrições para reunião da SBPC

    Estão abertas as inscrições para a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que será realizada de 12 a 17 de julho na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus (AM). Este ano, a reunião tem como tema Amazônia: Ciência e Cultura. As conferências, mesas-redondas, simpósios e minicursos da 61ª Reunião Anual da SBPC serão organizados em torno de 17 núcleos temáticos, contemplando a diversidade da Amazônia. Também constam da 61ª Reunião Anual da SBPC os eventos tradicionais como a ExpoT&C, mostra de projetos de ciência e tecnologia; a SBPC Cultural, com atividades nas expressões e valores artísticos locais e regionais; e a Feira de Livros, espaço para editoras e livrarias. Outras informações e inscrições na página eletrônica da SBPC.

     

    Inscrições abertas para o prêmio Vivaleitura

    Professores, agentes de leitura e outros profissionais que desenvolvem atividades de leitura em escolas, bibliotecas e instituições podem apresentar trabalhos e concorrer ao Prêmio Vivaleitura 2009. As inscrições estão abertas até 24 julho. Na sua quarta edição, o Vivaleitura vai distribuir prêmios de R$ 90 mil entre três categorias. Iniciativa conjunta dos ministérios da Educação e da Cultura, o prêmio tem a coordenação da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e o patrocínio da Fundação Santillana, da Espanha. Democratizar o acesso à leitura, fomentar a leitura e a formação cidadã, valorizar o livro e a leitura e apoiar a criação e a produção literárias são os objetivos do Vivaleitura. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas pela internet ou por carta registrada, com aviso de recebimento para o seguinte endereço: Caixa Postal 71037-7, CEP 03410-970 – São Paulo (SP). Informações também pelo telefone gratuito 0800-7700987 ou na página eletrônica do prêmio.

  • Ciência sem FronteirasA respeito do programa Ciência sem Fronteiras, voltado ao intercâmbio de estudantes, professores e pesquisadores, o Ministério da Educação informa que:

    • As concessões de bolsas foram finalizadas em 2014, conforme previsão inicial. Esse fato ocorreu no governo passado, quando foram lançados os últimos editais de seleção de estudantes, que ainda estão fazendo os cursos no exterior e devem concluir as atividades até o início de 2017.
    • A atual gestão já encontrou a primeira fase do programa finalizada, sem recursos novos ou orçamento para sua continuação. A primeira e imediata providência foi garantir recursos financeiros para honrar os compromissos assumidos com os bolsistas no exterior, a fim de não prejudicá-los. Nesta gestão, o Ministério da Educação incrementou em 20,9% o orçamento do Ciência sem Fronteiras, a partir de crédito suplementar, passando de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,8 bilhão, o que garante a continuidade do pagamento dessas bolsas.
    • Diante disso, foi determinada à equipe técnica uma análise minuciosa do programa no que se refere à participação do MEC – é importante lembrar que o programa foi executado em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Análise preliminar identifica a necessidade de aperfeiçoamento do programa, em especial na graduação. As instituições participantes não foram chamadas para desempenhar um papel ativo no processo de mobilidade acadêmica; exemplo disso é a questão da aceitação de equivalência das disciplinas cursadas em outros países. Outro ponto considerado foi o custo elevado para a graduação sanduíche, cerca de R$ 3,248 bilhões para atender 35 mil bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em 2015, valor igual ao investido em alimentação escolar para atender 39 milhões de alunos.
    • Por decisão do ministro, o programa será retomado com novo enfoque. A Capes planeja a retomada do Ciência sem Fronteiras com foco no ensino de idiomas, no país e no exterior, estruturado de forma a incluir jovens pobres do ensino médio matriculados em escolas públicas. Haverá ênfase em bolsas de pós-graduação para mobilidade de estudantes, professores e pesquisadores, com participação mais ativa das instituições de ensino superior nos processos de internacionalização.
    • A mudança de foco proposta é exclusiva para intercâmbio de graduação. As bolsas de pós-graduação (doutorado e pós-doutorado, atração de jovens cientistas) permanecem e, dentro do limite financeiro disponível, poderão até ser ampliadas.
    • Desde que assumiu o MEC, a atual gestão já liberou recursos financeiros no montante de mais de R$ 1 bilhão para pagamento de bolsas e manutenção de estudantes no exterior.
    • O governo reitera a importância da iniciativa e vê como necessária a reformulação do programa, para contribuir com o processo de internacionalização do ensino superior e da ciência, tecnologia e inovação no Brasil.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Foi anunciado, nesta terça-feira, 14, pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, em Manaus (AM), que a partir de agosto todos os estudantes de mestrado e doutorado matriculados e os que ainda vão se matricular em março de 2010, nas regiões Norte e Centro-Oeste, excluindo o Distrito Federal, terão bolsas da coordenação.


    Serão beneficiados os estudantes sem vínculo empregatício e que não possuam bolsas da Capes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), de fundações de amparo à pesquisa (FAPs) ou de empresas.


    De acordo com Jorge Guimarães, dos 160 mil estudantes de pós-graduação no Brasil, um terço possui vínculo empregatício, um terço recebe bolsa e um terço não tem nenhum apoio. As bolsas que a Capes vai conceder representam cerca de 5% desse total.


    A ação vai contribuir para minimizar as diferenças regionais referentes a cursos de pós-graduação. Dados de 2009 sobre a distribuição regional da pós-graduação no Brasil apontam que 50% a 59% dos cursos estão na região Sudeste, enquanto que a região Norte possui de 3% a 5%. “Há realmente uma concentração. Por isso precisamos trabalhar com componentes indissociáveis, que são os discentes, os docentes e a Capes. Essa é a idéia do programa”,  diz Jorge Guimarães.


    Para o presidente da Capes, o objetivo é fixar mestres e doutores nos estados. “A chance de fixar jovens nestas regiões é pouca. Para ter um projeto de formação de doutores que a região necessita, é necessário formar gente da terra”, enfatizou. Ele também explicou que as bolsas são tanto para universidades públicas quanto para as privadas.

    Assessoria de Imprensa da Capes

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou nesta terça-feira, 6, os novos editais para seleção de projetos conjuntos de pesquisa para os programas Capes/Math-AmSud e Capes/Stic-AmSud. As inscrições vão até 31 de maio. Serão selecionados até dez projetos de pesquisa para início em 2019.

    Os programas são iniciativas de cooperação entre a França, Argentina, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai e têm como objetivo fortalecer a colaboração e a criação de redes de pesquisa, no domínio da matemática (Math) e das ciências e tecnologias da informação e da comunicação (Stic) entre sul-americanos e franceses.

    Cada projeto deverá planejar suas atividades considerando a duração máxima de dois anos. O financiamento compreenderá a realização de missões de pesquisa (missões de trabalho e missões de estudos) entre os grupos participantes.

    Conheça o programa Capes/Math-AmSud e acesse o Edital

    Conheça o programa Capes/Stic-AmSud e acesse o Edital

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes


  • O ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, deu posse nesta terça-feira, 19, ao novo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), professor Anderson Ribeiro Correia, ex-reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Em seguida, Correia deu posse aos novos conselheiros da agência. A cerimônia contou com a presença do ministro de Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes.

    Ricardo Vélez destacou a importância da Capes na formação de professores e afirmou que educação, em ciência e tecnologia, é um ponto primordial para nosso desenvolvimento como nação. “Sem educação e sem educação em ciência e tecnologia, não teremos desenvolvimento. A presença do professor Anderson aqui à frente da Capes é garantia de que nós teremos, nos próximos anos, políticas públicas de muita qualidade para desenvolvermos adequadamente a formação de mestres doutores e, sobretudo, professores que sejam introdutores do amor à ciência e à tecnologia no ciclo fundamental.”

    Ele disse ainda que o adolescente está abandonando a escola porque também não encontra algo interessante em sala de aula. “É porque o adolescente não quer somente conhecimentos livrescos, puramente teóricos. Ele quer prática. Quer tornar realidade aquilo que estuda. E para isso, nada melhor que já incutir, no início do fundamental, a ciência em sala de aula. A prática da ciência e da experimentação em sala de aula é a grande via que leva ao desenvolvimento do nosso jovem, que depois aprofundará esses conhecimentos para virar um profissional”, completou.

    Como primeiras ações à frente da Capes, Anderson Correia anunciou a busca de recursos para lutar pela ciência e educação. “A Capes perdeu muito orçamento nos últimos anos. Atualmente temos um orçamento de R$ 4 bilhões e precisamos usar bem nosso orçamento, mas precisamos também buscar formas de trazer mais recursos. Não só a Capes, mas a Finep [Financiadora de Inovação e Pesquisa] e CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] também precisam de mais recursos para a ciência no Brasil. Todos estão empenhados nesta linha. Os ministros, o presidente e a reforma da Previdência é um caminho para isso. Sanear as contas públicas e buscar mecanismos para buscar investimento na pesquisa.”

    Para o ministro, a presença de Anderson Correia na presidência da Capes é garantia de qualidade na formação de professores (Foto: Luís Fortes/MEC)

    Conselheiros - Logo depois, o presidente da Capes deu posse aos seis novos conselheiros da agência, sendo Mauro Luiz Rabelo (Sesu) e Tânia Leme de Almeida (SEB), do Ministério da Educação. Os outros conselheiros que tomaram posso nesta terça-feira são João Luiz Filgueiras de Azevedo (CNPq), general Barroso Magno (Finep), Márcio de Castro Silva Filho (Foprop) e Otávio Luiz Rodrigues Junior (USP).

    Ciência da Escola - Antes da diplomação, os ministros do MEC e do MCTI se reuniram para discutir o projeto Ciência na Escola, que tem o objetivo de trazer experimentações para dentro da sala de aula. “Dentro desse programa temos universidades e pesquisadores, assim como professores de escolas e alunos, nessa participação conjunta de universidade e escola. Com isso, melhoramos os resultados práticos lá na frente, daqui a 10 anos maior quantidade de pesquisadores, porque temos perdido pesquisadores, o prestígio da ciência e tecnologia, o prestígio dos pesquisadores, as inovações no Brasil. É um programa de base extremamente importante”, afirmou o ministro Marcos Pontes.

    O Ciência na Escola aparece no documento das metas do executivo para os 100 primeiros dias do Governo Federal. Segundo o ministro Ricardo Vélez, a preocupação fundamental no MEC é revitalizar o ensino fundamental e o ensino técnico de segundo grau. “Nesse fortalecimento, vamos ter de introduzir em sala de aula um diálogo, um bate-papo e uma série de práticas que, com a ajuda do Ministério de Ciência e Tecnologia, vamos tornar concretas para os alunos experimentarem, criarem suas rotinas de observação, para que os conhecimentos que recebem em sala de aula não sejam apenas teóricos", concluiu.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A presidenta Dilma Rousseff pretende atingir 100 mil bolsas, com a contribuição do empresariado. (Foto: Fabiana Carvalho)O governo federal vai oferecer 75 mil bolsas de estudo para pesquisa e estágio no exterior até 2014. O anúncio foi feito pela presidenta da República, Dilma Rousseff, durante cerimônia de entrega do Prêmio Anísio Teixeira, realizada no Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 11. A premiação faz parte das comemorações dos 60 anos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

    As bolsas farão parte do Programa Ciências sem Fronteiras, que oferece aos estudantes a oportunidade de estudar nas melhores universidades do mundo. As bolsas do programa serão lançadas por meio de editais, em que as universidades apresentarão propostas, e terão financiamento pela Capes e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).  

    O governo pretende que essas 75 mil bolsas atinja o total de 100 mil, com a participação do empresariado. “Temos o desafio de sensibilizar o setor privado para contribuir para a formação de mais 25 mil estudantes”, disse a presidenta.

    O ministro da Educação, Fernando Haddad, ressaltou que o crescimento do Brasil se dará com a capacitação dos brasileiros em todos os níveis. “O maior ideal de Anísio Teixeira era a formação de recursos humanos de nível superior, não para o nível superior, mas para toda a educação”, disse ele.

    Para contribuir para uma formação completa da educação básica à pós-graduação, o portal de periódicos da Capes oferece todo o conteúdo da Enciclopédia Britannica Escola Online para estudantes do ensino fundamental de escolas públicas brasileiras. O conteúdo pode ser acessado em computadores localizados nas dependências das escolas públicas. Mais de 27 milhões de alunos terão acesso aos conteúdos.

    Prêmio Anísio Teixeira– Instituído pelo Ministério da Educação em 1981, nas comemorações dos 30 anos de criação da Capes, o prêmio é oferecido a cada cinco anos. São homenageadas personalidades brasileiras com relevante contribuição para o desenvolvimento da pesquisa da pós-graduação no país. Patrono da educação Brasileira, Anísio Teixeira [1900-1971] dirigiu a Capes de 1951, ano de criação, até 1963.

    Os homenageados

    Álvaro Toubes Prata — Reitor e professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi coordenador de área de engenharias III na  Capes. Atua como pesquisador nível 1A no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e coordena, na UFSC, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Refrigeração e Termofísica. Recebeu a comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico, classe Grã-Cruz, destinada a personalidades que se distinguem por relevantes contribuições à ciência. Natural de Uberaba, Minas Gerais.

    Fernando Galembeck — Professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), vinculado ao Instituto de Química, orientou 80 teses, três delas premiadas. Atua na área de novos materiais e já licenciou sete patentes. Participou da implementação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT), que revolucionou a química brasileira. Recebeu prêmios no Brasil e no exterior, entre os quais os da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), da Sociedade Brasileira de Química e o Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia, em 2007. Natural de São Paulo.

    João Fernando Gomes de Oliveira — Professor titular da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), e diretor-presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Tem pós-doutorado pela Universidade da Califórnia – Berkeley. Foi coordenador da área de engenharias III da Capes. Reúne 200 trabalhos publicados em periódicos, congressos, revistas e jornais e cinco patentes. Foi condecorado com a comenda e a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Recebeu o prêmio da Fundação Conrado Wessel e o SAP Americas Innovation Award. Natural de São Paulo.

    Luiz Bevilacqua — Professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atuou como secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, diretor das unidades de pesquisa do CNPq, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro, presidente da Agência Espacial Brasileira, vice-reitor acadêmico da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da UFRJ e reitor da Universidade Federal do ABC (UFABC). Participou da criação do programa de engenharia civil da UFRJ. Natural do Rio de Janeiro.

    Nelson Maculan Filho — Professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ultrapassou a centena de trabalhos publicados, formou 150 mestres e 60 doutores e ocupou cargos de destaque na administração acadêmica, entre eles os de reitor da UFRJ e de secretário de educação superior do Ministério da Educação. Recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Paris 13 e a Medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico. É membro da Academia Brasileira de Ciências. Natural de Londrina, Paraná.

    Diego Rocha
  • O ministro Aloizio Mercadante com os premiados: “Temos de ser um país preparado para a sociedade do conhecimento, e nesta sala está a grande contribuição para que isso aconteça” (foto: Fabiana Carvalho)

    Os vencedores do Grande Prêmio Capes de Teses de 2011 receberam a premiação na noite desta quarta-feira, 11, do ministro da Educação, Aloizio Mercadante. A solenidade ocorreu no edifício-sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Brasília. Eduardo Rochete Ropelle, na área de ciências da saúde; Lincoln Thadeu Gouvêa de Frias, ciências humanas, e Sarita Cândida Rabelo, ciências exatas e da terra, foram os autores de tese premiados.

    O ministro definiu a iniciativa como importante estímulo estruturante para a construção de uma sociedade do conhecimento. “Temos de ser um país preparado para a sociedade do conhecimento, e nesta sala está a grande contribuição para que isso aconteça”, disse. Mercadante ainda destacou o papel do empresariado no desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no país. “Que o exemplo de vocês sirva de estímulo também aos empresários do Brasil”, afirmou. “Espero que cada uma dessas áreas de pesquisa possa ter, no futuro, um patrono empresarial.”

    O concurso premiou as melhores teses defendidas em 2010 em diversas áreas do conhecimento, em cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação. Foram inscritas 401 teses. De acordo com a originalidade e a qualidade, 45 foram selecionadas para a premiação. Dentre eles saíram as três vencedoras. Outras 73 receberam menção honrosa. O Grande Prêmio Capes de Teses foi instituído em 2005.

    Bolsa — Os três vencedores terão direito a bolsa para realização de estágio pós-doutoral, em instituição nacional, de até cinco anos, com possibilidade de conversão por um ano em estágio pós-doutoral fora do país, em instituição de notória excelência na área de conhecimento do autor premiado. Também receberão U$ 15 mil da Fundação Conrado Wessel.

    Os outros autores selecionados receberão bolsas de estágio pós-doutoral, em instituição nacional, de até três anos — também podem ser convertidas em um ano de estágio pós-doutoral fora do país.

    Premiados — Na área de ciências da saúde, o Grande Prêmio Capes de Tese Emílio Marcondes Ribas foi outorgado a Eduardo Rochete Ropelle, da Universidade de Campinas (Unicamp), pelo trabalho Caracterização da Transmissão do Sinal da Insulina e da Leptina em Hipotálamo de Roedores Durante a Anorexia Induzida pelo Câncer. A pesquisa identificou a proteína que controla a sensibilidade à insulina e à leptina e interfere na anorexia induzida por câncer. Cerca de 80% dos pacientes com câncer sofrem de anorexia, que pode diminuir a expectativa de vida.

    Na área de ciências humanas, Lincoln Thadeu Gouvêa de Frias foi o vencedor do Grande Prêmio Capes de Tese Paulo Reglus Neves Freire. Ele abordou a situação moral do feto e a seleção de embriões na tese A Ética do Uso e da Seleção de Embriões. O trabalho examina argumentos favoráveis e contrários ao uso, descarte e seleção genética de embriões humanos para derivação de células-tronco e para diagnóstico genético durante fertilização in vitro. O premiado é pesquisador do Núcleo de Estudos do Pensamento Contemporâneo da UFMG, com foco em neuroética, e professor da Universidade de Alfenas (Unifenas).

    Na área de ciências exatas e da terra, a premiada Sarita Cândida Rabelo, do departamento de engenharia química da Unicamp, recebeu o Grande Prêmio Capes de Tese Otto Richard Gottlieb pelo trabalho Avaliação e Otimização de Pré-Tratamentos e Hidrólise Enzimática do Bagaço de Cana-de-Açúcar para a Produção de Etanol de Segunda Geração. A tese examina a produção de etanol a partir do bagaço da cana e de outros resíduos.

     

    Assessoria de Comunicação Social


    Matéria republicada com correções

     

  • Um dos maiores desafios da educação superior brasileira é mudar o mapa da pós-graduação para superar as desigualdes regionais. Essa é uma das diretrizes para o avanço do setor apontadas na abertura do seminário Preparando a Avaliação, na quarta-feira, dia 25, em Brasília.


    De acordo com o diretor de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Lívio Amaral, enquanto São Paulo conta com 650 programas de pós-graduação, estados das regiões Norte e Nordeste não chegam a ter dez cursos. Isso influi diretamente na produção técnico-científica brasileira. “Mais cursos significam mais produção de conhecimento e de ciência e tecnologia”, afirmou.


    Em uma exposição sobre o sistema nacional de pós-graduação, Amaral mostrou como o Poder Público ainda é o principal responsável pela pós-graduação no país. As instituições federais e estaduais são responsáveis por mais de 80% da oferta de cursos de mestrado e doutorado.


    Avaliação — “A avaliação tem apenas um critério: desempenho máximo. Curso bom tem autocobrança”, afirma o presidente da Capes, Jorge Guimarães, ao definir o processo de aferição. “O curso deve formar bem os estudantes. Não adianta apenas um excelente grupo de pesquisa.”


    Para Guimarães, do encontro devem ser extraídos dados e informações que fundamentem um novo plano nacional de pós-graduação.


    O seminário, que se estenderá até esta sexta-feira, 27, é composto por apresentações sobre áreas como ciências exatas, linguística, letras e artes. Em cada uma das apresentações é feita uma síntese da área, com o número de programas e a expectativa de crescimento para os próximos anos. Participam do encontro os coordenadores de todas as 46 áreas do conhecimento.


    O encontro é visto por Lívio Amaral como uma oportunidade para debater e atualizar vários aspectos da avaliação trienal no próximo ano. “A avaliação só continuará sendo esse patrimônio construído coletivamente se tivermos a capacidade de realizá-lo com transparência”, disse.


    A cada três anos, a Capes avalia todos os cursos de pós-graduação stricto sensu do país. Em 2010, serão aferidos mais de quatro mil cursos de mestrado e doutorado. A avaliação abrange termos de proposta, corpos docente e discente, inserção social, teses, dissertações e produção intelectual.


    Saiba mais sobre a avaliação trienal na página eletrônica da Capes.

    Assessoria de Imprensa da Capes

  • Engenheiro é o 22º titular da história da Coordenação

     


    Benedito Aguiar, novo presidente da Capes (Foto: Mackenzie/Reprodução)


    O professor e engenheiro Benedito Guimarães Aguiar Neto é o novo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (Capes). A nomeação foi publicada na edição desta sexta-feira, 24 de janeiro, do Diário Oficial da União(DOU). Ele deixa a reitoria da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), cargo que ocupava desde 2011.

    Aguiar é o 22º presidente da Capes, criada em 1951. Ele sucede Anderson Correia, titular da Coordenação desde fevereiro de 2019. O também engenheiro e agora ex-presidente da autarquia assumirá a reitoria do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

    Benedito Aguiar irá liderar a Coordenação vinculada ao Ministério da Educação (MEC) responsável pela expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) no Brasil. A Capes investe na formação de recursos humanos e de professores da educação básica, além de promover a cooperação científica internacional por meio de concessão de bolsas e fomentos à pesquisa, de avaliação e acesso, e divulgação da produção científica.

    Formação – Benedito Guimarães Aguiar Neto é graduado (1977) e mestre em engenharia elétrica (1982) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), doutor na área pela Technische Universität Berlin, na Alemanha (1987), e tem pós-doutorado pela University of Washington, nos Estados Unidos (2008).

    Trajetória acadêmica – Na UFPB, foi coordenador do curso de engenharia elétrica e diretor do Centro de Ciências e Tecnologia, mesmo cargo ocupado na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Ainda na UFCG, foi professor titular do departamento de engenharia elétrica e do programa de pós-graduação nas áreas de telecomunicações e processamento de sinais.

    Outras funções – Aguiar foi editor da Revista de Ensino de Engenharia da (ABENGE) e diretor acadêmico. Foi presidente do conselho diretor da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, de 2003 a 2005, vice-presidente do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras, membro das comissões de Assessoria do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e de Especialistas de Engenharia do Ministério da Educação/Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (MEC/Confea), bem como do conselho curador da Fundação Padre Anchieta.

    O novo presidente da Capes também foi avaliador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) e da Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas (ABIEE), vice-presidente, para o Brasil, da Organização Universitária Interamericana (OUI), e membro do Conselho Superior de Estudos Avançados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Consea/Fiesp).

    Prêmios – Durante sua carreira profissional e acadêmica, Benedito Guimarães Aguiar Neto foi agraciado com os títulos de doutor honoris causa pelo Gordon College (EUA), de professor emérito pela UFPB, de cidadão campinense pela Câmara Municipal de Campina Grande-PB, de cidadão paraibano pela Assembleia Legislativa da Paraíba, e membro honorário da Força Aérea Brasileira, com as medalhas Amigos da Marinha e Exército Brasileiro.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Professor e engenheiro é o 22º titular da história da agência

    O professor e engenheiro Benedito Guimarães Aguiar Neto tomou posse como presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (Capes) nesta terça-feira, 11 de fevereiro. Aguiar é o 22º presidente da agência, criada em 1951.

    Benedito Aguiar lidera a Coordenação vinculada ao Ministério da Educação (MEC) responsável pela expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) no Brasil. A Capes investe na formação de recursos humanos e de professores da educação básica, além de promover a cooperação científica internacional por meio de concessão de bolsas e fomentos à pesquisa, de avaliação e acesso, e divulgação da produção científica.

    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, esteve na cerimônia de posse e afirmou que Benedito Aguiar terá o desafio de aprofundar o trabalho que estava sendo feito pelo ex-presidente da Capes, Anderson Correia. “O presidente Bolsonaro prioriza área de pesquisa, área de ensino. Mostrando os números e dando transparência em como e onde está sendo aplicado o recurso, não falta. Tenho certeza que capacidade e coragem não lhe faltam”, disse.

    A posse vem menos de um mês após a nomeação, publicada na edição de 24 de janeiro do Diário Oficial da União (DOU). Até assumir a presidência da Capes, Aguiar atuava como reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), cargo que ocupava desde 2011.

    Benedito Aguiar ressaltou que será uma grande honra servir ao país e ao governo do presidente Jair Bolsonaro por meio da presidência da Capes. “Recebo esse desafio com as melhores expectativas, com motivação. Pretendo dinamizar e valorizar o conhecimento científico, a inovação tecnológica, de tal maneira que o sistema de pós-graduação brasileiro possa contribuir para a solução dos grandes problemas nacionais”, ressaltou.

    Benedito Aguiar sucede o também engenheiro Anderson Correia, titular da Coordenação de fevereiro de 2019 a janeiro de 2020. O ex-presidente da autarquia assumiu a reitoria do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

    Formação – Benedito Guimarães Aguiar Neto é graduado (1977) e mestre em engenharia elétrica (1982) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), doutor na área pela Technische Universität Berlin, na Alemanha (1987), e tem pós-doutorado pela University of Washington, nos Estados Unidos (2008).

    Trajetória acadêmica – Na UFPB, foi coordenador do curso de engenharia elétrica e diretor do Centro de Ciências e Tecnologia, mesmo cargo ocupado na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Ainda na UFCG, foi professor titular do departamento de engenharia elétrica e do programa de pós-graduação nas áreas de telecomunicações e processamento de sinais.

    Outras funções – Aguiar foi editor da Revista de Ensino de Engenharia da (ABENGE) e diretor acadêmico. Foi presidente do conselho diretor da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, de 2003 a 2005, vice-presidente do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras, membro das comissões de Assessoria do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e de Especialistas de Engenharia do Ministério da Educação/Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (MEC/Confea), bem como do conselho curador da Fundação Padre Anchieta.

    O novo presidente da Capes também foi avaliador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) e da Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas (ABIEE), vice-presidente, para o Brasil, da Organização Universitária Interamericana (OUI), e membro do Conselho Superior de Estudos Avançados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Consea/Fiesp).

    Prêmios – Durante sua carreira profissional e acadêmica, Benedito Guimarães Aguiar Neto foi agraciado com os títulos de doutor honoris causa pelo Gordon College (EUA), de professor emérito pela UFPB, de cidadão campinense pela Câmara Municipal de Campina Grande-PB, de cidadão paraibano pela Assembleia Legislativa da Paraíba, e membro honorário da Força Aérea Brasileira, com as medalhas Amigos da Marinha e Exército Brasileiro.

    11/02/2020 - Benedito Aguiar toma posse como presidente da Capes - Fotos: Gabriel Jabur/MEC

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • O Ministério da Educação liberou nesta quarta-feira, 1°, R$ 406 milhões para garantir o pagamento de aproximadamente 190 mil bolsas em diversos programas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os recursos também são destinados a apoiar a realização de eventos científicos e de atividades de pesquisa em programas estratégicos.

    A maior parte da verba, R$ 198,8 milhões, é voltada ao pagamento de 90 mil bolsistas em diversas modalidades: mestrado, doutorado, pós-doutorado, professor visitante e professor sênior, além de iniciação científica, supervisão e do programa Idiomas sem Fronteiras. Também está incluído neste valor o custeio de projetos aprovados por meio de editais estratégicos.

    Outros R$ 46,3 milhões permitirão o pagamento de 72.057 bolsas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), 4.913 do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) e 1.010 do Observatório da Educação.

    Cerca de R$ 16 milhões serão repassados a 14 mil bolsistas da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e R$ 3,2 milhões a 2.212 participantes do programa Ciência sem Fronteiras. Está também garantido o pagamento de 2.327 bolsas dos programas tradicionais da Capes e o custeio de 129 projetos com o repasse de R$ 7,2 milhões.

    “A liberação também vai custear 56 eventos científicos de mais alto nível que vão ocorrer em todo o país, em que a comunidade divulga seus trabalhos”, ressalta o diretor de Programas e Bolsas da Capes, Geraldo Nunes Sobrinho. São R$ 41 milhões destinados ao repasse a custeio e capital para atividades de pesquisa em programas estratégicos e institucionais.

    Por fim, R$ 77,6 milhões custearão o pagamento de 17 contratos firmados com editoras que fornecem conteúdos à comunidade acadêmica por meio do Portal de Periódicos. Os demais R$ 16,2 milhões referem-se a despesas diversas, como as administrativas, de convênios e de capacitação.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Após quase um ano à frente da agência, presidente da Coordenação voltará a ser reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica


    Anderson Correia (centro) em coletiva de imprensa sobre anúncio de abertura de bolsas da Capes (Foto: Gaby Faria/MEC - 12/12/2019)


    Guilherme Pera, do Portal MEC

    Aliar o funcionamento da concessão de bolsas às restrições orçamentárias vividas em 2019 não foi um dos trabalhos mais fáceis. Prestes a deixar a presidência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Correia trabalhou durante o ano para assegurar a continuidade dos trabalhos da autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC). E conseguiu: a Coordenação finaliza o ano com orçamento de R$ 4,19 bilhões, valor 9% superior aos R$ 3,84 bilhões de 2018.

    Confira uma entrevista feita pelo Portal MEC com o já nomeado reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) — cargo que Anderson Correia ocupava até janeiro deste ano e no qual voltará a atuar em 2020.

    Portal MEC: Quantas bolsas a Capes mantém atualmente? Quem são os maiores beneficiados?
    Anderson Correia: Atualmente, a Capes mantém 99.495 bolsas de pós-graduação no país e no exterior e cerca de 100 mil bolsas para formação de professores da educação básica, ou seja, aproximadamente 200 mil bolsas. Os beneficiados são alunos de cursos de pós-graduação nas diversas áreas do conhecimento, alunos das licenciaturas e professores da educação básica que participam dos programas ofertadas pela Capes.

    A Capes fecha o ano com execução orçamentária na casa dos R$ 4 bilhões, maior que 2018. A que se deve esse valor? Deve-se aos esforços do corpo da Capes em executar os programas já existentes e lançar novos, que visem a suprir as demandas da sociedade brasileira e contribuir para a superação dos desafios apresentados em 2019.

    Houve o lançamento dos Programas de Cooperação Acadêmica em Defesa Nacional (PROCAD-Defesa), Programa de Apoio aos programas de pós-graduação da Amazônia Legal, edital Capes Entre-Mares, programa Forma Brasil Docente, Programa de Incentivo à Excelência Docente, entre outros, além das parcerias nacionais, como entre Capes e o Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesqusa (Confap), e as internacionais, com os Estados Unidos, Alemanha e China.

    Vale dizer, ainda, que metade do orçamento do Capes vai para o pagamento de bolsas de pós-graduação no país e o restante é distribuído entre bolsas de educação básica, Portal de Periódicos, fomento, avaliação da pós-graduação e despesas administrativas da entidade.

    Quais foram as principais dificuldades neste ano? Como aliar políticas públicas e restrições fiscais?
    Um dos principais desafios enfrentados neste ano diz respeito ao orçamento. Como é sabido, no início do ano a Capes [assim como o MEC e as mais diversas pastas do governo federal] teve parte do seu orçamento contingenciado. Dessa forma, a agência empregou uma série de ações a fim de minimizar os efeitos do contingenciamento e manter o sistema em funcionamento e também para otimizar suas ações, com o objetivo de aliar suas políticas à sua realidade orçamentária.

    Uma dessas ações envolve a criação de modelos de alocação de recursos com base em critérios técnicos. Foi elaborado um modelo de redistribuição de bolas de pós-graduação no país, no qual se considera o mérito acadêmico e com foco em áreas consideradas estratégicas a fim de reduzir os desequilíbrios existentes hoje no Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), de alinhar o fomento à Avaliação do SNPG realizada pela Capes e de priorizar cursos de doutorado.

    Outra ação desafiadora é o avanço na implantação do modelo de avaliação multidimensional. Durante o ano, a Capes trabalhou na estruturação desse novo modelo, de suas dimensões e no desenvolvimento de indicadores que possam refletir cada dimensão.

    Destacam-se ainda ações voltadas para a formação inicial e continuada de professores para a educação básica, como o lançamento do Ciência é 10, do Forma Brasil Docente, da formação das escolas cívico-militares e também ações internacionais, como estabelecimento de novas parcerias com instituições de excelência e assinatura de acordos com outros países, como a China.

    O Brasil atingiu em 2019 um dos melhores índices de impacto científico dos últimos 30 anos. O que isso tem a ver com a Capes?
    A Capes é um órgão que essencialmente fomenta a formação de recursos humanos de excelência. Assim, ao contribuir diretamente para formação de pesquisadores do país, por meio de bolsas ou outras formas de fomento, a Capes tem uma relação indireta com o aumento do impacto científico, pois muitas pesquisas que resultam em grande impacto foram desenvolvidas com o auxílio da agência.

    Qual o principal legado de Anderson Correia à frente da Capes?

    • Recuperação do orçamento de 2019, com negociações junto ao Ministério da Economia e ao Congresso Nacional;
    • Reestruturação do modelo de avaliação da Capes, avançando na implementação de um novo modelo multidimensional;
    • Criação de um modelo de redistribuição de bolsas que contribua para a diminuição das assimetrias nas diferentes regiões do país;
    • Mesmo com o contingenciamento do orçamento, todas as bolsas ativas foram pagas, tanto no país como no exterior;
    • Implementação do Programa de Internacionalização (PrInt).
  • O programa Ciência sem Fronteiras recebeu 36.172 inscrições de candidatos que desejam estudar em instituições de ensino superior dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Alemanha ou França. A seleção de estudantes é para cursos de graduação-sanduíche que começam no segundo semestre deste ano. Eles concorrem a cerca de 10 mil bolsas.

    Os dados são da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia do Ministério da Educação que coordena as chamadas públicas do programa, em conjunto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

    O governo federal lançou cinco editais em dezembro de 2011 e as inscrições foram encerradas em 31 de janeiro. Entre os países objeto dessas chamadas públicas, os mais procurados pelos estudantes brasileiros foram os Estados Unidos, com 9.440 inscrições, e Reino Unido, com 4.928 concorrentes.

    De acordo com o diretor de relações internacionais da Capes, Márcio de Castro Silva Filho, os selecionados vão ingressar nos cursos em setembro. Neste momento, explica, a Coordenação analisa as fichas de inscrição para verificar se os candidatos prestaram todas as informações solicitadas. Assim que concluir esse trabalho, a Capes envia as relações de estudantes para cada instituição de ensino superior brasileira que participou das chamadas públicas de dezembro do ano passado.

    Márcio de Castro informa que será responsabilidade do comitê do programa Ciência sem Fronteiras da instituição, seja pública ou privada, conferir as informações prestadas no cadastro e verificar itens, como o histórico escolar, se o estudante está dentro do período do curso exigido e, em especial, se tem proficiência no idioma do país onde pretende estudar. As inscrições homologadas na instituição serão devolvidas à Capes e ao CNPq.

    Na sequência, a Capes e o CNPq encaminham a relação de candidatos selecionados para as agências internacionais em cada país. Serão as agências internacionais que vão definir em que instituição cada bolsista vai estudar.

    Viagem– Os candidatos que ganharem bolsas de estudos do governo brasileiro para estudar na França, Itália, Alemanha, Estados Unidos ou Reino Unido seguem para os países em três momentos. Segundo o coordenador de relações internacionais da Capes, os estudantes com domínio intermediário da língua do país de destino, embarcam em junho ou julho para curso intensivo no idioma. Na Alemanha, por exemplo, o curso preparatório será de três meses (embarque em junho), e na França, dois meses (embarque em julho). As aulas de reforço no idioma também serão custeadas pelo Brasil.

    Já aqueles candidatos com atestado de proficiência no idioma viajam no início de setembro, que é quando começam as aulas nos países do hemisfério norte.

    Oportunidade– Como o programa Ciência sem Fronteiras tem duração de quatro anos, com seleções até 2014, Marcio de Castro recomenda aos brasileiros que estudem idiomas e que se esforcem para aproveitar as oportunidades que serão oferecidas nos próximos editais. Ter uma experiência no exterior durante a graduação, diz o diretor, tem impacto favorável na vida pessoal e profissional. “Não percam essa oportunidade”, recomenda.

    A previsão da Capes é lançar novos editais ainda neste semestre para Portugal, Bélgica, Espanha, Coréia e Canadá.

    Intercâmbio– O Ciência sem Fronteiras, lançado em 26 de julho de 2011, é um programa do governo federal destinado a consolidar, expandir e a promover a internacionalização da ciência e da tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras por meio do intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação e da mobilidade internacional. Está prevista a concessão de até 75 mil bolsas em quatro anos, de 2011 a 2014.

    Ionice Lorenzoni

    Conheça o programa Ciência sem Fronteiras.
  • A estudante Izabelle Gindri acredita que a boa formação no Brasil lhe forneceu a base para o sucesso no doutorado no exterior (Foto: Arquivo pessoal)A estudante Izabelle de Mello Gindri, bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), chegou ao fim do doutorado pleno por meio do Programa Ciência sem Fronteiras com uma experiência vitoriosa. Ao longo de três anos na University of Texas at Dallas (UTD), publicou cinco artigos como autora principal em revistas com fatores de impacto de relevância. Além disso, é autora de uma aplicação de patente que envolve o projeto.

    O trabalho que desenvolveu no exterior visou o desenvolvimento de compostos orgânicos, denominados líquidos iônicos, com multifuncionalidades para proteger a superfície de implantes dentários e melhorar o desempenho desses dispositivos. “Atualmente, estima-se que de 5% a 10% dos implantes dentários falham e entre os principais agentes causadores destacam-se o biofilme bacteriano, corrosão da superfície metálica e lesão durante a inserção, devido ao atrito da superfície metálica e o tecido ósseo. Estes agentes têm sido associados a processos inflamatórios que podem acarretar a perda óssea e consequentemente a falha dos implantes”, explica a pesquisadora.

    De acordo com Izabelle, os compostos propostos no projeto foram racionalizados para possuir multifuncionalidades. “Assim, pode-se inibir o crescimento bacteriano ao redor do implante, permitir a migração celular e óssea e também proteger a superfície contra corrosão, como também o atrito durante a inserção, devido sua propriedade lubrificante”, detalha.

    A experiência no exterior foi fundamental para o desenvolvimento do trabalho, argumenta a bolsista. “A minha orientadora nos Estados Unidos, professora Danieli Rodrigues, me proporcionou o treinamento em várias técnicas e equipamentos de alta tecnologia. Além disso, tive o incentivo dela para atender conferências onde tive oportunidade de entrar em contato com os melhores profissionais da área de biomateriais, e também de conhecer a pesquisa de outros grupos”, lembra a pesquisadora.

    Izabelle realizou trabalhos em parceria com outros colegas, com profissionais de indústrias e com o órgão regulador de qualidade de biomateriais nos Estados Unidos, o FDA (do inglês Food and Drug Administration). “Todas essas experiências foram de muita valia, pois contribuíram significativamente na minha formação multidisciplinar. Em termos de produtividade, a experiência no exterior teve uma grande contribuição para trabalhar em publicações de alto impacto”, comemora.

    Devido à inovação da tecnologia desenvolvida no projeto de doutorado, os compostos propostos na tese e a aplicação da tecnologia de líquidos iônicos como tratamento de superfície de biomateriais deram origem a uma aplicação de patente. “Este processo foi muito interessante, pois aprendi sobre as questões burocráticas que viabilizam a proteção da propriedade intelectual. A grande atenção à proteção da propriedade intelectual reflete uma politica interessante do meio acadêmico nos Estados Unidos, onde a pesquisa é, em grande parte, realizada, de modo a suprir as necessidades da indústria, o que leva à produção de conhecimento, que frequentemente é convertido em tecnologia”, explica.

    Premiação– Além das publicações, em 2015 Izabelle recebeu o prêmio Jonsson Family Graduate Fellowship in Bioengineering por destacado desempenho acadêmico na UTD. “Um aspecto muito importante no meio acadêmico dos Estados Unidos é que alunos que têm um bom desempenho dentro da universidade são reconhecidos e valorizados. Isto faz com que o meio seja competitivo, o que resulta em um maior engajamento dos estudantes nas atividades acadêmicas e maior produtividade”, descreve Izabelle.

    Inclusa no prêmio estava a redução das mensalidades escolares para valores similares aos estudantes do Texas, aproximadamente metade do valor que a Capes vinha pagando desde então. “Desde que cheguei à UTD, me preocupei em estar no mesmo nível dos alunos norte-americanos. Para isso me dediquei nas disciplinas que cursei e busquei oportunidades em projetos paralelos ao meu projeto de doutorado, onde tive a possibilidade de trabalhar com outros alunos. Como recompensa por esse trabalho, em agosto de 2015 fui premiada com a bolsa, que reconhece alunos de pós-graduação com destacado desempenho acadêmico”, comemora.

    O alto desempenho científico da bolsista tem, segundo ela, origem na formação qualificada ainda no Brasil. “Tive uma excelente formação durante o mestrado no Brasil, que me proporcionou a base científica para desenvolver o meu projeto de doutorado. Acredito que o sucesso na experiência no exterior tenha sido resultado da orientação que recebi no país e no exterior”, garante a pesquisadora.

    Retorno e inovação– A bolsista ressalta que realizar estudos em outro país tem dois aspectos fundamentais: o profissional e o pessoal. “Profissionalmente, a oportunidade de estudar em uma universidade no exterior possibilita conhecer o sistema de ensino do país estrangeiro, ter contato com profissionais de vários lugares do mundo e também ter acesso à tecnologia de ponta disponível em países como os Estados Unidos. Pessoalmente, vejo como fundamental o contato com culturas diferentes para podermos avaliar quais são os aspectos culturais que contribuem positivamente em um país”, afirma.

    Com a conclusão do doutorado, Izabelle acredita que o projeto desenvolvido tem potencial de aplicação na indústria brasileira. “Hoje o Brasil possui um amplo número de indústrias de próteses dentárias e ortopédicas. Embora esses materiais tenham bom desempenho in vivo, existem aspectos que podem ser melhorados e a pesquisa que desenvolvi pode contribuir em um futuro próximo”, planeja.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) Laís Nascimento Alves teve sua dissertação de mestrado premiada durante o 5º Seminário Anual Científico e Tecnológico de Bio-Manguinhos, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no dia 3 de maio. O trabalho Viabilidade do uso de 1,10 fenantrolina e aptâmeros anti-MUC1 como radiossensibilizadores em células de câncer de mama recebeu o prêmio Jovem Talento – Sergio Arouca, que tem entre seus critérios de premiação a relevância para o desenvolvimento científico e tecnológico e para a saúde pública brasileira. A categoria é voltada para jovens pesquisadores, de até 26 anos.

    Laís é bolsista do programa Demanda Social da Capes, que tem o objetivo de promover a formação de recursos humanos de alto nível, por meio de concessão de bolsas a cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). Segundo a pesquisadora, a premiação foi uma surpresa, que lhe serviu como estímulo.

    “Eu não esperava essa premiação agora, pelo fato de o projeto ainda estar em fase inicial. Não imaginava uma repercussão desse tipo. Mas, ao mesmo tempo, o reconhecimento foi importante para mim. Foi uma injeção de combustível para seguir com mais garra ainda. Nós, jovens pesquisadores, somos apaixonados pelo que fazemos. E com o tempo vamos crescer, amadurecer e nos equiparar a quem hoje nos espelhamos, que são os gigantes que nos acompanham no dia a dia e sobre os quais apenas lemos nas publicações científicas”, afirmou a jovem.

    Projeto –A ideia geral do projeto é de contribuir no aprimoramento da abordagem do tratamento quimioterápico de câncer de mama. “A classe de moléculas chamadas de aptâmeros apresenta inúmeras possibilidades que podem e devem ser exaustivamente exploradas. Tal avanço nos protocolos de tratamento de câncer de mama representaria maior preservação de tecidos sadios e, consequentemente, menor debilidade pós tratamento oncológico que envolva o uso dessa possível nova classe de fármacos. O método científico permite que esforços sejam conjugados em uma sinergia, visando o bem-estar da humanidade. Não seria diferente nesse estudo, que abre portas para pesquisadores contribuírem com o assunto”, explicou a mestranda, que desenvolve sua pesquisa no Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/CNEN), no Rio de Janeiro.

    A bolsista explica os resultados iniciais encontrados: “Nossos resultados indicam que o aptâmero em questão pode ser usado como vetor de carreamento de moléculas, por intercalação. O próximo passo será testar o complexo quanto ao seu potencial de radiossensibilização in vitro sob diversas forma de uso: antes, durante e depois da irradiação”.

    Na visão de Laís, o apoio a pesquisas por órgãos de fomento como a Capes é imprescindível. “Esse apoio [à pesquisa] é necessário e deve ser contínuo. A Capes me proporcionou, durante a concessão de bolsa de estudos, constante exposição a oportunidades e novos horizontes. Por meio deste apoio, foi possível viabilizar a dedicação necessária e praticamente integral para o desenvolvimento deste projeto”, disse.

    Saiba mais sobre o programa Demanda Social da Capes.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • A tese de doutorado em geologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) de Ivaneide Santos apontou novas tecnologias para a representação do inventário de sítios de interesse científico na região do cânion do São Francisco (Nordeste brasileiro), Fafe e Macedo dos Cavaleiros (Norte de Portugal). A pesquisadora recebeu bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) entre 2015 e 2016 para realizar doutorado-sanduíche na Universidade do Minho, em Portugal.

    O trabalho permitiu a integração de uma visita virtual a áreas de interesse geológico, com elementos multimídia. Esses conteúdos podem ser explorados numa plataforma online interativa, na qual a reunião de fotografias, obtidas com veículos aéreos não tripulados (VANTs), imagens panorâmicas a 360º interpretadas, modelos de representação tridimensional, cartografia e outros elementos informativos promovem uma nova forma de representação dos aspectos geomorfológicos e geológicos.

    De acordo com Ivaneide, a representação dos elementos da geodiversidade e do patrimônio geológico tem sido cada vez mais foco de discussões e utilização de novas técnicas. “A última década proporcionou significativos avanços nos mecanismos de coleta de dados georreferenciados, no uso dos sistemas de informações geográficas e das tecnologias da informação e comunicação. Buscando superar estes desafios, a criação de ambientes virtuais surge como uma solução para a democratização do acesso aos conteúdos das geociências e da otimização da apreensão deste conhecimento por parte de diferentes públicos-alvo em diversos níveis”, explica.

    A modelagem tridimensional proporciona vários pontos de vista privilegiados, além do detalhamento das feições e da interação proporcionada ao usuário por meio do computador. “Quando são utilizadas plataformas móveis providas de giroscópios, acelerômetros e GPS (smartphones e tablets), a informação pode ser contextualizada com o local e a navegação automatizada com o movimento do dispositivo, providenciando uma experiência única de interpretação da paisagem através de realidade aumentada. É possível, por exemplo, promover a acessibilidade para indivíduos com necessidade especiais ou com escassez de recursos financeiros para visitar o local desejado. E, ainda, permite àquele que tem a possibilidade de ir ao local acessar informações mais detalhadas dos aspectos naturais locais, antes e após a visita”, enfatiza.

    Experiência - A estudante de doutorado define o período na Universidade do Minho, em Portugal, como um divisor de águas na pesquisa. “Quando o Professor Gorki Mariano me desafiou a descobrir novas metodologias de representação e divulgação do patrimônio geológico, de fato proporcionou a busca por novas fronteiras e senti o tamanho do desafio. Na época, ele sugeriu as visitas virtuais e até indicou que eu procurasse o departamento de artes visuais e webdesign”, conta.

    Um dos desafios do grupo de pesquisa em geoconservação da UFPE é levar à sociedade o conhecimento voltado às geociências por meio de uma linguagem acessível, simples e de qualidade. “Mas na verdade, ao me dirigir a estes locais, não encontrei a integração de que necessitava para superar este desafio. Foi mesmo no exterior, depois de ler alguns trabalhos neste âmbito, é que finalmente encontrei na Universidade do Minho o que procurava.”

    A bolsista conta que, sem o apoio da Capes, teria sido mais difícil desenvolver essa pesquisa no exterior. “No Brasil, pesquisas neste âmbito ainda são muito incipientes e os recursos, escassos. O ano do sanduiche foi fundamental para o desenvolvimento de protótipos e intercâmbio com outros pesquisadores. E, mesmo sem recursos, no ano seguinte, retornei ao exterior ao abrigo da co-tutela estabelecida entre a Universidade Federal de Pernambuco e a Universidade do Minho, para desenvolver melhor essas novas tecnologias e isso foi decisivo para o aprimoramento das técnicas e produtos”.

    Impactos -Na tese, todas as soluções voltadas para a realidade aumentada foram adequadas à realidade portuguesa. Na impossibilidade de aplicar as soluções produzidas nas áreas de interesse científico no Brasil, foram delineadas como perspectivas algumas ações futuras. “Essas soluções inspiraram outros projetos, tanto no âmbito científico, quanto empresarial, dentre os quais um projeto científico que será desenvolvido pela Universidade de São Paulo, aprovado com os recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a ser desenvolvido entre os anos de 2017 e 2019, intitulado O patrimônio geológico da região costeira do estado de São Paulo: inventário e valorização com suporte de tecnologias geoespaciais.”

    Ivaneide aposta no recurso tecnológico com como potencial de democratização científica. “Num país com uma beleza cênica inconfundível como o Brasil, essas tecnologias agregam valor e diminuem fronteiras. A divulgação e a representação virtual de locais de interesse científico e da geodiversidade ultrapassa as fronteiras espaciais, econômicas e democratização do conhecimento. Sendo assim, as novas tecnologias de representação e divulgação não só do patrimônio geológico e da geodiversidade, como também do conteúdo científico como um todo, representa a oportunidade para a comunidade científica de democratizar o acesso ao conhecimento em um Brasil que são vários Brasis, com fronteiras econômicas, espaciais e culturais significativas”.

    A pesquisadora acredita que o trabalho pode contribuir na construção de uma cultura de preservação e conhecimento geológico. “Ainda há um longo caminho a percorrer até conseguirmos incorporar à matéria legislativa e às práticas sociais a geodiversidade e a geoconservação diante de medidas protetivas e de adequado manejo dos nossos recursos paisagísticos e geoturísticos. Mas, sem dúvida é preciso começar pelo conhecimento e representação nosso patrimônio natural. É preciso que estes conceitos sejam incorporados e compreendidos pela Sociedade. Nesta construção quero romper fronteiras e quebrar novos paradigmas e, agora, com todo este aprendizado, poderei repassar a outras pessoas e aplicar no meu país essas novas técnicas”, conclui a bolsista.

    A tese “Recursos interativos online no cânion do rio São Francisco no Brasil e de lugares de interesse geológico em Portugal utilizando realidade aumentada” deverá ser defendida na UFPE em meados de junho de 2017.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Julia Pereira Postigo, bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP), desenvolveu uma plataforma de baixo custo para detecção de cinomose – doença provocada por um vírus – em cães. Trata-se de um dispositivo de papel com determinadas proteínas que interagem com os anticorpos presentes no sangue do animal, o que permite identificar o vírus por meio de linhas vermelhas bem definidas e detectáveis a olho nu, em qualquer estágio da doença.

    A pesquisa foi desenvolvida durante a dissertação de mestrado da estudante, sob orientação do professor Emanuel Carrilho, do grupo Bioanalítica, Microfabricação e Separações (BioMicS). “A cinomose é a segunda doença que mais mata cães em todo o mundo, perdendo apenas para a raiva. Seus sintomas iniciais são comuns a outras doenças do sistema nervoso, o que dificulta muito o diagnóstico clínico. Quando os sintomas característicos aparecem, a chance de cura diminui consideravelmente, visto que o animal já está muito debilitado para responder ao tratamento”, explica Julia. Assim, o dispositivo tem grande importância para auxiliar no diagnóstico precoce e na cura de animais de pequeno porte.

    O aparelho tem custo menor que os importados e fornece o resultado em poucos minutos. Sendo assim, pode ser utilizado sempre que o animal passar por consulta preventiva, aumentando sua expectativa de vida. Com a indicação de que o cão está doente, pode-se iniciar o tratamento de imediato, mesmo que não apresente os sintomas característicos.

    Parceria – O estudo foi feito em parceria com a empresa ParteCurae, especializada no desenvolvimento de testes para a detecção de doenças de animais de pequeno e grande porte, assim como testes diagnósticos para infecções virais em plantas. “A ParteCurae viu uma necessidade de mercado, visto que no país não existe diagnóstico rápido e barato para a cinomose canina”, ressalta Julia. “Como a empresa é parceira do grupo BioMicS desde sua fundação, me foi oferecida a oportunidade de desenvolvimento do projeto, que resultou na dissertação. O grupo já é famoso pelo uso de papéis na fabricação de dispositivos de baixo custo, então a plataforma foi desenvolvida em papel de filtro, bem como nos moldes das plataformas convencionais”.

    A ParteCurae foi fundada por ex-alunos do professor Emanuel Carrilho, egressos do grupo BioMicS, o que permite a realização de pesquisas aplicadas. Para a bolsista, esse tipo de cooperação rende frutos positivos a todos os envolvidos. “A parceria entre empresas e a pós-graduação é muito bem-vinda, visto que direciona muito bem a pesquisa, pela união de conhecimentos vindos da universidade com os conhecimentos da iniciativa privada, em que sempre se visa maximizar os resultados com a diminuição dos custos”, destaca. Nesse tipo de parceria, a propriedade intelectual é compartilhada entre as instituições envolvidas, considerando a extensão do envolvimento de cada participante.

    Fomento – Julia foi financiada como bolsista da Capes e a ParteCurae recebeu recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “Esse trabalho mostra o quão importante é o financiamento do governo à pesquisa, em todos os aspectos. No Brasil, a pesquisa de ponta, dentro das universidades é feita pelos alunos de mestrado, doutorado e pesquisadores pós-doutorandos que, por meio das bolsas, conseguem se sustentar e se dedicar com exclusividade ao trabalho, objetivando o crescimento e desenvolvimento do país. Sem o financiamento pela Capes, a pesquisa seria inviável por falta de mão de obra para a sua realização”, avalia a bolsista.

    O próximo passo é levar o produto à comercialização. “O projeto atual continua em desenvolvimento pela empresa, nas etapas de validação da plataforma com amostras reais para, posteriormente, realizar o desenvolvimento comercial – marketing, escala de produção e venda. Como pesquisadora, vou focar na publicação desse trabalho e encontrar novas oportunidades de projetos que estabeleçam parcerias similares a fim de ampliar o meu conhecimento”, conclui Julia, que defendeu a dissertação de mestrado no último dia 24.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • A bolsista Mariana Desireé Reale Batista, do programa Ciência sem Fronteiras, foi agraciada com o primeiro lugar no prêmio Dr. Jackie Rehkopf de excelência em escrita técnica pelo artigo Hybrid cellulose-inorganic reinforcement polypropylene composites: lightweight materials for automotive applications. O artigo tem coautoria do orientador da bolsista, Lawrence Drzal, e de pesquisadores do grupo de sustentabilidade e materiais emergentes da Ford, Alper Kiziltas e Deborah Mielewski.

    O artigo foi premiado pela Society of Plastics Engineers (SPE) na 17ª Automotive Composites Conference & Exhibition (ACCE), realizada de 6 a 8 de setembro de 2017, decorrente de um estágio realizado pela pesquisadora na Ford Motor Company.

    “O objetivo do projeto foi reduzir a quantidade de reforços inorgânicos usados nos componentes dos veículos, e substituí-los por fibras de celulose que possuem diversas vantagens, tais como baixo custo, baixa densidade e menor impacto ambiental”, explicou a pesquisadora, formada em engenharia mecatrônica pela Universidade Salvador (Unifacs), da Bahia.

    Segundo Mariana, bolsista de doutorado em ciência e engenharia de materiais na Michigan State University (MSU), nos Estados Unidos, o uso de fibras naturais na indústria automotiva é uma estratégia para produzir peças mais leves e, consequentemente, veículos mais econômicos e sustentáveis, estimando que uma redução de 10 % na massa de um veículo, represente um potencial de economia de combustível de 3% a 7%.

    A bolsista explica ainda que o artigo aborda o desenvolvimento de um material compósito híbrido formado pela combinação de celulose e reforços inorgânicos (fibras de vidro ou talco) em uma matriz polimérica de polipropileno.

    “A vantagem de combinar dois ou mais tipos de fibras em uma única matriz é que as propriedades de uma fibra complementam o que falta na outra. O interesse em utilizar fibras naturais é que, além de serem recursos provenientes de fonte renovável, elas também têm boas propriedades mecânicas e consomem menos energia durante o processamento. A pesquisa mostra que compósitos híbridos com uma concentração ideal de celulose é uma alternativa viável para reduzir o uso dos reforços inorgânicos em muitas aplicações automotivas.”

    Para a pesquisadora, a premiação foi um reconhecimento ao esforço e trabalho empreendidos. “Na posição de uma estudante internacional, me sinto orgulhosa de representar o Brasil no exterior e mostrar que o nosso país tem bons pesquisadores. Também me sinto privilegiada em desenvolver um projeto de pesquisa capaz de se tornar um produto real a ser implementado nos carros e que diminui o impacto ambiental e beneficia a sociedade”, disse.

    Experiência – Mariana conta que participar do Ciência sem Fronteiras lhe proporcionou conhecer outras culturas, participar de congressos e interagir com pesquisadores renomados em sua área de estudo. “Sou grata ao programa Ciência sem Fronteiras por ter me dado a oportunidade de estudar fora e, portanto, busco aprender o máximo para adquirir mais conhecimento e experiência para levar para o Brasil. Vale ressaltar que o programa tem a consciência de que é preciso investir no futuro do nosso país e que a educação tem um papel importante neste processo”, acrescentou a bolsista.

    A pesquisadora cita como um de seus planos para o futuro o desenvolvimento de materiais compósitos que contribuam para o avanço da sustentabilidade global. “Sempre me preocupei em pesquisar recursos renováveis e fibras naturais para valorizar as riquezas naturais abundantes no nosso país. Os benefícios vão além da melhoria das propriedades mecânicas de materiais compósitos, já que o cultivo das plantas das quais são extraídas estas fibras promovem a geração de mais emprego, o que mostra o seu aspecto social e econômico. Pretendo ainda compartilhar minhas experiências e transmitir o conhecimento que adquiri no exterior para motivar as pessoas a acreditarem que todos nós somos capazes de contribuir com algo para o crescimento do nosso país”, disse.

    Assessoria de Comunicação Social (com informações da Capes)

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