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  • Com material coletado no lixo e reciclado, a criação de brinquedos ou objetos úteis torna-se elemento de motivação dos alunos em sala de aula (foto: arquivo da professora Cristiane Rocha)O reaproveitamento de materiais sempre foi tema de interesse para a professora Cristiane Rocha. “Trabalhando em escola pública, procuro a melhor maneira de reaproveitar os materiais disponíveis”, diz a professora, que neste semestre conclui o curso de licenciatura em pedagogia. Há dez anos no magistério, ela leciona na Escola Municipal Deputado Pedro Fernandes, no Rio de Janeiro, capital, e na Escola Municipal de Educação Infantil Ambaí, no município fluminense de Nova Iguaçu.

    Na sala de aula, o assunto surge durante conversa informal com os alunos. Como trabalha com educação infantil, Cristiane usa a construção de brinquedos como elemento de motivação. Por meio de fotos e figuras, ela mostra às crianças o que é possível fazer com o lixo. “Peço aos alunos que tragam tudo o que eles acham que pode ser reutilizado e monto oficinas na sala de aula”, explica. “A cada dia, confeccionamos um brinquedo diferente.”

    A professora adota a mesma estratégia para a confecção de presentes para datas comemorativas, como os dias das mães e dos pais. O trabalho com reciclagem na escola sempre começa com a própria turma de Cristiane, mas aos poucos vai envolvendo os colegas. A atividade tem início com um bilhete aos pais para informar o objetivo do trabalho e pedir a doação do material de sucata necessário para a montagem de brinquedos e outros objetos. O que sobra é doado a catadores de material reciclado.

    Durante as atividades, os alunos dão sugestões. “No início, tanto as crianças quantos os pais ficam desconfiados com o pedido, mas acabam surpresos com o produto final”, garante Cristiane. “Muitos elogiam e até perguntam como foi feito.”

    Blog— Na escola Ambaí, a professora já promoveu exposições dos produtos e oficinas para os pais. Ela mantém um blog, desde 2008, no qual reúne atividades que criou ou que aproveitou após pesquisas em livros, revistas ou internet.

    Criado inicialmente apenas como trabalho de faculdade, o espaço, Educação Infantil Criativa, acabou ganhado importância maior. “Hoje, o objetivo principal é mostrar um pouco da minha prática pedagógica e trocar ideias com outros professores”, diz Cristiane.

    Fátima Schenini

    Confira o blog da professora

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  • Estudantes do CEF 3 de Planaltina preparam produtos de higiene e limpeza na escola, que participou, em Brasília, da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (Foto: Arquivo da escola)Desde que ingressou no magistério, o professor Fábio Alves de Aguiar tem como uma das preocupações o desenvolvimento de projetos para resolver demandas da comunidade. Tratamento de água, reciclagem de lixo, reaproveitamento de alimentos e reutilização de garrafas pet para a fabricação de sofás e pufes fazem parte desses projetos.

    “Sempre que vou preparar uma aula, procuro imaginar como os conceitos teóricos vão ajudar na vida cotidiana do meu aluno ou de seus familiares”, diz Aguiar, professor de física e química em Planaltina, cidade- satélite do Distrito Federal. Licenciado em química, ele leciona desde 2008 no Centro de Educação Fundamental 3, no bairro de Buritis 2.

    Entre os trabalhos que Aguiar desenvolve ao longo do ano letivo estão a produção de detergentes, sabonetes e desinfetantes e a coleta seletiva de óleo de cozinha. Os produtos são elaborados no laboratório da escola, no horário oposto ao das aulas.

    Em 2009, com o alastramento da chamada gripe suína, o professor, que também cursa bacharelado em enfermagem, deu início à produção de saneantes. “Sentimos a necessidade de aumentar os recursos da escola para combater o vírus H1N1”, justifica. Segundo ele, naquele mesmo momento foi lançado no centro de ensino um programa de higiene pessoal, com enfoque tanto na lavagem técnica das mãos e antebraços quanto nas formas de contágio.

    Os materiais preparados na escola — produtos de higiene e limpeza e móveis confeccionados com garrafas plásticas — foram apresentados na exposição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2010, em Brasília. O que mais atraiu a atenção do público foi a produção de detergente e sabonete líquido. “O público não esperava que «crianças» do ensino fundamental manifestassem interesse por conhecimentos dominados pelos adultos”, ressalta o professor. Ele cita o baixo custo de toda a produção como outro fator de interesse.

    Segundo Aguiar, a escola sempre participa de feiras de ciências e amostras culturais, mas essa foi a primeira vez em um evento como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. “Representou uma realização profissional e acima de tudo pessoal”, salienta. Ele ficou emocionado com os depoimentos de alunos que descobriram a motivação e o objetivo para os estudos, seja nas ciências exatas ou nas humanas. “Não posso afirmar que cumpri minha missão, mas plantamos um sonho e certamente vamos colher vencedores”, acredita.

    A diretora do CEF 3, Rita Martins de Godói, considera um privilégio poder mostrar o trabalho desenvolvido na escola em um evento de tal porte — a unidade de ensino atende uma comunidade carente em um bairro considerado violento. “A escola é sempre vista com receio por quem não conhece sua realidade”, revela Rita, formada em matemática e em pedagogia. “Ser percebida de forma diferente, por um bom trabalho desenvolvido, é uma oportunidade de demonstrar que a educação é caminho de transformação e inserção social.”

    Fátima Schenini

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  • Foi depois de uma visita a um projeto na Lagoa do Peri, em Florianópolis, que alunos do curso técnico de saneamento do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) foram instigados a realizar uma ação de sustentabilidade voltada à comunidade. O que seria mais uma atividade curricular se tornou uma nova ação social e o grupo criou uma brinquedoteca com materiais reciclados e reaproveitados em uma escola municipal catarinense. Essa história você conhece na edição deste sexta-feira, 24, do
    Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    O reaproveitamento de matérias primas descartadas foi o ponto de partida para toda a ideia. Como seria não só falar sobre questões como recuperação e conservação de plantas, animais e microrganismos, mas motivar para ações conjuntas e que ainda tivessem um retorno para a comunidade local? Foi esse debate que acabou ganhando força entre os estudantes, com o acompanhamento do professor de ensino técnico do Campus Florianópolis do IFSC, Ricardo Clemente de Lima.

    Clemente se surpreendeu com o envolvimento dos estudantes. “Me surpreendi bastante justamente por conta dessa iniciativa deles. Porque, como foi algo informal, eles não tinham obrigação nenhuma de fazer, foi só um compromisso que eles assumiram verbalmente. E alguns alunos são muito dedicados e tomaram a frente, mas a participação de todos foi bem intensa. Eles mesmos foram lá alguns dias por conta própria e isso foi o que mais me chamou a atenção, a vontade deles de fazer algo útil, de retribuir de certa forma o bem para os demais”, revelou.

    Interessados em desbravar a região, os estudantes foram em busca de uma escola para colocar em prática as ações que valorizassem o ambiente natural e já bonito por natureza. Foi na praia da Armação, no sul da Ilha de Santa Catarina, que localizaram a Escola Municipal Dilma Lúcia dos Santos, como contou Mariana de Souza, uma das estudantes a frente do projeto.

    “Como ficamos em dúvida em qual escola de Florianópolis trabalhar, entramos em contato com o Projeto Lontras e eles comentaram que tinha uma escola na Armação onde trabalham muito com reciclagem. Então, pensamos em unir isso, já que eles já têm esse contato. Aí eu fiz contato com o diretor e propus a ele modificar um ambiente de convívio das crianças. E ele falou que tinha uma sala que estava um pouco abandonada”, disse Mariana.

    Depois, de acordo com a estudante, a equipe pensou em criar um ambiente de lazer, uma vez que a escola em que as crianças estudam tem a proposta de período integral. Mariana também esclareceu que elas não tinham um lugar com aquelas características para brincar, razão pela qual o grupo pensou em construir uma brinquedoteca cujo espaço seria dividido entre brinquedos e livros.

    A iniciativa recebeu apoio de outros alunos, a exemplo do grupo que cursa a oitava fase do curso técnico de saneamento, no Instituto Federal catarinense, que se dedicou a explorar o espaço e a arrecadar material para a criação da brinquedoteca. “Conhecemos o espaço, os materiais que eles já tinham, como um sofá velho, aqueles de criança, já tinham mesas e alguns livros, uma estante também, mas todo esse material era do depósito. Então, era o que estava quebrado. Daí pensamos o que poderíamos construir com o que temos em casa, com o que produzimos de lixo, e juntar tudo isso”, declarou Mariana.

    Resultado – Todo o movimento despertou a curiosidade das crianças da escola. Os pequenos acabaram botando a mão na massa, auxiliando na criação de cada novo item que ia surgindo a partir de garrafas pet, palitos de madeira e outros materiais recicláveis. Mariana lembrou que quando estavam criando os produtos as crianças quiseram participar porque sentiram que aquilo era para elas e queriam fazer parte daquela mudança.

    “Daí elas viram que o pneu virou um pufe, que a gente fez brinquedo com garrafas pet, com caixas de sapato e foi bem legal. Teve até uma menina que falou ‘Ah, esse brinquedo aí é o que a menina do YouTube mostra de um personagem do filme que estava tendo’ e a gente fez ele todo em garrafa pet, em palito de churrasco, com tampinha. Então, pegar o que a gente tem em casa e transformar, para ela foi incrível poder vivenciar aquilo”, disse a estudante.

    Hoje, o espaço é utilizado pelos alunos e professores do primeiro ao nono ano do curso regular e também pelo projeto de apoio pedagógico da escola, que ensina de forma lúdica crianças que têm dificuldades de aprendizagem. Para o professor Ricardo Clemente de Lima, que orientou os alunos durante todo o processo, o resultado foi excepcional. “Foi muito bacana, eles tiveram um dia lá com as crianças mesmo. E as crianças, claro, adoraram o espaço novo delas. E acho que a sensação, principalmente para eles, foi muito gratificante, eles verem o fruto do trabalho deles sendo reconhecido como algo útil para a sociedade o que eles estavam fazendo, para aquelas crianças e para aquela escola lá”, pontuou.

    Assessoria de Comunicação Social

     


  • A Gincana Recicla, realizada no município de Lages, na região serrana de Santa Catarina, envolve cerca de dois mil alunos de oito escolas municipais para conscientizar a cidade para a importância da preservação ambiental. E vai até novembro, quase no final do ano letivo.

    Os detalhes dessa história você confere no programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC, nesta sexta-feira, 3 de maio.

    Os alunos, do ensino fundamental, levam para a aula todo o material reciclável que encontram: garrafas plásticas, embalagens, latinhas, vidros e papéis. Um caminhão de uma cooperativa passa de escola em escola para recolher os objetos.

    Os objetos são pesados e contam pontos para a turma e para o colégio. Segundo a coordenadora do projeto, professora Cristina Alves Ribeiro, a comunidade também participa, influenciada pelos estudantes.

    “É bem comum que pessoas que não são alunos, ou não têm filhos na escola, acabem se envolvendo porque levam o material para a escola, porque sabem que o caminhão do reciclável vai passar naquele dia. Temos um calendário especifico; então de segunda a sexta-feira, cada dia, cada período, ficou para uma escola”, detalhou a docente.

    A iniciativa é da Secretaria de Educação do município e está na segunda edição. 

    Consciência – A estudante Letícia Camargo, do nono ano da escola municipal Santa Helena, recebe ajuda de vizinhos para coletar o material. 

    “Pergunto se eles têm recicláveis para juntar, porque estamos fazendo uma gincana de recicláveis, ou se quiserem deixar comigo, eu passo lá”, disse.

    A professora Dadryhan Morghani, da escola municipal São Vicente, dá aulas sobre sustentabilidade para crianças dos primeiros anos do ensino fundamental. A docente conta como os temas são trabalhados em sala de aula e como o interesse pela iniciativa cresceu na comunidade local.

    “Eu hoje trabalho numa comunidade um pouco mais simples, periférica, mais carente, mas tem uma participação muito grande. O entorno, a comunidade, os pais, eles trazem bastante, eles participam, eles entendem”, disse.

    Prêmios - O resultado será divulgado em novembro. A escola, a turma e o professor que conseguirem arrecadar o maior volume ganharão prêmios ofertados por empresas privadas parceiras — projetores multimídia e passeios para os alunos. O colégio vencedor levará uma quantia em dinheiro.

    A primeira edição, em 2017, arrecadou mais de 63 toneladas de recicláveis. A expectativa é de aumento também do número de escolas participantes, como destaca a coordenadora Cristina Ribeiro.

    “Queremos que cada vez mais escolas participem e, para a cidade, é a quantidade de material que deixa de ir para o aterro sanitário. E, também, conscientizar as pessoas de que, às vezes, consumimos em excesso”, observa.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Na escola José Elias da Rocha, de Ponta Grossa, professores constatam que a autoestima dos estudantes aumenta quando percebem que são capazes de fazer coisas bonitas e úteis a partir de material reciclado (foto: arquivo da escola)Duas escolas do interior paranaense desenvolvem projetos destinados a despertar nos estudantes a consciência ambiental. Em ambas, o lixo é reciclado, reutilizado e reduzido com a participação dos alunos.

    Mauricéia Aparecida de Castro, professora do Colégio Estadual José Elias da Rocha, de Ponta Grossa, destaca a importância de os professores, como formadores de opinião, incentivarem os alunos a formular ações de cidadania. Ítalo Ariel Zanelato, do Colégio Estadual Leonilda Papen, do município de Mercedes, salienta que cabe à escola incutir nos estudantes a cultura de preservação do meio ambiente.

     

    Formada em ciências biológicas, com 20 anos de magistério, Mauricéia desenvolve, desde 2000, o projeto A Reciclagem como Cultura Ambiental na Escola, destinado a viabilizar a reciclagem de resíduos sólidos durante atividades curriculares. Outra meta é promover a integração com a comunidade local e transmitir valores éticos, atitudes e comportamentos ecologicamente corretos.

     

    Segundo Mauricéia, os alunos gostam das atividades de reaproveitamento de materiais recicláveis. Com jornais velhos, confeccionam vasos de flores e bijuterias; com garrafas plásticas, montam brinquedos e pufes. Potes de vidro são reaproveitados para guardar condimentos e balas e embalagens de leite dão origem a sacolas. Bolsas podem ser feitas com lacres de latinhas de alumínio. Óleo de fritura é destinado à produção de sabão. De acordo com a professora, a autoestima dos estudantes aumenta quando percebem que são capazes de fazer coisas bonitas e úteis.

     

    Mauricéia, que leciona ciências a estudantes do ensino fundamental e biologia aos do ensino médio, cadastrou o colégio em campanha de reciclagem promovida por um fabricante de produtos verdes. Os alunos coletam embalagens diversas e as enviam à empresa via Correios, com porte pago. A atividade recebe uma pontuação e, ao atingir um índice predeterminado, o valor é revertido em dinheiro para a escola.

     

    Formação — No Colégio Leonilda Papen, o grêmio estudantil mobiliza os alunos para a coleta de lixo reciclável na escola, em casa e nas casas de parentes. Esse lixo, segundo o professor Zanelato, coordenador do grêmio, é encaminhado a cooperativas de reciclagem. O dinheiro arrecadado é usado na manutenção da horta escolar.

     

    “A iniciativa é de fundamental importância, pois coloca os alunos em ação, rompe com a inércia e desenvolve a consciência correta em relação ao uso racional dos resíduos naturais”, avalia o diretor da escola, Carlos Seibert, graduado em educação física e em ciências sociais, professor desde 1988. “Além de contribuir para a formação do aluno, a ação torna-se instrumento de formação de toda a família, multiplicando assim sua abrangência.”

     

    Os professores também incentivam os alunos a doar o papel de todas as provas e trabalhos feitos para a reciclagem. Segundo Zanelato, estão envolvidos nas atividades estudantes de turmas do sexto ano do ensino fundamental até a terceira série do ensino médio. “É de essencial importância educar nossos alunos para serem cidadãos conscientes, éticos, morais, pensadores e responsáveis por tudo o que produzem, inclusive lixo”, diz Zanelato, formado em filosofia. Para o professor Seibert, o aluno, além de olhar para a sociedade consumista de forma crítica, deve se colocar como sujeito da história e entender que  também é responsável pelo meio ambiente em que vive e pela sua preservação.

     

    Ana Júlia Silva de Souza

     

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  • Na escola Eladir Skibinski, de Joinville, estudantes do ensino fundamental dedicam três horas semanais a atividades em sala (ateliê) equipada especificamente para o desenvolvimento das técnicas de reciclagem (foto: arquivo da escola)No município catarinense de Joinville, uma instituição de ensino decidiu criar um ambiente que permitisse aos estudantes desenvolver a consciência ecológica e conhecer técnicas de reciclagem de papel. No Ateliê de Arte em Papel Reciclado da Escola Municipal Eladir Skibinski, os alunos aprendem a preparar o papel descartado para imprimir trabalhos e confeccionar cartões, convites, blocos de recados, porta-retratos e crachás, entre outros itens.

    “Agindo sobre o meio natural, os jovens podem recriar seu próprio meio, ao transformar lixo em arte, dificuldades em conquistas, esforço em prazer”, diz Valquíria Inês Arther, professora de atividades complementares e responsável pelo ateliê. Formada em educação física, ela trabalha há 20 anos na rede de ensino do município.

    Um grupo de 65 estudantes do quarto ano do ensino fundamental participa das atividades desenvolvidas no ateliê, mas todas as turmas visitam o espaço para conhecer o processo de reciclagem. Os participantes reúnem-se duas vezes por semana, em pequenos grupos de 10 a 15 pessoas. São dedicadas três horas semanais à atividade, realizada em sala equipada especificamente para o desenvolvimento das técnicas de reciclagem.

    O trabalho é desenvolvido em três etapas. Na primeira, os alunos recebem as primeiras noções de educação ambiental, assistem a vídeos e participam de debates sobre os diferentes meios em que vivem — escola, bairro, cidade, país, mundo. Na segunda, fazem a coleta de papéis descartados nos vários setores da escola e os levam para o ateliê. Por último, executam a reciclagem, que passa por selecionar o material, picar, colocar de molho, bater (em liquidificador), adicionar água e secar. Depois, o papel estará apto a ser usado na confecção dos diferentes produtos.

    “Os recursos financeiros oriundos da comercialização do que é produzido são usados para sustentar as oficinas e na promoção de cursos que permitam aos alunos aprender técnicas de aprimoramento da qualidade do papel reciclado”, explica a professora Valquíria.

    Valorização — O projeto do ateliê visa ainda a que os participantes reconheçam a importância da coleta seletiva do lixo, valorizem o trabalho em equipe e desempenhem tarefas que beneficiem a todos. Outro propósito é a ampliação do tempo escolar, com atividades agradáveis, de forma a potencializar o processo de ensino e aprendizagem.

    De acordo com a pedagoga Nazaré Costa, coordenadora do projeto, a atividade ganhou força no município. A escola tem sede no Parque Joinville, área cuja população é composta por catadores de material reciclado.

    O Ateliê de Arte faz parte do programa municipal Saber & Acontecer, que desenvolve atividades artísticas, desportivas e culturais no período oposto (contraturno) aos das aulas regulares.

    Ana Júlia Silva de Souza


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  • Coleta de resíduos sólidos: destinação a associações e cooperativas fortalece as organizações e contribui para a inclusão socioeconômica dos catadores (foto: portalresiduossolidos.com)Estudantes do curso superior de saneamento ambiental no campus de Aracaju do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS) desenvolveram projeto de coleta seletiva solidária que deve descartar adequadamente mais de 63 quilos de material por mês. O que for coletado será destinado à Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem de Aracaju (Care) para beneficiar 45 cooperados do bairro Santa Maria, na capital sergipana.

    A iniciativa vai permitir que a instituição controle o impacto ambiental proveniente dos resíduos sólidos e se adeque à legislação que instituiu a separação de lixo reciclável descartado pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta. A destinação dos resíduos às associações e cooperativas dos catadores fortalece essas organizações e contribui para a inclusão socioeconômica.

    Desde o final do ano passado, os setores administrativos e salas de aula do campus de Aracaju recebem a visita dos estudantes José Carlos Silva Gomes, Marivânia Pereira dos Santos e Rosivânia dos Santos Marques, mobilizadores da campanha. Eles orientam servidores, alunos e pessoal terceirizado sobre o desenvolvimento do projeto. “Para que a implantação aconteça efetivamente é necessário que a comunidade acadêmica faça a separação adequada dos resíduos e observe o local correto para a destinação, conforme a sinalização”, afirma José Carlos Gomes, estudante do sexto período do curso de saneamento ambiental.

    A iniciativa de implantar o projeto de coleta seletiva solidária partiu dos próprios estudantes, em 2014, em aulas da disciplina gestão de resíduo sólido. “Achamos viável fazer um projeto que oferecesse soluções para a problemática dos resíduos sólidos gerados no campus de Aracaju”, explica Rosivânia.

    O projeto foi inscrito na Mostra de Pôsteres do 3º Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica (Fmept), que será realizado em Recife, em maio próximo.

    Assessoria de Comunicação Social

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