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  • O investimento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) será de R$ 1,313 bilhão este ano, para atender 37 milhões de crianças de escolas públicas de todo o país. As dez parcelas da merenda começaram a ser repassadas pelo Ministério da Educação para os estados e municípios em fevereiro.

    Segundo a coordenadora do Pnae, Albaneide Peixinho, há uma relação intrínseca entre a merenda, a freqüência e o desempenho dos alunos. "Percebemos que quando não há merenda, alguns alunos deixam de freqüentar as aulas. Em outros casos, as aulas são suspensas antes do horário. Com isso, concluímos que o número de horas na escola diminui quando não há alimentação escolar", avalia.

    Para a professora Miriam Marques, do Centro de Ensino 1 do Guará, em Brasília, a merenda auxilia no aprendizado dos alunos. "Percebemos que a disposição dos alunos melhora com a merenda. Eles ficam mais atentos e interessados na aula", revela. Para ela, a explicação é científica: o ser humano necessita de glicose para render. "As pessoas precisam de calorias para aprender e se desenvolver", diz.

    Reajustes - Após dez anos sem reajuste, o governo aumentou no ano passado em 20% o valor da merenda escolar dos alunos do ensino fundamental. A verba passou de R$ 0,15 para R$ 0,18 por aluno/dia. O aumento foi o segundo concedido pelo governo para a alimentação escolar no ensino fundamental. A correção teve como propósito reduzir a defasagem do valor da merenda, que durante dez anos e até agosto de 2004, não recebeu qualquer reajuste, permanecendo em R$ 0,13 para o ensino fundamental e em R$ 0,06 para a pré-escola.

    Além disso, os estudantes de escolas quilombolas passaram a ser beneficiados, em junho de 2005, com o valor de R$ 0,34, igual ao que é repassado para a alimentação dos estudantes indígenas. Outra inovação ocorreu em 2003, quando o MEC ampliou a merenda para atender creches públicas e filantrópicas e escolas indígenas. O repasse aos estados e municípios é em dez parcelas mensais, com base no censo escolar do ano anterior. O programa é fiscalizado pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs), Tribunal de Contas da União (TCU), Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI) e Ministério Público. Para continuar recebendo recursos, os municípios devem prestar contas ao MEC anualmente.

    História - A merenda foi implantada em 1955 e é considerada um dos maiores programas de alimentação escolar no mundo. Desde sua criação até 1993, a execução do programa era centralizada, ou seja, o Ministério da Educação planejava os cardápios, adquiria os alimentos por licitação, contratava laboratórios para fazer o controle de qualidade e se responsabilizava pela distribuição dos alimentos. Em 1994, ocorreu a descentralização dos recursos, com a celebração de convênios com os municípios e o envolvimento das secretarias de Educação dos estados e do Distrito Federal.

    Repórter: Flavia Nery

     

  • O Ministério da Educação, após várias negociações com o Ministério do Planejamento, oferece aos professores do ensino superior uma proposta de aumentar em R$ 504 milhões a remuneração da categoria em 2006. E também de criar a classe de professores associados. Com a ascensão desses professores, de acordo com o secretário executivo adjunto do MEC, Ronaldo Teixeira, o orçamento para remunerar a categoria terá um aumento de R$ 700 milhões em 2007. Desde o dia 30 de agosto, professores universitários estão em greve por melhores salários.

    Cerca de oito mil professores (os adjuntos 4, topo da categoria) podem ir para a nova classe (associados), tendo progressão na carreira. O ministério propõe, ainda, um aumento de 50% nos atuais percentuais de titulação dos professores e aumento da Gratificação por Estímulo à Docência (GED) de 65 para 115 pontos.

    A proposta do MEC, segundo Teixeira, propicia um aumento médio entre 10% e 11%. “Parte dos professores ganhará até 25% de aumento”, disse na terça-feira, 8, em palestra aos reitores, que participaram da reunião do conselho pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília.

    Outro ponto da proposta é a disposição de criar um grupo de trabalho para formular um novo plano de carreira dos professores, voltado para a valorização do trabalho docente e da estrutura das instituições federais de ensino superior. O plano unifica carreiras dos docentes com os professores do ensino básico das universidades e Cefets com cursos de graduação. São propostas que atendem à perspectiva de melhoria salarial para os quadros qualificados e possibilitam maior progressão na carreira.

    Repórter:Susan Faria

  • Se o aumento gradativo dos investimentos em educação for mantido, o país estará aplicando nesse setor, ao final do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 5% do Produto Interno Bruto (PIB). A declaração, do ministro Fernando Haddad, é sobre o investimento direto em educação, que de 2005 a 2006 subiu de 3,9% do para 4,4% do PIB. Nessa conta não estão incluídos, por exemplo, os recursos repassados para a previdência social de professores ou mesmo para concessão de bolsas de estudos. 

    Por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), os repasses para a educação de países em desenvolvimento, como o Brasil, devem ser de, no mínimo, 6% do PIB. “Esse é o investimento que os países desenvolvidos fazem em educação, mas a dívida educacional do Brasil e os desafios educacionais brasileiros exigiriam até mais do que isso”, destacou Haddad, em palestra dirigida a  alunos do 55º Curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas do Instituto Rio Branco, em Brasília.

    O aumento do total de recursos investidos em educação é, de acordo com o ministro, a prova de que o país caminha para superar os desafios do setor. “A educação foi relegada a um segundo plano no Brasil e essa mentalidade mudou. Há apenas três anos, sequer tínhamos livros didáticos para o ensino médio”, lembra.

    Não apenas os investimentos, mas os índices, demonstram uma melhora na apreensão de língua portuguesa e matemática entre estudantes de todo o país. “Conseguimos, em curto prazo, melhorar a qualidade da educação brasileira”, destacou Haddad. A explicação para o fenômeno é, segundo o ministro, a melhora dos instrumentos de avaliação das escolas públicas. Com instrumentos claros, como a Prova Brasil, as escolas puderam avaliar seu desempenho e reorganizar o currículo escolar de um ano para o outro com base no resultado alcançado pelos alunos.

    Outro fator que facilitou a melhora foi a transparência na divulgação das notas das escolas e dos índices educacionais em geral. A nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) passou de 3,8 nas séries iniciais do ensino fundamental em 2005 para 4,2 em 2007. “Mas esse número ainda está longe de patamares aceitáveis tendo em vista o potencial brasileiro”, ponderou o ministro.  

    A própria lógica da gestão pública em educação mudou, segundo Haddad, fator que também é determinante para que o Brasil mantenha o ritmo de melhora da educação. “Deixamos de ter uma visão fragmentada da educação e passamos a ter uma visão sistêmica”, explicou Haddad, referindo-se a ações como, por exemplo, aumentar os investimentos em todas as etapas da educação, da creche à pós-graduação.

    Melhorias – Haddad observou que, antes da implementação da Lei nº 11.274, de 2006, que ampliou o ensino fundamental para nove anos, os estudantes passavam a estudar aos sete anos de idade. As creches públicas, por sua vez, também não recebiam recursos para custear as merendas escolares. “Era comum vermos as crianças chegarem às escolas aos sete anos com quadros de subnutrição e sem nenhuma familiaridade com o ambiente escolar”, lembrou o ministro. Dessas mesmas crianças, prosseguiu ele, era esperado que, até os dez anos de idade, soubessem ler e escrever e ainda desenvolvessem competências e habilidades compatíveis com a idade. “Era praticamente impossível, e ainda mais quando essas crianças eram comparadas aos filhos da classe média que, em geral, começavam a estudar aos três anos de idade”, destacou.

    Ana Guimarães

  • A previsão de investimentos para o programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), este ano, é de R$ 167 milhões. Em comparação com 2006, quando o Ministério da Educação destinou R$ 26 milhões, o investimento será seis vezes maior. Em 2007, a UAB abrirá 60 mil vagas na rede pública de educação superior em cursos a distância.

    Em junho, começarão a funcionar os pólos de apoio presencial em 150 municípios. Em setembro, outros 147 municípios inaugurarão cursos. Até o final de 2010, devem ser criados mil pólos da UAB em cidades do interior.

    Um importante avanço será a possibilidade de conexão à internet de banda larga. “Estamos criando as condições para que os computadores operem por meio de pontos do Gesac (Governo Eletrônico — Serviço de Atendimento ao Cidadão)”, disse Hélio Chaves, diretor do Departamento de Políticas em Educação a Distância (Dpead) da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC).

    O Dpead já encaminhou ao Ministério das Comunicações os endereços dos primeiros pólos da UAB e criará uma escala de implantação do Gesac para as demais localidades nas quais funcionarão cursos da UAB. “O  programa depende de conexão em banda larga. Em média, um município paga em torno de R$ 10 mil a R$ 20 mil mensais para esse tipo de serviço. Com o Gesac, a conexão não gerará despesas para as prefeituras”, afirmou Chaves. Segundo ele, o governo federal, progressivamente, proverá a infra-estrutura e, paralelamente, eliminará elementos capazes de criar obstáculos nos programas de educação a distância. “Temos como justificar novas instalações do Gesac e, com isso, criar uma rede nacional de pólos da UAB em municípios do interior conectados via Gesac.”

    Para Chaves, além de combinar a oferta de cursos de universidades públicas e centros de educação tecnológica com o atendimento aos estudantes em pólos de educação a distância nas regiões mais distantes dos centros, a UAB é hoje uma porta aberta para uma mudança de paradigma e melhoria de qualidade da educação em todos os níveis. “Este será o grande diferencial para o ensino. Com a cooperação dos municípios,  teremos um modelo inovador para levar educação a regiões nas quais não há oferta de ensino superior”, avaliou Chaves.

    Maria Pereira

  • O Ministério da Educação está investindo R$ 2,5 milhões na segunda edição do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro). De acordo com edital publicado nesta terça-feira, 14, no Diário Oficial da União, o programa voltado para os Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros (Neabs), das universidades públicas, receberá projetos até 17 de abril. O objetivo é atender 20 Neabs, no mínimo.

    A novidade do Uniafro é a maior pontuação para as universidades com sistema de reserva de vagas para negros. "Não é critério excludente, mas essas instituições terão maior pontuação na seleção dos projetos", diz Deborah Silva Santos, consultora da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC). Os Neabs contemplados em 2005 também poderão concorrer este ano. Os projetos deverão ser desenvolvidos em seis meses, por causa dos prazos entre o exercício financeiro e o prazo de execução.

    As instituições têm 30 dias para efetuar a inscrição das propostas. Os projetos devem atender a um dos seguintes eixos: publicação; formação de professores, na Lei nº 10.639; acesso, permanência e inclusão social dos estudantes afrodescendentes. Os Neabs e grupos correlatos devem estar vinculados a instituições federais de ensino superior (Ifes), incluídos os centros federais de educação tecnológica (Cefets) com nível de educação superior; instituições estaduais de ensino superior (Iees), incluídos centros estaduais de educação tecnológica (Ceet) com nível de educação superior.

    Em 2005, foram aprovados 18 projetos do Uniafro. A maioria apresentou eixo para a formação de professores segundo a Lei nº 10.639. "Cerca de três mil professores serão formados nos preceitos da lei. No atendimento ao público o programa atingiu, indiretamente, mais de 81 mil pessoas. Vários núcleos formaram parcerias com as redes de educação de prefeituras e estados para disseminação da lei", afirmou Deborah.

    Neabs - A criação do Uniafro proporcionou o surgimento de Neabs e cursos nas universidades públicas. O programa motivou a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) a criar curso de especialização baseado na Lei nº 10.639, e um lato sensu, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A Lei nº 10.639 altera a Lei nº 9394/96, que estabelece bases e diretrizes da educação nacional. A Lei nº 10.639 inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da temática história e cultura afro-brasileira.

    O Uniafro é uma iniciativa da SESu e da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). As propostas serão inscritas após envio do formulário disponível na página eletrônica do Uniafro. O endereço para o envio é Ministério da Educação - Secretaria de Educação Superior - Departamento de Política da Educação Superior (Depes), Esplanada dos Ministérios - bloco L, 3º andar, sala 300 -Brasília (DF). O CEP é 70047-901.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Campus de engenharia da Universidade Federal Fluminense (Divulgação UFF)O Rio de Janeiro vai ganhar cinco novos campi vinculados às universidades federais Fluminense (UFF) e Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). As unidades estão sendo construídas em Volta Redonda, Nova Friburgo, Rio das Ostras, Nova Iguaçu e Três Rios. Ao todo, serão investidos R$ 42,5 milhões nos campi que ofertarão 10.180 vagas a partir de 2010.

    Em Volta Redonda, o campus será vinculado à UFF e vai oferecer 2.560 vagas nos cursos de administração de empresas; engenharias de produção, mecânica, metalúrgica, agronegócio; gestão pública e ciências contábeis. A unidade será implementada para garantir investimentos em pesquisa no campo da tecnologia e da qualificação para gestão sustentável. Até o final de 2009, serão investidos R$ 9,86 milhões para a construção do campus.

    Em Nova Friburgo, também vinculado à UFF, serão ofertadas 1.500 vagas em 2009, com investimentos de R$ 3,7 milhões até o final de 2008. Os cursos do município serão nas áreas de odontologia, farmácia e biomedicina.

    O campus de Rio das Ostras, ligado à UFF, vai receber R$ 9,85 milhões até o final de 2009 para a implementação da unidade. Serão oferecidas 2.120 vagas nos cursos de ciência da computação, engenharia de produção, psicologia, produção cultural, serviço social e enfermagem.

    Em Nova Iguaçu, o campus, que será vinculado a UFRRJ, vai ofertar 2.400 vagas em 2008 nos cursos de administração, ciências econômicas, história, matemática (licenciatura) e bacharelado, pedagogia e turismo. Ao todo, serão investidos na unidade R$ 10,7 milhões até o final de 2007 para atender à demanda do município por cursos de graduação públicos. Nova Iguaçu possui cerca de 122 mil jovens entre 18 a 24 anos, sendo que mais de 200 mil habitantes têm menos de 18 anos.

    O campus de Três Rios, ligado à UFRRJ, vai oferecer 1.600 vagas em 2009, com investimentos de R$ 8,38 milhões. Os cursos serão de administração, ciências econômicas, gestão ambiental, turismo e direito.

    A expansão das universidades federais está prevista no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril pelo Ministério da Educação. Para inaugurar o PDE no Rio de Janeiro e garantir a participação do estado e dos seus 92 municípios, o ministro Fernando Haddad visita a capital fluminense nesta quinta-feira, 22.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira outras notícias da Caravana da Educação

  • Foto: Tereza SobreiraO ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, dia 3, que o cadastro do Projeto Presença vai gerar mais transparência e eficiência nos gastos públicos. Segundo Haddad, no momento em que se discute um novo projeto de financiamento para a educação básica no país, dados mais precisos e confiáveis são fundamentais para que a distribuição de recursos entre estados e municípios seja mais justa. “Por isso, a importância do Projeto Presença”, disse o ministro.

    Em seis meses, foram reunidas informações sobre 43.247.496 estudantes e mais de dois milhões de professores dos sistemas público e privado de todo o Brasil, desde as creches até o ensino médio. Dos 5.564 municípios, apenas 33 deixaram de informar completamente os dados de alunos, professores ou escolas; 2.862 (51,4%) informaram 100% e 1.787 (32,1%), entre 80% e 99%.

    Haddad destacou que o cadastro tem o foco no aluno, com informações que possibilitam a individualização – ao contrário do censo escolar tradicional, que continua sendo o instrumento oficial para distribuição de verba. “O recurso deve ser do aluno e não do sistema”, afirmou o ministro, em alusão a programas como os de transporte e merenda escolar e do livro didático, dentre outros, cujos repasses são feitos com base no número de estudantes.

    Com o cadastro, será possível acompanhar a trajetória escolar, a freqüência, o rendimento e o desempenho de cada estudante em exames como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e a Prova Brasil, que avaliará 43 mil escolas públicas do país localizadas em áreas urbanas.

    O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), Reynaldo Fernandes, destacou a importância dos dados obtidos sobre os professores. “Saberemos exatamente quantos são e em quantas escolas estão, não apenas as funções”, disse.

    NIS — Haddad falou ainda sobre a segunda etapa do Projeto Presença, na qual cada aluno recebe o cartão do estudante, que contém o número de identificação social (NIS). Com o cartão, o aluno se sente mais próximo da escola, segundo o ministro.

    Repórter: Rodrigo Dindo

     

  • Representantes dos ministérios da Educação do Brasil e do Chile estão reunidos em Brasília para discutir o tema A Violência e a Discriminação na Escola: Um Desafio da Democracia. O encontro, que começou nesta quinta-feira, 10, e termina na sexta-feira, 11, em Recife, vai possibilitar a troca de experiências e projetos desenvolvidos nos dois países para combater a violência escolar.

    Para o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, Ricardo Henriques, é impossível vencer a violência sem trabalhar a educação de crianças e jovens. “Temos que atrair a juventude e garantir ensino e aprendizagem”, disse. Neste processo, acredita Henriques, é indispensável reconhecer a diversidade social presente na América Latina.

    Na avaliação da adida cultural da Embaixada do Chile, Nora Schaulsohn, o combate à discriminação nas escolas é um desafio para a democracia. “A estabilidade democrática está relacionada com uma convivência escolar correta”, afirmou.

    Na manhã desta quinta-feira, o representante do Chile apresentou o Plano Nacional de Convivência nas Escolas, desenvolvido há três anos naquele país. De acordo com René Sereño, do Ministério da Educação chileno, o plano reviu normas de funcionamento das escolas para melhorar a aprendizagem e reduzir a violência entre os jovens. “Defendemos uma educação não fragmentada para formar o cidadão como um todo, além de oferecer oportunidades iguais para homens, mulheres, crianças, jovens ou adultos”, contou.

    Relacionamento – Durante o encontro serão apresentados os projetos do MEC Escola Aberta e Escola que Protege. O primeiro amplia as oportunidades de acesso a atividades educativas, culturais, esportivas, de lazer e de geração de renda. O objetivo é melhorar o relacionamento entre professores, alunos e familiares e reduzir os índices de violência entre os jovens, sobretudo aqueles em situação de vulnerabilidade social.

    Já o projeto Escola que Protege funcionou em caráter piloto em Belém, Recife e Fortaleza, no primeiro semestre. As cidades foram escolhidas por apresentarem altos índices de violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes. O programa prevê a criação de centros de prevenção e acolhimento às crianças, adolescentes e famílias em situação de violência.

    Repórter: Flavia Nery

  • Estavam ali duas gerações completamente distintas: senhor Romualdo Fratim, 88 anos, e eu, uma estudante da 7ª série. Ele retornou ao seu passado, revivendo os guardados de suas memórias, e assim começou a contar-me histórias de seu tempo de infância e mocidade. Não demorou muito e eu viajei naquelas palavras...

    “Era uma vasta planície onde a vista não alcançava o verde no horizonte, e suas terras de águas puras e cristalinas em abundância, juntamente com a fé católica de seu povo, denominaram aquele arraial Santana dos Olhos d’Água, que posteriormente passou a chamar-se Ipuã – nome de origem tupi-guarani que significa ‘águas que vertem’.

    Nesse chão fértil, o café era a sua maior fonte de renda. Isso me faz recordar dos meus tempos de menino e do sonho dos moradores de que a estrada de ferro passasse por aqui. Afinal, aqui havia milhares de pés de café que eram transportado pelo trem.

    Meu pai, com a necessidade de mover a sua beneficiadora de arroz, ajudou a trazer a energia elétrica para cá. A partir daí, nossas vidas passaram a mudar, a nossa até então pequena e simples cidadezinha dá início ao seu crescimento.

    Com a vinda da energia elétrica veio também o primeiro telefone público. O serviço telefônico magnético automático era diferente, mas muito interessante, e ficava localizado na escola. Era incrível aquele aparelho permitir uma pessoa falar com outra, mesmo que muito distante.

    Nas ruas de terra, de calças curtas e pés descalços, eu me sentia completamente livre e feliz. Descia pela rua tocando meu pneu de automóvel – que era uma raridade naqueles tempos, todo menino desejava ter um. Ali eu também avistava meninas numa brincadeira de roda: ‘A menina mais bonita, favor entrar na roda, diga um verso bem bonito, diga adeus e vá se embora’.

    Eu fui crescendo e chegou o tempo de ir ao cinema. Lá pelos idos de 1930, aos domingos, tinha a sessão matinê. O cinema era mudo e uma pequena orquestra tocava durante a exibição do filme, mas nem por isso deixava de ser encantador. No intervalo das sessões, era preciso molhar a tela, que era de pano, para que ela não pegasse fogo.

    Não sou mais aquele rapaz que sempre ia ao cinema, mesmo porque, hoje, ele não existe mais aqui em nossa Ipuã. Mas nem por isso eu me esqueço dos filmes que marcavam minha vida, como: Tempos Modernos, com Charles Chaplin. Também me divertia muito com Tarzan, o Gordo e o Magro e entre outros também estão os meus favoritos, que são os filmes de faroeste.

    Se bem me lembro, ao lado do cinema havia um alto-falante, onde meu amigo José Zanini era o locutor. Esse alto-falante era a grande sensação do momento. E naqueles tempos tão recatados e comportados, ao som de canções como as de Carlos Galhardo, Vicente Celestino e Carmem Miranda, jovens faziam o footing – passeio onde as moças e rapazes subiam e desciam a avenida, trocando olhares e flertes. Ainda podiam-se ouvir as ‘Crônicas da Cidade’ que eram escritas por jovens daquela época.

    Havia na praça Dom Pedro II um coreto. E quando essas lembranças surgem em meu pensamento os meus olhos começam a marejar. Eu era apenas um dos músicos da banda...

    Atualmente Ipuã está mudada, mesmo assim continua para mim e para o seu povo querida, sossegada e tão pequena, que cabe toda em um só abraço.”

    Eu não sabia, mas Ipuã tem memórias. E, quando leio o que escrevi, não sei se essas histórias são cenas vividas pelo senhor Romualdo Fratim ou por mim, pois parecem que as suas memórias agora também são minhas.

    (Escrito com base na entrevista com o senhor Romualdo Fratim.)

    E. M. E. F. ANTÔNIO FRANCISCO D’AVILA
    Cidade: Ipuã – SP
    Professora: DANIELA FORNEL TELES
    Aluna: GABRIELA RICARDO VAZ


    Poesia vencedora da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa. 

  • Os estudantes que prestarão o vestibular de 2007 para a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e para a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) podem pedir dispensa do pagamento da taxa de inscrição no período de 1º a 14 de junho próximo. Serão beneficiados oito mil estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escolas da rede pública.

    Os critérios de seleção serão baseados no histórico escolar do aluno, observado o critério de melhor desempenho em português e matemática. Estudantes que ainda estão concluindo o segundo grau em Salvador receberão o formulário de inscrição e o documento de pagamento bancário na própria escola, que se encarregará de enviar o histórico escolar dos alunos ao Serviço de Seleção, Orientação e Avaliação da UFBA.

    Caberá ao aluno efetuar o pagamento, no valor de R$ 5,00, preferencialmente em agência do Banco do Brasil. Alunos do interior do estado ou que já tenham concluído o ensino médio podem pedir a isenção pela internet, na página eletrônica da UFBA, ou em um dos postos credenciados no campusde Ondina, na Faculdade de Ciências Econômicas (Piedade), na Secretaria Municipal de Reparação (Centro) ou no Instituto Steve Biko (Pelourinho).

    Os candidatos beneficiados com a isenção estarão dispensados do pagamento da taxa do vestibular, no valor de R$ 75,00. Os que não forem contemplados poderão descontar R$ 5,00 no valor da taxa de inscrição e pagar apenas R$ 70,00. (Assessoria de Imprensa da UFBA)

  • O Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo (Cefet-SP) recebe, até o próximo dia 19, pedidos de isenção do pagamento da taxa de inscrição para o vestibular 2008. O processo selecionará 2,3 mil alunos para o ensino médio, educação de jovens e adultos (EJA), cursos técnicos, licenciaturas e cursos tecnológicos.

    Para solicitar a isenção, o candidato deve preencher o formulário e obedecer alguns requisitos: renda familiar per capita menor que um salário mínimo e não ter pago mensalidade de curso preparatório maior que o valor da inscrição (R$ 55,00 para cursos superiores e R$ 35,00 para os demais).

    A lista dos isentos será divulgada no dia 25, a partir das 16h, nas unidades do Cefet-SP e também na internet. A inscrição para o vestibular será entre 29 de outubro e 16 de novembro. As provas serão aplicadas em 16 de dezembro. Mais informações podem ser obtidas nas páginas eletrônicas do Cefet-SP e da ESPP Concursos.

    Assessoria de Comunicação do Cefet-SP

  • A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vai dar desconto de 25% na taxa de inscrição e, também, isenção da cobrança para o vestibular de janeiro de 2007. Nas duas formas, o candidato deverá apresentar a documentação exigida entre os dias 8 e 18 de maio de 2006.
    Para aqueles que freqüentaram a escola pública no ensino fundamental e médio, o desconto será de 25%. Os vestibulandos deverão apresentar cópias do histórico escolar e do certificado de conclusão autenticadas em cartório.
    Nos casos de isenção integral da taxa, são duas as formas de participação. Além dos comprovantes de conclusão do ensino fundamental e médio em escolas públicas, os candidatos - ou algum familiar - deverão ser beneficiários de programas sociais do governo como Bolsa-Escola ou Bolsa-Alimentação.
    Renda - O candidato que não participa de programas assistenciais deve comprovar renda de até R$ 200,00 mensais para cada membro da família. Ele também deve apresentar comprovantes de rendimento dele e de todos os familiares.
    As informações serão confirmadas por meio de documentação ou visita dos servidores da universidade nos locais indicados para entrevista e checagem. O edital está disponível na página eletrônica da UFRGS.

    Repórter: Flávio Campos

  • Lei nº 11.487/2007 pretende aproximar as instituições científicas e tecnológicas do sistema produtivo industrial (Foto: João Bittar)A partir de agora, empresas que investirem em pesquisa científica, tecnologia aplicada e inovação tecnológica terão isenção fiscal. As bases do incentivo à produção de conhecimentos estão no Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação 2007-2010, que foi anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira, 20, em Brasília.

    Dentre as ações, o presidente sancionou a Lei nº 11.487/2007, que altera as regras de isenção fiscal para empresas. O objetivo é aproximar as instituições científicas e tecnológicas do sistema produtivo industrial. Hoje, as universidades e instituições públicas são referências na pesquisa aplicada, mas esse potencial poderá gerar propriedade intelectual para o país se estiver articulado com os sistemas produtivos.

    Critérios - A nova lei estabelece critérios do direito de propriedade intelectual. As empresas que investirem em pesquisa receberão isenção fiscal proporcional ao direito de propriedade. Quanto menor a isenção fiscal, maior é o direito da empresa sobre a pesquisa e vice-versa. As instituições científicas e tecnológicas, por exemplo, terão sempre um percentual da propriedade intelectual, que será de 15%, no mínimo, e 83%, no máximo. Pela lei, podem participar instituições científicas ou tecnológicas, como universidades, institutos e laboratórios.

    Além de sancionar a Lei nº 11.487/2007, a presidência da República lançou o edital com o roteiro e prazos para apresentação de projetos. As propostas serão examinadas e selecionadas por uma comissão constituída pelos ministérios da Educação, Ciência e Tecnologia, e de Desenvolvimento de Indústria e Comércio, e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT). Para enviar propostas acesse a página eletrônica da Capes.

    Manoela Frade

  • A adesão da Itaipu Binacional ao Programa Brasil Alfabetizado ao Fórum das Estatais permitiu a formação, em 2005, de quatro mil jovens e adultos. A previsão para este ano é alfabetizar mais 2,5 mil alunos e possibilitar a continuação dos estudos de 1.682 pessoas alfabetizadas no ano passado. A Itaipu firmou parceria com a Fundação Banco do Brasil e com o Serviço Social da Indústria (Sesi) para a formação de professores. (Assessoria de Comunicação Social)

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 14, que as instalações da Usina de Itaipu estariam disponíveis para ser uma das sedes da Universidade do Mercosul. A declaração foi dada em entrevista a uma rádio gaúcha. “Os estudos para a criação da Universidade do Mercosul estão sendo finalizados e a instituição será um importante projeto para a integração dos países do Mercosul”, declarou.

    Segundo o ministro, inicialmente, a universidade funcionará em pólos de ensino no Brasil e na Argentina. Será bilíngüe e concederá diplomas com validade nos dois países. “Estamos conversando com o Paraguai e Uruguai para que eles também se integrem à iniciativa”, disse. Os estudos para definir as cidades-pólo estão em andamento. De acordo com Haddad, os prefeitos das cidades de fronteira serão chamados para discutir o projeto e implementar a Universidade do Mercosul. A previsão é que a instituição comece a funcionar no segundo semestre de 2007.

    Audiência pública – A Universidade do Mercosul será o tema da audiência pública da qual o ministro da Educação participará nesta terça-feira, 15, às 10h30, na Comissão de Educação da Assembléia Legislativa de Porto Alegre. Fernando Haddad falará, ainda, sobre a expansão do ensino superior e tecnológico e a Universidade Aberta do Brasil. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • Estão abertas as inscrições para a IV Conferência Nacional de Educação e Cultura, que acontece entre os dias 22 e 25 de fevereiro, em Brasília. O ministro da Educação, Tarso Genro, participará da abertura do evento, dia 22, às 17h30, no Teatro Nacional. Estão previstas, também, as presenças do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, além de parlamentares e outras autoridades.

    O evento é organizado pela Comissão de Educação e Cultura, da Câmara dos Deputados. Em debate, temas como Educação: Conhecimento, Inclusão e Emancipação Social; Juventude, Educação, Qualidade e Democracia; Educação e Diversidade; O Mundo do Livro e da Leitura; O Plano Nacional de Educação: Avanços e Desafios e Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Os secretários do MEC, Nelson Maculan, da Secretaria de Educação Superior; e Francisco das Chagas Fernandes, da Educação Básica, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), Eliezer Pacheco, darão palestras.

    O Prêmio Darcy Ribeiro de Educação será entregue, na abertura da conferência, à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, à professora Lígia Rabelo (MG) e à Orquestra de Flautas Jardim Vitória (MT). A IV Conferência terá painéis, conferências, shows, exibição de filmes e outras atividades, na Câmara. Na seção de pôsteres haverá a divulgação de trabalhos e de pesquisas em desenvolvimento em educação e cultura.

    Entre os temas, destaque para o Plano Nacional de Educação (PNE), que define objetivos, diretrizes e metas para a educação até 2010. Aprovado pelo Congresso Nacional, o Plano é construído sobre três eixos: a educação como direito da pessoa, como fator de desenvolvimento econômico e social, e como meio de combate à pobreza.

    Cultura - Com relação à cultura, destacam-se, entre os debates, a implementação do Sistema e do Plano Nacional de Cultura, cuja elaboração é do Ministério da Cultura. A Comissão de Educação e Cultura da Câmara realiza a Conferência Nacional, anualmente, para colher subsídios conceituais e políticos para seu trabalho legislativo. A IV Conferência traz como slogan "Consolidando Novos Rumos". A inscrição no evento pode ser feita após o preenchimento de um formulário na página da Câmara dos Deputados na internet.

    Susan Faria

  • O ministro da Educação interino, Jairo Jorge da Silva, participa nesta segunda-feira, 6, de 19 às 21h, da solenidade de abertura das atividades acadêmicas do campus Baixada Santista, na Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina. O evento será realizado no Teatro Municipal Brás Cubas, na Av. Senador Pinheiro Machado, 48 - Vila Mathias - Santos (SP).

    Mais informações pelos telefones (61) 2104-8133 e 2104-8294. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • A presidenta da República, Dilma Rousseff, esteve com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, nesta quarta-feira, 30, às 15h, no Palácio do Planalto. Ficou confirmada a saída de Janine Ribeiro do cargo. A presidenta reconheceu e agradeceu o trabalho do ministro no MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • O Ministério da Educação realiza na quinta-feira, dia 6, e na sexta, 7, na Casa José Américo de Almeida, em João Pessoa, o terceiro seminário regional, de uma série de cinco, para discutir, articular e elaborar uma política de educação prisional nos estados. O encontro resulta de parceria do MEC com o Ministério da Justiça, com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e com secretarias estaduais de educação e de administração penitenciária.

    Coordenado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), o seminário reunirá diretores de presídios, agentes penitenciários e chefes de disciplina, fóruns de educação de jovens e adultos dos estados e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do Ministério da Justiça. Além dos representantes da Paraíba, estarão presentes os do Rio Grande do Norte e de Pernambuco.

    Os participantes debaterão as diretrizes que orientarão a oferta de alfabetização e de educação de jovens e adultos (EJA) nas prisões; formação de professores e de recursos humanos para atender este público; produção de materiais didáticos; construção de currículos; avaliações e remissão das penas em troca da continuidade nos estudos.

    De acordo com Carlos Teixeira, técnico em educação de jovens e adultos da Secad, estão em processo de alfabetização nos presídios, este ano, cerca de seis mil jovens e adultos. O desafio dos ministérios da Educação e da Justiça, diz ele, é aumentar essa oferta e levar às prisões os dois segmentos de EJA — em uma primeira etapa, da primeira à quarta série do ensino fundamental; em outra, da quinta à oitava — e, depois, o ensino médio. Os ministérios investem R$ 1,5 milhão este ano para alfabetizar aproximadamente seis mil presos, formar alfabetizadores, coordenadores e gestores e confeccionar materiais didáticos próprios para aquele público.

    Seminários — Além do seminário de João Pessoa, mais quatro regionais e um nacional serão realizados em 2006: em 8 e 9 de maio, em Fortaleza, para Piauí, Maranhão, Pará e Ceará. O outro, em São Paulo, ainda não tem data definida. O encontro nacional está previsto para o período de 10 a 14 de julho, em Brasília. Em fevereiro último, realizou-se encontro em Goiânia para os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás; em março, em Porto Alegre, para Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Jogos e mapas ajudam os estudantes a aprender geografia e divulgam o turismo no País. (Foto: Júlio César Paes)Amanda Cardoso, 13 anos, recortou uma gravura de uma plataforma de petróleo e colou no mapa da Venezuela. Sem perceber, ela estava estudando geografia e aprendendo a cultura daquele país com a ajuda de jogos e atividades lúdicas desenvolvidas pelo projeto Caminhos do Futuro. Nesta terça-feira, 4, a Biblioteca Nacional de Brasília recebeu cem alunos de escolas do Distrito Federal em uma oficina de mapas para crianças e jovens.

    Brasília é a 16ª capital a receber a visita do projeto, voltado para professores e alunos da rede pública e destinado a estimular o turismo nas salas de aulas. Alunos e professores recebem material didático, como jogos de tabuleiro e mapas turísticos das principais capitais brasileiras. “É bem melhor do que aprender nos livros. Eu gravei o conteúdo rapidinho”, conta Amanda, que cursa a sétima série do ensino fundamental no Centro de Educação Fundamental Incra 8, em Brazlândia, a 45 quilômetros de Brasília.

    A iniciativa é um projeto conjunto do Ministério do Turismo, da Academia de Viagens e Turismo e da Universidade de São Paulo (USP). Sérgio Ricardo Fiori, doutorando de geografia da USP, desenvolveu o jogo Viajando pelo Brasil, que envolve perguntas sobre turismo, geografia e cultura das cidades brasileiras. “Queremos colocar o conteúdo de turismo nas escolas de uma maneira divertida e também trabalhamos o resgate da cultura cartográfica brasileira”, ressaltou. De acordo com Fiori, a falta de entrosamento com os mapas é evidente tanto nos alunos quanto nos professores. “Muitos não têm familiaridade com os mapas, e esse material ajuda muito”, garante.

    A diversidade cultural do Brasil também está presente no material desenvolvido pelo projeto. Os mapas, em escala e com preocupações cartográficas, têm ilustrações da fauna e da flora das capitais.

    Antes de chegar a Brasília, o projeto Caminhos do Futuro levou professores universitários a 15 estados para aulas sobre mapas turísticos, ética, hotelaria e hospitalidade, meio ambiente e cidadania. Na capital federal, as oficinas fizeram parte da programação da Semana da Pátria. O tema deste ano é a Educação é o Caminho.

    Ana Guimarães

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